Curso de habilitação fortalece a defesa sanitária vegetal no estado e amplia segurança no comércio de produtos agrícolas
A Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), por meio da Coordenadoria de Defesa Vegetal, iniciou nesta terça-feira, 6, o Curso de Habilitação de Responsáveis Técnicos para emissão de Certificado Fitossanitário de Origem (CFO) e Certificado Fitossanitário de Origem Consolidado (CFOC). A capacitação, que ocorre até o dia 8 de agosto, no auditório da sede da empresa, em Aracaju, reúne 40 participantes, entre engenheiros agrônomos da Emdagro e profissionais externos de diferentes regiões do estado.
O curso tem como objetivo qualificar os profissionais para atuarem na prevenção fitossanitária da produção vegetal, garantindo a rastreabilidade, a sanidade e a origem dos produtos cultivados em Sergipe. Para a diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade, a ação é estratégica. “Quero dar as boas vindas a todos e dizer que o curso visa formar profissionais habilitados para fortalecer a atuação da defesa sanitária vegetal no estado, ampliando a rede de Responsáveis Técnicos aptos a identificar, monitorar e agir preventivamente contra pragas de interesse quarentenário”, destacou.
A habilitação para emissão de CFO e CFOC é regulamentada pela Instrução Normativa nº 33, de 24 de agosto de 2016, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), e exige conhecimentos técnicos atualizados sobre legislação fitossanitária, pragas quarentenárias e boas práticas de monitoramento e controle.
Durante a capacitação, os participantes aprofundam conteúdos teóricos voltados para a identificação de sintomas, procedimentos de inspeção, preenchimento de documentos e exigências legais relacionadas à emissão dos certificados. “O foco do curso são 12 pragas quarentenárias que afetam diretamente as cadeias produtivas da banana e dos citros, culturas de grande importância para a economia agrícola sergipana, a exemplo da Sigatoka-negra, Mancha Preta dos Citros, Cancro Cítrico, Greening, Mosca-do-Mediterrâneo e Mosca-da-Carambola”, frisou o coordenador de Defesa Vegetal da Emdagro Alberto Ferreira do Nascimento Júnior.
Além de técnicos da Emdagro, o curso conta com a presença de profissionais que atuam diretamente com a agricultura em diversos municípios sergipanos. Para a engenheira agrônoma e secretária da Agricultura do município sergipano de Umbaúba, Flávia dos Santos Lima Ribeiro, a capacitação representa um passo importante para seu crescimento profissional e para o fortalecimento da cadeia produtiva local.
“Este é um curso de extrema importância, principalmente porque nos tornaremos responsáveis por certificações fitossanitárias na nossa região. Está sendo muito enriquecedor, com profissionais capacitados nos transmitindo todo o conhecimento necessário. Formei há cerca de cinco anos e desde então atuo na assistência técnica e extensão rural, tanto na iniciativa privada quanto em instituições públicas. Hoje estou como secretária de agricultura, mas decidi participar pensando no meu crescimento profissional e na contribuição que posso dar ao nosso estado com essa certificação”, frisou Flávia.
A importância da qualificação vai além das fronteiras sergipanas. Profissionais de outros estados também participam da formação, como é o caso do engenheiro agrônomo José Fernandes Lapa Júnior, do Distrito de Irrigação Porto Novo, na Bahia, que ressaltou o impacto positivo do curso para os produtores baianos.
“Na nossa região, os produtores estão aguardando há muito tempo uma oportunidade como essa. Ter a possibilidade de participar deste curso aqui em Sergipe é uma grande conquista, porque a certificação de origem é fundamental para que eles possam enviar seus produtos para fora do estado. Com certeza, essa habilitação vai garantir rastreabilidade e segurança em todo o país, e facilitar nosso trabalho no dia a dia”, afirmou.
Ao final do curso, os participantes aprovados estarão aptos a atuar como responsáveis técnicos habilitados junto à Emdagro para emissão de CFO e CFOC, contribuindo com o fortalecimento da defesa agropecuária, a prevenção da disseminação de pragas e o acesso seguro dos produtos sergipanos aos mercados interestaduais e internacionais.







