Com essa performance, Sergipe demonstra que mesmo estados com menor território podem liderar em eficiência e expansão do agronegócio
Os investimentos administrados pelo Governo do Estado têm surtido efeitos em diversos setores da economia, entre eles, o da agricultura. Dados da Pesquisa Agrícola Municipal (PAM) do IBGE, mostram que Sergipe cresceu 190% no valor bruto da produção agrícola, entre 2018 e 2023. O número coloca o estado entre os cinco com maior avanço proporcional na produção agrícola do país. Com essa performance, Sergipe demonstra que mesmo estados com menor território podem liderar em eficiência e expansão do agronegócio.
Recentemente, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) já havia divulgado dados positivos da última safra, apresentando o estado como o maior em produtividade – quilos por hectare (kg/ha) – na produção nacional de grãos de 2024. Outro estudo do Banco do Nordeste (BNB), divulgado em 2025, constata maior crescimento na produção de leite na região Nordeste. Todos estes dados demonstram que tanto a agricultura quanto a pecuária estão em franco crescimento no estado de Sergipe.
Para o secretário de Estado da Agricultura, Zeca Ramos da Silva, essa evolução é fruto de sucessivos ganhos de produtividade decorrentes de investimentos em tecnologia, políticas públicas e de muita dedicação dos produtores rurais. “Esse crescimento pode ser verificado, por exemplo, na produção de milho, laranja, leite, coco e até mesmo mandioca. Não tenho dúvidas de que nosso setor agropecuário vai crescer muito mais, pois investimentos importantes estão sendo feitos pelo Governo de Sergipe, a exemplo da ‘Adutora do Leite’”, pontua.
Ainda na avaliação do secretário da Agricultura, o governo tem investido e fomentado as principais atividades produtivas, além dos investimentos dos próprios produtores. Conforme dados da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), no setor agrícola, já foram investidos pelo Governo, nos últimos três anos (2023 a 2025), cerca de R$ 13 milhões na compra e distribuição de sementes de milho, arroz, laranja e palma forrageira para os agricultores familiares, por meio do Programa Sementes do Futuro. A agricultura irrigada também tem recebido reforço, com investimento de mais de R$ 2 milhões, na manutenção elétrica, mecânica ou substituição de motores e bombas e dos seis perímetros irrigados em 2023 e 2024.
Outro destaque feito pela Seagri é em relação ao setor leiteiro. Através do apoio do Governo de Sergipe, os produtores recebem orientação técnica, ações de inseminação artificial, sanidade animal com vacinação gratuita, incentivo à produção e beneficiamento do leite e ao escoamento, com a melhoria das estradas e compra de alimentos da agricultura familiar, além de crédito rural por meio do Banese.
Estudo realizado pelo Banco do Nordeste, com dados do IBGE, revelam que estado teve o maior aumento de produção leiteira na região, crescimento de 22,6% na produção entre o primeiro trimestre de 2024 e mesmo período de 2023
Nos últimos anos, o Governo do Estado tem investido no fortalecimento da cadeia produtiva do leite, o que contribuiu para Sergipe figurar como o estado com o maior crescimento da produção na região Nordeste. Políticas públicas foram planejadas e programas disponibilizados para o produtor, como o Mão Amiga, Sementes do Futuro, Mais Genética no Sertão, Melhoramento Genético por Inseminação Artificial por Tempo Fixo (IATF), campanha permanente de vacinação e o Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF), a fim de apoiar o produtor. Ações que têm resultado nesse avanço na produção do estado, refletindo em uma posição de destaque na região.
Para o secretário de Estado da Agricultura, Zeca Ramos da Silva, essa notícia representa a importância tanto dos investimentos dos produtores como das políticas públicas consistentes empreendidas pelo Governo. “Sergipe vive um momento histórico no setor leiteiro, graças a um trabalho abnegado dos produtores integrado com os municípios e os incentivos do Governo de Sergipe, que reúne apoio técnico, ações de inseminação artificial, sanidade animal, incentivo à produção e beneficiamento do leite e ao escoamento, com a melhoria das estradas e compra de alimentos da agricultura familiar, além de crédito rural”, ressalta.
Para o gestor, hoje se observa a concretização de um trabalho de fortalecimento do setor por um governo que acredita no potencial do campo e investe no produtor. “Com isso, conseguimos gerar mais renda, garantir alimento de qualidade e fortalecer a economia do nosso estado”, ressalta.
O produtor Alisson da Costa, mais conhecido como Courinho, do povoado Pau do Cedro, em Monte Alegre, tem sete vacas e faz a ordenha manual. Ele é um dos beneficiários das políticas públicas estaduais. “Produzo 50 litros de leite por dia, com vacas da raça Girolando. Com essa produção sustento minha esposa e minha filha”, revela o produtor, que atua na cadeia produtora há 25 anos. “Esses programas me ajudam. Ganhei dez raquetes de palma, pelo programa Sementes do Futuro e, durante um ano, você pode fazer 100 raquetes, dá para variar”, disse Courinho, que produz queijo e vende em Monte Alegre.
Já a família Martins, do Povoado Baixa Verde, também em Monte Alegre, possui 20 vacas e é com essa produção que tira o sustento. Márcio, conhecido como Buru, é um dos quatro irmãos que vivem da produção do leite. “Fazemos, em média, 18 litros de leite por dia, por vaca. Já participamos do programa de Inseminação Artificial e o Sementes do Futuro. Os técnicos da Emdagro vieram aqui na época da inseminação e aproveitaram e vacinaram todos os animais”, recorda o agricultor, que é pai de três filhos. “Retiramos o leite e vendemos para as fabriquetas de queijo daqui de Monte Alegre. Todos os irmãos trabalham há mais de 20 anos nessa área”, acrescenta.
Marcelo Martins, que é o irmão mais velho da família, ressalta que o negócio foi herdado do pai. “Sobrevivemos do que produzimos. Tenho esposa e três filhos. O Governo do Estado traz benefícios, como orientações técnicas, o beneficiamento de inseminação artificial, que já recorremos uma vez e tivemos sete crias por meio dele, e conseguimos ampliar nossa produção”, declara Marcelo.
De acordo com o técnico agrícola da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) Wagner Sousa Lapa, a vantagem da cadeia leiteira em relação às demais, como a do grão, por exemplo, é a possibilidade de empregar na própria região o dinheiro que foi investido. “O produtor paga o ajudante, a castração, compra os insumos, tudo dentro do município”, exemplifica o técnico.
Investimento
Segundo estudo do Banco do Nordeste, feito com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Sergipe teve o maior aumento da produção de leite do Nordeste, se comparado os três primeiros meses de 2024 e 2023. De acordo com o levantamento, o aumento foi de 22,6%, ou seja, o estado subiu de 107,8 mil para 132,2 mil litros de leite produzidos neste período. O segundo lugar ficou com a Bahia, que registrou crescimento de 10,7%.
De acordo com o agrônomo Nertom da Penha, lotado na regional de Nossa Senhora da Glória, produtores de Monte Alegre, por exemplo, são beneficiados por quatro programas executados pelo Governo do Estado. O ‘Sementes do Futuro’ distribuiu 20 sacas de sementes da palma Ipa Sertânia, que é livre de espinhos e facilita o manejo do produtor. Ela é multiplicada ano após ano para que o produtor aumente sua produção. “É uma palma para o futuro, como o programa diz”, declara Nertom.
O Programa Mais Genética no Sertão e o Programa Estadual de Melhoramento Genético por Inseminação Artificial por Tempo Fixo (IATF) são outras maneiras de melhorar o rebanho do produtor. “O sêmen dos melhores touros do país, até de fora, é inseminado nas vacas. Esse produtor terá bezerros mais produtivos, que aumentará a produção e com genética melhor”, explica.
Um programa permanente é o de vacinação do rebanho. A Emdagro trabalha com a vacinação para brucelose e clostridiose. Já o Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF) é o documento que garante ao produtor o direito de acessar as políticas públicas do governo. “Principalmente com relação ao crédito, que é uma forma do produtor investir e melhorar a sua produção”, disse Nortom.
Adutora
Com o objetivo de fomentar o potencial no agronegócio, o Governo do Estado apresentou a produtores sergipanos, no último dia 5 de abril, o projeto da Adutora do Leite, que abastecerá com águas do Rio São Francisco os municípios de Canindé do São Francisco, Poço Redondo, Nossa Senhora da Glória e Monte Alegre, um investimento da ordem de R$ 250 milhões. Por enquanto, o plano está em fase de estudo, que definirá a viabilidade da estrutura passando pelo alto sertão sergipano. Enquanto as obras da Adutora do Leite não entram em fase de execução, as obras de outra adutora importante, a do Curralinho, em Porto da Folha, já foram iniciadas em fevereiro.
A Adutora do Leite será uma solução para a dessedentação animal no trajeto entre Canindé de São Francisco e Nossa Senhora da Glória, com uso da água captada pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), no Rio São Francisco. A obra, reivindicação antiga na região que mais produz leite em Sergipe, levará água aos diversos tipos de criatórios comerciais, rebanhos que somam aproximadamente 265 mil animais, sendo 180 mil somente bovinos, dos cinco municípios no trajeto de 108,60 km de extensão, que são: Canindé de São Francisco, Poço Redondo, passando pelo polo leiteiro de Santa Rosa do Ermírio, Porto da Folha, Monte Alegre de Sergipe e Nossa Senhora da Glória.
Somente na bovinocultura de leite, principal atividade econômica do alto sertão sergipano, a perspectiva é de que a produção leiteira dos cinco municípios ultrapasse os 296.062.000 litros por ano, registrado em 2022.
Outra expectativa é que, com a água da Adutora do Leite diminuindo as distâncias de acesso e aumentando a oferta de abastecimento hídrico, os custos para os pecuaristas diminuam e cresça o potencial na região para investimentos em aumento e melhoria genética dos rebanhos. Mais produção, animais, tecnologia e infraestrutura empregada geram mais renda e novos postos de trabalho para o povo sertanejo.
O Conseagri tem como principal objetivo fortalecer o intercâmbio agropecuário entre os estados brasileiros
Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) de Sergipe participou, nesta semana, em Ribeirão Preto (SP), do encontro do Conselho de Secretários Estaduais de Agricultura (Conseagri) durante a feira de tecnologia agrícola Agrishow 2025.
De acordo com o secretário de Estado da Agricultura de Sergipe, Zeca da Silva, que participou do evento, a retomada do Conseagri fortalece o setor, uma vez que o encontro não acontecia desde 2016 e retorna em um grande evento como o Agrishow. “É bastante representativo, já que se trata da maior feira de tecnologia agrícola da América Latina e uma das maiores do mundo.
A Agrishow é um evento anual que acontece em Ribeirão Preto e reúne as principais empresas e inovações do setor agropecuário. “O encontro do Conseagri é uma oportunidade de nos alinharmos nas políticas agrárias e sociais. Essa troca de experiências e o networking entre os secretários pode trazer muita contribuição à gestão de cada estado e na busca de políticas junto ao governo federal”, pontuou Zeca.
O atual presidente do Conseagri e secretário estadual do Rio Grande do Norte, Guilherme Saldanha, destaca que o principal objetivo é fortalecer o intercâmbio agropecuário entre os estados brasileiros. “Nossa intenção é se reunir para discutir problemas. Alguns pontuais, alguns nacionais, como, por exemplo, a questão do certificado fitossanitário para exportação de frutas, que até pouco tempo não existia. Foi por meio de reuniões com integrantes do Conseagri que conseguimos avançar nisso e hoje o documento é uma realidade”, ressalta Saldanha.
O encontro contou ainda com as presenças dos secretários do Pará, Giovanni Correia Queiroz, do Distrito Federal, Rafael Bueno, e com o secretário executivo de Desenvolvimento Econômico do Mato Grosso do Sul, Rogério Beretta.
A Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe atende, com água de irrigação e assistência técnica, 421 unidades produtivas no perímetro Piauí
Há 38 anos a Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) administra o Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto, no centro-sul do estado. Nesta sexta-feira, 25, os agricultores irrigantes do perímetro e toda a população rural lagartense teve acesso aos serviços que a empresa oferece em sua sede, em Aracaju, inclusive relacionados a perfuração e instalação de poços tubulares, enquanto os demais lagartenses conheceram mais esse trabalho realizado na irrigação pública, segurança alimentar, infraestrutura hídrica e dessalinização. Isso porque o Governo do Estado transferiu, simbolicamente, a capital de Sergipe para a sede do município por um dia, na 46ª edição do ‘Sergipe é aqui’.
Vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), a Coderse atende, com água de irrigação e assistência técnica, 421 unidades produtivas no perímetro Piauí. Juntas, elas colheram quase 11 mil toneladas de produtos agrícolas em 2024, aumento de 116,5% em relação ao ano anterior (5.100T). Em lavouras que utilizaram 430 hectares de área irrigada. O valor total dessa produção anual foi de mais de R$ 7,5 milhões, revertidos em renda para os agricultores.
Helenilson Santos é produtor irrigante no perímetro Piauí. Planta milho, feijão-de-corda, amendoim e batata-doce. Animado com o preço de venda desta última, de R$ 3,00 o quilo da raiz, o agricultor pretende fazer um novo cultivo em breve, usando microaspersão na sua propriedade irrigada. Hoje ele aplica os tratos culturais do milho verde que vai colher no período junino.
“A expectativa é muito grande, em parceria com a Coderse e a Secretária de Agricultura do município. Tivemos um movimento, para fazer com que a produção pudesse crescer ainda mais. Vamos com alegria, força e fé para que este ano a gente bata o recorde, mais uma vez, de produção. Além da água, temos todo o apoio técnico do pessoal da Coderse, todo o apoio psicológico; eles nos incentivam. Estamos unidos no campo com a Coderse para melhorar a qualidade de vida do ser humano”, colocou.
Entre 2023 e 2024, houve um investimento de mais de R$ 2 milhões, em recursos do Estado, na manutenção elétrica, mecânica ou substituição de motores e bombas e dos seis perímetros irrigados administrados pela Coderse. Diretor de Irrigação da Coderse, Júlio Leite considera a irrigação pública como essencial para a segurança alimentar dos sergipanos. “Há vários anos, a cesta básica registrada em Aracaju é a mais barata do país, e o que é produzido nos perímetros do Governo de Sergipe influencia na maioria dos produtos pesquisados. Com irrigação, se produz mais e com maior diversidade. São colheitas o ano inteiro e não há perda por conta da falta de chuvas”, pontuou.
Segurança alimentar
A assessoria dos técnicos da Coderse refletiu positivamente para que 23 agricultores irrigantes do perímetro irrigado de Lagarto participassem do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), na modalidade ‘Compra com doação simultânea’, em 2024. Eles entregaram 83,2 toneladas de alimentos que beneficiaram quatro mil pessoas em situação de insegurança alimentar de General Maynard, no leste sergipano, durante dez meses, repercutindo em R$ 344.995,97 de renda para esses produtores pela comercialização dos alimentos.
“Em 2025, são 65 produtores, de três associações de irrigantes de Lagarto que fizeram proposta para Conab de entregar para o PAA mais de 180 toneladas de Produtos. Alimentos que podem beneficiar até dez mil pessoas carentes. Se forem aceitas as propostas, esses agricultores irão receber, no período de dez meses, quase R$ 975 mil pelo total das entregas de alimentos. Um grande incentivo para produzir usando a irrigação da Coderse”, avaliou o gerente do perímetro Piauí, Gildo Almeida.
Infraestrutura hídrica
Em 42 anos de atuação da empresa, são mais de 210 poços perfurados pela Coderse em Lagarto. Nas ações de bombeamento com limpeza e teste de vazão, instalação, recuperação e manutenção de poços, feitas pelas equipes da companhia estadual, foram investidos R$ 72.837,83 em recursos do Governo do Estado, beneficiando cerca de 7,3 mil lagartenses, entre 2023 e 2024. Diretor de Infraestrutura Hídrica da Coderse, Ernan Sena, conta que a novidade do setor são os três sistemas de dessalinização que o Governo do Estado vai entregar em breve.
“É um trabalho desenvolvido na região de semiárido, onde tem pouca oferta de água para população rural. Trouxemos para o ‘Sergipe é aqui’, para a população de Lagarto conhecer a maquete de uma unidade do Programa Água Doce, coordenado em Sergipe pela Seagri e executado com as suas empresas vinculadas. Por meio da Coderse, o programa está concluindo a construção de três novos sistemas de abastecimento em Porto da Folha, Poço Verde e Carira. A partir disso, Sergipe terá 32 sistemas de dessalinização e vai atender aproximadamente 6.400 famílias com água potável”, concluiu Ernan Sena.
Evento dedicado ao desenvolvimento da carcinicultura no estado foi realizado para empresas do setor, instituições e interessados na cadeia produtiva de camarão em Sergipe
A Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) esteve representada nesta terça-feira, 22, durante o 2º Encontro Sergipano de Carcinicultores, realizado pelo Sistema Faese/Senar Sergipe, em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Sergipe). O evento, dedicado ao desenvolvimento da carcinicultura no estado, ocorrido no auditório do Sebrae, foi aberto a carcinicultores, empresas do setor, instituições e interessados na cadeia produtiva de camarão em Sergipe.
O chefe da Assessoria de Planejamento da Seagri, Arlindo Nery, participou do Painel de Ações Governamentais, juntamente com o representante do Ministério da Pesca e Aquicultura, José Everton Santos e o secretário de Agricultura de Arapiraca, em Alagoas, Iomar Santos Pereira, destacaram as ações de fomento para o desenvolvimento da carcinicultura, durante o Painel de Ações Governamentais.
Arlindo apresentou os dados do censo da carcinicultura realizado pela Seagri no município de Santa Luiza do Itanhy, sul sergipano, e falou sobre a necessidade de organização da cadeia, por meio do associativismo ou cooperativismo. “Também procuramos demonstrar os benefícios de alocação e infraestrutura que podem ser concedidos ao produtor”, observou durante sua fala.
A importância do encontro é marcada pelos números da produção em Sergipe, que abrange produtores de 16 municípios do litoral. O estado tem a quarta maior produção de camarões do Brasil e, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), produziu mais de quatro toneladas em 2023, o que corresponde ao valor de R$ 73 milhões. Brenno Barreto, diretor técnico do Sebrae, destacou que o encontro tem o objetivo de conectar os atores do setor e mantê-los informados sobre o que há de inovador no mercado. “O Sebrae abraça, com este encontro, todos os participantes dessa cadeia produtiva tão valiosa para o nosso estado. Estamos fomentando discussões importantes para o setor, além de ouvirmos as dificuldades do produtor, que podem ser resolvidas com as nossas soluções”.
Luís Nakanishi, gestor da cadeia da carcinicultura no Sebrae Sergipe, reforça que essa parceria entre Sebrae e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) tem sido estratégica para impulsionar o setor em Sergipe. “A troca de experiências com outros estados, somada às capacitações que oferecemos, permite que nossos carcinicultores se atualizem e ampliem sua visão de mercado, buscando soluções para os desafios locais e identificando oportunidades de crescimento”, concluiu Nakanishi.
Ação visa à transferência de tecnologias para impulsionar a cacauicultura sergipana
No período de 15 a 18 de outubro, uma equipe composta por quatro técnicos da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) participou de um intercâmbio técnico na Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), no município de Ilhéus, na Bahia. O objetivo do intercâmbio foi promover a capacitação dos profissionais sergipanos sobre o sistema de produção do cacaueiro, oferecendo informações teóricas e práticas de campo.
O evento faz parte de um acordo de cooperação técnica firmado entre o Governo do Estado de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) e Emdagro, e a Ceplac. que visa à transferência de tecnologias para impulsionar a cacauicultura sergipana, abrangendo desde os sistemas de produção até o beneficiamento da amêndoa de cacau e seus subprodutos, como mel, polpa, nibs e chocolate artesanal.
A expansão da cultura do cacau em Sergipe tem sido uma prioridade do governo estadual, que, através da Seagri/Emdagro, vem distribuindo mudas e oferecendo assistência técnica para incentivar novos e atuais produtores. A capacitação dos técnicos da Emdagro é um passo fundamental para garantir o suporte técnico necessário à cadeia produtiva do cacau no estado.
Entre os temas abordados no intercâmbio, foram destacadas técnicas como a enxertia em clones de alta produtividade, plantio de cacau a pleno sol, nutrição mineral, análise foliar, identificação de sintomas de deficiência nutricional, poda de formação e condução, controle de pragas e doenças, além de pós-colheita, com foco no processo de fermentação das amêndoas.
O engenheiro agrônomo Renato Correia de Figueiredo, um dos participantes do intercâmbio, ressaltou a importância dessa troca de conhecimentos: “Essa oportunidade de aprendizado na Ceplac nos permite aprimorar nossa atuação em campo, garantindo que possamos orientar os produtores sergipanos com as melhores práticas para o cultivo do cacau. O contato direto com especialistas e com os diferentes estágios do sistema de produção será essencial para o fortalecimento da cacauicultura em nosso estado”, pontuou
Também participaram do intercâmbio os técnicos Thiago Cerqueira de Souza, José Alisson Machado Santos, Renato Correia de Figueiredo e Raimundo dos Santos.
Resultado do Plano de Vigilância Sanitária feito pelo Estado confirma Sergipe como zona livre de peste suína clássica
A manutenção do status de zona livre de doenças relacionadas aos animais para abate e comercialização em Sergipe tem sido uma preocupação constante do Governo do Estado. Para isso, são realizadas várias campanhas a fim de garantir a sanidade dos produtos, sob a tutela da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), por meio da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), que concluiu na quarta-feira, 26, o terceiro ciclo do Plano Integrado de Vigilância de Doença dos Suínos, em Sergipe.
Em todo o estado, há 410.494 suínos, distribuídos em 14.882 propriedades rurais, sendo os três principais produtores os municípios de Nossa Senhora da Glória, Itabaiana e Porto da Folha.
A atividade, realizada anualmente, com ciclo iniciado no mês de julho do ano passado e finalizado em junho de 2024, consiste em fazer um delineamento amostral em propriedades previamente relacionadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), em um ciclo de análises que se repete todos os anos. Técnicos do Serviço de Defesa Sanitária Animal da Emdagro fizeram a avaliação de animais de 158 propriedades, distribuídas em 42 municípios. Também foram colhidas amostras para sorologia de peste suína clássica em 54 propriedades, e em 104 propriedades foram realizadas inspeções clínicas nos animais.
Conforme explicou a médica veterinária, Isabelli Leal de Queiroz, responsável estadual pelo Programa Nacional de Sanidade dos Suínos (PNSS), a seleção das propriedades nas áreas de amostragem incluiu suinoculturas tecnificadas e não tecnificadas. “Isso com base em um desenho amostral de risco definido pelo MAPA, visando maximizar a detecção de Peste Suína Clássica (PSC) na zona livre. Nenhum caso suspeito de doenças como a PSC, Peste Suína Africana e Síndrome Reprodutiva e Respiratória dos Suínos (PRRS) foi identificado durante as vigilâncias”, destacou.
Um total de 484 amostras foram colhidas e enviadas ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Minas Gerais, no município de Pedro Leopoldo, para análise laboratorial, sendo que todas resultaram negativas para PSC. “Esse resultado confirma que o plantel suíno de Sergipe está livre de vírus, sustentando a certificação internacional de zona livre de PSC obtida em 2016, pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), para o estado de Sergipe”, afirmou a veterinária, ao observar que em toda a região Nordeste, somente Sergipe e Bahia mantém essa certificação.
“Esse resultado é de suma importância para o estado de Sergipe, visto que o Brasil se posiciona como quarto exportador de carne suína do mundo, ficando atrás apenas da China, União Européia e Estados Unidos”, observou a diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Maria Aparecida. Ela acrescenta que a Emdagro continua desenvolvendo ações de prevenção em todo o estado, garantindo assim a sustentabilidade da cadeia produtiva.
Doença é considerada devastadora para a cultura responsável pela perda de 80% da produção
A fusariose é uma doença devastadora que ameaça a produtividade e a qualidade do abacaxi, podendo causar perdas produtivas superiores a 80% em condições ambientais favoráveis, levando à morte das plantas e à podridão dos frutos. Diante das dificuldades enfrentadas por produtores rurais, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) buscou cooperação junto à Embrapa Mandioca e Fruticultura e à Superintendência do Ministério da Agricultura e Pecuária em Sergipe, visando obter variedades de abacaxi resistentes a essa praga e livres de espinhos.
Segundo a Emdagro, um dos principais problemas identificados é a utilização de material propagativo infectado, como mudas doentes que, por não serem identificadas em estágio inicial, acabam sendo plantadas e se tornam fontes de disseminação da doença e que, para combatê-la, é fundamental que os agricultores tenham acesso a mudas de qualidade, livres de doenças, para garantir o sucesso do cultivo.
Diante desse cenário, em reunião realizada entre a Emdagro, Embrapa Mandioca e SergipeTec, no início deste mês, ficou estabelecido que o SergipeTec também se integraria à parceria, com o objetivo de produzir mudas saudáveis e livres de patógenos em escala para os agricultores. Além da produção de mudas saudáveis, a Emdagro também atuará diretamente junto aos agricultores, oferecendo assistência técnica no manejo da cultura do abacaxi e implantará duas Unidades Demonstrativas no município de Riachão do Dantas, maior produtor de abacaxi do estado.
Para o diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural da Emdagro, Jean Carlos Nascimento, a parceria com a Embrapa e o SergipeTec representa um passo importante na busca por soluções sustentáveis para os agricultores de abacaxi em Sergipe. “Essa iniciativa representa um importante avanço na busca por soluções sustentáveis e inovadoras para os desafios enfrentados pela agricultura sergipana, reafirmando o compromisso das instituições envolvidas com o desenvolvimento rural e a segurança alimentar da região”, destacou.
O Engenheiro Agrônomo da Emdagro Valbério Paolilo destacou a importância do trabalho conjunto: “Estamos unindo esforços para enfrentar esse desafio e oferecer soluções eficazes aos nossos agricultores. Com a cooperação entre instituições e a participação ativa dos produtores, estamos confiantes de que podemos superar a fusariose e garantir um futuro mais promissor para o cultivo de abacaxi em Sergipe”. Ainda de acordo com Valbério, assim que a unidade demonstrativa da Emdagro for implementada, em Riachão do Dantas, será feito dia de campo para transferência de tecnologia com mudas saudáveis.
Seagri, Coderse, Emdagro e Pronese compareceram a todas as edições do governo itinerante, levando políticas públicas e insumos à mulheres e homens do campo
O município de Indiaroba recebeu a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) para, dentre muitas outras ações, a entrega das primeiras sacas de sementes de milho do programa ‘Sementes do Futuro’. A ação ocorreu nesta quinta-feira, 21, durante a 24ª edição do ‘Sergipe é aqui’, quando 150 agricultores familiares receberam 1,5 toneladas de sementes prontas para plantio. Ao longo de 2024, outras 206 toneladas serão distribuídas em 46 municípios, por meio da Empresa de Desenvolvimento Agrário de Sergipe (Emdagro), a partir de um investimento total de R$ 3 milhões.
“Para a Secretaria de Agricultura, hoje é um dia muito especial, muito feliz. Por determinação do nosso governador Fábio Mitidieri, desde o ano passado, fazemos as entregas de sementes de milho e, neste ano, pela primeira vez na história, trouxemos as sementes no tempo certo, próximo ao dia de São José. Não choveu ainda, mas São Pedro vai dar essa graça e vai chover já já, para podermos plantar a nossa semente. A partir desta semana, vamos fazer a logística de distribuição. Os escritórios da Emdagro já estão a postos para fazer a distribuição”, revelou o secretário de Estado da Agricultura, Zeca Ramos da Silva.
Um dos contemplados foi o agricultor Esteves Matos dos Santos, que recebeu dez quilos de sementes de milho e ressaltou que, com a ação, poderá destinar os recursos que utilizaria com as sementes para investir em adubação. “As sementes chegaram numa boa hora. Agradeço ao governador e à Emdagro por atender ao apelo dos agricultores de terem as sementes no período certo de plantio”, considerou.
Quem também aprovou a iniciativa do Governo do Estado foi a agricultora Veraldina Mendes dos Santos, que recebeu dez quilos de sementes de milho. “Eu vou dividir as sementes com minhas duas filhas para que elas também produzam milho”, contou. Segundo a agricultura, a produção será utilizada para a alimentação animal, venda entre os agricultores vizinhos e consumo próprio.
O presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos, enfatizou a importância do evento, ressaltando que o programa ‘Sementes do Futuro’ deste ano prevê um investimento de R$ 3 milhões para a aquisição de 206 toneladas de sementes de milho, beneficiando 20 mil e 600 agricultores familiares de 46 municípios sergipanos. Ele destacou que as sementes estão sendo entregues no período certo de plantio, neste mês de março, garantindo assim uma maior eficácia na produção agrícola.
Outro benefícios
Por meio da Emdagro, durante o governo itinerante em Indiaroba também foram doadas 50 mudas frutíferas, emitidos 27 Cadastros da Agricultura Familiar (CAFs) e realizadas 20 coletas de amostras de solo para análise junto ao Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe (ITPS). Além disso, 20 animais foram vacinados por veterinários da Emdagro contra a Brucelose e dois pequenos criadores receberam os certificados de imunização.
Agricultores participantes do governo itinerante expressaram sua gratidão e entusiasmo com os recursos oferecidos. Maria Raimunda Nascimento dos Santos, que recebeu uma muda de jaca, aprovou a iniciativa. “É bom demais, porque tenho certeza que essa jaca vem abençoada por Deus e pela equipe da Emdagro”, disse.
Beneficiado com amostras de solo, o agricultor Josinaldo Pereira Cândido ressaltou a importância do apoio da Emdagro. “Essa análise de solo nos dá certeza sobre que tipo de nutriente o solo precisa, sendo fundamental para uma adubação adequada”, afirmou.
Também agricultor, José Emerson Vitor dos Santos destacou a importância do CAF. “A pessoa vai poder trabalhar na agricultura e junto aos bancos para pegar investimento e incrementar a produção”, pontuou.
Ainda no ‘Sergipe é aqui’ em Indiaroba, a Seagri realizou o atendimento de agricultores interessados na inscrição ou inscritos no programa federal Garantia Safra. Já a Empresa de Desenvolvimento Sustentável do Estado de Sergipe (Pronese), subsidiada à Seagri, deu auxílio à população rural sobre o Programa Crédito Fundiário.
Coderse
A Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), também vinculada à Seagri, compareceu à tenda da Agricultura para disponibilizar seus serviços à população de Indiaroba. No município, ao longo de sua história, a empresa pública perfurou 48 poços, cinco deles do Programa Água para Todos, executado em Sergipe pela Coderse. Esses vão se somar a mais dois sistemas de abastecimento da segunda etapa do programa, que vão ser instalados nos povoados Pardinho e Gaiofa, em Indiaroba.
“Recentemente, ampliamos seis sistemas de abastecimento (a partir de poços) em comunidades de Indiaroba. Por meio da Coderse, o Governo de Sergipe instalou rede de distribuição residencial, dotadas de novos equipamentos que permitiram chegar mais água até os reservatórios. No ‘Sergipe é aqui’, além de atender demandas de poços e sistemas, trouxemos a maquete do ‘Programa Água Doce’, mostrando o importante trabalho que a Seagri e suas vinculadas fazem no seminário, em 29 localidades e com cinco mil pessoas beneficiadas”, pontuou o presidente da Coderse, Paulo Sobral.
Antecipação marca o fim da obrigação de vacinação no estado
Sergipe está se preparando para um marco histórico no cenário da pecuária: a antecipação da campanha de vacinação contra a febre aftosa para o mês de abril. A campanha, que será realizada pela última vez no estado, representa o fim da obrigação de vacinação, um passo significativo para a consolidação de Sergipe como área livre da doença, sem a necessidade de vacinação.
Por determinação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a campanha não será prorrogada, destacando a importância do cumprimento do calendário estabelecido para garantir a transição suave para o novo status sanitário. Além disso, as lojas agropecuárias estarão proibidas de vender vacinas contra a febre aftosa a partir de 1º de maio, em conformidade com as diretrizes do Mapa para a implementação da suspensão da vacinação.
De acordo com a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), a partir de maio deste ano, Sergipe terá suspensa a obrigatoriedade da vacinação contra a febre aftosa, após atender a todas as exigências estabelecidas pelo Mapa. “Esta conquista é fruto de anos de trabalho árduo e investimentos em sanidade animal, refletindo o compromisso do estado com a excelência na produção agropecuária”, destaca o secretário de Estado da Agricultura, Zeca da Silva.
O secretário destaca que a retirada da vacinação representa um ganho para a agropecuária sergipana, como também abre novas oportunidades no mercado internacional. “Com a exigência de atestados sanitários de ausência da doença por parte de diversos países importadores, a certificação de área livre sem vacinação fortalece a posição de Sergipe como um fornecedor confiável de carne bovina e bubalina”, complementa Zeca da Silva.
A diretora de Defesa Animal e Vegetal da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), Aparecida Andrade, ressalta a importância deste marco. “Esta será a última campanha no estado, mas as responsabilidades pela manutenção do status de área livre da febre aftosa serão dobradas. O agricultor tem um papel fundamental nesse momento, buscando a imunização de seu rebanho e contribuindo para que o estado atinja o índice vacinal acima de 90% de animais entre bovinos e bubalinos”, sintetiza.
O presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos, destaca os benefícios econômicos e operacionais da retirada da vacinação. “Além de eliminar os gastos com a compra de vacinas e a contratação de profissionais para sua aplicação, esta medida simplifica os processos e fortalece a competitividade da pecuária sergipana. Estamos confiantes de que, com o apoio dos produtores e o compromisso de todos os envolvidos, Sergipe continuará avançando rumo a uma produção agropecuária cada vez mais sustentável e próspera”, aponta.
Conforme informações da Emdagro, desde 1996, Sergipe não registra casos de febre aftosa, e durante 23 anos a vacinação foi uma exigência no estado. Com um rebanho atual de aproximadamente um milhão e trezentos mil bovinos e bubalinos, o estado se prepara para esta nova fase, marcada pela autonomia e pela consolidação de sua posição como referência em sanidade animal e qualidade na produção agropecuária.