Governador Fábio visita obras da Rota do Leite em Gararu

Rodovia beneficiará os municípios de Poço Redondo, Porto da Folha, Nossa Senhora de Lourdes e Itabi, sobretudo no escoamento do leite

Uma das cadeias produtivas mais importantes do estado e reconhecidamente uma das bacias leiteiras mais importantes do Nordeste, a pecuária leiteira sergipana é considerada o ouro branco do sertão. Nessa quarta-feira, 3, o governador Fábio Mitidieri visitou a obra da Rota do Leite, em Gararu, a rodovia SE-175, na estrada do povoado Jibóia, cujo investimento total será de R$ 90 milhões. 

A rodovia tem o objetivo de contribuir para o acesso a mercados, estimular a produção da região do sertão, especialmente de leite, e beneficiar agricultores e produtores locais. O projeto também contempla toda a comunidade, ao melhorar o transporte público e facilitar o acesso a serviços de saúde e educação. 

“Viemos conferir o andamento dessa obra tão importante para a mobilidade e para a Bacia Leiteira. Estamos aqui no início da rodovia. Eu e a prefeita Zete viemos fazer a vistoria”, disse o governador. “É a obra mais aguardada do sertão e voltaremos aqui, sempre conferindo o andamento da obra”, completou a prefeita de Gararu, Zete de Janjão.

O operador de moto niveladora, Jeferson Arcelino, que trabalha na obra, destacou o quanto a população aguarda pela rodovia. “São 40 anos esperando. É uma obra muito importante, porque fomenta a economia da região, serve para escoar a produção de milho, leite.  Esperamos muito tempo por isso”.

A dona de casa Michele Custodio também espera mais desenvolvimento com a Estrada da Jibóia. “Vai trazer crescimento do comércio, melhorar a rota do leite, muitos aqui trabalham com leite e a rodovia vai ajudar”.

Segundo dados da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento e Pesca (Seagri), Sergipe produziu 435,5 milhões de litros de leite em 2021, com incremento de 20% relativo ao ano anterior, apresentando tendência crescente. Com a melhoria da malha viária, a economia estará ainda mais impulsionada.

Histórico
Em janeiro deste ano, o Governo do Estado assinou o contrato de repasse de R$ 16,8 milhões  para a implantação da Rota do Leite (Rodovia SE-175), em Gararu. Além do recurso viabilizado por meio de emenda parlamentar do senador Alessandro Vieira, a obra conta também com mais R$ 10 milhões, provenientes de emenda do governador Fábio Mitidieri, enquanto deputado federal.

Até o final do projeto, que beneficiará os municípios de Gararu, Feira Nova e Nossa Senhora da Glória, o investimento atingirá cerca de R$ 90 milhões. 
As obras de implantação da Rota do Leite também contemplarão os municípios Poço Redondo, Porto da Folha, Nossa Senhora de Lourdes e Itabi, que, junto com Gararu, apresentaram crescente produção de leite.

Bacia do Leite

A bacia leiteira do alto sertão sergipano é composta por sete municípios que, juntos, somam  212.288 animais. Atualmente, a produção oficial do estado, ou seja, que passa pelos laticínios com selo de inspeção, é de 1,5 milhões de litros por dia. Conforme dados da Emdagro, Poço Redondo é o maior produtor de leite do estado e o que tem maior produtividade (litros de leite de vaca por ano), com uma média municipal de 3.960 litros por ano. A média de Sergipe é 2.336 e a média brasileira é de 1.343 litros do produto por ano. Com 112.769 milhões de litros de leite no primeiro trimestre de 2023, Sergipe segue em décimo lugar no ranking nacional em relação à aquisição e industrialização de leite cru e em segundo do Nordeste, ficando atrás apenas da Bahia, com 140.907 milhões de litros.

Produtores de castanha e amendoim de Itabaiana ganham incentivo fiscal

Isenção do ICMS dá ao povoado Carrilho melhores condições de competitividade no mercado nacional

Comprometido com a política de desenvolvimento econômico do estado, o governador Fábio Mitidieri assinou nesta segunda-feira,  1°, no povoado Carrilho, em Itabaiana, o Decreto que concede incentivo no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre castanha in natura e amendoim produzidos na região. Isso significa que os comerciantes poderão vender a matéria-prima para as unidades de beneficiamento sem precisar recolher o ICMS. Com a isenção, os produtores do Carrilho, que representam 80% da população do povoado, estarão em condições de competir no mercado nacional. 

Por meio do decreto, os produtores que comercializam para as unidades de beneficiamento não precisarão mais recolher o ICMS, o que favorece a cadeia produtiva, uma vez que as indústrias sergipanas conseguirão ampliar a sua rede de fornecedores e adquirir a matéria-prima com preços mais competitivos. Com o incentivo, as indústrias de beneficiamento da castanha e amendoim ficarão responsáveis pelo recolhimento do imposto, devido apenas no momento da venda para terceiros. 

“O Estado abre mão de R$ 1 milhão por ano em ICMS, não por mera ajuda, mas por retribuição por tudo que Itabaiana produz e beneficia Sergipe, seja com o ouro, com o caminhão, com a castanha. Com essa condição de competitividade, na verdade, quem lucra somos todos nós, com o retorno econômico que isso nos trará”, considerou Mitidieri, reiterando a importância de estímulo da economia, por meio de incentivos fiscais.

O deputado estadual Luciano Bispo, ex-prefeito de Itabaiana, prestigiou a solenidade e agradeceu a iniciativa. “Com essa medida, nós ganhamos competitividade. Toda a família do Carrilho se beneficia. Está sendo feita história aqui hoje”, pontuou.

Outros incentivos

O Governo do Estado tem se debruçado em apoiar e fortalecer também outros setores, a exemplo da elevação do teto de valor de compra de veículos para pessoa com deficiência (PcD), ratificado em  convênio com o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), em janeiro deste ano.

Com a medida, o teto de R$ 100 mil para isenção parcial do ICMS para aquisição de veículos automotores destinados às PcDs sobe para R$ 120 mil. A decisão busca ampliar as possibilidades de obtenção de veículos para este público, permitindo que ele possa usufruir de carros mais adaptados às suas necessidades. Com a ampliação, mais de 50 automóveis passam a ser enquadrados no novo teto.

De acordo com o decreto em vigor, a PcD poderá adquirir veículos automotores, cujo preço de venda sugerido pelo fabricante, incluídos os tributos incidentes, seja de até R$ 120 mil. A cobrança do ICMS será feita apenas sobre o que ultrapassar R$ 70 mil, também conforme norma estabelecida pelo Confaz.

Aviso: Paralisação temporária no fornecimento de água bruta para irrigação nos Perímetros Irrigados Califórnia e Jacaré-Curituba

As Companhias de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), de Saneamento de Sergipe (Deso) e de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) informam aos seus usuários a paralisação temporária no fornecimento de água bruta para irrigação nos Perímetros Irrigados Califórnia e Jacaré-Curituba e no abastecimento humano na zona urbana de Canindé de São Francisco entre os dias 19 a 22 de julho de 2024. A retomada do fornecimento de água está prevista para o dia 22 (segunda-feira) ou assim que for concluída a primeira etapa da recuperação estrutural da comporta de segurança na Barragem de Xingó. O serviço será feito em duas etapas, com o processo sendo repetido entre os dias 26 e 29 de julho.

A Deso disponibilizará carros-pipa no local, para garantir o abastecimento dos reservatórios, durante as etapas da manutenção.

Os serviços, contratados de comum acordo entre a Coderse, a Deso e a Codevasf, visam a garantir a segurança do fornecimento de água para irrigação nos municípios de Canindé de São Francisco e Poço Redondo, bem como para abastecimento humano nas zonas urbanas de Canindé de São Francisco. Durante a recuperação da comporta, será possível realizar outros reparos programados nos componentes e maquinários da Estação de Bombeamento 100, compartilhada entre as três empresas públicas.

Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe
Companhia de Saneamento de Sergipe
Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba

Agricultura

Grupo indígena Fulkaxó passa a ter terra oficial em Pacatuba SE

O novo território indígena foi viabilizado pela parceria entre a Funai e o Governo do Estado de Sergipe

O Estado de Sergipe passa a ter oficialmente duas comunidades indígenas. Até então, a única terra indígena sergipana era Caiçara, na Ilha de São Pedro, no município de Porto da Folha, com 329 indígenas residentes. A partir desta semana, o estado passa a ter oficialmente a antiga fazenda Soloncy Moura, em Pacatuba, na região do baixo São Francisco sergipano, com área de 44,84 hectares, como a segunda área destinada à posse permanente do grupo indígena Fulkaxó. A área é considerada a primeira reserva indígena sergipana por ter sido adquirida pela Funai para alocação daquela comunidade.

O novo território indígena sergipano foi viabilizado por meio de uma parceria entre o Governo de Sergipe e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). Os indígenas da tribo Fulkaxó foram recebidos esta semana na Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), para a assinatura do contrato de compra da fazenda. A propriedade foi adquirida a partir de recursos da Funai para abrigar cerca de 90 famílias de Fulkaxós.

O benefício representa um pleito antigo da comunidade indígena, transformado em Projeto de Lei e aprovado por unanimidade pela Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese). A Lei 9.345, de 26 de dezembro de 2023, autorizou o Poder Executivo estadual a transferir duas áreas rurais de sua propriedade para a realocação de famílias indígenas e de agricultores familiares. A iniciativa teve como finalidade preservar a identidade, o modo de vida e a cultura indígena no estado, viabilizando ações que concretizam a demarcação de suas terras, protegendo esses povos de possíveis invasões e ocupações por terceiros.

A conquista foi muito comemorada pelo cacique Tchydjo Ê, que esteve na Seagri acompanhado do pajé Soyré, da tribo Fulkaxó, e de um grupo de indígenas da comunidade. “A assinatura desse contrato representa uma nova era para nosso povo, uma luta de 16 anos por essa terra. Estamos muito agradecidos ao governador Fábio Mitidieri e a todas as autoridades envolvidas, por todo o empenho em resolver essa questão. Nosso povo estava esquecido, em Pacatuba, e agora realizamos o sonho de nossos antepassados”, destacou o cacique.

A indígena Josete Fulkaxó chorou de emoção no ato da assinatura. “É uma alegria que não tem tamanho. Minha emoção vem das lembranças do quanto tivemos que lutar, uma luta que iniciou com minha mãe e minha irmã que não estão mais entre nós. Ofereço a elas essa conquista”, disse Josete.

“Estamos atuando muito fortemente no sentido da regularização fundiária em todo o estado de Sergipe, independentemente de região, e essa é a primeira reserva indígena formada aqui no estado para dar independência a essa comunidade. Assegurar a proteção desses limites é, também, uma forma de preservar a identidade, o modo de vida, as tradições e a cultura desses povos”, enfatizou o secretário de Estado da Agricultura, Zeca da Silva, ressaltando que o diálogo com os entes envolvidos na regularização fundiária dos povos originários e comunidades tradicionais é prioridade da gestão.

A procuradora federal Gisele Bleggi destacou a atribuição do Ministério Público enquanto instituição que luta pela preservação e tutela dos direitos constitucionais e que a entidade sempre estará de portas abertas para intermediar essas questões junto ao poder público.

Para o representante da Funai, João Henrique Cruciol, a assinatura desse contrato representa um grande passo no desenvolvimento da comunidade indígena Fulkaxó. “As comunidades indígenas, de modo geral, sempre foram marginalizadas e já sofreram ataques e violências ao longo de toda a história do nosso país, e hoje reconhecer que seus direitos são preservados, são resguardados e são considerados é muito importante”, enfatizou.

O ato também contou com a presença do coordenador regional da Funai no Nordeste, Cícero Albuquerque.

Governo do Estado investe R$ 12 mil na manutenção de dois sistemas do ‘Água Doce’ no alto sertão

Com a implantação de mais três novas unidades de dessalinização, serão 32 sistemas funcionando em Sergipe

Somente no mês de junho, quase 140 famílias da zona rural do alto sertão sergipano já foram beneficiadas com a manutenção no fornecimento de água dessalinizada. A equipe do Núcleo Estadual do Programa Água Doce (PAD) trocou seis membranas do sistema de abastecimento no povoado Areias, em Poço Redondo, e no Assentamento Mandacaru I, em Canindé de São Francisco, consertou a bomba auxiliar e ajustou o dessalinizador. Só em peças, o investimento com recursos próprios do Governo do Estado foi de aproximadamente R$ 12 mil.

De acordo com a equipe técnica da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), devido ao desgaste em seu funcionamento, as membranas de osmose reversa são itens do grupo de máquinas e equipamentos do dessalinizador que têm que ser trocados quando deixam de fazer a filtragem. O sistema de abastecimento do povoado Areias beneficia 93 famílias. Participaram do serviço o coordenador estadual do programa, Vanderson Carvalho, e o componente de serviço em dessalinizador, Claudinier Rodrigues.

“Fizemos a troca utilizando as membranas fornecidas pela Coderse. As peças são o coração do sistema, fazem a filtragem da água salina, coletada dos poços tubulares profundos, separam o concentrado e fornecem água potável para o consumo humano. Mas a unidade de produção de água dessalinizada é formada de muitos itens, como reservatórios, tanques de contenção, tubulação, e o poço. Todos são componentes que carecem de manutenção e reparo feitos pelas comunidades, Coderse, prefeituras ou em parceria entre eles”, pontuou Vanderson Carvalho.

Presente nos nove estados do Nordeste e em Minas Gerais, o PAD é uma ação do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional e, em Sergipe, é coordenado pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca  (Seagri). As suas vinculadas, Coderse e Empresa de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro), são as executoras do programa. São 29 unidades em operação no estado, e também por meio da Coderse, outros três sistemas atualmente estão sendo implantados em Carira, Poço Verde e Porto da Folha. 

Morador do povoado Areias, Cleiton Rodrigo Vieira dos Santos ficou feliz com o conserto no dessalinizador da comunidade, que agora voltou a filtrar a água salina corretamente. “Estou tão satisfeito que o programa vem atendendo a gente, a água está super maravilhosa. Eu só tenho que agradecer. Nunca deixam a gente sem ser acolhido. Água é muito importante para a gente. A água agora está 83% mineral. É uma benção de Deus e só temos a agradecer”, destaca o usuário, com base na leitura do grau de salinidade feita pela equipe do PAD ao concluir a troca das membranas.

Mandacaru I

Outra beneficiária, Maria Auxiliadora, moradora do Assentamento Mandacaru fala o quanto o sistema de dessalinização é importante. “São cerca de 40 famílias, e a gente depende muito dessa água. É uma água saudável, sadia, tratada, muito boa”, elogiou Maria Auxiliadora.

O serviço, também realizado pela equipe da Coderse inserida no ‘Água Doce’, consertou a bomba auxiliar, que potencializa a capacidade de processamento, da água salgada para a doce. “Essa bomba é para dar um reforço na bomba principal do dessalinizador. Também regulamos o dessalinizador, para melhor fazer a produção de água potável”, concluiu Vanderson Carvalho.

Mais de 14 mil sergipanos são diretamente beneficiados por tecnologia de irrigação ofertada pelo Governo do Estado

Ao todo, seis perímetros irrigados instalados em sete municípios sergipanos produzem desde quiabo a maracujá, entre outras culturas, graças a beneficiamento do mecanismo

Mais uma época de safra no perímetro irrigado sergipano. A tecnologia do Governo do Estado, gerenciada pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse),  beneficia 1.826 lotes irrigados, o que significa dizer que 14.003 pessoas de Canindé do São Francisco, Itabaiana, Lagarto, Malhador, Areia Branca, Riachuelo e Tobias Barreto são diretamente beneficiadas pelas irrigação e colhem os frutos do investimento nas áreas antes consideradas improdutivas por conta da seca. Por meio dos seis perímetros irrigados do Estado, os produtores tiveram sua forma de produção modificada.

Basicamente, o mecanismo do perímetro irrigado funciona por meio do fornecimento de água, que chega por tubulações aos lotes e propriedades através de bombeamento ou gravidade, adutoras e canais. Os técnicos agrícolas da Coderse disponibilizam a assistência técnica agrícola aos irrigantes, fazendo visitas periódicas às lavouras irrigadas ou quando são consultados nos escritórios dos perímetros. No perímetro de Canindé do São Francisco, no sertão sergipano, produtores como José Celso declararam que suas vidas foram modificadas após a chegada da tecnologia. “Comecei a ser assistido em 1988. Minhas goiabas vão para todas as regiões de Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Vivo exclusivamente da produção. É com o que sustento minha esposa e meus dois filhos. Inclusive, uma delas faz faculdade em Recife com os recursos da minha roça. Minha esposa e um funcionário que contrato por temporada me ajudam na lida”, disse o produtor.

Produção

Entre as culturas oriundas do perímetro irrigado nos municípios contemplados estão o feijão-de-corda, o milho verde, aipim, hortaliças, batata-doce, entre pelo menos mais 15 espécies no estado. Em sua propriedade, José dos Santos, que prefere ser chamado de Duda, como é mais conhecido, produz quiabo há anos, mas desta vez decidiu introduzir o maracujá. “É daqui que tiro o sustento de minha família. Sou casado e tenho um filho. Tudo que produzo vendo para Aracaju. É a primeira vez que estou produzindo maracujá. O quiabo já tenho mais experiência”, informou o agricultor, que contrata um funcionário no período de safra para auxiliá-lo na colheita. “Antes do perímetro ninguém produzia nada aqui, porque só passou a ter água depois da tecnologia. Antes isso aqui tudo era seco”, recordou.

Os técnicos da Coderse orientam os produtores quanto ao cultivo mais apropriado em cada época ou estação do ano, levando em conta o clima, o mercado local, as safras de outros polos de produção, a potencialidade do solo e tecnologia de irrigação empregada.

“A Divisão de Agronegócio assessora os grupos associativos na formalização das entidades e na composição de projetos/propostas aos Programas de Aquisição de Alimentos (modalidade doação simultânea) e PNAE. Durante a vigência dos contratos de fornecimento de alimentos, os técnicos agrícolas auxiliam no planejamento das safras para atender o que foi acordado nas propostas e a Divisão de Agronegócio auxilia na prestação de contas de cada entrega”, elucidou Paulo Sobral.

Edileide Martim produz acerola e quiabo. “Envio tudo para Aracaju. Demos uma parada agora, por causa do período chuvoso”. Ivonaldo Lima gerencia uma propriedade de abóboras, em Canindé. “Às vezes variamos para quiabo. Com a introdução do perímetro irrigado muito ajudou na produção. Mudou nossa forma de trabalhar. Ficou mais fácil. Tem como molhar a terra em pouco tempo. Ficou mais eficiente”, elogiou Ivonaldo, acrescentando que as safras acontecem a cada quatro meses. “Colhemos 18 mil quilos por safra”, comemorou. 

Auxílio

A Coderse auxilia os produtores com todo pessoal operacional e de assistência técnica; transporte; bombeamento de água; manutenção de bombas, adutoras, canais, estradas e infraestrutura civil, e o agricultor contribui com uma tarifa d’água. Em programas e projetos pontuais, por iniciativa do próprio Governo do Estado ou em cooperação com outros entes públicos ou até com os próprios agricultores, são feitas obras de recuperação de estações de bombeamento, a modernização de todo sistema de irrigação nos lotes, a construção de reservatórios nos lotes, o fornecimento de insumos agrícolas e de equipamentos, análises de solo para iniciar plantações, cursos, dias de campo, visitas técnicas, participação em exposições, assessorias técnicas de longo período e palestras.

Agricultura

Expansão produtiva do cacau impulsiona agricultura familiar em Sergipe

Projeção de safra para 2024 é de 9,5 toneladas de amêndoas produzidas, consolidando a cultura no estado

O cultivo de cacau em Sergipe, promovido por agricultores familiares dos territórios sul e centro sul do estado, está em ascensão desde 2009, quando técnicos da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) identificaram seu potencial. Este avanço foi catalisado pela colaboração estratégica com a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), que iniciou em 2010, proporcionando transferência de tecnologia e suporte técnico crucial para o desenvolvimento dessa cultura.

Desde a implementação das primeiras ações em 2012, a produção de cacau em Sergipe tem mostrado um crescimento significativo. Atualmente, o estado conta com 26 produtores, numa área de 30,4 hectares, distribuída entre os municípios de Arauá, Boquim, Estância, Indiaroba, Itabaianinha, Lagarto, Umbaúba e Santa Luzia do Itanhy. Na última safra de 2023, 15,8 hectares estavam em plena produção, resultando em 7.315 kg de amêndoas comercializadas na Bahia. A projeção para a safra de 2024 é de 9.500 kg, refletindo a expansão das áreas em produção.

“O crescimento da produção de cacau em Sergipe é um testemunho do potencial dessa cultura em transformar a agricultura familiar na região. Com o suporte contínuo e a capacitação adequada, os agricultores sergipanos têm a oportunidade de expandir seus cultivos, aumentar sua produtividade e contribuir para o desenvolvimento econômico sustentável do estado,” disse o presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos.

Segundo ele, a cooperação técnica entre a Ceplac e o Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), e Emdagro, formalizada em 2023 com um termo de cooperação de quatro anos, tem sido fundamental para esse crescimento. O acordo tem como objetivo a execução de ações de pesquisa e transferência de tecnologias, abrangendo capacitação técnica, implantação de jardins clonais e desenvolvimento de protocolos técnicos específicos para a cacauicultura em Sergipe.

Desde o início desta colaboração, a Ceplac tem oferecido suporte contínuo, incluindo capacitação de técnicos da Emdagro e agricultores em técnicas avançadas de produção, adubação, poda, colheita e beneficiamento de amêndoas de cacau. Em 2020, foram implantadas Unidades de Observação em parceria com agricultores de Arauá, Estância, Lagarto e Umbaúba, visando a transferência de tecnologia e a multiplicação de conhecimentos para os demais produtores da região citrícola do estado.

As ações de capacitação também incluem intercâmbios técnicos, como o realizado em 2019, onde agricultores e técnicos da Emdagro visitaram o Centro de Pesquisa da Ceplac, em Ilhéus, Bahia. Estas iniciativas têm sido essenciais para a profissionalização e modernização da produção de cacau em Sergipe. Somado à capacitação, o financiamento tem se mostrado um aliado importante para os produtores. Em 2023, o Banco do Nordeste aprovou o primeiro financiamento de R$ 81 mil para um casal de agricultores de Indiaroba, com recursos do Programa Agroamigo. Este apoio financeiro é essencial para que os produtores possam investir em suas propriedades, incrementar a produção e adotar tecnologias mais avançadas.

“O futuro da cacauicultura em Sergipe é promissor, especialmente com a continuidade da cooperação técnica e o aprimoramento das ações de assistência técnica da Emdagro”, frisou o engenheiro agrônomo Luiz Carlos Nunes, assessor técnico da Emdagro. Segundo ele, espera-se que as iniciativas previstas no Acordo de Cooperação Técnica contribuam significativamente para a melhoria dos processos de produção, colheita e beneficiamento do cacau, aumentando a produção e a produtividade.

Para o assessor, o desenvolvimento sustentável poderá gerar mais emprego e renda para os agricultores familiares da região sul do estado, consolidando a cacauicultura como uma importante alternativa econômica para a agricultura familiar em Sergipe. “Com o suporte contínuo e a capacitação adequada, os agricultores sergipanos têm a oportunidade de expandir seus cultivos, aumentar sua produtividade e contribuir para o desenvolvimento econômico sustentável do estado”, destacou.


 

Governo do Estado incentiva desde a produção até a comercialização de produtos juninos

Coderse fornece irrigação, assistência técnica ao agricultor e agora promove vendas dos comerciantes de alimentos típicos, na administração da Ceasa Aracaju

No período junino, Sergipe é notadamente autossustentável na produção dos alimentos típicos das festas. Tem milho verde, macaxeira, amendoim, derivados da mandioca, coco, leite, laranja, tangerina e toda iguaria que esses itens podem ser transformados, a partir da criatividade da culinária nordestina. Ao administrar seis perímetros irrigados no interior do estado e a Central de Abastecimento de Sergipe (Ceasa) em Aracaju, o Governo do Estado facilita o consumo desses quitutes tradicionais, melhorando a oferta e os preços.

A Ceasa é o destino mais procurado por quem planta ou comercializa produtos da mesa da festa junina. Sua administradora desde o mês de maio, a Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) organizou uma Feira Junina para estreitar o contato entre o consumidor, produtores e fornecedores desses itens. A feira acompanha a programação da Central de Abastecimento até o dia 29 e sempre aos sábados leva, de 9h às 13h, a descontração de trios pé de serra e quadrilhas juninas, para incentivar ainda mais as vendas.

No campo, a Coderse fornece irrigação pública e assistência técnica agrícola para agricultores produzirem alimentos durante todo ano. Um deles é Wilson Cunha, irrigante no perímetro irrigado Jacarecica I, em Itabaiana, no agreste sergipano. Como na maioria das 1.826 unidades produtivas atendidas pela empresa – que é vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) -, o lote de Wilson reservou dois pedaços da área irrigada para o plantio do milho verde, para as festas de São João.

“A água da Coderse é boa, mas agora não estamos precisando, Deus mandou a chuva e vamos tirar sem molhar mais. A chuva de Deus é outra coisa para o milho, que fica melhor”, agradeceu Wilson Cunha. Ele inicia as lavouras usando a irrigação do Jacarecica I e termina com a água da chuva. Depois de São João e do período chuvoso, ele continua a plantar batata-doce, quiabo ou amendoim.

Segundo o técnico agrícola da Coderse Simeão Santana, o incentivo também é em assessorar a produção, em função dos mercados. “Perto da época junina a gente orienta o produtor a plantar amendoim e milho, que são produtos tradicionais da culinária e consumidos por todos os nordestinos. Desde o preparo do solo, orientamos que o produtor busque a melhor forma de trabalho, bem como o uso racional da água, pensando no bem comum de todos”, pontuou.

Distribuição e comercialização

Na outra ponta está quem procura os produtos in natura, processados ou as comidas típicas das festas, que ocorrem durante todo mês e até depois de junho. A Feira Junina da Ceasa aproxima esse público do produtor rural, com uma estrutura de tendas e mais de 60 bancas montadas para os feirantes se dedicarem à comercialização desses itens ao consumidor final, comércio e autônomos, que também têm o São João como incremento de renda.

“Sempre venho à Ceasa, que para mim é o melhor lugar. Tem boa qualidade, bom atendimento e o preço é bom. Você sempre encontra coisas de qualidade aqui que não encontra em outros lugares. Tem uma diversidade em tudo que você imagina, frutas, verduras, cereais. É um bom lugar para se comprar”, afirma a fisioterapeuta Selma Hora Silva, que no período junino também se dedica à preparação dos quitutes típicos para comercializar, com os amigos e pessoas do trabalho, via delivery. “No São João compro milho, macaxeira e coco. Essa feira é bem melhor. Aqui mesmo você encontra tudo para festa junina”, completou Selma Hora.

A fisioterapeuta é cliente da comerciante da Ceasa Valdenira Andrade dos Santos, que na Feira Junina beneficia e comercializa o milho verde, coco seco e macaxeira, descascados ou ralados na hora. Nas outras épocas do ano Valdenira está sempre na Feira do Produtor da Ceasa, que funciona aos sábados, paralelo à comercialização e distribuição da Central de Abastecimento, inclusive quanto tem feira junina.

“A gente vende peixe lá na Feira do Produtor. Depois do São João e São Pedro, eu volto para lá. Na Feira Junina as vendas agora melhoraram um pouco e vão melhorar mais. Daqui para o São João, esperamos uma venda boa, todo ano é. No São Pedro também”, finalizou Valdenira Andrade.

Agricultura

Programa de Citricultura Sustentável contribui para bom desempenho da produção em Sergipe

No primeiro quadrimestre de 2024, a Emdagro já entregou 210 mil borbulhas aos pequenos citricultores

A produção de laranja em  Sergipe deve fechar o ano com registro de aumento na safra. Segundo estimativa da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), a expectativa é que, neste ano, sejam produzidas 439 mil toneladas, cerca de 15% a mais que em 2023, que foi de aproximadamente 382 mil toneladas.

Entre as ações desenvolvidas pelo Governo de Sergipe para alcançar esses resultados, destaca-se o Programa de Citricultura Sustentável, que até o final do ano distribuirá cerca de 400 mil borbulhas para 25 pequenos viveiristas, impulsionando o setor citrícola local e promovendo o desenvolvimento econômico das regiões produtoras. As borbulhas são pequenos brotos retirados de galhos de frutas cítricas saudáveis, que servem para produzir mudas de alta qualidade.

O coordenador de Agricultura da Emdagro, Eduardo Cabral de Vasconcelos Barreto, informou que para chegar aos bons resultados de produção, o Estado investe na base, com a produção de mudas de qualidade, que garantirão melhor produtividade aos cultivos da região. No primeiro quadrimestre de 2024, a Emdagro já entregou 210 mil borbulhas aos pequenos produtores de mudas cítricas do estado, de variedades selecionadas, de alto padrão genético e de alta produtividade. “A citricultura de Sergipe está em franco crescimento e o Governo do Estado quer passar da atual média de produtividade, que é 14 toneladas por hectare”, acrescentou o coordenador de Agricultura da Emdagro. 

As borbulhas são pequenos brotos retirados de galhos de frutas cítricas de alto padrão genético e isentas de doenças, usadas para fazer o enxerto de uma série de variedades de citros, como laranjas, limões e tangerinas de laranjas, para produção de mudas de alta qualidade. Para garantir acesso a material genético de alta qualidade, já usado por médios e grandes produtores que já alcançam médias de produtividade acima de 60 toneladas/hectare, o Governo do Estado tem desenvolvido iniciativas por meio do Programa de Citricultura Sustentável.

Programa

De 2023 até o momento, o Programa de Citricultura Sustentável foi implantado em uma área de 10.000 metros quadrados, com 550 mudas de quatro variedades de porta-enxertos, com vistas a produzir sementes para que os pequenos produtores produzam mudas de citros com novas variedades, mais resistentes a doenças e mais produtivas. A unidade de produção da Emdagro em Boquim deverá produzir em torno de 400 mil sementes por ano.

De acordo com o coordenador de Agricultura da Emdagro, espera-se que as 550 plantas de quatro variedades de porta-enxerto após a colheita de seus frutos, forneçam 114 quilos de sementes que serão doadas anualmente aos pequenos produtores de mudas cítricas. “Atualmente, um quilo de semente hoje custa R$ 1 mil, o que vinha inviabilizando a produção de mudas dos pequenos produtores com novas variedades. Então são R$ 114 mil doados pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura e Emdagro, para os pequenos produtores de mudas cítricas do estado. Além de receberem um material básico de alta qualidade, de graça, os produtores de muda estão se capitalizando, melhorando sua condição financeira para que, no futuro, não dependam mais do Estado, pois trabalhamos para a independência deles”, afirmou Eduardo Barreto. 

Também por meio do Programa de Citricultura Sustentável está prevista a instalação de dez Unidades Demonstrativas de Laranja. A primeira delas está instalada no povoado Mangue Grande, em Boquim, com plantas tendo como base os porta-enxertos Citrandarin San Diego e Citrandarin Riverside, enxertados com copa de laranja pêra D6 CNPMF. O uso dessas variedades permite plantios adensados, com maior número de plantas por hectare e, por consequência, maior produtividade. A intenção é mostrar aos agricultores da região sul e centro sul do estado as novas tecnologias de plantio, manejo, mudas, tratos culturais, poda e adubação.

Assistência técnica 

O Estado ainda auxilia os pequenos produtores com análise de solo. Somente este ano foram mais de 500 realizadas em pequenas propriedades. A partir dos resultados, os técnicos da Emdagro fazem as recomendações que ajudam a melhorar a produtividade. “O Governo do Estado, por meio da Seagri e da Emdagro, objetivando a maior produtividade, presta assistência técnica desde a produção de mudas até no nível de campo. Com a contratação de novos técnicos, a Emdagro expandiu o acompanhamento aos pequenos produtores de citros em Sergipe”, colocou o chefe da Unidade Regional da Emdagro em Boquim, o engenheiro agrônomo Luiz Fernandes.  

Para o presidente da Associação do Pequeno Viveirista de Boquim, Roberto Pereira da Mota, todas as ações impactam diretamente na renda familiar dos pequenos viveiristas. “Depois do auxílio da Emdagro, a produção da gente aqui está em torno de 210 mil mudas por ano. Isso é praticamente o dobro do que produzimos antes. Então é mais lucro para as  famílias, mais renda. Atraídos pela qualidade da muda que a gente produz, pois são mudas de excelente qualidade, vêm produtores de todo o estado e até de fora de Sergipe para comprar da gente, principalmente produtores aqui de Boquim, Umbaúba, Geru, Cristinápolis e até da Bahia e Pernambuco”, comentou.

Outra iniciativa inovadora da Emdagro que visa a redução dos custos é a utilização de fibra de coco para produção de substrato nas mudas cítricas. “Estamos fazendo uma demonstração para os pequenos produtores de mudas de citros utilizando a fibra do coco na produção do substrato. A Associação de Pequenos Produtores de Boquim, por exemplo, utiliza o substrato pronto a um custo bastante elevado; já a fibra do coco é um material que a gente tem disponibilidade e, por isso, há redução do custo. A ideia do trabalho é, inicialmente, a redução do custo, que deve chegar entre 20% e 30% a menos para os viveiristas”, reforçou o engenheiro agrônomo da Emdagro Valbério Paolilo. 

Agricultura

Sergipe conclui 4ª etapa do plano de vigilância de influenza aviária e doença de Newcastle

Inquéritos foram realizados em nove municípios sergipanos por serem rotas de aves migratórias

A vigilância contínua é essencial para prevenir surtos de influenza aviária e doença de Newcastle, que podem ter impactos devastadores, tanto para a avicultura, quanto para a saúde pública. Atento a isso e sendo Sergipe já reconhecido internacionalmente como área livre da doença, o Governo do Estado finalizou a quarta etapa do Plano de Vigilância de Influenza Aviária e Doença de Newcastle. O projeto, conduzido pela Empresa de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), envolveu a coleta de amostras biológicas de aves de subsistência, em diversos municípios selecionados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).

Durante essa fase, foram coletadas 110 amostras de traquéia, 110 de cloaca e 110 de soro sanguíneo de diversas aves, incluindo perus, marrecos, patos, gansos e galinhas caipiras. As coletas foram realizadas em nove municípios estrategicamente escolhidos: Capela, Carira, Gararu, Graccho Cardoso, Indiaroba, Japoatã, Muribeca, Pacatuba e Ribeirópolis. Essas áreas fazem parte da rota Nordeste Atlântica das aves migratórias, ponto importante para o monitoramento dessas doenças que representam graves prejuízos econômicos e uma ameaça à saúde pública, além de comprometer o comércio internacional de produtos avícolas no estado.

De acordo com a diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade, a rápida detecção de casos é essencial para o sucesso das medidas de controle e erradicação, bem como para manter a situação de área livre da doença em Sergipe. “A realização dessa etapa do plano de vigilância é um marco significativo para a saúde animal no estado. Estamos comprometidos em manter um monitoramento rigoroso, a fim de garantir que essas doenças não comprometam a avicultura local. A colaboração com o MAPA e a dedicação das equipes em campo são fundamentais para o sucesso desse trabalho”, afirmou Aparecida, ao destacar a importância da ação.

A diretora também enfatizou a importância desses inquéritos para fortalecer a capacidade de detecção precoce e resposta imediata a doenças que afetam a pecuária e a produção avícola em Sergipe. “Esses inquéritos são essenciais para que possamos responder rapidamente a qualquer ameaça e assegurar que nossas aves e produtos avícolas permaneçam saudáveis e seguros para o comércio”, acrescentou.

Os resultados dessas amostras serão analisados em laboratórios especializados, e qualquer indício de infecção será tratado com as medidas necessárias, para evitar a disseminação das doenças. A continuidade do plano de vigilância reforça o compromisso de Sergipe com a sanidade animal e a segurança alimentar, assegurando a saúde das aves e, consequentemente, da população que depende delas.

Denominadas de vigilância passiva, na primeira e segunda etapas do plano a Emdagro buscou investigar casos suspeitos de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves (SRN), e de mortandade excepcional de aves silvestres, respectivamente. Já na terceira etapa, foi feita a vigilância ativa em avicultura industrial, para detecção da Doença do Newcastle (DNC) e Influenza Aviária (IA).

Outras medidas

Também como medida de segurança, no mês de março a Emdagro estabeleceu a proibição de eventos que promovam a aglomeração de aves em todo o território do estado. A medida foi tomada em conformidade com o Decreto Estadual nº 358/2023, que declara Estado de Emergência Zoossanitária em Sergipe e institui o Sistema de Monitoramento, Avisos e Ações para prevenção da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade.

Para implementar essa medida, a Emdagro se baseou em diversos documentos e normativas do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), que decretou estado de emergência no Brasil devido à ocorrência de focos da doença em outros estados, como o Espírito Santo, e o registro de quatro focos da doença na Bahia, no ano passado.

Governo

Última atualização: 17 de junho de 2024 10:28.

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