Um estudo recente realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que a produção de leite no estado de Sergipe cresceu 28,99% no primeiro trimestre de 2022 comparado ao mesmo período do ano passado.
De acordo com os dados do IBGE, nosso estado produz, em média, 1 milhão de litros de leite por dia. Tais dados, colocam Sergipe em destaque, já que a produção caiu na maioria dos estados brasileiros e na média nacional.
Um dos motivos para o aumento da produtividade se deve ao investimento em tecnologias, como também às melhorias no manejo sanitário. De acordo com o presidente da FAESE, Ivan Sobral, “a capacitação é outro fator relevante para o crescimento da produção leiteira”. Segundo Sobral, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/SE), por meio da Assistência Técnica e Gerencial, atendeu em 2022, 367 propriedades da bovinocultura de leite, o que representou 7,5% da produção do estado, com uma média diária por vaca de 13,42 litros. “Isso representa quase o dobro da média do estado, o que mostra que o produtor capacitado produz ainda mais, com redução de custos. Nosso objetivo é levar informação e fazer com que o produtor entenda sobre a gestão da propriedade, produzindo mais com menor custo”, completou.
O governador Belivaldo Chagas fez uma avaliação positiva do resultado da pesquisa. “O resultado nos deixa apenas atrás da Paraíba entre os que mais cresceram no país e mostra que todo o empenho do Governo de Sergipe no fomento do setor agropecuário, apoiando do pequeno agricultor familiar ao grande produtor do agronegócio, em especial pelo Pró-Campo, com projetos como o Pró-Sertão Bacia Leiteira e os incentivos fiscais aos laticínios, que vem estimulando o setor, gerando emprego e renda para a população”.
Para o secretário de estado da Agricultura, Zeca da Silva, nos dois últimos dois anos tivemos bons períodos de chuva que ajudaram a manter as áreas de pastagem, mas esse resultado tem grande contribuição de uma sucessão de políticas públicas implementadas pelo governo para fomentar o desenvolvimento da bacia leiteira sergipana. Zeca acrescenta o ganho em qualidade do rebanho. “Um dos motivos é o melhoramento genético de nosso rebanho, tanto por meio de políticas do governo estadual como dos próprios produtores”.
Segundo o representante da Asproleite, Juraci Pereira de Barros, hoje em dia, pequenos e médios produtores estão profissionalizando sua produção através do uso de tecnologia, antes só vista em grandes fazendas. “Sabemos que o valor do leite varia, de vez em quando, mas com o uso de técnicas e tecnologia passamos por um bom momento”. Problemas de infraestrutura e condições das estradas ainda atrapalham os produtores. Porém, para de Barros, alguns estudos demonstram que o Nordeste é o melhor lugar para produção de leite, apesar do clima quente, e Sergipe consolida sua presença. “Avançamos muito, e temos muito pela frente. Vamos longe”, finaliza.