Emdagro realiza dia de campo com entrega de sementes para viveiristas e citricultores

Foram entregues sementes de variedades diferentes das utilizadas nos pomares sergipanos, a fim de diversificar a produção

Viveiristas e citricultores sergipanos receberam sementes para produção de novas variedades de plantas cítricas em dia de campo realizado pela Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) nesta quinta-feira, 5, na unidade de produção do órgão no município de Boquim. A ação faz parte do Programa Citricultura Sustentável realizado pelo Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) e da Emdagro, com o objetivo de promover maior produção e produtividade e mudas mais resistentes a pragas. Na ocasião, também foram realizadas palestras sobre as vantagens das novas variedades de plantas, a importância dos cuidados sanitários e a ação da pesquisa para o combate às pragas.

De acordo com o diretor de Assistência Técnica da Emdagro, Jean Carlos Nascimento, as sementes doadas pelo governo vão produzir novas variedades de porta-enxerto para citros com maior produtividade. “O Governo do Estado está disponibilizando para o pequeno citricultor e pequeno viveirista essas quatro variedades que foram desenvolvidas pela Embrapa [Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária]. Eles vão poder aumentar a sua produtividade e o número de plantas por espaço de hectare, elevando a produtividade no estado. Estamos distribuindo 12 quilos de sementes de qualidade técnica que vão propiciar a produção de 25 mil a 30 mil mudas de citros. É um trabalho estrutural sustentável e de diversificação que vai fazer com que a citricultura fique mais forte”, explicou o diretor.

O coordenador de Agricultura da Emdagro, Eduardo Cabral de Vasconcelos Barreto, acrescentou que a entrega das sementes é mais uma ação realizada pela empresa, visto que no primeiro semestre de 2024 já foram distribuídas 210 mil borbulhas aos pequenos produtores de mudas cítricas do estado, de variedades selecionadas, de alto padrão genético e de alta produtividade. “Esse trabalho de diversificação visa fortalecer a citricultura local, seguindo as diretrizes da moderna citricultura que desaconselha a monocultura de porta-enxertos, devido aos riscos associados a pragas e doenças”, pontuou.

“Na Unidade Produtiva da Emdagro em Boquim, estamos explorando um hectare de produção de sementes para porta-enxerto, que integra as quatro novas variedades, que são Citradarins Riverside, Índio e San Diego, a Tangerina Sunki, e o tradicional Limão Cravo Santa Cruz.  Também estamos viabilizando a instalação de dez unidades demonstrativas de laranja. A primeira delas está instalada no povoado Mangue Grande, em Boquim”, complementou Eduardo Cabral.

O presidente da Associação do Pequeno Viveirista de Boquim, Roberto Pereira da Mota, considerou que a ação do governo ajuda o pequeno agricultor a reduzir o custo de produção “Atualmente, um litro de semente custa R$ 1 mil, o que vinha inviabilizando a produção de mudas dos pequenos produtores com novas variedades. Com essa ajuda que estamos recebendo hoje aqui na Emdagro, vamos produzir mais e ajudar mais nossas famílias”, ressaltou. 

Roberto disse ainda que a qualidade das mudas tem atraído compradores de vários municípios e também de outros estados. “Como a gente produz mudas de qualidade, vêm produtores de todo o estado e até de fora de Sergipe para comprar da gente, principalmente produtores aqui de Boquim, Umbaúba, Geru, Cristinápolis e até da Bahia e Pernambuco”, detalhou.

O agricultor Dionísio Moreira da Silva também ficou satisfeito com o dia de campo realizado pela Emdagro. Ele é produtor no povoado Lagoa de Dentro, no município de Arauá, com uma propriedade de quatro hectares com cultivo de limão, laranja e tangerina. “Toda assistência da Emdagro é muito boa, mas o que foi mais importante hoje foi essa orientação sobre as novas variedades de plantas enxertadas. Até hoje eu só usei o Limão-Cravo como porta-enxerto e, pelo que eu vi hoje, uma variedade só não é viável. As novas plantas produzem mais, resistem mais às pragas”, colocou.

Seguro compensará perda comprovada de safra de produtores sergipanos

Caso a vistoria comprove a perda, o Garantia Safra deve beneficiar mais de 14.500 trabalhadores rurais de 21 municípios

Técnicos da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e das prefeituras municipais estão em campo para vistoriar a perda de safra nas lavouras de milho sergipanas. Caso haja comprovação de perda da safra, cerca de 14.500 agricultores de 21 municípios devem ser beneficiados com o seguro do programa Garantia Safra, de R$ 1.200, referente à safra de 2023/2024. A verificação é feita pelos órgãos estaduais e federais. Em Sergipe o programa é coordenado pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri).

A vistoria, que será feita por amostragem, tem prazo para ser realizada até o próximo dia 28 de outubro.Solicitaram a inspeção os municípios de Aquidabã, Canindé de São Francisco, Carira, Feira Nova, Frei Paulo, Gararu, Gracho Cardoso, Monte Alegre, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora das Dores, Pedra Mole, Pinhão, Poço Redondo, Porto da Folha, Ribeirópolis, São Miguel do Aleixo, Tobias Barreto, Nossa Senhora da Glória, Itabi, Nossa Senhora de Lourdes e Canhoba.

De acordo com o coordenador estadual do Garantia Safra, Sérgio Santana, para reconhecer a perda da safra são analisados, além do laudo do município, os dados do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “A confirmação se dará se o laudo de apenas um dos órgãos coincidir com o do município, não sendo necessária a validação de todos juntos”, disse Santana, a fase de pagamento acontece após a liberação.

Porto da Folha, no alto sertão sergipano, é um dos municípios mais prejudicados pelo estresse hídrico, com uma média anual de 504 milímetros de chuvas nos últimos 20 anos. Para a secretária de Agricultura deste município, Cláudia Azevedo Leite, o pagamento do benefício é muito positivo para a economia local. “Representa um impacto gigantesco positivamente, tanto para a família do campo quanto para o desenvolvimento do nosso município”, analisou, observando que somente na safra 2022/2023 foram 1.564 agricultores beneficiados. “É um recurso muito bem-vindo, não só para o agricultor, como para toda a família, pois com esse dinheiro eles podem investir em suas propriedades ”, afirmou, ao observar que para a safra 2023/2024 foram 1.888 agricultores cadastrados.

Emdagro realiza curso de ovinocaprinocultura em Tobias Barreto e capacita produtores da região

Capacitação destacou técnicas avançadas de manejo e genética, fortalecendo a ovinocaprinocultura local

Nesta quarta-feira, 4, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) realizou um curso prático sobre ovinocaprinocultura no Povoado Jacaré, em Tobias Barreto. O evento reuniu 20 produtores da região, com o objetivo de promover o aprimoramento das técnicas de manejo e estimular o desenvolvimento da atividade na região.

Durante o curso, os produtores tiveram a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos em áreas cruciais para a criação de ovinos e caprinos, como sanidade, reprodução, nutrição e melhoramento genético. A coordenadora de Pecuária e Médica Veterinária da Emdagro, Izildinha Dantas, destacou a importância da prevenção de doenças para garantir a saúde do rebanho e a rentabilidade da produção. “O manejo sanitário adequado é essencial para evitar perdas e garantir a qualidade dos animais, contribuindo diretamente para a sustentabilidade da criação”, afirmou.

O médico veterinário Maurício Kalil, que conduziu os módulos sobre nutrição, reprodução e melhoramento genético, enfatizou a necessidade de uma alimentação balanceada e de práticas de reprodução controlada para melhorar a genética dos rebanhos. “A escolha correta dos reprodutores e a alimentação adequada são fundamentais para o sucesso da ovinocaprinocultura, pois influenciam diretamente na produtividade e na qualidade da carne e do leite”, explicou.

O curso também incluiu demonstrações práticas de manejo sanitário e a apresentação das principais características raciais de ovinos e caprinos, proporcionando uma visão abrangente sobre as técnicas mais modernas e eficazes para a condução da atividade.

Gilton Pena Matos Menezes, do Povoado Baixão, é criador de ovinos e caprinos há mais de 20 anos e reconheceu a oportunidade de um novo aprendizado sobre a produção: “Participar deste curso foi uma oportunidade única. A gente sempre tem algo novo para aprender, e as orientações que recebemos aqui vão ajudar muito na melhoria do manejo sanitário do meu rebanho. A troca de experiências com outros criadores também foi muito enriquecedora. Me chamou atenção a questão sobre verminose e suplemento alimentar. Esse curso chegou na hora certa”.

Iniciando na atividade da ovinocaprinocultura, o criador Adinilson dos Santos pontuou as possibilidades de trabalho em sua propriedade ao aplicar todas as técnicas apresentadas no curso. “Sempre busquei aprimorar meus conhecimentos na criação de caprinos, e esse curso veio em boa hora. As informações sobre nutrição e melhoramento genético foram especialmente valiosas para mim. Com certeza, vou implementar essas práticas na minha criação para melhorar a qualidade dos animais e aumentar a produção”, frisou.

Produção

Dados recentes do Sistema de Integração Agropecuária (SIAPEC) da Emdagro apontam que Sergipe possui um rebanho de 406.463 ovinos e 43.244 caprinos. O município de Tobias Barreto se destaca como um dos maiores produtores de ovinos do estado, com 33.769 cabeças, ocupando a segunda posição, atrás apenas de Poço Verde. A cidade também ocupa o sétimo lugar na produção de caprinos, com 2.280 cabeças. O número de produtores em Tobias Barreto é igualmente expressivo, com 1.618 criadores de ovinos e 167 de caprinos.

A ovinocaprinocultura tem se mostrado uma atividade promissora em Sergipe, com municípios como Poço Verde, Tobias Barreto e Simão Dias liderando na produção de ovinos, enquanto Nossa Senhora da Glória, Itabaiana e Macambira se destacam na produção de caprinos. Eventos como o curso promovido pela Emdagro são fundamentais para capacitar os produtores e garantir o crescimento da atividade no estado.

Governo de Sergipe leva ‘Mais Genética no Sertão’ para Nossa Senhora da Glória e Poço Verde

Equipe técnica realizou processo de inseminação em tempo fixo em ovinos e caprinos dos produtores agrofamiliares cadastrados

Com o Programa Mais Genética no Sertão, o Governo de Sergipe continua a expandir as ações em benefício da pecuária em diversas regiões do estado. Lançado em julho deste ano, com o objetivo de melhorar a qualidade genética dos rebanhos de caprinos e ovinos, além de aumentar a produção, a iniciativa chegou aos municípios de Nossa Senhora da Glória e Poço Verde, nos dias 1º e 2 de setembro, respectivamente. Na oportunidade, a equipe técnica deu continuidade ao processo de inseminação em tempo fixo (IATF) dos animais dos produtores agrofamiliares cadastrados no programa. 

A iniciativa é uma parceria entre a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e a Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer).

Com a meta de atingir 1.200 prenhezes por município ao longo de quatro anos, o programa visa não apenas a ampliação do rebanho, mas também ao aprimoramento da qualidade dos caprinos e ovinos, refletindo diretamente na rentabilidade dos pequenos produtores rurais. A tecnologia utilizada, que envolve várias fases de aplicação hormonal e diagnóstico gestacional, é oferecida gratuitamente aos produtores, proporcionando um serviço que seria inacessível para muitos deles devido ao alto custo.

A Emdagro, empresa de assistência técnica executora do programa, estima que existe em Sergipe um rebanho de 56 mil caprinos e 493 mil ovinos concentrados no semiárido sergipano. A empresa destaca que o Mais Genética no Sertão vai qualificar o rebanho desses animais, ampliando em quantidade e qualidade, como vem acontecendo com os bovinos.

A técnica da Coordenadoria de Pecuária da Emdagro, a veterinária Catarina Belarmino, comentou sobre a importância da iniciativa. “Esse programa é fundamental para melhorar o rebanho dos pequenos produtores. Estamos utilizando reprodutores testados, o que significa que os filhos desses animais terão uma maior produção de leite ou carne, dependendo do tipo de rebanho. Isso melhora não só a qualidade genética, mas também a lucratividade das propriedades,” explicou.

Por meio do programa, até o momento, foram inseminados 53 caprinos em Porto da Folha. Em Nossa Senhora da Glória, foram 7 caprinos e em Poço Verde, 30 ovelhas. A inseminação faz parte de uma série de etapas fundamentais para garantir o sucesso do programa.

Assistência técnica

Neste mês de setembro, Poço Verde foi o primeiro município a iniciar a inseminação de ovelhas, na segunda-feira, 2. No município, foram selecionados sete produtores, com um total de 30 cabeças de animais para o processo de inseminação artificial.

O técnico da Emdagro de Poço Verde, Luiz Alberto Souza, destacou que o programa é totalmente gratuito para os agricultores familiares. “É impossível para um agricultor familiar adquirir um reprodutor de alto valor, que hoje pode custar em torno de 20 mil reais. A inseminação é feita sem nenhum custo para o produtor, que só precisa entrar com a vontade de participar e com os animais”, completou.

Milton Pereira dos Santos é um dos produtores locais. Com uma pequena propriedade onde cria caprinos e vacas leiteiras, ele destacou a importância do apoio governamental para pequenos agricultores. Ele é dono de uma pequena propriedade no Assentamento Francisco José dos Santos. Ao todo, o produtor cria 28 ovelhas, das quais cinco foram inseminadas. “Só tenho que agradecer a Deus por tudo. A gente tem umas vaquinhas de leite, que já foi feita a inseminação pelo nosso governo”, relatou Milton, mencionando a inseminação tanto em vacas quanto em ovelhas. Ele enfatizou que, sem essa ajuda, seria muito difícil custear os procedimentos por conta própria, considerando especialmente os desafios que os pequenos agricultores enfrentam diariamente.

Maria Ribeiro do Santos, outra produtora da localidade, também se beneficia do programa. Com um lote de 50 tarefas, onde cria 35 ovelhas e 8 bezerras. Maria relatou que a previsão é que cinco de suas ovelhas sejam inseminadas. “É uma oportunidade, porque os filhotes serão de qualidade. Se não fosse pelo apoio do governo, não teríamos essa chance. Como pequenos produtores, não podemos arcar com esse custo elevado”, afirmou Maria, destacando como a iniciativa facilita o acesso a tecnologias que, de outra forma, estariam fora de alcance para produtores menores.

Fases de implantação

A atuação do Mais Genética no Sertão envolve, no mínimo, quatro visitas aos produtores: a primeira para diagnóstico do animal, a segunda para aplicação de hormônio e a terceira para implante do sêmen. A quarta visita para verificar se aconteceu a prenhez. A inseminação por meio do IATF, oferecido gratuitamente para os produtores, é executada pelo veterinário contratado pela Conafer, parceira do Governo Estadual na implementação desse projeto.

O médico veterinário Esdras Medeiros, técnico da Conafer, é um dos responsáveis por conduzir o processo de inseminação em Poço Verde. Ele explicou que o procedimento é minuciosamente planejado, começando com a seleção dos animais e diagnósticos de gestação, para garantir que apenas fêmeas aptas sejam inseminadas. “Nós estivemos aqui dez dias antes, fizemos a seleção dos animais, observando escore corporal e sanidade. Hoje, nós já estamos finalizando o processo, que é só a inseminação em si em carneiros Santa Inês em Poço Verde. Utilizamos a técnica de inseminação transervical com tração cervical, uma opção mais aplicável no dia a dia dos pequenos produtores”, detalhou.

Como participar

Para participar do programa os produtores devem atender alguns requisitos na propriedade. De acordo com a coordenadora de pecuária da Emdagro, Izildinha Dantas, os requisitos mínimos são a estrada de acesso para veículos, instalações em condições de uso, local para contenção adequada dos animais e pastos que supram a necessidade nutricional deles, além de planejamento para a época de seca, serão alguns itens exigidos. Também no local deve haver cochos em quantidade e tamanho adequado para mineralização. Após o cadastro, o produtor deverá aguardar o agendamento da visita do veterinário para iniciar o protocolo de inseminação artificial.

O produtor também precisa comprovar que o rebanho está em dia com os órgãos de defesa sanitária estadual e municipal, que está vermifugado e vacinado contra clostridiose, e apresentar os animais identificados com colar ou brinco. Também é imprescindível, no dia do início do protocolo, que os animais apresentem o Escore de Condição Corporal (ECC) mínimo de 2,5, numa escala de 1 a 5.

Se atender a esses requisitos, o produtor deve procurar as unidades da Emdagro para manifestar interesse, preencher cadastros e juntar os documentos necessários. Os interessados podem entrar em contato com a Emdagro pelo telefone (79) 99849-6742, pelo e-mail coopec@emdagro.se.gov.br ou no escritório da Emdagro mais próximo.

Seagri e vinculadas levaram ações e serviços a agricultores de Nossa Senhora de Lourdes no ‘Sergipe é aqui’

Município se caracteriza pela vocação para pecuária leiteira e cultivo de milho para comercialização de grãos

Com forte atividade na pecuária leiteira e no cultivo de milho para venda do grão, o município de Nossa Senhora de Lourdes, a 126 quilômetros da capital, recebeu os serviços da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e vinculadas – Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) – na 34ª edição do governo itinerante ‘Sergipe é aqui’. Na ocasião, agricultores e pecuaristas demonstraram satisfação por terem serviços governamentais à disposição da população.

Por meio da Emdagro, 567 agricultores familiares foram assistidos no município. Em 2024, o governo distribuiu 3,5 toneladas de sementes de milho pelo Programa Sementes do Futuro, beneficiando 350 agricultores. Em 2023, o programa Mão Amiga Bacia Leiteira beneficiou 318 agricultores, e outros 144 agricultores foram cadastrados no Garantia Safra. Este último programa está em fase de análise de perda de safra, solicitada pela prefeitura.

“Mais uma vez, a equipe da Secretaria da Agricultura e suas vinculadas estiveram presentes no ‘Sergipe é aqui’, programa do Governo do Estado que vem aproximando cada vez mais o cidadão sergipano dos serviços da administração pública”, destacou o secretário-executivo da Seagri, Patrick Santana. “O município de Lourdes se destaca bastante na pecuária leiteira, e durante a semana que antecedeu o projeto, técnicos da Emdagro foram até as propriedades para vacinar 119 animais bovinos contra a Brucelose”, acrescentou, ao observar que no estande da Agricultura 13 produtores puderam receber seus certificados.

Outros serviços
Como tem ocorrido em todas as edições do ‘Sergipe é aqui’, em Nossa Senhora de Lourdes a equipe da Emdagro fez a distribuição de 50 mudas frutíferas, aos agricultores que visitaram o estande. Acerola, pitanga, goiaba, jaca, jenipapo, jambo, tamarindo, cajá e amora foram alguns dos pés de fruta entregues no local, onde foram prestadas diversas informações aos visitantes sobre a emissão do Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF). Também foi feita a entrega de 13 certificados de vacinação contra a Brucelose, com 119 animais imunizados. Outros 30 agricultores entregaram amostras de solo, que serão encaminhadas para análise do Instituto Tecnológico e de Pesquisa do Estado de Sergipe (ITPS).

Um dos produtores rurais que visitou o estande da Agricultura durante o ‘Sergipe é aqui’ foi José Roberto Mota, da comunidade do Povoado Tabuleiro, que contou que já chegou a produzir cerca de 250 litros de leite por dia, além de fabricar bala de leite e queijo. Na ação desta sexta, ele recebeu o certificado de vacinação contra brucelose, e ressaltou a importância do documento para a saúde dos animais e dos seres humanos. “Sei que a Brucelose pode ser transmitida pelo leite, por isso em minha propriedade vacinei, com a ajuda dos técnicos da Emdagro, 28 animais”, detalhou.

Já a produtora Renibergna Silveira Moura Santos, do povoado Pedra Furada, em Nossa Senhora de Lourdes, destacou a importância da vacinação de animais em sua propriedade, afirmando que, graças à vacinação, nunca perdeu um animal por doença. Ela informou que 12 animais foram imunizados contra a Brucelose, sendo seis vacas e seis novilhas. Reni, como é chamada, também produz milho e cria suínos, comercializando leite para uma fabriqueta e vendendo leitões para engorda e abate. “A vacinação é essencial para prevenir doenças e garantir a saúde dos animais, incluindo a proteção contra Brucelose”, destacou.

A agricultora Lane Clei Barreto Albuquerque, do povoado Cabeça do Boi 1, em Gararu, aproveitou a ação do governo no município de Nossa Senhora de Lourdes, sua terra natal, para garantir uma muda frutífera para seu sítio. “Lá eu planto de tudo, mas o forte mesmo são as fruteiras. Tenho abacaxi, muitas mangueiras, pés de acerola, de tamarindo, de pinha, laranjeiras e, principalmente, os pés-de-maracujá, que vendemos bastante. Faltava um pezinho de abacate, que gosto muito, e hoje consegui aqui no estande da Agricultura”, disse, satisfeita. 

Assim como ela, a agricultora Maria Risolândia da Silva, do povoado Tabuleiro, também voltou para casa com uma muda frutífera, neste caso, de jaqueira. “A jaca é uma das minhas frutas preferidas, e eu ainda não tinha em meu sítio. Agora vou plantar, e sei que vai dar bons frutos”, destacou.

Coderse
A Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) tem em Lourdes sua principal atuação na perfuração, instalação e recuperação de poços, para atender comunidades rurais. As águas subterrâneas do município são caracterizadas pela concentração de sal, restringindo a possibilidade de perfuração de poços artesianos.

No ‘Sergipe é aqui’, a Coderse também realizou o atendimento à população que busca por orientações, além de apresentar o trabalho realizado em todo o estado, com o desenvolvimento de recursos hídricos para uso doméstico e irrigação nos perímetros estaduais. Exemplo disso é o Programa Água Doce, que no governo itinerante é exposto por meio de uma maquete que demonstra como funciona uma das 29 unidades de dessalinização de água em Sergipe, sistemas criados e geridos pela parceria dos governos federal e estadual com as comunidades.

Fotos: Vieira Neto

Seagri participa de audiência pública sobre carcinicultura

Sergipe tem potencial, pois ocupa a quarta maior produção de camarões do Brasil e conta com o apoio do Governo do Estado

Nesta sexta-feira, 23, no plenário Pedro Barreto de Andrade, da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) participou da Audiência Pública que trouxe como tema  ‘A importância da carcinicultura no desenvolvimento social, econômico e com responsabilidade social’. Na oportunidade, a superintendente da Seagri, Ana Patrícia Barreto Guimarães, avaliou como positivo o evento que permitiu uma imagem geral da carcinicultura em Sergipe. “Para nós, que estamos realizando um censo inédito sobre aquicultura, é mais uma oportunidade de reunir dados que possam confirmar a importância socioeconômica desta atividade, como também entender quais são hoje os principais desafios”, destaca.

De acordo com o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária e Aquicultura, e da Comissão de Agricultura da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), autor da audiência, Marcelo Sobral, Sergipe tem potencial, pois ocupa a quarta maior produção de camarões do Brasil, conta com o apoio do governo, mas precisa de alguns ajustes para ocupar maior patamar nacional. “Estamos buscando melhorias, devido ao potencial hídrico que temos. São seis bacias hidrográficas que são rios propensos à criação de camarão. Levar o camarão para o sertão sergipano através de poços artesianos, como acontece em outros estados e ideias para unir todos os pequenos, médios e grandes produtores. O Governo do Estado já deu o 1º passo de incluir o camarão na merenda escolar e precisamos de alguns ajustes, de mais formalização no setor. Somos o quarto maior produtor do país, só que mais de 80% dos produtores ainda estão na informalidade”, pontua.

Ainda de acordo com Sobral, já existe um diálogo com o governador Fábio Mitidieri no sentido de, ainda este ano, implementar uma lei que contemple demandas deste setor produtivo. 
O evento foi presidido pelo deputado Paulo Júnior, que parabenizou os participantes e os produtores de camarão por movimentarem a economia sergipana. “Esta audiência pública trata de temas tão importantes expostos por todos que fizeram as suas explanações, dessas dificuldades que os pequenos carcinicultores têm enfrentado no dia a dia, para a regularização e renovação do licenciamento ambiental”, afirma.

Características da carcinicultura em Sergipe

O cenário apresentado pelos palestrantes demonstra que a carcinicultura é uma importante atividade econômica e social praticada no litoral sergipano. A professora-doutora do Departamento de Engenharia de Pesca da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Ana Rosa da Rocha Araújo, informou que o camarão foi introduzido no estado na década de 1990, em pequenas áreas de antigas salinas. “Hoje são pequenas áreas produtivas, mas com grande importância social, visto que a atividade está espalhada por 12 municípios do litoral e o estado ocupa a posição de quarto produtor nacional”.

O professor do Curso Técnico em Aquicultura do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe (IFS/Campus São Cristóvão), José Milton Carriço, disse que a carcinicultura em Sergipe está classificada como sistema  extensivo ou semi-extensivo, utilizando uma baixa densidade. “A aquicultura é uma atividade que cada vez mais ganha importância, principalmente no que diz respeito à geração de renda para o pequeno produtor”, ressalta. MIlton mostrou que houve um incremento na área ocupada com camarão em Sergipe, passando de 1.400 hectares em 2004 para 1.500 hectares em 2016. Ele também disse que a aquicultura em volume de pescado já é maior do que a pesca artesanal, porém o consumo ainda é baixo, com cerca de 11kg/ano por pessoa.

A advogada Robéria Silva,  que trabalha com o segmento da carcinicultura em Sergipe desde 2012, destaca a legislação. Segundo ela, há um marco temporal importante, que é o Código Florestal de julho de 2008. “Nosso maior desafio hoje em Sergipe é provar quais áreas são consideradas consolidadas, ou seja, que tem produção desde antes de julho de 2008”. Ela disse ainda que tem um documento importante feito pela Codise em 2006 que tem ajudante nesse processo.

De acordo com o presidente da Associação dos Criadores de Camarões de Sergipe, Alexsandro Monteiro, a carcinicultura costuma ser alvo de algumas dúvidas. “A carcinicultura é fundamental, porque atende à demanda de mais de 80% do camarão consumido no estado. O mercados e as feiras livres comercializam camarões produzidos em Sergipe e boa parte da criação é feita por pequenos produtores. Então, existe um papel muito importante, tanto econômico como social”, avalia. 

A contadora Juliana Alcântara, especialista em gestão financeira, auditoria e controladoria, que falou sobre a importância da formalização da atividade, citou dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostram que a informalidade no segmento da carcinicultura ultrapassa os 50%. “A partir do momento que os produtores se formalizam, se tornam seguros legalmente, ambientalmente e fiscalmente”, alerta.

O empresário Félix Lee Fei representou a Câmara Empresarial de Pesca e Aquicultura do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac. “Essa oportunidade excelente que a Assembleia Legislativa está nos dando aqui é um grande marco de levar a carcinicultura do estado de Sergipe a outro patamar. Todos os estados nordestinos têm um sistema de benefício e incentivo na área de tributação para a criação de camarão, que é a carcinicultura, e Sergipe é o único que não tem. Essa audiência, sem dúvida, vai trazer Sergipe a ter um nível  de competitividade com os demais estados e, sem dúvida, isso também ajudará a levar os produtores a sair da informalidade, pois, sem muita tributação, conseguem concorrer e logicamente constituir uma empresa, ser um produtor rural que possa levar isso através de financiamentos, benefícios e apoios governamentais”, entende.

Emdagro promove curso de educação sanitária

Iniciativa visa reforçar o trabalho da defesa agropecuária em Sergipe

Entre os dias 19 e 23, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) realizou, em Aracaju, um curso de educação sanitária em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O objetivo foi capacitar os profissionais da Emdagro envolvidos na defesa sanitária animal e vegetal, preparando-os para desenvolver ações educativas em paralelo às atividades de vigilância e fiscalização.

A iniciativa é de relevância especialmente no contexto atual, em que Sergipe se posiciona como um estado livre de febre aftosa sem vacinação e de pragas quarentenárias como o Greening. Tal conquista exige um comprometimento contínuo, tanto na conscientização dos produtores rurais quanto na prevenção da entrada de outras doenças, como a peste suína clássica e a influenza aviária de alta patogenicidade.

Para a diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade, o curso reflete o compromisso da instituição com a sanidade agropecuária sergipana. “A Emdagro tem a responsabilidade de manter a excelência na defesa agropecuária do estado. Este curso reflete nosso empenho em aprimorar continuamente as estratégias de educação sanitária, assegurando que nossos técnicos estejam preparados para atuar de forma preventiva e educativa junto aos produtores rurais. Ele marca também um avanço significativo no fortalecimento das estratégias de defesa agropecuária em Sergipe, com a Emdagro reafirmando seu compromisso com a saúde animal e vegetal no estado”, ressaltou Aparecida.

O superintendente Federal de Agricultura em Sergipe, Jonielton Dantas, também reforçou a importância da educação sanitária como estratégia essencial na promoção da saúde e sustentabilidade. “No âmbito da defesa agropecuária, a prevenção de doenças em rebanhos e vegetais é essencial. Por isso, este momento, promovido pela Emdagro em parceria com o Ministério da Agricultura, é de extrema importância para que o estado de Sergipe desenvolva ações preventivas de educação sanitária. Essas ações visam criar um ambiente saudável e sustentável no estado, além de conscientizar a sociedade sobre o trabalho relevante que está sendo realizado na área de fiscalização agropecuária”, destacou.

O técnico agrícola Alberto Ferreira do Nascimento Junior, atua na coordenação de Defesa Vegetal. Ele destacou a importância do treinamento em educação sanitária para o desempenho de suas funções. Segundo Alberto, o curso é essencial, especialmente porque, na Defesa Vegetal, muitas atividades envolvem pessoas que, apesar de estarem no campo, não estão diretamente ligadas à produção agrícola. “A capacitação ajudará a melhorar a interação com os agricultores, particularmente na defesa da produção de murta e em outras áreas. O curso me surpreendeu positivamente, especialmente na parte em que aprendemos novas formas de comunicação e interação com os produtores”, destacou o técnico.

Quem concorda com ele é a médica veterinária Beatriz Santana, lotada no escritório de Simão Dias. Para ela, o curso é muito valioso tanto para os profissionais como para os produtores, especialmente por promover atividades participativas que aproximam os técnicos dos agricultores e produtores. Ela também mencionou que as metodologias ativas apresentadas no curso foram o aspecto que mais chamou sua atenção.

A facilitadora do curso foi a auditora fiscal agropecuária e chefe do setor de Educação Sanitária, Juliana do Amaral Moreira Conforti Vaz, que indicou que o conteúdo abordado leva em consideração as diretrizes do Programa Nacional de Educação Sanitária (Proesa). “A gente veio fazer a capacitação dos técnicos da Emdagro para a educação sanitária, mas principalmente com relação a aplicação das metodologias ativas participativas. Basicamente, trabalhamos com as seis diretrizes principais do Proesa, dentre elas a implementação de políticas públicas de educação sanitária, estabelecer mecanismos permanentes de participação dos parceiros e beneficiários e o fortalecimento, aumento da abrangência, implementação de ações de educação sanitária. A gente tem fomentado muito isso, porque o Proesa tem preconizado uma ação de educação junto com outras instituições, junto com o setor produtivo”, detalhou.

Agricultores de Brejo Grande aproveitaram serviços do ‘Sergipe é aqui’

Secretaria da Agricultura e empresas vinculadas levaram uma série de ações ao município

Localizado no baixo São Francisco sergipano, o município de Brejo Grande recebeu nesta sexta-feira, 23, a 33ª edição do programa itinerante ‘Sergipe é aqui’. Assim como nas edições anteriores, a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) esteve presente com a equipe técnica e vinculadas – Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) e Empresa de Desenvolvimento Sustentável do Estado de Sergipe (Pronese) –, que levaram ações e serviços para agricultores familiares e demais cidadãos da região.

No estande da Agricultura, foram distribuídas 50 mudas de árvores frutíferas, entregues quatro Cadastros da Agricultura Familiar (CAFs) e 20 amostras de solo para análise pelo Instituto Tecnológico e de Pesquisa do Estado de Sergipe (ITPS). Durante todo o evento, os presidentes da Emdagro, Gilson dos Anjos, e da Coderse, Paulo Sobral, estiveram presentes com suas equipes técnicas atendendo as demandas da população e dos agricultores assistidos pelo Governo do Estado.

Técnicos da Emdagro realizaram atendimento de moradores da região que foram até o local para fazerem seus cadastros, no intuito de submeterem ao processo de regularização para receberem seus títulos de terra. “Como previsto na Constituição Federal, muitas dessas áreas, já ocupadas desde o tempo da colonização em todo o Brasil, precisam dessa regularização, e aproveitamos a ocasião para dar início a esse processo”, explicou o diretor de Ações Fundiárias da empresa, Marcelo dos Santos.

De acordo com ele, o morador da área precisa se cadastrar para realizar o geocadastro da propriedade, seguida de visita de técnicos ao local, levantamento fundiário no cartório e consultas aos órgão para verificar se a área é de titularidade da União. “Feito isso, fazemos a medição e certificação da área e emitimos o Cadastro Ambiental Rural (CAR), finalizando o processo com a emissão do título definitivo da terra”, acrescentou Marcelo dos Santos.

Para o secretário-executivo da Seagri, Patrick Santana, o ‘Sergipe é aqui’ tem se mostrado uma iniciativa bastante eficaz. “É o Governo do Estado buscando aproximar cada vez suas ações do cidadão, dando oportunidade às pessoas de iniciarem o processo para regularização das terras devolutas, por meio do programa ‘Minha Terra’, e proporcionando, com isso, mais possibilidades para as pessoas que nela residem”, destacou.

Ações e serviços
Dona Maria Isaura Conceição visitou o estande da Seagri e voltou para casa com uma muda de abacate. “Eu tinha visto que o abacate possui muitos benefícios; foi quando eu passei pelo estande da Agricultura e vi que estavam distribuindo pés de frutas; fiz o cadastro e garanti logo o meu abacateiro”, disse.

A agricultora Juliana Ferreira dos Santos esteve no local e recebeu seu CAF, pois precisava do documento para dar continuidade ao trabalho iniciado pelo pai. “O CAF é uma forma de a gente se identificar como agricultor e ser reconhecido”, destacou Juliana, que mora no povoado Brejão.

Quem visitou o estande da Agricultura também pôde conhecer a maquete da Coderse que representa uma unidade de produção de água dessalinizada do Programa Água Doce. Além disso, a companhia disponibilizou informações sobre locação, perfuração, limpeza, teste de vazão em poços comunitários, instalação, manutenção e recuperação de sistemas simplificados de abastecimento de água.

Emdagro realiza treinamento sobre uso de novos equipamentos GPS para regularização fundiária

Equipamentos se destacam pela eficiência e precisão na coleta dos dados

A Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), está promovendo um treinamento voltado para a operação de novos equipamentos de GPS adquiridos recentemente. A iniciativa visa capacitar tanto funcionários antigos quanto novos concursados para utilizarem a nova tecnologia, que promete revolucionar o trabalho de georreferenciamento e regularização fundiária no estado.

“É uma tecnologia nova, tanto para os funcionários que entraram agora quanto para os mais antigos. Temos um representante da empresa nos mostrando como operar e utilizar os equipamentos de forma adequada”, explicou o diretor de Ações Fundiárias da Emdagro, Marcelo dos Santos.

Os novos equipamentos adquiridos são dois dispositivos de GPS que possuem tecnologia avançada, conectando-se diretamente a um satélite da fabricante. Isso resulta em um ganho significativo de tempo, já que elimina a necessidade de processamento posterior. Eles serão utilizados para levantamentos de propriedades rurais e até urbanas, caso necessário, além de fiscalizações de convênios e regularizações fundiárias.

A multifuncionalidade dos equipamentos permite que sejam utilizados tanto para serviços de regularização fundiária quanto para atividades que necessitem de georreferenciamento. “Todo dado coletado por esses equipamentos já é georreferenciado e pode ser utilizado para regularização urbana, mas o foco principal é a regularização rural”, destacou o diretor Marcelo dos Santos.

O técnico representante da empresa fabricante, Marcelo Maschietto Almeida, indicou que a tecnologia RTX empregada nos equipamentos foi homologada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária de Sergipe (Incra) há cerca de dois anos. Segundo ele, a grande vantagem é que eles operam sem a necessidade de uma base fixa, o que facilita muito o trabalho de campo. Não há preocupação com a manutenção da base, nem com possíveis falhas de bateria ou problemas de link de rádio. “Isso aumenta a produtividade. Além disso, os equipamentos proporcionam uma precisão extrema, com margem de erro de cerca de um centímetro na planimetria e de dois e meio a três na altimetria”, reforçou.

O técnico agrícola da Coordenadoria de Ações Fundiárias da Emdagro, Cristiano Moraes, participou do treinamento e também destacou os benefícios da nova tecnologia em relação aos equipamentos anteriores. “A gente já trabalhou com os aparelhos antigos e perdia mais tempo. Esses novos nos permitem ter uma precisão e um controle melhor do tempo, uma autonomia maior. Isso aumenta a possibilidade de realizar mais trabalhos em um determinado período. Na universidade, eu já conhecia outros aparelhos mais antigos, mas esse treinamento é fundamental para nos atualizarmos com novas tecnologias que facilitem nosso trabalho e os novos projetos da empresa”, complementou.

Investimento 
Para a aquisição dos equipamentos, a Emdagro investiu, em cada um, aproximadamente R$ 28 mil, além de uma assinatura anual de R$ 8 mil para o uso do sinal exclusivo da fabricante e ainda contratados três anos de licença, o que dá à empresa uma autonomia para utilizar o equipamento conectado ao satélite durante esse período.

O técnico da Coordenadoria de Ações Fundiárias da Emdagro, Charles Santana, ressaltou a precisão e a eficiência dos novos equipamentos em comparação com os modelos anteriores. “Com o equipamento anterior, trabalhávamos em cada ponto por cinco minutos. Com este, em dois ou três segundos já temos a posição com uma precisão fantástica”, apontou.

Coordenação estadual do Garantia Safra reúne secretários

Somente este ano, em Sergipe, foram repassados aos agricultores que aderiram ao programa o valor de R$ 15.724.800 referente à safra 2022/2023

A coordenadoria estadual do Programa Garantia Safra, capitaneada em Sergipe pela Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), reuniu secretários municipais nesta quinta-feira, 22, para tratar sobre prazos e garantir maior adesão ao programa. O prazo de inscrição para a safra 2024/2025 se encerra no dia 20 de fevereiro de 2025 e a ideia é antecipar as adesões, a fim de garantir o mesmo sucesso observado nas safras anteriores. No período de 2022/2023, o programa registrou 13.104 inscrições, já a safra 2023/2024 pontuou com 15.875 adesões, o que representa um aumento de 2.771 agricultores.

Durante a reunião, que teve à frente a equipe técnica do Garantia Safra na Seagri, formada por Sérgio Santana e Bárbara Viviane, secretários e representantes da pasta e de instituições parceiras, como a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), puderam trocar ideias sobre o programa e esclarecer dúvidas quanto ao cadastro dos agricultores. O seguro de renda mínima, no valor de R$ 1.200,00, é destinado às famílias de agricultores de baixa renda, que vivem em municípios do semiárido nordestino e são prejudicados quando a seca ou o excesso de chuvas provoca a perda de, pelo menos, metade da produção.

Para o secretário executivo da Seagri, Patrick Santana, foi um momento gratificante pela participação maciça dos secretários. “Foi muito importante receber os secretários dos municípios para tratarmos desses prazos e poder conversar sobre o Garantia Safra. Esse programa é de grande importância para o pequeno agricultor e para a economia dos municípios. Somente este ano, em Sergipe, foram repassados aos agricultores que aderiram ao programa o valor de R$ 15.724.800 referente à safra 2022/2023. Este valor é bastante significativo, porque aquece a economia local”, destaca Patrick. “O olhar atento do governador Fábio Mitidieri tem mostrado comprometimento com os agricultores sergipanos”, acrescentou Patrick, referindo-se ao repasse da contrapartida do Estado, que garante o benefício às famílias cadastradas. “Só para o período de 2023/2024, o aporte estadual foi de R$ 2,2 milhões”, observa.

De acordo com Michel de Lima Farias, secretário de Agricultura do município de Nossa Senhora de Lourdes, foi muito importante participar do encontro. “Foi ótimo, porque ficamos cientes das datas, dos prazos estabelecidos pelo programa para adesão dos agricultores e também sobre os aportes que o município tem que oferecer, a fim de garantir que o benefício seja pago. Saímos inteirado do assunto, a fim de levar para o nosso município e atender melhor nosso agricultor”, afirma, ao observar que o município já participa do programa há cerca de 16 anos, com grande adesão. “Esse programa é a salvação para o pequeno agricultor, que sofre muito com a perda da safra em nossa região, de sertão. Então esse dinheirinho, esse recurso, chega sempre em boa hora para eles”, enfatiza.

Ana Luzia Nunes Mota, secretária de Agricultura de Graccho Cardoso, também saiu satisfeita da reunião. “Apesar de já termos um conhecimento, sempre aparece uma dúvida ou outra sobre o programa e essa foi uma oportunidade muito proveitosa, para não perdermos os prazos e buscar sempre inserir nossos agricultores no sistema, prestando um melhor atendimento. Principalmente porque somos nós que ficamos ali no dia a dia com ele”, declara, ao observar que a administração do município está sempre atenta em fazer o pagamento dos aportes regularmente, para que o programa continue beneficiando os agricultores de Graccho Cardoso.

Adesão

Podem participar do programa os agricultores familiares cuja renda bruta mensal seja de até 1,5 salários mínimos, excluindo a aposentadoria rural. Para realizar as inscrições, os agricultores devem procurar as Secretarias Municipais de Agricultura, escritórios da Emdagro ou Sindicatos dos Trabalhadores Rurais, com documentos de identificação em mãos. Ao completar a inscrição, o agricultor recebe um boleto bancário, no valor de R$ 24,00, em parcela única, que pode ser paga na Caixa Econômica ou Casas Lotéricas e vai confirmar sua adesão ao programa.

Governo

Última atualização: 26 de agosto de 2024 09:00.

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