Regularização fundiária leva esperança a agricultores em Sergipe

Ao longo da semana, a equipe da Emdagro esteve em cinco colônias de agricultores, beneficiando 74 famílias

A Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), por meio da Diretoria de Ações Fundiárias, está intensificando os trabalhos de regularização fundiária em Sergipe. Durante toda a semana, a equipe técnica da empresa esteve em campo, levando esperança e segurança jurídica a agricultores e agricultoras do sertão sergipano, promovendo a regularização ocupacional de famílias beneficiárias do programa, mas que ainda não tinham documentação oficial. A ação, focada em cinco colônias de dois municípios, beneficiou 74 famílias, promovendo a democratização do uso da terra e garantindo os direitos dos posseiros.

Os trabalhos de supervisão ocupacional foram realizados nas colônias José Renilson de Menezes, Paulo Freire I e Paulo Freire II, localizadas no município de Monte Alegre de Sergipe, e nas colônias Nossa Senhora Aparecida e Nova Vida, situadas no município de Nossa Senhora da Glória. 

A coordenadora de Gestão de Terra, Aldira Beatriz Barroso Costa, destacou a importância dessa iniciativa para as comunidades locais. “Estamos comprometidos em assegurar que os agricultores possam ter o documento que autoriza a ocupação e exploração da terra que ocupa, e num futuro bem próximo seu título definitivo. Isso não só traz segurança jurídica, mas também dignidade e oportunidades de desenvolvimento para essas famílias, e consequentemente, para o município e o estado”, pontuou.

O Programa de Regularização Fundiária da Emdagro visa implementar a política agrária estadual, promovendo a democratização e otimização do uso da terra. Por meio do cadastramento de imóveis rurais, produção de base cartográfica digital, georreferenciamento e titulação de imóveis, a Emdagro busca conhecer a malha fundiária do estado e promover seu ordenamento físico e jurídico.

Desde 2023 até junho deste ano, a Emdagro, empresa vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri),  já realizou 1.214 titulações de terra, evidenciando o sucesso e a eficácia do programa. Essas ações são fundamentais para garantir a segurança jurídica dos agricultores e contribuir para o desenvolvimento sustentável das áreas rurais de Sergipe.

Emdagro lidera ações de educação sanitária em relatório do Proesa

Sergipe se destaca no cenário nacional com 113 eventos realizados em 2023

O Ministério da Agricultura e Pecuária, através do Programa Nacional de Educação Sanitária em Defesa Agropecuária (Proesa), disponibilizou um relatório detalhado em sua plataforma Business Intelligence (BI), evidenciando as ações de educação sanitária desenvolvidas em todo o Brasil. Este relatório, destaca a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) como a instituição com maior número de ações executadas e registradas em 2023, por meio da Diretoria de Defesa Animal e Vegetal.

Segundo o documento, a Emdagro realizou e registrou um total de 113 eventos de educação sanitária ao longo do ano passado. Estas ações incluem uma ampla gama de atividades, como capacitação técnica do público interno, workshops, dias de campo, cursos, treinamentos, orientações técnicas em trânsito, orientações técnicas durante fiscalizações e reuniões.

O Proesa, que faz parte do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (SUASA), é coordenado pela Secretaria de Defesa Agropecuária, através do setor de educação sanitária do Departamento de Serviços Técnicos (SEDUC/DTEC/SDA/MAPA). Seu objetivo é promover a educação sanitária como ferramenta fundamental para a defesa agropecuária, capacitando profissionais e conscientizando a população sobre práticas sanitárias adequadas.

A responsável pelo Programa Estadual de Educação Sanitária da Emdagro, Cátia Brito, comentou sobre a importância deste reconhecimento e o impacto das ações realizadas. “Este resultado reflete o compromisso da Emdagro em promover a saúde animal e vegetal, através de uma abordagem educativa e preventiva. A capacitação contínua e a conscientização de todos os envolvidos são essenciais para a manutenção de um setor agropecuário forte e seguro”, afirmou.

A atuação da Emdagro em 2023 demonstra o comprometimento e a eficácia das suas iniciativas. Este desempenho destacado é um indicativo positivo para o futuro das práticas sanitárias no estado.

Fórum destaca novos desafios após Sergipe ser área livre da febre aftosa sem vacinação

Evento aconteceu no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Lagarto e reuniu médicos veterinários e criadores

A Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) reuniu médicos veterinários e pecuaristas no Fórum Sergipano de Vigilância para a Febre Aftosa, realizado nesta quarta-feira, 12. O evento teve como tema ‘Sergipe está livre da febre aftosa. E agora?’, que abordou discussões fundamentais para o setor pecuário no estado. 

O evento contou com uma série de palestras, abordando temas como a situação atual do programa nacional de vigilância para a febre aftosa, os novos desafios enfrentados por Sergipe, com o novo status de zona livre da doença, e as implicações dos crimes rurais. Entre os palestrantes estavam o auditor fiscal Federal Agropecuário, Leandro Oliveira dos Santos, a coordenadora de Defesa Animal da Emdagro, Lucyla Mariz Flor, e a investigadora da Delegacia Especializada em Crimes Rurais, Anna Rosa Guimarães.

A diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade, destacou a importância do fórum, para esclarecer aos criadores sobre o atual momento da febre aftosa em Sergipe, além de apresentar as medidas que a Emdagro está adotando com esse novo status de área livre da doença. “Precisamos reforçar junto aos criadores que após a retirada da vacinação as responsabilidades aumentaram. Diante disso, a Emdagro vem intensificando as fiscalizações em rodovias e propriedades rurais e a regularização obrigatória dos bovinos e bubalinos, todos os anos, no mês de maio”, disse.

Jonielton de Oliveira Dantas, superintendente de Agricultura e Pecuária do Estado de Sergipe, ressaltou que o novo status representa um marco importante para o estado, fruto do trabalho conjunto entre agricultores, órgãos de defesa, como a Emdagro, e o Ministério da Agricultura. “A partir do próximo ano, todo o território brasileiro será reconhecido como área livre da febre aftosa sem vacinação, o que abrirá novas oportunidades nos mercados internacionais”, anunciou durante o evento.

O criador Gabriel Santos Costa, de Lagarto, destacou a importância do fórum para a pecuária sergipana. “Realmente o fórum foi muito importante, devido a necessidade de esclarecimentos dos produtores sobre a doença da Febre Aftosa, as medidas preventivas adotadas pela Emdagro, a importância do Guia de Trânsito Animal e a preocupação com os crimes rurais, dos quais eu mesmo já fui uma vítima”, ressaltou.

Agricultura

Feira Junina da Ceasa Aracaju oferece produtos típicos e forró até dia 29

Ceasa fará expediente especial no domingo, 23, véspera de São João, até às 13h

Iniciada no último fim de semana, a Feira Junina da Central de Abastecimento de Sergipe (Ceasa), em Aracaju, vai ocorrer até o dia 29 de junho, no estacionamento interno do complexo atacadista e de varejo. Já estão disponíveis aos clientes os produtos para o preparo de todas as receitas do São João e as delícias típicas da melhor época do ano do calendário nordestino. Vai ter também o forró de trio pé de serra e quadrilha junina aos sábados, sempre de 9h às 13h.

A feira típica ocorre de segunda a sexta-feira, das 5h às 17h, e no sábado, das 5h às 16h. No dia 23 de junho, domingo, a Ceasa e a feira junina vão abrir até às 13h, para atender a demanda das festas da noite de São João. Na segunda-feira do dia santo, 24, a Central de Abastecimento estará fechada, retornando às atividades normais na terça, dia 25.

O diretor de Infraestrutura Hídrica da Coderse, Ernan Sena, informou que os perímetros irrigados estaduais, assim como a Ceasa Aracaju, administrados pelo governo de Sergipe, por meio da companhia estadual, têm previsão de colher quase duas mil toneladas de milho verde, no mês de junho, o que equivale a 5,7 milhões de espigas, e que isso vai facilitar a oferta do principal produto do período junino. “Dos perímetros irrigados ainda vem amendoim cozido e macaxeira. Produtos que complementam a lista de produtos e subprodutos que são gerados para atender à clientela da Ceasa”, pontuou.

Ernan Sena destaca que a feira junina foi uma forma adotada já há alguns anos para ampliar a área de atendimento da Ceasa e setorizar o aumento considerável da demanda para as festas que ocorrem durante todo mês. “Para o comerciante usuário, é uma complementação de renda a participação neste espaço temático, que acolhe o cliente com o clima de São João”, pontuou o diretor. 

Sandra Santos é comerciante na Ceasa há nove anos. Durante todo ano, ela se dedica à comercialização de todos os tipos de frutas, mas, quando chega o período junino, estende o ponto comercial para também vender o milho verde, com ou sem casca, na feira junina. “O primeiro dia da feira foi maravilhoso, vendemos bem. Vou ficar na feira todos os dias até São Pedro, sem faltar um dia. Tem que ter disposição. Quando acabar o período junino, volto a vender somente fruta novamente”, destacou.

Pedreiro na capital, Aracaju, Jucelino é cliente assíduo da Ceasa durante todo ano. Quando chega o período junino, também frequenta a feira típica. Ele aguarda o momento em que chegam os grandes carregamentos vindos do interior, com os produtos típicos, nas vésperas de São João e São Pedro, quando aumenta a oferta e há a redução dos preços. “Venho três vezes ao mês ao Ceasa e venho sempre à feira, quando tem. É bom, é ótimo ter as barracas que vendem produtos juninos. Já estou me preparando para chegar o São João”, ressaltou.

Produção de macaxeira da irrigação pública estadual para período junino cresceu 11%

A expectativa é que este mês sejam colhidos 21 hectares de macaxeira, com uma produção esperada de 375 toneladas

No período junino a macaxeira é bastante procurada por ser matéria-prima de muitas receitas típicas. Nos perímetros irrigados estaduais de Sergipe, onde é possível plantar a raiz no período de estiagem para colher em junho, os agricultores investem para atender essa demanda que cresce a cada ano. A expectativa é que os irrigantes colham, em junho, 375 toneladas de macaxeira, 11% a mais que no mesmo período de 2023.

Nielson de Oliveira Miranda é um dos agricultores assistidos no Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto, no centro-sul sergipano, que investem no cultivo da macaxeira com foco no aumento da procura no mês de São João. Ele destaca que é um produto versátil, está na receita de doces, salgados e também é muito apreciado se preparado cozido ou frito. “Aqui fazemos bolo, puba, pé de moleque, malcasado, que vão para os restaurantes das cidades vizinhas. Com a irrigação aqui do perímetro, a gente planta fora de época e dá, com uma boa qualidade. Isso aqui é uma das riquezas que gera renda para minha família e emprego para outras pessoas”, relatou. 

A expectativa dos técnicos agrícolas da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), que administra os perímetros irrigados, é que em junho sejam colhidos 21 hectares de macaxeira, produzindo 375 toneladas. Em 2023, foram colhidas 337 toneladas em uma área plantada de 18,5 hectares. O diretor-presidente da Coderse, Paulo Sobral, explica que a irrigação fornecida pelo Governo do Estado é essencial para os primeiros meses de desenvolvimento da macaxeira, colhida entre seis a nove meses.

“A produção da macaxeira é maior no perímetro irrigado Califórnia, em Canindé de São Francisco, com previsão de 240 toneladas durante o mês de junho. Por a incidência de chuva ser menor, o agricultor pode controlar a quantidade de água que a planta vai receber. Ele evita as perdas por excesso de umidade e pode garantir colheita de raízes precoces, com menos tempo de plantio e, por sua vez, mais macias”, explicou o presidente da Coderse, vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri).

PAA e PNAE

No perímetro Irrigado Jacarecica II, entre os municípios de Areia Branca, Malhador e Riachuelo, em junho é esperado produzir 100 toneladas da raiz. Fora do São João e São Pedro, esses irrigantes têm demanda ainda maior ao participarem dos programas Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e de Aquisição de Alimentos (PAA). Fonte saudável de carboidratos, a macaxeira tem destaque ao compor as dietas alimentares da merenda ou das propostas de compra com doação simultânea. O produtor entrega por um período prolongado, com preço fixo e acima do valor de mercado. 

Agricultora do Jacarecica II, Tamara Santos Cruz faz parte da Cooperativa de Produção Prestação de Serviço Auto Consumo e Economia Solidária (Coopesa), em Malhador. “Minha rotina é limpar a roça de macaxeira, adubar. Quando vai arrancar, a gente vai cortar as manaíbas e eu descasco, ajudo a limpar e empacoto”, detalhou. Ao passar a trabalhar na cooperativa, que fornece produtos à rede estadual de educação, ela complementou a renda familiar. “Hoje está melhor, porque eu produzo e também coloco aqui, isso é bom”, concluiu.

Emdagro participa de articulação sobre comercialização de produtos orgânicos na merenda escolar

Foco principal é a criação de comitê estadual que dê vazão às discussões sobre políticas públicas

A Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), por meio de sua Coordenadoria de Agroecologia, esteve à frente de uma importante reunião no Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição Escolar (Cecane) da Universidade Federal de Sergipe (UFS). O encontro, realizado na última quinta-feira, 6, teve como objetivo principal a criação de um comitê estadual para discutir políticas públicas voltadas à agricultura familiar, com foco na desburocratização dos mercados institucionais no estado.

A proposta de criação do comitê foi apresentada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), reforçando a necessidade de organização e fortalecimento das instituições envolvidas. Como um dos encaminhamentos da reunião, foi constituído um grupo de trabalho composto por diversas entidades com expertise na área. Este grupo terá a responsabilidade de elaborar um modelo de edital que atenda à demanda por alimentos orgânicos, tanto para inclusão na merenda escolar, por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), quanto para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Durante o encontro, a Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc) destacou o avanço do estado de Sergipe em 2023, ao atingir a meta de 30% de alimentos provenientes da agricultura familiar no PNAE estadual. Segundo a secretaria, a expectativa é que este percentual aumente nos próximos editais, com a inclusão de produtos orgânicos.

A articulação promovida pela Emdagro é parte integrante do plano de trabalho para o triênio 2024-2026, apresentado na instituição no início do mês. O plano visa a institucionalização e reestruturação dos trabalhos relacionados ao tema, abrangendo desde o auxílio na confecção de documentos para certificação da produção, até o atendimento de demandas técnicas no campo e a comercialização dos produtos. A abordagem adotada é sistêmica e holística, contemplando toda a cadeia produtiva dos orgânicos.

A engenheira agrônoma da equipe da Coordenadoria de Agroecologia da Emdagro, Maria Cleusa Guimarães, destacou a importância desta iniciativa. “A criação deste comitê e a articulação entre as diversas instituições representam um avanço significativo para a agricultura familiar em Sergipe. Estamos empenhados em facilitar o acesso dos produtores orgânicos aos mercados institucionais, o que trará benefícios, tanto para os agricultores, quanto para a sociedade”, pontuou.

Além da Coordenadoria de Agroecologia da Emdagro, estiveram presentes à reunião representantes da Conab, Seduc, MDA, UFS e Consean. Pela Emdagro, também participou o engenheiro agrônomo Lucas Dantas Lopes, reforçando o compromisso da instituição com o desenvolvimento sustentável e a promoção da agricultura orgânica no estado. A iniciativa da Emdagro demonstra o empenho da instituição em promover a agricultura orgânica e apoiar os agricultores familiares, contribuindo para a segurança alimentar e nutricional da população sergipana, especialmente no âmbito da merenda escolar. A empresa sugeriu que os editais ligados à agricultura fossem publicados em seu portal, como forma de facilitar o acesso aos agricultores de orgânicos, cooperativas, dentre outros interessados.

Feira Junina da Ceasa Aracaju acontece de 8 a 29 de junho

Aumento na oferta e na procura de produtos juninos motiva realização do evento

Tradicionalmente realizada durante o mês junino, este ano a Feira Junina da Central de Abastecimento de Sergipe (Ceasa), em Aracaju, ocorrerá entre os dias 8 e 29 de junho, de segunda a sexta-feira, das 5h às 17h, e no sábado, de 5h às 16h. Aos sábados, também serão realizadas apresentações de trios pé de serra e de quadrilhas juninas, sempre de 9h às 13h. Uma estrutura de tendas, com mais de 100 bancas comercializando todo tipo de comida típica, música, quadrilha e decoração junina, será montada no espaço do estacionamento interno da Ceasa. 

O volume de cargas de milho verde já tinha se intensificado no mês de maio, com uma média semanal de 20 caminhões carregados, com até seis toneladas do produto. Contudo, o mês de junho já iniciou a primeira semana ampliando o número de veículos carregados com espigas, agora com uma expectativa de 30 a 40 caminhões por semana. O volume só aumenta, ao ritmo em que também cresce a demanda dos consumidores, ao se aproximarem os dias festivos de São João, no dia 24, e de São Pedro, 29. A Feira Junina da Ceasa surgiu para facilitar o escoamento deste e de outros produtos da culinária junina, in natura, processados ou no preparo de quitutes prontos para o consumo.

Vai ter milho verde in natura ou descascado, ralado, canjica, pamonha, bolo, mingau e outros pratos feitos com milho. O amendoim, cozido ou na composição de outros pratos prontos para o consumo, a macaxeira (aipim ou mandioca), processada ou no preparo de receitas típicas, o coco seco e outras frutas reforçam a variedade de produtos. Já virou tradição, inclusive, o café da manhã na Feira Junina da Ceasa, com todos esses pratos típicos para consumir ainda fresquinhos.

Nova gestão

A Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), administra a central de abastecimento desde 1º de maio de 2024. Uma conciliação judicial atendeu a demanda do Ministério Público Estadual de Sergipe e determinou que a companhia pública, proprietária do espaço comercial, deveria substituir a associação de usuários na gestão, que vinha sendo feita desde a década de 1990 pela entidade. Ficou acordado na Justiça e passou a ser o modelo de gestão do Governo do Estado, o mínimo possível de interferência no cotidiano da Ceasa. E isso passa pela manutenção da feira, realizada há muitos anos.

Agricultura

Curso de avicultura caipira promovido pela Emdagro capacita agricultoras em Itabaiana

Objetivo foi levar conhecimentos sobre manejo sanitário, aumento de produção e de renda

O povoado Barro Preto, localizado no município de Itabaiana, no agreste sergipano, foi palco de curso de avicultura caipira promovido pela Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) na manhã desta quarta-feira, 5. Destinado a 20 produtoras rurais da comunidade, o treinamento contou com a expertise do professor Claudson Oliveira Brito, do curso de Zootecnia da Universidade Federal de Sergipe (UFS). O objetivo foi proporcionar conhecimentos técnicos na melhoria do manejo de aves caipiras, aumento na produção de carne e ovos e geração de renda para as famílias envolvidas.

O extensionista da Emdagro, Agenor Antônio Nascimento, ressaltou a relevância da iniciativa para a segurança alimentar e nutricional das famílias da região, destacando os aspectos de manejo sanitário, alimentar e comercialização abordados durante o curso. “A escolha da comunidade do Barro Preto para sediar o evento se deu pelo potencial dos agricultores familiares locais em ampliar a produção, adotar práticas mais eficientes e, consequentemente, melhorar a renda familiar”, pontuou.

O professor Claudson Brito, em sua fala, ressaltou a busca por capacitar as produtoras locais, enfatizando a importância da tecnologia e do conhecimento para aumentar a produção e a lucratividade, garantindo a subsistência das famílias. “O curso representa um passo importante para o fortalecimento da avicultura caipira na região, promovendo o desenvolvimento sustentável e a geração de renda para as comunidades rurais de Sergipe”, destacou.

Liderança comunitária na região, Jucélia dos Santos expressou a gratidão da comunidade pelo curso, destacando a relevância das orientações técnicas da Emdagro para melhorar a produção local. “O curso é muito importante na comunidade, porque aqui todas as famílias criam duas, três, quatro galinhas e o curso hoje veio trazer conhecimento, melhoria e técnicas que vão facilitar nossa produção”, enfatizou a agricultora.

Emdagro lança plano de trabalho para agroecologia e produção orgânica em Sergipe

Objetivo principal é fomentar e expandir práticas agroecológicas em todo o Estado

Na última segunda-feira, 3, a Diretoria de Assistência Técnica e Extensão Rural (DIRATER), através da recém-criada Coordenadoria de Agroecologia e Produção Orgânica (COOAPO), apresentou o Plano de Trabalho de Produção Agroecológica e Produção Orgânica no auditório da Emdagro. O evento, voltado para os servidores que desenvolverão atividades no interior do estado, marcou um importante passo para o fortalecimento da agroecologia em Sergipe.

O evento contou com a presença de diretores, coordenadores, assessores, supervisores regionais e locais, além de representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Durante o encontro foi destacado o papel fundamental do Programa de Agroecologia, que vai mobilizar mais de 30 servidores, distribuídos nas bases dos escritórios regionais e locais, responsáveis por apoiar as ações de transferência de tecnologias sustentáveis para os produtores agroecológicos do estado.

O coordenador do Programa, Waltenis Braga,  ressaltou que o objetivo principal é para incentivar, expandir e modernizar a prática da agroecologia e da produção orgânica. “Com isso vai possibilitar a integração das ações institucionais, apoio às organizações sociais e o fortalecimento da agricultura agroecológica no estado de Sergipe”, afirmou.

Atualmente, o estado de Sergipe possui 25 Organizações de Controle Social (OCS), abrangendo 240 produtores cadastrados no Mapa, além de duas certificadoras, por meio do Sistema Participativo de Garantia (SPG), que asseguram a qualidade da produção orgânica. Esse cenário mostra um potencial significativo para o crescimento e a consolidação da agroecologia na região.

COOAPO

Instituída em dezembro de 2023, a Coordenadoria de Agroecologia e Produção Orgânica (COOAPO) tem como missão não apenas fomentar práticas sustentáveis, mas também promover uma agricultura que respeite o meio ambiente e valorize os pequenos produtores locais. “A expectativa é que, com a implementação do plano de trabalho, os produtores possam acessar tecnologias e métodos que aumentem a eficiência e a sustentabilidade de suas atividades”, comentou o diretor de Ater da Emdagro, Jean Carlos Nascimento.

Segundo ele, o apoio institucional é importante para o sucesso do programa. “A integração das ações entre os diversos órgãos e entidades, como a Emdagro, MDA e Mapa, visa criar um ambiente propício para o desenvolvimento da agroecologia. A presença de representantes dessas instituições no evento demonstra o compromisso e a colaboração entre diferentes níveis governamentais para alcançar os objetivos propostos”, afirmou.

Somado a tudo isso, a capacitação dos servidores envolvidos nas atividades de campo é um dos pilares do programa. Esses profissionais terão a responsabilidade de atuar diretamente com os produtores, oferecendo orientação técnica e suporte para a implementação de práticas agroecológicas.

Expectativas para o futuro

Com a iniciativa, a Emdagro se posiciona como uma empresa pública pioneira na promoção da agroecologia e da produção orgânica no Brasil. O fortalecimento dessas práticas não só contribui para a preservação ambiental, mas também promove a segurança alimentar e o desenvolvimento sustentável das comunidades rurais.

O Plano de Trabalho de Produção Agroecológica e Produção Orgânica promete transformar a realidade agrícola do estado, proporcionando benefícios econômicos, sociais e ambientais a longo prazo. A expectativa é que, nos próximos anos, o número de produtores orgânicos aumente significativamente, consolidando Sergipe como um modelo de agricultura sustentável no país.

Governo do Estado instala dessalinizadores do ‘Água para Todos’ em povoados de Riachão e Poço Verde

Coderse completa sistemas em poços salinos com dessalinizador, reservatórios extra e tanque de contenção através do programa federal

Dois poços perfurados para atender sistemas de abastecimento do ‘Programa Água para Todos’ nos povoados Barragem, em Poço Verde e Lagoa da Canafístula, em Riachão do Dantas, foram equipados com dessalinizadores. Já em funcionamento, eles fornecem água potável para mais de 80 famílias. Nesta segunda etapa do programa federal, em Sergipe, o Governo do Estado concluiu oito, dos 20 sistemas que serão implantados, para beneficiar 740 famílias residentes nas localidades.

De acordo com o operador e usuário do sistema da Lagoa da Canafístula, José Adilson de Jesus, a quantidade de pessoas beneficiadas com a água potabilizada supera o número de famílias (46) que residem na comunidade. Segundo ele, moradores de povoados mais distantes vêm fazer a coleta da água para consumo humano. “Está ajudando muito no dia a dia do morador, porque aqui era muito sofrimento. Agora com a água, é só riqueza, todos estamos felizes e agradecidos à Coderse (Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe). A água é de primeira qualidade. Antes, quem tinha usava a água de cisterna, mas muitos, como eu, usava a dos tanques (escavados) no barro”, lembrou José Adilson.

O programa é executado através de convênio entre o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR) e a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). Esta executa o ‘Água para Todos’ em Sergipe, por meio de sua vinculada, a Coderse. O investimento federal é de R$ 2,5 milhões, mais a contrapartida do Estado.

Diretor de Infraestrutura Hídrica da Coderse, Ernan Sena informa que são 20 sistemas nessa etapa do ‘Água para Todos’, beneficiando 740 famílias dos municípios de Itaporanga d’Ajuda, Santo Amaro das Brotas, Estância, Indiaroba, Cristianópolis, Neópolis, Riachuelo, Pirambu, Umbaúba, Pacatuba, Japaratuba, Poço verde, Santa Rosa de Lima, Aquidabã, Riachão do Dantas e Carmópolis. Sempre em localidades distantes e que não podem ser atendidas pelas redes de distribuição da Deso ou SAAEs.

“O trabalho inicia com nossos geólogos determinando o ponto onde devemos fazer a perfuração, que a Coderse licita e fiscaliza a obra do começo ao fim. Após, é feita a análise laboratorial da água. Existe um critério de qualidade que o comitê gestor do programa determina para que seja autorizado a instalação de um sistema de abastecimento. Quando há um nível de salinidade que pode ser corrigido, como nos casos dos povoados Barragem e Lagoa da Canafístula, o ‘Água para Todos’ contempla a instalação de dessalinizadores”, explicou Ernan Sena.

Os dessalinizadores usam a tecnologia de filtros de osmose reversa. Os seus sistemas de abastecimento têm bomba, reservatório de água coletada do poço e chafarizes — comuns aos 20 sistemas — e contam ainda com reservatório de água potável, resultantes da filtragem do primeiro. Cerca de 50% da água salina é potabilizada e por isso há também um terceiro reservatório e o tanque de contenção do concentrado. Ali, parte evapora e outra é levada à uma destinação ecologicamente correta.

Fábio Francisco Cirilo, usuário do sistema do Lagoa da Canafístula, fala que a importância da água aumenta no verão, quando acaba a água da chuva coletada nas cisternas. “No inverno não, que chove bastante. Para nossa comunidade foi muito importante. A água é boa, porque percebemos que quando sai do poço ela tem um sal, mas com o sistema ela ficou 100% separada. Dá para beber tranquilo. Antes usávamos o tanque, mas com o sistema melhorou tudo”, disse. 

Histórico 

A primeira fase do ‘Água para Todos’ foi concluída em 2018, também via Seagri e Coderse. Foram beneficiadas 37 localidades rurais, em 18 municípios sergipanos, com a distribuição de água de qualidade para mais de 6.300 pessoas, a partir de investimentos, à época, de mais de R$ 4,3 milhões. Diante do sucesso nas duas fases do programa, o MIDR já sinaliza com a possibilidade de continuidade do convênio para construir mais sistemas de abastecimento.

Governo

Última atualização: 5 de junho de 2024 10:00.

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