Produção de macaxeira da irrigação pública estadual para período junino cresceu 11%

A expectativa é que este mês sejam colhidos 21 hectares de macaxeira, com uma produção esperada de 375 toneladas

No período junino a macaxeira é bastante procurada por ser matéria-prima de muitas receitas típicas. Nos perímetros irrigados estaduais de Sergipe, onde é possível plantar a raiz no período de estiagem para colher em junho, os agricultores investem para atender essa demanda que cresce a cada ano. A expectativa é que os irrigantes colham, em junho, 375 toneladas de macaxeira, 11% a mais que no mesmo período de 2023.

Nielson de Oliveira Miranda é um dos agricultores assistidos no Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto, no centro-sul sergipano, que investem no cultivo da macaxeira com foco no aumento da procura no mês de São João. Ele destaca que é um produto versátil, está na receita de doces, salgados e também é muito apreciado se preparado cozido ou frito. “Aqui fazemos bolo, puba, pé de moleque, malcasado, que vão para os restaurantes das cidades vizinhas. Com a irrigação aqui do perímetro, a gente planta fora de época e dá, com uma boa qualidade. Isso aqui é uma das riquezas que gera renda para minha família e emprego para outras pessoas”, relatou. 

A expectativa dos técnicos agrícolas da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), que administra os perímetros irrigados, é que em junho sejam colhidos 21 hectares de macaxeira, produzindo 375 toneladas. Em 2023, foram colhidas 337 toneladas em uma área plantada de 18,5 hectares. O diretor-presidente da Coderse, Paulo Sobral, explica que a irrigação fornecida pelo Governo do Estado é essencial para os primeiros meses de desenvolvimento da macaxeira, colhida entre seis a nove meses.

“A produção da macaxeira é maior no perímetro irrigado Califórnia, em Canindé de São Francisco, com previsão de 240 toneladas durante o mês de junho. Por a incidência de chuva ser menor, o agricultor pode controlar a quantidade de água que a planta vai receber. Ele evita as perdas por excesso de umidade e pode garantir colheita de raízes precoces, com menos tempo de plantio e, por sua vez, mais macias”, explicou o presidente da Coderse, vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri).

PAA e PNAE

No perímetro Irrigado Jacarecica II, entre os municípios de Areia Branca, Malhador e Riachuelo, em junho é esperado produzir 100 toneladas da raiz. Fora do São João e São Pedro, esses irrigantes têm demanda ainda maior ao participarem dos programas Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e de Aquisição de Alimentos (PAA). Fonte saudável de carboidratos, a macaxeira tem destaque ao compor as dietas alimentares da merenda ou das propostas de compra com doação simultânea. O produtor entrega por um período prolongado, com preço fixo e acima do valor de mercado. 

Agricultora do Jacarecica II, Tamara Santos Cruz faz parte da Cooperativa de Produção Prestação de Serviço Auto Consumo e Economia Solidária (Coopesa), em Malhador. “Minha rotina é limpar a roça de macaxeira, adubar. Quando vai arrancar, a gente vai cortar as manaíbas e eu descasco, ajudo a limpar e empacoto”, detalhou. Ao passar a trabalhar na cooperativa, que fornece produtos à rede estadual de educação, ela complementou a renda familiar. “Hoje está melhor, porque eu produzo e também coloco aqui, isso é bom”, concluiu.

Emdagro participa de articulação sobre comercialização de produtos orgânicos na merenda escolar

Foco principal é a criação de comitê estadual que dê vazão às discussões sobre políticas públicas

A Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), por meio de sua Coordenadoria de Agroecologia, esteve à frente de uma importante reunião no Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição Escolar (Cecane) da Universidade Federal de Sergipe (UFS). O encontro, realizado na última quinta-feira, 6, teve como objetivo principal a criação de um comitê estadual para discutir políticas públicas voltadas à agricultura familiar, com foco na desburocratização dos mercados institucionais no estado.

A proposta de criação do comitê foi apresentada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), reforçando a necessidade de organização e fortalecimento das instituições envolvidas. Como um dos encaminhamentos da reunião, foi constituído um grupo de trabalho composto por diversas entidades com expertise na área. Este grupo terá a responsabilidade de elaborar um modelo de edital que atenda à demanda por alimentos orgânicos, tanto para inclusão na merenda escolar, por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), quanto para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Durante o encontro, a Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc) destacou o avanço do estado de Sergipe em 2023, ao atingir a meta de 30% de alimentos provenientes da agricultura familiar no PNAE estadual. Segundo a secretaria, a expectativa é que este percentual aumente nos próximos editais, com a inclusão de produtos orgânicos.

A articulação promovida pela Emdagro é parte integrante do plano de trabalho para o triênio 2024-2026, apresentado na instituição no início do mês. O plano visa a institucionalização e reestruturação dos trabalhos relacionados ao tema, abrangendo desde o auxílio na confecção de documentos para certificação da produção, até o atendimento de demandas técnicas no campo e a comercialização dos produtos. A abordagem adotada é sistêmica e holística, contemplando toda a cadeia produtiva dos orgânicos.

A engenheira agrônoma da equipe da Coordenadoria de Agroecologia da Emdagro, Maria Cleusa Guimarães, destacou a importância desta iniciativa. “A criação deste comitê e a articulação entre as diversas instituições representam um avanço significativo para a agricultura familiar em Sergipe. Estamos empenhados em facilitar o acesso dos produtores orgânicos aos mercados institucionais, o que trará benefícios, tanto para os agricultores, quanto para a sociedade”, pontuou.

Além da Coordenadoria de Agroecologia da Emdagro, estiveram presentes à reunião representantes da Conab, Seduc, MDA, UFS e Consean. Pela Emdagro, também participou o engenheiro agrônomo Lucas Dantas Lopes, reforçando o compromisso da instituição com o desenvolvimento sustentável e a promoção da agricultura orgânica no estado. A iniciativa da Emdagro demonstra o empenho da instituição em promover a agricultura orgânica e apoiar os agricultores familiares, contribuindo para a segurança alimentar e nutricional da população sergipana, especialmente no âmbito da merenda escolar. A empresa sugeriu que os editais ligados à agricultura fossem publicados em seu portal, como forma de facilitar o acesso aos agricultores de orgânicos, cooperativas, dentre outros interessados.

Feira Junina da Ceasa Aracaju acontece de 8 a 29 de junho

Aumento na oferta e na procura de produtos juninos motiva realização do evento

Tradicionalmente realizada durante o mês junino, este ano a Feira Junina da Central de Abastecimento de Sergipe (Ceasa), em Aracaju, ocorrerá entre os dias 8 e 29 de junho, de segunda a sexta-feira, das 5h às 17h, e no sábado, de 5h às 16h. Aos sábados, também serão realizadas apresentações de trios pé de serra e de quadrilhas juninas, sempre de 9h às 13h. Uma estrutura de tendas, com mais de 100 bancas comercializando todo tipo de comida típica, música, quadrilha e decoração junina, será montada no espaço do estacionamento interno da Ceasa. 

O volume de cargas de milho verde já tinha se intensificado no mês de maio, com uma média semanal de 20 caminhões carregados, com até seis toneladas do produto. Contudo, o mês de junho já iniciou a primeira semana ampliando o número de veículos carregados com espigas, agora com uma expectativa de 30 a 40 caminhões por semana. O volume só aumenta, ao ritmo em que também cresce a demanda dos consumidores, ao se aproximarem os dias festivos de São João, no dia 24, e de São Pedro, 29. A Feira Junina da Ceasa surgiu para facilitar o escoamento deste e de outros produtos da culinária junina, in natura, processados ou no preparo de quitutes prontos para o consumo.

Vai ter milho verde in natura ou descascado, ralado, canjica, pamonha, bolo, mingau e outros pratos feitos com milho. O amendoim, cozido ou na composição de outros pratos prontos para o consumo, a macaxeira (aipim ou mandioca), processada ou no preparo de receitas típicas, o coco seco e outras frutas reforçam a variedade de produtos. Já virou tradição, inclusive, o café da manhã na Feira Junina da Ceasa, com todos esses pratos típicos para consumir ainda fresquinhos.

Nova gestão

A Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), administra a central de abastecimento desde 1º de maio de 2024. Uma conciliação judicial atendeu a demanda do Ministério Público Estadual de Sergipe e determinou que a companhia pública, proprietária do espaço comercial, deveria substituir a associação de usuários na gestão, que vinha sendo feita desde a década de 1990 pela entidade. Ficou acordado na Justiça e passou a ser o modelo de gestão do Governo do Estado, o mínimo possível de interferência no cotidiano da Ceasa. E isso passa pela manutenção da feira, realizada há muitos anos.

Agricultura

Curso de avicultura caipira promovido pela Emdagro capacita agricultoras em Itabaiana

Objetivo foi levar conhecimentos sobre manejo sanitário, aumento de produção e de renda

O povoado Barro Preto, localizado no município de Itabaiana, no agreste sergipano, foi palco de curso de avicultura caipira promovido pela Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) na manhã desta quarta-feira, 5. Destinado a 20 produtoras rurais da comunidade, o treinamento contou com a expertise do professor Claudson Oliveira Brito, do curso de Zootecnia da Universidade Federal de Sergipe (UFS). O objetivo foi proporcionar conhecimentos técnicos na melhoria do manejo de aves caipiras, aumento na produção de carne e ovos e geração de renda para as famílias envolvidas.

O extensionista da Emdagro, Agenor Antônio Nascimento, ressaltou a relevância da iniciativa para a segurança alimentar e nutricional das famílias da região, destacando os aspectos de manejo sanitário, alimentar e comercialização abordados durante o curso. “A escolha da comunidade do Barro Preto para sediar o evento se deu pelo potencial dos agricultores familiares locais em ampliar a produção, adotar práticas mais eficientes e, consequentemente, melhorar a renda familiar”, pontuou.

O professor Claudson Brito, em sua fala, ressaltou a busca por capacitar as produtoras locais, enfatizando a importância da tecnologia e do conhecimento para aumentar a produção e a lucratividade, garantindo a subsistência das famílias. “O curso representa um passo importante para o fortalecimento da avicultura caipira na região, promovendo o desenvolvimento sustentável e a geração de renda para as comunidades rurais de Sergipe”, destacou.

Liderança comunitária na região, Jucélia dos Santos expressou a gratidão da comunidade pelo curso, destacando a relevância das orientações técnicas da Emdagro para melhorar a produção local. “O curso é muito importante na comunidade, porque aqui todas as famílias criam duas, três, quatro galinhas e o curso hoje veio trazer conhecimento, melhoria e técnicas que vão facilitar nossa produção”, enfatizou a agricultora.

Emdagro lança plano de trabalho para agroecologia e produção orgânica em Sergipe

Objetivo principal é fomentar e expandir práticas agroecológicas em todo o Estado

Na última segunda-feira, 3, a Diretoria de Assistência Técnica e Extensão Rural (DIRATER), através da recém-criada Coordenadoria de Agroecologia e Produção Orgânica (COOAPO), apresentou o Plano de Trabalho de Produção Agroecológica e Produção Orgânica no auditório da Emdagro. O evento, voltado para os servidores que desenvolverão atividades no interior do estado, marcou um importante passo para o fortalecimento da agroecologia em Sergipe.

O evento contou com a presença de diretores, coordenadores, assessores, supervisores regionais e locais, além de representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Durante o encontro foi destacado o papel fundamental do Programa de Agroecologia, que vai mobilizar mais de 30 servidores, distribuídos nas bases dos escritórios regionais e locais, responsáveis por apoiar as ações de transferência de tecnologias sustentáveis para os produtores agroecológicos do estado.

O coordenador do Programa, Waltenis Braga,  ressaltou que o objetivo principal é para incentivar, expandir e modernizar a prática da agroecologia e da produção orgânica. “Com isso vai possibilitar a integração das ações institucionais, apoio às organizações sociais e o fortalecimento da agricultura agroecológica no estado de Sergipe”, afirmou.

Atualmente, o estado de Sergipe possui 25 Organizações de Controle Social (OCS), abrangendo 240 produtores cadastrados no Mapa, além de duas certificadoras, por meio do Sistema Participativo de Garantia (SPG), que asseguram a qualidade da produção orgânica. Esse cenário mostra um potencial significativo para o crescimento e a consolidação da agroecologia na região.

COOAPO

Instituída em dezembro de 2023, a Coordenadoria de Agroecologia e Produção Orgânica (COOAPO) tem como missão não apenas fomentar práticas sustentáveis, mas também promover uma agricultura que respeite o meio ambiente e valorize os pequenos produtores locais. “A expectativa é que, com a implementação do plano de trabalho, os produtores possam acessar tecnologias e métodos que aumentem a eficiência e a sustentabilidade de suas atividades”, comentou o diretor de Ater da Emdagro, Jean Carlos Nascimento.

Segundo ele, o apoio institucional é importante para o sucesso do programa. “A integração das ações entre os diversos órgãos e entidades, como a Emdagro, MDA e Mapa, visa criar um ambiente propício para o desenvolvimento da agroecologia. A presença de representantes dessas instituições no evento demonstra o compromisso e a colaboração entre diferentes níveis governamentais para alcançar os objetivos propostos”, afirmou.

Somado a tudo isso, a capacitação dos servidores envolvidos nas atividades de campo é um dos pilares do programa. Esses profissionais terão a responsabilidade de atuar diretamente com os produtores, oferecendo orientação técnica e suporte para a implementação de práticas agroecológicas.

Expectativas para o futuro

Com a iniciativa, a Emdagro se posiciona como uma empresa pública pioneira na promoção da agroecologia e da produção orgânica no Brasil. O fortalecimento dessas práticas não só contribui para a preservação ambiental, mas também promove a segurança alimentar e o desenvolvimento sustentável das comunidades rurais.

O Plano de Trabalho de Produção Agroecológica e Produção Orgânica promete transformar a realidade agrícola do estado, proporcionando benefícios econômicos, sociais e ambientais a longo prazo. A expectativa é que, nos próximos anos, o número de produtores orgânicos aumente significativamente, consolidando Sergipe como um modelo de agricultura sustentável no país.

Governo do Estado instala dessalinizadores do ‘Água para Todos’ em povoados de Riachão e Poço Verde

Coderse completa sistemas em poços salinos com dessalinizador, reservatórios extra e tanque de contenção através do programa federal

Dois poços perfurados para atender sistemas de abastecimento do ‘Programa Água para Todos’ nos povoados Barragem, em Poço Verde e Lagoa da Canafístula, em Riachão do Dantas, foram equipados com dessalinizadores. Já em funcionamento, eles fornecem água potável para mais de 80 famílias. Nesta segunda etapa do programa federal, em Sergipe, o Governo do Estado concluiu oito, dos 20 sistemas que serão implantados, para beneficiar 740 famílias residentes nas localidades.

De acordo com o operador e usuário do sistema da Lagoa da Canafístula, José Adilson de Jesus, a quantidade de pessoas beneficiadas com a água potabilizada supera o número de famílias (46) que residem na comunidade. Segundo ele, moradores de povoados mais distantes vêm fazer a coleta da água para consumo humano. “Está ajudando muito no dia a dia do morador, porque aqui era muito sofrimento. Agora com a água, é só riqueza, todos estamos felizes e agradecidos à Coderse (Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe). A água é de primeira qualidade. Antes, quem tinha usava a água de cisterna, mas muitos, como eu, usava a dos tanques (escavados) no barro”, lembrou José Adilson.

O programa é executado através de convênio entre o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR) e a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). Esta executa o ‘Água para Todos’ em Sergipe, por meio de sua vinculada, a Coderse. O investimento federal é de R$ 2,5 milhões, mais a contrapartida do Estado.

Diretor de Infraestrutura Hídrica da Coderse, Ernan Sena informa que são 20 sistemas nessa etapa do ‘Água para Todos’, beneficiando 740 famílias dos municípios de Itaporanga d’Ajuda, Santo Amaro das Brotas, Estância, Indiaroba, Cristianópolis, Neópolis, Riachuelo, Pirambu, Umbaúba, Pacatuba, Japaratuba, Poço verde, Santa Rosa de Lima, Aquidabã, Riachão do Dantas e Carmópolis. Sempre em localidades distantes e que não podem ser atendidas pelas redes de distribuição da Deso ou SAAEs.

“O trabalho inicia com nossos geólogos determinando o ponto onde devemos fazer a perfuração, que a Coderse licita e fiscaliza a obra do começo ao fim. Após, é feita a análise laboratorial da água. Existe um critério de qualidade que o comitê gestor do programa determina para que seja autorizado a instalação de um sistema de abastecimento. Quando há um nível de salinidade que pode ser corrigido, como nos casos dos povoados Barragem e Lagoa da Canafístula, o ‘Água para Todos’ contempla a instalação de dessalinizadores”, explicou Ernan Sena.

Os dessalinizadores usam a tecnologia de filtros de osmose reversa. Os seus sistemas de abastecimento têm bomba, reservatório de água coletada do poço e chafarizes — comuns aos 20 sistemas — e contam ainda com reservatório de água potável, resultantes da filtragem do primeiro. Cerca de 50% da água salina é potabilizada e por isso há também um terceiro reservatório e o tanque de contenção do concentrado. Ali, parte evapora e outra é levada à uma destinação ecologicamente correta.

Fábio Francisco Cirilo, usuário do sistema do Lagoa da Canafístula, fala que a importância da água aumenta no verão, quando acaba a água da chuva coletada nas cisternas. “No inverno não, que chove bastante. Para nossa comunidade foi muito importante. A água é boa, porque percebemos que quando sai do poço ela tem um sal, mas com o sistema ela ficou 100% separada. Dá para beber tranquilo. Antes usávamos o tanque, mas com o sistema melhorou tudo”, disse. 

Histórico 

A primeira fase do ‘Água para Todos’ foi concluída em 2018, também via Seagri e Coderse. Foram beneficiadas 37 localidades rurais, em 18 municípios sergipanos, com a distribuição de água de qualidade para mais de 6.300 pessoas, a partir de investimentos, à época, de mais de R$ 4,3 milhões. Diante do sucesso nas duas fases do programa, o MIDR já sinaliza com a possibilidade de continuidade do convênio para construir mais sistemas de abastecimento.

Serviço de inspeção estadual impulsiona empresas sergipanas de produtos de origem animal

Sistema garante a conformidade com os padrões de qualidade não apenas eleva a reputação das empresas certificadas, mas também abre portas para novos mercados e oportunidades de crescimento

A certificação pelo Serviço de Inspeção Estadual (SIE) e pelo Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi), emitida pela Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), tem se destacado como um impulsionador importante para empresas do setor no estado. Esse sistema, que garante a conformidade com os padrões de qualidade, não apenas eleva a reputação das empresas certificadas, mas também abre portas para novos mercados e oportunidades de crescimento.

Empresas como o Laticínio Ouro Bom testemunharam uma transformação notável após a obtenção do selo Sisbi. Antes da certificação, o laticínio operava principalmente no mercado informal, com uma produção modesta. Atualmente, sua produção triplicou, elevando-se para cerca de 40 mil litros de leite por dia, e a empresa expandiu seus mercados para várias regiões do Brasil, incluindo Brasília, Goiás, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba e Bahia, além de consolidar sua presença em Sergipe.

Com o selo do Sisbi, o sucesso do Laticínio Ouro Bom vai além dos números de produção e faturamento. A empresa, que agora emprega diretamente 90 funcionários, também beneficia indiretamente uma rede de pequenos produtores locais que fornecem leite para a agroindústria. Além disso, o crescimento das empresas certificadas pelo Sisbi estimula o desenvolvimento econômico em toda a cadeia produtiva, contribuindo para a geração de empregos e o fortalecimento das comunidades locais.

“A certificação pelo Sisbi é uma conquista significativa para as empresas do setor de produtos de origem animal em Sergipe. Ao cumprir os rigorosos padrões de qualidade estabelecidos pelo sistema, essas empresas não apenas garantem a segurança alimentar dos consumidores, mas também fortalecem a credibilidade do setor como um todo. O caso do Laticínio Ouro Bom é um exemplo inspirador do impacto positivo que a certificação pode ter no crescimento e desenvolvimento das empresas locais”, comentou a diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade.

Na avaliação do proprietário do Laticínio Ouro Bom, Alan Barros, a certificação pelo Sisbi foi um divisor de águas para a empresa. “Antes do selo, estávamos limitados ao mercado local e operávamos de forma informal. Com o Sisbi, nosso empreendimento ganhou reconhecimento nacional e expandiu seus horizontes. A certificação não apenas impulsionou nosso crescimento, mas também nos motivou a buscar constantemente a excelência em nossos produtos e processos”, destacou.

De acordo com a diretora da Emdagro, assim como o Laticínio Ouro Bom, espera-se que mais empresas do setor busquem a certificação pelo Sisbi. “Essa tendência não apenas beneficiará individualmente as empresas certificadas, mas também contribuirá para o crescimento sustentável do setor de produtos de origem animal em Sergipe, fortalecendo sua posição no mercado nacional”, reforçou Aparecida Andrade.

Serviço de Inspeção

As atividades da inspeção estadual englobam a fiscalização de estabelecimentos com inspeção. O trabalho é feito de forma periódica e permanente. Eles são monitorados variando conforme o risco do estabelecimento. Os permanentes são os abatedouros frigoríficos, de bovinos, suínos e ovinos. Já o monitoramento periódico ocorre nos estabelecimentos de acordo com o risco da atividade.

“A inspeção feita pela Emdagro avalia os aspectos higiênicos, sanitários e de segurança dos alimentos que estão sendo fabricados. Também fazemos avaliações dos produtos produzidos como, por exemplo, a possibilidade de fraude”, comentou a coordenadora de Inspeção de Produtos de Origem Animal, Tâmara Roxana.

Obtenção do Selo

As empresas que desejarem obter o selo do SIE/Sisbi deverão atender a alguns requisitos, como preencher o requerimento de visita prévia destinada ao diretor presidente da Emdagro, apresentar a documentação exigida, incluindo o Formulário de Registro de Rótulos e o Memorial Econômico Sanitário do Estabelecimento, cumprir os padrões de qualidade e segurança alimentar estabelecidos pelo sistema de inspeção. “Por fim, será avaliado desde a planta do estabelecimento até a execução da obra, com análise também do terreno ser apto a construir”, concluiu Tâmara Roxana.

Agricultura

Governador entrega escritório da Emdagro e autoriza aquisição equipamentos para trabalhadores das pedreiras

Citricultores e criadores de gado de corte foram os que mais procuraram os serviços da Agricultura no ‘Sergipe é Aqui’ de Tomar do Geru

O município de Tomar do Geru, conhecido pela tradição cultural do carro de bois e pelas jazidas de granito, tem também na agropecuária um forte aliado na geração de renda. Para melhor atender aos criadores e agricultores, a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) participou da 28ª edição do governo itinerante, juntamente com suas empresas vinculadas. Além dos serviços disponibilizados nas edições anteriores, o diferencial do Sergipe é aqui de Geru está na reabertura do escritório da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro) e na autorização do governador para compra de britadeiras destinadas aos trabalhadores da jazida, por meio da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse).

De acordo com o secretário municipal da Agricultura, José Santos de Carvalho, em termos de agropecuária, destacam-se o cultivo da laranja e a criação de gado de corte. “São mais de três mil famílias que sobrevivem da agricultura e da criação de animais em nosso município. Esse quantitativo explica como é tão necessário o escritório da Emdagro aqui. Com a equipe de assistência técnica do governo em nosso município esta semana, foram realizadas cem vacinações gratuitas em bovinos contra a brucelose, coleta de solo para análise e emissão de Cadastro da Agricultura Familiar” detalha.

Escritório da Emdagro

Ao entrar na cidade de Tomar do Geru em um carro de bois acompanhado do secretário da Agricultura, Zeca da Silva, o primeiro ato do governador Fábio Mitidieri foi a entrega oficial do escritório da Emdagro. O novo espaço da empresa estadual de assistência técnica aos produtores rurais fica localizado na rua Rua José Baldoino, 141, centro de Tomar do Geru. O local foi cedido pela prefeitura e fica no mesmo prédio da secretaria municipal da Agricultura.

De acordo com o presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos, a abertura do escritório foi uma determinação do governador e do secretário da Agricultura que, juntos com a Emdagro, criaram as condições de equipar o local e disponibilizar dois técnicos recentemente aprovados no concurso. “Antes, o agricultor ou mesmo o pecuarista tinha que se dirigir ao escritório de Itabaianinha ou de Cristinápolis para ser atendido. Como a reestruturação do escritório aqui de Geru eles podem ser atendidos rapidamente no município. Esse é um governo humanizado e mais próximo da  população, destaca Gilson.

O novo chefe do escritório da Emdagro de Tomar do Geru é o técnico agrícola Marcus Moreira de Matos. Ele confirmou os serviços realizados pela empresa na semana de realização do governo itinerante. “Nós estamos entregando hoje 25 amostras de solo para análise, certificado de vacinação dos cem animais vacinados durante a semana e 15 cadastros da Agricultura Familiar”, disse o Moreira. A empresa também entregou mudas frutíferas como tem feito em edições anteriores.

Crédito para projetos rurais

No estande da Agricultura uma equipe do Agro Amigo do Banco do Nordeste recebeu os agricultores para colher assinatura de carta de crédito. De acordo com o coordenador do Agro Amigo agência de Estância, Kassio Trindade, foram assinados 22 contratos durante o ‘Sergipe é Aqui’ de Tomar do Geru. “Colhemos assinatura para financiamento de uma diversidade de projetos que vão desde aquisição de gado de corte, instalação de sistema de irrigação, captação de água e implantação de sistema de energia solar, perfazendo um total de 220 mil reais em projetos rurais. Esse resultado é fruto da parceria com a Emdagro que também emite os Cadastros de Agricultura Familiar para que o cliente comprove que é agricultor familiar”. 

Ação da Coderse

Na oportunidade, o governador Fábio Mitidieri assinou ordem de licitação para aquisição de compressor de ar sobre rodas. A ação visa beneficiar os geruenses da Associação dos Pequenos Produtores e Trabalhadores das Pedreiras (Aspeed), em incentivo à geração de renda por meio da exploração mineral no município. O equipamento será entregue pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) com recursos de emenda parlamentar no valor de R$ 250 mil.

Agricultura

Governo do Estado autoriza licitação de equipamento para trabalhadores da mineração no ‘Sergipe é aqui’ em Tomar do Geru

Ampliação das atividades da nova Coderse inclui a aquisição de máquinas, equipamentos e implementos agrícolas

Em solenidade realizada durante a 28ª edição do ‘Sergipe é aqui’, no município de Tomar do Geru, o governador Fábio Mitidieri assinou ordem de licitação para aquisição de compressor de ar sobre rodas. A ação visa beneficiar os geruenses da Associação dos Pequenos Produtores e Trabalhadores das Pedreiras (Aspeed), em incentivo à geração de renda por meio da exploração mineral no município. O equipamento será entregue pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) com recursos de emenda parlamentar no valor de R$ 250 mil.

A máquina adquirida serve para equipar um martelo pneumático, usado na perfuração das rochas graníticas para fabricar paralelepípedos e outros subprodutos. A aquisição vai ocorrer via processo licitatório de Registro de Ata de Preços e será custeada por emenda parlamentar da gestão do deputado estadual, Jorginho Araújo.

“É uma satisfação muito grande que, enquanto eu fui parlamentar, pude indicar uma emenda para o Governo do Estado, através da Coderse, para que ela pudesse adquirir um compressor para a associação”, declarou o secretário de Estado-Chefe da Casa Civil, Jorginho Araujo. Ele informa que com o equipamento, o trabalho que demora 5 horas, passa a ser feito em 20 minutos. “Obviamente, está mais do que justificado a importância desse compressor para associação e a população que faz uso, para sua subsistência, para a geração de renda, aqui no município, através da associação”, completou.

O diretor-presidente da Coderse, Paulo Sobral reforçou que este é mais um passo dado pelo Governo do Estado na ampliação do elenco de ações da companhia. “Justifica a estratégia do governador Fábio Mitidieri em transformar a Cohidro, da irrigação e poços, na Coderse. Hoje com as políticas públicas de fornecimento equipamentos; de obras de saneamento rural e de distribuição de água bruta de grande porte (Adutora do Leite); e administradora da maior Ceasa de Sergipe”.

A Aspeed teve sua função reconhecida como de Utilidade Pública pela Lei Estadual nº 6.499, de 26 de novembro de 2008. Deste modo, contribuir com a geração de renda e sustento das famílias de associados que trabalham de forma autônoma, por produção, em pedreiras particulares de Tomar do Geru.

“Esse compressor facilita o processo de perfuração, pelo tempo reduzido. Tinha a ocorrência de muitos acidentes, porque era um trabalho manual. E com o compressor fica um trabalho mais humanizado. Como é mais rápido, a gente acaba praticamente zerando o número de acidentes. Hoje a gente trabalha com perfurações de até 2,4m mas ele pode fazer até 3m. Fazemos a produção do paralelepípedo, material para alicerce e as sobras servem para britagem”, explicou o presidente da associação de trabalhadores, Tenisson Santos Nascimento.

Equipamento

O objeto a ser licitado para doação, é um compressor de ar sobre rodas com suspensão compatível com acoplamento a caminhões. Pressão de 7 BAR, vazão de 293 PCMs e motor com potência máxima de 81,5 kW movido a diesel. O equipamento serve para acionar o martelo pneumático usado para perfurar rochas graníticas e moderniza a atividade de extração mineral nas jazidas geruenses.

Sergipe é aqui

Na companhia da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), na qual é vinculada ao Governo do Estado; a Coderse está sempre no Sergipe é aqui nos municípios. Em Tomar do Geru, trouxe a oferta das de serviços de perfuração, instalação e manutenção de poços. Também mostrando como trabalha como um dos executores do Programa Água Doce em Sergipe (PAD). No ‘Sergipe é aqui’, a companhia sempre traz a maquete de uma das 29 unidades de dessalinização de água do PAD instaladas no estado.

Governo do Estado prevê crescimento de cerca de 15% na safra de laranja em Sergipe em 2024

Aumento contraria previsão apresentada pelo IBGE, que considerava a queda na produção do estado; bom desempenho está ligado diretamente a iniciativas da gestão estadual

A produção de laranja em Sergipe em 2024 deve crescer cerca de 15%, segundo análise da  Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro). De acordo com o órgão, em 2023 a produção geral da fruta foi de 382 mil toneladas e, em 2024, a expectativa é superar 439 mil toneladas. O crescimento contraria o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que em janeiro deste ano previu a queda de 3,9% na produção no estado. 

A ampliação da safra em Sergipe vai de encontro também à redução prevista para o Brasil, que poderá registrar, ao fim do ano, decréscimo devido, principalmente, ao greening, doença que tem afetado grandes produtores do país nos estados de São Paulo e Minas Gerais. 

O diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural da Emdagro, Jean Carlos Nascimento Ferreira, explica que o bom desempenho dos pomares de Sergipe se dá pela soma de fatores, três deles ligados diretamente a iniciativas do Governo de Sergipe: a sanidade dos pomares, o controle sanitário nas fronteiras feito pela Emdagro e a produção de mudas saudáveis em viveiros telados. Além do trabalho desempenhado pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e da Emdagro, as condições climáticas favoráveis também ajudam no resultado. 

“O IBGE anunciou a queda em torno de 3,9%, mas estamos vendo que Sergipe terá um acréscimo de mais de 15% da produção. Isso é muito significativo, porque a média de produção de Sergipe hoje é em torno de 14,8 toneladas por hectare. Em algumas propriedades, há a perspectiva de chegar a 35 toneladas por hectare, ou seja, maior que o dobro, em uma área que não é irrigada. Isso é fruto da assistência técnica realizada pelos técnicos da Emdagro”, destaca Jean. 

Sergipe se mantém como o quinto produtor nacional de laranja e o segundo do Nordeste. A cultura da fruta representa 14% do total do valor da produção agrícola sergipana e, em março deste ano, o suco de laranja foi responsável por 68,5% do valor total das exportações no estado, que contabilizam aproximadamente US$ 9,8 milhões. Já no ano de 2023, Sergipe respondeu por 99% do valor de exportações nordestinas de suco de laranja.

“A cadeia produtiva é imensa. Para se ter uma ideia, uma tonelada de laranja está sendo vendida de R$ 1,8 mil a R$ 2 mil e esse recurso volta para economia do estado, ajudando o nosso PIB. Estamos vivendo novas épocas, com o Governo do Estado também priorizando o pequeno produtor para colocá-lo de volta na cadeia produtiva, o que é o papel da Emdagro e da Seagri”, enfatiza o diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural da Emdagro.

Mercado

O bom cenário de Sergipe coincide com um momento também de alta do preço da laranja, que teve o valor elevado devido a perdas de lavouras contaminadas pelo greening no sudeste do país. “Sergipe está fazendo o dever de casa, com barreira nas divisas, sanidade no material, fiscalização, erradicação de mudas clandestinas. Sergipe está se cercando para que o greening não chegue aqui. Assim, se São Paulo não tem laranja, eles vêm comprar de Sergipe e, no momento que eles vêm comprar aqui, melhora o preço. Acreditamos, pelos estudos e acompanhamento que estamos fazendo, que os próximos dez anos serão bastante promissores para a cultura da laranja no estado”, comenta Jean. 

Em Boquim, oitavo município produtor de laranja em Sergipe, o agricultor Antônio Pereira quase desistiu do cultivo do citros, mas com o apoio da assistência técnica da  Emdagro viu a produtividade crescer e, hoje, colhe o fruto a cada dois meses, antes a colheita só era possível a cada oito meses. 

“Com a assistência da Emdagro, em um ano e meio, o resultado reverteu totalmente, então passei a fazer novos investimentos na laranja. Agora, a produção está excelente, no ano passado tive uma média de 29 toneladas por hectare, acima da média de Sergipe. Foram cerca de 220 toneladas produzidas. E, neste ano, a expectativa é melhor. Estamos querendo chegar de 300 a 360 toneladas”, almeja seu Antônio. 

Ele ressalta que a laranja movimenta toda uma cadeia produtiva. “E é muita gente envolvida com a atividade na região, tem as casas que vendem produtos, o óleo diesel, o tratorista, funcionários fixos, o pessoal que tira a laranja, o caminhoneiro, então há a distribuição de renda no local para muita gente”, pontua o produtor, que hoje vê a produção chegar a mercados não só de Sergipe, mas de outros estados, como Maranhão, Paraíba e Fortaleza.

Governo

Última atualização: 27 de maio de 2024 09:07.

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