Missão FIDA avalia resultados do Projeto Dom Távora em Sergipe

Esta semana, o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) realiza mais uma missão a Sergipe para acompanhar os resultados dos investimentos em Negócios Rurais para Pequenos Produtores, feitos em parceria com o governo de Sergipe, através do Projeto Dom Távora

Esta semana, o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) realiza mais uma missão a Sergipe para acompanhar os resultados dos investimentos em Negócios Rurais para Pequenos Produtores, feitos em parceria com o governo de Sergipe, através do Projeto Dom Távora. A missão prevê visitas de campo a projetos nos municípios de Tobias Barreto, Simão Dias, Carira, Brejo Grande, Neópolis e Pacatuba. Em reunião inicial, a equipe da secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) apresentou dados da execução do Programa atualizados neste mês de maio, que apontam para um avanço de 59,3% no percentual de execução financeira e de 32,6% dos planos em finalização. 

Segundo a equipe, além dos resultados econômicos, foram registrados ganhos expressivos a partir do desenvolvimento das ações do Projeto Dom Távora, como a organização documental de associações; o fortalecimento da autonomia das entidades através da atuação de comissões de licitação; o aumento do interesse dos beneficiários pelas capacitações e inovações trazidas pelo projeto; a valorização da atuação das mulheres em diferentes atividades produtivas; a formação de grupos jovens atuantes e interessados em se manter na zona rural e nas atividades agrícolas e não-agrícolas rurais; e a facilitação do acesso dos beneficiários a outras políticas públicas. 

O melhoramento na infraestrutura produtiva foi outro aspecto destacado entre os avanços. “A Missão avaliou que houve um avanço de 298,2 hectares na palma forrageira, 181,9ha no banco de proteínas, além dos abrigos para o manejo adequado das criações (apriscos e aviários), máquinas forrageiras, implementos agrícolas, irrigação, entre outros. Também teve uma melhoria significativa da resiliência na produção das famílias atendidas”, analisou o consultor em negócios rurais do Projeto Dom Távora, Clélio Vilanova.

Para o oficial do Programa para a Divisão da América Latina e Caribe, Leonardo Bichara, o Projeto está em uma fase crucial em Sergipe. “Estamos ansiosos para o trabalho, já que agora estamos na fase de maturidade do projeto. Então, é de extrema importância a parceria do Governo do Estado com o FIDA, para que possamos tomar as próximas decisões que serão vitais para o Projeto, avaliando o que está acontecendo efetivamente com os beneficiários”, pontuou o coordenador da missão.

No atual estágio, o Dom Távora possui 133 planos contratados, sendo 132 em execução, e 5.259 famílias beneficiadas. Também na avaliação do coordenador geral do Projeto Dom Távora em Sergipe, Gismário Nobre, os resultados alcançados têm sido bastante positivos. “Tivemos uma evolução significativa, visto que há uma grande parceira entre os profissionais para o desenvolvimento do Projeto Dom Távora. Esse resultado só demonstra que estamos no caminho certo”. 

O diretor de assistência técnica e extensão rural da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), Esmeraldo Leal, destacou a importância social e econômica do Dom Távora. “É uma satisfação trabalhar com um projeto que está transformando o campo sergipano. Ele é capaz de modificar toda a história do estado, pois o impacto do Dom Távora é visível como um dos projetos mais importantes e estratégicos. A Emdagro está à disposição para fazer o possível para o seu sucesso”, comentou.

Sobre o Dom Távora

O Projeto Dom Távora, cofinanciado pela FIDA, tem por objetivo promover o desenvolvimento de negócios agropecuários e não agropecuários, por meio de financiamento de planos de negócios para associações e cooperativas de agricultores familiares. Contratado em 2013, com investimento previsto de US$ 28 milhões, e contrapartida estadual de US$ 12,3 milhões, o Projeto Dom Távora visa beneficiar 10 mil famílias de pequenos produtores rurais. Ao final, cerca de 40 mil pessoas terão sido atendidas através da implementação de 300 planos de negócios.

O Projeto atua em 15 municípios dos territórios Agreste Central, Centro Sul, Baixo São Francisco e Médio Sertão Sergipano. Entre eles, estão Nossa Senhora Aparecida, Carira e Pinhão (Agreste Central); Tobias Barreto, Poço Verde e Simão Dias (Centro Sul); Graccho Cardoso e Aquidabã (Médio Sertão); e Pacatuba, Brejo Grande, Ilha das Flores, Neópolis, Santana do São Francisco, Japoatã e Canhoba (Baixo São Francisco).

|Fotos: Pritty Reis

Seagri e Embrapa promove dia de campo sobre uso da gliricídia para produção de forragem

A programação faz parte faz do programa de Desenvolvimento de Capacidades do Projeto Dom Távora. Além da orientações técnicas foram distribuídas sementes para produção de mudas da gliricídia.

Com o objetivo é levar orientações e desenvolver capacidades dos produtores sobre o uso de forrageiras como fonte de proteína suplementar para alimentação do rebanho de ovinos e caprinos, foi realizado na última quinta-feira, 9, dia de campo sobre uso da Gliricídia. A capacitação é destinado aos pequenos produtores beneficiários do Projeto Dom Távora. Participaram 72 produtores e produtoras atendidos com projetos de ovinocultura nas localidades Canaã, Pedra de Amolar, Poço das Claras, Curtume, Zumbi dos Palmares e Belo Monte, do município de Tobias Barreto.

O evento é resultado da parceria entre a Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). As orientações técnicas foram ministradas por Cristiane Otto de Sá, pesquisadora da Embrapa Tabuleiros Costeiros, e José Luiz de Sá, pesquisador da Embrapa Semiárido. A organização local da logística e mobilização dos produtores foi feita pelos consultores do Projeto Dom Távora Camila Xavier Costa e Fernando Arimateia Oliveira.

“Estamos trazendo informações sobre a gliricídia, uma planta tolerante a longos períodos de seca como suplementação na alimentação do rebanho de ovinos dessa comunidade. A ideia é que além do milho e da palma que eles já cultivam e usam na alimentação dos animais possam adicionar a gliricídia. Desta forma terão uma importante alimentação rica em energia, proteína, água e fibra”, explicou a pesquisadora Cristiane Otto.

A pesquisadora da Embrapa além de explicar a importância da planta, modos de cultivo e produção de silagem e forragem desidratada, também distribuiu sementes da planta para a experiência inicial. “Os 400 gramas de sementes que estamos distribuindo hoje dá para produzir cerca de 2 mil mudas da gliricídia, quantidade suficiente para plantar 1 hectare dentro do espaçamento 5m x 1,5m. Dentro dessa área , depois de dois anos, é possível colher 6 toneladas por ano”, detalho Cristiane.

O presidente da Associação do Assentamento Canaã, que sediou o dia de campo, João Catarino Nascimento, 72 anos, conhecido como João Branco, disse que a gliricídia vai ajudar a economizar na compra de ração. “O que vi hoje é muito importante porque vai ajudar a matar a fome dos animais no tempo de seca e ajudar na economia da ração. No meu caso, os nove animais que tenho consomem de 40 a 50 quilos de ração por dia. Se não tiver uma palma ou outra forragem não dá para sustentar”, disse o produtor.

A consultora do Projeto Dom Távora, Camila Xavier, explicou que a nutrição dos animais é importante para o tipo de negócio da ovinocultura. “Nesse tipo de negócio os produtores precisam, a cada quatro meses, ter animais em condições de venda para gerar renda e fazer novos investimentos, é para isso que estamos preparando os produtores”, disse a consultora.

Governo inicia primeira etapa da campanha de vacinação contra febre aftosa

Esse ano, os produtores deverão ficar atentos quanto à dosagem da vacina

De primeiro a 31 de maio, o governo de Sergipe dará início à primeira etapa da campanha de vacinação contra a Febre Aftosa. A meta da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe – Emdagro é imunizar mais 1.150.000 bovinos e 980 bubalinos de todas as idades no estado.

Esse ano, os produtores deverão ficar atentos quanto à dosagem da vacina, uma vez que o Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), reduziu a dose de 5ml para 2ml, o que, além de baratear os custos da campanha para o criador, vai causar menos reações nos animais, a exemplo de abscessos.

Segundo a diretora de Defesa e Animal da Emdagro, Salete Dezen, a medida já é um grande avanço rumo à retirada total da vacinação no país até 2021. “Diante da retirada do vírus tipo C, que está ausente na América do Sul, assim como a retirada da substância Saponina, não há necessidade de permanecer com a dosagem de 5ml da vacina”, explicou.

A diretora orienta, ainda, que os produtores não aceitem comprar vacinas com dosagem superior a 2ml. “Os comerciantes que ainda possuem as vacinas com dosagem de 5ml deverão entrar em contato com a Central de Selagem ou procurar a Emdagro ou a Superintendência do Ministério da Agricultura para fazerem o recolhimento dos frascos. O produtor deve ficar atento na hora de adquirir, para não comprar a vacina fora das recomendações”, frisou Salete.

|Fonte: ASN

Governo inicia Distribuição de Sementes com entrega de 180 T de milho a 18 mil famílias

Cerca de 18 mil pequenos produtores rurais de 22 municípios serão contempladas com a entrega de 180 toneladas sementes de milho este ano

Cerca de 18 mil pequenos produtores rurais de 22 municípios serão contempladas com a entrega de 180 toneladas sementes de milho este ano. Na última segunda-feira, 29 de abril, em Nossa Senhora da Glória, o Governo de Sergipe iniciou o Programa de Distribuição de Sementes, resultado de uma parceria firmada entre a secretaria de Estado da Inclusão Social (SEIT), a secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) e a Empresa de Desenvolvimento Agrário de Sergipe (Emdagro), por meio de recursos do Fundo Estadual de Combate à Pobreza. No ato, o governador Belivaldo Chagas sancionou o projeto de Lei de regulamentação das queijarias artesanais, anunciou a segunda etapa do Programa de Melhoramento Genético Inseminação Artificial por Tempo Fixo (IATF) e realizou a entrega das sementes de milho – crioulas e certificadas.

A entrega de sementes de milho representa um investimento de R$ 900.000,00, realizado com recursos do Funcep. Segundo a secretária Lêda Lúcia Couto, as sementes viabilizam maior rentabilidade na produção, gerando renda para os pequenos produtores rurais. “Isso é inclusão social pela renda. Ficamos felizes em poder contribuir com a melhoria de vida de tantas famílias”, pontuou sobre a iniciativa, que beneficia os municípios de Aquidabã, Canindé de São Francisco, Feira Nova, Frei Paulo, Gararu, Gracho Cardoso, Itabi, Monte Alegre de Sergipe, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora de Lourdes, Pedra Mole, Poço Verde, Porto da Folha, Ribeirópolis, São Miguel do Aleixo, Simão Dias, Tobias Barreto, Lagarto, Pinhão e Poço Redondo. 

Segundo o governador, com as sementes em mãos no tempo certo e São Pedro mandando chuva, a safra promete ser farta. “Distribuímos em tempo hábil, basta agora que tenhamos chuvas suficientes para termos uma boa produção. Fiz questão, ainda, de reforçar a questão relacionada à palma. A gente vai criar um programa que vai incrementar a distribuição das sementes de palmas. Afinal de contas, temos uma região que precisa de chuvas, precisa de água. Por isso, vamos formar um banco de sementes de palma, como alternativa, no momento de seca para alimentar o gado”, disse o governador Belivaldo Chagas.

Após a conclusão do processo de licitação, será a vez da entrega das sementes de arroz para 19 mil produtores o Baixo São Francisco, e sementes de palma forrageira para o semiárido sergipano. A sementes de palma forrageira escolhidas são resistentes à cochonilha do carmim e bastante adaptáveis à seca, tornando-se uma alternativa importante para alimentação do gado em períodos de estiagem. A aquisição de insumos, com recursos na ordem de R$ 1.000.000,00, beneficiará 1.300 famílias de agricultores familiares da região. “Principalmente quem é agricultor familiar sabe a importância que essas sementes trazem para o campo. Elas são libertadoras, conseguem dar autonomia ao agricultor familiar. Eles podem fazer o armazenamento destas sementes e utilizá-las no próximo plantio”, disse o secretário de Estado da Agricultura, André Bomfim.

Melhoramento Genético

Na solenidade, Belivaldo anunciou, ainda, a segunda etapa do Projeto de Melhoramento Genético Inseminação Artificial por Tempo Fixo (IATF), que traz como objetivo o melhoramento genético do gado leiteiro de pequenos produtores sergipanos. Em 2018, através de acompanhamento da Emdagro, 92 pequenos produtores dos municípios de Nossa Senhora da Glória, Monte Alegre, Poço Redondo e Canindé do São Francisco foram beneficiados e a previsão é que, neste ano, o projeto amplie a atuação, chegando a 11 municípios do semiárido.

“Temos a necessidade de ampliar o programa de inseminação artificial no gado leiteiro. Nós fizemos no ano passado mais 500 inseminações, o que vai gerar uma boa produção de leite. Portanto, todas essas ações demonstram o nosso olhar voltado ao Sertão, além do que estamos planejando em termos de abastecimento de água, melhorias das rodovias, que atendem a essa região e a Sergipe como um todo”, complementou o governador.

O prefeito de Nossa Senhora da Glória, Chico do Correio, reconheceu a importância dos investimentos realizados. “Só quero agradecer o que o senhor, governador, está fazendo e complementar com essa outra ação que é de extrema importância para nossa região que é a maior produtora de leite do Estado. São mais de 50% do leite produzidos aqui às margens do São Francisco, Porto da Folha, Santa Rosa, Poço Redondo, Monte Alegre e assim sucessivamente”, declarou.

|Com informações de: ASN

|Fotos: Vanessa Passos

Belivaldo sanciona Lei que regulamenta a produção e a comercialização dos queijos artesanais no Estado

O texto atende a um pleito antigo dos produtores de leite e derivados do interior sergipano, que buscam comercializar produtos não só no estado, mas em todo o país

Na tarde desta segunda-feira (29), no município de Nossa Senhora da Glória, sertão sergipano, o governador Belivaldo Chagas assinou o Projeto de Lei que regulamenta a produção e a comercialização dos queijos artesanais (tradicional e inovação) no Estado de Sergipe, um antigo e importante anseio dos produtores de queijo sergipanos.

“Aqui, temos pessoas que gostam de trabalhar, são pessoas que só procuram o Governo quando estão precisando mesmo. Nessa região eles conseguiram desenvolver a maior bacia leiteira de Sergipe, e a gente precisa potencializar tudo isso. A Assembleia Legislativa aprovou e nos sancionamos esse projeto que regulamenta toda a questão relacionada ao queijo artesanal. Afinal de contas, são através dos produtores de queijos, que fazem com que a cadeia produtiva do leite cresça na região”, afirmou Belivaldo Chagas.

A legislação detalha os processos, técnicas, tipos de queijos e demais derivados do leite produzidos artesanalmente, além de estabelecer critérios que asseguram a qualidade e inocuidade dos produtos, e é de autoria do deputado estadual Zezinho Sobral.

“Só quero agradecer o que o senhor, governador, está fazendo com essa ação que é de extrema importância para nossa região que é a maior produtora de leite do Estado. São mais de 50% do leite produzidos aqui às margens do São Francisco, Porto da Folha, Santa Rosa, Poço Redondo, Monte Alegre “, declarou o prefeito de Nossa Senhora da Glória, Chico do Correio. 

Atualmente, Sergipe possui 250 queijarias registradas e, com a regulamentação, o objetivo é fortalecer ainda mais e expandir o mercado. Por isso, a lei trata de diversas recomendações voltadas à higienização, equipamentos e instalações das queijarias, onde são fabricados, maturados e embalados os produtos. A nova legislação também vai exigir certificações aos manipuladores envolvidos no processo de fabricação do derivado do leite.

O produtor de queijos artesanais do municipio de Poço Verde, Arivaldo Barreto, a aprovação do Projeto de Lei que regulamenta as queijarias artesanais de Sergipe é uma vitória da pecuária e da cultura popular sergipana. “Para nós, produtores de queijo, a vigência dessa lei representa uma grande conquista. Com o selo de inspeção do produto municipal ou estadual, só poderíamos vender na própria localidade de origem. Para comercializar em outros estados, era necessária uma inspeção federal, que exigia uma mega estrutura e requisitos de alto custo”, explica o produtor.

Arivaldo, que também é membro da Associação Brasileira de Produtores de Leite (Abraleite), conta que a aprovação da lei é fruto de um trabalho conjunto dos queijeiros do estado de Sergipe, que buscaram autoridades e instituições de pesquisa, como a Universidade Federal de Sergipe (UFS) e o Instituto Federal de Sergipe (IFS) para discutir e mostrar a importância da mudança na legislação.  “De forma unida e coesa, trabalhamos durante um ano e meio discutindo e debatendo a importância de ter uma lei que regulamentasse a produção queijeira. Para nós produtores, não fazia sentido produzir um queijo, como no meu caso, há quatro quilômetros de distância da Bahia e não poder comercializar lá. Outro ponto importante é que, a lei de 2010 só reconhecia como artesanal o queijo coalho, quando na verdade o mercado cresceu e existem outros tipos de produção. No meu empreendimento, por exemplo, produzimos sete tipos de queijo. Então, mostramos às lideranças políticas, ao Governo do Estado, a importância de uma nova legislação para o nosso mercado, que abrangesse e reconhecesse toda a produção”, complementou.

Para a também produtora de queijos do município de Poço Verde, a mestre queijeira Daniela Barreto, a lei representa um marco regulatório para o mercado, além de desmistificar diversos conceitos sobre a produção artesanal. 

“A regulamentação quebra toda aquela ideia de que o queijo artesanal é um queijo feito sem fiscalização, de forma caseira, quando na verdade, não é nada disso. Nós somos fiscalizados assim como acontece em uma grande indústria. A diferença entre o queijo artesanal e o industrial é o processo de produção, a não utilização de conservantes, ou seja, toda uma metodologia diferenciada de estudos pautada na artesanalidade, mas tudo de forma profissional e certificada”, explicou.

|Fonte: ASN

GLÓRIA | Governo entrega sementes de milho, sanciona Lei das Queijarias e anuncia ações nesta segunda

Nesta segunda-feira, 29 de abril, o governador Belivaldo Chagas estará no município de Nossa Senhora da Glória, para anunciar uma série de ações pelo desenvolvimento agropecuário, entre as quais está o lançamento do Programa de Distribuição de Sementes 2019.

Nesta segunda-feira, 29 de abril, o governador Belivaldo Chagas estará no município de Nossa Senhora da Glória, para anunciar uma série de ações pelo desenvolvimento agropecuário, entre as quais está o lançamento do Programa de Distribuição de Sementes 2019. A partir das 15h, na Praça Filemon Bezerra Lemos (em frente à Prefeitura), serão entregues 180 toneladas sementes de milho, sendo 150 de milho certificado e 30 da variedade crioula das cultivares Batoque, Cateto, Papo de Peru, Pé de Boi, Ribeirão, Taquaral, Eldorado e Caiano.

A aquisição representa um investimento de cerca de R$ 900.000,00, fruto de convênio firmado entre a Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) e a Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência Social e do Trabalho (Seit), com execução da Emdagro. Serão beneficiadas 18 mil famílias de agricultores familiares em situação de vulnerabilidade social e econômica com inscrição no NIS (Número de Inscrição Social), recebendo, cada uma, 10 kg de sementes. Os municípios contemplados serão, prioritariamente, os 22 que aderiram ao Programa Garantia Safra, do Governo Federal, situados entre o semiárido e o sertão ocidental.

No ato, o governador também irá anunciar o investimento de R$ 690.000,00 na aquisição de 300 toneladas de sementes de arroz para 19 mil famílias de agricultores familiares do Baixo São Francisco; e de mais R$ 1.000.000,00 em sementes de palma forrageira, visando à reserva e multiplicação estratégica de alimento bovino leiteiro no Alto Sertão. Serão entregues insumos e sementes da variedade Orelha de Elefante Mexicana, resistente à cochonilha do carmim e à seca. “É uma variedade de palma que se adapta muito bem ao calor e tem grande utilidade para amenizar as dificuldades alimentares dos rebanhos em períodos de estiagem. Sensíveis à situação dos criadores, decidimos, portanto, ampliar o programa de distribuição de sementes, no qual iremos investir cerca de R$ 2,6 milhões este ano”, disse o governador Belivaldo Chagas.

Melhoramento Genético

Através de convênio entre a Seagri e o Banese, o governo do Estado também anunciará a segunda etapa do Programa de Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), que busca o melhoramento genético do gado leiteiro de pequenos produtores sergipanos. Com acompanhamento da Emdagro, em 2018, o programa viabilizou a inseminação de 475 vacas com sêmen de animais de alta linhagem das raças Holandesas, Girolando e Gir Leiteiro, beneficiando 92 pequenos criadores dos municípios de Glória, Monte Alegre, Poço Redondo e Canindé de São Francisco. 

Segundo o secretário de Estado da Agricultura, André Bomfim, a ideia é que, nesta segunda etapa, o programa amplie o número de animais a serem inseminados, de produtores e de municípios beneficiados. “O primeiro convênio abrangeu quatro municípios. Agora, pretendemos atender os 10 municípios maiores produtores de leite do semiárido, ampliando o número de beneficiários e o critério de identificação, para que possam participar criadores que tenham a partir de 05 vacas em lactação – não mais 10, como era antes. Serão atendidos, prioritariamente, os produtores beneficiários de outros programas, como o Dom Távora, o Dom Helder e o Garantia-Safra, integrando as políticas e fechando o ciclo de benefícios complementares”, revela o gestor.

Queijarias

Ainda em Glória, o governador Belivaldo Chagas sancionará o Projeto de Lei que regulamenta a produção e a comercialização dos queijos artesanais (tradicional e inovação) em Sergipe. De autoria conjunta do deputado Zezinho Sobral, técnicos da Emdagro, Sebrae, da Universidade Federal de Sergipe (UFS), do Instituto Federal de Sergipe (IFS) e de queijeiros sergipanos, o projeto foi aprovado na Assembleia Legislativa de Sergipe no último dia 17.

O texto detalha os processos, técnicas, tipos de queijos e demais derivados do leite produzidos artesanalmente, além de estabelecer critérios que asseguram a qualidade e inocuidade dos produtos. Segundo o presidente da Emdagro, Jefferson Feitosa, Sergipe tem 250 queijarias que, com a regulamentação da produção artesanal, poderão fortalecer e expandir a comercialização para o mercado sergipano e nacional, para que o homem do campo tenha seu trabalho reconhecido e para que o processo de regularização das queijarias seja menos oneroso e mais simples.

“A Emdagro vem atuando nessa frente há cerca de 10 anos, mapeando esses pequenos empreendimentos, que são de fundamental importância para o escoamento da produção leiteira do Alto Sertão. O trabalho vem sendo realizado junto aos queijeiros, para conscientizá-los sobre a necessidade de regularização e orientar todo o processo para aquisição de licenças e adequação das estruturas. Esse projeto de Lei tem, portanto, fundamental importância”, defende Jefferson Feitosa, presidente da Emdagro.

Assentados do Crédito Fundiário produzem camarão em São Cristóvão

Pesca em apenas um tanque rendeu 600 kg de camarão e renda de R$ 9 mil para produtor rural

Agricultores familiares do município São Cristóvão atendidos pelo Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNFC) encontraram na produção de camarão um negócio rentável. A pesca feita em apenas um tanque, no lote do produtor José Bonfim Araújo, rendeu 600 quilos de camarão na última terça-feira (16). Vendida a R$ 15 o quilo, a produção gerou uma renda de R$ 9 mil para a família de seu José. Se mantiver este resultado, ao final do ano, com dois tanques produzindo a cada 70 dias, ele terá conquistado uma renda de R$ 90 mil.

“Eles deixaram de ser agricultores sem-terra e passaram a ser empreendedores”, avalia o coordenador da unidade técnica do Crédito Fundiário em Sergipe, Alceu Oliveira Diniz. Ainda segundo ele, em São Cristóvão, o programa permitiu o acesso à terra a 39 famílias, distribuídas nas propriedades Bom Jesus, São Francisco e Novo Horizonte, todas no povoado Colônia. “Foram investidos, nas três propriedades, R$ 1,8 milhão – sendo R$ 1,3 milhão para a compra da terra (583 ha) e R$ 538 mil para investimentos comunitários, como a construção de estradas, sistema de abastecimento de água, limpeza e cercamento dos lotes”, detalhou Alceu.

O coordenador da unidade técnica, vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), disse que os produtores de São Cristóvão têm um diferencial porque são os únicos beneficiários deste programa público de acesso à terra em Sergipe que trabalham com a carcinicultura. “Nem todos estão na atividade do camarão. Outros seguiram como agricultores e pecuaristas, que é a vocação da maioria de nossos beneficiários no estado”, acrescentou.

Na propriedade Novo Horizonte, o produtor José Bonfim Araújo, 33 anos, fala em mudança de vida. “Eu e muitos aqui trabalhávamos como diaristas, arrendando um pedaço de terra, trabalhando como caseiros. Hoje, graças a Deus, estamos trabalhando em nossa própria terra. No meu caso, batalhando com o camarão, que tem rendido bem e tem me dado condições de dar uma vida melhor para a minha família”, revelou o produtor, satisfeito.

José Araújo explica que tem dois tanques de cem por cento e cinquenta metros, que funcionam por gravidade, com as águas da maré do Rio Vaza-Barris. Ele tira, em média, 600 quilos do pescado a cada ciclo de 70 dias. O quilo do camarão é vendido, o ano inteiro, ao preço que varia entre R$ 15 e R$ 18 para o atravessador, que revende nas feiras livres e mercados da grande Aracaju. “Esse é um tipo de produção que envolve muita gente e gera renda para outras pessoas, como os que trabalham na construção dos tanques, na manutenção na segurança, na pesca e venda do camarão”, acrescenta o produtor.

A carcinicultura em Sergipe

De acordo com o presidente da Associação dos Produtores de Camarão de São Cristóvão, Sandro Monteiro dos Santos, Sergipe está entre os maiores produtores do Nordeste. A produção abrange os municípios banhados pelas marés e pelo Rio São Francisco, como é o caso de Brejo Grande, maior produtor estadual, responsável pela metade de tudo que é produzido. “Mas outros municípios vêm se destacando como São Cristóvão, Socorro, Estância, Indiaroba, Santa Luzia. A cadeia produtiva do camarão tem, hoje, um papel importante, porque envolve o comércio de larvas, de ração, além dos produtores e comerciantes deste pescado”, explicou.

Segundo ele, em São Cristóvão há cerca de 70 produtores de camarão, cuja produção média mensal é de 30 toneladas, conforme estimativa da associação. Sandro avalia que a produção de camarão em Sergipe é predominantemente familiar. “Esse é o nosso diferencial em relação a outros estados do Nordeste. Aqui, temos 95% de produtores familiares e apenas 5% de grandes produtores. E é uma produção que tem relação direta com pequenos comerciantes, e consumo básico voltado para receitas da culinária caseira. Prova disso é que o camarão mais produzido e vendido aqui tem entre 8 e 12 gramas (da espécie vannamei, também conhecida como camarão-branco-do-pacífico). É o que a maioria da população tem condições financeiras de consumir”, analisa. 

Crédito Fundiário

Possibilitando o acesso à terra e aos investimentos básicos e produtivos para agricultores familiares, o Programa Nacional de Crédito Fundiário é executado em Sergipe pela Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), em parceria com o Governo Federal. Visando à estruturação dos imóveis rurais, desde 2003, o programa investiu R$ 79,35 milhões, beneficiando 2.257 famílias sergipanas. Nos últimos cinco meses, foram adquiridas seis novas propriedades, beneficiando 45 famílias, através de um investimento equivalente a R$ 3,29 milhões, dos quais R$ 2,1 milhões foram para a compra da terra e R$ 1 milhão para investimentos iniciais para a produção.

Para o secretário da Agricultura, André Bomfim, o programa possibilita autonomia e descentralização do processo de aquisição de imóveis rurais. “É uma das parcerias exitosas entre o governo Federal e o governo Estadual para acesso à terra; complementar ao Programa de Reforma Agrária. Entendemos esse programa como central, porque a garantia do acesso à terra conduz à consolidação da agricultura familiar, estimulando a geração de emprego e renda no campo e contribuindo para a diminuição da pobreza rural nos municípios. Quando vemos casos de sucesso como o do seu José, percebemos o quanto o programa faz a diferença na vida dessas famílias”, concluiu André.

Governo investe mais R$ 2,5 MI em abastecimento de água para 2 mil famílias sergipanas

Ministério do Desenvolvimento Regional libera recursos para segunda fase do Programa Águas para Todos, a pedido da Seagri. O Programa já levou água potável para 6.300 pessoas, em 37 localidades de 18 municípios sergipanos

Após alinhamento com o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), o Governo de Sergipe recebeu liberação de cerca de R$ 2,5 milhões para investir em ações de implantação, recuperação e ampliação de sistemas simplificados de abastecimento de água. O recurso foi liberado para continuação do programa ‘Água para Todos’, executado pela Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), através da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro).

Na primeira fase do programa, 36 sistemas simplificados foram implantados; e os novos recursos devem viabilizar a instalação de mais 20 sistemas, para atender cerca de 2 mil famílias. Com a liberação destes R$ 2.482.574,77, o MDR ultrapassa os R$ 5 milhões aportados no programa em Sergipe. O valor total do convênio, contudo, é de R$ 14,4 milhões, ficando R$ cerca de 8,6 milhões para as próximas fases do programa. O governo do Estado já aportou o valor total de contrapartida, equivalente a R$ 720 mil.

O secretário de Estado da Agricultura, André Bomfim, atribui a liberação dos recursos à aproximação inicial feita pelo governo do Estado com a nova gestão do governo Federal. “No começo de fevereiro, fizemos visitas a vários ministérios, levando pautas de Sergipe. Um desses encontros foi com o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento Regional, Antônio Carlos Futuro, a quem pedimos celeridade na continuidade do convênio para a construção de sistemas de abastecimento. Recebemos com felicidade a resposta da secretária Nacional de Desenvolvimento Regional e Urbano do MDR, Adriana Melo Alves, que nos oficiou liberando os rendimentos para continuarmos atendendo a demanda da população do campo”, pontuou o gestor.

No documento assinado pela secretária, o MDR reconhece a regularidade no uso dos recursos empregados pelo Governo do Estado na primeira etapa do ‘programa, e a necessidade de continuidade das ações como justificativa par liberação do recurso. “Considerando que já houve apresentação de relatório de execução para análise e liberação da segunda parcela dos recursos e que a liberação orçamentária e financeira ocorre de acordo com a disponibilidade de recursos (…) e que o ente informa que tal solicitação é necessária para continuidade da execução do Programa, sugerimos o acolhimento do pleito para utilização dos recursos de rendimento do termo de compromisso”, diz o documento.

A primeira fase do Água Para Todos foi concluída em 2018 e atendeu a 37 localidades rurais em 18 municípios sergipanos. Com a distribuição de água de qualidade, bombeada de poços profundos, mais de 6.300 pessoas foram beneficiadas, a partir de um investimento de mais de R$ 4,3 milhões. O Diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral, explica os próximos passos para a execução dos sistemas de abastecimento.

“Além da viabilidade técnica para a perfuração de um poço profundo, deverão ser atendidas as localidades rurais distantes das redes convencionais de distribuição de água e que estejam enquadradas como comunidades carentes, pelos critérios de desenvolvimento humano do programa. Após um recenseamento socioeconômico, partimos para a perfuração. Tendo um poço apto para o fornecimento mínimo de água para cada um dos habitantes, partimos para a instalação de bomba, tubulações e reservatório de alta capacidade”, explica Sobral.

Governo cria Fórum Permanente da Agricultura Sergipana

Objetivo do fórum é integrar segmentos das diferentes cadeias produtivas e somar esforços pelo desenvolvimento do setor

Para promover a integração e a união de esforços entre todos os segmentos que compõem as diferentes cadeias produtivas do setor agropecuário, o governo de Sergipe criou o Fórum Permanente da Agricultura Sergipana. Através do decreto 40.308, publicado no Diário Oficial do Estado na última semana de março, o governador Belivaldo Chagas cria uma instância permanente de diálogo entre os diversos atores que contribuem para o setor, incluindo entidades representativas de trabalhadores rurais, federações e associações de produtores, instituições de ensino e pesquisa.

Com um caráter propositivo e consultivo, o colegiado estará sob a coordenação da Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), que tem a missão de mobilizar e envolver as 34 instituições indicadas no decreto. Para o secretário André Bomfim, o Fórum fortalecerá as políticas públicas estaduais e federais de incentivo à agropecuária em Sergipe. “A secretaria entende que esse espaço ampliado de diálogo vai estreitar relações com todos os setores produtivos. Essa somação de esforços é fundamental para o desenvolvimento da agricultura do Estado, a partir do conhecimento das demandas específicas de cada grupo. Dessa forma, acreditamos que será possível direcionar políticas públicas mais efetivas para superar os gargalos existentes”, destacou o gestor.

Segundo o decreto, as principais atribuições do Fórum são: promover a integração entre todos os segmentos da agricultura representados por órgãos e entidades públicas e organizações e entidade civil, incluindo o âmbito federal; discutir as demandas e pautas das representações da agricultura no Estado, no sentido de propor a elaboração de programas, projetos e ações pelo Poder Executivo Estadual no segmento agrícola; e, buscar a convergência de esforços de todos os envolvidos na implementação de programas, projetos e ações no segmento agropecuário, levando em consideração os interesses de todas as cadeias produtivas.

Na avaliação do presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Sergipe (Faese), Ivan Sobral, com esse passo, todos serão beneficiados. “A criação do Fórum é uma atitude acertada do governador, visto que vai ser um importante ambiente de discussão entre as entidades que fazem parte do setor. Então, ganha muito o Estado de Sergipe e ganha muito o agronegócio sergipano”, pontuou. Ele afirma que, com esse ato o governador atende aos anseios dos produtores rurais. “Entregamos ao governador um trabalho elaborado por técnicos da casa, juntamente com produtores rurais de diversas regiões do estado, no qual constavam propostas para o agro sergipano, dentre as quais estava a criação do Fórum. Então, sem dúvida, é muito importante para o estado ter esse ambiente de discussão. Torcermos que apareçam vários resultados positivos”, disse Sobral.

A Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetase) também faz parte do Fórum. O presidente, Antônio Oliveira, aprova a iniciativa. “O fórum promete trazer melhorias diversas, porque não é só para o setor patronal nem só para o trabalhador rural. Estaremos juntos enriquecendo o debate para o que for melhor para todos – pequenos, grandes pecuaristas e agricultores”, comentou. Sobre os próximos passos, o secretário André Bomfim afirma estar encaminhando, para cada instituição envolvida no Fórum, solicitação de indicação titular e do suplente para compor o colegiado. O secretário prevê que, já no mês de maio, inicie-se a elaboração conjunta do regimento interno, para dar prosseguimento aos objetivos do Fórum.

Marcelo Fernandes, chefe-geral interino da Embrapa Tabuleiros Costeiros [também integrante do Fórum], lembra que uma parte importante da missão da empresa é a articulação com parceiros estaduais visando à construção de políticas públicas para o desenvolvimento agropecuário. “No âmbito do Fórum, a Embrapa continuará se empenhando na geração e transferência de tecnologias sustentáveis, capacitação de assistentes e produtores, realização de estudos e mapeamentos das cadeias produtivas e atuação de pesquisadores locais e de outras Unidades no atendimento às demandas por soluções e no fortalecimento dos programas estaduais, com foco no desenvolvimento e resultados de maior impacto na geração de riqueza e melhoria da qualidade de vida no campo”, pontuou.

De acordo com o presidente da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Sergipe, Fernando Andrade, a entidade pretende contribuir de forma decisiva para o enriquecimento do nível técnico dos debates, em sintonia com os seus objetivos e prerrogativas. “Entendemos que o Fórum Permanente da Agricultura foi instituído em boa hora, de modo a oportunizar o debate das ações para o segmento agropecuário no estado. A AEASE, tendo assento como legítima representante dos engenheiros agrônomos, deseja contribuir com a construção de uma pauta futura de ações de política agrícola e agrária, com foco na defesa dos interesses da agricultura e dos agricultores de Sergipe”, destacou o presidente.

Na perspectiva do superintendente substituto do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) em Sergipe, André Barreto Pereira, a partir da atividade do Fórum, novos cenários serão abertas para o setor agropecuário do Estado. “Parabenizamos ao Governo, através da Secretaria da Agricultura, por essa iniciativa que muito contribuirá na implementação dos Programas do Ministério da Agricultura em parceria com o governo estadual, e com o aval da sociedade civil. Muitas políticas federais precisam chegar à população e esse fórum, com certeza, terá um papel primordial neste sentido”, defende.

Governos estadual e federal alinham ações para a agricultura sergipana

Entre as ações está um programa que envolve os jovens do campo e atividades em residências agrícolas, que o governo Federal deve lançar ainda este mês

Após a visita da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, um novo alinhamento foi possível entre o governo do Estado e o governo Federal. A convite do secretário de Estado da Agricultura, André Bomfim, o secretário adjunto da Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, Ewerton Giovanni, esteve em Sergipe, e trouxe informações sobre planos do governo Federal para o Nordeste, e ações específicas que podem beneficiar o estado. Entre elas, está um programa que envolve os jovens do campo e atividades em residências agrícolas, que o governo Federal deve lançar ainda este mês. 

Segundo o secretário Ewerton Giovanni, o programa será destinado a jovens recém-formados nas ciências agrárias. Eles concorrerão a uma bolsa, a ser concedida pelo MAPA por tempo determinado, para que possam fazer uma troca de experiências com áreas já consolidadas das cadeias produtivas. “Faremos um alinhamento com a UFS e o Senar [Serviço Nacional de Aprendizagem Rural] para levantar possíveis parceiros para receber esses jovens. A ideia do MAPA é que eles saiam da residência agrícola com maior capacidade de prestar assessoria técnica; ao mesmo tempo em que os conhecimentos por eles adquiridos na academia sejam utilizados para fortalecer as cadeias produtivas em Sergipe”, explicou o secretário da Agricultura, André Bomfim.  

A Seagri também irá buscar parcerias para fazer um estudo, visando à elaboração de um Plano de Desenvolvimento para o Alto Sertão. “O MAPA selecionou oito áreas do país como prioridade e, entre elas, está o Alto Sertão sergipano. Iremos, portanto, fazer um levantamento de todas as cadeias produtivas, especificando necessidades e principais entraves, para subsidiar o Ministério da Agricultura no direcionamento de ações para atender demandas da região”, disse o gestor. 

Ainda segundo informado pelo secretário adjunto da Agricultura Familiar, o Ministério possui uma meta ligada à Bioeconomia, que é uma economia sustentável, preocupada com o consumo consciente em equilíbrio com o meio ambiente, e focada na utilização de recursos de base biológica, recicláveis e renováveis. Um mercado que se preocupa com o desenvolvimento de soluções para a saúde humana, a segurança hídrica, energética e alimentar, químicos renováveis, aumento da produtividade agropecuária e energética.

Dentro dessa perspectiva, o MAPA irá desenvolver programas voltados para o fortalecimento das iniciativas que têm por base culturas típicas de cada região. “Considerando a proposta, vislumbramos que nela se encaixa o trabalho das Catadoras de Mangaba, com os usos potenciais do fruto e os seus subprodutos. Vamos fazer uma apresentação e levá-las a Brasília, para acessar essa ação do MAPA”, afirmou o secretário de Estado da Agricultura André Bomfim.

Também foi informado pelo secretário Ewerton Giovanni ao gestor estadual, que está prevista uma ação que irá proporcionar, aos municípios sergipanos com até 10 mil habitantes, assistência técnica especializada através de consultores contratados pelo MAPA. “O Ministério irá garantir a infraestrutura para que as secretarias municipais de Agricultura possam fazer uma assistência técnica de maior qualidade, facilitando a vida do produtor rural e qualificando o seu cultivar. Ficamos entusiasmados com as ações que nos foram informadas e vamos tomar todas as providências para intermediar a chegada do máximo possível de programas e recursos, que possam auxiliar o desenvolvimento da Agricultura sergipana”, concluiu o secretário André Bomfim.

Governo

Última atualização: 8 de abril de 2019 13:29.

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