Governo de Sergipe e Prefeitura de Carira assinam termo de adesão ao programa Garantia Safra

Neste ano de 2024, foram pagos R$ 184.800 divididos entre os 154 agricultores cadastrados na safra 2022/2023, que tiveram a perda de safra reconhecida

Durante a realização de mais uma edição do ‘Sergipe é aqui’, nesta sexta-feira, 19, em Carira, o governador Fábio Mitidieri e o prefeito Diogo Menezes assinaram termo de adesão ao programa Garantia Safra, reafirmando a parceria entre Estado e município para a continuidade do benefício no ano agrícola 2023/2024. 

O Garantia Safra é uma ação do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), coordenado em Sergipe pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), que funciona como um seguro, destinado às famílias de agricultores de baixa renda que vivem em municípios do semiárido. O programa tem como objetivo garantir uma renda mínima aos agricultores que venham a perder pelo menos 50% das lavouras de mandioca, milho, feijão, arroz ou algodão.

De acordo com a Seagri, somente no município de Carira, neste ano de 2024, foram pagos R$ 184.800,00, divididos entre os 154 agricultores cadastrados na safra 2022/2023, que tiveram a perda de safra reconhecida. Para cada um, coube o valor de R$ 1.200,00, a fim de ajudar nas despesas com a compra de sementes e insumos para a próxima safra. 

Podem participar do programa os agricultores familiares cuja renda bruta mensal seja de até 1,5 salário mínimo, excluindo a aposentadoria rural, que atenda ao requisito de cultivar lavouras não irrigadas e tenha área plantada de 0,6 a 5 hectares. Na composição do fundo nacional criado para pagamento das perdas, cada ente entra com um aporte: os agricultores contribuem com 2%, o Município com 6%, o Estado com 12% e a União com 80%, em relação ao valor pago a cada agricultor.

Para a próxima safra, que corresponde ao plantio do ano agrícola 2023/2024, foram inscritos 274 agricultores em Carira. Muitos aproveitaram a presença da equipe da Secretaria de Agricultura durante o ‘Sergipe é aqui’ para buscar seus boletos pessoalmente. “A adesão do agricultor é efetivada com o pagamento simbólico de uma taxa única de R$ 24, com vencimento no próximo dia 30 de abril, e que deve ser pago na Caixa Econômica ou em casas lotéricas”, explica a coordenadora do Garantia-Safra, Bárbara Dantas.

A agricultora Lucielma de Souza fez questão de ir até o estande da Agricultura para buscar seu boleto e honrar com seu compromisso. Ela, que planta milho no povoado Aparecida, juntamente com sua mãe, disse que o benefício é uma grande ajuda para a família. “Com esse dinheiro, a gente pode comprar mais sementes para investir na plantação e, assim, tirar o prejuízo com a perda que tivemos na última safra”, disse, agradecendo a oportunidade que o programa proporciona aos pequenos agricultores.

A agricultora Josefa Eliene Alves dos Santos também ficou satisfeita com o benefício. “Esse benefício do Garantia Safra veio para nos ajudar muito. Com esse recurso, a gente pode preparar a terra, comprar sementes, um adubo para usar na plantação. É uma ajuda muito bem vinda”, afirmou a produtora rural, que planta milho e feijão junto com seu marido e filhos na colônia agrícola Roseli Nunes.

Agricultura

Novo sistema do Programa Água Doce é destaque na 26ª edição do ‘Sergipe é aqui’ em Carira

Equipamento público está 80% construído e será a 5ª unidade do programa no município e a 30ª do estado

Quando a mais nova obra do Programa Água Doce (PAD) for entregue à população do Assentamento Luís Carlos Prestes, em Carira, no agreste sergipano, 340 famílias terão acesso a água potável, a partir de cinco sistemas de dessalinização do Programa Água Doce (PAD) no município que se tornou, de maneira simbólica, a capital do estado nesta sexta-feira, 19, na 26ª edição do ‘Sergipe é aqui’. Na ocasião, o novo PAD foi destaque da participação da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) no governo itinerante, por meio de uma maquete ilustrativa que apresentou a unidade de abastecimento à população.

Em Sergipe, o PAD é coordenado pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), por intermédio da Coderse e da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), executoras do programa. Nas 29 unidades de dessalinização em operação em Sergipe, são produzidos 17.400 litros de água potável por dia, atendendo uma população total de cinco mil sergipanos.  

Pela condição de dificuldade para obtenção de água doce, superficial ou subterrânea, Carira já possui quatro unidades do PAD nos povoados Bezerras, atendendo 50 famílias; Lagoa dos Porcos, com 80 famílias; Macacos, 100 famílias;  e Três Tanques, 60 famílias. Segundo o presidente da Associação dos Agricultores do Assento Luis Carlos Prestes, Jadiel Santos Bispo, por ser uma comunidade carente de abastecimento e longe das redes de distribuição de água da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), a unidade do PAD se mostra necessária.

“Quero agradecer ao Governo do Estado, que está implantando esse sistema lá junto com o pessoal do ‘Água Doce’. Vai beneficiar muitas famílias que não têm água potável. A comunidade é carente e precisava muito desse sistema. Hoje, o  abastecimento que tem lá é o carro-pipa, e agora teremos uma água de qualidade, na hora que a gente quiser”, comemorou Jadiel Santos Bispo, em visita ao estande da Agricultura, no ‘Sergipe é aqui’.

Execução do programa 

A Emdagro capacita, mobiliza e faz a extensão rural nas comunidades atendidas pelo PAD. A Coderse, além de fazer a capacitação técnica dos operadores, faz a manutenção e reposição dos equipamentos de dessalinização, dos poços tubulares que abastecem os sistemas e está à frente da licitação de construção das três novas unidades do ‘Água Doce’ no estado, totalizando 32 em Sergipe. No Assentamento Carlos Prestes, a companhia também perfurou um novo poço para suprir a demanda por água que o dessalinizador exige. Um investimento total – estadual e federal – de R$ 315.901,35.

“Estamos em Carira, trazendo as ações da Secretaria de Estado da Agricultura, em mais um ‘Sergipe é aqui’, no município em que temos quatro unidades do PAD, atendendo 390 famílias, e agora estamos trazendo o quinto, no Assentamento Carlos Prestes, com mais 50 famílias sendo abastecidas com água de qualidade. A obra está em cerca de 80% de sua execução completa e, em breve, estaremos entregando o novo sistema à comunidade”, afirmou o coordenador estadual do Núcleo do PAD em Sergipe, Vandesson Carvalho.

Maquete do Água Doce 

A unidade de produção de água dessalinizada do PAD possui vários módulos de processamento da água, reuso, contenção de resíduos e pode ser bem ilustrada por meio da maquete que a Coderse tem exibido em todas as suas participações no ‘Sergipe é aqui’. O módulo do dessalinizador tem três reservatórios, um de água bruta e salina, da forma como vem do poço tubular; outro com a água potabilizada e que abastece um chafariz público; e um terceiro, que contém a água resultante do processo de filtragem e com teor de salinidade superior à água bruta captada no subsolo. 

Cerca de 50% da água que passa pela filtragem no dessalinizador, feito por  membranas de osmose reversa, não pode ser aproveitada no processo de dessalinização. Anexo ao módulo de dessalinização, existe outro com o tanque de contenção onde este concentrado salino é depositado para evaporação e descarte apropriado do sal resultante. Há experiências exitosas de usuários dos sistemas, no uso do mesmo tanque para criação de espécies de peixes resistentes à água salgada, uma atividade que serve de complemento na renda das comunidades assistidas. 

Outro incentivo produtivo do sistema do PAD é a existência de chafarizes e cochos para uso da dessedentação animal, a partir da água bruta do poço tubular. Há pesquisas da Empresa Brasileira De Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para uso da forrageira Atriplex no PAD. A planta resistente à água salinizada, também conhecida como erva sal, encabeça o projeto futuro para construção de um terceiro módulo nestas unidades do PAD, que vão abrigar um campo irrigado com água salgada e produção de material forrageiro. Anexo, no mesmo módulo e ainda aproveitando a água bruta do poço, também se pretende implantar tanques em concreto com a tecnologia necessária para piscicultura ou carcinicultura, modelo detalhado que também consta na maquete do programa exibida pela Coderse.

Agricultura

Sementes do Futuro incentiva produção de milho em todos perímetros irrigados estaduais

Irrigante tem que ser da agricultura familiar e usa a semente até sem a chuva, contando com a irrigação pública

Nos perímetros irrigados do Governo do Estado, as sementes de milho do Programa Sementes do Futuro estão chegando no momento de atender à grande demanda da colheita no período de festas juninas. A Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) está distribuindo 206 toneladas de sementes. Sua vinculada, a Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), está encarregada de entregar 7,2 toneladas de sementes para beneficiar os agricultores e pequenos criadores em sua área de atuação na irrigação pública.

As sementes distribuídas nos seis perímetros irrigados administrados pela Coderse, nessas últimas duas semanas, estão chegando para quem vai fazer o plantio do milho verde comercializando nas festas de Santo Antônio, São João e São Pedro. Segundo o diretor de Irrigação da empresa pública, Júlio Leite, o benefício ajuda o produtor por um tempo mais prolongado.

“Com a água de irrigação que fornecemos, o produtor pode usar essa semente tratada e selecionada a qualquer tempo. Para além da demanda do milho verde, com o comércio das espigas durante todo ano, tem muito uso do milho, espigas e palhadas na ração animal. O irrigante pode comercializar esse milho com os criadores de gado de leite e de corte. Atividades presentes em todo o estado e que demandam material forrageiro aos perímetros irrigados”, confirma Júlio Leite. 

Os pequenos pecuaristas do município de Tobias Barreto, no centro-sul sergipano, que fazem parte do Perímetro Irrigado Jabiberi, vão usar sementes de milho do programa Sementes do Futuro para compor suas reservas em grãos, silagem e rolão para alimentação do gado de leite no período de estiagem. Um reforço à alimentação dos animais, que têm o pasto e outras plantas forrageiras cultivados a partir da irrigação e assistência técnica agrícola do Governo do Estado. Em 2023, esses irrigantes do Jabiberi produziram 2.295.500 de litros de leite, que é a vocação do perímetro estadual. 

Sementes do Futuro

As sementes das variedades de milho Cruzeta e Potiguar foram adquiridas pelo Governo do Estado por meio da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), vinculada à Seagri, que também se encarrega da maior parte da distribuição. O investimento público estadual  é de R$ 3 milhões para beneficiar 20.600 famílias de 50 municípios sergipanos. O enquadramento do produtor na condição de agricultor familiar é condição para receber as sementes. A Coderse se encarregou de entregar as sementes nos seus perímetros irrigados.

Jacarecica II

No Perímetro Irrigado Jacarecica II, que compreende comunidades agrícolas de três municípios, também está ocorrendo a distribuição das sementes de milho do programa para a agricultura familiar. Marinete de Santos é agricultora em lote irrigado no Assentamento Santa Maria, em Riachuelo, na região da Grande Aracaju. Ela conta que o milho verde que vai plantar, junto da couve, macaxeira, batata-doce e feijão, é para o consumo da família e comercialização. Ao mesmo tempo, deixa claro que, com irrigação, pode plantar em qualquer época do ano.

“Esse milho ajuda muito, porque a gente planta, leva para a feira, vende para outras pessoas. É para vender e para comer. Já pensando no São João e São Pedro. Pode plantar agora ou mais para frente, pois mesmo não tendo chuva, tem a irrigação para ajudar”, garantiu a irrigante do Jacarecica II. O perímetro também compreende povoados de Areia Branca e Malhador, no agreste sergipano.

O irrigante José dos Santos, também do Assentamento Santa Maria, estava preparado para plantar o milho do Sementes do Futuro —já pensando até no mercado em que vai oferecer o seu produto na colheita. Ele parabenizou a Coderse e o Governo do Estado por estenderem o programa ao Jacarecica II.

“Chegou na hora certa. Esse milho eu vou plantar e adubar para vender em Riachuelo. Mas se precisar, eu vendo para Itabaiana”, finalizou José dos Santos, destacando que o milho é as espigas vão para o consumo humano, mas as palhas têm destino certo para a ração animal.

Agricultura

Estado formaliza cooperação com prefeituras para nova etapa do PAA Leite

Também foi formalizado o contrato para execução do programa entre a Seagri e o Laticínio Milk Vida, de Porto da Folha, responsável por adquirir o leite de pequenos produtores, beneficiar e distribuir nos municípios

Considerado uma importante ação de atendimento à população em situação de vulnerabilidade, que também tem contribuído para fortalecer a bacia leiteira sergipana, o Programa de Aquisição de Alimentos, na modalidade leite (PAA-Leite), está previsto para retomar suas atividades no próximo dia 2 de maio. Esta semana, o Governo do Estado começou assinar os novos Termos de Cooperação que formalizam a participação de seis municípios do alto sertão no PAA Leite: Monte Alegre, Gararu, Glória, Canindé, Porto da Folha e Poço Redondo. Para implementação do programa, as prefeituras são responsáveis pelo cadastramento dos beneficiários e pela logística de armazenamento e distribuição do leite para beneficiários no município.

A ação é realizada em Sergipe pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome. O programa vai beneficiar mais de 2.800 famílias na região do alto sertão sergipano. 

A fim de colher assinaturas e confirmar a adesão dos municípios nesta nova fase do programa, a equipe técnica da Seagri realizou reuniões presenciais nos dias 15 e 16 de abril para assinatura dos Termos de Cooperação Técnica entre a Secretaria de Agricultura do Estado de Sergipe e as prefeituras de Monte Alegre, Canindé do São Francisco, Poço Redondo, Gararu, Nossa Senhora da Glória e Porto da Folha.

“Também realizamos a assinatura do contrato para execução do programa entre a Seagri e o Laticínio Milk Vida, de Porto da Folha, que pela primeira vez será responsável por adquirir o leite de pequenos produtores e distribuir nos municípios”, destacou a coordenadora estadual do programa, Camila Bacan, que esteve acompanhada pelos fiscais Célio Fontes e José Neviton e pela assessora do programa PAA Leite,  Ângela Maria Souza.

Carlos José Soares, proprietário do laticínio Milk Vida, falou da alegria em participar do programa que vai possibilitar a ampliação da produção e da comercialização do leite na região. “Trabalhamos e investimos muito para alcançar esse contrato com o PAA Leite. Sou muito grato a todos da Secretaria da Agricultura e da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), pelo apoio e pelas orientações que nos ajudaram a chegar até aqui. Vamos fazer tudo que estiver ao nosso alcance para responder às expectativas, fornecendo um produto de qualidade e com preço justo”, ressaltou Carlos José, ao destacar que 50% do fornecimento de leite será de pequenos produtores do próprio município de Porto da Folha e o restante será adquirido em Nossa Senhora da Glória e Gararu.

O laticínio Milk Vida produz queijo mussarela, queijo coalho (pré-cozido), queijo de manteiga (requeijão), queijo prato e manteiga. Atualmente, o empreendimento emprega mais de 300 pessoas de forma direta e indireta e beneficia cerca de 20 mil litros de leite por dia, adquiridos de 132 produtores da região.

Agricultura

Assistência técnica da Emdagro contribui para uma agricultura sustentável

Na semana eu que se comemora o Dia Nacional de Conservação de Solo, parcerias, projetos e orientações técnicas fortalecem práticas conservacionistas e agroecológicas no estado

Neste 15 de abril, celebra-se o Dia Nacional da Conservação do Solo, importante ativo ambiental, essencial à vida na Terra. Responsável por garantir a produção de alimentos e fibras, por fornecer serviços ambientais e a regulação do clima, o solo também tem como importante papel a conservação da biodiversidade, a partir da preservação dos habitats, sequestro de carbono e outros serviços imprescindíveis para a sobrevivência humana.

Nesse contexto, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), por meio da Coordenadoria de Agroecologia e Produção Orgânica, tem desempenhado um papel fundamental. O Coordenador de Agroecologia, Waltenis Braga, ressalta que para promover a conservação do solo, é necessário adotar princípios e técnicas agrícolas voltadas ao manejo correto das terras. “A agroecologia permite ao agricultor compreender e modificar a forma de praticar a agricultura, unindo o saber tradicional ao saber científico. Com o tempo, ele começa a produzir melhor e adquire autonomia na propriedade”, sintetizou.

“A Emdagro, por meio das atividades de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), vem capacitando, qualificando e orientando produtores e produtoras da agricultura familiar no processo de conversão para agricultura de base agroecológica. Essas práticas colaboram para a conservação do solo e contribuem para a efetivação do papel do Estado enquanto agente promotor do desenvolvimento rural, aliando a sustentabilidade ambiental e econômica”, destacou o Diretor de Ater da Emdagro, Jean Carlos Nascimento.

Somado a isso, a Emdagro possui em Itabaiana um Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Agroecologia, onde são instaladas técnicas experimentais e já consolidadas na agricultura orgânica, como o uso de adubos verdes e o sistema agroflorestal (SAF). A equipe da coordenadoria de agroecologia da empresa também realiza o incentivo e as orientações necessárias para a implantação de novos SAFs no estado.

Um exemplo de boas práticas na conservação do solo é do agricultor familiar José Adelson Fonseca, conhecido como ‘Delson dos orgânicos’, do povoado Garangau, em Campo do Brito, que já colhe os frutos das orientações da Emdagro. Certificado como produtor orgânico, ele vem reflorestando suas áreas há três anos, tendo plantado mais de três mil mudas de espécies florestais e frutíferas. “Eu como somente aquilo que produzo. Não compro quase nada, e depois que conheci e comecei a usar práticas agroecológicas, passei a trabalhar melhor a roça, fazendo compostagem, deixando a terra descansar e mudando os plantios de lugar, e a produção sai mais sadia”, comemora.

Outra iniciativa importante foi o projeto Manejo do Uso Sustentável da Terra no Semiárido do Nordeste Brasileiro – Sergipe (Projeto Sergipe), promovido pela Emdagro, com recursos do Programa das Nações Unidas (Pnud), sob a coordenação técnica do Ministério do Meio Ambiente (MMA), com investimentos do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), e apoio técnico da empresa IANDÉ. Este projeto capacitou produtores, tratoristas e técnicos extensionistas em práticas conservacionistas de solo, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida das comunidades locais e criando espaços de referência para a visitação e compartilhamento das experiências por outros agricultores do entorno.

De acordo com a equipe da Emdagro, o serviço de extensão rural e assistência técnica do Governo de Sergipe tem desempenhado um papel fundamental na promoção da agroecologia e na conservação dos solos em Sergipe, contribuindo para a construção de um futuro mais sustentável para as gerações presentes e futuras.

Governo de Sergipe investe em biotecnologia reprodutiva e garante melhoramento genético em rebanho

Tecnologia da Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) tem por objetivo garantir o acesso à tecnologia a animais de pequenos produtores; mais de 1.100 bezerros nasceram em 2023 resultado das inseminações

O rebanho de Sergipe está crescendo em qualidade graças aos investimentos do Governo do Estado em biotecnologia reprodutiva. A ação tem por objetivo o melhoramento genético do rebanho leiteiro e de corte de pequenos produtores, por meio da tecnologia da Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF). A iniciativa faz parte do programa Pecuária Mais Brasil, do Governo Federal, em parceria com o Governo de Sergipe e a Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais do Brasil (Conafer).

Para participar do programa, basta o produtor rural interessado se cadastrar em qualquer escritório da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), unidade vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), para passar suas informações pessoais e, também, da sua propriedade. Após isso, um técnico da Emdagro faz a visita na propriedade, indica a raça de touro que vai ser utilizada e informa quando se inicia o protocolo, já com a presença do veterinário da Conafer e todos os insumos necessários para começar o processo.

Desde o início do programa, em 2022, até hoje, 114 produtores já foram atendidos, 918 vacas foram inseminadas e 13 municípios receberam o programa. Entre os municípios estão Boquim, ⁠Riachão do Dantas, ⁠Lagarto, ⁠Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora de Lourdes, Monte Alegre, Itabi, ⁠Amparo, Capela, ⁠Aquidabã, Poço Verde, ⁠Porto da Folha e ⁠Itaporanga d’Ajuda. 

A zootecnista da Emdagro, Diana Silva Maynard Garcez, é uma das responsáveis pelo programa em Sergipe e explicou o passo a passo do protocolo. “O primeiro dia a gente chama D0, onde o veterinário faz avaliação ginecológica das vacas que serão inseminadas. Elas precisam estar saudáveis, com escore corporal adequado, sem nenhuma infecção uterina, vermifugadas, têm que estar sem carrapato, vacinadas, saudáveis em geral. Estando aptas, o veterinário coloca um implante de progestorona”, explicou sobre a primeira etapa.

Oito dias após essa preparação, o chamado D8, o veterinário retorna, tira o implante de progesterona e aplica mais hormônios. Já no dia 10 (D10), que acontece entre 44/48 horas após a retirada do implante de progesterona, as vacas estão no cio. “A gente já sincronizou o cio delas com a aplicação dos hormônios, e todas estão neste período ao mesmo tempo. Então, esse é o dia em que acontece a inseminação. O programa é voltado para pequenos produtores rurais, com propriedades de até 50 animais”, completou a zootecnista da Emdagro.

Em toda preparação até chegar a fase final, a Emdagro acompanha o processo. “Nós somos os responsáveis por levar o veterinário que fará a inseminação até as propriedades, selecionamos os produtores, fazemos o cadastro, enviamos toda documentação à Conafer para que seja feito o agendamento e a gente inicie o procedimento”, afirmou Diana. 

Aumento da produtividade

O melhoramento genético traz mais produtividade aos beneficiários. De acordo com a zootecnista, no caso dos produtores de leite, a inseminação vai proporcionar um quantitativo maior de leite. Já para os produtores de gado de corte, eles terão um bovino com ganho de peso maior que os animais que não são de touros selecionados. “O programa foi iniciado em Sergipe no ano de 2022. Em 2023 tivemos os nascimentos das inseminações realizadas em 2022, que foram 1.132 bezerros nascidos. Agora, em 2024, nós já estamos começando os nascimentos das inseminações feitas em 2023. Até o momento, nasceram três bezerros de leite no município de Boquim, local onde foi iniciada a inseminação no ano de 2023”, explicou. 

A parceria entre o Governo do Estado e a Conafer tem o intuito também de melhorar a vida dos produtores rurais cadastrados. Quem confirma isso é o médico veterinário responsável pelas inseminações, Geimisson Claudino. “A gente consegue não só o melhoramento genético dos animais, mas também, a saúde desses animais. Além disso, o produtor rural lucra em caso de venda do animal, pois terá mais qualidade”, ressaltou. 

Beneficiários do programa

O produtor rural Gilvan Santos não escondeu sua felicidade em colher frutos da inseminação feita no ano passado. “É uma benção. A primeira bezerra nasceu esta semana e quando ela estiver na época de produzir leite, teremos o dobro da produção. A nossa meta é triplicar com mais essa inseminação realizada aqui em minha propriedade”, disse, com a expectativa alta. 

Além de proporcionar melhoramento genético, o programa Pecuária Mais Brasil garante economia para os pequenos produtores rurais, já que o investimento é federal em parceria com o Governo do Estado. Quem agradeceu a oportunidade foi o pecuarista José Maurício Silva Andrade. “Graças a essa parceria, nós, produtores rurais, temos nosso rebanho melhorado a custo zero. É uma oportunidade de ganharmos renda extra, pois nossa produção irá melhorar e, consequentemente, minha família ganhará mais”, comemorou. 

Acompanhando todas as visitas a produtores no município de Boquim, região sul de Sergipe, o chefe do escritório da Emdagro na localidade, Jeotônio Ferreira, afirma que é uma celebração ver o resultado de um trabalho feito em equipe. “Aqui já é fruto de um trabalho que fizemos no ano passado, tem outros animais para nascer. Então, assim, você já percebe que a genética da bezerra que nasceu essa semana já difere da mãe dela. O nosso objetivo é transferir para o pequeno produtor uma melhoria genética para seu rebanho. Estamos trabalhando para que, cada vez mais, outros produtores possam aderir a esse programa e ter também esses benefícios”, disse.

Suco de laranja foi responsável por 68,5% das exportações em Sergipe

Incentivos realizados pelo Governo do Estado estão principalmente voltados para controle sanitário, produção de mudas para renovação de pomares e assistência técnica aos pequenos produtores

As exportações sergipanas no último mês de março somaram 14,2 milhões de dólares e, entre os 26 produtos sergipanos, o suco de laranja foi responsável por 68,5% do valor total, que contabilizam aproximadamente 9,8 milhões de dólares. Os dados foram divulgados pelo Observatório de Sergipe, órgão vinculado à Secretaria Especial de Planejamento, Orçamento e Inovação (Seplan). De acordo com a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), o resultado demonstra, mais uma vez, a importância do setor citrícola para o desenvolvimento econômico e social de Sergipe.

“O setor citrícola é importante para o desenvolvimento de Sergipe, com a geração de milhares de empregos e produção de uma grande variedade de frutas cítricas, como laranja, limão, abacaxi, maracujá e acerola, que fortalecem a economia local. As duas grandes empresas de suco de frutas cítricas instaladas em Sergipe absorvem grande parte da produção estadual e dos produtores do norte da Bahia, que também são sergipanos”, destacou o secretário de Estado da Agricultura, Zeca da Silva. 

De acordo com ele, são 14 municípios produtores nas regiões sul e centro-sul do estado. “Uma comprovação da importância desse setor produtivo é o resultado positivo na balança comercial, com 68,5% da pauta de exportações do estado originada da citricultura”, pontuou Zeca. No estudo feito pelo Observatório de Sergipe, os 14.653 estabelecimentos agropecuários que cultivavam laranja representam 15,7% do total de estabelecimentos no estado. Consta no estudo que, em 2022, o valor bruto da produção da laranja foi de R$ 288 milhões, correspondendo a 14% deste.

Incentivos do governo estadual

Ainda de acordo com a Secretaria de Estado da Agricultura, o Governo de Sergipe está empenhado em promover o desenvolvimento sustentável na citricultura sergipana e controle sanitário, para evitar a entrada de plantas ou mudas contaminadas com pragas. Para isso, tem realizado diversas ações voltadas aos pequenos produtores da região centro-sul do estado, como a distribuição de borbulhas de citros. Desde o ano passado, já foram entregues 150 mil borbulhas de laranja, limão e tangerina (sendo 95% de laranja) nos 14 municípios da região citrícola, beneficiando 26 produtores. As ações são desenvolvidas pela Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), órgão vinculado à Seagri.

O coordenador de Agricultura da Emdagro, Eduardo Barreto, disse que uma das ações mais importantes é a produção de mudas de porta-enxerto com certificação. “No Centro de Fruticultura Tropical da Emdagro, em Boquim, implementamos uma área de dez mil metros quadrados com 550 plantas, de quatro variedades de porta enxertos, com resistência maior às pragas e doenças, que deverão produzir anualmente 300 mil sementes. Estas viabilizarão a produção de cerca de 290 mil mudas de porta-enxertos a serem distribuídas para os pequenos produtores da região até o próximo ano. O porta enxerto é o suporte da planta e com mais essa ação o Governo do Estado, por meio da Emdagro, vai garantir mais de 50% do custo dos pomares desses pequenos produtores”, enfatizou.

Também está sendo realizada uma capacitação com técnicos recém contratados pela Emdagro, a fim de prestar informações iniciais sobre o tema e com os funcionários mais antigos, para que possam atualizar seus conhecimentos na área. O Programa de Citricultura Sustentável/Capacitação Continuada, dividido em três módulos, tratou sobre o tema ‘Manejo integrado de pragas e doenças de citros’, no último dia 3 de abril, em Boquim. No dia 4 de abril, foi apresentado sobre o tema ‘Sistema de produção de mudas de citros’, realizado na sede da empresa Sergipe Citrus, em Santa Luzia do Itanhi. O último módulo, com o tema ‘Sistema de produção de citros sustentável’, será realizado nos dias 29 e 30 de abril, em Boquim, e finalizado com uma visita à área de produção de citros da Fazenda Maratá, em Itaporanga D’Ajuda.

Agricultura

Coderse comemora 41 anos de serviços e desenvolvimento do meio rural sergipano 

Equipes, infraestrutura e equipamentos levam políticas públicas e fixam famílias no campo com qualidade de vida, emprego e renda

A Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) completa 41 anos de fundação neste sábado, 13 de abril. Durante todo esse período, a empresa perfurou 4.065 poços tubulares e administrou a infraestrutura para a irrigação pública de quase quatro mil hectares que beneficiam, com emprego e renda, 14 mil pessoas no campo. Atualmente, a companhia executa a implantação da Adutora do Leite, com 108 quilômetros de extensão; a expansão do Programa Água Doce, com mais três unidades de dessalinização; e a segunda fase do Programa Água para Todos, com 20 novos sistemas de abastecimento.

Na percepção do secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca, Zeca da Silva, a Coderse desempenha um papel importante na produção de alimentos e fornecimento de água para a população do campo, para o abastecimento dos animais e para a produção agrícola. “O Governo do Estado ampliou a atuação da Coderse para trabalhar ações de desenvolvimento, como é o caso do projeto Adutora do Leite, que está em fase de licitação dos estudos. Por todo esse trabalho, em nome do presidente da empresa, Paulo Sobral, e toda a diretoria, apresento minha saudação de gratidão a todos os servidores”, considera.

A Adutora do Leite é uma iniciativa do Governo do Estado, intermediada pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), que tem como finalidade beneficiar, principalmente, a bacia leiteira do alto sertão sergipano. O edital para a contratação dos estudos e projetos foi lançado no dia 2 deste mês. O diretor-presidente da Coderse, Paulo Sobral, frisa que a obra vai permitir que o produtor diminua custos com a dessedentação animal e reinvista na alimentação, qualidade e tamanho do próprio rebanho.

“Estamos comemorando, além dos 41 anos da Coderse, o primeiro passo dessa obra tão importante para os sergipanos, que vai encurtar distâncias ao acesso à água para produzir em Canindé de São Francisco, Poço Redondo, Porto da Folha, Monte Alegre e Nossa Senhora da Glória. Com isso, a intenção é dobrar a produção de leite para 460 milhões de litros nesses municípios”, disse o presidente da companhia vinculada à Seagri.

Paulo Sobral acrescenta que, neste 41º ano, o acesso da população rural à água potável também aumenta. “São mais três que vão somar, ao serem concluídas, 32 unidades de dessalinização e produção de água potável no semiárido sergipano. A unidade do Programa Água Doce no Assentamento Carlos Prestes, em Carira, está perto da conclusão, com as dos povoados Saco da Camisa (Poço Verde) e Bela Aurora (Porto da Folha), em andamento”, informou.

Produção de alimentos

O presidente da companhia também lembrou que a Coderse, nos seis perímetros irrigados que administra, levou irrigação para a produção de mais de 110 mil toneladas de alimentos e outros 2.295.500 litros de leite em 2023, gerando uma renda superior a R$ 210 milhões, em benefício de 14 mil pessoas envolvidas na produção. “Esse resultado, repetido anualmente, contribui para consolidar a cesta básica de Aracaju como a mais barata do país já por vários anos”, pontuou Paulo Sobral. Ele acrescenta que, além da irrigação, existe o investimento em assistência técnica ao agricultor e a manutenção periódica de toda a infraestrutura de bombeamento e barragens.

Recursos humanos

Nos 41 anos, comemoram os beneficiários de suas políticas públicas; a população, que tem mais acesso à alimentos que antes da irrigação vinham de outros estados; e os cerca de 400 funcionários envolvidos em todo esse processo.  “A gente testemunha a satisfação que eles têm em fazer parte de todo esse processo de desenvolvimento e de qualidade de vida levado à população rural. São servidores de todas áreas; desde a de projetos, licitação, execução, extensão rural e de fiscalização. Trabalham na sede, nos perímetros irrigados, ou vão a todos os interiores do estado, construindo ou recuperando a infraestrutura hídrica. Dedico os meus parabéns, pelos 41 anos, a esses importantes parceiros que a mulher e o homem do campo têm aqui nesta empresa”, coloca a diretora Administrativa e Financeira da Coderse, Patrícia Moura.

Presidente da Associação de Servidores da Coderse, Luiz Roberto Moura destaca o momento em que a Coderse completa 41 anos como um período em que a responsabilidade da empresa e funcionários aumenta, com a ampliação da gama de atuação. “A antiga Cohidro se transformou na Coderse, para abraçar novos desafios, com grandes obras de construção de adutoras, dessalinizadores e de saneamento rural, como o calçamento de estradas. Do ponto de vista do servidor, cresce a responsabilidade, mas também o orgulho que sempre existiu no peito de cada um que faz parte desta grande família”, finalizou.

Agricultura

Técnicos da Emdagro visitam experiência de energia solar em Emater de Minas Gerais

O objetivo foi conhecer a usina fotovoltaica instalada no município de Ponto dos Volantes, que promete reduzir significativamente os custos de energia elétrica

Uma comitiva de técnicos da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) realizou uma visita técnica à cidade de Ponto dos Volantes, em Minas Gerais, para conhecer de perto os trabalhos desenvolvidos pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater/MG) na área de energia solar. O objetivo foi conhecer a usina fotovoltaica instalada no município, que promete reduzir significativamente os custos de energia elétrica. 

A visita foi coordenada pelo diretor administrativo e financeiro da Emdagro, Fernando André de Oliveira, e pelo diretor técnico Jean Carlos Nascimento, acompanhados pelos técnicos engenheiro agrônomo, Godofredo Vieira, e o engenheiro civil, Hugo Monteiro Rocha. A equipe da Emdagro foi recepcionada pelo engenheiro agrônomo Ricardo Almeida, gestor da Unidade Regional da Emater/MG em Almenara, e pelo engenheiro agrônomo Cristiano Santos, chefe da unidade local da Emater/MG em Ponto dos Volantes.

Durante a visita técnica, também estiveram presentes o secretário de Agricultura de Ponto dos Volantes, Rui Borges, e o engenheiro elétrico Flávio Borges, responsável pelo desenvolvimento e implantação do projeto da usina fotovoltaica. A usina foi construída em uma área de 400 metros quadrados, tem capacidade de produção de 12.000kw/h/mês e teve um custo de R$ 500 mil, financiado pela Emater/MG. A expectativa é que o investimento se pague em 12 meses, com uma redução de quase 100% nos custos de energia elétrica.

O Diretor Administrativo e Financeiro da Emdagro, Fernando André de Oliveira, destacou a importância de buscar soluções sustentáveis e economicamente viáveis para suprir as demandas energéticas da empresa. “Estamos impressionados com o que vimos aqui em Ponto dos Volantes. Essa iniciativa da Emater/MG mostra que é possível investir em energia limpa e reduzir custos operacionais ao mesmo tempo. Precisamos considerar seriamente a implementação de projetos similares em nossa empresa, onde a Emdagro tem um custo mensal hoje em energia de R$ 54 mil, e uma usina com uma produção de 8.000 kWh/mês supriria em 100% nossas necessidades” ressaltou Oliveira.

A visita foi marcada por questionamentos sobre custos, benefícios, manutenção, contratos de execução e financiamentos relacionados ao projeto de energia solar. Todo o material apresentado será analisado pela Emdagro, visando a possibilidade de adoção de tecnologias semelhantes no estado de Sergipe.

Festa Amigos do Leite movimentou economia na região do alto sertão sergipano

Em sua 13ª edição evento realizado no povoado Santa Rosa do Ermírio contou com apoio do Governo do Estado

A Festa Amigos do Leite, realizada entre os dias 4 e 7 de abril, no povoado Santa Rosa do Ermírio, município de Poço Redondo, está no calendário entre os maiores eventos da pecuária leiteira sergipana e entrou na sua 13ª edição. Pelo segundo ano consecutivo, o evento recebeu apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura e do Banco do Estado de Sergipe. Realizada pela Federação da Agricultura e Pecuária de Sergipe (Faese), SOS Eventos e Professor Odair José de Oliveira, a celebração acontece onde o leite representa a fonte de renda para 90% das famílias locais, que com sua produção abastecem grandes laticínios de Sergipe.

De acordo com Odair José, um dos organizadores da festa e também criador, Santa Rosa do Ermírio ultrapassa a produção de 200 mil litros de leite por dia, despontando na liderança como maior bacia leiteira de Sergipe. “Santa Rosa do Ermírio é a ‘terra do leite’, com maior produção por metro quadrado no Estado”, afirma o organizador.  A edição deste ano contou com 200 animais na pista de julgamento. “Nós tivemos gado das raças gir e girolando, todos cem por cento registrados, assegurando a origem do animal”, destacou.

Segundo ele, participaram do torneio e como expositores de gado criadores de vários estados do Nordeste, a exemplo da Paraíba, João Pessoa, Alagoas, Pernambuco, Bahia, que se soma a essa grande genética da região de Santa Rosa do Ermírio. “Pela robustez e qualidade genética do gado que participou esse ano, já era previsto que as vacas do torneio passassem de 1.400 litros de leite por dia, o que movimentou um volume de negócios de aproximadamente R$ 25 milhões”, divulgou.

A vaca campeã no torneio leiteiro, Golpista (King Royal), com 194 kg de leite, teve uma média de 97 kg por dia e é de propriedade de um condomínio formado por criadores de Pedro Alexandre, na Bahia e Lagoa Redonda, povoado de Santa Rosa do Ermírio. “O segundo e o terceiro lugares também foram de animais locais, sendo Lezia (Montross) com 185 kg de leite, com uma média de 92 kg de leite por dia, da Fazenda Lagoa Nova, daqui de Santa Rosa do Ermírio e Aline, com 177 Kg de leite, com uma média diária de 88 Kg de leite por dia, de propriedade de Reilton Almeida, do sítio Primavera, em Poço Redondo, respectivamente”, destacou Odair José.
 
Para o secretário de estado da Agricultura, Zeca Ramos da Silva, a realização da Festa Amigos do Leite, de Santa Rosa do Ermírio, proporciona o aumento no número de negócios firmados no setor e a interação entre os criadores do Alto Sertão. “Aqui os criadores e produtores trocam conhecimentos na área, apresentando suas tecnologias e suas formas de manejo com o gado. E, também, é um lugar para fazer negócios, como leilão de animais e venda de serviços e equipamentos”, pontuou Zeca da Silva.

O coordenador de Defesa Animal da Emdagro, veterinário Emerson Sales, participou do evento e falou sobre a importância da presença da instituição. “Somos responsáveis pela saúde pública, pela manutenção de fiscalização da emissão de GTAs (Guia de Trânsito Animal) que é o documento oficial para o trânsito desses animais vindo e saindo do estado e isso é importante para evitar infiltrações, danos à saúde pública e coisas do tipo, então a Emdagro vem para respaldar isso como instituição do governo do Estado”, observou ao destacar que Sergipe garantiu uma grande conquista na área. “A partir de primeiro de maio Sergipe se consolida com o status de estado livre de febre aftosa, sem vacinação. Isso é de uma responsabilidade muito grande e a Emdagro tem um trabalho participativo muito ativo dentro desse processo”, afirmou o técnico.

Para o criador José Teles de Andrade Sobrinho, mas conhecido na região como Zé do Poço, é gratificante participar de eventos como esse, onde há uma grande troca de conhecimentos. “É uma oportunidade de demonstrarmos nosso produto e adquirirmos novos conhecimentos no setor. Quando começamos, há 30 anos atrás, não tinha tecnologia nenhuma, nem inseminação, não usava boi registrado, hoje utilizamos mais a inseminação, o embrião, que tem uma genética diferente e podemos mostrar que estamos no caminho certo”, disse o produtor que tem um plantel com mais de mil cabeças de gado, sendo 500 a 600 vacas leiteiras.

Santa Rosa do Ermírio

Com uma população aproximada de 12 mil habitantes, Santa Rosa do Ermírio, distante 180 km da capital sergipana, se destaca na produção de leite em Sergipe, em razão dos bons solos, que favorecem as grandes e pequenas fazendas da região, além dos rebanhos bovinos selecionados, que garantem a alta produtividade. O povoado tem o leite como principal produto, representando a fonte de renda para 90% das famílias locais, que com sua produção abastecem grandes laticínios de Sergipe.

Governo

Última atualização: 9 de abril de 2024 08:49.

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