Governo do Estado incentiva desde a produção até a comercialização de produtos juninos

Coderse fornece irrigação, assistência técnica ao agricultor e agora promove vendas dos comerciantes de alimentos típicos, na administração da Ceasa Aracaju

No período junino, Sergipe é notadamente autossustentável na produção dos alimentos típicos das festas. Tem milho verde, macaxeira, amendoim, derivados da mandioca, coco, leite, laranja, tangerina e toda iguaria que esses itens podem ser transformados, a partir da criatividade da culinária nordestina. Ao administrar seis perímetros irrigados no interior do estado e a Central de Abastecimento de Sergipe (Ceasa) em Aracaju, o Governo do Estado facilita o consumo desses quitutes tradicionais, melhorando a oferta e os preços.

A Ceasa é o destino mais procurado por quem planta ou comercializa produtos da mesa da festa junina. Sua administradora desde o mês de maio, a Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) organizou uma Feira Junina para estreitar o contato entre o consumidor, produtores e fornecedores desses itens. A feira acompanha a programação da Central de Abastecimento até o dia 29 e sempre aos sábados leva, de 9h às 13h, a descontração de trios pé de serra e quadrilhas juninas, para incentivar ainda mais as vendas.

No campo, a Coderse fornece irrigação pública e assistência técnica agrícola para agricultores produzirem alimentos durante todo ano. Um deles é Wilson Cunha, irrigante no perímetro irrigado Jacarecica I, em Itabaiana, no agreste sergipano. Como na maioria das 1.826 unidades produtivas atendidas pela empresa – que é vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) -, o lote de Wilson reservou dois pedaços da área irrigada para o plantio do milho verde, para as festas de São João.

“A água da Coderse é boa, mas agora não estamos precisando, Deus mandou a chuva e vamos tirar sem molhar mais. A chuva de Deus é outra coisa para o milho, que fica melhor”, agradeceu Wilson Cunha. Ele inicia as lavouras usando a irrigação do Jacarecica I e termina com a água da chuva. Depois de São João e do período chuvoso, ele continua a plantar batata-doce, quiabo ou amendoim.

Segundo o técnico agrícola da Coderse Simeão Santana, o incentivo também é em assessorar a produção, em função dos mercados. “Perto da época junina a gente orienta o produtor a plantar amendoim e milho, que são produtos tradicionais da culinária e consumidos por todos os nordestinos. Desde o preparo do solo, orientamos que o produtor busque a melhor forma de trabalho, bem como o uso racional da água, pensando no bem comum de todos”, pontuou.

Distribuição e comercialização

Na outra ponta está quem procura os produtos in natura, processados ou as comidas típicas das festas, que ocorrem durante todo mês e até depois de junho. A Feira Junina da Ceasa aproxima esse público do produtor rural, com uma estrutura de tendas e mais de 60 bancas montadas para os feirantes se dedicarem à comercialização desses itens ao consumidor final, comércio e autônomos, que também têm o São João como incremento de renda.

“Sempre venho à Ceasa, que para mim é o melhor lugar. Tem boa qualidade, bom atendimento e o preço é bom. Você sempre encontra coisas de qualidade aqui que não encontra em outros lugares. Tem uma diversidade em tudo que você imagina, frutas, verduras, cereais. É um bom lugar para se comprar”, afirma a fisioterapeuta Selma Hora Silva, que no período junino também se dedica à preparação dos quitutes típicos para comercializar, com os amigos e pessoas do trabalho, via delivery. “No São João compro milho, macaxeira e coco. Essa feira é bem melhor. Aqui mesmo você encontra tudo para festa junina”, completou Selma Hora.

A fisioterapeuta é cliente da comerciante da Ceasa Valdenira Andrade dos Santos, que na Feira Junina beneficia e comercializa o milho verde, coco seco e macaxeira, descascados ou ralados na hora. Nas outras épocas do ano Valdenira está sempre na Feira do Produtor da Ceasa, que funciona aos sábados, paralelo à comercialização e distribuição da Central de Abastecimento, inclusive quanto tem feira junina.

“A gente vende peixe lá na Feira do Produtor. Depois do São João e São Pedro, eu volto para lá. Na Feira Junina as vendas agora melhoraram um pouco e vão melhorar mais. Daqui para o São João, esperamos uma venda boa, todo ano é. No São Pedro também”, finalizou Valdenira Andrade.

Agricultura

Governo

Última atualização: 21 de junho de 2024 10:54.

Pular para o conteúdo