Plano Integrado de Vigilância confirma Sergipe como estado livre da Peste Suína Clássica

Sergipe encerrou o primeiro semestre do ano com resultado positivo na Suinocultura. O Estado manteve sua certificação como Zona Livre de Peste Suína Clássica, com reconhecimento internacional pela Organização Mundial de Sanidade Animal (OIE). A implementação das ações do Plano Integrado de Vigilância de Doenças dos Suínos, foi feita entre os meses de maio e junho, pela Empresa Sergipana de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro), órgão do governo do Estado vinculado à Secretaria de Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). O estudo, com delineamento das ações previamente definido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), foi realizado com 15 estados e o Distrito Federal. No Nordeste apenas Sergipe e Bahia foram reconhecidos oficialmente como livres da Peste Suína Clássica.

Foram trabalhadas nessa ação 180 propriedades sergipanas distribuídas em 48 municípios, sendo que 115 destas com vigilância sorológica e 65 com vigilância clínica. Das 1.051 amostras de sangue suíno coletadas pelo Serviço Veterinário Oficial e enviadas para análise no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA/MG), todas tiveram resultado negativo para Peste Suína Clássica. Durante esse trabalho, foram sanadas as dúvidas do criador e repassadas orientações sobre a importância da comunicação imediata de qualquer caso suspeito das doenças de notificação à Emdagro.

Para a médica veterinária Vera Lúcia Minan, responsável pela área animal do MAPA em Sergipe, o resultado do estudo foi muito bom para o estado. “Pudemos comprovar que não existe circulação viral da peste suína em Sergipe, apesar de estarmos bem próximos de uma região infectada”, disse se referindo ao Estado de Alagoas. “O delineamento amostral garante que não foi detectado vírus, com 99,5% de confiança no resultado e intervenções bem fidedignas”, destacou ao pontuar que acima de Alagoas, todos os Estados são considerados zonas infectadas pela doença.

A primeira etapa do estudo consistiu na realização de vigilâncias clínicas e sorológicas, em estabelecimentos de criação de suínos visando o fortalecimento da capacidade de detecção precoce, além do atendimento imediato e preciso de casos de doenças que impactam economicamente a criação de suínos. Segundo a diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Maria Aparecida Andrade, além dessas ações pontuais, a empresa mantém três postos de fiscalização funcionando 24 horas por dia, sete dias por semana, localizados de forma estratégica na divisa com os estados. “Também realizamos atividades de fiscalização móvel, que monitoram de forma estratégica o trânsito nas rodovias, as aglomerações animais e outros eventos agropecuários, tudo com o propósito de salvaguardar o plantel suíno do Estado”, afirmou.

De acordo com o secretário de Estado da Agricultura, Zeca da Silva, as conquistas se devem ao persistente e cuidadoso trabalho dos criadores sergipanos e à assistência técnica de qualidade prestada pela Emdagro. “Observamos que nos últimos três anos, o plantel sergipano de suínos cresceu aproximadamente 31,79%, passando de 345.135 animais, em 2019, para 454.714 animais esse ano e que a suinocultura atende principalmente ao mercado interno, caracterizando-se por ser predominantemente de abate. Esses resultados são muito gratificantes pra nós e precisam ser comemorados sempre”, disse o secretário ao observar que desde 2016, Sergipe recebeu e mantém essa certificação internacional como área livre da Peste Suína Clássica (PSC).

Governo

Última atualização: 17 de agosto de 2022 09:22.

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