Governo do Estado vistoria trajeto da Adutora do Leite no alto sertão sergipano

Rede de abastecimento levará água para pecuária leiteira. Previsão é crescer investimentos em tecnologia, qualidade de rebanhos e produção em dobro

O Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), esteve presente nesta quinta-feira, 28, no alto sertão sergipano, percorrendo o trajeto que será beneficiado pela Adutora do Leite. 

Com uma extensão de 108 km, a rede de abastecimento levará água para dessedentação animal em cinco municípios, graças a um investimento de R$ 250 milhões. A obra atenderá a população rural de Canindé de São Francisco, Poço Redondo, Porto da Folha, Monte Alegre de Sergipe e Nossa Senhora da Glória, reforçando o compromisso estadual com o desenvolvimento da região.

A Adutora do Leite fornecerá água para aproximadamente 265 mil animais, sendo 180 mil somente bovinos. A região é uma das maiores bacias leiteiras do Nordeste e a dessedentação animal é uma reivindicação antiga dos produtores. A expectativa é que a produção leiteira dos cinco municípios dobre com a finalização da obra.

Para o secretário da Seagri, Zeca Ramos da Silva, a construção da adutora será um marco da atual gestão estadual.  “Percorremos o trajeto da Adutora do Leite, verificando os melhores acessos para atender à população, aos produtores dessa bacia leiteira. Nessa terra árida do alto sertão sergipano, estamos iniciando um dos maiores projetos da gestão do governador Fábio Mitidieri, conduzido pela Seagri, e que trará a solução definitiva para a dessedentação animal em um longo trajeto. A maior obra dos últimos tempos para o sertão sergipano”, anunciou o secretário.

A Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Seagri, é a instituição pública executora da obra. Segundo o diretor-presidente, Paulo Sobral, uma equipe de arquitetos, engenheiros civis e mecânicos da Coderse está coordenando e fiscalizando o trabalho da empresa licitada para a elaboração dos estudos e projetos para a construção da adutora. Ao mesmo tempo em que a empresa pública iniciou o processo de obtenção das licenças necessárias à obra. 

“A visita teve início em Nossa Senhora da Glória, ponto final dos 108 km da Adutora do Leite, onde será instalado um grande reservatório. De lá, seguimos até o povoado de Santa Rosa do Ermírio, percorrendo estradas vicinais por onde a tubulação será implantada. Acompanhados pelos engenheiros da Encibra Engenharia, visitamos os locais por onde a rede passará e identificamos os pontos estratégicos para a construção dos reservatórios de água bruta, projetados para reduzir a distância entre os produtores rurais e o acesso à água. A engenharia da Coderse acompanha de perto o andamento do projeto junto à empresa contratada, enquanto adota, paralelamente, outras medidas técnicas e legais necessárias para viabilizar o início das obras, após a conclusão do projeto”, explicou Paulo Sobral.

Governo anuncia entrega de títulos de regularização fundiária para 630 famílias em Canindé

Até agora já foram quase 4 mil títulos entregues nas colônias agrícolas em todo o estado

Agricultores familiares receberam da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) a aguardada notícia da entrega dos títulos de propriedade dos seus lotes nas colônias agrícolas estaduais Alto da Bela Vista, Valmir Mota, Morro da Barriguda e Antônio Conselheiro, em Canindé de São Francisco, no alto sertão sergipano. O anúncio ocorreu em reunião na última quinta-feira, 28, no Escritório da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), que iniciou o processo de demarcação para regularização das 630 famílias nas 15 colônias do município.

A reunião com os produtores se deu para apresentar a empresa que vai fazer o georreferenciamento, demarcação, planta, Cadastro Ambiental Rural (CAR), e memorial descritivo com as coordenadas dos lotes. São quase quatro mil títulos entregues em dois anos pelo Governo do Estado a esses colonos.

O secretário da Seagri, Zeca Ramos da Silva, destacou que esta é a liberdade que o produtor precisa para empreender. “Estamos agindo em todas as frentes. Nós vamos fazer a maior regularização fundiária que o Governo do Estado teve. Todas as colônias estaduais que são comodato terão titulação. É um programa do governador Fábio Mitidieri, uma iniciativa da Seagri, mas temos outros parceiros. E a gente está aqui com esse compromisso de titular as colônias”, anunciou, estipulando que a parte técnica realizada pela Emdagro, ocorra em até quatro meses em Canindé.

Agricultor assentado na Colônia Agrícola Valmir Mota há 13 anos, José Valério Santos considerou importantíssima a ação, dando estrutura às famílias assentadas para desenvolver suas atividades no campo. “A posse da terra é importante, é um fator ainda limitante para o desenvolvimento de algumas atividades agrícolas, inclusive no tocante à obtenção de crédito. O que foi anunciado hoje é mais um passo para o desenvolvimento sustentável e uma garantia real aos assentados. O título concretiza a luta pela terra. Essa é uma conquista que a gente vem almejando há muitos anos”, exaltou.

Para o diretor-presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos, os colonos terão a garantia da autonomia da sua terra: “Essa é uma ação de alto impacto social. O estado de Sergipe possui hoje 70 colônias agrícolas, sendo 15 delas em Canindé de São Francisco. Por isso escolhemos o município para ser o projeto-piloto dessa iniciativa. A população rural terá a segurança jurídica, e benefícios como a segurança e a valorização da sua terra, e direitos sociais da Previdência como aposentadoria rural e auxílio maternidade”.

Emdagro realiza intercâmbio técnico no Rio Grande do Norte para implementar crédito rural em Sergipe

Objetivo é implantar sistema de correspondente bancário em parceria com o Banco do Brasil

Com o objetivo de implementar um sistema de correspondente bancário e assessoria de crédito rural em parceria com o Banco do Brasil, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) realizou um intercâmbio técnico com o Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural – Emater do Rio Grande do Norte, referência na execução deste tipo de programa na região Nordeste. A iniciativa busca retomar a elaboração de projetos agropecuários em Sergipe, contribuindo para o fortalecimento da agricultura no estado.

A visita ocorreu ao longo de três dias e contou com uma programação diversificada, incluindo reuniões teóricas, visitas a campo e encontros com produtores e técnicos locais. Entre os municípios visitados estavam Natal, Touros e Vera Cruz. Durante as atividades, a equipe sergipana conheceu na prática o funcionamento do sistema de crédito rural do Banco do Brasil, desde a análise e concessão até a aplicação dos recursos pelos agricultores.

De acordo com o engenheiro agrônomo da Emdagro Adailton dos Santos, participante da missão técnica, a experiência foi enriquecedora. “O intercâmbio nos permitiu observar uma iniciativa bem-sucedida de outra empresa pública, entender os desafios e identificar as melhores práticas para adaptação em Sergipe. Além disso, tivemos a oportunidade de visitar produtores que utilizam o crédito rural para o cultivo de batata-doce e outras culturas, o que nos trouxe insights importantes para apoiar nossos agricultores”, destacou.

A Emater do Rio Grande do Norte é considerada pioneira no serviço de correspondente bancário para crédito rural no Brasil, com um know-how consolidado em projetos agropecuários. Segundo Adailton, essa expertise é fundamental para a Emdagro, que pretende replicar o modelo em Sergipe. “Essa parceria com o Banco do Brasil é estratégica, pois potencializa o acesso dos produtores ao crédito e, consequentemente, impulsiona a produção agropecuária no estado”, explicou.

Além de conhecer o sistema operacional, a equipe sergipana aproveitou o intercâmbio para trocar informações sobre culturas locais e identificar práticas adaptáveis à realidade sergipana. Segundo os participantes, o aprendizado adquirido será essencial para consolidar a Emdagro como um agente facilitador de crédito rural em Sergipe, contribuindo para o desenvolvimento do setor agrícola e a geração de renda no campo.

A equipe sergipana foi composta pelos engenheiros agrônomos Adailton dos Santos e por Felipe Brandão, do escritório local da Emdagro de Itabaiana.

Agricultura

Telha recebe ‘Sergipe é aqui’ com ações voltadas ao homem do campo

O município se destaca pela forte economia agropecuária, baseada principalmente na produção de arroz e na piscicultura

O município de Telha, situado na região do Baixo São Francisco, foi cenário da 36ª edição do ‘Sergipe é aqui’ nesta quinta-feira, 21, quando o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e empresas vinculadas, disponibilizou uma série de ações voltadas para o fortalecimento do setor agrícola.

Telha destaca-se pela forte economia agropecuária, baseada principalmente na produção de arroz e na piscicultura. Atualmente, no município, são produzidas cerca de 2.368 toneladas de arroz e 1.110 toneladas de peixes, o que fortalece a sua posição como um dos polos agrícolas sergipanos. A criação de gado de corte e a produção de leite desempenham papéis fundamentais, com um rebanho de 4.604 cabeças, dos quais 2.993 são destinados à carne e 1.611, à produção de leite, gerando, diariamente, 2.300 litros.

Durante a edição do ‘Sergipe é aqui’ em Telha, a Seagri, por meio da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), realizou diversas atividades voltadas ao homem do campo, como a distribuição de 50 mudas frutíferas para diversificação da produção, a entrega de três Cadastros de Agricultores Familiares (CAFs) para facilitar o acesso a políticas públicas, o encaminhamento de 25 amostras de solo ao Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe (ITPS) para análise e melhoria da produtividade agrícola e a entrega de certificados de vacinação contra brucelose e clostridiose a quatro produtores rurais, beneficiando 64 animais vacinados. 

Outras ações incluem o fornecimento de informações sobre emissão de carteirinhas do CAF, cadastramento de pequenos produtores para programas de vacinação e orientação técnica para ampliar a produtividade e a rentabilidade no campo.

A presença da administração estadual junto aos produtores de Telha vai além do governo itinerante. No município, a Emdagro distribuiu, em 2024, um total de nove toneladas de sementes de arroz e uma tonelada de sementes de milho por meio do programa ‘Sementes do Futuro’. A ação beneficiou diretamente 175 produtores rurais, reforçando a segurança alimentar e a capacidade produtiva da região. 

O presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos, destacou a importância dessas iniciativas. “Telha é um exemplo do potencial agrícola de Sergipe, com uma economia diversificada e um forte vínculo com o campo. Nossa presença aqui reforça o compromisso do Governo do Estado em apoiar os pequenos produtores, oferecendo ferramentas para que eles possam crescer com sustentabilidade e qualidade”, afirmou.

A pescadora Iolanda Santos, moradora do povoado Bela Vista, esteve no ‘Sergipe é aqui’ para realizar alguns exames e renovar a carteira de identidade. No estande da Agricultura, ela viu a distribuição de mudas frutíferas e aproveitou para garantir a sua também. “Meu filho tem uma área boa em sua casa, e vim buscar um pé de abacate, uma fruta que gosto bastante. Hoje já fiz exame de diabete, verifiquei minha pressão e também vou fazer exame de ultrassom, tudo sem precisar ir até a capital. Estou muito satisfeita”, destacou, elecando ações de outras áreas disponíveis no programa de governo itinerante.

Da mesma forma, Maria Edileuza Santos também aproveitou o dia de ações em sua cidade para usufruir de vários serviços. “Vi que estavam entregando esses pés de frutas e consegui uma muda de jambo. Vou levar para plantar no terreno de meu tio. Ele faleceu recentemente e deixou essa área para cuidarmos, onde já tem outros pés de frutas”, declarou a agente de limpeza.

Beneficiado pelo programa estadual Pecuária Mais Forte, o agricultor José Fernando Silva Guimarães não pôde se fazer presente no estande, mas sua filha, a assistente social Fernanda Basílio Guimarães, foi em seu lugar receber o atestado de vacinação do gado contra Brucelose. “É importante manter o gado vacinado, para garantir a sanidade do rebanho e que o produto vendido tem qualidade, por isso não podia deixar de vir cumprir esse compromisso”, afirmou, ao observar que seu pai tem gado de corte e de leite e sempre realiza a vacinação com apoio da Emdagro, que na ocasião vacinou 25 cabeças.

O produtor rural Antônio Sérgio Pereira Campos destacou a importância de o Governo do Estado levar até o município de Telha os serviços que a administração pública oferece. “Isso promove uma melhor aproximação da população com o governo e, de fato, a gente é que sai beneficiado”, afirmou. Para ele é de extrema importância manter os animais com a vacinação em dia. “Nós, que vivemos disso, precisamos ter responsabilidade e fazer a vacinação do rebanho pontualmente, ainda mais por contar com essa ajuda do Estado”, afirmou o produtor, que vacinou 30 animais.

O agricultor Lenilson Bazílio de Oliveira, que trabalha em sua lavoura de arroz, também aproveitou a oportunidade para receber o documento Cadastro da Agricultura Familiar (CAF). “Com meu Cadastro de Agricultor Familiar posso conseguir crédito no banco, solicitar minha aposentadoria e outros muitos benefícios que esse documento representa. É a minha identidade como trabalhador rural”, confirmou

Coderse
Por meio da Diretoria de Infraestrutura Hídrica e Mecanização Agrícola (Dinfra), a Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) também participou do ‘Sergipe é aqui’ em Telha com a oferta de serviços de perfuração, instalação e manutenção de poços tubulares profundos. Outra iniciativa da empresa pública é mostrar o trabalho de execução do Programa Água Doce no estado, o que é feito com a exibição de uma maquete de sistema de abastecimento de água de poços com dessalinizador. Sergipe possui 29 sistemas, o Governo de Sergipe está construindo mais três e o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional anunciou, na última semana, a chegada de outros 11 sistemas no estado, totalizando 43 unidades.

Emdagro participa de fiscalização conjunta de cargas cítricas no trevo de Rio Real

Ação, realizada em parceria com a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia, visou garantir a regularidade da documentação fitossanitária e o cumprimento das normas legais

A Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), por meio da Coordenadoria de Defesa Vegetal, realizou uma ação conjunta com a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) no Trevo de Rio Real, região de Loreto. A  operação realizada na terça-feira, 26, teve como objetivo inspecionar cargas cítricas, garantindo a regularidade da documentação fitossanitária e o cumprimento das normas de defesa vegetal.

Durante a fiscalização, além de verificar as condições das cargas, as equipes forneceram orientações aos transportadores sobre a importância de seguir as legislações vigentes para o transporte seguro e legalizado. A iniciativa visa prevenir a disseminação de pragas agrícolas, como o greening, doença causada por bactérias transmitidas por insetos vetores, que provoca o amarelamento das folhas, deformações nos frutos e, em casos graves, a morte das plantas cítricas.

A Diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade, destacou a relevância da ação. “Essas operações são fundamentais para proteger a citricultura regional, que tem grande impacto econômico e social. A parceria entre os estados reforça a vigilância e previne a entrada de pragas que poderiam comprometer a produção agrícola”.

A fiscalização conjunta é mais uma demonstração da importância da cooperação entre órgãos estaduais para a proteção do patrimônio fitossanitário e o desenvolvimento sustentável da agricultura na região.

“Com essa ação, a Emdagro reafirma compromisso com a segurança e o fortalecimento da agricultura sergipana, contribuindo para a preservação das atividades agrícolas e para a geração de renda no campo”, ressaltou Aparecida.

Sergipe sedia encontro nacional do Programa Água Doce

Avaliação positiva feita pelos beneficiários e novos investimentos marcam primeiro dia do evento

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) escolheu Sergipe para realizar nesta quarta-feira, 13, a nona edição do Encontro Nacional de Capacitação e Integração do Programa Água Doce – Novo Ciclo. Ocorrido pela última vez no ano de 2019, o evento teve como objetivo central reunir e capacitar os técnicos envolvidos no projeto, proporcionando um espaço de debate sobre os desafios e avanços da sua implementação. Durante a abertura do encontro, em Aracaju, foram assinados termos de compromisso com os secretários dos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Piauí e Sergipe, visando ampliar a cobertura geográfica e fortalecer a execução do Programa Água Doce no país.

São 29 unidades instaladas, em nove municípios sergipanos, onde são produzidos 17.400 litros de água potável por dia, que atendem a um total de oito mil pessoas. O evento irá continuar em um segundo momento nesta quinta-feira, 14, quando os participantes farão uma visita ao sistema de dessalinização da comunidade Cacimba Nova, no município de Poço Verde. No local será realizada uma mesa de diálogo com o tema “Um olhar para os resultados nas comunidades e impacto na vida das pessoas”, permitindo ao público conhecer de perto os resultados do programa e realizar uma troca de experiências.

O Governo do Estado apoia a realização do encontro, por meio da Secretaria da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e de suas vinculadas – Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) e Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), empresas executoras do Programa Água Doce em Sergipe. Para o secretário da Seagri, Zeca Ramos da Silva, foi muito gratificante sediar esse importante evento, o primeiro após o período da pandemia, e fortalecer ainda mais essa parceria com o Ministério do Desenvolvimento Regional.

“Para nós dos estados nordestinos, que vivemos constantemente essa problemática da escassez de água, o Programa Água Doce é de suma importância por promover a dessalinização da água, dando dignidade às comunidades mais longínquas, com água potável e de qualidade tão necessária para a subsistência das pessoas e de seus animais. Hoje comemoramos aqui o retorno dessa atividade e a assinatura de R$ 100 milhões em recursos, para atender todas as regiões assistidas no país, sendo R$ 9 milhões para Sergipe, onde serão implantados 11 novos sistemas”, ressaltou.

De acordo com o secretário Nacional de Segurança Hídrica, Giuseppe Serra, a escolha do ministério para que Sergipe fosse sede da nona edição do encontro se deu pelo estado ser um grande parceiro. “O programa Água Doce está contemplado no novo PAC, lançado no ano passado pelo presidente Lula, e precisávamos retomar as tratativas com os estados. Escolhemos Sergipe principalmente pelo interesse demonstrado pelo secretário Zeca, que tem buscado junto ao Ministério recursos para garantir a continuidade do programa, onde já estamos com três novos sistemas prestes a serem concluídos”, destacou se referindo aos sistemas de Poço Verde, no povoado Saco do Camisa, que vai atender 200 famílias; em Porto da Folha, no povoado Bela Aurora, para 40 famílias; e no município de Carira, no assentamento Carlos Prestes, para beneficiar 50 famílias.

O subsecretário de saneamento da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (SEMAD/MG), Anderson Diniz, também destacou a importância do “Água Doce” para as comunidades assistidas. “O Água Doce leva dignidade e ainda movimenta a economia local, à medida que algumas pessoas fazem o transporte de água para outras localidades, cobrando um valor mínimo por isso, gerando sustentabilidade e economia”, pontuou.

Comunidades assistidas

O operador de dessalinizador da comunidade de Amparo/PB, Everaldo Maciel, veio a Sergipe para contar um pouco de sua experiência. “Na zona rural coletávamos água de cacimba, nos poços, e nem sempre ela era favorável ao consumo humano e dos animais. Graças ao equipamento, hoje temos um líquido de qualidade, foi uma mudança muito grande. Quando começou o programa, em 2016, tínhamos 120 famílias cadastradas e produzíamos 800 litros de água por hora. De lá para cá a demanda aumentou muito, e hoje aumentamos para 1.400 litros/hora”, comemorou.

Ana Maria Oliveira Souza, representante do povoado Cacimba Nova, no município de Poço Verde, comemorou a assinatura dos novos sistemas de dessalinização, ao destacar a importância para as comunidades rurais. “Esse programa precisa seguir adiante pelo povo que sofre com a seca e com dificuldade de conseguir água de qualidade, como é a do programa Água Doce. Nós mesmos administramos os poços, com ajuda de voluntários que operam a máquina, que veio para melhorar a nossa qualidade de vida”, afirmou.  

Sobre o programa

O Programa Água Doce leva água potável às comunidades rurais sergipanas que não contam com sistemas de abastecimentos convencionais. Ele chegou em Sergipe no ano de 2011, sob a gestão da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, que após ser transformada em superintendência em 2019, passou o programa para ser administrado pela Sedurbi, e mais tarde em 2021 pela Seagri.

Em Sergipe, são 29 unidades instaladas em nove municípios: Canindé de São Francisco, Poço Redondo, Monte Alegre de Sergipe, Porto da Folha, Nossa Senhora da Glória, Carira, Simão Dias, Poço Verde e Tobias Barreto.

Programa Água Doce investirá R$ 9 milhões na construção de mais 11 dessalinizadores em Sergipe

Sistemas de dessalinização transformam a realidade das comunidades beneficiadas. Levam saúde, bem-estar e unem esforços em prol de objetivos comuns

A comunidade rural sergipana serviu de referência na programação do IX Encontro Nacional de Capacitação e Integração do Programa Água Doce (PAD) – Novo Ciclo. Nesta quinta-feira, 14, os participantes do evento foram ao município de Poço Verde, no centro-sul sergipano. No segundo dia de evento, representantes de todo o Nordeste e de Minas Gerais conheceram uma unidade de dessalinização bem-sucedida, que atende mais de 120 famílias no povoado Cacimba Nova, e o depoimento de operadores de sistemas de Sergipe e outros estados. O PAD sergipano é formado por 29 dessas unidades instaladas, com a perspectiva de receber mais 11 sistemas de abastecimento de água via Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR), que conduz o programa.

Na última quarta-feira, 13, em Aracaju, o encontro foi iniciado com a reunião de técnicos envolvidos no projeto para um dia de capacitação, exposição de experiências exitosas e o debate sobre desafios e avanços da sua implementação. Na oportunidade, também foram assinados termos de compromisso com os secretários de Agricultura dos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Piauí e Sergipe, visando ampliar a cobertura geográfica e fortalecer a execução do PAD no país.

Ana Maria de Oliveira Souza Santos participou do evento em Aracaju, dando seu depoimento, e depois recebeu todos os participantes do encontro em sua comunidade. Ela é usuária da água e opera, com o marido, Nininho, o sistema de dessalinização do Cacimba Nova. Na opinião dela, o ‘Água Doce’ ajuda a unir as pessoas da comunidade para a gestão do equipamento e em outros objetivos em comum. “A vinda do sistema, há oito anos, mudou completamente a qualidade de vida, a saúde. Com a facilidade de ter água próxima da nossa casa, a nossa saúde melhorou 100%, porque água é vida, precisamos de água para viver. Além disso, teve união e cooperação de uns com ou outros para nos reunirmos e discutir as coisas da água. É a gente que toma conta, que gere os recursos e arrecada um pequeno valor das famílias para a manutenção”, pontuou.

O agropecuarista José Almir de Oliveira Souza planta milho, feijão e cria cabras leiteiras. A família dele consome a água potabilizada na unidade do PAD no Cacimba Nova e usa a água bruta do poço para uso doméstico e na dessedentação dos animais. O produtor conta que, sem o sistema, a comunidade consumia a água sem tratamento. “Ajuda na facilidade de ter água para o consumo. Antes, era água de caminhão [pipa] ou de chuva, e essa tem resíduo do telhado. Hoje, a água é muito boa”, detalhou.

Gestores
O programa é gerido nacionalmente pelo MIDR, por meio da Secretaria Nacional de Segurança Hídrica, e, em Sergipe, são coordenadores a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), junto às empresas vinculadas, a Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) e a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro).

“É um programa que visa levar água doce para as comunidades mais carentes, mais longínquas, onde não existe água potável para se beber. Comunidades do semiárido, onde a escassez de água é muito grande. Tivemos dois dias de trabalho. Ontem foi um circuito indoor, em que tivemos a apresentação da representação de todos os estados do Nordeste. Foi o primeiro encontro do programa depois da pandemia, e tivemos a satisfação de ter sido aqui em Sergipe, onde foi firmado mais um convênio, no valor de R$ 9 milhões, para a instalação de mais 11 unidades do sistema de dessalinização em Sergipe”, anunciou o secretário de Estado da Agricultura de Sergipe, Zeca Ramos da Silva.

O secretário nacional de Segurança Hídrica, Giuseppe Serra, agradeceu a receptividade de Ana Maria e de toda a comunidade do Cacimba Nova ao Encontro Nacional. “É um sistema que está sendo bem zelado, bem conduzido, e com esse engajamento de toda a comunidade, em prol do benefício coletivo”, avaliou. O gestor explicou a atuação do ministério no desenvolvimento de recursos hídricos, que envolve outras pastas do governo federal. “A gente preside o Conselho Nacional de Recursos Hídricos, mas a água é um tema que une não só os esforços do MIDR, tem uma atuação muito forte de vários outros parceiros, nessa temática da ‘Agenda Azul’, como a gente chama, do Ministério do Meio Ambiente, do Ministério das Cidades, que foi recriado pelo presidente Lula no ano passado, para poder atuar fortemente na agenda de saneamento também”, complementou.

Bom conselho
Operador de dessalinizador da comunidade de Amparo (PB), Everaldo Maciel também participou da visita ao Cacimba Nova e pôde conhecer uma unidade do PAD sergipana. “Quero me dirigir especialmente à comunidade. Deixar aqui uma mensagem: cuidem, abracem esse sistema, zelem, porque não é o secretário, não é o prefeito, não é o governador que é beneficiado. Tem muitas comunidades que queriam ter a oportunidade de ter um sistema desse e não tem”. O de PAD de Amparo, o primeiro da Paraíba, é considerado referência entre os sistemas daquele estado.

Convite à imprensa: Sergipe será sede do Encontro Nacional do Programa Água Doce

Sergipe foi escolhido pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional para sediar o IX Encontro Nacional de Capacitação e Integração do Programa Água Doce. Este importante evento ocorrerá nos próximos dias 13 e 14 de novembro, em dois momentos distintos. O Governo do Estado apoia a realização do encontro, por meio da Secretaria da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e de suas vinculadas – Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) e Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro).

O evento terá início nesta quarta, 13, das 8h às 19h, no Aquários Praia Hotel, na praia de Atalaia em Aracaju.  Após a mesa de abertura, será realizada uma cerimônia de assinatura de termos de compromisso com os secretários dos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Piauí e Sergipe, visando ampliar a cobertura geográfica e fortalecer a execução do Programa Água Doce.

Já na quinta-feira, 14, das 7h30 às 14h, está programada uma visita técnica a um sistema de dessalinização em Poço Verde, no povoado Cacimba Nova, onde será realizada a mesa de diálogo “Um olhar para os resultados nas comunidades e impacto na vida das pessoas”. A atividade vai permitir aos participantes conhecerem de perto os resultados do programa e realizarem uma troca de  experiências.

O objetivo central do IX Encontro Nacional de Capacitação e Integração do Programa Água Doce é reunir e capacitar os técnicos envolvidos no projeto, proporcionando um espaço de debate sobre os desafios e avanços da sua implementação.

Sobre o programa

Em Sergipe, o Programa Água Doce é coordenado pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), por meio da Coderse e da Emdagro, executoras do programa. Nas 29 unidades de dessalinização instaladas em Sergipe, sendo 25 em operação, são produzidos 17.400 litros de água potável por dia, atendendo uma população total de oito mil sergipanos.

Serviço

O que: IX Encontro Nacional de Capacitação e Integração do Programa Água Doce – Um Novo Ciclo
Datas: 13 e 14 de novembro de 2024
Locais: dia 13/11, Avenida Santos Dumont, número 1378 – Aquários Praia Hotel, praia de Atalaia, em Aracaju; dia 14/11, povoado Cacimba, em Poço Verde
Horários: dia 13/11, das 8h às 19h; dia 14/11, das 7h30 às 14h
Contato: (79) 9 9951-4818 – Ednilson Barbosa – coordenador de Comunicação da Seagri

Produção anual de maracujá na irrigação pública aumentou 161% em 2024

Agricultores são assistidos pelo Governo do Estado por todo ano, em 1.866 unidades produtivas de seis perímetros irrigados

Perímetros irrigados estaduais produtores de maracujá até setembro deste ano produziram 183 toneladas de maracujá, atingindo 161% a mais que as 70 toneladas em todo o ano de 2023. Em Lagarto, região Centro-Sul do estado, a assistência técnica dada aos irrigantes pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) superou a fusariose em pomares irrigados, e também registrou aumento de 106% na produção já nesses nove meses. Já no perímetro de Canindé de São Francisco, no Alto Sertão, a produção parcial foi de mais de 45 toneladas e fez ressurgir a cultura agrícola.

No Perímetro Irrigado Califórnia, administrado em Canindé pela Coderse – empresa vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) -, um dos responsáveis pelo retorno do maracujá às áreas irrigadas e nas prateleiras do comércio local foi o agricultor José dos Santos. Ele planta maracujá há pouco mais de um ano e meio, e está satisfeito com os resultados e a facilidade de escoar o produto. Em uma área de 0,75 hectares, ele colhe até 60 caixas de 30 kg por semana.

“Gostei do maracujá porque é um plantio que a gente vende diretamente para o consumidor. O pessoal compra o maracujá aqui e leva diretamente para a feira. Não tem dificuldade. A Coderse fornece água de qualidade para nós, os técnicos estão aí dando assistência, e todos estão de parabéns”, agradeceu José dos Santos, conhecido no perímetro como ‘Duda’.

No Perímetro Califórnia, o rendimento das 45 toneladas produzidas até setembro de 2024 foi de R$ 259.089,00 de renda bruta aos irrigantes. Depois de plantado no perímetro de Canindé, o maracujazeiro leva seis meses para começar a dar frutos, em colheitas que podem durar até dois meses. Daí então ele pode passar até dois anos produzindo frutos em escala comercial, com intervalos de três ou cinco meses entre as safras.

Lagarto

A maior produção, até setembro, está sendo a do Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto. São 138 toneladas até agora em 2024, contra as 66,7 lá produzidas durante todo o ano de 2023, e superando as 97 toneladas de expectativa inicial para a safra anual. Nos nove primeiros meses deste ano foram R$ 393.350,00 em renda bruta para o irrigante lagartense.

Muito disso se deu pelo surto de fusariose em pomares irrigados de maracujá no início do ano. Esta doença fúngica mata as plantas infectadas e tem alta capacidade de contaminação do solo e até de outras plantações. Segundo o diretor de Irrigação da Coderse, Aldebrando Leite, a ação da assistência técnica prestada no perímetro teve influência direta no quadro positivo.

“Os técnicos agrícolas e os engenheiros agrônomos da Coderse levaram aos produtores afetados com a doença, a orientação necessária para controle, tomando medidas sanitárias com os pomares existentes e a iniciativa de só adquirir mudas ou sementes certificadas. Isso evitou tanto que a fusariose se alastrasse, como a entrada da doença vinda de outras regiões produtoras”, disse ele.

Agricultores atendidos pelo Crédito Fundiário relatam melhora nas condições de vida

Eles passaram de trabalhadores sem terra ou arrendatários para proprietários e produtores bem sucedidos

Agricultores familiares de assentamentos rurais dos municípios de Canhoba e Nossa Senhora de Lourdes comemoram a mudança de vida, graças ao Programa Nacional de Crédito Fundiário, que oferece condições para que trabalhadores sem ou com pouca terra adquiram um imóvel rural por meio de financiamento. A ação é executada em Sergipe pelo Governo do Estado, por meio da Empresa de Desenvolvimento Sustentável (Pronese), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) e em parceria com o Governo Federal.

O casal de agricultores beneficiários desse programa, Marinês dos Reis e Antônio Barbosa Santos, é exemplo de sucesso. Eles moram no sítio Nossa Senhora da Conceição, em Canhoba, onde plantam milho, feijão e mantêm criações de galinhas, suínos e vacas leiteiras. “O terreno foi adquirido em 2014 e há seis anos a gente mora no local. Hoje a gente tem outra vida. Diariamente tiramos 90 litros de leite, que vendemos para os laticínios da região a R$ 2,40 o litro, e assim vamos pagando a terra que agora é nossa”, comemorou Marinês, conhecida na região como ‘Cocota’.

“Sou filha de assentados do Borda da Mata e cresci vendo meus pais lidando na terra. Hoje crio meus quatro filhos com outra condição de vida e fazendo planos para o futuro. O mais novo, que já comprou uma moto, está construindo sua casinha e um campo de futebol society aqui no terreno, para atender os jovens da região”, completou a agricultora, referindo-se ao filho Juvenil Reis Santos.

O Programa Nacional de Crédito Fundiário atua em mais de 40 municípios sergipanos onde já adquiriu 176 fazendas, em um total de R$ 88,4 milhões investidos. “Antes do programa os trabalhadores desmatavam a área, onde trabalhavam como diaristas. Dessa forma, a renda era mínima, pois eles tinham que dividir com o proprietário. O Crédito Fundiário comprou as propriedades, dividiu os lotes entre as famílias e deu recursos para elas trabalharem na terra”, explicou Alceu Oliveira Diniz, gerente do Crédito Fundiário em Sergipe. Ele destacou que no total já foram adquiridos 28.752 hectares no estado, para beneficiar 2.375 famílias de agricultores rurais, com 32 tarefas em cada lote.

Mudança de vida

Outro agricultor satisfeito com sua condição atual é Jenilson Barbosa dos Santos, que no sítio Juazeiro tem um galpão e trabalha com produção de silagem, criação de 15 vacas leiteiras e outras dezenas de galinhas. “Graças ao Crédito Fundiário minha vida mudou. Antes eu não tinha gado, cerca, estaca e nem arame para demarcar minha terra. Tirava 20 litros de leite por dia e hoje já são 240 litros diariamente. Crio minhas galinhas e somente disso já consigo pagar meu financiamento. Foi a melhor mudança que aconteceu em minha vida”, afirmou.

Seus vizinhos, o também casal de agricultores Rosineide dos Santos Ferreira e Salmeron Ferreira, são proprietários da fazenda Boa Esperança, em Canhoba, onde criam 12 vacas leiteiras, galinhas e porcos. Lá eles também plantam milho e feijão e comemoram a mudança de vida, desde que foram beneficiados pelo programa. “Hoje a gente tira entre 35 a 40 litros de leite por dia e vende para as queijarias, daí garantimos nosso sustento, agora na terra que é nossa”, disse.

Programa de Crédito Fundiário

O Ministério do Desenvolvimento Agrário, por meio da Secretaria de Reordenamento Agrário, desenvolve o Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF). Por meio dele, o trabalhador rural tem até 25 anos para pagar o financiamento de sua terra, com carência de três anos e juros de 0,5% ao ano e um bônus de adimplência de 40%, caso ele pague sua parcela em dia.

A autonomia e a descentralização são as principais marcas do programa, já que as famílias são as responsáveis pela escolha e negociação da terra, além da elaboração da proposta de financiamento. O recurso ainda é usado na infraestrutura necessária para a produção e assistência técnica e extensão rural.

Além da terra, o agricultor pode construir sua casa, preparar o solo, comprar implementos, ter acompanhamento técnico e o que mais for necessário para se desenvolver de forma independente e autônoma. O financiamento tanto pode ser individual quanto coletivo.

Governo

Última atualização: 11 de novembro de 2024 09:48.

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