Sergipe adota ações de prevenção e controle de doença fúngica na cultura da bananeira

Plano de contingência estadual é reforçado com monitoramento constante, capacitação técnica e ações educativas para proteger a bananicultura sergipana

Doença fúngica considerada uma das mais severas e preocupantes para a cultura da banana em todo o mundo, a Sigatoka Negra vem sendo combatida em Sergipe, graças às ações de monitoramento e controle realizadas pelo Governo do Estado, por meio da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro). Mesmo com a detecção pontual de um foco isolado que foi erradicado, no final do ano passado, em uma área extrativista do município de Indiaroba, o estado não apresenta registros de ocorrência significativa da praga. Ainda assim, a Emdagro vem intensificando suas ações de forma estratégica e preventiva, a fim de evitar sua disseminação.

A Sigatoka Negra, causada pelo fungo Pseudocercospora fijiensis, é uma doença foliar altamente agressiva, com potencial para provocar queda acentuada na produtividade das lavouras, além de prejudicar a qualidade dos frutos, por induzir a sua maturação precoce. A praga, que chegou ao Brasil em 1998, já está presente em 24 unidades federativas, com registros recentes nos estados da Paraíba e, pontualmente, em Sergipe.

Frente a esse cenário, a Emdagro tem implementado um conjunto de medidas preventivas, com destaque para a atuação da Diretoria de Defesa Animal e Vegetal, por meio da Coordenadoria de Defesa Vegetal. “A Emdagro tem atuado de forma técnica, responsável e preventiva para proteger a bananicultura sergipana. O nosso trabalho é voltado para evitar que a Sigatoka Negra se estabeleça em nossas áreas produtivas. Estamos em constante monitoramento, com ações educativas e estratégias de controle baseadas em evidências técnicas e no plano estadual de contingência. A erradicação do foco em Indiaroba demonstrou a agilidade e a eficiência da nossa equipe”, afirma a diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade.

Entre as ações estão a educação sanitária junto aos produtores, com foco na conscientização sobre os riscos da doença, práticas de manejo cultural adequadas e aquisição de mudas de procedência idônea. Além disso, a capacitação técnica de profissionais da própria Emdagro tem sido fundamental para garantir que as orientações cheguem corretamente ao campo. Técnicos estão sendo treinados para recomendar práticas como o uso de variedades resistentes, manejo nutricional equilibrado e cuidados na condução da lavoura.

Outro eixo de atuação é o levantamento fitossanitário contínuo em todas as regiões produtoras do estado. As equipes da Defesa Vegetal vêm monitorando rotineiramente as áreas com o objetivo de detectar precocemente possíveis focos e agir de maneira eficaz e imediata, como ocorreu em Indiaroba, onde o foco identificado foi rapidamente eliminado.

“O Plano de Contingência Estadual, implantado pela Emdagro, segue os critérios técnicos definidos pelo Ministério da Agricultura e pela própria experiência de monitoramento no campo. A atuação da instituição reflete o compromisso com a sustentabilidade da produção agrícola no estado, preservando a sanidade das lavouras e garantindo a segurança alimentar e econômica de milhares de produtores que dependem da banana como principal fonte de renda”, destaca Aparecida. 

Bananicultura 

A cultura da bananeira possui grande relevância social e econômica para o agronegócio sergipano, com uma área colhida estimada em 2.072 hectares e produção anual de, aproximadamente, 28.720 toneladas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2023. Os municípios de Neópolis, Santana do São Francisco e Japoatã são os principais produtores da fruta no estado.

Emdagro fortalece combate à doença fúngica Sigatoka Negra para preservar bananicultura sergipana

Emdagro realiza ciclo de palestras para controle da doença com foco em variedades resistentes e estratégias de manejo

Com o objetivo de fortalecer o combate à Sigatoka Negra, doença fúngica que compromete a produtividade dos bananais, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) promoveu, na manhã da última segunda-feira, 14, o ciclo de palestras ‘Sigatoka Negra – Identificação e Controle’, com ênfase na utilização de variedades resistentes como estratégia sustentável para o manejo da cultura da banana. O evento aconteceu na sede da Emdagro, em Aracaju, e contou com a presença de técnicos da empresa e representantes do setor produtivo.

A programação foi dividida em três palestras técnicas. A primeira, ministrada pelo técnico da Defesa Agropecuária da Emdagro, Fábio Leal, abordou os dados gerais, sintomas e formas de identificação da doença, trazendo informações importantes para o diagnóstico precoce da Sigatoka Negra.

Em seguida, o pesquisador da Emdagro Marcelo Mendonça, lotado na Diretoria de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa (Diraterp), apresentou estratégias de manejo e controle da doença, reforçando boas práticas agrícolas e alternativas integradas para reduzir os impactos da infestação nos cultivos.

Encerrando o ciclo, um representante da Biotecnologia destacou os avanços no desenvolvimento e uso de variedades resistentes à Sigatoka Negra, apontando a importância da genética vegetal como aliada do produtor.

Para a diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade, o evento reforça o compromisso da empresa com a capacitação contínua dos agentes do campo. “A Sigatoka Negra representa uma ameaça real à bananicultura sergipana, e o enfrentamento a essa doença passa pela informação, pela orientação técnica e pela adoção de medidas sustentáveis. Este ciclo de palestras foi pensado exatamente para isso: promover conhecimento e fortalecer o trabalho integrado entre pesquisadores, técnicos e agricultores”, destacou.

A iniciativa reafirma a atuação da Emdagro como agente de apoio ao produtor rural e de defesa do patrimônio agropecuário sergipano, contribuindo para a sanidade vegetal, o aumento da produtividade e o desenvolvimento de uma agricultura mais resiliente e sustentável.

Ação educativa em Boquim recolheu seis toneladas de embalagens de agrotóxicos

A ação é realizada com participação de vários parceiros como Emdagro, Ardase, Senar e prefeituras

De acordo com a legislação, compradores de defensivos devem efetuar a devolução das embalagens, tampas e sobras dos materiais aos estabelecimentos comerciais indicados na nota fiscal, para destinação ambientalmente adequada. O Governo do Estado, por meio da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), continua incentivando e orientando produtores e empresas revendedoras de produtos agropecuários quanto à necessidade de descartar corretamente as embalagens vazias de agrotóxicos, a fim de preservar o meio ambiente e cuida da saúde dos trabalhadores rurais e consumidores dos produtos agrícolas. 

Ações educativas são realizadas em parceria com a Associação dos Revendedores de Produtos Agropecuários do Estado de Sergipe (Ardase), com o objetivo conscientizar o produtor rural e facilitar a devolução das embalagens vazias de agrotóxicos. A última ação realizada aconteceu esta semana, no dia 8, no escritório da Emdagro, em Boquim, numa atividade conjunta da Secretaria da Agricultura, por meio da Associação dos Revendedores (Ardase), do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e prefeitura local. Na ocasião, foram recolhidos três caminhões, com aproximadamente seis toneladas de embalagens para reciclagem. 

O secretário de Estado da Agricultura, Zeca da Silva, destacou a iniciativa das empresas revendedoras e produtores nesta ação. “Parabenizamos todos os envolvidos neste trabalho, especialmente as empresas por meio da Ardase, pela importância da destinação correta dessas embalagens que contribui para preservação do meio ambiente e da saúde humana. A conscientização dos agricultores, aliada ao apoio das prefeituras e das empresas revendedoras, em parceria com o Governo, é essencial para o sucesso das iniciativas de coleta e manejo adequado dessas embalagens em Sergipe”, pontua.

O evento reuniu produtores rurais de Boquim, Estância, Indiaroba, Cristinápolis, Salgado, Arauá e Itabaianinha que participaram de uma palestra sobre “a importância do recolhimento das embalagens vazias de agrotóxicos”. Durante a ação, os produtores puderam fazer o descarte correto das embalagens, contribuindo para a preservação do meio ambiente e para a segurança do trabalhador rural e de suas comunidades.

Conforme explica a diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade, a devolução das embalagens vazias é de responsabilidade dos estabelecimentos que comercializam com agrotóxicos, conforme o que está descrito na Lei 14.785, de 27 de dezembro de 2023. “Diante disso, os estabelecimentos montaram a associação (Associação dos Revendedores de Produtos Agropecuários do Estado de Sergipe – Ardase) que construiu dois galpões em Ribeirópolis, onde são recolhidas e armazenadas as embalagens vazias, para, posteriormente, seguirem para São Paulo, onde serão encaminhados para reciclagem ou incineração”, explica.

A representante da Ardase, Marivânia Félix, destacou as boas práticas no campo, a conscientização ambiental e a necessidade do produtor rural cuidar da terra para que o meio ambiente seja entregue melhor para as próximas gerações. “Durante minha palestra, destaquei as questões legais, sobre as recentes atualizações normativas que tratam sobre os agrotóxicos, o armazenamento de produtos cheios na propriedade e sobre as embalagens vazias, bem como seu transporte”, afirma ao destacar que, mais uma vez, a ação superou as expectativas. “A próxima ação no município de Boquim será no dia 5 de novembro”, frisa. 

Ao longo de todo o ano de 2024, ações como essa renderam bons resultados, somando 114 toneladas de embalagens vazias recolhidas. De acordo Marivânia Félix, esse resultado de 2024 foi cinco vezes maior que o total recolhido nos primeiros anos, quando iniciou esse trabalho. “É um resultado recorde. Desde 2002 não tínhamos recolhido volume tão grande. Este é um sinal de que nosso trabalho educativo está surtindo efeito, com apoio da Emdagro, principalmente “, completa.

Fotos: Ascom Emdagro

Governo itinerante ‘Sergipe é aqui’ promove inclusão produtiva no campo em Simão Dias

Produtores rurais do município foram em busca de apoio técnico, acesso ao crédito, programas de melhoramento genético, vacinação de rebanhos, regularização fundiária e outros serviços essenciais ao fortalecimento da produção agrícola local

Nesta sexta-feira, 11, o município de Simão Dias recebeu a 45ª edição do programa ‘Sergipe é aqui’, iniciativa do Governo do Estado que leva à população mais de 160 serviços públicos de forma itinerante. Entre os destaques da ação, estiveram os serviços oferecidos pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), em parceria com suas vinculadas: a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e a Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse).

Com foco na agricultura familiar, o estande da Agricultura reuniu dezenas de produtores rurais do município, em busca de apoio técnico, acesso ao crédito, programas de melhoramento genético, vacinação de rebanhos, regularização fundiária e outros serviços essenciais ao fortalecimento da produção agrícola local.

Durante o evento, a Emdagro distribuiu 55 mudas frutíferas, entregou três documentos do Cadastro da Agricultura Familiar (CAF), encaminhou 30 amostras de solo ao Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe (ITPS) para análise e realizou atendimentos para emissão de CAFs e das carteiras de identificação de agricultores familiares. O órgão também orientou pequenos produtores para vacinação de bezerras contra Brucelose e de bovinos, ovinos e caprinos contra Clostridiose, além de realizar ações voltadas à inseminação artificial e à regularização fundiária.

Um dos momentos simbólicos da ação foi a assinatura do financiamento de R$ 8 mil pelo jovem agricultor Isaac Trindade Aquino, por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) Jovem, do Banco do Nordeste (BNB), com acompanhamento da Emdagro, para sua atividade de suinocultura. O jovem de 22 anos, que trabalha com os pais em Simão Dias, assinou o contrato para investir na criação de suínos. “Já trabalho com minha família na roça de verduras e legumes, e agora quero iniciar meu negócio próprio, aí vou aproveitar essa oportunidade”, destacou.

Pronaf Jovem
O Pronaf Jovem é uma política pública, do Governo Federal, realizada pelo Governo do Estado, por meio da Emdagro, em parceria com o BNB, e representa uma conquista histórica da agricultura familiar, fruto da mobilização das federações de Agricultura. Seu objetivo é promover a inserção dos jovens, com idade entre 18 e 27 anos, no mercado de trabalho rural, disponibilizando um crédito de R$ 8 mil por família, para o jovem investir na produção e se integrar de forma ativa ao sistema produtivo.

Atualmente, o escritório da Emdagro em Simão Dias conta com 1.500 famílias cadastradas no CAF, e estima-se que cerca de 80% dessas famílias poderão acessar esse benefício.

Desenvolvimento de recursos hídricos
A Coderse levou para o ‘Sergipe é aqui’ o atendimento em perfuração e instalação de poços tubulares profundos, em atenção à população rural simãodiense. A companhia tem em seu currículo a perfuração de mais de 210 poços no município e atua no acompanhamento das comunidades e na manutenção dos sistemas de dessalinização do Programa Água Doce (PAD).

No PAD, são três unidades de produção de água dessalinizada em Simão Dias, situadas nos assentamentos 8 de Outubro, Carlos Lamarca e povoado Jaqueira, atendendo um total de 200 famílias nessas comunidades. Para explicar o funcionamento do programa para a população presente ao governo itinerante, a Coderse trouxe e apresentou uma maquete detalhada de uma unidade do ‘Água Doce’.

Produção em destaque
Simão Dias segue como um dos principais polos produtivos do estado, com rendimento médio de seis mil quilos de milho por hectare. Para 2025, estima-se o cultivo de 28 mil hectares de milho e 100 hectares de feijão, além de uma expressiva atividade pecuária com cerca de 28 mil cabeças de gado. Atualmente, a Emdagro presta assistência técnica a 2.160 pequenos produtores rurais no município.

Em 2024, a empresa também entregou 665 títulos de propriedade rural em Simão Dias. Ainda este ano, foram distribuídos três mil quilos de sementes de milho beneficiando 300 agricultores, por meio do Programa Sementes do Futuro. No campo da saúde animal e melhoramento genético, a Emdagro vacinou 12 bovinos contra a Brucelose e 50 ovinos contra a Clostridiose. Também foram protocolados 21 ovinos e quatro caprinos no programa de Inseminação Artificial por Tempo Fixo (IATF), do ‘Mais Genética no Sertão’.

Histórias que inspiram
Gustavo Santos Fontes Modesto trabalha com seus pais Marcelo e Vilma, no povoado Colônia. Ele esteve no estande da Agricultura para receber seu CAF, que considera uma grande conquista. “A gente já planta milho e tem uma criação de gado de corte. Agora, com esse documento, vou poder pegar um empréstimo no banco e investir ainda mais para ajudar minha família. Nasci e fui criado na roça, terminei meu ensino médio e aqui quero permanecer trabalhando como agricultor, que é o que gosto de fazer”, pontuou.

Outro momento emocionante foi a entrega do título de propriedade rural à agricultora Jaciara Santos de Santana, representada por seu pai, Domingos Batista de Santana. “Esse título é muito importante para nós, que só tínhamos um recibo. Com ele, podemos acessar crédito e garantir a terra para os nossos filhos”, disse Domingos.

A presença da Seagri, Emdagro e Coderse em Simão Dias reafirma o compromisso do Governo de Sergipe com o fortalecimento da agricultura familiar, a inclusão produtiva e o desenvolvimento sustentável do interior sergipano. Ações que geram autonomia, renda e qualidade de vida para quem vive e produz no campo.

Fotos: Vieira Neto

Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe garante qualidade de vida no campo há 42 anos

São mais de quatro décadas de atuação decisiva na promoção da segurança hídrica, fortalecimento da agricultura irrigada

Há 42 anos, nascia uma instituição que mudaria os rumos do desenvolvimento humano nas áreas rurais em Sergipe. Fundada em 13 de abril de 1983, a atual Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) hoje pleiteia a entrega, para os próximos anos, de 71 novos sistemas de abastecimento de água, ao menos 14 deles com dessalinizador; a sustentabilidade energética dos perímetros irrigados, com a transição fotovoltaica; e está construindo a Adutora do Leite no alto sertão. Na soma, esses investimentos superam os R$ 350 milhões.

Vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), a empresa nasceu sob o nome de Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) e comemora mais de quatro décadas de atuação decisiva na promoção da segurança hídrica, fortalecimento da agricultura irrigada e melhoria da qualidade de vida no campo. 

“A Coderse vem cumprindo um papel estratégico ao longo de seus 42 anos, na gestão dos perímetros irrigados, gerando empregos, renda para as famílias, tributos e riqueza para o estado, ao contribuir para o desenvolvimento econômico e social. Esse papel se consolida com a construção da Adutora do Leite, o maior investimento em segurança hídrica produtiva para o alto sertão sergipano depois de 40 anos. Uma ação que vem marcar a gestão do governador Fábio Mitidieri, como a que traz água para o sertão, água para a terra do leite”, destacou o secretário de Estado da Agricultura, Zeca Ramos da Silva.

A mudança de nome para Coderse, em 2023, representou mais que uma atualização de marca: sinalizou a ampliação do seu escopo de atuação, que passou a abarcar de forma mais abrangente o desenvolvimento regional sustentável, em alinhamento com as novas demandas socioeconômicas e ambientais do estado. 

Para o diretor-presidente da Coderse, Paulo Sobral, as demandas e oportunidades para a ação da empresa ainda são muitas e diversificadas. “É uma história que já tem mais de 40 anos, mas que está muito longe de terminar. Nesse período, são mais de 4.100 poços perfurados pelas nossas valorosas equipes de campo. Hoje, as nossas equipes de Engenharia e Geologia estão 100% debruçadas na apresentação do projeto solicitado pelo Novo PAC [Plano de Aceleração do Crescimento], do Governo Federal. Nele, o Governo do Estado vai implantar mais 57 unidades de abastecimento de água tratada a partir de poços tubulares profundos”, avaliou Paulo Sobral. Ele agradece, em nome do povo sergipano, ao empenho de todos os colaboradores que participaram da construção do que é hoje a Coderse.

Ao longo de sua trajetória, a companhia se consolidou como protagonista na democratização do acesso à água no interior sergipano, por meio da implantação e manutenção de sistemas de abastecimento em comunidades rurais, perfuração de poços artesianos e gestão de perímetros irrigados. Essa atuação estratégica foi determinante para a fixação do homem no campo e para o incremento da produção agrícola de Sergipe, gerando emprego, renda e oportunidades.

Potabilização da água subutilizada
Diretor de Infraestrutura Hídrica da Coderse, Ernan Sena destaca que o esforço do Governo do Estado também se concentra na potabilização da água de poços subutilizados pela alta concentração de sal. “Estamos concluindo três sistemas de dessalinização da água subterrânea, por meio do Programa Água Doce em Carira, Poço Verde e Porto da Folha. Com os já em operação, serão 32 unidades beneficiando 6.400 famílias do semiárido. Mas o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional sinalizou o investimento de R$ 9 milhões no programa só em Sergipe, para construirmos mais 11 sistemas”, explica.

Modernização e sustentabilidade
Desde sua criação, a companhia desempenhou papel crucial em projetos estruturantes. Os perímetros irrigados Califórnia, Jabiberi, Jacarecica I e II, Piauí e Poção da Ribeira são exemplos emblemáticos da capacidade da instituição de transformar áreas áridas, dependentes da sazonalidade das chuvas e da monocultura, em polos de produção agrícola diversificada e de colheitas em qualquer época do ano. Atualmente, 14 mil pessoas são beneficiadas diretamente pela irrigação da Coderse, que viabilizam cultivos de frutas, hortaliças e grãos que abastecem mercados locais e nacionais.

“Com a parceira Codevasf [Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba], estamos pleiteando junto ao Governo Federal a instalação de uma usina de energia solar que abasteça toda demanda necessária para o bombeamento de água de irrigação nos dez perímetros irrigados em Sergipe, seis deles administrados pela Coderse. Um investimento superior a R$ 90 milhões em modernização e que levará sustentabilidade à irrigação pública”, revelou o diretor de Irrigação da Coderse, Júlio Leite. Ele complementa que o consumo de eletricidade para o bombeamento dos perímetros é a maior despesa da companhia.

Reconhecimento
De acordo com o secretário de Estado da Agricultura, festejar o aniversário da Coderse é, acima de tudo aqui dito, uma homenagem a todos que, ao longo destas quatro décadas, dedicaram seus esforços para transformar realidades e construir um Sergipe mais justo, próspero e sustentável. “Para os servidores e diretores da Coderse nosso reconhecimento e gratidão por tudo que tem feito para nossa população do campo”, agradeceu Zeca da Silva.

Sergipe registra maior crescimento da produção de leite no Nordeste, aponta BNB

Levantamento com base em dados do IBGE revela que Sergipe teve aumento de 22,6% na produção leiteira entre o primeiro trimestre de 2024 e de 2023

Estudo do Banco do Nordeste (BNB), feito com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), constatou que Sergipe teve o maior crescimento na produção de leite na região Nordeste, se comparados os três primeiros meses de 2024 e 2023. De acordo com o levantamento, o aumento foi de 22,6%, ou seja, o estado subiu de 107,8 mil para 132,2 mil litros de leite produzidos neste período. O segundo lugar ficou com a Bahia, que registrou crescimento de 10,7%.

Para o secretário de Estado da Agricultura, Zeca Ramos da Silva, os números refletem o resultado de investimento dos produtores e de políticas públicas consistentes da gestão estadual. Segundo o gestor, Sergipe vive um momento histórico no setor leiteiro, graças a um trabalho abnegado dos produtores, integrado com os municípios, e os incentivos do Governo de Sergipe. Entre eles, apoio técnico, ações de inseminação artificial, sanidade animal, incentivo à produção e beneficiamento do leite e ao escoamento, com melhoria das estradas e compra de alimentos da agricultura familiar, além de crédito rural. “Estamos vendo os resultados de um governo que acredita no potencial do campo e investe no produtor. Com isso, conseguimos gerar mais renda, garantir alimento de qualidade e fortalecer a economia do nosso estado”, ressalta.

A avaliação de que os resultados são fruto de uma série de investimentos e ações estratégicas do Governo de Sergipe voltadas ao fortalecimento da cadeia produtiva do leite é confirmada pelo presidente da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), Gilson dos Anjos, que detalha os investimentos. “Entre eles, podemos destacar o programa Sementes do Futuro, que este ano doou 206 toneladas de sementes de milho e 648 mil raquetes de palma a 500 pequenos produtores, como insumos importantes para a ração animal. Também foram aplicadas tecnologias de melhoramento genético, como a Inseminação Artificial por Tempo Fixo, com mil fêmeas inseminadas entre 2023 e 2024. A Emdagro também oferece Assistência Técnica e Extensão Rural e realiza a doação de kits de ordenha”, pontua algumas das ações da pasta.

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural (Seagri), incentiva, também, o escoamento da produção por meio do Programa de Aquisição de Alimentos Leite (PAA Leite), que adquire 90 mil litros de leite por mês para beneficiar três mil famílias de baixa renda. O apoio direto aos produtores também é garantido pelo Programa Mão Amiga Bacia Leiteira, que atende 3.142 pequenos criadores com quatro parcelas de R$ 250, e por linhas de crédito rural operadas pelo Banco do Estado de Sergipe (Banese). Só em 2024, foram investidos R$ 56,8 milhões disponíveis para custeio e investimento na pecuária sergipana  pela instituição bancária estatal.

Adutora do Leite

Com o objetivo de fomentar ainda mais o potencial do estado na pecuária leiteira e agronegócio, o Governo do Estado apresentou a produtores sergipanos o projeto da Adutora do Leite, que abastecerá com águas do Rio São Francisco os municípios de Canindé do São Francisco, Poço Redondo, Nossa Senhora da Glória e Monte Alegre. Com um investimento da ordem de R$ 250 milhões, o projeto encontra-se na fase de estudo. 

A Adutora do Leite será uma solução para a dessedentação animal no trajeto entre Canindé de São Francisco e Nossa Senhora da Glória, com uso da água captada pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) no Rio São Francisco. A obra, reivindicação antiga na região que mais produz leite em Sergipe, levará água aos diversos tipos de criatórios comerciais, rebanhos que somam aproximadamente 265 mil animais, sendo 180 mil somente bovinos, dos cinco municípios no trajeto de 108,60 km de extensão grande empreendimento: Canindé de São Francisco; Poço Redondo, passando pelo polo leiteiro de Santa Rosa do Ermírio; Porto da Folha; Monte Alegre de Sergipe e Nossa Senhora da Glória.

Somente na bovinocultura de leite, principal atividade econômica do alto sertão sergipano, a perspectiva é que a produção leiteira dos cinco municípios ultrapasse os 296.062.000 litros por ano, registrado em 2022. Outra expectativa é que, com a água da Adutora do Leite diminuindo as distâncias de acesso e aumentando a oferta de abastecimento hídrico, os custos para os pecuaristas diminuam e cresça o potencial na região para investimentos em aumento e melhoria genética dos rebanhos. Mais produção, animais, tecnologia e infraestrutura empregada geram mais renda e novos postos de trabalho para o povo sertanejo. 

Enquanto as obras da Adutora do Leite não entram em fase de execução, o governo já deu início às obras de outra adutora importante, a do Curralinho, em Porto da Folha, em fevereiro último, representando uma solução definitiva para o abastecimento de água na região. A concessionária Iguá Sergipe, empresa vencedora do leilão da concessão parcial dos serviços da Deso, será a responsável pelo sistema, que impactará, sobretudo, no abastecimento de água à população.

Governo apresenta projeto de adutora na Festa Amigos do Leite

Adutora do Leite é o maior investimento em segurança hídrica produtiva para o alto sertão sergipano em 40 anos

Neste sábado, 5, o governador Fábio Mitidieri apresentou o projeto ‘Adutora do Leite’ para produtores sergipanos, durante a realização da Festa Amigos do Leite. O evento, realizado anualmente, no povoado Santa Rosa do Ermírio, município de Poço Redondo, está no calendário entre os maiores eventos da pecuária leiteira sergipana e entrou na sua 14ª edição. A celebração acontece onde o leite representa a fonte de renda para 90% das famílias locais que, com sua produção, abastecem grandes laticínios de Sergipe.

O projeto apresentado pelo Governo do Estado de Sergipe mostra que a adutora percorrerá um longo trajeto 108,60 km de extensão entre Canindé de São Francisco e Nossa Senhora da Glória, usando a água captada pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) no Rio São Francisco. A obra vai levar água e disponibilizar 22 reservatórios instalados à disposição dos criadores e seus rebanhos, que somam aproximadamente 152 mil bovinos, sendo 45% em estado de lactação, com produção estimada em 2 milhões de litros por dia. Os municípios atendidos no trajeto são: Canindé de São Francisco; Poço Redondo, passando pelo importante polo leiteiro de Santa Rosa do Ermírio; Monte Alegre de Sergipe e Nossa Senhora da Glória.

O governador Fábio Mitidieri destacou o que será conquistado com esse investimento. “Estivemos aqui antes para anunciar o projeto da Adutora do Leite. Hoje, a gente vem entregar o projeto concluído. A partir de agora, já podemos licitar essa obra para que neste ano ainda comece a se realizar o sonho de trazer água bruta lá de Canindé até Nossa Senhora da Glória, o que vai possibilitar dobrar a produção da bacia leiteira. São investimentos superiores a R$ 240 milhões, e que, se Deus quiser, vai possibilitar que a gente gere mais emprego, mais renda, que a gente faça com que o ouro branco, que é o nosso leite, se torne ainda mais pujante e forte no nosso sertão. Portanto, essa é a notícia, a Adutora do Leite é uma realidade”, enfatizou o governador.

O secretário de Estado da Agricultura, Zeca Ramos da Silva, ressaltou que o governo vem trazer uma solução definitiva para o principal desafio para a região: a insegurança hídrica. “Estamos aqui em mais uma edição da Festa Amigos do Leite, esse evento grandioso que exalta a nossa bacia leiteira, tão forte e tão crescente a cada dia, mostrando a força do produtor rural, mostrando a garra do sertanejo”.

“Parabenizamos o governador por mais essa grande obra para o povo do sertão. Fábio Mitidieri que vem se consolidando como o governador que traz água para o sertão, água para a terra do leite. A Adutora do Leite é o maior investimento em segurança hídrica produtiva para o alto sertão sergipano depois de 40 anos. Para o governador, nosso reconhecimento e gratidão por todo investimento que tem feito para nossa população do campo”, completou Zeca da Silva.

Um dos organizadores da Festa do Leite e também criador, Odair José, não escondeu a alegria de ter a participação do governador trazendo notícias tão importantes para os criadores. “Santa Rosa do Ermírio ultrapassa a produção de 300 mil litros de leite por dia, despontando na liderança como maior bacia leiteira de Sergipe. Estamos na ‘terra do leite’, com maior produção por metro quadrado do estado e, agora, mais felizes, porque temos a possibilidade de ampliar nossa produção, com a chegada da obra da adutora”.

Outro criador, José Teles de Andrade Sobrinho, mais conhecido na região como Zé do Poço, também manifestou felicidade. É gratificante estar aqui presenciando esse momento feliz onde o governo dá mais um passo na construção desse projeto de trazer água para nossa produção. Foi na minha propriedade onde o governador fez o primeiro anúncio dessa obra, depois que assumiu o governo, então fico muito feliz. Aqui nós temos tecnologia, temos inseminação, temos uma genética boa, terra boa, mas não temos água. O que conquistamos até agora foi com muito esforço do produtor. Então, a ajuda do governo é muito bem-vinda”, completou Zé do Poço.

Sergipe avança na certificação da produção de mudas de cacau para expandir produção

Iniciativa busca reduzir custos para agricultores e impulsionar cacauicultura sergipana com mudas locais certificadas

O Governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), por meio da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), iniciou o processo de credenciamento para a produção de mudas certificadas de cacau junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A iniciativa visa reduzir a dependência dos agricultores locais de viveiristas da Bahia, onde atualmente as mudas certificadas são adquiridas ao custo de R$ 9 por unidade.

A cultura do cacau no estado ocupa uma área de 32,4 hectares, distribuída nos municípios de Arauá, Boquim, Estância, Lagarto, Itaporanga, Indiaroba, Itabaianinha, Santa Luzia e Umbaúba. A falta de produção local de mudas certificadas tem sido um dos principais entraves para a expansão da cacauicultura sergipana. Para mudar essa realidade, a Emdagro deu início ao credenciamento de produtores, começando com o agricultor Jivonaldo Pereira, da Comunidade de Nova Descoberta, no município de Indiaroba, que concentra a maior área plantada do estado.

A expectativa é que, a partir do segundo semestre de 2025, a propriedade do agricultor produza 6 mil mudas certificadas de cacau clonal, podendo atender entre 35 e 40 pequenos agricultores familiares. Segundo Jean Carlos Nascimento, diretor de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa da Emdagro, esse é um passo essencial para fortalecer a cadeia produtiva do cacau em Sergipe.

“Estamos iniciando um processo que pode transformar a produção de cacau no estado. Com mudas certificadas produzidas localmente, reduzimos custos para os agricultores e garantimos maior controle sobre a qualidade e sanidade das plantas. Esse é um avanço fundamental para o setor”, destacou.

Inicialmente, apenas dois agricultores familiares serão credenciados pelo Mapa para a produção de mudas certificadas, contando com o suporte da Emdagro. Para os interessados em se tornar viveiristas certificados, é necessário realizar o credenciamento diretamente junto ao Ministério da Agricultura e contratar um responsável técnico para acompanhar a produção.

No caso do produtor Jivonaldo Pereira, a Emdagro fornecerá apoio técnico por meio de um engenheiro agrônomo, que supervisionará e orientará a produção das mudas em viveiro telado. “A Emdagro está dando a oportunidade de eu começar a fazer meu viveiro de mudas de cacau. Tenho que agradecer a Deus que esse é o sonho que estou realizando. Essa é a hora!”, comemorou.

A certificação das mudas será realizada pelo Ministério da Agricultura, também responsável pela fiscalização da produção. No entanto, o sucesso dessa iniciativa dependerá da demanda e da viabilidade de distribuição das mudas aos agricultores familiares. “Precisamos alinhar essa estratégia com os órgãos competentes para garantir que o projeto tenha o impacto desejado”, concluiu Jean Carlos Nascimento.

Com o credenciamento em andamento, a expectativa é que a produção local de mudas certificadas impulsione a expansão da cultura do cacau em Sergipe, proporcionando mais oportunidades para os agricultores e fortalecendo a economia rural do estado.

Agricultura

Agricultores e criadores de São Domingos são atendidos com serviços da Agricultura na 44ª edição do ‘Sergipe é aqui’

Tradicionalmente conhecido como importante polo de produção de farinha de mandioca, o município teve sua diversidade produtiva em evidência no evento

A 44ª edição do ‘Sergipe é aqui’ foi realizada nesta sexta-feira, 4, no município de São Domingos. Localizada na região agreste do estado e com potencial econômico voltado para a agricultura, com destaque para a produção de farinha, a cidade foi transformada na sede do governo por um dia. Na oportunidade, o município contou com serviços realizados pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), por meio de suas vinculadas: Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e Empresa de Desenvolvimento Sustentável do Estado de Sergipe (Pronese). 

De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2023, São Domingos se destaca por seu cultivo de mandioca, com produção média anual de seis mil toneladas, seguido da laranja, com 542 toneladas por an, e de  milho, com 300 toneladas anuais. Na criação de animais, os galináceos pontuaram com 15 mil cabeças, seguida de bovinos, com 4.418 cabeças de gado e suínos, com 1.280 cabeças. Entre os produtos de origem animal se destacam o leite de vaca, com produção de 126 mil litros e ovos de galinha, com produção de 24 mil dúzias.

Durante o dia de atividades no ‘Sergipe é aqui’, o Governo do Estado, por meio da Emdagro, distribuiu duas toneladas de sementes de milho para 200 agricultores cadastrados, em uma iniciativa do programa Sementes do Futuro. Também em São Domingos, a empresa realizou mais uma ação do programa Cultivando Hortas, que levou para o Centro de Excelência Emiliano Ribeiro a implantação de uma horta escolar com 200 mudas de tomate, 150 de pimentão e 50 de repolho e doação de 141 pacotes de 100 gramas cada, com variedades de sementes de hortaliças e leguminosas, como tomate, pimentão, repolho, quiabo, couve, cebolinha, alface, beterraba e coentro.

Para o secretário de Agricultura e Meio Ambiente do município, Jeziel Tavares, mais conhecido como ‘Neguinho de Venâncio’, foi muito importante receber as ações do governo no município, promovendo uma aproximação maior com a população. “São Domingos vive 90% da produção agrícola, com destaque principalmente para a mandioca, e é um importante polo de produção de farinha em Sergipe, com 100 casas de farinha ativas, gerando 1.200 empregos diretos”, destaca.

A farinha de mandioca produzida no município é comercializada diretamente para pequenos comerciantes e também terceirizada, para revenda em grandes mercados.

Agricultores beneficiados
O agricultor Cladio Vieira aproveitou a oportunidade e fez a coleta de solo de sua propriedade para encaminhar para análise pelo Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe (ITPS). Com conhecimento no assunto e já acostumado a realizar essa atividade, o produtor rural que se dedica ao plantio de mandioca, batata doce, macaxeira e hortaliças, assim como à criação de cabras de leite, faz regularmente essa atividade, por entender a sua importância. “Cada cultura exige uma necessidade de nutrientes, qual adubo usar, qual o PH do solo, sua acidez, se precisa de calcário e qual quantidade usar, então estou sempre atento a isso para que minha produção seja boa e eu esteja ciente de como corrigir o que for necessário”, observou. 

O produtor José Alves Santana esteve no estande da Agricultura para receber o certificado de vacinação, após ter recebido a equipe da Emdagro em sua propriedade, quando seus animais foram  vacinados contra a Brucelose e Clostridiose. “Recebi os técnicos da Emdagro que foram vacinar 11 animais na minha propriedade. Eles chegaram com as duas vacinas (Brucelose e Clostridiose) e o aplicador e vacinaram os animais, e hoje vim aqui para pegar meu certificado. Estou bastante contente”, contou o produtor.

Jailma Nascimento Souza também esteve no estande da Agricultura para conseguir sua muda de acerola. Ela saiu bastante satisfeita. “Gosto de plantar. Na minha propriedade, planto muita coisa, aí eu soube que a Emdagro estava distribuindo as mudas frutíferas e vim saber se tinha de acerola. Já garanti a minha. Estou muito satisfeita, porque sei que as mudas distribuídas pela Emdagro são de qualidade”, disse a agricultura satisfeita.

Coderse presente
A Coderse é responsável pela frente de trabalho dos recursos hídricos; perfura e instala poços; constrói e recupera sistemas de abastecimento, cisternas, barragens; tem sete e administra seis perímetros irrigados. Participante de todas as 44 edições do governo itinerante, a Coderse levou para os sãodominguenses, na tenda da Agricultura, os seus serviços em perfuração e instalação de poços tubulares, e expôs o trabalho realizado na região semiárida de Sergipe, por meio de uma maquete do Programa Água Doce (PAD).

Programa Água Doce
Sergipe tem implantadas 29 unidades de produção de água dessalinizada, onde atende mais de duas mil famílias do semiárido, com o fornecimento de 17.400 litros de água potável por dia. O Governo do Estado, por meio da Seagri e da Coderse, está concluindo a construção de mais três sistemas de abastecimento, para atender mais 400 famílias em Poço Verde, Carira e Porto da Folha. Em 2024, o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional veio a Sergipe e anunciou recursos para a construção de 11 novas unidades do PAD em Sergipe.

Agricultura

Governos e comunidade elaboram acordo de gestão para entrega de novo dessalinizador em Porto da Folha

Sergipe terá 32 sistemas abastecendo de água dessalinizada em nove municípios, beneficiando

6.400 famílias

No povoado Bela Aurora, em Porto da Folha, alto sertão sergipano, 52 famílias em breve vão passar a contar com o fornecimento de água potabilizada, por uma unidade de dessalinização do Programa Água Doce (PAD). O Governo do Estado está realizando reuniões com os moradores e a prefeitura municipal para, além de explicar o funcionamento do novo sistema de abastecimento, dar início ao Acordo de Gestão Compartilhada e Participativa. Ao ser elaborado, em comum acordo, o termo determina o papel dos usuários, gestores e operadores; além da atuação dos governos municipal, estadual e federal. 

Para Esmerindo Rosendo dos Santos, que vive e trabalha no Bela Aurora há 40 anos, o sistema vem para melhorar a qualidade de vida da comunidade. “É uma água potável, boa, mineral que aqui não tem. Aqui só temos a água que a prefeitura bota e a que nós compramos, de particular”, explica o funcionário público e pequeno pecuarista, presente à primeira das reuniões feitas pelo Governo do Estado na comunidade, no dia 1º de abril.

Moradora no Bela Aurora, Daniele de Jesus Oliveira conta que também tem dificuldade para ter acesso a água potável na comunidade e está na expectativa do sistema do Água Doce começar a funcionar. “Hoje tem que comprar, de graça não vem. É difícil. Para encher nossa cisterna, tem que comprar. E isso [a unidade de dessalinização] melhora muita coisa. Tenho uma criança, aí que precisa mesmo de água”, avaliou.

“Todos os envolvidos assumem um compromisso, em coletivo, para garantir o funcionamento e a manutenção do dessalinizador, do poço tubular profundo que fornece a água, dos reservatórios para que todo o sistema continue atendendo a comunidade. Da mesma forma que foi feito nas outras 29 unidades do programa em Sergipe, todas com mais de 10 anos de implantação. A nossa empresa participa agora da construção, está ajudando as comunidades a se organizarem e vai acompanhar no que for possível para manter ativa essa importante infraestrutura nas comunidades”, destacou o diretor de Infraestrutura Hídrica da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), Ernan Sena.

Programa federal, hoje gerido pelo Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR), o PAD é coordenado em Sergipe pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e por meio das suas empresas vinculadas, Coderse e Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), que executam o programa. O estado terá 32 sistemas, como os três novos que estão sendo implantados em Porto da Folha, Poço Verde e Carira, quando vai atender um total aproximado de 6.400 famílias.

O Secretário Municipal de Agricultura, Pecuária, Meio Ambiente e Paisagismo de Porto da Folha, João Alves de Campos Neto, afirmou que o novo sistema vai contribuir com o trabalho da administração municipal. “É muito importante esse poço com sistema de abastecimento, porque já desafoga um pouco das demandas do nosso município. Porto da Folha é uma cidade bastante extensa e a gente tem dificuldade de abastecimento. Então, isso traz um grande benefício para nós. Estamos aqui, em parceria com a Coderse, e vamos prosseguir para dar assistência a essa comunidade”, afirmou. 

O coordenador estadual do PAD, Vandesson Carvalho, apresentou o programa, explicando como funciona o sistema de dessalinização e a proposta do Acordo de Gestão Compartilhada e Participativa. “Nesse acordo, a comunidade vai eleger o grupo gestor, o operador e a forma de distribuição; com os horários, dias e quantidade de água para cada usuário. Vai ser formalizado um documento, com essas decisões e as responsabilidades do Estado, do município, do Governo Federal e da comunidade. A gente vem, reúne, mas eles têm que ficar sabendo utilizar esse sistema, para ele ter uma vida útil maior e, consequentemente, água de qualidade para toda a comunidade”, concluiu, informando que no sistema do Bela Aurora só faltam alguns acabamentos e testes para iniciar as operações.

Diretor de Infraestrutura Hídrica da Coderse, Ernan Sena  // Foto: Fernando Augusto (Ascom Coderse)

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Última atualização: 3 de abril de 2025 09:39.

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