Investimentos do Governo de Sergipe recuperam e ampliam produção pecuária no estado

Melhoramento genético, esquema vacinal, cuidados com a saúde do rebanho e créditos do Banese asseguraram qualidade do rebanho e produção de leite

Em menos de um ano, o Governo do Estado destinou, por meio do Banco do Estado de Sergipe (Banese), R$ 90 milhões em crédito para investimentos e custeio na pecuária, entre julho de 2023 e junho de 2024. Isso possibilitou a ampliação do rebanho sergipano, além de investimentos em pastagem e infraestrutura das áreas de criação. De acordo com a Secretaria de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural (Seagri), atualmente, Sergipe possui um rebanho de um milhão e 300 mil bovinos e bubalinos. Por meio da campanha de vacinação contra a febre aftosa, o estado atingiu 90,6% de cobertura vacinal, o que representa a imunização de 1.280.374 bovinos. O controle da doença conferiu a Sergipe o título de zona livre de febre aftosa sem vacinação.

Essas e outras medidas foram adotadas pela gestão estadual com o objetivo de recuperar a produção agropecuária do sergipano, que vinha sofrendo com o surto de clostridioses (doença provocada por bactéria anaeróbica) e outras problemáticas em meados de 2023. A situação foi identificada por técnicos extensionistas da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), que prontamente passaram a combater a doença. “Detectamos sinais de clostridioses e outros problemas. Além de imunizar, reforçamos o conhecimento. Demos palestras e mostramos a importância de manter o gado vacinado”, disse o técnico extensionista da Emdagro, Sérgio Souza, acrescentando que, tão logo o esquema vacinal iniciou, observou-se a solução quase que imediata do problema. 

O secretário de Estado da Agricultura, Zeca Ramos da Silva, destaca que esse recurso é apenas um dos investimentos do Governo do Estado na pecuária. “Entre outras ações desenvolvida no setor estão a inseminação artificial de gado, caprinos e ovinos, a vacinação gratuita contra brucelose e clostridiose, a execução de programa que ajuda no escoamento da produção e consumo de leite (PAA-Leite), regularização dos laticínios (SIE, SIB), incentivo fiscal para venda do gado, liberação de crédito para a pecuária, além da inspeção, fiscalização agropecuária e insumos agropecuários e o programa Mão Amiga Bacia Leiteira”, pontuou o secretário. 

Atendimento

O esquema vacinal no Assentamento Paulo Freire, em Porto da Folha, uma área de 1.400 hectares, deu tão certo que a equipe da Emdagro já está introduzindo uma segunda fase de imunização. O local não é diretamente assistido pelo Governo do Estado, mas recebeu apoio dos técnicos estaduais. As cerca de cem famílias do entorno têm, em média, entre 20 e 30 cabeças de gado. “Quando chegamos aqui, recebemos o relato da morte de 30 a 40 animais. Isso é significativo, se você considerar que tem famílias que têm dez cabeças de gado e perdeu três para a clostridiose. Ou seja, são 30% de seu rebanho. É muita coisa!”, reforçou Sérgio Souza. 

Além da imunização, um investimento que tem dado bons resultados em Porto da Folha é a Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), com o melhoramento genético, mais especificamente para os bovinos, por se tratar de uma região voltada à produção leiteira. A genética do animal europeu introduzida na região sofreu alterações. “Foram raças que precisaram se adaptar a um clima mais quente, mais seco. Em determinado período, você pode ter problema relativo ao manejo e bem-estar desses animais, mas com a assistência técnica percebemos alta produtividade e criadores conscientes de proporcionar esse bem-estar animal”, detalhou o técnico, acrescentando que a Girolando, por exemplo, é resultado do cruzamento da raça europeia Holandesa, com a raça zebuína Gir. 

Melhoramento genético

A propriedade de Genildo Alves é classificada como bom exemplo de melhoramento genético, que também inclui os melhoramentos alimentar e nutricional. A Emdagro apresentou projeto à Confederação Nacional de Agricultores (Conafer), que financiou todo equipamento, material e, inclusive, enviou o profissional para fazer a inseminação. Desde a introdução, já nasceram oito animais por meio desta técnica na propriedade.

Embora trate-se de uma área de apenas nove hectares, as terras de Genildo são consideradas um grande sucesso de produtividade. “Tenho 25 cabeças de gado. Eu, minha esposa e minha filha vivemos dessa produção, que basicamente é vendida para Glória. A Emdagro sempre acompanha o rebanho, a reprodução e a inseminação”, detalhou o criador, que já contabiliza oito animais que nasceram por meio do melhoramento genético.

O projeto começou com o financiamento do Banese. Já foram 14 criadores beneficiados no primeiro ano, em Porto da Folha, disseminadas 114 vacas matrizes, e, em Canindé de São Francisco, foram 70 vacas matrizes só em 2023. “Este ano planejamos mais cem matrizes para outra região”, antecipou Sérgio. Vacas matrizes são as produtoras de leite, destinadas à reprodução. O trabalho de inseminação é financiado pelo Banese e os beneficiados não podem ter mais de 50 cabeças de gado, o rebanho tem que estar em dia com todas as vacinas e seguir a legislação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Sucesso

Outro caso de sucesso do beneficiamento por meio da inseminação artificial é a propriedade de João Lima de Freitas, na comunidade Alto das Vacas, em Porto da Folha. Há dez anos, o criador começou a ser assistido pela Emdagro, quando ele tinha duas vacas leiteiras. Hoje, o criador tem 12 vacas na lactação e planeja chegar a 30, em cinco anos. A propriedade de João de Tonho Emílio, como prefere ser chamado, conta com estrutura bem orientada e ordenhadeira mecânica, equipamento que o auxilia a tirar leite de forma mais rápida. “Tenho dez tarefas de terra, que dão pouco mais de três hectares. Trabalho com gado desde os sete anos, nasci e me criei com o gado. Comecei do nada. Hoje tenho 12 vacas na lactação, nove bezerras e dois bezerrinhos”, contabilizou.

A IATF é uma técnica de inseminação em tempo fixo. Trata-se de um sistema de protocolo onde são cadastrados 14 criadores, por exemplo, e em um determinado dia é feita a ultrassonografia em todas as vacas, para identificar se alguma está prenha. Em seguida, é feito o protocolo hormonal para que todas entrem fiquem férteis e sejam inseminadas no mesmo dia. Por esta razão que se chama Tempo Fixo, porque, teoricamente, todas darão cria na mesma época. 

Para incrementar o programa, a Emdagro distribui semente de palma forrageira, que serve de alimentação estratégica para o gado no período seco, além da distribuição de sementes de milho, que tanto serve de segurança alimentar familiar quanto para suporte alimentar para os animais. Isso fecha todo processo de assistência do Governo do Estado aos criadores. “Estamos no semi árido. Nesta região, a situação climática é bem severa. Toda a contribuição possível para melhorar as questões do sertão foram feitas aqui”, salientou o técnico extensionista da Emdagro, Sérgio Souza.

Defesa Vegetal da Emdagro alerta para importância de eliminar a murta de regiões citrícolas

Planta hospeda inseto que pode contaminar pomares com Greening, uma das maiores ameaças à citricultura mundial

Sempre atento e comprometido com a resolução de demandas que garantam uma melhor atuação do homem no campo, o Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e sua vinculada, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro), tem realizado um intenso trabalho de conscientização para combater o plantio e a manutenção da Murta nas áreas citrícolas do estado. A planta abriga o inseto Psilídeo, que, quando contaminado pela bactéria Candidatus Liberibacter spp, pode disseminar uma doença incurável – o Greening – nos pomares da região, em alguns casos inviabilizando toda a produção.

Sergipe possui o status de área sem ocorrência de Greening, existindo a presença do inseto, mas não da bactéria causadora da doença, o que é comprovado por análise laboratorial. Já a região sudeste, principalmente os estados de São Paulo e Minas Gerais, estão com mais de 40% das plantas de citros (laranja, tangerina, limão, etc.) de laranja contaminados com Greening ou HLB, que representa uma das maiores ameaças à citricultura mundial, por se propagar rapidamente.

Diante disso, as equipes de Defesa Sanitária Vegetal da Emdagro têm realizado um intenso trabalho de fiscalização e conscientização nas divisas do estado, a fim de evitar que mudas de Murta e cargas de citros (mudas ou frutos) provenientes das regiões afetadas entrem no estado sem a devida certificação fitossanitária de origem, principalmente nos municípios da região citrícola.  

Conhecida como “Dama da Noite” ou “Jasmim de Laranjeira”, a Murta, de aspecto ornamental atraente e que produz florzinhas brancas muito cheirosas, semelhantes ao jasmim, é comum de ser encontrada em jardins de praças, cemitérios, calçadas de igrejas e vias públicas. Em municípios de zona citrícola, a planta representa um grave problema para as lavouras, por hospedar o inseto que transmite a bactéria causadora do Greening. A doença ataca as plantas cítricas, causando prejuízos significativos.

Como medida preventiva, com base na portaria Federal nº 317 de 21/05/2021 e Decreto Estadual nº 27.493, de 08/11/2010, é proibido o plantio ou manutenção da Murta em locais públicos e áreas particulares em 16 municípios sergipanos: Cristinápolis, Umbaúba, Pedrinhas, Arauá, Itabaianinha, Riachão do Dantas, Lagarto, Boquim, Salgado, Itaporanga D’Ajuda, Estância, Santa Luzia do Itanhy, Indiaroba, Santana do São Francisco, Neópolis, Tomar do Geru e Japoatã. 

Conforme observa o fiscal agropecuário da Emdagro Fábio Leal, o Greening como doença vegetal não tem cura. “As árvores novas afetadas não chegam a produzir, e as adultas em produção sofrem uma grande queda prematura de frutos, definhando ao longo do tempo”, explicou, ao destacar que o inseto ataca os pomares nas épocas de brotação das plantas. “O controle do Greening exige o plantio de mudas sadias, a eliminação das plantas doentes e o controle do psilídeo”, ressaltou.

De acordo com o fiscal agropecuário  Silvano Freire, o descumprimento da lei implica em multa, apreensão e destruição das plantas e cargas irregulares. “Sendo assim, não cabe ao infrator direito à indenização ou ressarcimento de prejuízos decorrentes, e as despesas da destruição das plantas e cargas serão custeadas por ele, conforme estabelecido por lei”, pontuou. 

Ciente dos prejuízos que a doença pode causar em sua plantação de laranjas, o agricultor Carlos de Jesus Neto, do povoado Quebradas 3, no município de Salgado, fez questão de arrancar os três pés da planta que mantinha na frente de sua propriedade rural. “Vi a flor em um sítio vizinho, achei ela bonita e cheirosa, aí quis trazer para minha propriedade. Não sabia que podia prejudicar minha roça”, disse ele, ao destacar o trabalho feito pelos técnicos da Emdagro. “Nós não temos conhecimento de tudo, e sabendo que manter uma planta dessa pode prejudicar, a gente faz a nossa parte e arranca a planta”, afirmou o produtor.

Para o coordenador de Defesa Sanitária Vegetal da Emdagro, Sandro Roberto Kruger, é muito importante essa conscientização do produtor rural. “A erradicação da murta, por si só, não nos dá 100% de segurança de que não teremos o Greening no estado. Esta é uma medida de prevenção, a diminuição da população do inseto vetor, sempre buscando a conscientização dos produtores e população em geral. Para tanto, realizamos palestras e visitas em sindicatos e associações de agricultores, secretarias municipais de agricultura, com o objetivo de que entendam a importância de erradicar a murta. A planta infectada com a bactéria não demonstra sinais visíveis, mas o inseto  que se hospeda nele é contaminado pela bactéria, e aí sim o estrago está feito, pois ele vai disseminar a doença nos pomares de citros, fazendo com que a bactéria cause a obstrução dos vasos da planta e, consequentemente, a sua morte”, explicou o engenheiro agrônomo.

Governo investe R$ 60 milhões na agricultura e produtores comemoram fortalecimento do setor em Sergipe

Cultura diversificada é característica da agricultura familiar no estado, que conta com assistência técnica prestada pela Emdagro para melhorar e aumentar a produção

Alface, rabanete, coentro, cebolinha, couve, rúcula, banana, mamão, coco e manga são alguns dos mais de 20 produtos agrícolas cultivados pelo agricultor José Adelson Fonseca, 48, e que chegam à mesa dos consumidores de várias regiões para enriquecer a alimentação dos sergipanos. Em Sergipe, a diversidade de culturas é ampla e, somente nos perímetros irrigados do Estado, há uma produção de 56 variedades agrícolas. Neste domingo, 28 de julho, quando é celebrado o Dia do Agricultor, o Governo de Sergipe destaca o apoio oferecido a estes trabalhadores responsáveis por dedicar a vida a plantar e colher alimentos que contribuem para a nutrição e saúde da população. São R$ 60 milhões investidos no setor da agricultura pela gestão estadual de 2023 até o momento. 

Do povoado Garangau, no município de Campo do Brito, no agreste sergipano, Adelson, mais conhecido como Delson, vem de família de agricultores e aprendeu desde cedo a tirar o melhor da terra e conviver harmonicamente com a natureza. Foi por isso que em seus terrenos escolheu investir exclusivamente na agricultura orgânica e para conseguir a certificação dos produtos, por meio do Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), contou com o auxílio da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), que também auxilia Delson e outros produtores sergipanos a melhorar a produção, por meio da assistência técnica prestada pela vinculada da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) entre outras ações. 

O secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca, Zeca Ramos da Silva, destaca os incentivos do governo para fomentar a produção agrícola em Sergipe. E por entender a importância econômica e social dessa atividade para o estado é que o Governo de Sergipe tem fortalecido as iniciativas na área. “Só por meio da Secretaria de Estado da Agricultura e suas empresas vinculadas Emdagro e Coderse foram investidos R$ 60 milhões nesta gestão do governador Fábio Mitidieri de janeiro de 2023 a junho de 2024”, informa.

Entre as ações, cita o gestor, estão a entrega de sementes (milho, arroz e palma forrageira) e outros insumos; assistência técnica; tecnologias reprodutivas de animais e vegetais, o trabalho de vigilância sanitária; doação de máquinas e equipamentos; regularização fundiária e tantas outras ações.

Na plantação de Adelson, a variedade é grande, tem de tudo um pouquinho. Ele planta ora-pro-nóbis, alface, cebolinha, macaxeira, batata-doce, inhame. Para ele, a assistência técnica recebida da Emdagro é fundamental.  “Porque às vezes a gente tem a prática, mas o conhecimento sempre é bom. Os técnicos do governo nos ajudam com a análise de solo, orientação sobre o plantio, rotação de cultura, tudo isso, que é muito bom. Aqui sempre plantamos orgânicos, sem veneno, mas para ter a certificação orgânica a Emdagro nos orientou a criar uma Organização de Controle Social (OCS), porque é preciso ter o grupo, com mais de três pessoas, para ter o certificado”, informou.

Os produtos de Delson são vendidos na região, assim como na capital Aracaju. Somente de alface ele produz entre 2 mil a 3 mil pés por semana; já de coentro são de 3 mil a 4 mil pés. Para o agricultor, ver seus produtos chegarem a tantos sergipanos é motivo de orgulho. “Já começo ganhando por plantar um alimento saudável, comer bem, sem veneno, e saber que quem compra está se alimentando saudável, e é bom plantar e ver que não estou agredindo nem o ser humano e nem a natureza. Eu me sinto orgulhoso, porque quando a gente faz o que gosta, é gratificante. Para mim, lidar com a terra é tudo, é vida”, contou. 

Diversificação

O engenheiro agrônomo da Emdagro Adailton dos Santos explica que, na propriedade de Delson, se trabalha com a agroecologia e cultivo de orgânicos e nesses modelos de produção a diversidade de produtos é importante para ajudar o agricultor a ter sempre uma renda, o que também é uma das preocupações dos técnicos do Estado. Outra vantagem da diversidade de culturas é a ajuda no controle de pragas e doenças, já que não há utilização de agrotóxicos.  

“Nesse sentido a ação da Emdagro ajuda o agricultor a produzir mais, melhor e mais diversificado, para ter mais espaço no mercado. E, além de a Emdagro apoiar a organização desses produtores para obter o certificado pelo Mapa, a gente orienta sobre o melhor manejo, a melhor época, que produto plantar, para onde plantar e que época plantar. É um trabalho importantíssimo para dar solidez ao trabalho dos agricultores”, ressaltou.

O agricultor Sinval Araújo, 47, trabalha com a agricultura desde os 8 anos, quando ajudava seu pai na produção familiar. É da terra que ele tira o sustento da sua família, o que lhe deixa realizado. “Está aí a nossa alegria. Porque a gente sabe o que está manejando, a gente planta, vê nascer, vê crescer, botar o fruto e tira para mandar para a mesa do consumidor. Aqui planto couve, macaxeira, salsa, milho, tomate, repolho e muito mais. É bom demais, não queria outra profissão”, garantiu.  

Sinval também reconhece que o apoio da Emdagro foi essencial para a ampliação das vendas do que produz. “É importante por muitos motivos, porque, além de tudo, eles divulgam e incentivam a gente a saber que está no caminho certo para progredir cada vez mais”, acrescentou. 

Ações do governo

O apoio do Governo do Estado à atividade agrícola se dá principalmente a partir da assistência técnica, irrigação, doação de sementes e auxílio a créditos rurais, ações que fortalecem a agricultura no estado e valorizam o trabalho dos agricultores, especialmente aos da agricultura familiar.   

Adailton dos Santos reforça que a agricultura familiar é responsável por mais de 70% da alimentação da população. “É na pequena propriedade onde você vai encontrar a alimentação básica, é onde é produzido milho, feijão, as hortaliças. Então é importante demais o papel do agricultor para sociedade”.

Outra ação do Governo do Estado importante para a diversidade da alimentação em Sergipe, é a manutenção dos perímetros irrigados por meio da por meio da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse). De acordo com a Seagri, a partir do fornecimento de água de irrigação nos perímetros mantidos pelo Estado, são produzidas variedades como abóbora, abobrinha, acerola, amendoim, banana maçã, banana da terra, banana prata, batata-doce, cana de açúcar, cenoura, couve-flor, fava, melão, pepino, feijão, milho, pêra, vagem e muitos outros. 

Com relação à distribuição de sementes, o Estado ampliou o valor investido por meio do programa Sementes do Futuro em 2024, o que impulsiona culturas de destaque, como a do milho e do arroz. Neste ano, o Governo de Sergipe já distribuiu 206 toneladas de sementes de milho para 20.600 famílias de agricultores de 54 municípios, com investimentos de R$ 3 milhões. Em 2023 foram 115 toneladas e  R$ 1,5 milhão investido. Já de arroz foram 175 toneladas de sementes certificadas distribuídas para 1.375 rizicultores e R$ 2,28 milhões investidos neste ano, enquanto que, em 2023, foram 120 toneladas a partir de um investimento de R$ 900 mil. No primeiro semestre de 2024, o Governo de Sergipe totalizou investimentos da ordem de R$ 5,28 milhões na compra de sementes de milho e arroz.

O secretário Zeca Ramos da Silva ressalta que o milho reina como o grande destaque da agricultura sergipana, com mais de um milhão de toneladas produzidas ano passado, mas o gestor observa a importância de outras culturas. “Não podemos deixar de destacar que este setor é bem diversificado com culturas importantes como a laranja, o arroz, a batata-doce, coco, além das frutas e verduras produzidas nos perímetros irrigados”, disse.

Só nos cinco perímetros administrados pelo Estado foram produzidas 110 toneladas de produtos agrícolas, resultado em R$ 212 milhões comercializados pelos produtores em 2023. “Além disso, entre as políticas do Governo de Sergipe para a agricultura há vários incentivos fiscais por meio da Secretaria de Estado da Fazenda, a exemplo da redução do ICMS, como também investimento do Banese, disponibilizado para o Plano Safra 2023-2024, de R$ 150 milhões”, detalhou o secretário.

Concurso

Para reforçar o apoio aos agricultores sergipanos, o Governo do Estado ainda realizou o concurso da Emdagro, em 2023. O certame possibilitou a contratação de 55 novos servidores concursados: engenheiros agrônomos, médicos veterinários e técnicos agrícolas. O  técnico em agropecuária Raimundo Luciano Pereira foi um dos aprovados no concurso e já atua na empresa há três meses. Para ele, que veio de Brasília após ser convocado, a renovação do quadro da Emdagro gera bons resultados na agricultura sergipana. 

“A gente tem uma boa expectativa, para auxiliar a produção e poder trazer experiências de fora também, de outras culturas e outras formas de trabalhar. A gente chega para contribuir, com toda vontade, toda garra, há um grande benefício em renovar o quadro para trazer novas atualizações, juntando isso ao conhecimento do pessoal mais antigo. O interesse é somar e, com isso, o produtor quem ganha”, assegurou o técnico que é especialista em olericultura e fruticultura.

Desenvolvimento

Agricultores de Japaratuba aproveitam serviços da 31ª edição do ‘Sergipe é aqui’

Ação beneficiou os agricultores do município, que são responsáveis pela geração de renda e emprego no campo

O município de Japaratuba recebeu a 31ª edição do ‘Sergipe é aqui’, nesta quinta-feira, 25 de julho, data em que é comemorado o Dia Internacional do Agricultor Familiar, e no estande da Agricultura, muitos exemplos de sucesso tiveram seu destaque reconhecido. Como em todas as cidades onde já aconteceu o programa de governo itinerante,  a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) se fez presente, juntamente com suas empresas vinculadas — Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e Empresa de Desenvolvimento Sustentável do Estado de Sergipe (Pronese). 

Na ocasião, foram disponibilizadas ações especialmente para os agricultores, que são responsáveis pela geração de renda e emprego no campo, com a garantia do sustento de milhares de famílias. Do povoado Caraíbas, no município, veio o exemplo da panificação ‘Nascendo para crescer’, que fabrica pães, bolos e biscoitos, gerando renda para a comunidade do projeto de assentamento de reforma agrária. A Associação Comunitária do Projeto de Assentamento Caraíbas recebeu recursos do Governo do Estado, por meio de um convênio firmado com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que garantiu a compra do maquinário e a estruturação da agroindústria. 

“Atualmente, produzimos entre 500 e 600 pães por dia, do tipo francês, doce, carrapicho, de macaxeira e de batata, além de bolos e alguns biscoitos caseiros. Hoje aproveitamos a oportunidade de vir demonstrar nossos produtos neste evento promovido pelo Governo do Estado”, declarou Erisvando Chagas, presidente da associação, que é formada por 115 famílias de agricultores familiares.

Representando o trabalho realizado pela Cooperativa Jardim, de Japaratuba, com peças artesanais feitas da palha do Ouricuri, a artesã Cristiane Santos de Jesus levou para o estande bolsas, esteiras, cestos e chapéus, entre outros produtos que foram comercializados no local. “Foi muito importante essa oportunidade de divulgar as artes que a gente faz com tanto carinho e poder ganhar um dinheiro extra”, afirmou a moradora do povoado Alagamar.

Segundo a técnica em Economia Doméstica da Emdagro, Josenildes Menezes, é de responsabilidade da empresa cuidar dessa área ambiental e realizar constantemente a conscientização dos agricultores para a preservação do ouricurizeiro, responsável pela matéria prima e pela produção do artesanato local. “No campo da agricultura familiar, as famílias, principalmente de Japaratuba e Pirambu, têm um potencial muito grande com o artesanato e estão sempre atentas à questão da preservação. Esse trabalho com a palha do ouricuri representa uma tradição que vem passando de geração em geração, e representa, para os agricultores, uma boa complementação na renda familiar”, enfatizou.

Outro exemplo de sucesso demonstrado no estande da Agricultura, em Japaratuba, foi levado pela coordenadora da Organização de Controle Social (OCS) da região, Iraci dos Santos Sena, que fez a distribuição de mudas de açaí orgânico. “Nossa associação reúne um grupo de agricultores familiares na produção de orgânicos com intuito de fazer com que as pessoas conheçam e consumam alimentos saudáveis. Aproveitamos para trazer uma amostra de nossos produtos e divulgar nosso trabalho”, disse a agricultora.  

Emdagro presente

A Emdagro esteve presente no ‘Sergipe é aqui’ em Japaratuba com uma gama de serviços que vão desde a distribuição de 55 mudas frutíferas, entrega de nove Cadastro de Agricultura Familiar (CAFs), a entrega de 35 amostras de solo ao Instituto Tecnológico e de Pesquisas de do Estado Sergipe (ITPS) para análise e o cadastramento de pequenos produtores para vacinação de bezerras contra Brucelose e Clostridiose. A empresa também entregou quatro atestados de vacinação contra a brucelose a agricultores familiares e cinco certificados de imunização contra clostridiose, um total de 73 animais vacinados entre bovinos e ovinos.

O presidente da Cooperativa Jardim, na região de Japaratuba, José Augusto Feitosa, recebeu o seu CAF nesta quinta-feira. “Esse documento é extremamente importante para nós, agricultores. Ele nos oferece uma ampla variedade de benefícios, como a possibilidade de obter empréstimos bancários e vender nossa produção, através da cooperativa, para prefeituras e programas do governo estadual. Além disso, o CAF é muito importante para garantir nossa aposentadoria futura, pois demonstra nossa atividade agrícola ao longo dos anos”, reforçou.

O agricultor autônomo Ginaldo dos Santos Silva esteve no estande para conversar com um técnico da empresa sobre a morte de um pé de goiaba que tinha em sua residência. “Foi muito bom vir aqui e poder conversar com um técnico. Eu tinha um pé de goiaba na minha casa, mas alguma coisa aconteceu e ele morreu. Aí recebi uma orientação técnica da Emdagro que vou usar quando for plantar e nova muda de goiaba que acabei de ganhar”, disse.

Ações da Coderse

Em Japaratuba, a Coderse ofereceu orientações sobre os serviços de perfuração, bombeamento, instalação e manutenção de poços tubulares e seus sistemas de abastecimento, ao mesmo tempo em que demonstrou, por meio de uma maquete de sistema de dessalinização, como funciona o Programa Água Doce em Sergipe. O programa está presente em 29 comunidades rurais da região semiárida e neste ano está sendo ampliado para mais três.

O diretor de Infraestrutura Hídrica da Coderse, Ernan Sena, explica que o órgão tem forte presença no município do leste sergipano, tendo executado, ao todo, 53 poços. “Aqui em Japaratuba, desde 2023, nós perfuramos quatro poços tubulares profundos, nos povoados de Sapucaia, Porteiras, Várzea Verde e Alto das Mangabeiras. É a Coderse trazendo água para o interior do estado”, pontuou.

Poder público, comércio e produtores planejam ações para aquicultura e pesca em Sergipe

Assembleia Legislativa de Sergipe planeja audiência pública sobre pesca e aquicultura para o dia 23 de agosto

Durante reunião realizada nesta segunda-feira, 22, representantes do poder público, do setor comercial e da aquicultura e pesca deram continuidade à discussão sobre a situação do Terminal Pesqueiro de Aracaju. O encontro aconteceu no espaço do Instituto Fecomércio e também tratou sobre incentivos fiscais e a realização de uma feira da aquicultura e pesca no estado.

Na ocasião, o secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca, Zeca Ramos da Silva, destacou que a gestão estadual está empenhada em encontrar uma solução para o funcionamento do terminal. “O terminal pesqueiro e áreas anexas pertencem à União. Contudo, o processo licitatório feito no âmbito federal não deu certo, mas o governador Fábio Mitidieri está sensível em apoiar uma solução para esse problema. A sugestão é que o Estado assuma e intermedie o repasse da estrutura para uma associação de produtores ou mesmo para a Fecomércio, que se mostrou interessada, com a condição de que o Governo Federal adquira e instale os equipamentos que estão faltando”, explicou Zeca. 

Para o presidente da Fecomércio, Marcos Andrade, o encontro foi fundamental para discutir temas importantes para o setor pesqueiro de Sergipe. “Recebemos representantes do governo federal, estadual e do legislativo para agregar forças para o desenvolvimento de uma cadeia produtiva tão importante. Queremos apoiar a realização de uma feira da aquicultura no segundo semestre e dar o devido reconhecimento às produções que se destacam no estado, a exemplo da produção de atum”, adiantou.

O superintendente Federal da Pesca e Aquicultura em Sergipe, Everton Siqueira, garantiu que a proposta será levada ao Ministério da Pesca. “Do ponto de vista legal, é necessário que, inicialmente, o Estado assuma o prédio, para depois ser realizado convênio de gestão com uma associação de produtores de pesca. Vamos levar a condição feita pelo governo estadual”, disse.

Também presente na reunião, a deputada federal Katarina Feitoza ratificou as potencialidades e se colocou à disposição em contribuir com os incentivos para o setor. “Estamos procurando soluções para a expansão da pesca e aquicultura no estado. Nosso potencial é enorme, então precisamos potencializá-lo através de incentivos. Com essa união de esforços, tenho certeza de que daremos uma utilidade pública para o Terminal Pesqueiro, contribuindo para o desenvolvimento” destacou a deputada, que se comprometeu em reunir a bancada federal para uma visita ao Ministério da Pesca.

O presidente da Comissão de Agricultura da União Nacional dos Legisladores Estaduais (Unale), deputado estadual Marcelo Sobral, anunciou que a Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) realizará uma audiência pública para tratar das principais demandas do setor de Aquicultura e Pesca, a ser realizada no dia 23 de agosto. “É o pontapé inicial para que a gente traga legislações estaduais e federais que incentivem o produtor. Somos grandes produtores de atum, e o quarto maior produtor de camarão do Brasil”.

Agricultura

Poder público, comércio e produtores planejam ações para aquicultura e pesca em Sergipe

Assembleia Legislativa de Sergipe audiência pública sobre pesca e aquicultura o dia 23 de agosto

Durante reunião realizada nesta segunda-feira, 22, representantes do poder público, do setor comercial e da aquicultura e pesca deram continuidade à discussão sobre a situação do Terminal Pesqueiro de Aracaju. O encontro aconteceu no espaço do Instituto Fecomércio e também tratou sobre incentivos fiscais e a realização de uma feira da aquicultura e pesca no estado.

Na ocasião, o secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca, Zeca Ramos da Silva, destacou que a gestão estadual está empenhada em encontrar uma solução para o funcionamento do terminal. “O terminal pesqueiro e áreas anexas pertencem à União. Contudo, o processo licitatório feito no âmbito federal não deu certo, mas o governador Fábio Mitidieri está sensível em apoiar uma solução para esse problema. A sugestão é que o Estado assuma e intermedie o repasse da estrutura para uma associação de produtores ou mesmo para a Fecomércio, que se mostrou interessada, com a condição de que o Governo Federal adquira e instale os equipamentos que estão faltando”, explicou Zeca. 

Para o presidente da Fecomércio, Marcos Andrade, o encontro foi fundamental para discutir temas importantes para o setor pesqueiro de Sergipe. “Recebemos representantes do governo federal, estadual e do legislativo para agregar forças para o desenvolvimento de uma cadeia produtiva tão importante. Queremos apoiar a realização de uma feira da aquicultura no segundo semestre e dar o devido reconhecimento às produções que se destacam no estado, a exemplo da produção de atum”, adiantou.

O superintendente Federal da Pesca e Aquicultura em Sergipe, Everton Siqueira, garantiu que a proposta será levada ao Ministério da Pesca. “Do ponto de vista legal, é necessário que, inicialmente, o Estado assuma o prédio, para depois ser realizado convênio de gestão com uma associação de produtores de pesca. Vamos levar a condição feita pelo governo estadual”, disse.

Também presente na reunião, a deputada federal Katarina Feitoza ratificou as potencialidades e se colocou à disposição em contribuir com os incentivos para o setor. “Estamos procurando soluções para a expansão da pesca e aquicultura no estado. Nosso potencial é enorme, então precisamos potencializá-lo através de incentivos. Com essa união de esforços, tenho certeza de que daremos uma utilidade pública para o Terminal Pesqueiro, contribuindo para o desenvolvimento” destacou a deputada, que se comprometeu em reunir a bancada federal para uma visita ao Ministério da Pesca.

O presidente da Comissão de Agricultura da União Nacional dos Legisladores Estaduais (Unale), deputado estadual Marcelo Sobral, anunciou que a Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) realizará uma audiência pública para tratar das principais demandas do setor de Aquicultura e Pesca, a ser realizada no dia 23 de agosto. “É o pontapé inicial para que a gente traga legislações estaduais e federais que incentivem o produtor. Somos grandes produtores de atum, e o quarto maior produtor de camarão do Brasil”.

Emdagro realiza inquérito sobre tuberculose bovina em rebanhos sergipanos

Medida visa alertar sobre risco da doença em animais e para a saúde humana

Criadores e pecuaristas sergipanos têm recebido orientações e alerta da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) sobre a tuberculose bovina. A doença que afeta, principalmente, bovinos e búfalos, mas também pode ser transmitida aos seres humanos, é objeto de um inquérito epidemiológico realizado desde o ano passado no estado, por determinação do Ministério da Agricultura. A atividade é realizada de forma pontual pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e Emdagro, que trabalham permanentemente, a fim de erradicar essa e outras enfermidades dos rebanhos de Sergipe.

De acordo com informações da Diretoria de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, até o momento cerca de 400 propriedades foram visitadas em 38 municípios, a fim de traçar um diagnóstico sobre a tuberculose bovina no Estado. “Conforme o alinhamento traçado pelo Ministério da Agricultura, ao todo teremos 638 propriedades para visitar, estamos trabalhando com a metodologia desenvolvida pela Universidade de São Paulo, que nos presta consultoria”, destacou a diretora Aparecida Andrade, ao observar que já foram testados 2.600 animais, sendo 31 confirmados como positivos.

Para o veterinário Diogo Maia, o diagnóstico precoce é de grande importância para evitar que a doença se propague nos rebanhos e alcance a população humana. “A tuberculose no bovino se caracteriza como uma doença respiratória crônica, por meio de uma bactéria que vai atacar principalmente o sistema respiratório, mas que também pode acometer o aparelho digestivo. Os sintomas clássicos são a tosse e o emagrecimento do animal, que também podem ser acometidos de forma assintomática, nesses casos os animais aparentam estar saudáveis, mas agem como fontes de infecção para outros animais e para os seres humanos”, explicou.

No caso dos animais testados como positivos eles precisam ser sacrificados, o que acontece com o consentimento do criador, que depois procura os órgãos competentes para receberem uma indenização pela perda. “Após avaliação feita por nossa equipe técnica, composta por veterinários da Emdagro, do Ministério da Agricultura  e também da federação, o produtor que teve perda de animais recebe de volta parte do valor de cada um”, explicou a diretora Aparecida Andrade ao observar que, até o momento, 22 criadores que tiveram seus animais testados como positivos para a tuberculose bovina, procuraram a Emdagro para dar entrada no protocolo de indenização.

A doença

A tuberculose bovina é causada pelo Mycobacterium bovis. Foi estimado que o agente causador da doença seja responsável pela ocorrência de 10-18% dos casos de tuberculose humana. Bovinos eliminam o M. bovis em secreções respiratórias, fezes, leite, etc. Sendo assim, os humanos se infectam primariamente por ingestão de produtos lácteos não pasteurizados, ou seja, não inspecionados; e também através do consumo de carne não inspecionada crua ou mal cozida. Outra fonte de infecção que afeta principalmente os pecuaristas e trabalhadores rurais é através de aerossóis, por contato direto com os animais.

Agricultura

Entrega simultânea de alimentos da irrigação pública em Lagarto tem incentivo do Governo do Estado

Qualidade dos produtos e assistência técnica da Coderse contribuem para o agricultor atender grau de exigência dos programas

Em um só dia, agricultores irrigantes de Lagarto, centro sul sergipano, entregaram quase 2,5 toneladas de alimentos da Compra com Doação Simultânea (CDS) via Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Entregas que, na mesma quinta-feira, 18, foram colhidas, pesadas, transportadas e distribuídas às pessoas assistidas pelo Centro de Referência de Assistência Social de General Maynard, no leste sergipano.

O Irrigante do perímetro Piauí Antônio de Carvalho Neto destacou a satisfação de vender a produção em um programa que ajuda as pessoas. Ele produziu em sua unidade irrigada e entregou nesta etapa do PAA 100kg de quiabo, 80kg de pimentão, 60kg de acerola e 90kg de laranja pera. “Ajuda bastante, pois produzimos fora de época e podemos vender num melhor preço, de acordo com o projeto. É gratificante poder produzir e ajudar o próximo de maneira sustentável e boa, com mercadorias de alta qualidade do perímetro, como tem que vir”, considerou.

O agricultor Valmir Barbosa cultiva abóbora, milho verde, amendoim e mandioca em sua unidade produtiva irrigada. Ele confirma a importância de ter destino certo com preço justo. “Hoje, fiz entrega de 150kg de abóbora. O que ajuda é que tenho alguém certo para entregar e também com preço bem melhor que o do comércio. Meu sentimento é de alegria por poder ajudar, o trabalho passa a ser mais significativo”, considerou.

Sem agrotóxico

Para o agricultor Raimundo Batista Nascimento, a modalidade de compra com doação simultânea é boa para os produtores. “Não tenho o que reclamar e cada dia que passa as coisas melhoram para nós. Quero que tenham mais outros anos para a gente produzir e já entregar a produção. Temos o acompanhamento da Coderse, os técnicos são maravilhosos e nos ajudam muito. A força do nosso trabalho vem da união”, contou. 

O irrigante entregou ao PAA, no dia 18, alface, couve, cebolinha e coentro, cultivados no sistema de produção agroecológica que Raimundo adotou há cerca de 15 anos. “Aqui também tem a ajuda do Governo do Estado, que vem com esses projetos através do Governo Federal e nossa responsabilidade é colocar mercadoria de boa qualidade. Não pode trazer nada ruim. Isso é muito bom e eu trabalho sem usar agrotóxico, tipo orgânico, que é bom e saudável”, complementa.

Assistência do Estado

Das frentes de atuação que o Governo do Estado para beneficiar os produtores dos perímetros irrigados, três delas ficam bem evidentes quando eles optam por participar desses programas de compras governamentais. A primeira é a irrigação o ano todo, fornecida pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). Para produzir continuamente durante a vigência dos contratos, em volume para atender a demanda e atendendo aos critérios de qualidade. 

A segunda frente de atuação do governo é a assistência técnica agrícola no campo. Outra atuação é a assessoria da equipe ao produtor e associações para estarem quites com a documentação, na elaboração dos projetos-proposta de entrega de alimentos e na parte de prestação de contas com os órgãos contratantes.

“São 23 produtores e eles têm o limite de mais de R$ 340 mil para entregar alimentos durante 10 meses, em entregas quinzenais. Produtos que são destinados a pessoas em insegurança alimentar de General Maynard. A gente analisa se a documentação está correta e na elaboração das propostas. E isso é com todas as associações e cooperativas. Esta que está entregando e outra que aguarda a liberação de recursos da Conab”, explicou o gerente do Perímetro Irrigado Piauí, Gildo Almeida. Ele complementa que este projeto é para atender um montante de 60,8 toneladas de alimentos durante o período de vigência.

Umbaúba recebe a 30ª edição do ‘Sergipe é aqui’ com vários serviços agropecuários

Estande da Seagri e vinculadas ofereceu serviços e orientações aos agricultores locais, fortalecendo a produção agrícola e pecuária na região

Hoje, o município de Umbaúba, a pouco mais de cem quilômetros da capital Aracaju, sediou a 30ª edição do Programa ‘Sergipe é aqui’, promovido pelo Governo do Estado. Com uma população em torno de 25 mil habitantes, Umbaúba destaca-se como um dos maiores produtores de laranja do estado e contribui significativamente para o PIB regional com a produção de laranja, tangerina, mandioca, maracujá e coco. Além disso, a criação de gado de corte, ovinos e aves também fortalece a economia local.

O evento contou com a presença de vários estandes, incluindo o da Secretaria de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural (Seagri) e suas vinculadas Emdagro e Coderse, que ofereceram inúmeros serviços aos agricultores da região. A Emdagro destacou-se pela distribuição de 55 mudas frutíferas, entrega de 20 Cadastros Nacionais da Agricultura Familiar (CAF) a agricultores previamente cadastrados e o envio de 55 amostras de solo ao Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe (ITPS) para análise. Além disso, a autarquia realizou o cadastramento de pequenos produtores para a vacinação de bezerras contra brucelose e de bovinos, ovinos e caprinos contra clostridiose. Outro serviço importante foi o cadastramento de agricultores para inseminação artificial em bovinos, ovinos e caprinos, dentro do Programa Mais Pecuária Brasil Bovino e Caprino e Ovino.

A Coderse marcou presença orientando sobre locação, perfuração, limpeza e teste de vazão de poços comunitários, além de fornecer informações sobre instalação, manutenção e recuperação de sistemas simplificados de abastecimento de água. No estande, uma maquete de uma unidade de produção de água chamou a atenção dos visitantes. Já a Pronese participou do evento oferecendo informações sobre crédito fundiário, auxiliando os agricultores a entender melhor as opções de financiamento disponíveis.

Satisfação

O agricultor aposentado José Soares de Araújo ficou satisfeito em voltar para casa com uma muda de jenipapo para plantar em seu terreno. “Só comia jenipapo quando ganhava de meu vizinho, mas agora ele resolveu cortar o pé e sou eu que vou plantar, graças a essa ação do governo em minha cidade”, afirmou, satisfeito. O agricultor disse que planta macaxeira, laranja e tem várias fruteiras. “Aproveitei também para revalidar minha carteirinha de passe livre para viajar. Gostei muito”, afirmou.

Luzia Correia de Carvalho, agricultora que mora no povoado Pau Amarelo, vizinho à sede do município de Umbaúba, ganhou uma muda de goiaba para plantar em sua chácara. “Vim aproveitar o dia de serviços aqui na cidade, fiz exame de sangue e passei aqui no estande da Agricultura para garantir meu pé de fruta”, disse, revelando que tem uma variedade grande de hortaliças e verduras em sua propriedade, e que não dispensa uma nova opção de fruta em seu pomar.

“Hoje meu dia foi bem proveitoso aqui. Recebi meu certificado do Cadastro de Agricultor Familiar (CAF), ganhei uma muda de acerola para plantar em meu sítio e acompanhei a entrega da amostra de solo retirada de minha propriedade, para análise”, afirmou o agricultor Renato Cardoso dos Santos. Para ele foi muito importante realizar o serviço, a fim de garantir a qualidade da terra onde semeia. “Os técnicos da Emdagro foram muito atenciosos, explicaram tudo e mostraram a importância de fazer essa análise no solo, para ele produzir mais e com melhor qualidade”, disse o agricultor que planta maracujá, mamão, laranja, milho e amendoim.

O secretário de estado da Agricultura, Zeca Ramos da Silva, destacou que a proximidade com a população faz chegar os serviços que favorecem o crescimento regional. “O Programa Sergipe é aqui demonstrou mais uma vez seu compromisso em apoiar e desenvolver ações para a população local, por meio de sua gama de serviços ofertados. A Seagri, Emdagro e Coderse, com o apoio à agricultura e à pecuária, não foi diferente em Umbaúba, proporcionando recursos e informações essenciais para o crescimento sustentável da região”, disse o secretário.

Agricultura

Projeto Sertão Vivo do Governo Estadual é aprovado na Alese

O Projeto Sertão Vivo terá prazo de execução de 72 meses e beneficiará 38 mil famílias de 29 municípios

Projeto de Lei encaminhado pelo Governo de Sergipe que viabiliza a implementação do Programa Sertão Vivo foi aprovado na Assembléia Legislativa de Sergipe (Alese) na quarta-feira, 17. A autorização do Legislativo permitirá ao Governo de Sergipe realizar uma operação de crédito junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para apoiar agricultores familiares em práticas agrícolas sustentáveis e que aumentem a resiliência dos sistemas de produção, frente às mudanças climáticas. Serão captados R$ 126,6 milhões em crédito que somados aos recursos não reembolsáveis pelo Estado totalizam R$ 150 milhões para as ações do projeto. 

O Projeto Sertão Vivo terá prazo de execução de 72 meses e beneficiará 38 mil famílias de 29 municípios. O cronograma de ações prevê o fortalecimento organizacional dos produtores rurais e a dinamização das atividades econômicas, a produção e disseminação de conhecimentos e tecnologias voltadas à convivência com o semiárido e a adoção de um modelo de gestão que reforce a integração entre os diferentes atores sociais vinculados ao processo de desenvolvimento social sustentável. 

O projeto atuará também na elaboração de estratégias que garantam a participação prioritária das mulheres chefes de família, jovens rurais e comunidades tradicionais em todas as ações do projeto, a articulação com outros programas governamentais e a capacitação de gestores públicos e técnicos de instituições governamentais diretamente envolvidos nas ações do programa.

O secretário de Estado da Agricultura, Zeca Ramos da Silva, parabenizou os deputados pela sensibilidade em reconhecer o grande impacto das ações do Sertão Vivo no semiárido sergipano e destacou os fatores que estão fazendo o projeto acontecer. “Esse projeto está cada vez mais se tornado uma realidade graças à força e vontade política do governador Fábio Mitidieri, à grande capacidade técnica de nossa equipe na elaboração do projeto que foi acolhido pelo BNDES e FIDA (Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola), o baixo nível de endividamento do Estado que permite a obtenção de financiamentos e, agora também pela sensibilidade dos deputados que reconhecem a importância desta ação no semiárido”, pontuou Zeca da Silva.

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Última atualização: 22 de julho de 2024 11:27.

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