Secretário visita perímetros irrigados em Itabaiana e acompanha nível das barragens

Produção de tubérculos e folhosas abastece mercado local e de outras regiões do país

Saber as necessidades do homem do campo, observar in loco o que está sendo produzido nas lavouras sergipanas e verificar como estão os níveis de água das barragens que abastecem os perímetros irrigados de Sergipe. Essas são algumas demandas do governador Belivaldo Chagas para o setor agrícola, e, com esse propósito, o secretário da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca, Zeca da Silva, iniciou nessa quarta-feira, 24, uma série de visitas que fará aos perímetros. Acompanhado do diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral, ele foi até Itabaiana, na região agreste do Estado, para conhecer de perto os perímetros Jacarecica I e Ribeira.

Em operação desde março de 1987, o Jacarecica I compreende uma área total de 398 hectares e 126 lotes familiares onde são produzidos tubérculos e folhosas, como batata-doce, quiabo, amendoim, coentro, alface, cebolinha, tomate, pepino e maxixe, entre outros. Toda a produção abastece Sergipe e grande parte da região Nordeste, principalmente os Estados da Bahia e Alagoas. “Além disso, nossa batata-doce é vendida para Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul. São 250 a 300 toneladas ao mês de itens produzidos em 248 hectares de área cultivada, onde é beneficiado um público de 630 pessoas”, destacou o técnico agrícola da Seagri, Simeão Santana, no povoado Agrovila, onde está localizado o escritório da Cohidro.

Também inaugurado na mesma época, em 1987, o Perímetro Irrigado da Ribeira é um projeto do tipo irrigação pública, gerido pelo governo do Estado que comporta uma área total de 1.970 hectares, sendo 1.100 hectares de área agrícola irrigável, beneficiando mais de 4.600 pessoas, e de onde saem diariamente entre quatro a cinco caminhões carregados de produtos. São 466 lotes familiares onde se cultivam batata-doce, coentro, cebolinha, pimentão, tomate, pepino, couve, amendoim, berinjela, alface, feijão, vagem, quiabo e milho verde. “O governo do Estado é responsável pela gestão dos perímetros, por toda a assistência técnica, a cessão de uso da área e pela água que os abastece. O resultado disso é a produção de diversas culturas agrícolas que abastecem todo o Estado, inclusive contribuindo para que tenhamos uma das cestas básicas com menor custo do país”, ressaltou Paulo Sobral.

São famílias de agricultores que trabalham na terra e dela tiram seu sustento, numa cadeia produtiva que avança de geração em geração, como no caso do produtor Roberto Santos Nascimento. “Desde que foi inaugurado o perímetro, meu pai, José Francisco, começou a plantar na região. Hoje infelizmente ele não está mais com a gente, mas continuo na lavoura junto com meus irmãos e assim garantimos nossa renda e o sustento de nossa família”, afirmou o agricultor que planta batata-doce e coentro em uma área de dois hectares, no Jacarecica I, juntamente com mais cinco irmãos.

Para o secretário Zeca da Silva as visitas foram muito produtivas e vão acontecer com uma maior regularidade de agora em diante. Preocupado com a estiagem desse ano e as consequências para as lavouras, observadas no baixo nível de água das barragens visitadas, o secretário ouviu os produtores e garantiu estar atento, junto com os órgãos competentes, caso seja necessário interromper o fornecimento de água. “Foi muito gratificante conhecer de perto o funcionamento de nossos escritórios nesses perímetros da região, ver as lavouras verdinhas, produzindo itens de qualidade que abastecem nosso mercado, de estados vizinhos e ate de outras regiões do país”, afirmou. “São milhares de pessoas beneficiadas diretamente, além de outras tantas de forma indireta, através desse trabalho realizado pelo governo do Estado, que promove renda, gera empregos e garante o sustento do homem do campo”, comemorou.

Fotos: Vieira Neto

Queijeiros sergipanos participam de intercâmbio em Minas Gerais

cnicos e pequenos produtores conheceram as experiências na produção de queijo artesanal mineiro

O queijo artesanal de Sergipe tem conseguido se destacar como uma importante fonte de renda de pequenos produtores rurais ligados à pecuária leiteira no estado. Pensando em estimular ainda mais uma produção de qualidade do derivado, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), promoveu, na última semana, um intercâmbio interestadual de técnicos e produtores ao estado de Minas Gerais com o objetivo de conhecerem as políticas públicas do governo mineiro de incentivo à produção artesanal de queijos, com foco na regularização das pequenas queijarias.

Ao todo, nove técnicos da Emdagro e seis queijeiros do estado estiveram participando do intercâmbio para conhecerem as experiências exitosas de assistência técnica e extensão rural (Ater), na Inspeção para legalização das queijarias, na produção de leite e queijo com qualidade e na forma de comercialização do queijo Minas Artesanal e do Queijo Artesanal de Minas. O grupo foi recepcionado pelo presidente da Emater-MG – órgão responsável pela assistência técnica e extensão rural – Otávio Maia, e toda sua equipe que trabalha com agroindústria, além dos representantes da Empresa de Pesquisa de Minas Gerais (Epamig) e do Instituto Mineiro de Agropecuárias (IMA), órgão responsável pelo Serviço de Inspeção.

Ao longo da semana, a comitiva de Sergipe se reuniu com o prefeito de São Roque de Minas, município polo da região da Serra da Canastra – composto por 9 municípios – que foi a primeira região a ter a Indicação Geográfica de Origem – IG do queijo Minas Artesanal, percebendo a forte participação dos municípios no processo de valorização do queijo artesanal, inclusive, com a formação de consórcios municipais para garantir o serviço de inspeção das queijarias.

O grupo visitou cinco queijarias nos municípios de São Roque de Minas, Bambuí e Vargem Bonita, onde observaram, na prática, as instalações adequadas para a produção do queijo artesanal e as formas de produção e maturação do queijo. “Esse foi um trabalho bastante importante, porque conhecemos o papel da Extensão Rural no processo de produção do queijo, das boas práticas de produção de leite, o papel da Defesa Agropecuária no controle da Brucelose e Tuberculose garantindo a qualidade sanitária do lácteo e seu derivado, bem como a organização dos agricultores através da associação e da cooperativa com papel relevante na organização e evolução dos queijeiros”, comentou a Coordenadora de Pecuária da Emdagro, Izildinha Dantas.

No município de Medeiros, também localizado região da Serra da Canastra, os técnicos e produtores visitaram um entreposto de maturação coletivo de queijos, para pequenos queijeiros que não têm condições de instalações para este processo e finalizaram o intercâmbio visitando o mercado de Belo Horizonte. “O intercâmbio foi uma experiência muito proveitosa para o grupo de técnicos e queijeiros e a intenção é apresentar uma proposta de um programa estadual de apoio às pequenas queijarias do estado”, frisou a coordenadora.

“Quero agradecer à Emdagro pela oportunidade de conhecer a cadeia produtiva do queijo artesanal da Serra Canastra, em Minas Gerais, conhecer o dia a dia dos daqueles produtores de queijos, a diversidade e qualificação desses empreendedores”, destacou a presidente da Associação de Queijeiros do Alto Sertão, Maria Joseane da Costa.

Macaxeira irrigada no sertão de Canindé tem qualidade e promove renda ao agricultor

Manejo da planta é econômico e simples: irrigação uma vez por semana e capinagem

Macia ao cozinhar, ao ponto de derreter na boca. Assim é a macaxeira cultivada por José Teodoro, agricultor irrigante no Perímetro Irrigado Califórnia, em Canindé de São Francisco. Por conta da irrigação, as raízes tuberosas podem ser colhidas na metade do tempo que levaria na plantação em sistema de sequeiro. É essa precocidade que gera a maciez e diminui o tempo de espera para o Seu Zé Antônio, como é mais conhecido, ter o retorno do seu investimento na lavoura. Só na comercialização do aipim, o outro nome da planta, foram gerados quase R$ 2 milhões em renda aos produtores do perímetro Califórnia em 2020. Além das feiras do Alto Sertão, parte de Alagoas e dos muitos restaurantes daquela cidade turística, o produto também é adquirido por programas de compra da produção rural, para doação simultânea a pessoas em vulnerabilidade social ou para compor a merenda escolar.

No ano passado foram 3.224 toneladas da mandioca-mansa, como também é chamada, colhidas em uma área de 106 hectares (ha) no perímetro irrigado de Canindé. Zé Antônio é atendido com irrigação e assistência técnica fornecida pelo Governo do Estado através da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro). Em seu lote no Califórnia, a produção de macaxeira ocupa cerca de 2 ha. “O manejo é todo igual para todo o lote, sempre tem que jogar uma terrinha para não mostrar as raízes e molhar uma vez por semana, ou de 15 em 15, para ficar bem molhadinho e pronto, é o segredo. Adubação eu não uso, nem veneno. Se eu molhar muito, quando for arrancar ela fica azul, e molhando menos, eu só arranco boa, direto assim. Zelando para que os matos não cresçam juntos. Mas também tem que molhar, porque se secar demais o chão, ela cria como se fosse uma ‘vela’ no meio e não cozinha”.

A macaxeira está em qualquer dieta nutricional formulada a partir de produtos in natura e por isso, é muito aceita no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). “Tivemos irrigantes fornecendo macaxeira para os PAAs, o mantido pela Conab e o Estadual, organizado pela Seias (Secretaria de Estado da Inclusão e Assistência Social). São alimentos adquiridos com recursos públicos e por preços acima do valor de mercado, gerando mais renda ao produtor. Mas que ajudam bastante às famílias em situação de insegurança alimentar que recebem gratuitamente esses produtos, frescos e de alta qualidade nutricional. Outro programa que gera mais renda ao agricultor é o PNAE, igualmente garantindo a venda certa da produção por um período mais longo”, explicou a gerente do perímetro Califórnia, Eliane de Moraes.

“Eu vendo para os dois PAAs e, agora, vendo também para a merenda escolar, para as crianças daqui da região e por isso, tenho um capricho a mais. Eu só mando a boa”, garantiu Seu Zé Antônio. Contando com a água fornecida pela Cohidro, vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), ele consegue oferecer um produto de alta qualidade e com um tempo de espera reduzido, permitindo a rotatividade e maior renda com o cultivo do lote. “O tempo de colheita certo é 6 meses e vou arrancando até uns 8 meses. Daí, com isso já acaba e eu já começo [a colheita] em outra, porque eu tenho cinco etapas de macaxeira, para sempre ir arrancando e não ficar velha. A diferença da que está com 6 meses, da com 8 meses, é que ela fica mais grossa ao passar do tempo”, explica o irrigante.

Segundo o técnico agrícola na Cohidro, Flamarion Déda, a macaxeira pode ser cultivada em todo o estado de Sergipe. “Não é diferente no perímetro Califórnia. Aqui, inúmeras variedades de macaxeira são cultivadas, destacando-se a precoce, que é em um ciclo em torno de 180 dias, e a tardia, que é em torno de 270 dias. O produtor geralmente dá preferência pela tardia, por ter uma durabilidade de prateleira maior. Mas tem alguns produtores que preferem a precoce, pela rapidez que se colhe o produto. Geralmente nós orientamos, após a retirada da raiz, para que se faça uma rotação de cultura com o feijão de corda, que é uma cultura economicamente viável, e que também contribui com a nitrogenação da área. Tendo em vista que a macaxeira é altamente extratora de nutrientes do solo em toda sua copa”, esclareceu.

Fotos: Vieira Neto

Investimentos do Banese abrem novo ciclo de fomento à agricultura em Sergipe

Linha de crédito anunciada fortalecerá desde o pequeno ao grande produtor

O setor agropecuário vai passar por um novo ciclo de fomento a iniciativas e projetos de desenvolvimento em Sergipe. O Banese anunciou a dotação de recursos no valor de R$ 100 milhões para operações de crédito por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e apresentou o Plano Safra 2022, durante evento festivo realizado no Museu da Gente Sergipana, na noite da última quinta-feira, 18.

A notícia foi comemorada pelo secretário Zeca da Silva, da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). “A linha de crédito anunciada pelo Banese consolida um importante marco para a agricultura sergipana. Essa ação alavancará ainda mais a economia em nosso estado e fortalecerá desde o pequeno ao grande produtor”, destacou o secretário Zeca, enfatizando as ações como grandes conquistas para Sergipe, assim como a abertura de uma agência especializada para o setor do agronegócio.  “Devo parabenizar a sensibilidade e as medidas acertadas pelo Governo de Sergipe e pelo Banese”, afirmou.

Para o governador Belivaldo Chagas, o Banese reafirma sua força no estado. “Esse é um momento extremamente especial para Sergipe, para o Agro, e mais especial ainda para o Banese que completa 60 anos de existência, buscando cada vez mais incrementar o desenvolvimento do estado. São ações diversas, desde a agência voltada para os produtores até as  linhas de crédito com volume de recursos que pode chegar a R$ 100 milhões. É o Banese se tornando cada vez mais um banco de fomento, sendo cada vez mais o banco da gente sergipana”, destacou o governador.

O evento comemorativo em alusão aos 60 anos de existência da instituição bancária, que tem como acionista controlador o Governo do Estado, marcou também o lançamento do Banese +Agro. Outro anúncio feito foi a parceria do Banese com o AgTech Garage, um dos principais hubs (ambientes) de startups do mundo, especializado em inovação no agronegócio. “A iniciativa permitirá que os produtores rurais sergipanos possam ter acesso às soluções tecnológicas de ponta e recebam consultoria de alguma das cerca de 800 startups ligadas ao AgTech”, destacou José Augusto Tomé, um dos cofundadores da empresa de tecnologia.

De acordo com Helom Oliveira, presidente do Banese, o volume de lançamentos anunciados atende às demandas solicitadas pelo governador Belivaldo Chagas. “A gente tem visto a mudança das matrizes de produção no estado de Sergipe e a cadeia do agronegócio tem se destacado como uma vocação local. Nesse sentido, o governo do Estado, na figura de acionista controlador do Banese, demandou que nós déssemos uma atenção especial a esse setor e foi isso que viemos fazer hoje”, destacou, se referindo ao anúncio de R$ 100 milhões em recursos para o Plano Safra do próximo ano, à parceria com a AgTech e às novas linhas de crédito para a cadeia do agronegócio em Sergipe. 

O setor agropecuário vai passar por um novo ciclo de fomento a iniciativas e projetos de desenvolvimento em Sergipe. O Banese anunciou a dotação de recursos no valor de R$ 100 milhões para operações de crédito por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e apresentou o Plano Safra 2022, durante evento festivo realizado no Museu da Gente Sergipana, na noite da última quinta-feira, 18.

A notícia foi comemorada pelo secretário Zeca da Silva, da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). “A linha de crédito anunciada pelo Banese consolida um importante marco para a agricultura sergipana. Essa ação alavancará ainda mais a economia em nosso estado e fortalecerá desde o pequeno ao grande produtor”, destacou o secretário Zeca, enfatizando as ações como grandes conquistas para Sergipe, assim como a abertura de uma agência especializada para o setor do agronegócio.  “Devo parabenizar a sensibilidade e as medidas acertadas pelo Governo de Sergipe e pelo Banese”, afirmou.

Para o governador Belivaldo Chagas, o Banese reafirma sua força no estado. “Esse é um momento extremamente especial para Sergipe, para o Agro, e mais especial ainda para o Banese que completa 60 anos de existência, buscando cada vez mais incrementar o desenvolvimento do estado. São ações diversas, desde a agência voltada para os produtores até as  linhas de crédito com volume de recursos que pode chegar a R$ 100 milhões. É o Banese se tornando cada vez mais um banco de fomento, sendo cada vez mais o banco da gente sergipana”, destacou o governador.

O evento comemorativo em alusão aos 60 anos de existência da instituição bancária, que tem como acionista controlador o Governo do Estado, marcou também o lançamento do Banese +Agro. Outro anúncio feito foi a parceria do Banese com o AgTech Garage, um dos principais hubs (ambientes) de startups do mundo, especializado em inovação no agronegócio. “A iniciativa permitirá que os produtores rurais sergipanos possam ter acesso às soluções tecnológicas de ponta e recebam consultoria de alguma das cerca de 800 startups ligadas ao AgTech”, destacou José Augusto Tomé, um dos cofundadores da empresa de tecnologia.

De acordo com Helom Oliveira, presidente do Banese, o volume de lançamentos anunciados atende às demandas solicitadas pelo governador Belivaldo Chagas. “A gente tem visto a mudança das matrizes de produção no estado de Sergipe e a cadeia do agronegócio tem se destacado como uma vocação local. Nesse sentido, o governo do Estado, na figura de acionista controlador do Banese, demandou que nós déssemos uma atenção especial a esse setor e foi isso que viemos fazer hoje”, destacou, se referindo ao anúncio de R$ 100 milhões em recursos para o Plano Safra do próximo ano, à parceria com a AgTech e às novas linhas de crédito para a cadeia do agronegócio em Sergipe. 

Fotos: Vieira Neto


Garantia-Safra continua com cadastramento de novas inscrições

Seguro de renda mínima é destinado às famílias de agricultores de baixa renda

O governo do Estado, através da Secretaria da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), investiu R$1,3 milhão como contrapartida estadual para que os agricultores que aderiram ao programa Garantia-safra 2021 possam receber o benefício. O programa é um seguro de renda mínima do governo federal, destinado às famílias de agricultores de baixa renda que vivem em municípios do Nordeste e do semiárido brasileiro e conta com 15.685 agricultores inscritos em Sergipe. As inscrições para o biênio 2021/2022 continuam abertas e já atingiram 63% da cota do estado, que comporta até 25 mil cadastrados. O prazo para novas adesões se encerra em fevereiro de 2022.

Pago diretamente ao agricultor, através do cartão Bolsa-Família, mediante a comprovação da perda de mais de 50% da safra, em razão de estiagem ou excesso hídrico, o seguro pago pelo Garantia-Safra vem dos recursos das contribuições de agricultores, prefeituras municipais, governos estaduais e governo federal, que são depositados em um fundo financeiro solidário. O valor pago a cada beneficiado é de R$ 850, por safra, no caso de Sergipe a bolsa é paga uma vez ao ano.

De acordo com o agrônomo da Seagri, Sérgio Santana, coordenador do programa no Estado, os produtores que já foram inscritos em safras anteriores – 2019/2020 ou 2020/2021 – e que tenham a Declaração de Aptidão (DAP) ativa, tiveram as inscrições migradas para a safra 2021/2022. “Já aqueles que ainda não aderiram ao programa nas duas últimas safras devem inscrever-se de forma tradicional, dirigindo-se a qualquer escritório da Emdagro, de posse da DAP e documento de identificação com foto”, destacou. No caso dos agricultores da reforma agrária a orientação é que se dirijam ao Incra ou à Secretaria Municipal de Agricultura de sua cidade. Já os assentados do Programa Nacional de Crédito Fundiário devem procurar o escritório da Pronese.

Sérgio Santana, coordenador do Garantia-Safra

Podem participar do programa, agricultores que plantam entre 0,6 a cinco hectares de arroz, feijão, milho, algodão e mandioca, em área não irrigada e que tenham renda familiar mensal de até um salário mínimo. Para garantir que os agricultores sejam beneficiados, os municípios precisam estar em dia com o pagamento dos recursos junto ao Fundo Garantia-Safra.

Ação em Poço Redondo

A fim de garantir que os agricultores já cadastrados e que estavam com seu benefício bloqueado recebessem o seguro, técnicos da Seagri estiveram no final de setembro, em Poço Redondo, onde fizeram a correção de dados e prestaram os esclarecimentos necessários aos beneficiários. As famílias de 110 agricultores dos municípios de Poço Redondo, Porto da Folha e Itabi tiveram seus cadastros corrigidos e voltarão a receber seu benefício esse mês, mediante o fechamento da folha de novembro. “Inclusive conseguimos o desbloqueio de duas safras, de seis desses agricultores, e cada um vai receber o montante de R$ 1.700,00, já a partir do próximo dia 18”, observou o coordenador Sérgio Santana.

Emdagro capacita extensionistas em produção de pequenos animais

Ação é fruto do convênio entre a Emdagro e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)

Com o objetivo de atualizar técnicos e extensionistas sobre práticas de produção, bem-estar animal e comercialização para melhor atender os produtores de aves caipiras, porcos e ovelhas, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) realizou, no período de 03 a 05 de novembro, em Aracaju, o curso “Produção de Pequenos Animais: Ovinocultura, Avicultura Caipira e Suinocultura”. A ação é fruto do convênio entre a Emdagro e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que visa, dentre outras coisas, a capacitação de 25 profissionais da área de extensão rural. 

Para o diretor de Assistência Técnica e Extensão da Emdagro, Antônio Oliveira Reis, as capacitações dos extensionistas tem o intuito de levar aos produtores rurais orientações e informações precisas sobre a produção de pequenos animais. “A Emdagro está retomando, após quase um ano e meio de isolamento social por conta da pandemia da Covid-19, sua agenda de cursos e treinamentos. E estamos iniciando as capacitações dos nossos técnicos com tema sobre criação de pequenos animais, já que essa é uma demanda crescente em nossos escritórios no interior” frisou.

A capacitação abordou questões importantes como raças, sanidades, manejo e alimentação dos animais, comercialização e instalações. A abordagem dos temas ficou a cargo de técnicos da empresa e parceiros, a exemplo da coordenadora de agricultura da Emdagro, Izildinha Dantas, que trabalhou o tema sobre sanidade de ovinos, e dos consultores Roberis Cordeiro e Reginaldo Souza, que trataram sobre comercialização e produção, respectivamente. Na área da Suinocultura, o zootecnista do Instituto Federal de Sergipe (IFS/S. Cristóvão), Wilians Gomes Santos, falou sobre o aspecto da produção, como manejo, nutrição e instalação e as médicas veterinárias da Emdagro, Isabelli Leal e Rita Selene, abordaram questões relativas à sanidade dos suínos. Por fim, sobre a avicultura caipira, o professor da Universidade Federal de Sergipe, Claudson Brito, abordou questões de produção e o médico veterinário da Emdagro, Emerson Sales, sobre sanidade avícola.

O chefe do escritório local da Emdagro em Poço Verde, Luis Alberto Souza afirmou que o curso é uma forma de manter a qualidade dos serviços prestados pela empresa. “Foi de suma importância por proporcionar conhecimentos técnicos que vão me possibilitar prestar um atendimento de melhor qualidade para o nosso público beneficiário, haja vista que os instrutores que ministraram o referido curso possuem amplos conhecimentos teóricos e práticos nos seus ramos de atividade”, destacou.

“A capacitação foi um marco para nós, extensionistas, melhorarmos e aprimorarmos a nossa assistência aos agricultores familiares e suas organizações, como grupos, associações e cooperativas. Ao mesmo tempo possibilita contribuir de forma decisiva na melhoria da vida e do bem-estar social dos agricultores familiares que é nosso foco principal”, finalizou Luiz Alberto.

Ação itinerante leva campanha contra febre aftosa aos povoados de Muribeca

Produtores têm até o dia 30 de novembro para vacinar, obrigatoriamente, todos os bovinos e bubalinos com até 2 anos de idade

Visando levar a campanha de vacinação contra a febre aftosa mais perto do produtor, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), órgão ligado à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca, em parceria com a prefeitura municipal de Muribeca, levou equipe técnica aos povoados para orientações, preenchimento do formulário de declaração e emissão de declaração de vacinação da segunda dose da vacina contra a febre aftosa. Os produtores têm até o dia 30 de novembro, quando devem ser vacinados obrigatoriamente todos os bovinos e bubalinos (búfalos) com até 2 anos de idade.

Ação Itinerante no povoado Rodeador, Muribeca

De acordo com o secretário de Estado da Agricultura, Zeca da Silva, a parceria entre Emdagro e Prefeitura de Muribeca serve de exemplo e inspiração para os demais municípios, numa união de forças para que seja alcançada a meta nesta etapa de novembro. “A vacinação é obrigatória e indispensável para manter o estado de Sergipe livre da doença com vacinação, o que já acontece há 26 anos, e o desafio é evoluir o status sanitário, num futuro próximo, para área livre da aftosa sem vacinação”, acrescentou o secretário.

O serviço itinerante foi acompanhado pela veterinária da Emagro, Gilmária de Oliveira Santos, que orientou os produtores para as novas recomendações do Ministério da Agricultura. Segundo ela, a nova portaria do Ministério estabelece a obrigatoriedade da apresentação do documento de identificação do proprietário dos animais ou de seu representante, neste último caso, mediante procuração assinada em duas vias e registrada em cartório, no momento da declaração de vacinação, bem como o preenchimento completo do formulário de declaração. “A atualização dos cuidados com a vacinação e atualização da ficha veterinária é importante para o produtor fazer toda movimentação de compra e venda de animais, bem como para possível financiamento junto aos agentes financeiros”. A veterinária acrescentou, também, que até mesmo para efeito de aposentadoria os produtores têm usado a ficha de movimentação veterinária para comprovar que é produtor rural.

Imunização do rebanho em Muribeca

Conforme informou o secretário municipal da Agricultura e Meio Ambiente de Muribeca, Carlos Cézar Pereira de Souza, a meta municipal é vacinar todo o rebanho municipal que tem em torno de sete mil animais, sendo 30% com idade até dois anos alvo desta segunda etapa. “Essa parceria com o Governo é importante para continuarmos assegurando a saúde do rebanho, não só em nosso município como também em todo o estado. A Emdagro com apoio da prefeitura montou escritório nos povoados Arrodeador, Saco das Varas e Visgueiro que são os mais populosos e com maior rebanho para facilitar os serviços e aproximar o produtor”, pontuou Carlos.

O produtor Antônio da Silva, ladeado pela veterinária da Emdagro, Gilmária Oliveira, e pelo secretário municipal da Agricultura Carlos César.

O produtor Antônio da Silva, 81 anos, é um dos que aproveitaram o escritório itinerante no povoado Arrodeador para atualizar o cadastro e pegar a declaração de vacinação. “Sempre vacinei meus animais. Para mim que ganho um dinheirinho com a venda de leite e também de gado para abate é importante ter a documentação em dia. Também gostei de poder pegar a documentação aqui no povoado porque já não preciso ir até a Emdagro de Aquidabã, onde fica o escritório mais próximo”, disse Antônio.

Acesso à vacina

A veterinária da Emdagro, recomenda que os criadores adquiram as vacinas em revendas autorizadas e mantidas entre 2°C e 8°C, desde a aquisição até o momento da utilização – incluindo o transporte e a aplicação, já na propriedade. Disse ainda que cada animal, independente da idade, deve fazer a aplicação da dose de 2 ml no pescoço de cada animal, preferindo as horas mais frescas do dia, para fazer a contenção adequada dos animais e a aplicação da vacina.

O comerciante de Aquidabã, Hebert Vinicius afirmou que muitos produtores de Muribeca e Graccho Cardoso preferem comprar no comércio aquidabãense que é mais próximo. Segundo ele, há disponibilidade de frascos de vacina com 100 ml (50 doses), no valor de R$ 112,00, e de 30 ml (15 doses) no valor de R$ 33,75, ou seja, cada dose sai a R$ 2,25. “Muitos produtores que têm até 10 animais têm se juntado para dividir o preço do frasco de vacina, essa é uma iniciativa que ajuda a não desperdiçar”, destacou o vendedor.

Emdagro capacita agricultores sobre uso correto de agrotóxico

Treinamento contou com aulas teórica e prática, e foi promovido como pena alternativa, após autuação pela Emdagro de algumas propriedades na região

Agricultores e trabalhadores nas lavouras de laranja da região de Santa Luzia do Itanhy e Umbaúba, no sul do estado, participaram de um curso sobre o uso correto de agrotóxicos, promovido pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), através da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro). Realizado nos dias 10 e 11 de novembro, na Fazenda Sapezinho, no povoado Progresso, em Santa Luzia do Itanhy, o treinamento contou com aulas teórica e prática, e foi promovido como pena alternativa, após autuação pela Emdagro de algumas propriedades na região.

De acordo com a engenheira agrônoma, Aglênia Araújo, coordenadora de insumos agropecuários da Emdagro, funcionários da empresa responsável pela venda dos agrotóxicos foram chamados para realizar a capacitação prática, a fim de ensinar as técnicas de aplicação do produto e esclarecer as dúvidas do público presente, formado por 34 pessoas, entre produtores e aplicadores de agrotóxicos. “Em nossas fiscalizações às propriedades rurais, realizamos um trabalho educativo e punitivo, e com essa capacitação esperamos que os produtores entendam o que está errado e aprendam a fazer de forma correta”, observou.

No primeiro dia do curso, com aulas teóricas realizadas pela equipe da Emdagro, os participantes puderam obter informações sobre legislação, de como adquirir o agrotóxico de forma correta, exigindo a nota fiscal, sobre o transporte e armazenamento correto do produto, de não reutilizar as embalagens vazias e como descartá-las adequadamente, bem como a utilização correta dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), entre outros assuntos.

Já no segundo dia foram observados aspectos práticos, através da apresentação de slides e simulação prática na lavoura, utilizando água. “Ao adquirir o produto é importante identificar o risco de classificação toxicológica e observar todos os cuidados de manuseio, desde a preparação do agrotóxico para uso na plantação, até as recomendações de quando será possível colher os frutos dessa lavoura”, ressaltou o agrônomo Vinícius Santos, assistente técnico da empresa que comercializa os agrotóxicos e palestrante do segundo dia.   

Conforme a engenheira agrônoma da Emdagro, Aldira Beatriz Barroso, esse é o terceiro curso que a empresa promove neste ano. Os dois primeiros foram realizados em propriedades rurais dos municípios de Areia Branca e Umbaúba. “Ainda este ano vamos fazer mais um em Lagarto, em data a ser programada”, observou ao destacar sobre a importância da participação de todos que utilizam o agrotóxico em suas lavouras e, principalmente, dos trabalhadores que manuseiam o produto. “É importante que todos estejam cientes sobre as consequências na saúde e também no meio ambiente, pelo uso incorreto dos agrotóxicos”, reforçou.

Para o proprietário da Fazenda Sapezinho, Ariel Oliveira de Menezes, foi importante participar do treinamento e aprender mais. “O conhecimento nunca é demais e quando esses cursos vêm até a gente é bom porque eles nos dão uma orientação melhor. O pessoal da Emdagro tem dado uma boa assistência pra gente do campo. Eles estiveram aqui em minha propriedade e sentiram falta de algumas coisas, como o uso correto dos equipamentos de proteção, então sugeriram a realização desse curso que não só atendeu a minha propriedade como a outros produtores da região. Tenho certeza que a partir de agora vamos utilizar melhor os agrotóxicos em nossa lavoura”, afirmou o produtor de laranja.

Ariel Oliveira de Menezes

O agricultor Manoel Francisco Barbosa, que há 20 anos planta laranja e milho no povoado Limoeiro, em Arauá, saiu satisfeito do treinamento. “Confesso que eu não conhecia bem como funcionava a aplicação do agrotóxico e sobre as consequências de armazenar embalagens vazias. A partir de agora, quando eu contratar alguém para aplicar o produto em minha lavoura, vou ficar ainda mais atento e cobrar que só faça o serviço se aceitar utilizar o kit de proteção completo”, disse. “Vou exigir tudo que foi orientado no curso, é melhor pra mim, pra não ser multado e importante pra quem trabalha comigo, para que não venha ter problemas de saúde no futuro”, afirmou.

Barragem subterrânea é inaugurada em Poço Redondo

Estrutura será mais uma alternativa de oferta de água para mais de 60 famílias do povoado São José

Foto: Sedubs

No Território do Semiárido sergipano, a inauguração de uma barragem subterrânea, localizada na comunidade São José, no município de Poço Redondo, foi motivo de comemoração para quase 300 pessoas devido à nova oferta de água para a população. A obra é fruto de um projeto realizado através da parceria entre o Governo de Sergipe e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), e irá beneficiar 60 famílias.

Essa é a primeira barragem subterrânea construída no estado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade (Sedurbs), através da Superintendência Especial de Recursos Hídricos e Meio Ambiente (Serhma), e é uma iniciativa pioneira de aproveitamento de barragem superficial assoreada que passa a ter duplo barramento. A barragem funciona como alternativa de segurança hídrica para a plantação e, também, aumenta a oferta hídrica nos leitos secos dos rios para suprir as demandas da população rural que vivencia o contínuo problema da falta de água.

Barragem

Devido à escassez hídrica e grandes estiagens na região semiárida de Sergipe, a busca de novas formas de armazenamento de água tem sido constante. Uma das alternativas é, justamente, a implantação de barragem subterrânea, para armazenar água nos vazios de solo aluvial. As barragens subterrâneas são estruturas que tem o objetivo de interceptar o fluxo de água subterrânea, ficando armazenada no perfil do solo.

A estrutura constitui um barramento verificado no depósito aluvial de um rio ou riacho, com a finalidade de deter o fluxo subterrâneo depois de cessado o escoamento superficial, proporcionando à montante do barramento um reservatório subterrâneo que pode ser explorado por uma obra de captação.

O local foi selecionado por consultor especializado e contratado pelo Pnud, em Sergipe. “Essa foi uma doação internacional para o manejo de uso sustentável de terras do semiárido nordestino. Essa barragem vai beneficiar 60 famílias da comunidade São José, no Semiárido sergipano”, destacou o analista técnico do Projeto Sergipe, pelo Pnud, Thiago Vieira.

A obra, de baixo custo e de rápida execução, visa aproveitar os depósitos aluviais nos leitos secos dos rios e, ainda, criar depósitos quando da sua inexistência. A água acumulada pode ter como principais usos: irrigação e sub-irrigação de culturas de subsistência, principalmente a horticultura e a fruticultura e dessedentação de animais, através do bombeamento dos poços-amazonas localizados no depósito aluvial à montante da barragem, a água é conduzida para bebedouros de animais.

Seagri, Mapa, Incra e Codevasf celebram parceria e discutem plano de ações para a agricultura em Sergipe

Na pauta, assuntos relacionados à agricultura e a união de esforços em prol das demandas do setor agrícola no estado

O secretário de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), Zeca da Silva, recebeu para uma reunião o engenheiro agrônomo Haroldo Araújo Filho, superintendente Federal da Agricultura do Estado de Sergipe – órgão ligado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) – e o advogado Victor Sande, superintendente regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária de Sergipe (Incra) em Sergipe. Na pauta, assuntos relacionados à agricultura e a união de esforços em prol das demandas do setor agrícola no estado.

“Temos um grupo informal, juntamente com o secretário Zeca, para tratarmos sobre todas as questões que envolvam a agricultura em Sergipe, visando firmar parcerias institucionais, relacionadas ao setor”, destacou Haroldo Araújo, reiterando também a participação do superintendente da Codevasf, Marcos Alves Filho.

De acordo com o superintendente do Incra, Victor Sande, essa foi a primeira de uma série de reuniões frequentes que o grupo pretende realizar. “Queremos estreitar os laços entre as instituições envolvidas com a agricultura em Sergipe, para tornar as ações mais céleres, em prol dos agricultores, assentados e de todos que são atendidos no estado”, observou.

“Convidamos os gestores para esse primeiro encontro, que já está programado para acontecer quinzenalmente, a fim de unirmos forças e avançarmos nas ações públicas em prol da agricultura”, destacou o secretário. Segundo ele, a ideia é trabalhar em conjunto com o Mapa, Incra e Codevasf, promovendo uma maior interação dessas instituições com a Seagri. “Inclusive já estamos com novidades, com ações positivas já programadas e que serão divulgadas em breve”, pontuou Zeca da Silva.

Governo

Última atualização: 23 de novembro de 2021 10:34.

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