Emdagro busca soluções para doenças no cultivo de batata-doce no agreste sergipano 

O controle biológico representa uma alternativa sustentável para doenças como o ‘mal-do-pé’ e da broca do coleto

Os produtores do Programa de Desenvolvimento Territorial (Prodeter), na região agreste sergipana, estão enfrentando desafios no cultivo da batata-doce, resultando na baixa produtividade e em prejuízos. Em resposta a essa demanda, a equipe da Coordenadoria de Agroecologia da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e os técnicos da unidade de Itabaiana realizaram uma visita técnica no povoado Siebra, em Malhador, e identificaram dois problemas fitossanitários significativos nos campos de batata-doce: alta incidência do mal-do-pé e da broca do coleto. 

O principal sintoma das doenças é a podridão nas hastes da planta de batata-doce, que se alastra até as raízes causando morte do vegetal. A equipe técnica da Emdagro informou aos agricultores que atualmente não existem fungicidas registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para essas pragas no Brasil, o que exige encontrar métodos alternativos de controle. 

Segundo o coordenador de Agroecologia da Emdagro, Waltenis Braga, a adoção do controle biológico representa uma alternativa sustentável e economicamente vantajosa para os produtores de batata-doce. “Isso especialmente em face das restrições e custos associados aos produtos químicos”, destacou. A equipe técnica enfatiza a importância de continuar investindo em pesquisas e práticas que promovam a saúde das culturas e a sustentabilidade ambiental.

O controle biológico é uma técnica utilizada para gerenciar pragas e doenças nas plantas e animais de uma forma natural. Emprega organismos vivos, como predadores, parasitas ou competidores naturais para reduzir a população ou limitar o impacto dos vetores que causam doenças. Além de ser ambientalmente correta, é economicamente viável, considerando os custos comparativos entre produtos químicos e biológicos.

A visita técnica aos produtores de batata-doce é o início de uma série de ações planejadas para apoiar os agricultores da região agreste do estado. A Emdagro está comprometida em fornecer suporte contínuo e compartilhar conhecimentos sobre práticas agrícolas inovadoras que beneficiem a produção local de batata-doce e outras culturas. “Com essas iniciativas, esperamos não apenas melhorar a produtividade e a saúde das culturas, mas também fortalecer a economia local e promover práticas agrícolas mais sustentáveis, garantindo um futuro promissor para os produtores da região agreste”, concluiu Waltenis.

Agricultores de Itabi aproveitam serviços da 27ª edição do ‘Sergipe é aqui’

Secretaria da Agricultura e empresas vinculadas levaram uma série de ações ao município

Nesta quinta-feira, 23, o município de Itabi recebeu a 27ª edição do programa itinerante ‘Sergipe é aqui’. Assim como nas edições anteriores, desta vez a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) esteve presente com a equipe técnica e vinculadas – Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) e Empresa de Desenvolvimento Sustentável do Estado de Sergipe (Pronese) –, que levaram ações e serviços para agricultores familiares e demais cidadãos itabienses. 

Na ocasião, foram distribuídas 50 mudas de árvores frutíferas, entregues amostras de solo para análise pelo Instituto Tecnológico e de Pesquisa do Estado de Sergipe (ITPS), Cadastros da Agricultura Familiar (CAFs) e informações sobre como obtê-los, além de outras ações voltadas para agricultores assistidos pelo Governo do Estado.

Em Itabi, foi apresentado, pela primeira vez, o serviço de Ouvidoria Cidadã que, a partir de agora, estará presente em todas as edições. O intuito é obter, por meio do contato direto com as pessoas da comunidade, informações sobre as necessidades do município, a fim de direcioná-las para o setor competente, em busca de soluções viáveis.

“A ideia é de que a gente possa se antecipar aos problemas e trabalhar a ouvidoria como um instrumento ativo, como indutor da informação e instrumento de políticas públicas. Viemos ouvir as demandas da comunidade, a fim de contribuir para um melhor planejamento das ações, conhecendo a real necessidade dos agricultores”, explicou a ouvidora setorial da Seagri, Valmira Amaral.

A equipe técnica da Emdagro realizou o cadastramento de pequenos produtores para vacinação de bezerras contra Brucelose e para vacinação de bovinos, ovinos e caprinos contra Clostridiose. Foram imunizados 56 animais contra a Brucelose, e outros 158 vacinados contra a Clostridiose, com vacina gratuita fornecida pelo Governo do Estado. Além disso, pequenos produtores da região puderam se cadastrar no programa ‘Mais Pecuária Brasil’, que realiza inseminação artificial em bovinos, ovinos e caprinos.

Pelo programa ‘Sementes do Futuro’, foram distribuídas, somente este ano, 3,8 mil quilos de sementes de milho aos agricultores de Itabi.

Satisfação

A agricultora Maria Silva dos Santos, do povoado Melancia, foi até o local do ‘Sergipe é aqui’ para receber seu CAF, e destacou a importância do documento. “Eu fiz meu cadastro esta semana no escritório da Emdagro aqui em Itabi e vim hoje pegar meu documento. Com meu CAF, tenho a satisfação de ser reconhecida como agricultora familiar. Os técnicos disseram que com ele poderei fazer várias coisas, desde me aposentar até pegar um ‘dinheirinho’ no banco para melhorar minha rocinha”, comemorou, satisfeita.

Assim como ela, o agricultor Alex Sandro Melo Santos demonstrou muita felicidade ao receber o seu CAF. “Eu já tinha ouvido falar desse documento, pelos técnicos da Emdagro, mas somente agora resolvi correr atrás disso, pois entendi que será muito bom para mim, para eu conseguir mais benefícios e ter uma melhor oportunidade de vida”, pontuou. 

Ele ainda destacou que aproveitou os demais serviços presentes no ‘Sergipe é aqui’ para renovar sua carteira de identidade e deu entrada no procedimento para trocar o registro de nascimento, que já estava muito antigo. “Graças a Deus, resolvi tudo de uma vez”, acrescentou o agricultor.

A dona de casa Jéssica Silva Rocha esteve no estande da Agricultura para retirar uma muda de tamarindo, que vai plantar no quintal de sua casa. “Soube das ações que o Governo do Estado ia trazer hoje aqui para Itabi e aproveitei para vir pessoalmente. Gosto muito de tamarindo e ainda não tinha, então achei muito bom eu ter conseguido hoje, sem falar também nos demais serviços. Isso facilitou muito a vida da gente; em vez de ter que resolver na capital, tivemos tudo aqui mesmo em nossa cidade. Foi muito bom”, afirmou.

Coderse

Em Itabi, a Coderse colocou à disposição da população o mesmo atendimento feito na sua sede, em Aracaju, recebendo demandas e tirando dúvidas sobre a perfuração, instalação e manutenção de poços. Como forma de divulgar o trabalho realizado pela empresa na área de captação e abastecimento de água subterrânea da zona rural de todo Sergipe, a companhia expôs aos visitantes do ‘Sergipe é aqui’ a maquete de uma unidade de dessalinização do Programa Água Doce (PAD).

A Coderse realiza ações e opera recursos, material humano e expertise na infraestrutura hídrica para manter em funcionamento os 29 sistemas implantados no Seminário Sergipano. Ao mesmo tempo, está implantando mais três unidades em Carira, Poço Verde e Porto da Folha. No estado, a Seagri coordena o PAD, com as suas empresas vinculadas, Coderse e Emdagro, como executoras do programa.

Agricultura

II Encontro Sergipano de Apicultores e Meliponicultores tem apoio do Governo do Estado

Primeiro dia reuniu representantes das instituições que formam o Conselho Estadual de Apicultura e Meliponicultura para tratar sobre mudanças climáticas e preservação da caatinga

Teve início nesta terça-feira, 21, e segue até o próximo dia 23 de maio, na Universidade Federal de Sergipe (UFS), o II Encontro Sergipano de Apicultores e Meliponicultores (Esam). O evento conta com apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e suporte técnico da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro). No primeiro dia, paralelamente ao evento, foi realizada uma reunião com representantes das instituições que formam o Conselho Estadual de Apicultura e Meliponicultura – em fase de oficialização pelo Governo de Sergipe – para tratar das questões relacionadas a este setor produtivo, principalmente no que diz respeito às mudanças climáticas e à preservação da caatinga local.

Representando o secretário de Estado da Agricultura, Zeca da Silva, o chefe da Assessoria de Planejamento da Seagri, Arlindo Nery, destacou que o encontro foi uma ótima oportunidade de reunir todos os ocupantes do conselho. “A Secretaria de Estado da Agricultura participa do Conselho Estadual de Meio Ambiente (Cema) e, recentemente, nós recebemos o superintendente do Ibama, Cássio Murilo Costa, quando falamos sobre a importância de traçarmos estratégias em conjunto, a fim de disseminar a relevância de preservar a caatinga. Também definimos que os participantes do conselho irão formular projetos, que serão encabeçados pela Seagri, a fim de buscarmos apoio junto à bancada parlamentar de Sergipe, para formarmos cooperativas e, assim, fortalecermos e organizarmos cada vez mais a cadeia produtiva do mel no estado e a certificação dos  produtos locais”, pontuou Arlindo.

Professor do Departamento de Biologia para Genética da UFS e coordenador do diagnóstico contratado pela Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec/SE), Edilson Divino de Araújo classifica o Governo do Estado como um dos principais atores desse processo. “Diretamente está associado à Secretaria de Estado da Assistência Social, à Secretaria de Estado da Agricultura e aos  projetos com a Fapitec, que é o braço de pesquisas do Estado, além da Emdagro, que é um ente extremamente importante. Temos uma estrutura fortemente alinhada para que possamos chegar aos objetivos a que pretendemos, a fim de resolver diversos gargalos na apicultura e meliponicultura”, ressaltou o pesquisador.

O processo de criação do Conselho Estadual de Apicultores e Meliponicultores conta com a parceria da Secretaria de Estado da Assistência Social, Inclusão e Cidadania (Seasic), Emdagro, Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Ministério da Integração Regional, UFS, Instituto Federal de Sergipe (IFS), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Companhia de Desenvolvimento do Vale São Francisco (Codevasf), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Banco do Nordeste (BNB) e Banco do Estado de Sergipe (Banese).

II Encontro

Um dos idealizadores do evento, o presidente da Associação Sancristovense de Apicultores e Meliponicultores (Asam), Ricardo Tayron dos Santos, agradeceu a participação do Governo do Estado, que já demonstrou apostar muito na atividade apícola de Sergipe. “No ano passado, demos o pontapé inicial, e apostamos que este ano teremos um público ainda maior para, juntos, discutirmos sobre ações de prosperidade para a atividade. Daqui com certeza sairão bons frutos, como a novidade que vamos anunciar esse ano do primeiro SIF [Serviço de Inspeção Federal] a nível de abelhas sem ferrão do estado de Sergipe, que é resultado do trabalho não só da nossa associação, como também de todos os apicultores sergipanos”, comemorou o produtor, ao destacar que, a partir de agora, poderá comercializar seus produtos também fora do estado de Sergipe.

O apicultor Gabriel Gomes Nascimento, do Assentamento 13 de maio, em Japaratuba, demonstrou muita satisfação em participar do encontro. “Como apicultores, nós temos o papel principal de sermos defensores da natureza, pois precisamos muito do que ela produz, e este é um momento importante para organizarmos o setor e trazer a gente mais para perto de nosso público, de adquirirmos conhecimentos e trocar ideias com outros apicultores locais”, destacou.

Presidente da Associação dos Apicultores de Indiaroba e uma das expositoras no evento, Kissy Araya falou sobre a diversidade de produtos que  o setor apresenta. “Em nossa região, além da extração do mel trabalhamos com o pólen, com o extrato de própolis, do vermelho, que é um dos melhores que tem, as balas de gengibre, limão e mel, que são produzidas sem açúcar e sem conservantes, e recentemente também começamos a trabalhar com as velas de cera de abelha”, disse, ao observar que a apicultura abrange uma quantidade imensa de produtos. “A apicultura não se resume somente ao mel; extraímos desde própolis até a cera da abelha, nada é descartado. Temos uma gama imensa de produtos, e temos muito a crescer nessa cadeia produtiva”, comemorou a produtora, que representa a associação formada

por 23 apicultores.

Agricultura

Programa de distribuição de leite atende 3 mil famílias em situação de insegurança alimentar

PAA Leite também tem o objetivo de fortalecer a bacia leiteira do alto sertão, adquirindo a produção dos criadores sergipanos

Com a retomada do Programa de Aquisição de Alimentos na modalidade leite (PAA Leite), nesta segunda-feira, 20, serão entregues diariamente 3.072 litros de leite para as famílias e mais 25 instituições atendidas nos seis municípios contemplados pelo programa: Nossa Senhora da Glória, Monte Alegre, Porto da Folha, Gararu, Poço Redondo e Canindé de São Francisco. O programa é realizado pelo Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), em parceria com o Governo Federal, sob a gestão do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS). 

O secretário de Estado da Agricultura, Zeca Ramos da Silva, ressalta que o governador Fábio Mitidieri, reconhecendo o grande valor social e econômico do PAA Leite solicitou, junto ao MDS, a prorrogação do programa. “Nós do Governo do Estado não temos dúvidas de que o PAA Leite cumpre o objetivo de atender famílias que mais precisam desse alimento, como também fortalece a cadeia produtiva do leite, adquirindo a produção dos criadores sergipanos”, destaca.

De acordo com a coordenadora do PAA Leite junto à Seagri, Camila de Oliveira Bacan, o Governo do Estado e o MDS assinaram aditivo ao programa no valor de R$ 2.491.442,81. “Com esse investimento, nós conseguimos fazer uma programação até outubro de 2024 para atender as mais de três mil famílias e 25 instituições sociais de educação e filantropia”, explica Camila.

Para implementação do programa, as prefeituras são responsáveis pelo cadastramento dos beneficiários e pela logística de armazenamento e distribuição do leite para famílias no município. A coordenadora do PAA Leite de Monte Alegre, Claudia Rafaela, informa que continuam os mesmos beneficiários da primeira fase. “Temos apenas algumas alterações de pessoas que comunicam mudança para outra cidade. Aqui em nosso município, são 324 famílias beneficiadas e mais quatro instituições que recebem leite todos os dias”, detalha.

Segurança alimentar 

O critério para receber o leite é estar cadastrado no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). Os beneficiários são famílias de baixa renda, preferencialmente gestantes, idosos, crianças quilombolas e indígenas.

A dona de casa, Zefinha Maria dos Santos, mãe de onze filhos, fala o quanto é importante a chegadas do benefício. “Esse leite me ajuda, porque tenho muitos filhos e não teria condições de comprar. Graças a Deus ele voltou. Vou chegar em casa agora e fazer um cuscuz com leite que meus filhos gostam muito, é nosso café da manhã”, diz a mãe, sorridente.

Mãe de cinco filhos e grávida de mais um, Maria Sandra dos Santos Paula, afirma que a soma das despesas com as crianças é muito grande. Segundo ela, fraldas e leite são itens indispensáveis. “A gente que é mãe sabe a importância do leite, principalmente nos primeiros anos dos nossos filhos. Com esse leite que recebemos do governo, vamos ter uma economia. Se a gente for ver quanto de dinheiro precisa para comprar leite o mês todo a despesa é grande, sem contar fralda e remédio que não podem faltar”, salienta.

Fortalecimento da bacia leiteira

A implementação do PAA Leite também contribui para o fomento à produção de leite em Sergipe, em especial dos produtores do alto sertão sergipano. O proprietário de laticínio Carlos José Soares, que fornece o leite em saquinho para o PAA, confirma a importância econômica do programa para a região. “Esse leite, além de beneficiar as famílias que precisam, também ajuda ao homem do campo. São 124 criadores da produção familiar, pequeno e médio produtores, diretamente beneficiados com a entrega do leite no laticínio. Então, é de um significado enorme para todos”, enfatiza.

Governo de Sergipe retoma programa PAA-Leite

Inicialmente, programa que fomenta produção na bacia leiteira do estado irá beneficiar três mil famílias do alto sertão sergipano

O Governo do Estado de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) informa que a partir dessa segunda-feira, 20, retoma o Programa de Aquisição de Alimentos na modalidade leite (PAA-Leite) em seis municípios do alto sertão sergipano: Nossa Senhora da Glória, Monte Alegre, Porto da Folha, Gararu, Poço Redondo e Canindé de São Francisco.

Nesta nova etapa, o programa reinicia atendendo cerca de três mil famílias, que receberão um litro de leite para cada dia da semana. A implementação do PAA-Leite também contribui para o fomento à produção de leite em Sergipe. Serão 132 produtores da região diretamente beneficiados com a retomada do programa. O alto sertão é a maior bacia leiteira do estado.

Para implementação desse programa, as prefeituras são responsáveis pelo cadastramento dos beneficiários e pela logística de armazenamento e distribuição do leite para famílias no município. Portanto, o beneficiário cadastrado pela prefeitura deve procurar a Secretaria  Municipal de Ação Social para obter informações sobre os locais de distribuição.

A ação é realizada em Sergipe pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome. O PAA-Leite visa o atendimento à população em situação de vulnerabilidade e, também, tem contribuído para fortalecer a bacia leiteira sergipana.

Barragens dos perímetros públicos irrigados de Sergipe estão cheias

As chuvas trazem garantia de verão farto em produção e geração de renda na irrigação administrada pelo Governo do Estado

O mês de maio iniciou com muitas chuvas e com saldo positivo para a irrigação pública. Cinco barragens do Governo do Estado atingiram a capacidade máxima e verteram água. Esse resultado faz com que o agricultor irrigante se encha de expectativa de um verão melhor, com água em quantidade necessária para produzirem na estação em que as chuvas cessam e o sol ajuda no crescimento dos cultivos.

Essa produção da  irrigação pública, que em 2023 alcançou 110 mil toneladas de hortaliças, frutas e grãos, e mais 2,3 milhões de litros de leite, é escoada para todo Sergipe e fora dele, contribuindo com a segurança alimentar da população. A produção beneficia principalmente as famílias que trabalham a terra, para a geração de renda, nos perímetros irrigados administrados pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri).

O Governo do Estado mantém, por meio da Coderse, seis perímetros irrigados. Cinco deles possuem barragens próprias e que hoje estão cheias: Jabiberi, em Tobias Barreto; Jacarecica I, em Itabaiana; Jacarecica II, entre os municípios de Areia Branca, Malhador e Riachuelo; Piauí, em Lagarto; e Poção da Ribeira, com uma parte da área irrigada em Itabaiana e outra em Areia Branca.

De acordo com a equipe técnica da Coderse, exceto as barragens dos perímetros Piauí e Jacarecica II, as outras têm histórico de anos anteriores em que as chuvas anuais não foram suficientes para que os reservatórios vertessem. A última estação do verão, por exemplo, forçou a realização de racionamento de água e até a paralisação do fornecimento, quando a prioridade das reservas hídricas eram o abastecimento humano feito pela Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso).

Isaías Costa Passos é irrigante no perímetro Jacarecica I. Para ele, a barragem cheia significa que o ano vai ser muito produtivo. “É um sinal de que o próximo verão vai ser garantido. Está garantida a água, que é o que a gente precisa, então está garantido tudo, praticamente. A gente já se programou agora no inverno, para no período de verão engrenar, porque a água já tem”, pontuou.

O produtor irrigante produz batata-doce, quiabo e amendoim. O milho, Isaías Costa produz no final da safra, no verão. “Eu prefiro plantar o milho fora da época de São João, para aproveitar um preço melhor. Outro motivo é a facilidade de lidar com a terra, pragas e doenças no tempo de estiagem. Muito embora seja o inverno chuvoso que favoreça a fartura de água, aqui a gente gosta mais quando a chuva se afasta mais cedo. A gente precisa do inverno, mas quer mais o período de verão”, constatou.

O gerente do perímetro Jacarecica I, Osvaldo Nunes, considera que a chuva é o principal fator para registrar o quadro positivo das barragens cheias, como está acontecendo agora em 2024. “Isso significa segurança, porque sabendo que tem água ele vai plantar, ter renda e gerar empregos”, argumenta, ao ressaltar que, além disso, a conservação ambiental e a conscientização do produtor são fatores importantes. “Nós conscientizamos o produtor, quanto à cota de uso que ele precisa respeitar no perímetro. É uma forma de fazer um uso racional. Agora, com as chuvas de inverno, praticamente não usamos irrigação. A partir do final de julho, o pessoal volta a usar a irrigação nos lotes e volta ser importante o uso consciente”, concluiu Osvaldo Nunes.

Agricultura

Sergipe alcança 90,6% do rebanho vacinado contra febre aftosa

Esse resultado confirma o estado como área livre de febre aftosa sem vacinação

Sergipe comemora o êxito da campanha contra a febre aftosa: 90,6% do rebanho foi vacinado, o que representa a imunização de 1.280.374 bovinos. Com esse índice, o estado ultrapassou a meta estabelecida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) que é de 90%. Esse marco representa não apenas um avanço significativo na saúde do rebanho sergipano, mas também um passo crucial em direção a reconhecimentos internacionais.

Coordenada pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), por meio da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), a campanha foi encerrada no dia 30 de abril. Os criadores sergipanos tiveram participação ativa na campanha, a vacinação chegou a um total de 33.721 propriedades, abrangendo as regiões dedicadas à pecuária de corte e áreas conhecidas pela produção leiteira.

De acordo com dados da Emdagro, o rebanho total do estado é composto por aproximadamente 1 milhão e 300 mil bovinos e bubalinos. Dos municípios que se destacaram, Lagarto e Nossa Senhora das Dores lideraram, com 98,6% e 94,63% dos rebanhos vacinados, respectivamente. 

O resultado da última campanha não é isolado, mas fruto de décadas de trabalho estratégico do Governo do Estado em parceria com o Mapa e os criadores sergipanos. Após 28 anos sem registros de febre aftosa e 23 anos como área livre da doença com vacinação, Sergipe, que no último mês de março obteve seu status de área livre da febre aftosa sem vacinação, está agora posicionado para alcançar um novo marco: o reconhecimento internacional de livre de febre aftosa sem vacinação, previsto para 2026 pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

O secretário de estado da Agricultura, Zeca Ramos da Silva, destacou que esse é um momento bastante significativo para a pecuária sergipana. “Tanto a equipe técnica do governo como os criadores sonharam e trabalharam muito para alcançar esse degrau acima na sanidade dos animais, passando a ser um estado livre de febre aftosa sem vacinação, ou seja, um estágio bem avançado de sanidade animal e boa defesa agropecuária. Isso representa muito para alcançarmos os mercados mais exigentes e mais remuneradores que estarão abertos para a carne bovina dentro e fora do Brasil”, pontuou o secretário. 

Vigilância intenficada

Para assegurar esse novo status e manter a saúde do rebanho, a Seagri, através da Emdagro, está implementando medidas do Plano Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA). Isso inclui a intensificação da vigilância em estabelecimentos rurais, rodovias e eventos pecuários, assim como em abatedouros frigoríficos. Essas ações preventivas são essenciais para salvaguardar o progresso alcançado e garantir a continuidade do desenvolvimento econômico, a sanidade dos bovinos sergipanos e a segurança alimentar em Sergipe.

“Estamos extremamente satisfeitos com a adesão dos criadores sergipanos à campanha de vacinação. Esses números refletem o compromisso e a responsabilidade da nossa classe produtiva com a saúde animal e a segurança alimentar”, destacou o presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos, ao comentar sobre os resultados alcançados.

A diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade, acrescentou que a conquista é o resultado de um trabalho árduo e de parcerias sólidas com os criadores e o Ministério da Agricultura. “Estamos confiantes de que, com as medidas implementadas, Sergipe continuará avançando rumo ao status de área livre de febre aftosa sem vacinação”. 

Nesse novo capítulo da história pecuária de Sergipe, a prevenção e a vigilância emergem como pilares fundamentais, apoiados pela colaboração contínua dos produtores rurais e criadores locais. Com essas medidas em vigor, Sergipe avança confiante, fortalecendo sua economia e protegendo os interesses de sua população.

Produção de queijo em Sergipe alcança novo patamar com Selo de Inspeção Estadual

Certificação atesta qualidade do produto e garante segurança alimentar

Sergipe registrou o aumento da produção e a qualificação das queijarias. No ano de 2023, foram 2 mil toneladas de queijo que puderam ser comercializados no mercado formal graças ao Selo de Inspeção Estadual (SIE), emitido pela Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro). A certificação é fundamental para a segurança alimentar e para a saúde pública.O SIE atesta que os queijos foram submetidos ao processo de inspeção, garantindo a qualidade sensorial, sanitária e tecnológica do produto para os consumidores finais. 

A diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade, destaca que a inspeção dos produtos de origem animal é fundamental para proteger a saúde pública e garantir a qualidade dos alimentos que chegam à mesa dos consumidores. “Na Emdagro, trabalhamos incansavelmente para assegurar que cada produto com nosso selo de inspeção atenda aos mais altos padrões de segurança e qualidade”, enfatiza.

Além da produção de queijo certificado com o SIE, Sergipe se destaca pela produção de outros produtos derivados do leite, contando com dez laticínios regularizados pela Emdagro. Três dessas indústrias possuem o selo do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi), que possibilita a comercialização dos produtos em nível nacional.

“Essa ampliação do alcance de mercado não apenas fortalece a economia local, mas também proporciona aos consumidores acesso a uma gama mais diversificada de produtos lácteos certificados. Essa correlação entre a produção de queijo e o avanço das indústrias de laticínios reflete o compromisso contínuo do Governo do Estado, da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e da Emdagro em promover a segurança e a qualidade dos alimentos em todo o país”, destaca o presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos.

Serviços de inspeção

Os serviços de inspeção são diferenciados de acordo com o alcance de comercialização do produto, vai desde o Serviço de Inspeção Municipal (SIM) ao Serviço de Inspeção Federal (SIF). Cada nível de inspeção tem sua própria área de atuação, garantindo que os alimentos sejam devidamente avaliados antes de chegarem aos consumidores.

“Ao escolher produtos de origem animal, especialmente queijos e outros produtos lácteos, os consumidores devem estar atentos à presença do selo de inspeção no rótulo. Caso encontrem produtos sem essa identificação nos pontos de venda, é importante notificar imediatamente a Vigilância Sanitária local. Essa ação não apenas protege a saúde individual, mas também contribui para a segurança alimentar de toda a comunidade”, alerta a diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro.

Garantia-Safra prorroga prazo de recolhimento da tarifa de adesão ao programa

O prazo final para pagamento do boleto foi prorrogado para 13 de maio

Agricultores familiares inscritos no Programa Garantia-Safra 2023/2024 terão mais tempo para pagamento do boleto que confirma a adesão ao seguro. A informação foi passada pela Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri/SE), por meio da coordenação estadual do programa, destacando que o prazo final para pagamento estabelecido para 30 de abril foi prorrogado para 13 de maio de 2024. 

A determinação foi feita pela Coordenação Geral Operacional do Garantia-Safra, órgão do Governo Federal vinculado à Secretaria da Agricultura Familiar/Mapa, com objetivo de garantir que os mais de 16 mil agricultores inscritos tenham oportunidade de participar.

“Os boletos dos agricultores são impressos pelas secretarias municipais de Agricultura, distribuídos para os agricultores inscritos que devem confirmar a adesão com o pagamento de uma tarifa de R$ 24,00 nas agências da Caixa Econômica ou casas lotéricas”, explicou o coordenador estadual do Garantia Safra, Sérgio Santana. 

A coordenação salienta ainda, que os boletos já impressos com data vencida podem ser pagos nas Agências e Lotéricas. A comunicação foi enviada pela Centralizadora Nacional do Fundo Garantia Safra para todas as unidades bancárias da Caixa Econômica do semiárido sergipano. Caso os agricultores tenham dificuldade, podem procurar as secretarias municipais ou a coordenação estadual do programa em Aracaju, na Secretaria de Estado da Agricultura, localizada na rua Vila Cristina, 1.051, ou pelo telefone (79) 99647-8969.

Irrigantes do perímetro de Lagarto vão colher mais de um milhão de espigas de milho no período junino

Perímetro Piauí atende 421 propriedades agrícolas com água de irrigação e assistência técnica durante todo ano

Com a irrigação fornecida pelo Governo do Estado, sempre é tempo de plantar milho no Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto, centro-sul sergipano. Contudo, quando chega o mês junho, os festejos de Santo Antônio, São João e São Pedro aumentam substancialmente a demanda por milho verde. Esses agricultores irrigantes se preparam com 33 hectares plantados com o grão, com a expectativa de colher 1.056.000 espigas. A área é 50% maior que a colhida em junho de 2023 (22 hectares), e 136% maior em relação ao mesmo mês de 2022 (14 hectares).

O agricultor Gilvan Lima é irrigante do perímetro Piauí. Ele se dedica a plantar milho para colher e comercializá-lo ainda verde no período junino e tem cerca de 0,3 hectares dedicados à cultura agrícola. “Aqui, a irrigação ajuda muito a gente. Eu planto para quebrar [a espiga], porque eu acho melhor do que ele seco. O milho verde, para mim, dá mais resultado”, reforçou.

O milho verde se apresenta como uma alternativa versátil de produção não só durante a época junina. O produtor vende as espigas e pode destinar as palhas, ainda verdes, para a composição da ração animal; mas se ainda assim o produtor não conseguir a comercialização das espigas, ele pode fazer uso de toda a planta do milho à colheita mecanizada na produção de silagem, ‘rolão’, ou o grão, também para a alimentação de animais.

“Muitos irrigantes têm criatório de gado leiteiro e usam o milho e o capim irrigado no perímetro para complementar a nutrição desses rebanhos. Tem muito leite sendo produzido no perímetro e abastecendo comércios e laticínios, ao mesmo tempo em que há produtores que tiram o material cultivado na irrigação, principalmente o milho e a ‘palhada’, para comercializar com fazendas de gado fora do perímetro”, informou o gerente do perímetro irrigado de Lagarto, Gildo Almeida.

Com 421 unidades produtivas assistidas, o Piauí é um dos seis perímetros administrados pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). Todos os perímetros trabalham com a produção de milho para a venda de espigas e a produção de ração animal e contam com água de irrigação e assistência técnica agrícola, que beneficiam os produtores do grão durante todo o ano.

Crescimento

Em 2023, a produção de milho verde cresceu 20% nesses perímetros irrigados pelo Governo do Estado. Vale pontuar que naquele ano, os agricultores irrigantes atendidos pela Coderse em todo o estado colheram 5.733 toneladas do cereal, resultado superior às 4.795 do ano anterior. Caso a expectativa de produção se mantenha nessa tendência, baseada no milharal irrigado reservado para colher no próximo mês de junho em Lagarto, 2024 será um ano ainda melhor de produção do grão.

Sementes do Futuro 

Além da irrigação e da assistência técnica, a Coderse distribuiu 7,2 toneladas de sementes de milho do programa Sementes do Futuro. Por meio da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), também vinculada à Seagri, foi feita a distribuição de 206 toneladas da semente em todo o estado. O investimento do Governo do Estado foi de R$ 3 milhões, possibilitando beneficiar 20.600 famílias de 50 municípios sergipanos.

“Do Dia de São José em diante, pode plantar, pois sempre dá ótimos resultados. Eu vendo ao pessoal da Ceasa [Central de Abastecimento de Aracaju] e para todo lugar. O atravessador me compra e leva para as feiras. Este ano vai ser bom, com certeza”, complementou o agricultor irrigante Gilvan Lima.

Agricultura

Governo

Última atualização: 6 de maio de 2024 10:27.

Ir para o conteúdo