Comerciantes e visitantes elogiam edição 2025 da Feira da Agricultura Familiar e Economia Solidária

A Feira fortalece uma rede de trabalho coletivo, promovendo a exposição de produtos, a troca de conhecimentos e a valorização das comunidades

O espaço de comercialização, montado no estacionamento em frente ao farol da Orla da Atalaia, em Aracaju, para realização da Feira Sergipana da Agricultura Familiar e Economia Solidária, reúne, desde a última sexta-feira, 26, estandes com produtos da agricultura familiar, artesanato sergipano e da culinária regional. Já nos primeiros dias foi possível contatar o sentimento de satisfação dos expositores, produtores e visitantes. 

Coordenada pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), a iniciativa tem como objetivo ampliar o acesso dos pequenos produtores a novos mercados, estimulando a comercialização de alimentos e produtos artesanais oriundos da agricultura familiar, da agroecologia e da economia solidária de todas as regiões sergipanas. A programação segue até o domingo, 28, sempre das 14h às 22h.

A representante do Fórum Estadual da Economia Solidária, Cláudia Pereira, destacou o caráter coletivo de organização e comercialização. “Esse é um espaço onde podemos fortalecer a economia solidária, que reúne trabalhos coletivos, seja de associações, cooperativas ou grupos informais, sempre realizados em grupos e não de forma individual”, afirmou.

Ela explica que essas iniciativas complementam a renda da agricultura familiar, especialmente no período das entressafras, por meio de atividades diversas, como grupos de mulheres, casas de farinha, cultura, alimentação e serviços. “A economia solidária valoriza produtos naturais e artesanais de várias regiões de Sergipe, preservando saberes tradicionais e dando visibilidade a trabalhadores antes “invisíveis”. A Feira da Agricultura Familiar fortalece essa rede, promovendo a exposição de produtos, a troca de conhecimentos e a valorização das comunidades”, enfatizou.

Nesta segunda edição da Fesafes, cerca de 90 expositores participam do evento, representando diferentes categorias da agricultura familiar e da economia solidária, como comunidades tradicionais, assentados, pescadores e extrativistas. Os feirantes estão organizados em núcleos por territórios de identidade, oferecendo ao público uma ampla diversidade de alimentos saudáveis — de origem animal e vegetal — além de produtos agroecológicos, agroindustrializados, minimamente processados e peças de artesanato.

A artesã Maria Fátima Ferreira levou para o local trabalhos manuais feitos em crochê, bordados, fuxicos, além de itens feitos com a palha da taboa. “Para nós, artesãos e agricultores familiares, é muito importante participar de um evento como esse, que promove essa ponte entre o produtor e o consumidor final e é de grande importância para a divulgação de nosso trabalho, muitas vezes realizado por grupos de mulheres, e representa não só um espaço de comercialização, mas, também, de aprendizado e troca de saberes”, declarou a expositora que veio de Ilha das Flores, na região do Baixo São Francisco para participar do evento,  representando a rede Balaio da Solidariedade. “Nossa organização atua em territórios de Sergipe e, também, na Bahia, e é composta por grupos de várias famílias de agricultores, que vão da produção do arroz, com 39 famílias, até os produtos artesanais expostos aqui neste evento”, completou. 

A empreendedora individual da Coroa do Meio, em  Aracaju, Andréa Santos Gomes, confecciona biscoitos caseiros que são vendidos em feiras, no contato direto com os clientes em clínicas, nas ruas e de porta em porta, e é outra expositora presente na feira. “Participei da primeira edição, no conjunto Augusto Franco, e minha expectativa para esse evento é de que a renda seja muito boa. Acredito que vamos vender muito bem nossos produtos. O local está muito bom e bem organizado”, contou ao expor sobre os biscoitos que produz em vários sabores: canela, limão, baunilha, gotas de chocolate, creme de cebola, creme de parmesão, casadinhos, entre outros.

Avaliação do púbico é positiva

Wilson Bispo da Fonseca, morador do bairro Aruana, soube do evento por meio das redes sociais e fez questão de prestigiar o evento. “Gostei muito  do espaço e achei bem tranquilo, organizado. Encontrei produtos muito bons. Sempre que posso, procuro consumir produtos naturais, feitos sem passar por processo industrializado e encontrei isso aqui”, destacou.

Recém chegada a Aracaju, onde está há apenas um mês, a argentina Astier Banchik, gostou da proposta da feira e procurou aproveitar bastante os produtos oferecidos. “Achei muito legal isso de promover a força local, com a participação de muitas mulheres, organizadas em grupos, representando a força feminina e estou tentando aproveitar um pouquinho de cada coisa. Quero conhecer mais sobre Sergipe, onde vim para ficar. Já passei pelo Rio de Janeiro, pela Bahia, mas gostei mesmo de Aracaju, e quero aprender sobre tudo que tem aqui”, frisou. 

As amigas Maria Augusta Dantas e Rita Maria Moura também aproveitaram a oportunidade para visitar o espaço e conhecerem os produtos ofertados por artesãos e agricultores locais. “Soubemos da feira pela TV e viemos conhecer. Sempre saímos juntas e viemos conferir os estandes, os produtos oferecidos. Achei tudo muito bonito e organizado. Aproveitei para comprar alguns queijos e produtos artesanais”, observou Maria Augusta, que mora no bairro São José.
 

Uso de agrotóxicos é tema de debate interinstitucional em Cristinápolis

A Emdagro participou levando informações acerca da legislação, transporte, armazenamento, aquisição e descarte dos defensivos

O Workshop “Uso de Agrotóxicos: Legislação, Saúde e Meio Ambiente”, realizado no município de Cristinápolis nesta sexta-feira, 26, reuniu autoridades, especialistas e representantes de órgãos públicos para discutir os impactos e responsabilidades relacionados ao uso de defensivos agrícolas. O evento, promovido pela prefeitura local, contou com palestras técnicas, a exemplo da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), que levou informações acerca da legislação, transporte, armazenamento, aquisição e descarte de agrotóxicos.

Entre os destaques do encontro, a Emdagro marcou presença com três de seus técnicos, convidados conhecimento especializado. A participação da empresa, a convite da gestão municipal, reforçou o papel da instituição como parceira estratégica na orientação de agricultores, gestores públicos e profissionais do campo, contribuindo para práticas cada vez mais seguras e sustentáveis.

O engenheiro agrônomo da Emdagro Auro Conceição Andrade abriu o ciclo de palestras abordando o tema “Agrotóxicos, conceitos, classes e uso seguro”. Em sua fala, destacou a importância de compreender as diferentes categorias de produtos, suas finalidades e os cuidados necessários para garantir segurança na aplicação. Para ele, a informação é a chave para reduzir riscos à saúde do trabalhador rural e ao meio ambiente. “O uso seguro de agrotóxicos é essencial. Respeitar o tempo de reentrada na lavoura e sempre utilizar os Equipamentos de Proteção Individual [EPIs] completos são igualmente importantes. As roupas usadas na aplicação não devem ser lavadas junto com as roupas da casa. Seguir essas orientações protege a saúde do trabalhador, a produção e o meio ambiente”, ressaltou”, orientou.

Em sua palestra, o também engenheiro agrônomo da Emdagro Gino Francisco falou sobre a “Aquisição, transporte e armazenamento de agrotóxicos”, reforçando a compra dos produtos mediante e receituário agronômico e em revendedoras credenciadas pela Emdagro. Ele chamou atenção para a necessidade de locais adequados de estocagem e do respeito às normas de transporte e descarte, lembrando que pequenos descuidos podem gerar grandes prejuízos.

Já o engenheiro agrônomo Lúcio Argôlo, trouxe uma perspectiva em relação ao controle microbiológico e agricultura regenerativa. Destacou, por exemplo, que pesquisas recentes atribuem o uso excessivo do glifosato – princípio ativo de muitos herbicidas utilizados – à intolerância ao glúten.

O vice-prefeito do município, Zé Alaide, destacou a importância do evento. Trata-se de um debate de extrema relevância, pois estamos em um município essencialmente agrícola, onde muitas pessoas precisam de informações corretas sobre o uso de agrotóxicos. Agradeço a parceria com a Emdagro, uma instituição séria que tem contribuído muito para o nosso município, especialmente em momentos como este, trazendo palestrantes capacitados para orientar nossa população”, afirmou.

Além das contribuições da Emdagro, o workshop contou, ainda, com discussões sobre legislação, sistemas de fiscalização, impactos à saúde, vigilância sanitária e gestão de resíduos sólidos, reunindo palestrantes de diferentes instituições, como a Vigilância Sanitária de Sergipe, Adema, Consórcio Público de Resíduos Sólidos e Saneamento Básico e do Sul e Centro Sul Sergipano (Concesul) e Crea-SE.

Governo de Sergipe impulsiona produção com Feira da Agricultura Familiar e Economia Solidária

Iniciativa abre novos mercados, promove troca de experiências e oferece orientação técnica a pequenos produtores

Teve início, nesta sexta-feira, 26, a 2ª Feira Sergipana da Agricultura Familiar e Economia Solidária, realizada pelo Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). O evento, que segue até este domingo, 28, acontece em frente ao Farol do bairro Coroa do Meio, em Aracaju. Com presença de 90 expositores, a iniciativa potencializa a produção artesanal e de itens alimentícios no estado, fortalecendo a agricultura familiar local. A abertura da feira contou com a apresentação do grupo Coral Vozes da Terra e da Orquestra Jovem de Sergipe, além da presença de autoridades estaduais e federais. 

Para o secretário de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), Zeca Ramos da Silva, o evento funciona como vitrine dos produtos da agricultura familiar e da economia solidária. “É uma feira que percorre todo o Nordeste e chega aqui, em Sergipe, para dar mais visibilidade a todo o trabalho feito por produtores e artesãos do nosso estado. É uma união de forças entre Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Consórcio Nordeste e Governo do Estado para mostrar o potencial dessa atividade. O benefício é a geração de emprego e renda, atraindo visitantes e turistas que passam pela Orla”, destacou.

Das 14h às 22h, a feira conta com produtos diversos de agricultores familiares, integrantes de comunidades tradicionais, assentados, pescadores, extrativistas e artesãos de todas as regiões do estado. A variedade é extensa e inclui desde biscoitos artesanais e mel orgânico a bolsas e chapéus produzidos a partir de palha seca. As mercadorias encontradas na feira são de base agroecológica, minimamente processadas, e de artesanato.

Parte do Circuito de Feira da Agricultura Familiar da Câmara Temática do Consórcio Nordeste, a proposta da ação é ampliar o acesso a novos mercados aos pequenos produtores sergipanos. O evento também visa possibilitar a troca de experiências entre produtores de todas as regiões de Sergipe, promover alimentação saudável à população e integrar culturalmente os moradores das áreas urbana e rural do estado.

Reconhecimento e interação

Segundo o presidente da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), Gilson dos Anjos, o evento valoriza a contribuição dos pequenos agricultores para colocar comida na mesa da população. “É um público que sustenta o Brasil. Praticamente 80% do que os brasileiros comem, e Sergipe está incluso aí, vêm do produtor familiar, e aqui é uma oportunidade em que o Governo de Sergipe mostra o potencial desse segmento e dos artesãos. Vai ajudar o sergipano a entender e conhecer a importância da agricultura familiar”, enfatizou.

A feira é, ainda, um espaço de interação importante entre quem produz e quem consome. Foi o que explicou o coordenador técnico do Programa de Produção e Consumo de Alimentos Saudáveis nos Territórios da Cidadania da Região Nordeste do Brasil do Consórcio Nordeste, Humberto Oliveira. “Esses produtos são produzidos no próprio estado de Sergipe, nos nossos territórios, e nós precisamos valorizar isso. O consumidor tem o contato direto com a produção que, por trás, estão as famílias que vivem disso”, afirmou.

No evento, os participantes têm acesso a informações e orientações técnicas sobre iniciativas estaduais e federais voltadas ao desenvolvimento da agricultura familiar. O gerente executivo do Branco do Nordeste, Erison Aurélio de Azevedo, ressaltou a importância da feira como um polo de vendas, trocas de experiências e fortalecimento da produção rural e do artesanato. “E o Banco do Nordeste está presente, tirando dúvidas e divulgando as linhas de crédito para os pequenos produtores. Essa é uma iniciativa onde os expositores e os visitantes ganham”, frisou.

Para o representante da União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária de Sergipe, Rafael da Silva Oliveira, a ação também contribui para o reforço de tradições. “Representamos, aqui, 16 cooperativas beneficiadas pela exposição na feira. Aqui, quem é da cidade pode ter acesso a comida de verdade, produzida em Sergipe. É uma feira que tem dentro de si as nossas identidades e as nossas raízes, mantendo as tradições”, enfatizou.

Evento

A programação da 2ª Feira Sergipana da Agricultura Familiar e Economia Solidária continua durante o fim de semana. Além dos produtos, os visitantes poderão aproveitar apresentações de música e manifestações da cultura popular sergipana  – confira toda a agenda clicando aqui. 

Apoiada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar e Ministério da Cultura, a iniciativa é realizada em parceria com as secretarias de Estado do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo (Seteem), da Comunicação Social (Secom) e da Assistência Social, Inclusão e Cidadania (Seasic), Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap) e Câmara Temática da Agricultura Familiar do Consórcio Nordeste.
 

Governo realiza mais uma edição da Feira da Agricultura Familiar e Economia Solidária

O evento será realizado de 26 a 28 de setembro, em frente ao farol da Orla da Atalaia, e integra o Circuito de Feiras da Agricultura Familiar do Nordeste

Na próxima sexta-feira, 26, o Governo de Sergipe iniciará a 2ª Feira Sergipana da Agricultura Familiar e Economia Solidária, em frente ao farol da Orla da Atalaia. A iniciativa, coordenada pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), visa ampliar o acesso a mercados para os produtores do campo, de forma a promover a venda de produtos alimentícios e artesanais oriundos de pequenos agricultores, e participantes da economia solidária de todas as regiões do estado, além de contar com programação cultural. A feira seguirá até o domingo, 28, no horário das 14h às 22h. 

O evento anual integra o Circuito de Feiras da Agricultura Familiar do Nordeste, criado pela Câmara Temática do Consórcio Nordeste, tendo como objetivo principal ampliar os espaços de troca de experiências e apoiar a agricultura familiar local. No âmbito federal o circuito tem apoio do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA).

A feira vai beneficiar diretamente cerca de 90 expositores da agricultura familiar e economia solidária das regiões sergipanas, representando todas as categorias de agricultores e artesãos do estado, a exemplo de comunidades tradicionais, agricultores familiares, assentados, pescadores e extrativistas.

Os feirantes estarão organizados em núcleos por território de identidade com a produção local, oferecendo alimentos saudáveis de origem animal e vegetal, produtos de base agroecológica, agroindustrializados, minimamente processados e artesanato. Também estarão expondo cooperativas associadas à União Nacional das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes).

Programação:

Dia 26/09 (sexta-feira)

15h – Início da comercialização dos produtos

17h – Apresentação do Coral Vozes da Terra

18h – Abertura oficial

19h – Orquestra Jovem

20h – Dedé e Geane Lins

Dia 27/09 (sábado)

15h – Início da comercialização dos produtos

16h – Grupo Pé de Serra Piauí

17h – Grupo Top Castro

19h – Forró Brasil

Dia 28/09 (domingo)

14h – Início da comercialização dos produtos

16h – Loucoarte

17h – Grupo Mafuá

18h – Duas Faces

Serviços da Agricultura no ‘Sergipe é aqui’ são aprovados pela população de Amparo 

Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca, por meio das vinculadas Emdagro, Pronese e Coderse, esteve presente na ação itinerante com uma série de atendimentos e ações voltadas para o fortalecimento da agricultura familiar

Estande da Agricultura

O município de Amparo de São Francisco, distante a 110 quilômetros de Aracaju, recebeu nesta quarta-feira, 24, a 58ª edição do programa itinerante ‘Sergipe é aqui’. Conhecido por sua localização às margens do Rio São Francisco, o município possui uma economia baseada na agricultura, com destaque para a produção de milho, manga, mandioca, arroz e feijão, além da pesca e turismo. Durante o evento, o Governo do Estado transferiu simbolicamente a sua sede para o município e ofertou um leque de serviços para a população local. A ação foi realizada no entorno da Escola Municipal Ivany da Glória Freire.

A Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), por meio das vinculadas Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), Empresa de Desenvolvimento Sustentável do Estado de Sergipe (Pronese) e Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), esteve presente com uma série de atendimentos e ações voltadas para o fortalecimento da agricultura familiar. Assim como nas edições anteriores, a Emdagro distribuiu mudas de árvores frutíferas, entregou atestados de vacinação de animais, de certidões do Cadastro de Agricultor Familiar (CAF) e 29 amostras de solo para serem analisadas pelo Instituto de Tecnologia e Pesquisas de Sergipe (ITPS).

Já a Coderse recebeu demandas em perfuração e instalação de poços e mostrou as ações nos demais municípios, principalmente no semiárido. A mostra dos trabalhos se fez principalmente com a maquete de uma unidade de produção de água dessalinizada do Programa Água Doce (PAD). O modelo tem caráter informativo, presta contas à sociedade e educa quanto a tecnologia social necessária, para que a população rural conviva com a seca e ainda produza alimentos e renda no campo. Em todo o estado são, atualmente, 32 sistemas do PAD, entre eles três novos serão entregues ainda neste ano e irão beneficiar 2,6 mil famílias, atendidas por 17 mil litros de água potável por dia.

Agricultores assistidos

A professora Andréa dos Santos Silva, moradora do povoado Serraria aproveitou o dia de serviços em sua cidade e tirou a segunda via de seu registro de nascimento. E, ao passar pelo estande da Agricultura, recebeu das mãos do governador Fábio Mitidieri uma muda de Pitanga que vai levar para plantar no quintal de casa. “Gosto muito de cultivar fruteiras e já tenho pés de acerola, manga e goiaba. Agora também terei uma pitangueira, que é uma fruta que eu gosto muito”, comemorou ela que foi uma das 60 contempladas com a iniciativa.

Já sua vizinha Jamilene Lopes vai começar no ramo de gado leiteiro, com o intuito de ter uma nova fonte de renda e dar continuidade ao trabalho iniciado por seu pai. Para isso ela se cadastrou como produtora rural e recebeu seu CAF na tenda da Agricultura. “Sou publicitária e morava em Aracaju, agora estou voltando para minha cidade natal e quero investir em gado de leite, juntamente com meus irmãos”, disse ao destacar a importância do documento, que segundo ela vai lhe abrir muitas portas. “Vou precisar de um empréstimo para investir nesse novo negócio e sei que vou conseguir, graças ao CAF, que é a identidade do agricultor e do produtor rural”, enfatizou. 

Em Amparo de São Francisco, a Emdagro vacinou 79 animais contra a Brucelose e Clostridiose e fez a entrega dos certificados durante o Sergipe é aqui. Josino da Silva Júnior foi um dos produtores que recebeu sua certificação. Agricultor e produtor rural, o morador do povoado Serraria vacinou 10 animais. “Esse serviço que a Emdagro realiza é a melhor coisa que existe para a gente, que é pequeno produtor. O pessoal vem até nossa propriedade, acompanhado de um veterinário, realiza a vacinação e dá todas as orientações que a gente precisa. É uma ajuda muito boa, porque se fossemos vacinar por conta própria seria um custo muito alto”, afirmou. 

Edmilson dos Santos, produtor rural da comunidade Lagoa dos Campinhos, também recebeu com gratidão o certificado de vacinação de seus animais. “Com certeza é uma ótima ajuda que o Governo do Estado nos dá, com a assistência técnica da Emdagro, principalmente porque não tivemos nenhuma despesa, pois o serviço é feito de forma totalmente gratuita e isso é um grande auxílio para nós, pequenos produtores”, confirmou.

Governo do Estado realiza I Seminário sobre Citricultura Sustentável com palestras e oficinas em Boquim

Parte do Programa Estadual de Citricultura Sustentável, evento contou com presença de mais de 200 participantes

O município de Boquim, no sul sergipano, foi palco nesta quarta-feira, 24, do I Seminário sobre Citricultura Sustentável, promovido pelo Governo do Estado, por meio da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro). A iniciativa reuniu agricultores, técnicos, gestores públicos e lideranças locais. Ao todo, 200 pessoas dos 14 municípios que compõem a região citrícola de Sergipe marcaram presença no auditório da Emdagro, em um dia inteiro de palestras, oficinas e troca de experiências.

O seminário faz parte do Programa de Citricultura Sustentável da Emdagro, que oferece assistência técnica e novas tecnologias aos produtores rurais. Quem abriu os trabalhos foi o diretor de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa (Daterp), Jean Carlos Nascimento, destacando a importância do encontro.

“Este seminário é mais do que palestra: é troca de saberes. A citricultura tem um peso enorme na nossa economia e, quando o agricultor aprende novas técnicas, é renda e futuro que a gente garante para as famílias do campo. E o Governo de Sergipe, a Secretaria de Estado da Agricultura e a presidência da Emdagro têm pensado no desenvolvimento de uma citricultura sustentável, discutindo toda a cadeia produtiva, que vai desde o plantio das mudas, manejo e controle de pragas até a comercialização”, ressaltou Jean Carlos.

Para os agricultores participantes do evento, o seminário chegou na hora certa. O citricultor Estevão Matos dos Santos, do assentamento Bom Jesus, no município de Indiaroba, no sul sergipano, enfatizou a praticidade do aprendizado. “A gente ouve falar de novas pragas e de como cuidar do pomar, mas aqui aprendemos direto com quem entende. Vou levar muita coisa pra aplicar na minha roça”, afirmou ele, ao reforçar que o que mais lhe chamou foram as técnicas de adubação e controle e combate de pragas.

Já a produtora Josefa Lisboa da Cruz, da comunidade Mangue Grande, em Boquim, contou que saiu da iniciativa mais motivada. “Foi um dia de muito conhecimento. As palestras mostraram que dá pra produzir mais e melhor, sem gastar tanto. Isso faz diferença na vida do agricultor”, avaliou ela.

Além das palestras, os participantes acompanharam oficinas práticas sobre poda, manejo de pragas e uso de defensivos alternativos, encerrando com a demonstração de um moto-pulverizador.

O prefeito de Boquim, Jackson Santos, evidenciou a importância da parceria com a Emdagro e o impacto do programa no município. “Boquim tem a citricultura como sua identidade. Ter a Emdagro lado a lado dos produtores, com assistência e orientação, é o que mantém nossa cidade firme como referência na produção de laranja”, sublinhou ele.

O evento mostrou que a citricultura sergipana tem muito espaço para crescer e que o futuro do setor passa pelo conhecimento compartilhado entre técnicos e agricultores.

Segurança alimentar

Durante o seminário, os participantes puderam vivenciar na prática a relação entre citricultura e alimentação saudável. No coffee break, foram servidas receitas elaboradas com produtos derivados de citros, como bolos, sucos, geleias e até molhos temperados com laranja, mostrando a versatilidade da fruta.

A técnica em economia doméstica da Emdagro, Maria Nely Carvalho, ressaltou a importância dessa integração: “A laranja não é só renda no campo, ela também é saúde na mesa. Quando o agricultor entende que o produto que ele cultiva pode virar alimento diversificado e nutritivo, ele percebe que está contribuindo para a segurança alimentar das famílias.”

Secretaria de Estado da Agricultura reúne prefeitos do semiárido para apresentação do Projeto Sertão Vivo

Representantes dos 30 municípios contemplados puderam conhecer a iniciativa e se inteirar sobre providências tomadas

Prefeitos dos municípios do semiárido sergipano atenderam ao convite da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), e participaram nesta segunda-feira, 22, de uma reunião sobre o projeto Sertão Vivo. Na oportunidade, os representantes dos 30 municípios de Sergipe que serão contemplados pelo projeto, puderam conhecer melhor a iniciativa e se inteirar sobre as providências a serem tomadas para a formalização de parcerias. A reunião foi comandada pelo secretário da Seagri, Zeca da Silva.

Trata-se de uma iniciativa do Governo do Estado de Sergipe, em parceria com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o FIDA (Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola), e o Green Climate Fund – GCF (Fundo Verde do Clima da ONU) que destinam recursos com a finalidade de realizar ações de fortalecimento da agricultura familiar para combate à fome e aos efeitos das mudanças climáticas.

Com o objetivo de realizar ações de fortalecimento da agricultura familiar para o combate à fome e aos efeitos das mudanças climáticas, o Sertão Vivo vai injetar R$ 150 milhões em Sergipe, para atender 38 mil famílias de agricultores. Serão contemplados os municípios de Amparo do São Francisco, Aquidabã, Canhoba, Canindé de São Francisco, Carira, Cedro de São João, Cumbe, Feira Nova, Frei Paulo, Gararu, Graccho Cardoso, Itabi, Macambira, Monte Alegre de Sergipe, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora de Lourdes, Pedra Mole, Pinhão, Poço Redondo, Poço Verde, Porto da Folha, Propriá, Ribeirópolis, São Miguel do Aleixo, Simão Dias, Telha, Tobias Barreto e Lagarto.

Conforme observou o secretário Zeca da Silva, o projeto técnico foi apresentado pelo Estado de Sergipe, por meio da Empresa de Desenvolvimento Sustentável do Estado de Sergipe (Pronese), que tem experiência na execução de projetos com instituições internacionais. “Nunca antes na história da agricultura de Sergipe tivemos um volume de recursos como esse, que vai promover o fortalecimento da segurança hídrica e a questão social, com foco nos agricultores familiares, assentados da reforma agrária e comunidades tradicionais”, observou o secretário ao anunciar que, conforme previsto pelo governador Fábio Mitidieri, o lançamento oficial do Sertão Vivo, em Sergipe, deverá acontecer no início de novembro.

Responsável pela coordenação do projeto no estado, o diretor de operações da Pronese, Abelardo de Souza Neto, fez uma apresentação demonstrando os principais pontos do Sertão Vivo e destacou as providências que cada gestor precisa tomar em sua cidade. “Precisamos trabalhar essa sintonia entre o Governo do Estado e as prefeituras para que as parcerias sejam produtivas e atendam os requisitos necessários. As associações precisam estar regularizadas juridicamente e sem pendências com a Receita Federal”, destacou.

Ele ressaltou ainda que a distribuição de recursos em cada localidade vai seguir índices técnicos. “A previsão de execução do projeto é para 72 meses, mas vamos trabalhar para realizá-lo em quatro anos”, afirmou.

Para o prefeito Machadinho, de Canindé de São Francisco, o Sertão Vivo será de suma importância para a região. “É um projeto importantíssimo para a agricultura familiar, para o homem do campo, idealizado pelo governador Fábio e que vai levar benefícios para nossas comunidades. Sei o quanto é importante para as pessoas essas políticas públicas, pelos benefícios que elas proporcionam e quero parabenizar o Governo do Estado, juntamente com o secretário Zeca, pela iniciativa”, comemorou.

A prefeita Zete de Janjão, de Gararu, acrescentou: “É inegável a transformação que esse projeto vai fazer na região do semiárido sergipano e o trabalho que o governador Fábio Mitidieri está realizando em prol da agricultura em nosso Estado, por meio da Secretaria e suas vinculadas, como a Pronese, que é uma referência em Sergipe. Só temos motivos para comemorar”, pontuou.

Durante a reunião também estiveram presentes o presidente da Pronese, Adinaldo do Nascimento, o diretor Administrativo e Financeiro da empresa, Misael Dantas, o coordenador Estadual do Crédito Fundiário, José Silveira Dantas Neto, e o diretor-presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos.

Produção agrícola de Sergipe segue tendência de aumento para o ano de 2025

A aplicação de boas práticas, tecnologia e incentivos do governo estão entre os fatores apontados para o resultado de crescimento

A produção agrícola de Sergipe tem se destacado com aumentos consecutivos, ano após ano. Exemplo disso são os últimos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que apontou que, em 2024, houve um aumento de de 21,32% no valor de produção, em relação a 2023, que passou de R$ 2,4 bilhões para R$ 2,9 bilhões. Em 2025, contudo, a previsão da produção de grãos no estado continua seguindo a tendência de crescimento, conforme Levantamento Sistemático da Produção Agrícola realizado pelo próprio instituto de estatística, com uma produção prevista de 1.047.859 toneladas de grãos, como arroz, milho, amendoim e demais oleaginosas.

Sendo o produto com maior valor de produção em Sergipe, o milho é cultivado em 68 dos 75 municípios sergipanos e, no ano de 2024 alcançou, um volume de 1.004.727 toneladas de grãos produzidos. Até o momento, seguindo a tendência de crescimento, já são contabilizadas 1.005.008 toneladas do produto, que aponta os municípios de Carira, Simão Dias e Poço Verde como os principais de Sergipe.

O secretário de Estado da Agricultura, Zeca Ramos da Silva, destaca que a liderança da cultura do milho decorre de vários fatores. “Entre estes, a introdução das boas práticas cultivares, mecanização de alta tecnologia e insumos adequados, e acesso ao crédito por bancos públicos – entre eles o Banese, que vem ampliando a oferta de crédito agrícola e abrindo agências especializadas e mais próximas do produtor”, avaliou.

O levantamento do IBGE também apontou um crescimento nas culturas de laranja, cana-de- açúcar e coco-da-baía. A safra de laranja, em Sergipe, até o mês de agosto deste ano, já contabiliza um volume de 402 mil toneladas, apontando um crescimento de 6,2% em relação ao ano passado. Segundo maior valor de produção em 2024, a laranja apresentou uma alta significativa em relação a 2023, passando de R$ 368,7 milhões para R$ 718,6 milhões, o que representa um aumento percentual de 94,92%, com destaque para os municípios de Cristinápolis, Salgado e Lagarto, que despontam como maiores produtores entre os 22 municípios sergipanos que cultivam a fruta.

Ainda de acordo com o secretário, o Governo de Sergipe tem priorizado as atividades da agricultura familiar, por meio da Seagri e suas empresas vinculadas (Emdagro, Coderse e Pronese). “Por meio destas empresas, o governo presta assistência técnica rural, pesquisa agrícola, fomento à produção irrigada e áreas de sequeiro, assim como nas áreas de defesa sanitária e ação fundiária”, explicou.

Incentivos do governo

Uma das ações de fortalecimento da agricultura, executada pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), que contribui para o aumento na produção de grãos, é o programa de distribuição de sementes de milho e arroz. Por meio do “Sementes do Futuro”, o Governo do Estado já investiu R$ 12,7 milhões com a entrega de 980 toneladas de sementes (milho e arroz) distribuídas para agricultores de 60 municípios. A ação visa fortalecer a agricultura familiar no estado, garantindo acesso a sementes de qualidade e incentivando a produção agrícola.

O governo também tem investido na agricultura irrigada. São 14.415 pessoas beneficiadas nos 1.674 lotes dos seis perímetros públicos irrigados, administrados pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), empresa vinculada à Seagri. Mais de 122 mil toneladas de produtos agrícolas, com o valor total da produção de R$ 249.055.276,00, foram comercializadas nos seis perímetros irrigados, apenas no ano passado.

Nesses perímetros, o governo faz investimentos em obras, como serviços de limpeza e reforma de canais, conserto de adutoras, recuperação de equipamentos, drenagem e limpeza em estações de bombeamento, recuperação de hidrantes, estradas e manutenção nos lotes, melhorando a oferta de água para irrigação e a segurança operacional dos perímetros públicos.

Governo de Sergipe lança campanha de vacinação contra a brucelose em Ribeirópolis

Ação passa a ser prioridade da gestão estadual para fortalecer a economia rural

Com objetivo de ampliar a cobertura vacinal do rebanho bovino em todo o estado e garantir a proteção da saúde animal e humana, o Governo de Sergipe lançou a campanha de vacinação contra a brucelose bovina. A ação foi iniciada no município de Ribeirópolis, nesta sexta-feira, durante a 57ª edição do programa Sergipe é aqui, que disponibilizou mais de 160 serviços da administração estadual à população.

Com o slogan ‘Brucelose dá prejuízo. Vacinação dá resultado’, a iniciativa tem o objetivo de conscientizar os produtores sobre a importância da imunização contra a doença, que é uma zoonose de alto risco para os seres humanos e causa prejuízos significativos à produção pecuária.

Durante solenidade no ‘Sergipe é aqui’, foi assinado o Termo de Compromisso da Campanha de Vacinação Contra a Brucelose, reforçando o alinhamento entre instituições públicas e privadas na missão de fortalecer a sanidade animal em Sergipe.

Assinaram o termo o governador Fábio Mitidieri e o presidente da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), Gilson dos Anjos. Também participaram da assinatura os representantes da Superintendência Federal de Agricultura em Sergipe (SFA/SE), Antônio Reis, e do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV/SE), Urias Wagner Nascimento.

Compromisso

O secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca, Zeca da Silva, destacou a importância do programa. “A iniciativa representa um passo decisivo para a pecuária de Sergipe. A brucelose causa prejuízos sérios à produção e riscos à saúde pública. Nosso compromisso é garantir que os produtores tenham acesso à vacinação, informação e assistência técnica, fortalecendo a sanidade do rebanho e a economia do estado”, explicou.

Segundo o presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos, o órgão tem um importante papel na orientação, acompanhamento e fiscalização da campanha. “A Emdagro tem papel fundamental nessa campanha, coordenando as ações de vacinação e orientando os pecuaristas. Estamos mobilizando nossa equipe técnica em todo o estado para que a cobertura vacinal cresça de forma significativa. Vacinar contra a brucelose é proteger o produtor, o consumidor e o futuro da nossa pecuária”, ressaltou.

Gilson enfatizou ainda que a Emdagro tem um trabalho consistente na execução do Plano Nacional da Erradicação da Brucelose. “Por determinação do Governo do Estado, a Emdagro tem vacinado gratuitamente todo o rebanho daqueles pequenos criadores e, atualmente, já temos vacinado mais de 8 mil reses de 3 a 8 meses, podendo chegar a 10 mil, até o fim do ano”, ressaltou.

Superintendente da SFA/SE do Ministério da Agricultura e Pecuária, Antônio Reis garantiu apoio total para a realização da campanha. “A Superintendência de Agricultura está à disposição para apoiar o Governo do Estado e a Emdagro nessa missão, unindo esforços para que os resultados sejam cada vez mais expressivos. Quero destacar também o trabalho sério e comprometido da Emdagro, que tem sido fundamental na execução dessa política pública de defesa agropecuária”, reforçou.

O presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Sergipe, Urias Wagner do Nascimento, sublinhou a importância do lançamento da campanha de vacinação contra a brucelose, destacando seus impactos para os médicos veterinários, para os produtores e para a economia do estado.

Segundo ele, a participação dos médicos veterinários é essencial para orientar os produtores, assegurar a aplicação correta da vacina e fornecer assistência técnica. Com isso, todos saem ganhando: os produtores, que têm animais mais saudáveis e certificados; a cadeia produtiva, que se fortalece; e os consumidores, que recebem alimentos de qualidade e livres de riscos”, explicou.

Imunização

A vacinação contra a brucelose é obrigatória no Brasil desde 2001 e deve ser realizada por médicos veterinários habilitados. As fêmeas bovinas e bubalinas entre 3 e 8 meses de idade devem receber a vacina B19, enquanto animais não vacinados acima dessa idade podem ser imunizados com a RB51.

Segundo especialistas, a doença provoca infertilidade, abortos e redução na produção de leite nos animais, além de riscos graves à saúde humana, como febre prolongada, fadiga, infertilidade e até complicações cardíacas.

A diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade, destacou as sanções que poderão ser aplicadas a quem descumprir a legislação. “Em caso de descumprimento por parte do produtor, a legislação traz algumas sanções, como a aplicação de multa e sua propriedade ficar bloqueada para qualquer movimentação de animais, já que fica impedida de emitir a Guia de Trânsito Animal (GTA)”, observou.

O criador José Milton realçou a importância do lançamento da campanha de vacinação, afirmando que já vacina seus animais e que essa ação representa uma grande conquista. “Esse programa é uma verdadeira bênção de Deus, especialmente para os pequenos produtores, pois garante proteção e segurança ao rebanho. Além do mais, manter a vacinação é um desafio, já que os custos são altos e muitas vezes pesam no orçamento dos criadores”, contou. 

Produtor rural de Ribeirópolis, José Antônio do Santos elencou os impactos positivos do lançamento da campanha de vacinação. Para ele, a iniciativa é essencial porque a brucelose é uma doença contagiosa que pode afetar tanto os animais quanto as pessoas.

Ele disse que já participa do processo de vacinação há algum tempo e que atualmente possui 18 animais vacinados, lembrando que começou vacinando apenas 12. “Todo mundo deve vacinar, porque é fundamental prevenir. Assim a gente evita que a doença passe para as pessoas”, afirmou.

Já para o morador da região do povoado Batinga José Antônio, a vacinação traz tranquilidade também para o consumo do leite e derivados. “Quando o gado está vacinado, a gente pode consumir sem medo: o leite, o queijo, a coalhada, tudo. Isso é uma bênção, uma ajuda muito boa para todos nós”, avaliou ele.

Governo do Estado apoia Expoglória pelo terceiro ano seguido

Até sábado, 20, a ‘Capital do Leite’ sedia um dos maiores eventos do setor agropecuário

O município de Nossa Senhora da Glória, conhecido como a ‘Capital do Leite’ por abrigar o maior número de laticínios e beneficiadoras de leite, como também um grande rebanho leiteiro no estado, é palco de uma das feiras agropecuárias tradicionais da região: a Expoglória. O evento foi aberto na manhã desta quarta-feira, 17, e vai até o dia 20 de setembro, no Parque de Exposições Cidade do Leite. O evento é organizado pela Cooperativa Sertaneja do Agronegócio (Coopesea) em parceria com a prefeitura local, com o objetivo de mostrar o potencial da pecuária leiteira sergipana e fortalecer este setor do agronegócio.

Na abertura do evento, o secretário de Estado da Agricultura, Zeca da Silva, destacou que a feira é a vitrine da produção leiteira sergipana. “A Expoglória é a vitrine, não apenas do alto sertão, mas de todo o estado de Sergipe. Ano passado, a produção leiteira sergipana teve o maior crescimento do Nordeste, com 22,6% em produção, e vem crescendo muito em produtividade graças aos investimentos em tecnologia, qualidade genética, assistência técnica e gestão dos empreendimentos pecuários. Tudo isso está representado aqui na Expogloria”, pontuou o secretário.

Segundo Zeca da Silva, o apoio do Governo do Estado ao envento visa fortalecer uma atividade que movimenta diversos setores da economia, gerando emprego, renda e desenvolvimento para a população. “O Governo do Estado está presente pelo terceiro ano consecutivo, investindo no evento como uma forma de estar mais próximo do produtor e de toda a cadeia leiteira. É uma produção que envolve toda economia, com serviços, venda de máquinas, implementos, insumos, genética, além de uma logística de transporte e infraestrutura. É como o governador Fábio Mitidieri costuma dizer, estamos trazendo investimento para uma cadeia produtiva que gera emprego, renda e melhoria na qualidade de vida para nosso povo”.

De acordo com o presidente da Coopsea, Sidcley Teles Costa, o município de Nossa Senhora da Glória é o maior beneficiador de leite do Nordeste, beneficiando 2 milhões de leite cru por dia. “Tudo isso só acontece porque há homens e mulheres do campo realizando esse trabalho diário e ininterrupto. Parabéns aos produtores e expositores. Neste ano, temos comitivas de Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Bahia para conhecer como os sergipanos conseguem produzir tanto leite de qualidade em uma região seca como o sertão”, detalhou.

A prefeita de Nossa Senhora da Glória, Luana Oliveira, disse que a Expoglória já nasceu grande e reúne os produtores que acreditam no fortalecimento da produção leiteira. “Nós, organizadores, temos a consciência de que quanto mais cresce esta festa do leite, maior também é nossa responsabilidade e nosso compromisso, mas não vamos fugir dele. Esse é o momento de mostrarmos a força da nossa economia, a força da nossa pecuária leiteira”, concluiu a prefeita.

Programação

Dentro da programação que vai até o sábado, 20, constam palestras, estandes para venda de equipamentos, de insumos e prestação de serviços, leilão das principais raças, exposição de animais bovinos, equinos, caprinos e ovinos e torneio leiteiro.

Na comitiva do Governo de Sergipe, além do secretário de Estado da Agricultura, participaram o secretário executivo da Seagri, Otávio Sobral, o presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos, acompanhado do diretor de Assistência Técnica, Pesquisa e Extensão Rural, Jean Carlos Nascimento, e da diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Maria Aparecida.

Governo

Última atualização: 18 de setembro de 2025 11:54.

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