Serviços da Agricultura e empresas vinculadas foram ofertados durante a 49ª edição do ‘Sergipe é aqui’

Na ocasião, foi assinado termo de adesão ao Programa Garantia Safra, parceria entre Estado e Município

Durante a realização da 49ª edição do “Sergipe é aqui”, realizada no município de Feira Nova, nesta sexta-feira, 6, o governador Fábio Mitidieri, junto ao prefeito da cidade, Jean de Gerino, assinaram termo de adesão ao programa Garantia Safra, reafirmando a parceria entre Estado e Município, para a continuidade do benefício, no ano agrícola 2024/2025. Como em todas as edições do projeto de governo itinerante, a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), se fez presente juntamente com suas vinculadas – Coderse, Emdagro e Pronese – levando serviços e benefícios à população da cidade, principalmente aos agricultores da região. 

O Garantia Safra é uma ação do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), coordenado em Sergipe pela Seagri, e funciona como um seguro, destinado às famílias de agricultores de baixa renda que vivem em municípios do semiárido, como destaca o secretário da Seagri, Zeca da Silva. “O programa tem como objetivo garantir uma renda mínima aos agricultores que venham perder, pelo menos, 50% das lavouras de mandioca, milho, feijão, arroz ou algodão. O benefício é pago quando a seca ou o excesso de chuvas provoca a perda de, pelo menos, metade da produção”, afirma. 

Em Sergipe, já aderiram ao programa os municípios de Aquidabã, Canhoba, Canindé de São Francisco, Carira, Feira Nova, Frei Paulo, Gararu, Gracho Cardoso, Itabi, Monte Alegre, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora de Lourdes, Pedra Mole, Pinhão, Poço Redondo, Poço Verde, Porto da Folha, Ribeirópolis, São Miguel do Aleixo e Tobias Barreto.

Assistência da Emdagro

A economia de Feira Nova gira em torno da pecuária de bovinos, com 9.250 cabeças de gado, equinos com 700 cabeças e suínos com 2.270 cabeças, conforme dados da Emdagro. Na agricultura, o município tem o milho como principal cultura e, somente este ano, já são 133 produtores rurais assistidos pela empresa pública na localidade. Ao longo de todo o dia, o estande da Agricultura recebeu o público assistido e visitantes em geral que puderam realizar diversos esclarecimentos sobre produção, emissão de CAF e vacinação de rebanho, entre outros assuntos.

No local foram distribuídas 65 mudas frutíferas, entregues quatro certidões do Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAFs) e realizada a entrega de 30 amostras de solo para análise pelo Instituto Tecnológico e de Pesquisas de Sergipe (ITPS). 

Para a moradora do povoado Lagoa dos Porcos, Hildenize Gomes de Souza Moura, foi muito bom participar do dia de atividades na sede do município e voltar para casa com uma muda de mangueira. “Já tive um pé de mangas no quintal de minha casa, mas ele não vingou, agora vou plantar outro no lugar”, conta satisfeita. 

A agricultora Maria Helena dos Santos Macedo, de 67 anos, também disse estar muito satisfeita com a ação do governo do Estado em seu município. Ela confecciona peças artesanais em crochê, desde os 10 anos de idade, e aproveitou o evento para divulgar e vender seus produtos. “Trabalho junto com minha cunhada criando peças de vestuário feminino e montei uma barraca no evento para divulgar meu trabalho e, assim, conseguir ainda mais clientes”, relata ela antes de voltar para casa com o pé de cacau que ganhou no estande da Agricultura. “Na minha roça planto milho e já tenho alguns pés de fruta, como coqueiro, mangueira, laranjeiras, abacateiro e de acerola, mas é a primeira vez que terei um pé de cacau”, comemora.

Na ocasião, oito produtores do município puderam receber seus certificados das 72 fêmeas bovinas vacinadas contra a brucelose (infecção bacteriana) e outros sete que vacinaram seus animais, entre bovinos, caprinos e ovinos contra a clostridiose (complexo de enfermidades causadas por bactérias. 

O agricultor Gerinaldo Messias dos Santos foi até o local para receber seu certificado do Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF) e gostou muito da receptividade. “Já tive a DAP [Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar] e, agora, renovei para o CAF que é um documento muito importante, pois, com ele, a gente que trabalha na agricultura e na criação de animais pode obter empréstimo no banco e investir um pouco mais, além de facilitar na hora da aposentadoria”, afirma ele que mora com a família no povoado Umbuzeiro.

Ações da Coderse

Em Feira Nova, a Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) encampou ações de recuperação de 128 barragens de terra, em 2025, sendo 13 de médio porte, em 11 localidades do município. Em todo estado, já são 282 barragens, de pequeno e médio porte, incluindo as recuperadas em Aquidabã (7), Itabi (47), Gararu (2) e Poço Redondo (17). Atualmente, as máquinas e equipamentos atuam no município de Canindé de São Francisco.

Para o diretor-presidente da Coderse, Paulo Sobral, a ação é fundamental e dá continuidade a um trabalho iniciado em 2023. “As barragens são de uso múltiplo, mas a principal função é a dessedentação animal dos rebanhos de leite, que é a principal atividade econômica das regiões de sertão, como Feira Nova. Serão investidos R$ 5 milhões em recuperação, limpeza e construção de barragens nesta edição. Trabalho que dá prosseguimento ao que foi realizado em 2023, quando foram recuperadas 753 pequenas e médias barragens, com investimento de R$ 2,4 milhões”, enumera Paulo Sobral.

No ‘Sergipe é aqui’, a Coderse disponibilizou geóloga e engenheira civil para atender à população com as demandas de poços tubulares profundos, sistemas de abastecimento e barragens. O Programa Água Doce, em breve com 32 unidades de produção de água dessalinizada no semiárido sergipano, também foi mostrado no ‘governo itinerante’ através de uma maquete de um sistema de abastecimento de água potável.

Fotos: Vieira Neto

Coderse inicia cadastro da agricultura familiar nos lotes da irrigação pública

O cadastro qualifica acesso às políticas públicas e foi associado à assistência técnica da companhia

Sergipe agora tem duas instituições do Governo do Estado qualificadas para fazer o Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF). Estreando no cadastramento, os técnicos da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) iniciaram, nesta semana, o atendimento aos produtores irrigantes do Perímetro Irrigado Jacarecica II, em Malhador, no agreste sergipano. Os agricultores familiares estão sendo inseridos no sistema federal que os habilita ao acesso a benefícios sociais e linhas de crédito rural, direcionadas à categoria.

Antes, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) — igualmente à Coderse, vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) — era a única instituição estadual habilitada a emitir o CAF no estado. Tanto que em abril, os técnicos da Diretoria de Irrigação da Coderse (Dirir) participaram de capacitação oferecida pela coirmã Emdagro. A empresa continua com a abrangência em todo estado para emitir o CAF e a companhia vai fazer esse mesmo trabalho dentro dos seis perímetros irrigados do Governo Estadual.

Diretor de Irrigação da Coderse, Júlio Leite, considera que, ao emitir o CAF, a companhia aumenta a quantidade de serviços e melhora a relação com os agricultores irrigantes. “Eles são nossos parceiros em tudo que é executado nos perímetros irrigados. A gente, podendo cadastrá-los no CAF, diminui distâncias e aumenta a perspectiva de sucesso na produção. Com as garantias sociais e o acesso ao financiamento público para produzir”, avalia ao informar que o serviço vai ser estendido a todos os perímetros.

Na última terça-feira, 4, o coordenador operacional da Dirir, Roberto Marques, visitou os lotes e realizou cinco cadastramentos no Assentamento Dandara, inserido no perímetro Jacarecica II. Ele foi um dos técnicos que fizeram o treinamento na Emdagro que também passaram por um curso da Escola Nacional de Gestão Agropecuária (Enagro), do Ministério da Agricultura.“Pela primeira vez, o perímetro vai realizar a ação direto no lote dos irrigantes, facilitando a vida do agricultor familiar. O CAF é um documento essencial, substituindo a Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP-Pronaf)”, pontua Roberto.

O irrigante Gileno Damascena Silva fez o cadastro sem sair do seu lote, no perímetro Jacarecica II. Ele expõe a sua satisfação com a atenção dada pelo técnico, que também tem a função de conscientizar o produtor rural dos benefícios do CAF. “Gostaria de parabenizar a iniciativa da Coderse, de levar a assistência técnica aos perímetros de irrigação, junto aos pequenos produtores irrigados, para a emissão do CAF. O documento é muito importante, pois facilita e possibilita o acesso às políticas públicas, observa. 


 

Emdagro promove Dia Especial da Mandioca com palestras e novas perspectivas para agricultores familiares

Evento reuniu mais de 150 participantes em Itabaiana e apresentou novidades para impulsionar a mandiocultura no estado

O Centro de Difusão Tecnológica da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), localizado em Itabaiana, foi cenário nesta terça-feira, 3, do Dia Especial da Mandioca. O evento técnico e sensorial reuniu cerca de 150 participantes, entre agricultores familiares de mais de dez municípios sergipanos, técnicos da Emdagro, representantes de associações, cooperativas e secretarias municipais de agricultura, tendo como objetivo valorizar, modernizar e impulsionar a cadeia produtiva da mandioca em Sergipe.

O encontro teve início com uma programação de palestras voltadas para as inovações e o potencial da cultura da mandioca, abordando desde políticas públicas, até o valor nutricional do alimento. O coordenador de Desenvolvimento Rural da Emdagro, Ary Osvaldo Bonfim, foi o responsável por uma das três apresentações do evento. Na palestra ele destacou o Programa de Modernização da Mandioca, que desde 2023 vem promovendo ações estratégicas para fomentar a cultura no estado.

“Entre as iniciativas, destacam-se visitas técnicas a locais como a biofábrica em Ilhéus, na Bahia, visando conhecer e adaptar tecnologias de sucesso, como o modelo baiano de casa de farinha, além de melhorar a repropagação de manivas. Essas ações consolidam dois anos de trabalho da instituição nessa área, que também tem participado de eventos como o Foro Setorial em Alagoas e articula a criação de uma Câmara Setorial da Mandiocultura em Sergipe”, afirmou Ary.

A técnica da Emdagro, Dilma Maria, também conduziu uma palestra sobre o “Valor Nutricional da Mandioca e Segurança Alimentar”. Ela destacou a importância da mandioca na alimentação das famílias do campo e da cidade, ressaltando seu valor energético, a presença de fibras, vitaminas e o potencial de combate à fome e à insegurança alimentar. “Isso sobretudo quando se utilizam variedades biofortificadas como a BRS 399, que contém betacaroteno”, destacou.

O analista de Transferência de Tecnologia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Mandioca e Fruticultura, Helton da Silveira, abordou o diferencial da variedade de mandioca BRS 399, resultado do Programa de Melhoramento da Embrapa Cerrados. “Ela foi desenvolvida com o objetivo de atender à crescente demanda por materiais mais adaptados ao mercado, especialmente no segmento da mandioca de mesa. Trata-se de uma variedade moderna, com alto número de raízes, precocidade, resistência a diversas doenças e excelente qualidade de massa. Todas essas características foram pensadas para garantir ao produtor maior renda e melhor aproveitamento comercial do produto”, explicou.

Quem também participou do evento foi o presidente da Câmara Setorial da Mandioca e Derivados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Eloísio Barbosa Lopes Júnior, que elogiou a iniciativa do Governo do Estado e da Emdagro. “É uma grande satisfação participar de um evento como este, voltado para a cadeia produtiva da mandioca. Iniciativas como essa são exatamente o que faltava para fortalecer o setor em nível nacional. Estamos vendo mais de 100 agricultores reunidos, acompanhando de perto a apresentação de uma tecnologia que muitas vezes não chega ao campo por falta de ações de extensão rural. Vemos um trabalho bem estruturado, que promove não apenas o conhecimento, mas também a distribuição de manivas da variedade BRS 399”, afirmou.

Jean Carlos Nascimento, diretor de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa da Emdagro, reafirmou o compromisso da empresa pública em apoiar os agricultores com alternativas de cultivo, como a macaxeira BRS 399. “A Emdagro está sempre buscando levar ao produtor rural novas possibilidades, tecnologias adaptadas e conhecimento técnico que melhorem sua produção e sua renda. A proposta da Câmara Técnica da Mandiocultura no Estado é uma necessidade urgente, pois vai permitir a integração de instituições, agricultores e pesquisadores para planejar ações estruturantes. Vamos levar essa proposta ao secretário de Estado da Agricultura, Zeca da Silva, buscando o fortalecimento da mandiocultura que passa pela organização e pela política pública direcionada”, afirmou.

Além da programação técnica, os participantes puderam experimentar, em um momento sensorial, a qualidade da BRS 399. A mandioca foi servida cozida e a degustação destacou a maciez, sabor agradável e tempo de cozimento reduzido, características ideais para o consumo doméstico e comercialização direta.

Participação de agricultores

Entre os produtores presentes, o evento despertou entusiasmo e perspectivas concretas de melhoria na produção. Para Valmir Araújo, agricultor do município de Simão Dias, a participação foi enriquecedora. “O que mais me chamou a atenção foi a degustação da macaxeira. Experimentei in natura e achei excelente, bem macia e saborosa. Além disso, o encontro como um todo é muito importante porque nos motiva a lutar, a buscar mais organização e profissionalização na produção dessa cultura. Estou levando algumas manivas para fazer um experimento na minha propriedade e, se tudo correr bem, pretendo reproduzir e compartilhar com outros produtores da região”, destacou o produtor rural.

Já a agricultora Maria José dos Santos, conhecida como Ninha, de Lagarto, valorizou o acesso ao conhecimento. “A gente que trabalha no campo precisa muito desse tipo de informação. Levo comigo muitas dicas valiosas que os técnicos e pesquisadores trouxeram sobre a cultura da mandioca, coisas que vão ajudar muito no meu plantio, no manejo e até na hora da colheita. É gratificante ver que tem gente preocupada em trazer inovação e apoio para nós, agricultores”, agradeceu.

Governo

Governo de Sergipe se reúne com Grupo Piracanjuba para apresentação de unidade fabril da empresa em Nossa Senhora da Glória

Fábrica em Sergipe será a primeira da empresa no Nordeste, e será um hub da Piracanjuba na região, impulsionando geração de emprego e renda

O governador Fábio Mitidieri reuniu-se, nesta terça-feira, 3, com representantes do Grupo Piracanjuba, um dos maiores em produção de alimentos no país. O encontro, realizado no Palácio dos Despachos, se deu para a apresentação da unidade fabril de Nossa Senhora da Glória, que pertencia à Santa Bárbara Indústria e Comércio de Bens e Laticínios Ltda – Natulact, recentemente adquirida pela Piracanjuba. Na fábrica haverá operação para produção de queijos e outros produtos lácteos.

A fábrica em Sergipe será a primeira da empresa no Nordeste, potencializando a geração de emprego e renda, junto à produção de alimentos na região. A sede administrativa do grupo fica em Goiânia/GO, e a empresa possui sete unidades fabris, em Bela Vista de Goiás/GO, Governador Valadares/MG, Maravilha/SC, Sulina/PR, Araraquara/SP, Três Rios/RJ e Carazinho/RS, além de 16 postos de resfriamento de leite em vários estados, fazendas de eucalipto e programas de educação continuada.

Fábio Mitidieri ressaltou que a chegada da empresa reflete o momento econômico positivo vivido pelo estado. “Estou muito feliz com a comprovação do grande momento econômico que Sergipe atravessa, a partir da chegada da Piracanjuba, uma das maiores empresas de laticínio no Brasil. Ela chega ao estado para montar um hub da Piracanjuba no Nordeste. Eles serão muito bem vindos, e que possam continuar gerando emprego e renda, ampliando seus investimentos. Isso demonstra, mais uma vez, o excelente ambiente de negócios que Sergipe atravessa, em um momento fantástico da economia. Colocamos toda a estrutura do estado de Sergipe à disposição deles”, afirma.

O grupo Piracanjuba foi representado por Cesar Helou, conselheiro e proprietário; Luiz Cláudio Lourenço, presidente; e Marcelo Costa Martins, diretor de Relações Institucionais e Governamentais. Eles apresentaram os números e potencialidades da empresa, que completa 70 anos, em 2025, e é a segunda maior produtora de leite no Brasil, com capacidade de mais de 6 milhões de litros de leite/dia. A Piracanjuba tem mais de 7 mil fornecedores de leite e de 200 representantes comerciais, e é líder em leite lactose e creme de leite, vice-líder em leite UHT, leite condensado, aromatizado e bebida proteica.

“Certamente esse será o nosso hub de crescimento no Nordeste. Estávamos com dificuldade para seguirmos com nosso encaixe na região, e Sergipe foi o estado escolhido. Estamos cada vez mais certos de que fizemos a escolha correta, e esse encontro aqui é para celebrar. Sabemos que o caminho trilhado é excelente para todos nós, com grandes frutos. Isso se dá em conjunto com a gestão aqui em Sergipe, com planejamento e inovação, pensando no futuro”, afirma o presidente do Grupo Piracanjuba, Luiz Cláudio Lourenço.

O presidente do Grupo destacou, ainda, que, no ano passado, realizaram um levantamento em todo o Nordeste. “Identificamos que Sergipe seria a melhor oportunidade para nós construirmos a primeira fábrica aqui. Estamos sendo muito bem recebidos, com o governador e sua equipe proporcionando ambiente de prosperidade, e muito felizes com a nossa escolha”, acrescenta Luiz Cláudio. Ao final, foi feito um convite direto ao governador para visitar o polo da Piracanjuba, em Goiânia.

O Governo do Estado foi representado pelos secretários de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e Pesca (Seagri), Zeca da Silva; do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (Sedetec), Valmor Barbosa; do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo (Seteem), Jorge Teles; e da Casa Civil (Secc), Jorginho Araujo. Também estiveram presentes os diretores presidentes da Companhia do Desenvolvimento Econômico de Sergipe (Codise), Ronaldo Guimarães, e da Emdagro, Gilson dos Anjos, além do presidente da Desenvolve-SE, Milton Andrade; além da prefeita de Nossa Senhora da Glória, Luana Oliveira.

Investimentos na produção leiteira

A chegada do grupo Piracanjuba a Nossa Senhora da Glória promete impulsionar uma região que já possui a produção leiteira como marca. Um estudo do Banco do Nordeste (BNB), feito com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), constatou que Sergipe teve o maior crescimento na produção de leite na região Nordeste, comparando os três primeiros meses de 2024 e 2023. O aumento foi de 22,6%, subindo de 107,8 mil para 132,2 mil litros de leite produzidos no período.

Visando impulsionar este cenário, o Governo do Estado tem investido diretamente com as obras da Adutora do Leite e da Rota do Leite. A Adutora do Leite terá uma extensão de 108 km, e levará água para dessedentação animal em cinco municípios, via investimento de R$ 250 milhões. A obra atenderá a população rural de Canindé de São Francisco, Poço Redondo, Porto da Folha, Monte Alegre de Sergipe e Nossa Senhora da Glória.

Já a Rota do Leite, em Gararu, na rodovia SE-175, na estrada do povoado Jibóia, tem investimento total de R$ 90 milhões, com objetivo de contribuir para o acesso a mercados, estimular a produção da região do sertão, e beneficiar agricultores e produtores locais. Com estas obras, somente na bovinocultura de leite, a perspectiva é que a produção leiteira dos cinco municípios ultrapasse os 296.062.000 litros por ano, número registrado em 2022.

A prefeita de Nossa Senhora da Glória, Luana Oliveira, exaltou a chegada de mais um grande empreendimento do leite à região. “Isso consolida o Alto Sertão como a maior bacia leiteira do estado. A chegada da Piracanjuba também se dá pelo apoio do Governo de Sergipe, com os incentivos de um governo que investe na nossa infraestrutura, facilitando condições para trazer tais empresas como essa. É um momento de grande felicidade para Glória e todo o Alto Sertão”, frisa. 

Momento econômico

A chegada do grupo Piracanjuba a Sergipe reforça o bom momento econômico vivido graças às ações do Governo do Estado. Com o objetivo de fomentar o desenvolvimento de Sergipe, a gestão trabalha com uma agenda que destaca as potencialidades do estado como polo de investimentos para produção industrial e comercial, que envolve geração de emprego e renda, inovação, tecnologias e outros setores econômicos.

A partir do Programa Sergipano de Desenvolvimento Industrial (PSDI), administrado pela Codise, a gestão estimula a economia na atração de novos negócios e concessão de incentivos. Nos últimos dois anos, 86 empresas foram contempladas em suas operações, com um investimento de R$ 1,48 bilhão e a criação de 5.000 novos empregos diretos. Atualmente, cerca de 370 empresas são beneficiadas pelo programa.

Com a chegada da Piracanjuba, o Governo do Estado já terá um diagnóstico do que a empresa necessita, para a partir disso investir diretamente na qualificação de mão de obra local. “O grande objetivo desse governo é gerar oportunidade de emprego e renda para o sergipano, passando pelo ambiente de negócios e pela mão de obra qualificada. Vamos para a região oferecendo o curso de acordo com a necessidade da empresa, e quem for qualificado já vai tendo empregabilidade. Quem ganha com isso é a população, levando mais dignidade para suas famílias”, destaca o secretário da Seteem, Jorge Teles.

O governo destacou, ainda, que “aqui em Sergipe, quem gera emprego é prioridade. Acompanho muito a relação de empresas que vêm para cá, pois, assim, poderemos reindustrializar completamente o estado, diversificando todos os segmentos. Vamos viver um ciclo econômico pujante com o novo ciclo do gás, e isso vai impulsionar de vez nossas produções. Não podemos parar, vamos ampliar nosso trabalho para caminhar com pernas próprias e planejamento”, complementa.

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

Fotos: Reinaldo Moura

Seagri e Pronese estiveram presentes em workshop do “Sertão Vivo”

Realizado em Recife, o evento promoveu um alinhamento geral sobre o projeto

Representantes da Empresa de Desenvolvimento Sustentável do Estado de Sergipe (Pronese) e Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) estiveram presentes no Mini Workshop de Alinhamento do Projeto Sertão Vivo – Semeando Resiliência Climática em Comunidades Rurais no Nordeste (PCRP) – ocorrido nos dias 28 e 29 de maio, em Recife (PE). Realizado no escritório regional do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), localizado no bairro de Boa Viagem, o evento contou com a participação dos assessores José Silveira Neto, Ivana Maria Borges e Clélio Vilanova.

O workshop teve como objetivo promover o alinhamento geral sobre o estado atual do projeto Sertão Vivo, além de esclarecer dúvidas e assegurar um início efetivo das atividades dos projetos nos estados. Já lançado em Fortaleza, foi anunciado durante o evento que os próximos estados a assinarem o contrato serão Sergipe e Bahia, com previsão para o início do próximo semestre.

“Já tivemos a aprovação da garantia da União pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), que já fez o encaminhamento para a Procuradoria da Fazenda Nacional (PGFN). Agora só estamos aguardando o parecer da PGFN para passarmos à fase seguinte, o momento tão esperado, que é a assinatura do contrato”, destacou Abelardo Beuttenmuller, diretor de Administração e Finanças da Empresa de Desenvolvimento Sustentável do Estado de Sergipe (Pronese) e coordenador do Sertão Vivo, em Sergipe.

Sertão Vivo

De acordo com o projeto, será permitido ao Governo de Sergipe realizar uma operação de crédito junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a fim de apoiar agricultores familiares em práticas agrícolas sustentáveis e que aumentem a resiliência dos sistemas de produção, frente às mudanças climáticas. Serão captados R$ 126,6 milhões em crédito, que somados aos recursos não reembolsáveis pelo Estado, totalizam R$ 150 milhões para as ações do projeto.

O Projeto Sertão Vivo terá prazo de execução de 72 meses e vai beneficiar 38 mil famílias de 29 municípios. O cronograma de ações prevê o fortalecimento organizacional dos produtores rurais e a dinamização das atividades econômicas, a produção e disseminação de conhecimentos e tecnologias voltadas à convivência com o semiárido e a adoção de um modelo de gestão que reforce a integração entre os diferentes atores sociais vinculados ao processo de desenvolvimento social sustentável.

Trabalho de análise de solo intermediado pelo Governo do Estado auxilia produtores e impulsiona produção agrícola

Serviço é realizado por meio do ITPS, com intermediação da Emdagro, com cerca de 1.200 análises e mais de 10 mil ensaios concluídos

O trabalho dos produtores no campo vai muito além da simples plantação. Todo o processo demanda bastante cuidado, para que a colheita seja feita nas melhores condições possíveis. Neste sentido, o Governo do Estado realiza – por meio do Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe (ITPS), com intermediação da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) – a análise do solo, voltada a agricultores em situação de vulnerabilidade. Até agora, já foram realizadas cerca de 1.200 análises, o que totaliza cerca de 10 mil ensaios. A iniciativa auxilia os produtores sergipanos na garantia de melhores resultados.

O ITPS é o único instituto tecnológico de pesquisa pertencente ao Estado que realiza a análise de fertilidade do solo, de macro e micronutrientes. Por meio desse serviço, todo produtor recebe a recomendação de adubação adequada para a cultura que irá plantar. A proposta é conscientizar o agricultor sobre a importância da análise, dando mais segurança para uma colheita apropriada. O serviço é fundamental, especialmente para os pequenos agricultores que, muitas vezes, não têm condições técnicas ou financeiras para arcar com o custo da análise, e recebem o serviço de forma gratuita.

A diretora-técnica do ITPS, Lúcia Calumby, explica a importância do serviço ofertado pelo Estado. “Muitas vezes, o agricultor chega em uma loja e compra um adubo sem saber do que o solo precisa. Faço sempre uma correlação com a análise de sangue que as pessoas fazem. Da mesma forma que precisamos saber como está nosso organismo para tomar o remédio certo, precisamos saber como está o solo para aplicar o adubo correto. Essa é a chamada recomendação de adubação”, pontua.

Este trabalho feito pelo ITPS tem início no ‘Sergipe é aqui’, programa de governo itinerante que leva serviços do Estado aos municípios. O instituto disponibiliza uma média de 30 análises de solo por edição do programa, e as amostras colhidas são preparadas em uma sala específica, para serem encaminhadas ao laboratório. Lá, é feita a análise de fertilidade completa, gerando um laudo técnico enviado à Emdagro, que é repassado aos agricultores. Desta forma, o produtor compreende as necessidades do solo, as mudanças de perfil do solo e a importância da adubação correta.

A pesquisadora e coordenadora do Laboratório de Solos do ITPS, Anairam Melo, explicou, também, a importância logística deste trabalho, auxiliando diretamente os produtores. “Os técnicos agrícolas interpretam os dados e orientam sobre como adubar corretamente. Com isso, os produtores economizam no uso de fertilizante, aumentam a produtividade e evitam prejuízos ao solo. Isso também impede que o produtor cometa erros, prejudicando a próxima plantação”, afirma.

Esse conhecimento técnico não vem apenas do ITPS, mas, também, da Emdagro, que colabora com a orientação. A empresa pública sergipana faz o contato com o campo, por meio da sua equipe de extensionismo, identifica os agricultores, coleta as amostras e faz as entregas ao ITPS. “Esse é, normalmente, um serviço pago, pois o ITPS é um prestador de serviços à sociedade, mas, nesse caso, a gratuidade foi viabilizada pelo governo para atender agricultores em situação de vulnerabilidade”, acrescenta Lúcia Calumby.

Auxílio importante

Até agora, já foram realizadas cerca de 1.200 análises. Como em cada amostra são feitos nove testes diferentes, isso representa cerca de 10 mil ensaios. Além disso, muitas vezes também é feita a análise de textura do solo. O agricultor já chega dizendo o que pretende plantar e, com isso, é feita a recomendação de adubação específica, poupando o produtor de contratar uma consultoria à parte. “Já tivemos casos concretos de diferença significativa após a análise. Uma produtora, por exemplo, cultivava maracujá e capim em duas áreas. Pela análise, recomendamos inverter: onde estava o maracujá, ela deveria plantar capim, e vice-versa. Ela estava cansada de plantar e ver as plantas morrerem e, com essa orientação, conseguiu evitar prejuízo e aumentar seus ganhos”, pontua Anairam Melo.

Os agricultores beneficiados têm expressado, ainda, a satisfação com o programa de análise de solos, e a importância que ele tem tido em seus trabalhos. É o caso de Manoel Messias dos Santos, 47 anos, que esteve no ‘Sergipe é aqui’ em São Francisco para a consultoria. “Esse trabalho nos ajuda demais porque a gente sabe o que fazer na terra. É um processo caro, que tem um deslocamento longo. Aqui, já poupa a gente disso tudo, e ajuda bastante a mim e minha família”, pontua.

Outro produtor beneficiado em São Francisco, Flávio Pereira, 39 anos, cita como ponto positivo a economia feita com o procedimento. O processo é muitas vezes caro e exclusivamente realizado em Aracaju, por isso, o trabalho do Governo do Estado fornece de graça um serviço que, em condições normais, seria inviável. “Essa iniciativa é de grande importância. A partir dela, temos conhecimento da forma correta de trabalhar o solo, com o auxílio do governo. Fazer isso por conta própria é caro, então receber essa ajuda é uma bênção. A partir de uma orientação, desse apoio especializado, o nosso trabalho vai melhorar”, considera.

Além da ação no ‘Sergipe é aqui’, os profissionais vão até as propriedades, para a análise presencial com as devidas indicações. O produtor Igor Araújo Santana, 32 anos, chegou a perder plantações grandes por conta de bactérias no solo, e tem a preocupação com sua terra como prioridade. “Eles já foram até a minha propriedade e o contato foi bom. Os profissionais nos indicaram a melhor forma de como fazer a análise do solo, e essas orientações são fundamentais. Eu, por exemplo, tenho uma plantação de mandioca, e o trabalho correto com o solo melhora nossa plantação, para sair com boa qualidade”, revela. 

Fortalecimento econômico e social

A iniciativa do Governo do Estado também tem uma importância econômica. Isso porque, a partir da recomendação correta, os agricultores irão adubar corretamente e colher mais. “Assim, eles terão uma produção melhor a cada ano. Isso gera um ganho para ele e, também, para o estado. Uma agricultura mais produtiva fortalece a economia”, acrescenta Anairam Melo.

Além disso, o trabalho do ITPS ganha reconhecimento além do estado, potencializando o nome de Sergipe. Segundo Lúcia Calumby, o Laboratório de Solos, que completará 50 anos em 2026, tem feito parcerias com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) sobre o tema. “O laboratório já serviu como banco de dados para uma publicação realizada em parceria com a Embrapa e universidades, que mapeou a fertilidade dos solos de Sergipe. Agora, com os novos dados por meio do ‘Sergipe é aqui’, a Embrapa já está solicitando uma atualização. Isso mostra a nossa importância para a agricultura sergipana”, frisa. 

Outro ganho fundamental é o social. A análise de solos voltada a pequenos produtores traz benefícios econômicos e estruturais, modificando diretamente a realidade dessas pessoas. É o que relata o produtor Manoel Messias dos Santos. “Na minha casa, moro com esposa e cinco filhos. São sete pessoas em casa, meus filhos estudam, e preciso sustentá-los. Com essa análise de solo, os meus filhos também sabem o que colocar na terra. Tudo isso é muito importante”, exalta.

“O Governo do Estado está de parabéns ao proporcionar esse serviço. É uma oportunidade para produtores de baixa renda melhorarem seus solos e aumentarem a produtividade. E não é só para o pequeno produtor, há agricultores que exportam frutas, como laranja, e também estão sendo beneficiados. Enfim, é uma soma de esforços para melhorar produtividade, sustentabilidade e qualidade de vida”, complementa Anairam Melo.


 

Emdagro realiza diagnóstico do potencial do umbuzeiro em Canindé e aponta geração de renda no semiárido

Objetivo do trabalho técnico é mostrar que este fruto pode ser fonte de renda para agricultores familiares

Símbolo de resistência no sertão nordestino, o umbuzeiro é uma árvore nativa do semiárido que resiste à seca, oferecendo frutos de grande valor nutricional e econômico. Em Canindé de São Francisco, município do Alto Sertão sergipano, a presença abundante dessa planta em áreas rurais contrasta com a baixa utilização de seus frutos, que muitas vezes caem sem serem aproveitados. Tal realidade representa não apenas o desperdício de um alimento rico, mas também a perda de oportunidades de renda e desenvolvimento para as famílias agricultoras.

Diante desse cenário, o Governo de Sergipe, por meio da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), iniciou um trabalho de diagnóstico técnico nas propriedades rurais do município. O objetivo é identificar áreas com alta incidência de umbuzeiros e orientar os produtores sobre as formas de aproveitamento, beneficiamento e comercialização do fruto.

A ação faz parte da estratégia estadual que busca fortalecer a agricultura familiar e estimular o uso sustentável dos recursos naturais da região. Por meio da assistência técnica especializada, a Emdagro tem levado informações sobre o potencial econômico do umbu, suas formas de transformação em produtos como polpas, doces e geleias, além de estratégias para inserção desses derivados no mercado local e regional.

De acordo com Jean Carlos Nascimento, diretor de Assistência Técnica, Extensão Rural e da Pesca (DIRATERP), o diagnóstico revela uma riqueza muitas vezes invisível, que pode ser transformada em oportunidade concreta para o agricultor familiar.

“O umbuzeiro é uma dádiva do semiárido. Nosso papel, como Emdagro, é mostrar que esse fruto pode ser muito mais do que algo que se perde no chão. Com orientação técnica, é possível agregar valor, gerar renda e desenvolver a cadeia produtiva do umbu, que tem grande aceitação no mercado. Estamos ajudando a transformar o que antes era desperdiçado em fonte de sustento para muitas famílias. Com isso, a Emdagro reafirma seu compromisso com o desenvolvimento sustentável, o fortalecimento da economia rural e o resgate de saberes tradicionais aliados à inovação”, pontuou o diretor.

Feira Junina da Ceasa Aracaju começa na próxima terça-feira, 3

Trios pé de serra vão animar as compras aos sábados e vésperas dos dias santos. Estrutura de bancas é montada todo ano no estacionamento interno.

Durante todo período junino, os sergipanos terão acesso aos produtos naturais, processados e os melhores quitutes da época para organizar as festas e comemorar os dias santos do mês. Em 2025, a Feira Junina na Central de Abastecimento de Sergipe (Ceasa) Aracaju, vai começar mais cedo, na próxima terça-feira, dia 3 de junho, e segue até 30 de junho. Pelo segundo ano consecutivo, a feira está sendo organizada pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). 

O evento atende à demanda dos comerciantes da central de abastecimento, parceiros na organização e principais responsáveis pelo sucesso da feira, ofertando produtos com qualidade, diversidade e em quantidade para atender a procura dos consumidores da grande Aracaju e demais regiões do estado. A feira vai ocorrer das 5h às 17h, de segunda a sexta-feira. No sábado, será de 5h às 16h, quando tem trios pé de serra para animar a feira. A atração vai se repetir nas vésperas de São João e São Pedro.

De acordo com o diretor de Infraestrutura Hídrica da Coderse, Ernan Sena, o principal motivo para que os comerciantes da Ceasa de Aracaju pedem ao Governo a realização da Feira Junina, é escoar todo excedente da produção de milho verde que surge no período. “Além disso, abre espaço para as bancas especializadas em descascar e ralar milho e macaxeira. Incentivando a preservação do hábito das receitas tradicionais juninas e os negócios com empreendedores que lucram mais nas festas de São João e São Pedro”, ressalta. 

Uma estrutura de bancas e ampla cobertura será montada no estacionamento interno da Ceasa para receber a feira.  Além da ‘estrela principal’ das festas juninas, o milho verde — in natura, descascado, ralado ou pronto para consumo em doces, cozido ou assado — tem muita macaxeira, amendoim, coco seco, frutas cítricas, bebidas típicas e outros alimentos que fazem parte das comemorações de São João e São Pedro. Os carregamentos com espigas, vindo das regiões produtoras do interior sergipano, estão chegando e o processamento acontece na feira, na frente do cliente. Não por outro motivo, o evento também é conhecido como ‘Feira do Milho’. 

Neste ano, será instalado um palco anexo às bancas das feiras para que ocorram apresentações artísticas dos tradicionais trios pé de serra, atração cultural que dá alma às festas juninas do Nordeste. “Vai concentrar a ‘festa’ no espaço reservado para a comercialização desses artigos juninos, para atrair o público, que é consumidor tradicional da Ceasa, para conhecer a feira e animar as vendas de quem já vem procurando milho verde e os outros produtos juninos”, completa o diretor.

 

Emdagro inicia assistência técnica a agricultores de assentamento em Pirambu

Ação atende demanda apresentada no programa Sergipe é aqui e marca o início da assistência técnica continuada a 25 agricultores familiares do assentamento

Nessa terça-feira, 27, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) realizou uma ação técnica no Assentamento Rosa da Pedra, localizado no município de Pirambu, atendendo a 25 agricultores familiares da região. A iniciativa foi fruto de uma solicitação feita pela Associação de Produtores Rurais de Pirambu durante a 40ª edição do programa Sergipe é aqui, promovido pelo Governo do Estado naquele município, no mês de fevereiro deste ano.

Na ocasião, os agricultores entregaram ao presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos, um documento reivindicando, entre outros pontos, o início da assistência técnica continuada e apoio específico para o cultivo de mandioca e batata-doce. A resposta veio de forma rápida: em menos de um mês, a equipe técnica da Emdagro do escritório de Japaratuba esteve presente na comunidade para iniciar os trabalhos, com levantamento de demandas e orientações iniciais.

A ação contou com a participação da Coordenação de Agroecologia, ligada à Diretoria de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa da Emdagro, representada pelo coordenador Waltenis Braga e pelos engenheiros agrônomos Maria Cleuza Guimarães e Lucas Travassos. Também estiveram presentes os técnicos do escritório local de Japaratuba, Josenildes Meneses e Isaque dos Santos, que passarão a acompanhar os produtores do assentamento.

Em um primeiro momento, houve uma apresentação institucional da Emdagro, com destaque para as ações de agroecologia, seguida de uma escuta ativa das experiências locais. Na sequência, os agricultores receberam os resultados das análises de solo coletadas durante o Sergipe é aqui, bem como mudas frutíferas, manivas de mandioca e ramas de batata-doce. “A nossa intenção é que este apoio seja contínuo, com acompanhamento técnico e incentivo à adoção de práticas sustentáveis, como os sistemas agroflorestais, que podem ser uma excelente alternativa para esta comunidade, rica em recursos naturais, como mananciais de água potável. Também orientamos sobre o acesso ao crédito rural, organização da produção e estratégias de comercialização”, destacou Waltenis Braga.

As manivas de mandioca e as ramas de batata-doce entregues aos agricultores são oriundas da propriedade do agricultor agroecológico Delson dos Orgânicos, assistido pelo escritório da Emdagro de Itabaiana, e serão utilizadas na formação de um banco comunitário de mudas, que permitirá a multiplicação e autonomia da produção local. Já as mudas frutíferas são de produção própria da Emdagro, provenientes da Granja D. Pedro II, em Aracaju.

Durante a visita, técnicos e agricultores percorreram áreas de cultivo para avaliar o potencial produtivo da região e propor as melhores práticas para o desenvolvimento agrícola local.

Para o presidente da Associação de Produtores Rurais de Pirambu, David dos Santos, o momento representa uma mudança de perspectiva para a comunidade. “Aproveitamos a realização do ‘Sergipe é aqui’ para pedir socorro ao presidente da Emdagro, e ele, prontamente, atendeu nosso pleito. Hoje, estamos sendo presenteados com essas manivas e com muito conhecimento. Com esse apoio, vemos um novo horizonte se abrindo para o desenvolvimento da nossa comunidade”, afirmou.

O agricultor Manoel Givaldo Santos também celebrou a presença dos técnicos e a troca de experiências. “A gente percebe que a Emdagro veio para somar com a gente. Só de estarem aqui e compartilharem esse conhecimento, a gente já vê que o futuro da nossa comunidade pode ser muito melhor. Esse apoio técnico é essencial para quem vive da terra”, declarou.

Com a ação, O Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca por meio da Emdagro, reafirma seu compromisso com o fortalecimento da agricultura familiar e com a promoção do desenvolvimento rural sustentável, por meio da escuta ativa das comunidades, da assistência técnica qualificada e do incentivo à agroecologia.

Emdagro celebra 63 anos promovendo desenvolvimento agropecuário em Sergipe

Criada em 1962, ela desempenha papel essencial, impactando direta e indiretamente mais de 30 mil produtores rurais

Nesta quinta-feira, 24, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), comemora 63 anos de atuação em prol do fortalecimento da agricultura e pecuária em todo o estado. Desde sua criação, em 1962, a empresa tem desempenhado um papel essencial no apoio aos agricultores sergipanos, impactando direta e indiretamente as vidas de mais de 30 mil produtores rurais.

Com uma trajetória marcada pela dedicação ao desenvolvimento rural, a Emdagro oferece serviços de Assistência Técnica, Extensão Rural, Defesa Animal e Vegetal, Ações Fundiárias e Pesquisas, contribuindo significativamente para o avanço do setor agropecuário em Sergipe. Seu trabalho tem sido fundamental para a promoção da sustentabilidade e o fortalecimento da agricultura familiar.

A história da Emdagro é uma trajetória de evolução e adaptação às necessidades do setor agropecuário sergipano. Desde sua criação como Ancar-SE, em 1962, até os dias de hoje, a empresa tem se mantido como um pilar fundamental para o desenvolvimento rural do estado. Seu legado de compromisso e dedicação continua a impulsionar o progresso da agricultura e pecuária em Sergipe, garantindo um futuro sustentável.

O secretário de estado da Agricultura, Zeca da Silva, destacou que as ações da Emdagro vão além da extensão rural, impactando positivamente a vida de toda a população. “É uma empresa completa, que vai desde a pesquisa e assistência técnica, até a extensão rural, passando pela regularização fundiária. Ações fundamentais para o setor agropecuário e que ajudam a fortalecer os agricultores familiares. Chamo a atenção também para o trabalho importantíssimo da defesa animal e vegetal, que garante a sanidade da produção e a segurança alimentar de toda a população. Por todo esse trabalho, feito com compromisso e responsabilidade, parabenizo os profissionais que ali trabalham“, pontuou.

O presidente da Emdagro, Gilson dos Santos, endossou as palavras do secretário ressaltando que a empresa é uma das principais ferramentas de inclusão social para os agricultores e agricultoras familiares sergipanos, desempenhando um papel estratégico no fortalecimento do agronegócio local. Gilson também fez questão de valorizar o papel dos servidores da Emdagro na transformação da realidade do campo.

“Cada servidor e servidora que passou ou permanece na Emdagro tem uma marca na história da agricultura sergipana. São homens e mulheres que, com comprometimento, sensibilidade e conhecimento técnico, ajudaram a construir políticas públicas que mudaram a vida de milhares de famílias rurais. A atuação desses profissionais é, sem dúvida, o maior patrimônio da nossa instituição”, ressaltou o presidente.

Com mais de seis décadas de trabalho, a Emdagro reafirma seu compromisso com o desenvolvimento do campo, contribuindo para uma agropecuária mais forte, justa e sustentável em Sergipe.

Governo

Última atualização: 24 de abril de 2025 08:15.

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