Boquim celebra 155 anos com ação de reflorestamento em nascentes do município


Ação realizada pela Emdagro doou 155 mudas nativas em parceria com a Chesf

Em comemoração aos 155 anos de emancipação política de Boquim, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), por meio da Diretoria de Assistência Técnica e Extensão Rural e Pesquisa (DIRATERP) e da Coordenadoria de Agroecologia e Produção Orgânica (COOAPO), realizou, nesta quarta-feira (19), uma ação voltada para a recuperação ambiental no município. Em parceria com a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), a Secretaria de Agricultura de Boquim e a comunidade do povoado Três Irmãos, foram plantadas 155 mudas de espécies nativas, nas proximidades de duas nascentes da região.

A iniciativa foi motivada pela preocupação da família da agricultora Dona Josefa, que relatou dificuldades no abastecimento de água para irrigação das mudas ornamentais cultivadas na propriedade. Seus filhos, Gabriel e Matheus, observaram a redução do volume de água das nascentes e a escassez de vegetação ao redor, o que levou a Emdagro a estruturar o projeto de reflorestamento.

A entrega das mudas faz parte de uma estratégia da Coordenadoria de Agroecologia para incentivar práticas agrícolas sustentáveis, fortalecendo a economia rural e promovendo a conservação ambiental. A engenheira agrônoma Maria Cleusa Guimarães explicou que a ideia surgiu a partir da preocupação com a redução da disponibilidade hídrica na comunidade. “Os filhos de Dona Josefa me relataram que estavam enfrentando dificuldades com o abastecimento de água na propriedade. Perguntei se eles teriam interesse em recuperar as nascentes e os córregos da região, e eles aceitaram prontamente. Aí em conversa com o diretor de Assistência Técnica, Jean Carlos Nascimento, ele sugeriu a doação de 155 mudas nativas, em referência ao aniversário de Boquim, que acontece no próximo sábado dia 22. Esse foi o pontapé inicial para a recuperação dessas áreas”, destacou Maria Cleusa.

Ela também reforçou a importância da conscientização dos produtores sobre a necessidade de reflorestar áreas degradadas, para garantir o abastecimento hídrico no futuro. “Se cada agricultor que possui um córrego, nascente ou olho d’água em sua propriedade se engajar na recuperação dessas áreas, poderemos evitar a escassez hídrica. Caso contrário, a tendência é que a falta de água se torne um problema ainda maior”, alertou.

Compromisso com o meio ambiente

O produtor de plantas ornamentais Antônio Mateus, que participou da ação, ressaltou a importância do reflorestamento para a manutenção das nascentes e destacou a parceria com a Emdagro. “Aqui, a gente deixa de atender cliente para plantar mudas e recuperar nascentes, porque sabemos que isso é essencial. Se não cuidarmos agora, no futuro a tendência é faltar água. A cada dia, o clima esquenta mais, e ações como essa ajudam o meio ambiente”, afirmou.

Mateus também destacou a necessidade de uma postura mais responsável da população em relação ao descarte de resíduos e ao uso sustentável dos recursos naturais. “Vejo pessoas descartando embalagens de plástico de qualquer jeito, e isso me incomoda. Aqui, encaminhamos corretamente o lixo para ser recolhido e reciclado. Não podemos simplesmente jogar no meio ambiente”, pontuou.

Além da preocupação ambiental, o produtor ressaltou a importância do suporte técnico oferecido pela Emdagro. “O apoio da Emdagro tem sido fundamental. Desde que passaram a nos acompanhar mais de perto, conseguimos tirar dúvidas, identificar pragas e buscar soluções que não agridam o meio ambiente. A atenção que nos dão é imensa, e só tenho a agradecer”, completou.

Legislativo em apoio à preservação ambiental

A ação de reflorestamento também contou com o apoio da vereadora Gilvanete Menezes, conhecida como Nete de Bal. Para ela, além do impacto ambiental positivo, a iniciativa tem um grande significado para a comunidade do povoado Três Irmãos. “A importância é fundamental, principalmente aqui nessa área dos Três Irmãos, onde hoje está sendo feito esse plantio para conservar a nascente. É algo de um valor muito rico, e eu só tenho a agradecer a toda a equipe da Emdagro, ao diretor Jean Carlos Nascimento, e aos técnicos que estão sempre visitando as propriedades”, destacou.

Nete também ressaltou a necessidade de envolver o poder público na ampliação de ações ambientais como essa. “Espero que o prefeito, junto conosco, os demais vereadores, também passem a ter conhecimento dessa prática de preservação. Na tribuna vou falar para os meus colegas vereadores, para que todos saibam desse trabalho e dessa união de vocês. Essa gratidão se estende a todos, ao diretor que é de Boquim, ex-prefeito, e conhece tudo isso aqui na palma da mão”, afirmou, se referindo ao diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural da Emdagro, Jean Carlos Nascimento.

Futuro sustentável

A ação de plantio realizada em Boquim reforça o compromisso da Emdagro e de seus parceiros com a recuperação ambiental e o desenvolvimento sustentável da região. Com iniciativas como essa, o município dá um passo importante na preservação de seus recursos hídricos, garantindo qualidade de vida para as futuras gerações.

Atualização cadastral dos rebanhos será obrigatória para emissão da GTA a partir de 1º de abril

Medida visa garantir maior controle sanitário e segurança no transporte de animais

A Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) alerta para o prazo de atualização dos rebanhos. De acordo com a empresa, a partir de 1º de abril, produtores rurais de Sergipe precisarão estar com a atualização cadastral dos rebanhos em dia, para emitir a Guia de Trânsito Animal (GTA).

A medida vale para todas as espécies de animais de interesse pecuário, como bovinos, bubalinos, suínos, ovinos, caprinos, equinos, asininos, muares, aves, animais aquáticos e abelhas. O objetivo é garantir maior controle sanitário e segurança no transporte dos animais. A exigência vale tanto para a origem quanto para o destino dos animais.

A diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade, reforça a importância da medida para o setor agropecuário sergipano. “Essa atualização cadastral não é apenas uma exigência burocrática, mas uma ferramenta fundamental para garantir a rastreabilidade e a sanidade do rebanho sergipano. Com os dados atualizados, podemos agir de forma mais eficiente na prevenção e combate a doenças, fortalecendo toda a cadeia produtiva”, destacou.

A atualização cadastral deve ser feita pelos produtores que sejam proprietários, possuidores, depositários ou detentores de animais. O processo pode ser realizado preenchendo o formulário “Atualização Cadastral de Rebanhos”, disponível no site da Emdagro, e enviando-o via WhatsApp (79) 99982-3828, pelo e-mail atualizacaorebanho@emdagro.se.gov.br, ou presencialmente em um dos escritórios locais da Emdagro. Além disso, produtores cadastrados podem fazer a atualização de forma online, através do sistema Siapec3.

Os pecuaristas que não realizarem a atualização dentro do prazo serão considerados inadimplentes e estarão sujeitos às penalidades previstas na Lei 9.309 de 23 de outubro de 2023.

A Emdagro alerta ainda para que os produtores regularizem a situação de suas propriedades, evitando transtornos na movimentação de seus rebanhos. “É essencial que todos se atentem a essa exigência para que não haja impactos na comercialização e no transporte dos animais”, reforçou Aparecida Andrade.

Para mais informações, os produtores podem procurar os escritórios da Emdagro ou acessar os canais de atendimento da empresa.

Produtor de Malhador promove a integração entre criação de abelhas e plantações com auxílio do Governo

Animais coletam matéria-prima de espécies da flora nativa e exótica, enquanto polinizam as plantas, incrementando produção

As abelhas são responsáveis pela polinização das plantas, promovendo a fecundação das flores para a produção de frutos. Em troca desta importante tarefa, elas coletam o néctar e o pólen para sua alimentação. Experiência exitosa de um produtor rural em Malhador, no agreste sergipano, fez a integração da produção de mel com a agricultura familiar irrigada e a silvicultura. Nos 344 lotes do perímetro irrigado do Governo do Estado, se produz o ano inteiro e isso aumenta o tempo de floração e a oferta de mel nas colmeias, por mais de nove meses.

No assentamento Marcelo Déda, já faz 13 anos que Eloi Francisco de Menezes é irrigante do Perímetro Irrigado Jacarecica II, administrado pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). Por meio da infraestrutura hídrica da empresa pública, o agricultor e seus vizinhos recebem água bruta para irrigar suas plantações.
 
O Senhor Eloi produz banana, milho, coco, cana, árvores nativas ou exóticas que oferecem néctar, pólen e outros elementos que as abelhas usam para produzir a própolis. Contando com essa rica flora — encontrada no seu e nos demais lotes do Jacarecica II — ele cria as abelhas das espécies uruçu, nativa do Brasil e sem ferrão; e as do gênero Apis, a africana e a europeia.

Para o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Coderse, Júlio Leite, os ramos escolhidos por Eloi Francisco, aumenta o potencial produtivo dos perímetros irrigados do Governo do Estado. “O senhor Eloi trabalha sozinho em seu lote, mas as suas abelhas, por si só, criam uma espécie de parceria com os lotes vizinhos, ao extrair sua matéria-prima das plantações e contribuírem com a polinização dessas mesmas plantas, favorecendo a produção. Ele aproveita esse potencial de todas as floradas da irrigação para produzir mel, iniciativa que deve ser incentivada entre os outros irrigantes, naquele e demais perímetros”, pontua. 

“Temos o mel original da uruçu, o nosso tem ótima qualidade. E outros são méis silvestres. Tem muitas plantas que as abelhas são responsáveis pela polinização aqui: milho, amendoim, acerola, todo tipo de plantação. O coqueiro é um grande fornecedor de pólen para as abelhas, para a composição da geleia real, que alimenta a rainha. O Jacarecica II é muito rico! Com a polinização das abelhas, não tem fruto xoxo nem ‘pêca’, é completinho. Quando o milharal está alto, as abelhas vão polinizando”, relata Eloi Francisco. Sua produção anual de mel varia entre 400 e 600 litros.

Silvicultor

As abelhas de Eloi Francisco interagem com as flores de todas as cultivares agrícolas exploradas nos lotes do Jacarecica II, da rica diversidade de espécies nativas encontradas nas reservas legais do assentamento — zona de transição entre os biomas da Mata Atlântica e da Caatinga — e de árvores exóticas plantadas pelo aqui silvicultor, que também é meliponicultor (criação de abelhas sem ferrão), apicultor e agricultor. São espécies como as dos gêneros Eucalyptus, Acacia e Moringa.  Ele conta que a produção comercial de mel, em geral, é feita contando, em média, com as floradas de três espécies de plantas.

“Temos mais de 50 espécies, produzindo o pólen e o néctar, produzindo o mel completo. As abelhas têm acesso a várias coisas diferentes, como jurema, que dá a ‘própolis verde’, e diversas outras plantas. Sou pioneiro em plantar árvores, aqui”, complementa Eloi Francisco, ao acrescentar que, em breve, quer ampliar o seu plantel de abelhas criando colmeias das espécies mandassaia e jataí.

Primavera mais longa

O produtor rural explica que as abelhas só coletam néctar para a produção de mel durante a primavera que, em um ambiente em que a produção agrícola se torna possível o ano inteiro, a partir da irrigação, a estação do ano se torna mais longa. “Isso vai do meio do mês de agosto até abril. Até abril a gente consegue tirar mel ainda. Durante a primavera, se a florada for boa, a gente tira entre três e quatro coletas de mel durante esse período. Depois, tem o período da entressafra, da escassez, que a florada é pouca. Mas chovendo e tudo, onde tiver amendoim, inhame, batata, acerola, tudo que der flor, elas vão em cima, retira o néctar, o pólen e poliniza”, conclui. 
 

Emdagro conclui inquérito epidemiológico para erradicação da tuberculose bovina em Sergipe

Índices obtidos demonstram um cenário promissor para eliminação da doença em Sergipe

A Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) finalizou o inquérito soro-epidemiológico de tuberculose bovina nos 75 municípios do estado. Iniciado em outubro de 2022, o estudo envolveu 638 propriedades e 3.687 fêmeas bovinas, seguindo a metodologia desenvolvida pela Universidade de São Paulo (USP) e as diretrizes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), demonstrando a interinstitucionalidade e relevância do levantamento.

O objetivo do inquérito foi avaliar a tuberculose bovina no estado, estudar fatores relacionados à doença e traçar metas para a erradicação da zoonose em Sergipe. Os resultados apontaram uma prevalência de 4,4% em propriedades e 1,1% em animais, distribuídos em 18 municípios: Poço Redondo, Itabaiana, Monte Alegre, Nossa Senhora Aparecida, Aquidabã, Canhoba, Carira, Cedro, Estância, Feira Nova, Gararu, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora de Lourdes, Propriá, São Cristóvão, São Domingos, Telha e Tobias Barreto. Como medida sanitária, os animais que testaram positivo foram abatidos, conforme preconiza o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Bovina.

A equipe técnica envolvida no inquérito contou com a participação de 22 médicos veterinários e 10 técnicos da Emdagro, todos capacitados para as etapas do trabalho, incluindo abordagem ao produtor rural, preparação do animal, inoculação da tuberculina e leitura dos resultados.

Para o presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos, a finalização desse estudo é um marco para a pecuária sergipana. “Esse foi um trabalho muito importante para a sanidade do rebanho e reafirma o compromisso da Emdagro com a segurança agropecuária. Com os dados obtidos, podemos atuar na erradicação da tuberculose bovina em nosso estado, garantindo mais segurança e qualidade para produtores e consumidores. Vale destacar que todo o custo desse trabalho foi pago pelo Governo do Estado, reforçando o empenho na defesa sanitária animal e no fortalecimento da nossa pecuária”, destacou.

A diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade, ressaltou a complexidade do trabalho, que teve início em 2022 e envolveu 638 propriedades distribuídas de forma equânime em todo o estado. “Realizar um inquérito dessa magnitude exigiu um grande esforço logístico e técnico, desde a capacitação dos profissionais até a abordagem aos produtores. Esse estudo nos oferece uma base sólida para traçar estratégias eficazes de controle e erradicação da tuberculose bovina, assegurando a sanidade do nosso rebanho e a segurança alimentar da população”, afirmou.

O médico veterinário da Emdagro, Diogo Corumba, responsável pelo inquérito, ressaltou a importância do resultado obtido. “A USP está concluindo o estudo epidemiológico, mas os índices já demonstram um cenário promissor para a erradicação da doença em Sergipe. Agora, é fundamental intensificarmos a conscientização dos produtores para adoção de boas práticas sanitárias, garantindo um rebanho mais saudável e evitando barreiras comerciais”, frisou.

Sobre a doença

A tuberculose bovina é causada pelo Mycobacterium bovis, sendo responsável por cerca de 10 a 18% dos casos de tuberculose humana. Os bovinos eliminam o M. bovis por meio de secreções respiratórias, fezes e leite. Os humanos podem se infectar principalmente pelo consumo de produtos lácteos não pasteurizados e carne crua ou malcozida, além do contato direto com os animais por meio de aerossóis, o que representa um risco maior para pecuaristas e trabalhadores rurais. A prevenção e o controle da doença são essenciais para garantir a segurança sanitária e a qualidade da produção agropecuária no estado.

Agricultura

Seguro Garantia Safra começa a ser pago dia 18 de março

Em Sergipe, serão pagos mais de 17 milhões para 14.689 agricultores familiares de 20 municípios que tiveram perda na safra 2023/2024

A partir desta terça-feira, 18 de março, os agricultores familiares de 20 municípios sergipanos cadastrados no Garantia Safra começam a receber o benefício referente ao período 2023/2024. O seguro de renda mínima, coordenado em Sergipe pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), é destinado às famílias de agricultores de baixa renda que vivem em municípios do semiárido nordestino. O benefício é pago quando a seca ou o excesso de chuvas provoca a perda de pelo menos metade da produção.

De acordo com o secretário de Estado da Agricultura, Zeca Ramos da Silva, cada um dos 14.689 agricultores cadastrados vai receber o valor de R$ 1.200,00, o que representa um montante de R$ 17.626.800,00 milhões injetados na economia local. “O benefício representa um aquecimento importante na economia dos municípios que enfrentam estiagem. Muitos agricultores aplicam esse dinheiro na compra de sementes e no preparo da terra para a nova safra que se inicia”, pontuou.

Recebem o seguro Garantia Safra os agricultores dos municípios de Aquidabã, Canindé de São Francisco, Carira, Feira Nova, Frei Paulo, Gararu, Gracho Cardoso, Monte Alegre, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora das Dores, Pedra Mole, Pinhão, Poço Redondo, Porto da Folha, Ribeirópolis, São Miguel do Aleixo, Tobias Barreto, Nossa Senhora da Glória, Itabi e Nossa Senhora de Lourdes.

Segundo o coordenador estadual do Garantia Safra em Sergipe, Sérgio Santana, o pagamento obedecerá ao calendário dos benefícios sociais do Governo Federal e será feito em única parcela, na rede da Caixa Econômica Federal e casas lotéricas. “O seguro de renda mínima beneficia 560 mil agricultores familiares, em 11 estados brasileiros, abrangendo 744 municípios”, detalhou.

Agricultura

Produtores rurais de Itabi participam de Curso de Boas Práticas de Produção de Leite

Iniciativa faz parte de uma série de ações voltadas para o fortalecimento da bovinocultura leiteira no estado, garantindo mais eficiência e rentabilidade aos produtores rurais

Esta quarta-feira, 12, foi de aprendizado e troca de experiências para produtores rurais do município de Itabi, no sertão sergipano. Na propriedade do agricultor João Francisco de Resende Neto, na Comunidade Mão Esquerda, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) realizou o Curso de Boas Práticas de Produção de Leite (BPA), capacitando os participantes sobre manejo adequado, higiene na ordenha, armazenamento do leite e vacinação do rebanho.

O curso foi ministrado pelos médicos veterinários Izildinha Dantas e Vitor Cruz, que destacaram a importância das boas práticas para garantir um leite de qualidade e um rebanho mais saudável. Na abertura do evento, o diretor da Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa da Emdagro (Diraterp), Jean Carlos Nascimento Ferreira, enfatizou o papel do Governo do Estado, por meio da Seagri e da Emdagro, no desenvolvimento da bovinocultura leiteira. “A assistência técnica da Emdagro trabalha com todos os eixos, justamente para que o produtor possa ter excelência em todas essas áreas e não seria diferente na bovinocultura. São programas de melhoramento genético através do IATF, do programa Sementes do Futuro, do programa de vacinação contra brucelose e clostridiose, além da assistência técnica e extensão rural, que o governo busca alavancar para fortalecer a cadeia produtiva do leite no Estado”, afirmou Jean Carlos.

A propriedade do produtor João Francisco de Resende Neto foi escolhida para a realização do curso devido ao compromisso do agricultor com o desenvolvimento da produção leiteira e à sua longa parceria com a Emdagro. João Francisco recebe apoio técnico da instituição há anos, com acesso a inseminação artificial em tempo fixo (IATF), sementes e programas de vacinação. “Já fui beneficiado por diversos programas, como a vacinação contra brucelose e clostridiose. Também participei do IATF e obtive bons resultados na produção com animais de genética melhorada”, destacou.

O produtor Roberval Rodrigues de Resende, pioneiro na instalação de uma ordenhadeira mecânica no município em 2013, participou do treinamento e destacou a importância do conhecimento para o aprimoramento da atividade leiteira. “O treinamento é muito bom para produtores de todos os portes – pequenos, médios e grandes. Ele nos incentiva na produção leiteira e é essencial para quem vive no campo, pois nos mantém atualizados e motivados. Nunca sabemos de tudo e, quanto mais aprendemos, melhoramos nossa produção”, ressaltou Roberval.

Durante o evento ele foi sorteado e ganhou um kit de ordenha, contendo itens essenciais para a higiene e qualidade do leite. “Fiquei muito feliz por ter sido sorteado. Esse kit será de grande ajuda para mim. Agradeço à Emdagro por organizar esse grande evento e proporcionar essa oportunidade aos produtores”, comemorou. Também, na ocasião, foi sorteado um kit para queijeiro.

Sanidade e qualidade do leite

A médica veterinária Izildinha Dantas ressaltou que a capacitação teve como foco as boas práticas na produção leiteira, visando melhorar a produtividade e sanidade dos rebanhos na bacia leiteira do estado. “Pensamos em boas práticas de ordenha, como higienização, pre-dip e pós-dip, além do teste de mastite, um problema sério na produção leiteira. Com esses cuidados garantimos não apenas um leite de maior qualidade, mas também mais saúde para o consumidor”.

Além da parte técnica, a Emdagro distribuiu kits de boas práticas para auxiliar os produtores no dia a dia da ordenha, com canecas para a solução de pré-dip e pós-dip, além do CMT (California Mastite Test), que permite avaliar o grau de mastite no rebanho. “Esses kits ajudam o produtor a monitorar a sanidade dos animais e melhorar sua produção. Também ensinamos a aplicação correta de defensivos para o controle de moscas e carrapatos, garantindo segurança para o produtor e qualidade para o leite”, acrescentou o médico veterinário Vitor Cruz, que reforçou que a assistência técnica oferecida pela instituição tem contribuído significativamente para a evolução da pecuária leiteira em Sergipe. O curso de Boas Práticas de Produção de Leite faz parte de uma série de ações voltadas ao fortalecimento da bovinocultura leiteira no estado, garantindo mais eficiência e rentabilidade aos produtores rurais.

Agricultura

Platô de Neópolis se destaca pela grande produção e impacto socioeconômico na região

Área administrada pelo Estado emprega milhares de pessoas e exporta o nome de Sergipe para o país com sua produção de qualidade e variedade de fruticulturas, que no ano passado chegou a 161 toneladas produzidas

Conhecida como ‘a capital sergipana do frevo’, a cidade de Neópolis, na região do baixo São Francisco, também tem a agricultura como ponto forte. O Platô de Neópolis, que fica a 9km da sede do município, é dividido em 41 lotes de 40 concessionários, fiscalizados pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). A área, além de gerar milhares de empregos, exporta o nome de Sergipe para o país com produtos de qualidade.

Fundado em 1993, o Platô engloba, majoritariamente, Neópolis, mas, também, abrange os municípios de Santana do São Francisco, Japoatã e Pacatuba. Inicialmente, a ocupação se dava por seleção e, hoje, acontece via licitação pública. Os concessionários possuem a responsabilidade sobre a infraestrutura do lote e precisam oferecer uma contrapartida ao Governo do Estado, podendo ter o contrato rescindido, caso não cumpram. Além disso, pagam ao Estado, anualmente, uma taxa com base no valor da terra. Com isso, além dos investimentos para lucro, eles também trabalham pelo desenvolvimento da região. 

O engenheiro agrônomo Paulo Feitosa está no Platô desde o início e, atualmente, é gerente de contratos da Coderse. Ele explica como se dá parte do funcionamento estrutural. “É um projeto destinado para fruticulturas diversas, ao longo do tempo, que vão se adaptando. Existe a infraestrutura hidráulica, de fornecimento de água para os produtores, e a parte interna. Cada lote tem, no mínimo, um reservatório compatível com a área a ser irrigada. Aqui, você tem áreas subdivididas de diversos tamanhos, entre 30 e 500 hectares. O concessionário é responsável por implantar toda a infraestrutura e nós acompanhamos o desenvolvimento do lote, além de fiscalizar questões de área de reserva legal, entre outras questões”, pontua.

Exportação e qualidade

A alta variedade de produtos é um destaque do Platô, que exporta culturas de qualidade para todo o país. Apenas em 2024, foram produzidas quase 160 mil toneladas de frutas, mais de 51 milhões de cocos e 1.900.000 m² de grama ornamental e esportiva. Há produções de frutas como manga, banana, limão, tangerina, goiaba e mamão, além de um dos carros chefes: o coco verde. Neste último, a produção está em torno de 80 milhões de frutos por ano – seriam necessários 8.320 caminhões para transportar tal carga.

“Hoje, fornecemos frutas para o mercado interno, toda a região Nordeste, e estados do Sudeste. Não apenas fazemos a venda da fruta e o fornecimento, mas também temos a mão de obra. Na safra, chegamos a triplicar o número de funcionários para atender a demanda”, ressalta o gerente de dois lotes do Platô com diversas culturas, Thawan Ferreira.

Toda a estrutura é pensada para que a produção seja constante, mantendo-se durante todo o ano. A regularidade é fundamental, independentemente da época e do contexto climático. Também por isso, a parceria com o Governo do Estado, por meio da Coderse, é essencial para que esse mercado se desenvolva.

“Enviamos coco para São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, mamão para o Maranhão e Distrito Federal. Onde a gente consegue, de fato, comercializar, temos frutos para atender. Essa parceria entre o governo, na concepção e organização, e os empresários, trazendo investimentos e gerando empregos, vem desenvolvendo bastante a nossa região”, destaca o gerente da Associação dos Concessionários do Distrito de Irrigação do Platô de Neópolis (Ascondir), Ricardo Barroso. 

O projeto

A complexa estrutura dá uma dimensão do tamanho do Platô de Neópolis. E para ajudar a gerir um projeto de tamanha envergadura foi criada a Ascondir. Para se ter uma noção, apenas na distribuição de água, há uma estação de bombeamento com uma adutora de, aproximadamente, 6 km de tubulação, junto a uma rede de canais com cerca de 53 km, que faz a distribuição de água para os reservatórios dentro dos lotes, que possuem entre 30 e 500 hectares.

O atual gerente da Ascondir, Ricardo Barroso, também ressalta o tamanho do trabalho. “É uma estrutura muito complexa. Desde a sua criação, ele já teve um valor muito alto para instalação desses canais, estações de bomba, rede elétrica, entre outros. Algumas culturas são implantadas hoje para terem receitas depois de um ano, no mínimo. Atualmente, para implantar um hectare, você tem com sistema de irrigação um custo de R$ 20 a 30 mil. O Governo do Estado, em nome da Coderse, fiscaliza e dá todo o apoio necessário”, relata. 

Valor socioeconômico

Mas a importância do Platô de Neópolis vai além do contexto econômico. Ao todo, são cerca de três mil empregos diretos gerados na região, além dos postos indiretos. Milhares de famílias dos municípios que compõem o Platô são beneficiadas, comprovando o grande impacto social do mesmo.

É o caso de Aloísio Santos, montador de irrigação em um dos lotes. São 26 anos trabalhando nesta área, com um grande impacto gerado pelo Platô. “Desde quando surgiu o Platô, para mim, melhorou 100%. E para todos os envolvidos, melhorou bastante, em todos os sentidos. Moro aqui, sou da região, e a vida da minha família também melhorou. Alguns associados possuem os mesmos funcionários aqui desde o início”, conta.

Após tantos anos estabelecido no local, Aloísio já começou a estabelecer uma nova geração. Um de seus ajudantes na função é o sobrinho, Edson Brandão, que trabalha no lote há um ano. “Trabalho com meu tio e vim por conta dele, trabalhando junto. Estou aprendendo bastante. Isso mudou a nossa vida para melhor”, exalta.

Há, ainda, um claro objetivo em fornecer segurança e oportunidades aos funcionários. Além de 98% deles serem de carteira assinada, a maioria é formada por trabalhadores locais, incentivando o desenvolvimento da região. Como ressalta o engenheiro agrônomo Paulo Feitosa. “Esse é um patrimônio da Coderse e do Estado, um empreendimento de valor socioeconômico muito elevado. Considero um dos melhores projetos de desenvolvimento para a região, pela produção de alimentos e pela mão de obra direta e indireta, gerando emprego dentro dessas cidades, trazendo trabalhadores daqui”, reforça. 

Thawan Ferreira vai ainda além e afirma que “a região basicamente é sustentada, hoje, pelos lotes do platô, contribuindo bastante para o sustento de muitas famílias”.

Em uma região onde a agricultura é tão presente, o Platô de Neópolis transforma a vida de milhares de famílias e eleva o nome de Sergipe a um patamar nacional com segurança, qualidade e um trabalho reconhecido.


 

Poço instalado no Santuário de Nossa Senhora Divina Pastora vai atender milhares de peregrinos

Com investimento do Governo do Estado no valor de R$ 53,4 mil, poço tubular de 104 metros de profundidade que vai atender mais de 200 mil fiéis durante a peregrinação

Perfurado em novembro de 2024, o novo poço do Santuário de Nossa Senhora Divina Pastora só aguardava a ligação com a rede elétrica, para que na sexta-feira, 7, fosse instalado por uma equipe da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), em parceria com a congregação religiosa. Agora, a água está disponível para uso dos milhares de fiéis, nas mais de 15 peregrinações ao município de Divina Pastora, leste sergipano, programadas para este ano de 2025. 

A instalação foi uma demanda levada até o governador Fábio Mitidieri durante a edição do governo itinerante ‘Sergipe é aqui’, realizada no município no último mês de dezembro. A água do poço vai abastecer o Complexo de Evangelização Nossa Senhora Divina Pastora, infraestrutura criada pelo santuário para receber os devotos, disponibilizando banheiros comunitários para um público que, nos dois principais dias de peregrinação, no segundo domingo de outubro, ultrapassa as 200 mil pessoas.

O santuário acaba de divulgar seu calendário anual de peregrinações. São 15 datas com presença confirmada de romeiros na cidade e que vão começar neste sábado, 8, e a agenda está aberta para que outros grupos de religiosos marquem outras datas de peregrinação ao santuário, o que eleva a demanda pela água do poço.

Padre Jhonatan Michael, pároco do santuário, agradeceu ao governador, ao secretário de Estado da Casa Civil, Jorginho Araújo, à ex-prefeita Clara Rollemberg, aos diretores e ao gerente da Coderse pelo poço. “Graças a Deus, o poço artesiano aqui do santuário está pronto. Ele é muito importante porque os peregrinos que vêm a Divina Pastora têm uma necessidade muito grande de banheiro. Então, ano passado, o santuário, com contribuições, se esforçou em construir os banheiros, mas precisava de água. Então, o Governo do Estado atendeu o nosso pedido e fez a perfuração e a instalação do poço. A água é muito boa, e os peregrinos que vêm admirar a Divina Pastora, agora vão poder utilizar dessa bênção de Deus”, relatou o padre Jhonatan.

A Coderse é uma empresa pública vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). O diretor de Infraestrutura Hídrica, Ernan Sena, reforça a importância do poço no acolhimento dos devotos da Divina Pastora. “É um investimento do Governo do Estado, a partir da sensibilidade do governador Fábio Mitidieri, no social e na tradição do povo sergipano. Ao mesmo tempo, favorece a economia local, por conta do turismo religioso de peregrinos das várias partes do estado e de fora dele, que se dirigem à cidade todo ano”, frisou.

Fornecendo tubulação, conexões e cabos elétricos, a instalação foi realizada pelos técnicos da Divisão de Instalação de Poços (Dipoços) da Coderse. “O santuário, em forma de parceria, forneceu a bomba submersa elétrica para equipar o poço. Nós contribuímos com o restante do material necessário para interligar a bomba submersa à rede elétrica e fazer chegar a água até à superfície. Além da expertise do nosso pessoal técnico que atuou no serviço”, informou Roberto Wagner, gerente da Dipoços. 

Somando a perfuração, bombeamento com limpeza e teste de vazão — realizados por outras equipes de campo da Coderse — e a instalação, o investimento total de recursos do Governo do Estado foi de R$ 53,4 mil. O poço tem 104 metros de profundidade e conta com vazão de 1.886 litros por hora.

Rita de Fátima dos Santos, 61 anos, nascida e criada em Divina Pastora, abriu restaurante na cidade faz um ano. Por conta da procura na peregrinação, construiu o prédio do comércio com seis banheiros. Ela acredita que o poço tubular para abastecer os novos banheiros comunitários do santuário veio para melhorar a situação. “Ajuda a comunidade, porque a comunidade que cedia os banheiros. Cobrava para o pessoal tomar banho e usar o banheiro da casa. Meu banheiro ficava até o portão de saída, cheio de gente para usar o banheiro. Além dos banheiros químicos, que não davam conta. Mas agora, não”, completou.

Agricultura

BNB e Emdagro ampliam atendimento a agricultores familiares de Sergipe

O Banco do Nordeste (BNB) e a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário do Sergipe (Emdagro) celebram os resultados de um acordo de cooperação, que ampliou o atendimento a agricultores familiares por meio do programa Agroamigo Mais. O convênio totaliza 93 produtores beneficiados, com contratos de crédito no valor total de R$ 2,2 milhões.

Agricultores familiares de 15 municípios sergipanos receberam orientação para o crédito, acompanhamento dos projetos, assistência técnica e extensão rural. Em cada projeto, a equipe da Emdagro ficou responsável pelo trabalho de assistência técnica remunerada. Todos os contratos destinaram crédito do BNB para custeio do principal produto agrícola do estado: o milho.

Foram atendidos produtores rurais de Carira, Feira Nova, Frei Paulo, Gararu, Itabaiana, Itabi, Macambira, Monte Alegre de Sergipe, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora da Glória, Pedra Mole, Pinhão, Poço Verde, Porto da Folha e Simão Dias. Todos os municípios são atendidos pelo Programa de Desenvolvimento Territorial do Banco do Nordeste (Prodeter).

O superintendente estadual do BNB, César Santana, informou que o convênio ampliou os benefícios destinados aos produtores de milho. “O financiamento do custeio de milho é parte importante do trabalho do Banco do Nordeste no estado de Sergipe. Por meio dessa parceria, conseguimos levar maior oferta de assistência técnica e mais apoio para os pequenos produtores de milho, em demandas como emissão de cadastros rurais e legislação do meio ambiente. E atingimos nosso principal objetivo, ou seja, levamos crédito de qualidade, com acompanhamento excelente, para gerar emprego e renda”, explicou.

O diretor de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa da Emdagro, Jean Carlos Nascimento, destacou a amplitude de vantagens do convênio. “Essa parceria com o Banco do Nordeste é boa para o produtor, que tem uma assistência especializada, e também para a Emdagro, que volta a dar uma assistência remunerada (de 1,5% a 3% do valor de cada projeto), passando a ter também recursos para a própria empresa, que servem para capacitação dos próprios técnicos. Então o acordo de cooperação foi muito positivo e já estamos pleiteando a ampliação para 300 produtores, em mais de 20 municípios”, declarou.

Agroamigo Mais

O Agroamigo Mais atende agricultores familiares enquadrados no Grupo Variável do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com renda de até R$ 360 mil por ano.

Irrigantes retomam produção de batata-doce em perímetro estadual de Lagarto

Cinco perímetros irrigados estaduais produziram quase 19 mil toneladas da raiz em 2024

Agricultores irrigantes de Lagarto aumentam a cada ano a produção de batata-doce feita no Perímetro Irrigado Piauí, mantido pelo Governo do Estado no município do centro-sul sergipano. Em 2024, a alta foi de quase 30%, alcançando 648 toneladas da raiz. O perímetro é administrado pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), empresa vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri).

Este resultado mostra que os bataticultores superaram as dificuldades com pragas e doenças, as quais praticamente suspenderam a produção em 2019. Naquele ano, a incidência dos insetos pulgão e mosca branca transmitiam aos pés de batata-doce os vírus do Mosqueado Plumoso e Suave, que causam clorose irregular em forma de mosaico nas folhas. Isso provoca o atrofiamento da planta, que diminui o seu tamanho e o número de raízes. A assistência técnica oferecida pela Coderse reverteu a situação.

Segundo o técnico agrícola da Coderse, Marcos Emílio Almeida, a ocorrência da doença foi contornada de forma simples, apenas trocando as ‘sementes’. Como os produtores usavam as ramas dos pés de batata-doce colhidas na lavoura anterior, esta propagação passava o vírus de uma lavoura ou safra para outra. “Os produtores estavam com dificuldade de plantar por conta do material genético, muito propagado e com baixa produtividade. Conseguimos outro material genético e agora eles retornaram o plantio”, explicou.

O produtor irrigante Fabiano Martins planta batata-doce há cerca de oito anos. No fim do mês de fevereiro, ele tem um hectare plantado com da variedade roxa, divididos em três parcelas de idades diferentes. A mais próxima de colher tem 36 dias desde que foi plantada. O agricultor está confiante de ter bom rendimento e renda com essas três lavouras.

“A expectativa é que dê uma produção que nós consigamos vender, no mínimo, a R$ 2 o quilo. A gente costuma vender para atravessadores da região. Escolhemos a batata-doce roxa, porque ela colhe mais rápido que a ourinho branca, que não estava dando tão boa quanto o esperado. Muitos agricultores, como meu pai, plantaram a ourinho há uns anos e praticamente perderam por inteiro. A batata-roxa até para lavar é melhor, e tem boa aceitação”, pontuou.

Marcos Emílio relatou que a adubação de fundação, feita pelo produtor Fabiano Martins, ainda aproveitou os restos culturais de outras lavouras para baratear mais os custos. “A batata-doce não requer muito custo inicial para plantação, é mais resistente. Além disso, tem um mercado certo no município. Ele fez a plantação em covas, ficou mais espaçado, mas a produtividade mantém-se boa”, finalizou o técnico agrícola da Coderse.

Governo

Última atualização: 6 de março de 2025 09:17.

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