Feira da Agricultura Familiar e Economia Solidária promove debates sobre segurança alimentar e transição energética


A feira acontece até o próximo sábado dia 7

Nesta quarta-feira, 06 de dezembro, o Centro de Treinamento Sindical Rural (CENTRESIR), em São Cristóvão, foi palco de duas rodas de conversa dentro da programação da Feira da Agricultura Familiar e Economia Solidária. Promovido pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar e Economia Solidária de Sergipe (FETAFES), o evento, que acontece de 5 a 7 de dezembro em Aracaju, reúne agricultores, especialistas e representantes de instituições para discutir temas essenciais para o setor.

A primeira roda de conversa foi conduzida pela nutricionista Jéssica Curvelo Fontes Belém, da Secretaria de Estado da Assistência Social, Inclusão e Cidadania (SEASIC), com o tema “Boas práticas na manipulação de alimentos”. Jéssica destacou que o debate ajudou a desmistificar crenças equivocadas e reforçou a importância de práticas simples e eficazes para garantir qualidade e segurança alimentar.

“A roda de conversa foi importante para desmistificar essas crenças e reforçar a importância de práticas que garantam a qualidade e a segurança alimentar. Mesmo com recursos limitados, é possível adotar medidas como a higienização correta das mãos e alimentos, além da escolha de insumos seguros”, explicou a nutricionista.

Dona Maria Antônia, agricultora familiar de Santo Amaro das Brotas, participou da roda e enfatizou que a saúde da população começa na produção e manipulação adequadas dos alimentos. “Se você tem um bom plantio, mas não cuida da manipulação do que foi produzido, em vez de saúde, o alimento pode causar doença”, afirmou. Ela destacou a relevância desses cuidados para garantir alimentos saudáveis tanto para o consumo familiar quanto para a mesa dos consumidores nas cidades.

A segunda roda de conversa abordou o tema “Selo Biocombustível Social – Oportunidades e desafios para a inclusão da agricultura familiar sergipana na cadeia produtiva de biocombustíveis”. Conduzido pela consultora Cristina Andrea Veloso, da Secretaria de Agricultura Familiar e Agroecologia do Ministério do Desenvolvimento Agrário (IICA/MDA), o debate destacou o papel estratégico da agricultura familiar na transição energética.

Cristina explicou que o Selo Biocombustível Social é uma política que incentiva empresas de biodiesel a integrarem agricultores familiares em suas cadeias produtivas, com contratos prévios, assistência técnica e aquisição da produção, especialmente nas regiões Norte, Nordeste e Semiárido.

“Essa política permite que agricultores familiares contribuam com a produção de alimentos e matérias-primas no contexto da transição energética, fortalecendo a produção agroecológica e orgânica”, destacou a consultora.

Dona Iraci Sena, agricultora familiar orgânica de Pirambu, demonstrou grande interesse pelo tema e avaliou positivamente a discussão. “Nós que produzimos, é importante saber que alguns produtos podem ser transformados em biodiesel. É muito importante a gente, na agricultura familiar, saber que temos essa prioridade”, afirmou.

As rodas de conversa, além de promoverem debates técnicos, abriram espaço para que agricultores compartilhassem experiências e esclarecessem dúvidas sobre temas estratégicos, como segurança alimentar e transição energética. A Feira da Agricultura Familiar e Economia Solidária segue até 7 de dezembro, consolidando-se como um evento essencial para o fortalecimento da agricultura familiar em Sergipe.

Também participou da roda de conversa Mateus Gringo de Assunção,
Assessor Técnico da SEAB – Secretaria de Abastecimento e Segurança Alimentar do Governo Federal.

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Última atualização: 6 de dezembro de 2024 12:38.

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