Governo de Sergipe participa do Citros Show Nordeste 2025

Organizadores têm expectativa de movimentar R$ 7 milhões em negócios

Abertura do Citros Show Nordeste

Sergipe sedia, pelo terceiro ano consecutivo, o Citros Show Nordeste, evento que reúne produtores, empresários e pesquisadores da área citrícola de Sergipe e de outros estados. A programação iniciou nesta quarta-feira, 13, na sede da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Sergipe (Aease), em Aracaju, e contou com a participação do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri).

Durante a saudação de abertura, o secretário da Seagri, Zeca Ramos da Silva, destacou a importância da realização do evento como um momento celebrativo e de troca de experiências. “É uma celebração porque podemos comemorar uma supersafra, com crescimento na produção e produtividade. Hoje, Sergipe tem a maior produtividade no cultivo de laranja do Nordeste. Esse evento é também um momento para trocar experiência, porque temos muito a avançar a aprender com a experiência de outras regiões produtoras, a exemplo dos desafios do escoamento da produção”, observou.

Ele ressaltou ainda as perspectivas com incentivos do Governo de Sergipe e fomento para o setor citrícola. “A ideia é trabalharmos juntos: governo, produtores e setor industrial de beneficiamento dos citros, para incrementar cada vez mais o setor. A gestão estadual está fazendo a sua parte na defesa sanitária, na produção de mudas e na contratação de técnicos e agrônomos. Para o próximo ano, iremos investir no Centro de Tecnológico de Citros de Boquim, faremos mais contratações de técnicos e agrônomos como também retomaremos com a tradicional Festa da Laranja – uma forma de resgatar culturalmente o sentimento de pertencimento da região produtora”, enfatizou o secretário.

Realizada pela Organização Campos de Lima Consultoria, a Citros Show Nordeste tem como propósito promover negócios e fortalecer a citricultura por meio de novos conhecimentos em gestão, produtividade e tecnologias de ponta. “Hoje, o Nordeste produz mais que São Paulo, mas ainda não tem capacidade de processamento suficiente. Então, a fruta acaba saindo daqui e indo para São Paulo, andando 2 mil km.”, afirmou o engenheiro agrônomo José Hugo Campos Lima, organizador do evento.

A expectativa do Citros Show Nordeste é movimentar R$ 7 milhões em negócios e superar os R$ 5 milhões da edição passada. São comercializados maquinários, como tratores e retroescavadeira, implementos agrícolas e pulverizadores, além dos insumos agrícolas como fertilizantes e defensivos.

Caso de sucesso

O engenheiro agrônomo Agnaldo José dos Santos é um dos palestrantes da Citros Show Nordeste. Ele salientou o alto nível de produção da citricultura em Sergipe. “Hoje, a gente trabalha num patamar de produtividade muito acima da média regional. Se procurar nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, eles falam que a média de Sergipe e Bahia está em torno de 20 toneladas por hectare (t/h), ou 30 toneladas t/h quando é um produtor tecnificado. Nós alcançamos áreas acima de 60 toneladas por hectare e inclusive alguns pontos, a gente tem áreas superiores a isso”, detalhou.

Acumulado de chuvas elevam barragens de irrigação do centro-sul sergipano à capacidade máxima

Perímetro Irrigado Piauí produziu 11 mil toneladas de hortaliças, frutas, grãos e material forrageiro em 2024. Já o Jabiberi alcançou produção de 2,4 milhões de litros de leite.

Como resultado das chuvas que caem em Sergipe há mais de uma semana, a barragem do Perímetro Irrigado Jabiberi, mantido pelo Governo do Estado em Tobias Barreto, município do centro-sul sergipano, chegou à sua capacidade máxima nessa quarta-feira, 21, e verteu. Na mesma microrregião do estado, a barragem do Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto, desde as primeiras chuvas do ano já vinha cheia. A situação é favorável à segurança hídrica para a irrigação nesses perímetros, e ao abastecimento humano nos municípios, bem como nas cidades de Riachão do Dantas e Simão Dias.

A meta alcançada em Tobias Barreto era a mais importante para segurança hídrica estadual, em barragens de irrigação, para 2025. No início do mês de fevereiro, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Sustentabilidade e Ações Climáticas (Semac) havia declarado situação de atenção para o nível da barragem do Perímetro Irrigado de Jabiberi, que estava entre 50% e 30% do seu volume útil. A Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) é a responsável por administrar o Jabiberi. O diretor de Irrigação da Coderse, Júlio Leite, comemorou o resultado das chuvas no perímetro. Segundo ele, isso evitou que pequenos produtores assistidos com irrigação, tivessem prejuízos na sua produção.

“Se a situação não se revertesse, com a recarga da barragem através das chuvas, e a barragem chegasse a uma situação de alerta, seria necessário implementar um regime de racionamento e restrição na produção agropecuária do Jabiberi, que é a vocação do perímetro. A água de irrigação é utilizada para a produção de material forrageiro e pasto, que alimenta vacas leiteiras. A importância desta produção  — quase 2,4 milhões de litros em 2024 — é tamanha, que permitiu a instalação de um laticínio dentro do perímetro para beneficiar exclusivamente o leite desses pecuaristas, produzindo em torno de 272 toneladas de queijo no mesmo período”, avaliou Júlio Leite.

Vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), a Coderse está ciente das condições climáticas que dificultam a recarga do reservatório. Há cerca de dois anos, a Coderse reduziu o tempo de distribuição de água no perímetro Jabiberi de nove para cinco horas diárias. Isso foi possível graças à parceria da Coderse com irrigantes, construindo reservatórios de 100 metros cúbicos (m³), o suficiente para atender toda a demanda diária de cada lote.

Em Tobias Barreto, é constante também o serviço de reparo das placas que compõem os canais de irrigação e a limpeza da vegetação, para evitar vazamentos. Ainda foi incentivado, a partir de banco de sementes, o cultivo de palma forrageira e gliricídia, mais resistentes à seca, para atender às criações de gado do perímetro em períodos de racionamento.

Outros perímetros

A partir do monitoramento periódico feito oficialmente pela Semac, em cooperação técnica com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), e com a medição feita pelos técnicos de campo, a Coderse acompanha o nível das barragens em cinco, dos seus seis perímetros de irrigação. “Além das barragens Jabiberi e perímetro Piauí, as outras três barragens estão com o nível normal, com a expectativa de que a partir de junho, como é de costume, cheguem à capacidade total e vertam”, completou o diretor Júlio Leite.

Emdagro reforça ações de prevenção à gripe aviária em Sergipe

A suspeita registrada no município sergipano de Graccho Cardoso foi descartada no último dia 19, mas a empresa estadual segue com ações para intensificar o monitoramento

Mesmo com a exclusão da suspeita de gripe aviária registrada no município sergipano de Graccho Cardoso, o Governo do Estado, através da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), permanece em estado de alerta máximo diante da confirmação do primeiro foco da doença em território nacional, ocorrido recentemente em um estabelecimento de produção comercial em Montenegro (RS). A autarquia estadual tem adotado uma série de medidas preventivas para preservar a saúde do plantel avícola sergipano e impedir a entrada da doença no estado.

De acordo com a diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade, a rápida atuação da equipe foi fundamental para garantir a segurança sanitária no estado e os trabalhos seguem para reforçar os serviços. “Dentre as ações já em curso estão a fiscalização intensificada no trânsito interestadual de aves e produtos derivados, o reforço nos postos de controle fixos, com apoio da fiscalização móvel, visitas a estabelecimentos que comercializam aves vivas, a suspensão temporária de eventos que envolvam aves, capacitação de médicos veterinários da Emdagro sobre técnicas de depopulação e descarte de carcaças”, detalha.

A Emdagro alerta que qualquer comportamento anormal ou aumento repentino na mortalidade de aves deve ser comunicado imediatamente ao escritório da empresa mais próximo. Outras informações podem ser obtidas junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária, pelo e-mail imprensa@agro.gov.br ou pelo telefone 61 3218-2708.

Suspeita descartada 

A suspeita de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) – gripe aviária – registrada no município sergipano de Graccho Cardoso foi descartada, após análises laboratoriais apresentarem resultado negativo para a doença. A notificação, recebida no último dia 16 de maio pela Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), referia-se à mortalidade de galinhas de criação de subsistência. No mesmo dia, técnicos da Defesa Animal realizaram a coleta de amostras biológicas e enviaram ao laboratório oficial do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em Campinas (SP). O laudo conclusivo foi emitido na noite do dia 19 de maio. 

No dia seguinte à notificação, 17, equipes da Emdagro, acompanhadas de uma auditora federal do Mapa, estiveram em propriedades vizinhas àquela onde ocorreu a mortalidade das aves, adotando os protocolos de investigação e rastreabilidade previstos pelo Plano Nacional de Contingência. 

“A pronta resposta dos nossos técnicos e a articulação com o Mapa foram essenciais. A população pode ficar tranquila. O caso em Graccho Cardoso foi investigado com seriedade e descartado com respaldo laboratorial. Ainda assim, seguimos vigilantes e atuando preventivamente em todas as regiões do estado”, frisa Aparecida.

Governo do Estado apoia e promove suporte técnico a III Encontro Sergipano de Criadores de Abelha

Evento debate manejo sustentável e de alta produção e os prejuízos de defensivos agrícolas à atividade

Sergipe vive um momento de ascensão da apicultura e da meliponicultura. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção chega a 150 toneladas por ano. Para celebrar os avanços, comemorar o dia do apicultor e também debater temas relacionados ao fortalecimento da cadeia produtiva, foi realizado nesta quinta-feira, 22, na unidade sede do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) Sergipe, em Aracaju, o III Encontro Sergipano de Apicultores e Meliponicultores. O evento conta com apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e suporte técnico da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro).

A edição deste ano do evento traz como tema “Apicultura e Meliponicultura Sustentável”, e debate o manejo sustentável, de alta produção e os problemas ocasionados pelos agrotóxicos à criação de abelhas. Representando o secretário Zeca da Silva, o diretor de Planejamento da Seagri, Arlindo Nery, destacou avanços importantes em relação ao apoio do Estado na construção de políticas públicas voltadas para o setor. 

“Diferente do cenário de anos anteriores, hoje nós temos o Governo presente no apoio aos apicultores e meliponicultores, por meio da Seagri e as empresas de assistência técnica vinculadas já foi possível realizar ações como: apoio à pesquisa em parceria com a Universidade Federal de Sergipe, Fapitec e SergipeTec; implementar os serviços de defesa e controle sanitário na criação de abelhas; cadastramento dos apicultores e meliponicultores, por meio da Emdagro; criação e coordenação do Conselho Estadual de Apicultura e Meliponicultura do Estado de Sergipe, em 2024; patrocínio do Encontro Estadual de Criadores de Abelha; além do apoio à Rota do Mel em parceria com o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional”, afirmou Arlindo.

Para o professor do Departamento de Biologia para Genética da UFS e um dos coordenadores do encontro, Edilson Divino de Araújo, Sergipe tem avançado muito, e o Governo do Estado é um dos principais atores desse processo. “Primeiro que, agora, nós já sabemos da existência dos apicultores e meliponicultores e onde eles estão produzindo, estamos avançando nessa questão. Uma novidade muito boa é que passamos a trabalhar em um conjunto de dados compartilhados, coisa que nunca existiu anteriormente. Esse conjunto de dados compartilhado entre todas as instituições vai subsidiar nossos projetos. É essa informação que hoje temos de quanto se produz, onde e quem produz. Isso nos ajuda a avançar”, explicou o professor.

“Agora, as instituições  trabalham de forma conjunta. Hoje, temos um registro muito melhor da produção, hoje nós temos o controle sanitário do Estado e diversos apoios como o Banco do Nordeste (BNB), IBGE e Ministério da Integração. São avanços extremamente promissores que refletem até na captação de recursos, ou seja, se a gente não tivesse essa organização, a Codevasf, por exemplo, não teria captado junto ao SergipeTec e UFS um projeto de R$ 15 milhões, como é o caso do que conseguimos junto ao Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e nem o BNB teria investido aqui no estado R$ 1.800.000 associado ao Fundo de Desenvolvimento Econômico, Científico, Tecnológico e de Inovação – Fundeci”, acrescentou Edilson Divino.

O presidente da comissão organizadora do evento e presidente da Associação de Apicultores e Meliponicultores (Asmase), Ricardo Thairon dos Santos, agradeceu a participação do Governo do Estado, que já demonstrou apostar muito na atividade apícola de Sergipe. De acordo com ele, muito ainda precisa ser feito. “Precisamos  profissionalizar a cadeia, precisamos nos profissionalizar como pessoas, como grupo, como setor. Precisamos melhorar nosso manejo, nossa capacidade produtiva, nossa visão de futuro. Nossa expectativa é de que esse encontro seja um divisor de águas. Um momento de fortalecer laços, compartilhar saberes, alinhar objetivos e construir juntos um futuro melhor” 

Rota do mel

Paralelo ao encontro de criadores de abelhas, aconteceu uma reunião das instituições e produtores que fazem parte da “Rota do Mel” e do Conselho Estadual de Apicultores e Meliponicultores.  A reunião foi coordenada por Edilson Divino, e contou com a participação do coordenador nacional das Rotas, pelo Ministério da Integração, Joaquim Carneiro, pelo reitor da UFS, professor André Maurício e do representante da Companhia de Desenvolvimento do Vale São Francisco (Codevasf), e o engenheiro florestal Ronaldo Fernandes, analista em Desenvolvimento Regional da Codevasf que representa o Mird no colegiado da Rota do Mel. Também participam o IBGE, Sebrae, Seagri e as associações dos produtores que hoje são 11 atuando de forma regular.

De acordo com o engenheiro florestal Ronaldo Fernandes, dois passos importantes a serem dados são o estudo de mercado e um levantamento do diferencial que o mel da região tem para agregar valor. “Sabemos que determinadas plantas principalmente aqui no semiárido, na caatinga são diferentes e elas produzem um mel de qualidade ímpar. Não pode ser vendido como um mel qualquer de outra região do Brasil. A caatinga só existe aqui no Nordeste e o mel desse bioma é diferenciado”, detalhou.

O produtor de Tobias Barreto Damião do Mel, participante do evento, afirmou que o mercado é bastante favorável. Segundo ele, só neste ano, já foram comercializados pelos produtores de seu município cerca de 17 toneladas de mel para o Piauí. “Vejo que nosso problema não é produção, nosso problema é organização. Estamos reorganizando a cooperativa de produtores para não ficar nas mãos dos atravessadores. Esse é um passo importante que estamos dando”, frisou Damião. 

O município de Tobias Barreto aparece nas estatísticas com o maior número de produtores registrado na produção de mel em Sergipe. A maior produção está no município de Nossa Senhora da Glória, conforme estudo feito pelo professor do Departamento de Biologia para Genética da UFS, Edilson Divino de Araújo.

Produtores dos perímetros irrigados garantem produção de milho para o período junino

A expectativa da produção para a época é de mais de quatro milhões de espigas, cerca de 50% a mais do que no ano passado

A época do ano mais esperada pelos sergipanos está batendo à porta. Cheios de manifestações culturais, os festejos juninos também carregam tradições culinárias exaltadas pela população, como o consumo do milho e pratos derivados, por isso, boa parte da produção do alimento é pensada para abastecer os estoques e atender a alta demanda. Para tanto, o Governo de Sergipe atua para garantir a produção de milho verde, sobretudo nos perímetros irrigados, por meio do trabalho realizado pelos produtores, com o apoio e orientação técnica da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse). 

A expectativa de produção dos perímetros irrigados para o ano de 2025 é de mais de 4,5 milhões espigas de milho até o mês de junho, o que representa um aumento de 50% em relação ao ano passado, quando foram comercializadas pouco mais de três milhões de espigas, segundo levantamento da Coderse. A área correspondente à produção de 2025 é de 157,2 hectares, espaço que conta com infraestrutura do governo para garantia da irrigação adequada à produção. 

Para quem é produtor, contar com o perímetro irrigado faz muita diferença na produção, como é o caso do agricultor familiar e administrador de empresas Paulo Henrique de Oliveira, 29 anos, que acompanha o pai na lida no campo desde a infância. Atualmente, o negócio da família é todo focado nas culturas mais procuradas no período junino, em especial o milho. “Somos beneficiados com o perímetro irrigado. Podemos plantar de inverno a verão que sempre haverá produção. Ficamos despreocupados em relação a isso. Não dependemos somente da chuva”, justifica o rapaz, que concilia um emprego na indústria com as obrigações no campo, no Povoado Brejo, em Lagarto. 

Segundo ele, a produção de milho do ano passado foi muito boa e a expectativa para este ano é que seja melhor. “Ano passado, foram cerca de 30 mil espigas e os preços ficaram em torno de R$ 40 a R$ 50 a mão [50 espigas]. Só em junho do ano passado faturamos R$ 14 mil e esperamos que neste ano seja melhor”, vislumbra o produtor, que destina sua produção para a Central de Abastecimento (Ceasa) de Aracaju e de Areia Branca. “Eu poderia me sustentar só com o trabalho do campo, se eu quisesse. A produção de milho já me supre, se eu quiser manter só uma profissão”, pontua. 

Paulo Henrique relata que o milho é o item mais procurado nessa época junina, mas ele produz, também, batata-doce, macaxeira e maracujá. “Apesar de diversificarmos as culturas, no momento, nosso foco é o milho, por conta do São João. O perímetro irrigado nos ajuda bastante. Nós, produtores, tanto no inverno quanto no verão conseguimos garantir a produtividade. Não ficamos só dependendo da época chuvosa. Conseguimos nos programar”, reconhece.

Demais culturas

Agricultora há 12 anos no Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto, no Ppovoado Fazenda Grande, Mirabel Ferreira dos Santos disse que se prepara para entregar o milho para o consumidor, assim como outros alimentos tradicionais do período junino, como a macaxeira. “A macaxeira está perto de colher. Já dá para vender para o comércio, se eu quiser”, declara a mulher, acrescentando que colhe cerca de 400 a 500 quilos de macaxeira por dia. “Já cheguei a uma tonelada de macaxeira por mês”, informa Mirabel, ao destacar que maio é a época certa de colheita para que a macaxeira esteja à disposição do consumidor em junho.

Por conta do aparato do perímetro irrigado, ela consegue se programar mais de uma vez no ano para a plantação. “Vamos plantar tudo de novo porque temos irrigação. Não tem época de plantar, dá o ano todo”. Além da macaxeira e do milho, Mirabel cultiva em sua propriedade batata-doce, feijão carioca, feijão de corda e amendoim. “Recebo assistência técnica por meio de técnicos da Coderse, que nos visitam e nos instruem. Contamos com a modernidade e tecnologia do perímetro. Eles sempre vêm, de acordo com a nossa demanda”, enfatiza.

Na temporada de São João também é tradição a venda de amendoim, produto típico que já está sendo providenciado nas duas propriedades de oito tarefas do produtor Antônio Barbosa, também assistida pelo Perímetro Irrigado Piauí, de Lagarto, no Povoado Brejo. “Sou um dos beneficiados do programa de irrigação e produzimos durante o ano todo, independentemente da época”, declara o agricultor de 22 anos de idade, que sustenta a casa onde vive com os pais graças ao dinheiro que fatura com a venda de amendoim e milho.  

Segundo ele, além do amendoim, até junho sua propriedade disponibilizará de 10 a 15 toneladas de milho prontas para comercializar. “No dia 24 de junho, o milho será entregue à Ceasa de Aracaju e de Maceió”, garante o agricultor, que trabalha com milho há cinco anos. “A produção é tão rentável que pretendo me manter no milho, amendoim e batata-doce. É o que está me rendendo. O perímetro permite isso”, conclui.

Agricultores de Rosário do Catete têm acesso a serviços durante o ‘Sergipe é aqui’

Secretaria de Estado da Agricultura e vinculadas receberam demandas da população rural, distribuíram mudas, análise de solos, entregaram CAFs e certificados de vacinação

Na edição de número 48 do ‘Sergipe é aqui’, a tenda da Agricultura levou serviços, fez atendimentos e entregas de benefícios aos agricultores de Rosário do Catete, leste sergipano, nesta sexta-feira, 16. Marcando a participação da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e de todas as suas empresas vinculadas ao evento do Governo do Estado, em que a capital de Sergipe é simbolicamente transferida para um município por um dia.

Com mais de 1.500 hectares de cana-de-açúcar plantados, além da produção de banana, 
mandioca e milho, o município também se destaca na pecuária de corte com um rebanho de mais de 5 mil cabeças. Dentro desse cenário, a Seagri, por meio das Empresas de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro), de Desenvolvimento Sustentável do Estado de Sergipe (Pronese) e Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), tem serviços e mantém o atendimento aos agricultores e pecuaristas de Rosário. 

A Emdagro assiste 40 produtores rurais no município e durante o governo itinerante em Rosário do Catete realizou ações, que beneficiaram diretamente pequenos produtores e visitantes. Destacaram-se a distribuição de 55 mudas frutíferas, a entrega de Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (Cafs), envio de oito amostras de solo ao Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe  (ITPS) para análise e a emissão de certificados de vacinação para quatro produtores, envolvendo 34 bovinos vacinados contra a brucelose.

Este ano o município foi contemplado com dois mil quilos de sementes de milho, por meio do Programa Estadual Sementes do Futuro, beneficiando 200 agricultores. Rosário também conta com 40 trabalhadores inseridos no programa Mão Amiga Cana-de-Açúcar, que garante auxílio de R$ 2.000, dividido em quatro parcelas.

Atendimentos

Técnicos presentes orientaram sobre o Caf e emissão de carteirinhas, sobre o cadastramento de produtores para vacinação contra brucelose e clostridiose, o cadastramento para inseminação artificial em bovinos, ovinos e caprinos. Entre os atendidos está um grupo de mulheres da comunidade Siririzinho, que foram atendidas pelo técnico em agropecuária Ray Álvaro, um dos responsáveis por esclarecer dúvidas sobre o Caf e procedimentos sanitários.

Já a agricultora Maria Auxiliadora Santos de Santana foi ao estande da Agricultura em busca de uma muda frutífera. “Soube das mudas e vim pegar uma de manga. Como eu sei que a Emdagro produz mudas de qualidade, com certeza essa que estou levando vai me dar bons frutos”, afirmou.

Já Rosineide Silva Santos, do povoado Siriri, entregou sua amostra de solo para análise. “Esta é uma ação muito importante por parte da Emdagro, porque nós, pequenos agricultores, não temos condições financeiras de realizar esse tipo de análise. Esse trabalho ajuda a evitar perdas e aumenta o aproveitamento da terra”, declarou.

Edilma Maria da Conceição também celebrou a conquista de seu Caf. “Vim pegar minha 
carteirinha de agricultura familiar. Agora posso ser chamada de agricultora, e esse documento me trará muitos benefícios, como a aposentadoria, por exemplo”. 

Diego de Andrade Santana teve suas vacas vacinadas contra a Brucelose ao longo da semana pelos técnicos da Emdagro e foi ao estande pegar seu certificado. “Estou muito feliz em estar aqui hoje para pegar tanto meu Caf, quanto meu certificado de vacinação. São dois documentos bastante importantes para o produtor.

Infraestrutura hídrica

A Coderse ofereceu seus serviços na promoção do acesso à infraestrutura hídrica no campo, com destaque para a perfuração e instalação de poços tubulares profundos. Foi atração na tenda Agricultura a maquete que reproduz um dos 32 sistemas de abastecimento de água dessalinizada do Programa Água Doce (PAD) em Sergipe. 

No estado, o PAD é coordenado pela Seagri e executado pela Emdagro e Coderse. São 29 
unidades atendendo uma população de cerca de seis mil usuários em comunidades rurais do semiárido sergipano. Em breve, outros três sistemas de abastecimento novos serão entregues pelo Governo de Sergipe.

Produtores participam de ensaios desenvolvidos pela Emdagro sobre variedades de milho

Evento expôs equipamentos que garantem precisão no plantio do milho, com distribuição uniforme de sementes e adubo

A Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) realizou nesta quarta-feira, 14, no Centro de Fruticultura, em Boquim, o dia de campo especial para a implantação de “ensaios sobre variedades de milho e equipamentos para plantio”. O evento reuniu técnicos e agricultores familiares com o objetivo de capacitar, apresentar tecnologias de plantio e demonstrar o potencial produtivo das sementes de milho distribuídas pelo Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) e da Emdagro, dentro do Programa Sementes do Futuro.

Foram abordadas três variedades de milho: Cruzeta, Potiguar e Crioula. As sementes fazem parte de variedades entregues pelo Estado aos agricultores, como parte da política estadual de incentivo à produção agrícola sustentável. Durante o evento, os participantes conheceram os aspectos produtivos, resistência a pragas, além das características físicas das plantas, como espessura do colmo, porte e altura de inserção da espiga.

Segundo o diretor de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa da Emdagro, Jean Carlos Nascimento, a vitrine instalada no Centro de Citricultura será uma unidade permanente de capacitação. “Esse espaço servirá como referência para a formação continuada dos nossos técnicos. O Programa Sementes do Futuro vai plantar mais de 20 mil hectares de milho em todo o estado, e precisamos de técnicos qualificados para acompanhar esse processo, orientar os agricultores e contribuir para o aumento da produtividade sem agredir o meio ambiente”, destacou.

Jean Carlos ainda ressaltou que o treinamento é completo, com etapas teóricas e práticas: “Aqui mostramos as principais pragas e doenças que atacam as lavouras de milho, novos espaçamentos e características de cada variedade. As atividades continuarão durante os 90 dias de desenvolvimento das plantas, com visitas mensais para observar o crescimento, tamanho da espiga, estrutura e massa da planta. Tudo registrado em relatórios técnicos que serão compartilhados com a Seagri e o Governo do Estado”.

Outro destaque do evento foi a demonstração de plantadeiras e adubadeiras manuais, voltadas especialmente para pequenos produtores. As máquinas garantem precisão no plantio do milho, com distribuição uniforme de sementes e adubo, superando os resultados obtidos com a tradicional matraca, que depende da habilidade manual do operador.

O técnico agrícola Luiz Henrique, da Emdagro, explicou que a plantadeira e adubadeira manual de Empurrar do tipo “bandeira” oferece alta precisão na profundidade e espaçamento do plantio. “Ela proporciona um cultivo mais uniforme e produtivo. O investimento varia entre R$ 1.800 e R$ 3.000, mas o retorno pode ser alcançado já no primeiro ano, com capacidade de plantio de até dois hectares por dia”, afirmou.

O agricultor Agnaldo Guimarães Santana, da comunidade Pista Sete, que já utiliza as plantadeiras no cultivo do amendoim, participou do evento para conhecer as novas variedades de milho. “Fui beneficiado com as sementes do Programa Sementes do Futuro e estou muito animado com o potencial produtivo do milho. Agora, vou aplicar essas informações na minha propriedade”, disse.

Já o agricultor César Rodrigues Santos, do Povoado Mangue Grande, elogiou a realização do evento. “Esses dias especiais são muito importantes, porque nos permitem levar para casa experiências exitosas. Essas variedades são resistentes, têm alto rendimento e um ciclo de produção mais curto, o que faz toda a diferença para nós”, ressaltou.

O técnico Joatônio Ferreira, responsável pela unidade local, enfatizou a importância do monitoramento contínuo da área implantada. “Vamos estar todos os dias acompanhando a lavoura, com pragas, doenças, adubação e demais necessidades. No final do ciclo, vamos entregar um relatório técnico para a Secretaria da Agricultura e o governador, com informações precisas sobre o desempenho das sementes em campo”, concluiu.

Com ações como essa, a Emdagro reforça seu compromisso com a valorização da agricultura familiar, a difusão de tecnologias acessíveis e o fortalecimento da produção de alimentos em Sergipe.

Seagri e vinculadas fortalecem agricultura familiar em São Francisco na 47ª Edição do ‘Sergipe é aqui’

Município recebe governo itinerante com incentivos à agricultura familiar, por meio da entrega de sementes, mudas e serviços agropecuários

O município de São Francisco, localizado na região do baixo São Francisco, a 67 km da capital Aracaju, foi sede nesta terça-feira, 13, da 47ª edição do programa itinerante ‘Sergipe é aqui’. Durante o evento, o Governo do Estado transferiu simbolicamente sua sede para o município e ofertou mais de 170 serviços à população local.

Com destaque na produção agrícola, especialmente nas culturas de mandioca, amendoim, milho e feijão, além da pecuária com mais de 6 mil cabeças de gado, São Francisco recebeu atenção especial das pastas ligadas ao setor agropecuário. A Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), por meio das vinculadas Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), Empresa de Desenvolvimento Sustentável do Estado de Sergipe (Pronese) e Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), esteve presente com uma série de atendimentos e ações voltadas para o fortalecimento da agricultura familiar.

A Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), que atualmente assiste 120 produtores rurais no município, promoveu uma série de atividades no estande da Seagri. Ao longo do dia, foram distribuídas 55 mudas frutíferas e entregues três registros no Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF). A equipe técnica também viabilizou o envio de 30 amostras de solo ao Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe (ITPS) para análise.

Entre as pessoas que buscaram as mudas frutíferas no estande da Agricultura estavam  Aparecida Alves Pereira e Elisandre Cavalcante. Elas escolheram receber mudas de amora. “Eu tenho usado a Amora como suplemento alimentar e com essa muda da planta que estou levando pra casa vou produzir meus próprios frutos. É uma planta muito boa para a saúde da mulher. É ótimo!”, disse Aparecida. “Tanto podemos fazer o chá quanto consumir a própria fruta”, completou Elisandre, com sentimento de muita satisfação.

Outro destaque foi a entrega de cinco certificados de vacinação contra a Brucelose, contemplando 50 bovinos vacinados. Além disso, foram oferecidas orientações sobre a emissão do CAF, emissão de carteirinhas para agricultores já cadastrados e realizados cadastros de pequenos produtores para diversas ações, como vacinação contra Clostridiose e Brucelose, inseminação artificial em bovinos, ovinos e caprinos, além da regularização fundiária.

O criador Igor Adagio Santana, que foi atendido pelos serviços de vacinação contra Brucelose, esteve no estande da Agricultura para receber o certificado de vacinação. Ele tem 18 animais, sendo oito em lactação, produzindo cerca de 100 a 120 litros de leite por dia. O produtor informou por que é importante vacinar. “Tive um colega produtor que perdeu todo seu rebanho. Foi um prejuízo muito grande, porque não vacinou. A nossa produção é familiar e temos todo o cuidado porque fazemos todo o processo, criamos o animal, ordenha para tirar o leite, que é vendido para os laticínios e também fazemos o queijo”, detalhou o produtor.

Como ação complementar, o município de São Francisco também foi contemplado com 1.700 quilos de sementes de milho, entregues pela Emdagro a 170 pequenos agricultores. A distribuição integra o Programa Estadual ‘Sementes do Futuro’, voltado ao fortalecimento da produção agrícola no campo. A presença do Governo do Estado no município por meio do ‘Sergipe é aqui’ reforça o compromisso de descentralizar os serviços públicos, promovendo cidadania e desenvolvimento em todas as regiões de Sergipe.

A Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), também vinculada à Seagri, compareceu à tenda da Agricultura para disponibilizar seus serviços à população de São Francisco. No ‘Sergipe é aqui’, além de atender demandas de poços e sistemas de abastecimento, a empresa leva a maquete do ‘Programa Água Doce’, mostrando o trabalho que a Seagri e suas vinculadas fazem no seminário, em 29 localidades e seis mil pessoas beneficiadas com água potabilizada a partir de poços salinos.

Secretaria de Estado da Agricultura mobiliza instituições parceiras a atuarem na regularização de queijarias

Comitê com os principais órgãos e instituições que atuam na bacia leiteira sergipana está sendo institucionalizado

Para apoiar a regularização dos laticínios (queijarias), a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e sua vinculada Empresa de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro), em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Sergipe – Faese e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Sergipe – Senar Sergipe, estão institucionalizando a criação de um Comitê com os principais órgãos e instituições que atuam na bacia leiteira sergipana.

O primeiro encontro interinstitucional foi aberto pelo secretário da Agricultura, Zeca da Silva, que destacou a necessidade da atuação conjunta. “Nós acreditamos que esse esforço conjunto para a regularização das queijarias ajudará na conscientização dos empreendedores e consumidores”.

Segundo o gestor da Seagri, a regularização é ainda mais essencial diante do cenário projetado para os próximos anos a partir dos investimentos que o Estado vem realizando no setor. “Já temos uma bacia leiteira forte, com Sergipe se posicionando como o 2º estado do Nordeste em relação à aquisição e industrialização de leite cru. E foi divulgado estudo do BNB constatando que nosso estado teve o maior crescimento na produção de leite na região Nordeste, se comparados os três primeiros meses de 2024 e 2023. Também é importante dizer que, com as ações que o Governo do Estado está empreendendo, a exemplo da Adutora do Leite, vamos crescer ainda mais. Portanto, é fundamental que os empreendimentos que trabalham no beneficiamento do leite estejam preparados”, acrescentou Zeca da Silva.

Comitê

Inicialmente, foram convidados o Sebrae, o Instituto Federal de Sergipe (IFS), a Universidade Federal de Sergipe (UFS), a Vigilância Estadual, o Banese, o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e a Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema). De acordo com o especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental e diretor de Planejamento da Seagri, Arlindo Nery, cada instituição exercerá uma função neste esforço conjunto de regularizar as queijarias.

“Sabemos que, anualmente, há em nosso estado a realização da FPI (Fiscalização Preventiva Integrada), e todos os anos temos a identificação dos mesmos problemas nas agroindústrias de laticínios (queijarias). Com essa parceria entre as instituições, contribuiremos para reduzir as dificuldades dos produtores”, disse Arlindo.

Conforme a equipe técnica da Seagri, o próximo passo é esboçar um plano de ação definindo as atividades de cada instituição para ajudar na conscientização dos consumidores, produtores e empreendedores.

Sergipe reforça ações preventivas e destaca conquistas sanitárias em saúde animal

Estado avançou e tem como legado a sanidade do rebanho, mas é fundamental que produtores continuem colaborando com a atualização cadastral dos animais e participem ativamente das campanhas de vacinação

Em 2024, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) instituiu, oficialmente, o mês de maio como o Mês da Saúde Animal, uma iniciativa que visa promover ações de conscientização, engajamento e prevenção de doenças que afetam a produção animal brasileira. Em Sergipe, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) reforça seu compromisso com a sanidade animal e celebra avanços importantes na área.

Com um histórico positivo no controle de enfermidades, Sergipe se destaca nacionalmente por conquistas como reconhecimento internacional enquanto zona livre de peste suína clássica (PSC), demonstrando o controle efetivo da doença; a condição de livre de febre aftosa sem vacinação, o que assegura a qualidade sanitária dos rebanhos; e a ausência de registros de influenza aviária, garantindo segurança na produção de aves.

De acordo com a diretoria de Defesa Animal da Emdagro, esses resultados são fruto do trabalho conjunto entre o Governo do Estado e os produtores rurais, que seguem rigorosos protocolos de defesa sanitária. A diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade, ressaltou que o esforço contínuo é essencial para manter a reputação sanitária do estado. “Temos orgulho dos avanços conquistados, mas é fundamental que os produtores continuem colaborando com a atualização cadastral dos rebanhos e participem ativamente das campanhas de vacinação. Esse engajamento é o que garante um setor agropecuário forte, seguro e competitivo”, sublinhou.

Durante o mês de maio, uma das ações prioritárias é a atualização cadastral obrigatória dos rebanhos, abrangendo espécies como bovinos, bubalinos, suínos, ovinos, caprinos, equinos, asininos, muares, aves, abelhas e animais aquáticos. A medida é essencial para o controle e monitoramento das doenças e para manter o status sanitário do estado. Outro foco importante é a prevenção da brucelose, uma zoonose crônica que pode ser transmitida aos seres humanos por meio do consumo de leite contaminado ou contato direto com animais infectados. A doença exige tratamentos longos e difíceis, por isso a vacinação é fundamental.

A orientação da Emdagro é vacinar as bezerras entre 3 e 8 meses de idade, com aplicação feita por médicos veterinários credenciados. A imunização contribui para evitar a disseminação da doença nos rebanhos e também protege a saúde pública. “Contamos com a colaboração de todos os produtores para manter Sergipe livre de doenças e fortalecer cada vez mais a nossa produção animal. Juntos, podemos garantir um setor mais saudável, sustentável e competitivo”, reforçou Aparecida Andrade.

Os produtores que desejam tirar dúvidas sobre a vacinação do rebanho ou qualquer informação sobre a sanidade dos animais, podem entrar em contato com a diretoria de Defesa Animal da Emdagro pelo número telefônico 3234-2624.

Governo

Última atualização: 15 de maio de 2025 11:51.

Ir para o conteúdo