Sergipe recebe SISBI do Ministério da Agricultura para comercialização de produtos de origem animal

A certificação garante maior competitividade para os produtos sergipanos no mercado nacional

A partir de agora, os produtores sergipanos podem comercializar seus produtos para outras localidades de forma legal e com maior competitividade no mercado. Em visita a Sergipe no último dia 25, durante evento no município de Poço Redondo, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Tereza Cristina, entregou ao governador Belivaldo Chagas o certificado de Adesão do Estado ao Sistema Brasileiro de Inspeção (SISBI) que faz parte do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (SUASA).

O documento é de grande importância para a padronização e harmonização dos procedimentos de inspeção de produtos de origem animal, a fim de garantir a eficácia e segurança alimentar dos produtos comercializados.

O SISBI já era aguardado há um tempo para Sergipe e tratativas nesse sentido já vinham sendo realizadas pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro).

Em 2 de setembro de 2021, o governador Belivaldo Chagas sancionou a lei que instituiu o Serviço de Inspeção Agroindustrial, Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal do Estado de Sergipe (SIE/SE), com o objetivo de garantir a preservação da saúde pública, assegurando a integridade dos produtos de origem animal, por meio do novo serviço, a fim de adequar e atualizar a normatização, de modo a permitir a adesão do estado ao Sisbi.

Já em janeiro, o secretário Zeca da Silva esteve no MAPA e na Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer), em Brasília, e levantou, na oportunidade, sobre a importância do Estado receber o selo de acreditação e informou já ter apresentado toda a documentação necessária. “Estamos evoluindo cada vez mais na qualidade e credibilidade dos produtos industrializados em Sergipe e o governo do Estado, por meio da Seagri e Emdagro, tem essa constante preocupação com a saúde de seus consumidores e em colocar no mercado produtos certificados”, afirmou o secretário ao ressaltar que a conquista do selo SISBI-POA representa um grande avanço para a comercialização de itens genuinamente sergipanos em todo o país.

Belivaldo e ministra da Agricultura entregam cerca de 400 títulos de propriedade para assentados de Poço Redondo

Ação garante às famílias o acesso a políticas públicas, segurança jurídica e o exercício pleno das atividades agrícolas

O governador Belivaldo Chagas e a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, entregaram, nesta sexta-feira (25), 393 Títulos de Propriedade Rural, no assentamento Jacaré-Curituba, em Poço Redondo, no sertão sergipano. A ação garante às famílias o acesso às políticas públicas, a segurança jurídica necessária à construção da cidadania e o exercício pleno das atividades agrícolas .

“Estamos realizando um sonho para essas pessoas, afinal são mais de 12 anos que elas estão com a posse da terra e, agora, que assinamos esse documento com o Incra, em definitivo elas terão condições de terem seus documentos e se sentirem realmente donos das terras. Isso vai facilitar a vida do produtor para que ele possa trabalhar diretamente com bancos e instituições financeiras, por exemplo. O Jacaré-Curituba tem sido um sucesso, é um dos maiores assentamentos da América Latina e, agora, em uma ação conjunta do governo do Estado com o governo federal, efetivamente eles poderão ter seus títulos de terra”, disse Belivaldo Chagas.

A ministra Tereza Cristina também destacou a importância da ação para os assentados. “Hoje, quem recebeu esse título com certeza vai ter acesso a mais políticas públicas e poderá investir com segurança, pois essa terra é deles”, defendeu.

A produtora Maria de Oliveira dos Santos cultiva quiabo, macaxeira e milho na localidade e expressou a felicidade ao receber o título de posse. “Receber o título hoje é importante para gente, é uma alegria, veio em uma boa hora, e vai ajudar a gente a conseguir conquistar mais coisas e plantar mais e mais”, comemorou.

A mesma alegria também foi compartilhada pela moradora do assentamento Nova Esperança, do Jacaré/Curituba, Maria Vitória Colomário da Silva.  “É muito importante receber esse título. Queremos continuar trabalhando, crescendo, indo para frente. Moro aqui há muitos anos, minha família também, e todos trabalham com agricultura familiar”, revelou.

Doação ao Incra

O perímetro irrigado Jacaré-Curituba, localizado nos municípios de Poço Redondo e Canindé de São Francisco, foi criado em 22 de dezembro de 1997, e possui uma área total de 9.345,80 hectares. O perímetro é o maior da América Latina e assenta, atualmente, 829 famílias, residentes em 39 agrovilas.

“Aqui na região temos cerca de 800 famílias assentadas e, no dia de hoje, começamos a pagar esse débito, com a entrega de 393 títulos definitivos. Mas isso é só o começo, porque ontem, e eu quero agradecer ao governador e aos deputados por isso, foi sancionada a lei que transfere o restante da área para o Incra, que estava no nome do Governo do Estado. E, nos próximos meses, estaremos aqui concluindo o processo. E essa política não foi só aqui. No estado de Sergipe, em parte em parceria com o governo do Estado, estamos começando um processo de distribuição de mais de 10 mil títulos para todos os assentados do estado de Sergipe, a maior entrega feita no estado até hoje”, informou o presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Geraldo Melo Filho.

Em 2008, 22 imóveis rurais no Perímetro Irrigado Jacaré-Curituba foram adquiridos, por meio do Convênio SR/ 23 04000/2007, intitulado ‘Desapropriação de Terras no Alto Sertão Sergipano’, formalizado entre o Governo do Estado de Sergipe e o Incra. Com a aquisição dos imóveis rurais pelo Estado naquele ano, abrangendo uma área de 1910,74 hectares, foi viabilizada a consolidação fundiária do Perímetro Jacaré-Curituba e houve a implantação da infraestrutura hídrica necessária, cujo patrimônio foi incorporado ao acervo fundiário do Estado de Sergipe. Agora, a doação do Estado ao Incra, instituição gestora no âmbito fundiário do Perímetro Irrigado Jacaré-Curituba, permite a outorga dos títulos definitivos de domínio às famílias beneficiadas que residem em 09 agrovilas. 

“Hoje é um dia histórico, no qual tivemos a oportunidade única de poder fazer essa entrega. Dentro do projeto Jacaré-Curituba existia também uma fazenda de propriedade do governo do Estado e que de prontidão o governador transferiu – 22 imóveis rurais – para o governo federal, para poder serem inseridos também nessa regularização dos títulos permanentes. É identidade, é a liberdade desse povo que deixa de ser assentado e passa a ser proprietário de sua terra, além de poderem estar inseridos nos programas de políticas públicas do governo federal e do governo estadual”, completou o secretário de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), Zeca da Silva.

Sistema Brasileiro de Inspeção

Durante o evento, a ministra Tereza Cristina entregou o certificado de Adesão do Estado de Sergipe ao Sistema Brasileiro de Inspeção (Sisbi). Em 2 de setembro de 2021, o governador Belivaldo Chagas sancionou a lei que instituiu o Serviço de Inspeção Agroindustrial, Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal do Estado de Sergipe (SIE/SE). O objetivo do ato foi garantir a preservação da saúde pública, assegurando a integridade dos produtos de origem animal, por meio do novo serviço, para adequar e atualizar a normatização, de modo a permitir a adesão do estado ao Sisbi.

De acordo com Zeca da Silva, a adesão ao Sistema Brasileiro de Inspeção possibilita que os produtos de origem local possam ser comercializados em âmbito nacional. “Isso é necessário para padronizar e harmonizar os procedimentos de inspeção de produtos de origem animal para garantir a eficácia e segurança alimentar”, ressaltou o gestor da Seagri.

Fertilizantes

Na ocasião, a ministra Tereza Cristina falou sobre o potencial de Sergipe na cadeia produtiva nacional de fertilizantes. “O Brasil não pode ter essa dependência que tem dos fertilizantes importados (…) Hoje, nós temos praticamente Sergipe entregando os fertilizantes para a agricultura brasileira, que cresce de 8% a 9% todo ano. Nós precisamos ter mais fertilizantes e ainda crescer, então nós vamos produzir no Brasil, é isso que o plano mostra  [Plano Nacional de Fertilizantes], mas continuaremos a importar, também, de outros países. Sergipe tem potencial e conversei com a empresa, que produz aqui, que tem a concessão de lavra da mina em Sergipe, e eles me deram boas notícias, de que estão investindo mais para poder produzir mais em Sergipe”, pontuou.

Mais ações

O Ministério da Agricultura ainda realizou a entrega de certificados do programa Agronordeste, em parceria com o Senar, e do programa Agroresidência, em parceria com a UFS.

Na solenidade, também foram assinados o primeiro projeto, em Sergipe, do novo Programa Nacional de Crédito Fundiário – Terra Brasil, que foi reformulado, assim como a Operação de Crédito de Custeio, por meio do Banco do Nordeste, da Safra 2022 de milho da região Sealba, que abrange os estados de Sergipe, Alagoas e o nordeste da Bahia e que, em 2021, produziu 2 milhões de toneladas de grãos em 5 milhões de hectares.

Emdagro e setor produtivo discutem vacinação contra a Brucelose

Órgão prorroga para dia 21 de junho bloqueio de GTA’s de propriedades inadimplentes com a vacinação

Na última segunda-feira (21), representantes da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), da Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri),  da Superintendência Federal de Agricultura (SFA) e da Federação da Agricultura do Estado de Sergipe (Faese) estiveram reunidos na sede da Emdagro para discutirem os Programas Nacionais de Controle e Erradicação da Brucelose e da Febre Aftosa.  Na oportunidade, representantes do setor produtivo manifestaram preocupação com a decisão do órgão agropecuário em bloquear a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA) de propriedades rurais cujas vacas não tenham sido vacinadas contra a Brucelose.

A medida vinha causando preocupação de produtores que alegam desconhecimento da decisão e não haver tempo hábil para um maior planejamento das vacinações. “Acho que a gente conseguiu trazer a visão do criador, a visão do pecuarista, com relação à vacinação da Brucelose. Sabemos da obrigatoriedade e estamos totalmente de acordo que se cumpra a legislação, mas também acordamos aqui e chegamos a um denominador comum com a direção da Emdagro a prorrogação do prazo para que as sanções sejam aplicadas. Saímos daqui com esse sentimento de fazermos chegar aos produtores essas informações com muito mais intensidade, informando que novo prazo ficou para o dia 21 junho para que cumpra com a vacinação”, disse o presidente da Federação da Agricultura do Estado de Sergipe, Ivan Sobral, que reconhece a obrigatoriedade da vacinação.

Para o presidente da Emdagro, Jefferson Feitoza de Carvalho, o órgão agropecuário entende as preocupações do setor produtivo. “Nosso papel não é prejudicar os criadores e sim defender a sanidade do rebanho bovino do Estado, fazendo com que cheguemos ao patamar de outros Estados do Brasil. Então, após ouvirmos os representantes dos produtores, decidimos estender por mais três meses o prazo de bloqueio da emissão da GTA para aqueles estabelecimentos que possuem fêmeas não vacinadas contra a Brucelose”, garantiu o presidente.

Segundo a diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade, o órgão vem trabalhando a comunicação e a divulgação sobre a obrigatoriedade da vacina contra a Brucelose junto aos agricultores de todo o estado e esclareceu os critérios estabelecidos nesse primeiro momento. “A Emdagro já vem trabalhando a um bom tempo a divulgação sobre a importância da vacinação da Brucelose junto aos criadores. Com o que ficou acordado na reunião, o novo prazo para o bloqueio automático da GTA pelo Sistema de Integração Agropecuária (SIAPEC3) será até o dia 21 de junho daquelas propriedades cujas fêmeas não tenham sido vacinadas contra a Brucelose”, esclareceu a diretora.

Aparecida disse ainda que que o bloqueio será realizado de forma gradual, iniciando com a faixa etária de 3 a 8 meses de vida e, a partir do novo prazo as demais faixas etárias servirão como base para bloqueio após análises dos setores envolvidos. “Além disso, para movimentar as fêmeas é necessário que elas estejam vacinadas, conforme já ocorre e para todas as finalidades. Apenas para emissão de GTA com finalidade abate será dado um prazo maior para dar tempo ao produtor de regularizar seu rebanho”.

Representando a Superintendência Federal de Agricultura em Sergipe, Guilherme Coda diz que a reunião foi muito positiva pela participação dos diversos setores interessados que reconheceram a medida da Emdagro. “A decisão da Emdagro não é uma penalidade, mas sim uma medida de precaução que está prevista na legislação para trânsito de animais de estabelecimentos que estejam irregulares com a vacinação contra a Brucelose. Na verdade, a vacinação é obrigatória em todo o Brasil há 21 anos e esse prazo que está sendo trabalhado pela Emdagro é necessário para que se possa trabalhar a educação em saúde junto aos produtores para que eles sejam sensibilizados e conscientes da importância de se vacinar os animais e não serem prejudicados no sentido de terem suas propriedades impedidas de emitir uma GTA”, comentou Guilherme.

Febre Aftosa

Também na reunião, foi discutida a Campanha de Vacinação contra a Febre Aftosa, cuja primeira etapa deverá ocorrer a partir de maio deste ano. Diferente de anos anteriores, a vacinação será em bovinos e bubalinos com idade de até 24 meses. A medida acontece diante da logística de fornecimento do imunizante em nível nacional.

Emdagro intensifica fiscalizações agropecuárias em rodovias de Sergipe

Foco principal é a entrada ilegal de produtos de origem vegetal e animal e de agrotóxicos

A Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) vem, desde o início do mês de março, realizando fiscalizações em caminhões de cargas de produtos de origem vegetal e animal. As ações buscam impedir a circulação desses produtos, a exemplo da banana, citros, plantas ornamentais, mudas, dentre outros, sem a devida Permissão de Trânsito Vegetal (PTV), bem como de carga de animais sem a Guia de Trânsito Animal (GTA). As fiscalizações têm contado com o apoio da Polícia Militar e da Secretaria de Estado da Fazenda de Sergipe.

Em que pese as fiscalizações serem inerentes às atividades agropecuárias, a Emdagro procurou, no começo do ano, todos os comerciantes de banana do estado para conscientizá-los a respeito da entrada ilegal e a comercialização de produtos agrícolas que possam trazer sérios riscos para os pomares sergipanos. “Após as reuniões de orientação com esses comerciantes, onde tratamos do transporte de banana de outro estado com documentação, da legislação, das multas e das penas, a Emdagro deu seguimento com a realização das fiscalizações propriamente dita – blitz – para que não digam que foram pegos de surpresa”, explicou o Coordenador de Defesa Vegetal da Emdagro, Sandro Roberto Krüger.

O coordenador relata ainda que, no início deste mês, foram apreendidas dez caixas de banana (250 kg) em um caminhão que tentava entrar em Sergipe sem o documento de Permissão de Trânsito Vegetal (PTV). “Fomos ao município de Simão Dias, com o apoio do Batalhão de Polícia Rodoviária da Polícia Militar de Sergipe e da Sefaz, realizar a fiscalização nas áreas  de Defesa Vegetal, Agrotóxicos e Defesa  Animal. Na ocasião, foram apreendidos 250 quilos de banana que estavam vindo ilegalmente do estado da Bahia. Após a lavratura do termo de advertência, a carga foi apreendida e destruída”, contou.

Sandro disse também que houve outra carga – um segundo caminhão com 14 t. de banana – que, em que pese estar de posse da PTV, a carga estava irregular porque continha resto de material vegetativo (folhas), considerado fonte de fungos, bactérias e doenças que podem causar grandes prejuízos à lavoura sergipana. Nessa situação, também foi lavrado o termo de advertência e exigido o retorno ao estado de origem, a Bahia, para que fosse procedida a limpeza de toda carga. “E essas blitz estão planejadas para ocorrer ao longo de todo o mês março e no decorrer do ano de 2022, em outros locais entre as divisas de Sergipe, Alagoas e Bahia”, alertou o Coordenador de Defesa Vegetal da Emdagro.

Presente na blitz, a coordenadora de Controle Agropecuário, Lucyla Maia, disse que uma ação conjunta dos fiscais da Emdagro buscando coibir a entrada e o trânsito ilegal de vegetais, agrotóxicos e de animais é de suma importância. “É muito importante a parceria porque fortalece as ações de fiscalização e defesa agropecuária de modo geral”, comentou.

Já a coordenadora de Insumos da Emdagro, Aglênia Araújo, vê na ação a oportunidade de flagrar diversas situações em que muitos comerciantes buscam burlar a lei e as blitz. “Essa ação conjunta de fiscalização agropecuária foi e é muito importante, pois existem diversas possibilidades de ocultação de cargas de agrotóxicos, a exemplo de transportes realizados em veículos descaracterizados, como caminhões baú, veículos de passeio e utilitários sem a logomarca de empresas e a ocultação em meio a cargas animal e vegetal, sem contar que potencializa ainda mais a execução da fiscalização uma vez que todas as áreas estarão atentas para as irregularidades que podem ser identificadas”, frisou.

Em audiência com ministra da Agricultura, secretário Zeca da Silva solicita recursos para o Projeto Califórnia

Localizado em Canindé do São Francisco, o Perímetro Irrigado Califórnia está em operação desde o ano de 1987

O secretário de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), Zeca da Silva, esteve em audiência essa semana com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, em Brasília, em busca de recursos para Sergipe. Em seu segundo dia de compromissos no ministério, com audiência solicitada pela senadora Maria do Carmo Alves, Zeca da Silva solicitou recursos para a revitalização do Projeto Califórnia e dos canais e estações de bombeamento, que representam serviços na ordem de R$ 10 milhões. Também participou da reunião o secretário de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação do Ministério da Agricultura, Fernando Camargo.

De acordo com o secretário, a viagem a Brasília foi muito proveitosa e a expectativa é de que traga consequências bastante satisfatórias para Sergipe. “A ministra Tereza Cristina recebeu nossas demandas com muita atenção e entendeu a importância de nossas necessidades. Ela nos garantiu que vai analisar as possibilidades, a fim de que  possam ser viabilizados esses recursos para nosso Estado”, comemorou.

Localizado em Canindé do São Francisco, o Perímetro Irrigado Califórnia está em operação desde o ano de 1987. Planejado para ser modelo de exploração racional de solo e água no semiárido nordestino, o projeto de irrigação pública tem uma área total de 3.980 hectares, sendo 1.360 hectares de área irrigável. Nele funcionam a exploração agrícola irrigada e de sequeiro, com um ponto de água para a atividade pecuária, onde são beneficiadas 1.665 pessoas, tendo como principais culturas exploradas abóbora, acerola, aipim, feijão de corda, goiaba, hortaliças, milho, quiabo e sorgo.

Pró-campo vai investir 5,7 milhões em revitalização de barragens em 2022 através da Cohidro

Em municípios em situação de emergência, são 21 barragens comunitárias de médio porte e 1.000 barreiros de pequenos criadores com até 19 cabeças de gado

Desde o início do mês de fevereiro, máquinas e operários trabalham em sincronia para retirar os sedimentos depositados no leito da barragem Chapéu de Couro, no Assentamento de Reforma Agrária Barra da Onça, em Poço Redondo. Ao mesmo tempo em que lá é construída uma nova barreira em concreto, para evitar a perda da água que vinha ocorrendo. Água que tem múltiplos usos, mas atende principalmente à dessedentação animal durante os períodos de estiagem. A ordem de serviço da obra foi dada pelo Governador Belivaldo Chagas junto do lançamento do Programa Pró-Campo, em dezembro. Mas pelo Pró-Campo, neste ano o Governo do Estado investe R$ 5.710.986,01 só em recuperação e ampliação de barragens. Isso ao incluir, no conjunto de ações, o Programa de Recuperação de Barragens, para atender outras 20 de médio porte e 1.000 de pequeno porte, atualmente em processo licitatório.

Um Termo de Cooperação Técnica entre as secretarias de estado da Inclusão e Assistência Social (Seias), da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e a sua vinculada, a Companhia de Desenvolvimento de Recurso Hídricos e irrigação de Sergipe (Cohidro), investem R$ 800.213,11 do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Funcep), gerido pela Seias, na barragem Chapéu de Couro, que não recebe uma intervenção deste porte desde sua construção, na década de 1980. A execução e fiscalização da obra, realizada por empresa licitada, fica a cargo da Cohidro. “É um investimento muito importante para a região, vai atender mais de 200 famílias assentadas. Obra que ele autorizou e que agora está sendo fiscalizada pelo governador Belivaldo Chagas”, disse o secretário de Estado da Agricultura, Zeca da Silva, no dia de visita à obra feita pelo governador, em 17 de fevereiro.

Bebeto da Barra da Onça, presidente da Associação Camponesa do Projeto de Assentamento Barra da Onça, considera de essencial importância a barragem que está em obras de recuperação. No assentamento, com mais de 200 famílias, e outras localidades de Poço Redondo. “É importante para todos nós, agricultores e criadores. Na época do período da seca, a gente sofre bastante. E esta barragem, estando recuperada, vai juntar água para 2 ou 3 anos. Não só para a Barra da Onça, como qualquer outra comunidade local pode vir também buscar água para sustentar os seus animais. É um momento muito importante que todos nós estamos, aqui hoje, presenciando nessa barragem Chapéu de Couro, com Belivaldo Chagas fazendo esse excelentíssimo trabalho para ajudar todos nós agricultores”.

Também presente à visita do governador do Estado às obras na Barra da Onça, a diretora de Infraestrutura Hídrica e Mecanização Agrícola da Cohidro, Elayne de Araújo, expôs os números da ação feita para reativar a barragem.  “Estamos retirando 60.000m³ de terra, volume que vai além do material deslocado pela chuva para o leito da barragem. De modo que vamos ampliar a capacidade de acúmulo de água para algo em torno de 800.000m³. Para evitar que a água acumulada pelas chuvas continue vazando pelo maciço da barragem, estamos construindo uma nova barreira de 20cm de espessura em toda a superfície do barramento para impermeabilização. Usando, para isso, um volume de 250m³ de concreto”, listou a diretora. Ela ainda informou que a empresa pública já realizou, com sucesso, o pregão do processo licitatório, para em breve selecionar as empresas de engenharia que vão atuar no Programa de Recuperação de Barragens.

Programa de Recuperação de Barragens

Diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral, reforça a importância de o Pró-Campo lançar o Programa de Recuperação de Barragens. Ação em que a Cohidro, desde 2012, já recuperou mais de 2 mil barragens em municípios em situação de emergência devido à estiagem, também através de recursos do Funcep. “As 20 barragens de médio porte, a exemplo da Chapéu de Couro, atendem uma ou mais localidades de forma coletiva. Com livre acesso para os criadores levarem seus rebanhos até as suas margens e para coleta de água de carroça ou carro-pipa, evidenciando o múltiplo uso. Já a recuperação e limpeza das 1.000 barragens de pequeno porte, atendem propriedades privadas e são voltadas à criadores com até 19 cabeças de gado, com CAF (Cadastro Nacional da Agricultura Familiar) e que estejam dispostos a assinar uma declaração autorizando outras famílias da comunidade a utilizarem a água do barreiro”, esclareceu o presidente.

Governo de Sergipe desenvolve ações e articula parcerias visando consolidação do setor de fertilizantes

Contatos com Petrobras, DNIT e Mosaic seguem propósito de dar andamento a projetos, em continuidade ao histórico de ações da administração estadual

Visando benefícios para a economia e para a população, o Governo de Sergipe vem trabalhando com o propósito de criar condições para estimular, ao máximo, o novo ciclo de petróleo, gás e fertilizantes no estado. Nesse sentido, a administração estadual busca estreitar o diálogo com diversas empresas e instituições, solicitando informações estratégicas e oferecendo apoio técnico e estrutural, a fim de identificar os movimentos do setor para os próximos anos, acelerando projetos já em curso.

Entre as entidades contatadas nos últimos dias estão a Petrobras, a Mosaic Fertilizantes e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), diretamente pelo governador Belivaldo Chagas. A conexão dá continuidade e reforça a relação histórica mantida entre as entidades e o Governo do Estado.

À Petrobras, o governador destacou o contexto oportuno para que a empresa possa realizar oferta pública de contratos de suprimento de gás natural a preços competitivos, capazes de viabilizar a atração de novas unidades para produção de fertilizantes em Sergipe.

Ao DNIT, foram solicitadas informações detalhadas em relação aos projetos de ampliação e asfaltamento das BRs 101 e 235, vias de escoamento fundamentais para a consolidação do Polo de Fertilizantes de Sergipe, destacando a importância da conclusão da pavimentação asfáltica de trechos da BR-235, de forma a criar condições para a entrega de fertilizantes produzidos em Sergipe na fronteira agrícola do Matopiba e fazer o escoamento de grãos, como frete de retorno, através do Terminal Marítimo Inácio Barbosa (TMIB).

Para a Mosaic, por sua vez, foi ressaltada a disponibilidade do Governo em apoiar, por meio do Programa Sergipano de Desenvolvimento Industrial (PSDI), uma possível retomada do Projeto Carnalita. No ano passado, o governador já havia abordado o tema com a Diretoria da Mosaic, tendo sido informado na ocasião que o preço do potássio estava baixo, e que havia uma sobre oferta de produto para os próximos anos. Diante do novo contexto internacional dos fertilizantes e das iniciativas para redução do custo da produção nacional, foi requerida à Mosaic uma nova análise de viabilidade técnica e financeira para a retomada do projeto.

“O Brasil é uma potência agrícola, o quarto maior consumidor de fertilizantes, e é dependente de produtos importados para atender a 85% das suas necessidades, sendo o maior importador desses insumos no mundo. Sergipe tem condições de contribuir para amenizar esse quadro por possuir reservas minerais e condições regulatórias favoráveis, ajudando a reduzir a vulnerabilidade do país no segmento e a insegurança alimentar ”, afirma Belivaldo Chagas.

O projeto do Polo de Fertilizantes de Sergipe é uma das principais ações do Governo do Estado voltada ao desenvolvimento do setor. O projeto vem sendo elaborado em parceria entre Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), Instituto Fecomércio e Consultoria Mastersenso. O planejamento envolve aspectos diversos da cadeia de produção, em especial na questão logística.

“As condições de suprimento de fertilizantes ao setor agro nacional estão cada dia mais cercadas de incertezas, sobretudo com a alta dos preços do gás e a desarticulação das cadeias logísticas internacionais causadas pela pandemia e pelos embargos comerciais à Rússia. É dever de Sergipe cooperar para uma mudança nesse cenário”, resume Belivaldo Chagas.

Pró-Campo inicia obras para entregar 15 sistemas de abastecimento à população rural sergipana

Em todo estado, programa estadual vai implantar ou recuperar 72 sistemas de abastecimento investindo quase R$ 5,5 milhões

Na última semana, começaram em Indiaroba as ações de ampliação de sistemas de abastecimento de água a partir de poços tubulares profundos em seis comunidades. Os recursos, na ordem de R$ 740.338,99 serão aplicados via Programa Pró-campo, do Governo do Estado, e custearão perfurações de poços, peças, equipamentos e obras civis, realizadas pelas equipes e máquinas da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) e empresa terceirizada, já licitada pela estatal. Além de Indiaroba, terão sistemas novos ou revitalizados, localidades rurais em Malhador, Cristinápolis, Estância (5) e Lagarto; contabilizando 880 famílias do campo, em 15 localidades, beneficiadas.  

Eliane de Jesus tem sua família assentada no assentamento Sepé Tiaraju, em Indiaroba, e vive com o esposo e os filhos na Agrovila Cajá, dentro do projeto de reforma agrária. O sistema de abastecimento de água implantado pela Cohidro na comunidade há 5 anos, via Programa Água para Todos, vai receber obras de aumento da vazão que seja o suficiente para suprir uma rede de distribuição residencial. “Vai ficar melhor, porque vamos poder colocar a água dentro de casa. Do jeito que está, tem que pegar na mangueira do lado de fora. Mas assim já mudou muita coisa, antes a gente ia pegar água no riacho lá embaixo, subia um ‘tombo brabo’. Já melhorou e muito, graças a Deus, e agora vai melhorar mais ainda, em nome do Senhor Jesus”, crê a moradora.

Segundo o diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral, em sistemas de abastecimento de água e com recursos de emendas parlamentares – como é o caso dos 15 sistemas que tiveram as obras iniciadas em Indiaroba – ou via Programa Água para Todos e Projeto Dom Távora; o Pró-Campo está investindo quase R$ 5,5 milhões, dos mais de R$ 100 milhões que o programa está destinando ao fortalecimento da agricultura e melhoria da qualidade de vida da população rural sergipana. “Em emendas parlamentares estaduais, já começamos as perfurações para contemplar outros 21 sistemas de abastecimento, atendendo o mesmo número de localidades. Nesta outra ação do Pró-Campo, são três poços já perfurados e outros quatro em andamento”, informou o presidente.

A Prefeitura Municipal de Indiaroba se coloca como parceira, indicando a prioridade das obras do Pró-Campo e dando apoio local às ações das equipes. “Esta, faz parte de um conjunto de ações que a Cohidro e o Governo do Estado vêm fazendo no nosso município. Já são 5 anos de um planejamento muito bem definido, com o objetivo de universalizar a água nas nossas comunidades. Não só nos chafarizes, mas na residência de cada família. É o coroamento de toda essa estratégia que foi muito bem planejada, muito bem definida pela Cohidro e que nós, como município, temos a honra de sermos parceiros nessa empreitada, do sonho de toda comunidade ter acesso universal a água. O que para nós é um motivo de muita alegria, de felicidade”, assinalou o prefeito Adinaldo Nascimento.

Em visita feita às comunidades atendidas em Indiaroba, na semana anterior ao início das obras e acompanhada do prefeito Adinaldo Nascimento e do presidente Paulo Sobral, a diretora de Infraestrutura Hídrica e Mecanização Agrícola da companhia, Elayne de Araújo disse que após concluir o trabalho nas seis comunidades de Indiaroba, as equipes seguirão para os demais municípios. “O projeto vai instalar equipamentos que permitam que chegue mais água até os reservatórios, seguido da instalação de tubulação que percorra as ruas das localidades, permitindo que os moradores possam fazer a ligação de suas casas à rede comunitária de distribuição de água”, explicou.

Cohidro expõe ações e distribui material informativo durante a Sealba AgroShow

No estande do Governo de Sergipe foram apresentados resultados do investimento público em perfuração e instalação de poços, sistemas de abastecimento e irrigação pública

Sucesso de público, volume de negócios concretizados e oportunidade para o lançamento de políticas públicas estaduais para o meio rural, o Sealba AgroShow foi, também, espaço no estande do Governo de Sergipe, para a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) expor suas ações em todo estado e os resultados do investimento público em perfuração e instalação de poços, sistemas de abastecimento e irrigação pública. Na feira realizada entre os dias 10 e 12 de fevereiro em Itabaiana, chamou a atenção dos visitantes a maquete de uma unidade de dessalinização de água e produção do Programa Água Doce, exposta pela Cohidro, e ainda uma amostra constante das hortaliças produzidas pelos irrigantes atendidos pela companhia nos dois perímetros irrigados estaduais naquele município.

Dividindo o estande com a Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), Secretaria de Estado do Turismo (Setur); Banco do Estado de Sergipe (Banese) e Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro); a Cohidro cumpriu uma agenda de mostrar ao público presente, as suas unidades e atividades para a promoção de água no campo e os programas a qual participa como executora ou colaboradora. “Foi oportunidade para a justa prestação de contas, diretamente com a sociedade, do que é gerado de benéfico ao povo sergipano a partir do investimento público feito na empresa”, destacou o diretor-presidente da companhia, Paulo Sobral. “O resultado dessa participação foi bastante positivo, muitos visitantes paravam para saber mais do que se tratava aquele pedacinho bonito e vivo do agro show, que era a parte da Cohidro”, complementou.

Estudante do 5º período do curso Tecnologia em Agroecologia, do Instituto Federal de Sergipe (IFS) – campus São Cristóvão, Inara Cruz disse ter gostado do modelo do Programa Água Doce, ao mesmo tempo em que achou importante a exposição dos produtos da irrigação pública. “O que eu mais gostei no estande da Cohidro foi a maquete, explicando e mostrando como a eles fornecem a água para o povo sergipano, e que eles também levaram as hortaliças, raízes, representando a garra do nosso povo aqui de Sergipe”, assinalou. De origem rural, a aluna do IFS natural de Cedro de São João, considerou proveitosa a visita à Sealba e ao estande onde a Cohidro foi expositora. “Para a gente que é da área agrária, que estuda e que produz, foi muito legal poder ali ver, compartilhar conhecimento e eu gostei bastante”, concluiu.

Água Doce 

A maquete exposta na feira agropecuária pela Cohidro, mostra todos os detalhes de um sistema integrado de dessalinização de água com reaproveitamento do rejeito salino para criar peixes e irrigar a planta forrageira ‘atriplex’, utilizada como ração de ovinos e caprinos. Como esta, em Sergipe operam 29 unidades do programa federal Água Doce, que a Seagri executa através das suas vinculadas Cohidro e Emdagro. A diretora de Infraestrutura Hídrica e Mecanização Agrícola da Cohidro, Elayne de Araújo, reforçou a importância de apresentar a maquete”. É uma maneira didática de mostrar para a população como é feita a extração de água do subsolo para abastecimento humano e toda a estrutura empregada quando existe a necessidade de dessalinizar a água de um poço. Um sistema complexo que dá água potável e que cria meios para complementação de renda dos moradores destes povoados atendidos”, avaliou.

Irrigação pública

Sergipe conta com seis perímetros irrigados estaduais, mantidos pela Cohidro, e o Platô de Neópolis, distrito de irrigação em que o patrimônio pertence ao Estado e a companhia gere contratos de concessão a empresas que exploram a produção agrícola em larga escala. Diante disso, para o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Fonseca, a participação da empresa na Sealba se torna essencial. “Só em Itabaiana, que sediou o agroshow, são dois perímetros irrigados – Poção da Ribeira e Jacarecica I –  que a Cohidro tem e que os 590 lotes de irrigantes produziram juntos um volume de mais de 36 mil toneladas de alimentos em 2021, movimentando quase R$ 65 milhões no município, com a comercialização destes produtos em Sergipe e Bahia”, expôs o diretor, complementando que a área do estande ocupada pela Cohidro, contou com amostras sempre frescas das hortaliças produzidas em Itabaiana.

Demanda por pimenta cresce e anima agricultores de Lagarto

Pipericultores são assistidos pela Cohidro e têm contratos de venda com indústria local

A pimenta habanero é originária do México e tem, em média, o dobro da ardência da brasileiríssima malagueta comum. Seus frutos são maiores, ovalados mas assimétricos, pelas rugosidades no seu formato. Estão prontos para colher por volta de 110 dias após o plantio das mudas, quando ficam nas cores vermelha, laranja ou marrom. Estas duas espécies, além da Jalapeno e da pimenta biquinho, são produzidas no Perímetro Irrigado Piauí, mantido pelo Governo do Estado em Lagarto. Um aumento na procura pela habanero, da parte da indústria de molhos de pimenta, tem animado os agricultores assistidos com água de irrigação e assistência técnica em seus lotes no perímetro. A produção da habanero em 2021 foi considerada boa, quase 82 toneladas (ton.) e neste ano tende a aumentar com o incentivo dado a estes produtores pelo mercado.

No perímetro Piauí, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e irrigação de Sergipe (Cohidro), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), a malagueta continuou sendo a mais produzida (120 ton.) no último ano, seguida da jalapeno (95 ton.) e da biquinho (75 ton.), a de menor produção e ardência, que é beneficiada e tem seus frutos vendidos inteiros em conserva. Os preços por quilo ofertados pela indústria, não são proporcionais ao grau de ardência, no caso da habanero (R$ 3) e da malagueta (R$ 4), e da sua outra variedade menor e de ardência mais acentuada, a malaguetinha (R$ 8). Quanto menor a pimenta, maior é o grau de dificuldade de colheita e custo de mão de obra. Por conta do manejo mais facilitado, qualquer melhora na demanda e no preço da habanero ou jalapeno, que o fruto ainda é maior, ou da biquinho, é motivo para passar a investir mais nestas espécies.

Segundo os dados levantados pelos técnicos da Cohidro em Lagarto, a habanero ocupou uma área colhida de 14,5 hectares e rendeu, aos produtores, o valor total da produção de R$ 356.720 em 2021. Para o gerente do perímetro Piauí, Gildo Almeida, a oportunidade é boa para quem quer investir na espécie de pimenta. “É desde o início que a gente, da Cohidro, começa a auxiliar através do perímetro e está dando certo. Eles têm um contrato com a indústria local, para quem eles já fornecem o produto. O preço está dando para manter o lucro e eles estão produzindo cada vez mais e aumentando a área plantada de pimenta habanero”, avaliou. No mesmo levantamento da Cohidro do valor da produção, no ano passado, já era anunciada a vantagem da habanero que, mesmo tendo produzindo menos, deu mais retorno aos agricultores do que a também mexicana jalapeno (R$ 269.450).

No lote irrigado de Luan de Oliveira já são um hectare ocupado com 9 mil pés de pimenta habanero, com a intenção de aumentar, caso o mercado para a pimenta continue atrativo. “Já plantamos diretamente para a empresa do município. A gente está na fase de colheita agora, quando oferecemos trabalho para o pessoal que faz a colheita, catando as pimentas. Acaba sendo algo muito benéfico ao nosso município, esta indústria que faz o contrato com a gente. Gerando renda para nós, que trabalhamos na roça e também para o pessoal que trabalha colhendo”, avaliou o agricultor irrigante de Lagarto.

Luan e demais produtores de pimenta investem em técnicas modernas de irrigação para alcançar maior produção, racionalizando o uso das reservas de água do perímetro de irrigação pública e também trazendo maior eficiência nos tratos culturais. É o caso da fertirrigação, em que o adubo chega até a planta diluído na água e através dos equipamentos de irrigação. “Molhamos aqui através da irrigação de gotejamento, que já molha diretamente no solo e acaba economizando água. A irrigação vem da Cohidro, pelo Perímetro Irrigado Piauí, que é a que a gente tem aqui”, confirmou o irrigante.

Governo

Última atualização: 13 de janeiro de 2022 12:40.

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