DOM TÁVORA| Sergipanos participam de Encontro de Jovens Rurais no Piauí

O evento é uma iniciativa do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) para estimular e promover ações de fortalecimento da juventude rural

O Projeto Dom Távora enviou uma delegação com 35 sergipanos para participar do II Encontro de Jovens Rurais do Semiárido Brasileiro, que acontece entre 05 e 08 de abril, em Picos (Piauí), tendo como tema “Os novos Desafios da Sucessão Rural para a Juventude do Semiárido Brasileiro”. O evento é uma iniciativa do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) para estimular e promover ações de fortalecimento da juventude rural. Em Sergipe, o FIDA apoia a implementação e desenvolvimento de negócios rurais para agricultoras e agricultores familiares, em parceria com o governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri).

Segundo o coordenador de Desenvolvimento de Capacidades do Projeto Dom Távora, Manoel Messias de Menezes, que acompanha a delegação, o encontro de jovens rurais do Piauí deve reunir cerca de 400 jovens e fomentar as pautas das juventudes do campo, realizando um intercâmbio plural. A ideia é proporcionar o acesso às novas estratégias de convivência e permanência no semiárido brasileiro, ampliando a participação juvenil no processo de construção e monitoramento das políticas públicas.

Messias destacou, ainda, que a participação dos jovens sergipanos vai além do papel de ouvintes nas oficinas e palestras. “Eles estão levando os produtos artesanais produzidos por suas comunidades para uma exposição, apresentarão relatos das experiências, e manifestações culturais de várias regiões de Sergipe. Vamos fazer uma exposição do artesanato resultante do trabalho desses jovens, como por exemplo o da comunidade Nova Brasília, em Tobias Barreto; do Povoado Gavião, em Graccho Cardoso; da comunidade Passagem em Neópolis; e do assentamento José Félix, em Aquidabã. São 25 jovens de nosso estado que participam em grande estilo”, garantiu o represente do Projeto Dom Távora.

Além desses municípios, compõem a delegação, jovens de Simão Dias, Graccho Cardoso, Ilha das Flores, Poço Verde, Canhoba, Pacatuba, Carira, Nossa Senhora Aparecida e Brejo Grande; além de três técnicos da Seagri e do Projeto Dom Távora; e sete jovens indicados pelo departamento de Juventude da Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc). Também integram a delegação, representantes de movimentos de trabalhadores rurais que se relacionam com as atividades comunitárias, como a Pastoral da Juventude Rural, a Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura (Fetase), o Movimento dos Trabalhadores Rurais (MST) e o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA).

Um dos pontos altos do encontro é a palestra ministrada por Leonardo Boff, que discorrerá sobre o tema central do encontro: “Os novos desafios da sucessão rural para a juventude do semiárido brasileiro”. Até domingo, 7 de abril, o encontro abordará seis eixos temáticos, que visam favorecer o diálogo entre a juventude trabalhadora, os jovens sem ocupação e a sociedade civil organizada.

Entre eles, economia solidária e desenvolvimento sustentável: alternativas de trabalho para a juventude rural; conservação e convivência com meio ambiente na perspectiva agroecológica no semiárido; o movimento cultural e as novas tecnologias: educomunicação contextualizada; Plano Nacional de Juventude e sucessão rural: os novos rumos da política pública de Juventude do Campo; relações de gênero e diversidade sexual; e povos e comunidades tradicionais.

Texto: Ednilson Barbosa

Governo amplia programa de distribuição de sementes para atender o Alto Sertão

Este ano, o governo do Estado irá ampliar o programa de aquisição de sementes.

Este ano, o governo do Estado irá ampliar o programa de aquisição de sementes. Além de sementes crioulas e certificadas de milho para o semiárido; e de sementes de arroz para produtores do Baixo São Francisco; serão entregues sementes de palma forrageira a criadores do Alto Sertão sergipano, para reserva e multiplicação estratégica de alimento bovino leiteiro. A informação foi dada pelo secretário de Estado da Agricultura, André Bomfim.

De acordo com o secretário, este ano, serão investidos cerca de R$ 2,5 milhões na aquisição de sementes para pequenos produtores das três regiões, através do programa executado pela Seagri, em parceria com a secretaria de Estado da Inclusão, Assistência Social e do Trabalho (Seit) e a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro). “É um programa de fundamental importância, especialmente para o pequeno produtor rural, o agricultor familiar. A nossa expectativa é realizar a entrega das sementes de milho e arroz ainda neste mês de abril”, revelou.

Ainda segundo o secretário de Estado da Agricultura, a distribuição das sementes de palma forrageira foi uma determinação do governador Belivaldo Chagas. “Sensível às dificuldades dos produtores rurais, o governador determinou o investimento de R$ 1 milhão em sementes de palma forrageira. Como é uma cultura que se adapta muito bem ao calor, tem grande utilidade para amenizar as dificuldades alimentares dos rebanhos em períodos de estiagem no Alto Sertão. Entregaremos a variedade resistente à cochonilha do carmim [praga que ataca os palmais]. A Emdagro, inclusive, vem buscando parcerias para transferência de tecnologia, visando à produção de mudas dessa variedade aqui mesmo em Sergipe, na nossa Biofábrica”, destacou André Bomfim.

Conforme informa o gestor, estão sendo licitadas 150 toneladas de sementes de milho certificadas, 30 toneladas de sementes crioulas de milho, e 300 toneladas de sementes de arroz. “Além de R$ 1 milhão investido na aquisição de sementes de palma; estamos investindo R$ 900 mil em sementes de milho e R$ 690 mil no arroz, totalizando quase R$ 2,6 milhões”, detalhou André.

Por denominação, as sementes crioulas são variedades desenvolvidas, adaptadas ou produzidas por agricultores familiares, assentados da reforma agrária, quilombolas ou indígenas, com características bem determinadas e reconhecidas pelas respectivas comunidades. Passadas de geração em geração, elas são preservadas em bancos de sementes e guardam a riqueza natural das nossas terras. Já a certificação de sementes é o processo que busca a sua produção mediante o controle de qualidade em todas as etapas, oferecendo segurança de plantar a variedade planejada, sem riscos de infestações e com a obtenção dos benefícios gerados pelo melhoramento genético.

Balanço

Em um breve balanço dos seus primeiros 60 dias de gestão, André ressaltou alguns pontos principais, como o diálogo com pequenos, médios e grandes produtores; e o estabelecimento de parcerias com instituições que possam se somar à Seagri na oferta de assistência técnica rural para capacitar os produtores, possibilitando que elevem os seus índices de produtividade. “A Universidade Federal de Sergipe tem nos procurado e firmamos um termo de cooperação com essa finalidade. UFS, Embrapa, IFS e Seagri firmaram mais uma cooperação, para a realização em Sergipe [em novembro próximo] do primeiro Congresso Nacional de Agroecologia – tema também muito pautado pelo governador Belivaldo Chagas. Esperamos um público superior a 5 mil pessoas”, disse.

O secretário também avaliou como exitosa a visita a Sergipe da ministra da Agricultura Tereza Cristina, na última semana. “Pudemos alinhar parcerias e ficamos felizes em saber que, para o governo Federal, o produtor precisa de crédito e assistência técnica no dia a dia, sendo que o acesso ao crédito depende também de ações de regularização fundiária. Aproveitamos a visita que fizemos juntos ao Alto Sertão, para entregar à ministra um documento, contendo 14 demandas do Estado de Sergipe ao MAPA. Entre elas, o pleito de liberação dos quase R$ 9 milhões que falta o MAPA descentralizar para a conclusão do Terminal Pesqueiro de Aracaju. A ministra se comprometeu a fazer uma análise detalhada da situação e informar à Seagri a adoção de medidas, visando sanar este impasse”, pontuou Bomfim.

Projeto Dom Távora capacita pequenos criadores de ovinos em manejo sanitário

Participaram da capacitação 25 beneficiários dos municípios e Aquidabã e Graccho Cardoso.

Produtores de ovinos do médio sertão sergipano, atendidos pelo Projeto Dom Távora, estão recebendo orientações sobre manejo sanitário do rebanho. As instruções fazem parte do projeto e são consideradas fundamentais para a sustentabilidade da produção. Na última semana, as capacitações aconteceram em Aquidabã, no Assentamento Campo Belo, e em Graccho Cardoso, na comunidade de Queimadas; ministradas pelo veterinário da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro), Marcos Franco.

Segundo a unidade técnica do Dom Távora em Aquidabã, participaram da capacitação 25 beneficiários das comunidades Curralinho, Jurema, Alagoinha, Lagoa da Várzea e Assentamentos Campo Belo e Queimandas. “As orientações sanitárias de rebanho ovino envolvem temas como manejo de recém-nascidos, doenças, casqueamento, controle de verminoses, calendário de vacinação, entre outros. Há um momento teórico pela manhã e outro prático, no local de realização do evento”, explicou o veterinário Marcos Franco.

A produtora rural Maria Souza, de Aquidabã, ficou satisfeita com o aprendizado. “Nós temos a vivência de criar, mas tem doenças dos animais que a gente não sabe como cuidar e, agora, começamos a entender. Esse é um conhecimento a mais que agora a gente tem”, afirmou Maria. 

De acordo com o coordenador geral do Dom Távora, Gismário Nobre, de 2017 até agora, o projeto já entregou para os pequenos produtores sergipanos mais de 15 mil animais, entre caprinos e ovinos. “É uma ação de fortalecimento dessa cadeia produtiva importante, realizada pelo Estado em parceria com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), com o objetivo de superar a pobreza no campo. Mas não basta entregar os animais, é preciso preparar os produtores com capacitação e dar as condições de sustentabilidade sanitária, hídrica e de alimentação. É isso que o Dom Távora está fazendo”, assegura o coordenador.

O técnico da unidade da Emdagro em Aquidabã, Cícero Querino, responsável local pelo acompanhamento do projeto, disse que a orientação é continuada e que os técnicos estão à disposição dos produtores para ajudar, à medida que as dúvidas forem aparecendo. Segundo ele, nesta primeira etapa, foram capacitadas as comunidades apoiadas pelas organizações não governamentais Renascer, Sociedade Cooperativa São Jorge, e outras 15 associações.

BAIXO SÃO FRANCISCO | Jovens de Pacatuba aliam preservação ambiental e geração de renda

Com o apoio do Dom Távora, jovens ampliam produção de mudas de espécies florestais nativas da Mata Atlântica, frutíferas e hortaliças orgânicas da região.

Com viés socioambiental e apoio do Projeto Dom Távora, uma atividade produtiva diferenciada reúne jovens no povoado Ponta de Areias, no município de Pacatuba. Aliando preservação de ambiental geração de renda, a Associação dos Produtores de Orgânicos da localidade (APOP) busca criar condições para a permanência dos jovens, com trabalho e renda, na própria comunidade onde nasceram. Para tanto, utilizam como mote a preservação do meio ambiente, das árvores nativas da região e a recuperação de áreas degradadas. Desde 2018, eles vêm recebendo apoio financeiro do governo de Sergipe para ampliar e intensificar ainda mais a produção de mudas de espécies florestais nativas da Mata Atlântica, além de frutíferas e hortaliças orgânicas da região do Baixo São Francisco.

“Hoje temos um estoque de 9 mil mudas de plantas nativas e frutíferas, que está em processo de pré-venda para um projeto de recuperação ambiental aqui em Sergipe. Nossa produção anual é de 15 mil mudas, mas temos capacidade para produzir 30 mil. Já produzimos para projetos ambientais importantes como ‘Frutos da Floresta’ e ‘Águas do São Francisco’, recebemos visitas de alunos da rede públicas de ensino e damos palestras sobre preservação ambiental nas escolas do município. Queremos ser referência nesse trabalho, para levar adiante nossos objetivos e o nome de nossa comunidade”, destacou o presidente da associação, José Jadson Pinheiro.

Jadson explica que o manejo na produção de mudas vai desde a coleta até a comercialização. “A gente mesmo é quem faz a coleta das sementes na região, depois partimos para a secagem, armazenamento, beneficiamento – aqui existem várias técnicas de estimular a germinação, como o escareamento e a dormência da semente. Depois, concluímos com o semeio e o cultivo. Depois vendemos para alguns projetos e compartilhamos os recursos entre os associados – nem todos porque alguns são voluntários. Deixamos, ainda, uma parte para manter a associação”, conta ele.

Apoio do Dom Távora

Em 2017, os jovens apresentaram pedido de apoio ao Projeto Dom Távora. A proposta foi aprovada e, no ano seguinte, passou a receber recursos para produzir mudas florestais e frutíferas em viveiro telado de modo intensivo, para atender potenciais demandas de recuperação de matas ciliares e áreas de reserva legal. O projeto inscrito visa, também, viabilizar a produção de sementes e mudas de hortaliças orgânicas para atender à demanda dos associados e da própria comunidade.

“A primeira parcela já foi liberada e aplicada na ampliação do espaço de produção, construção do novo viveiro e compra de máquinas e equipamentos, como forrageira, pulverizador e sistema de irrigação. Na medida em que forem investindo e prestando contas, liberaremos outras parcelas”, explicou o secretário de estado da Agricultura, André Bomfim, durante a visita que fez ao empreendimento, no início desta semana.

O secretário avalia o trabalho dos jovens de Pacatuba como admirável, e considera que ele caminha para alcançar o resultado esperado no Projeto Dom Távora, fruto de parceria firmada entre o Estado de Sergipe o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA). “Essa iniciativa é justamente o que a gente busca nessa parceria com o FIDA. São R$ 80 milhões que estamos investindo em 15 municípios e estamos podendo ver de perto o trabalho que vem sendo efetuado por essas 14 famílias do povoado Ponta de Areias. O projeto é realizado pelos jovens, um de nossos públicos prioritários, agrega importante valor socioambiental e tem viabilidade de geração de renda. É gratificante ver tudo isso acontecendo”, pontuou o secretário André Bomfim.

O beneficiário e presidente da associação enfatiza a importância dos recursos do Dom Távora para o Projeto. “Nós só temos pontos positivos a falar da chegada do Projeto Dom Távora. Ele veio para nortear mais ainda nosso trabalho. Antes do Projeto, plantávamos meio que de forma aleatória, produzíamos porque era nosso trabalho, mas não havia um destino para a produção. Hoje o projeto está nos mostrando qual o caminho, ou seja, nós produzimos e já tem um caminho certo para comercialização”, revelou Jadson.

Intercâmbio e capacitação

O Projeto Dom Távora também possibilita capacitação e intercâmbio para os jovens produtores. “Dentro de sua estratégia de ação, várias capacitações e intercâmbios são realizadas. Isso está acontecendo naturalmente aqui nesse projeto de produção de mudas. Foi realizada uma capacitação na área de produção de mudas com o engenheiro florestal da Universidade Federal de Sergipe, professor Robério Anastácio Ferreira. Ele ensinou a fazer enxertia, e a forma correta de fazer a coleta das sementes, bem como toda a regulamentação do processo de produção de mudas. O grupo também passou por um intercâmbio em Itabaiana com um dos produtores de orgânicos daquele município”, detalhou o técnico da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro) que acompanha o projeto, Guilhermano Rocha.

Segundo a beneficiária Eliane Santos Bispo, uma dessas capacitações possibilitou ao grupo o aprendizado sobre a seleção das árvores matrizes. “Aprendemos que tem que ter uma distância de uma árvore coletada para outra, e que não se deve coletar todas as sementes de uma árvore, porque tem que ficar uma parte para alimentação dos pássaros. Hoje nós sabemos também como calcular o custo de produção de uma muda”, contou, satisfeita, Eliane. Ainda de acordo com ela, o preço da muda varia entre R$ 2,50 e R$ 6,00. O ipê e o pau-brasil são espécies mais caras, podendo chegar a R$ 6,00, a depender da quantidade a ser comprada. “Entre as espécies florestais, dispomos de Aroeira Vermelha, Pau Pombo, Canafístula, Pau Ferro, Ipê Amarelo, Castanhola, Umbaúba, Araçá Grande e Angelim. Entre as frutíferas, temos Cajá, Jenipapo e “Goiaba, revelou.

Para ela, o Projeto Dom Távora veio para abrir mais portas, aumentar a produção e possibilitar a venda de mais mudas pela Associação. “Essa é uma grande oportunidade para permanência dos jovens nas suas comunidades, e valorização da sua cultura. No caso de nossa comunidade, os jovens não têm oportunidade e esse projeto vem trazer a possibilidade deles não precisarem sair do seu local de origem para sobreviver. Isso é muito importante”, concluiu Eliane Santos.

GLÓRIA | Apicultores recebem orientações para regulamentação de agroindústrias de mel

Seagri articula vinda de técnico do Ministério da Agricultura para tratar das adequações necessárias à obtenção do selo de inspeção federal

Apicultores de Nossa Senhora da Glória, Porto da Folha e Japaratuba receberam orientações para regulamentar os estabelecimentos agroindustriais de mel, própolis e outros derivados da apicultura. A necessidade de qualificação, inicialmente apresentada pela secretaria municipal da Agricultura de Nossa Senhora da Glória e posteriormente por outros municípios, foi atendida pela secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), que intermediou a visita de orientação do médico veterinário Ornã Teles, do Ministério da Agricultura, para prestar os esclarecimentos.

O encontro aconteceu na Associação de Apicultores de Glória, na última semana. Na ocasião, técnicos e apicultores, de forma pedagógica, simularam uma fiscalização, com o objetivo de instruir a readequação da unidade para a obtenção do selo de inspeção federal. Participaram da atividade, também, o chefe do escritório regional da Emdagro [Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe] no Alto Sertão, Aryosvaldo Ribeiro, e o secretário municipal da Agricultura de Glória, Dijalci Aragão.

O veterinário Ornã Teles explicou que “a estrutura de funcionamento de uma casa de mel ou entreposto de produtos da apicultura pode ser muito simples, mas deve atender a um arranjo produtivo mínimo, com layout adequado para este tipo de unidade produtiva”. Segundo ele, a estrutura da Associação de Apicultores de Glória tem capacidade para beneficiar até 40 toneladas de mel/ano, condição suficiente para receber a produção de toda região Alto Sertão. Atualmente, contudo, está operando com uma produção de seis toneladas por ano, originada dos produtores locais. Com pouco investimento, estará em condições de receber o selo de inspeção federal e ampliar a produção.

O secretário da Agricultura de Nossa Senhora da Glória avaliou positivamente o encontro e acentuou as expectativas. “Achei extremamente positiva a visita de um técnico do Ministério da Agricultura para tirar nossas dúvidas quanto às exigências federais para alcançarmos a aprovação do Sistema de Inspeção Federal (SIF) do mel gloriense e da região. Agradecemos ao secretário André Bomfim pela sensibilidade de ter feito essa articulação”, afirmou Dijalci.

Ainda de acordo com ele, em Glória, 90% das instalações estão dentro do padrão da inspeção federal, segundo afirmou o técnico do MAPA. “O próximo passo é alcançarmos o pouco que falta para a adequação total. Tenho certeza que, com o apoio da Seagri, poderemos ajudar estes apicultores a colocar seus produtos nas prateleiras dos supermercados e na merenda escolar, com preço justo e atendendo às exigências sanitárias”, concluiu o secretário de Agricultura de Glória.

Seagri participa da ExpoRingo 2019 e prospecta parcerias com o governo Federal

Foi montado estande com informações técnicas dos programas e projetos das empresas vinculadas à Seagri: Emdagro, Cohidro e Pronese.

 A Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca Nesta (Seagri) participou da primeira edição da FJ Ringo Expo & Negócios “ExpoRingo  2019”, encerrada neste domingo, 31 de março. O secretário André Bomfim e a equipe técnica da Seagri acompanharam a comitiva do governador Belivaldo Chagas na abertura do evento, que contou também com a presença da ministra da Agricultura, Tereza Cristina Correia Dias. A exposição agropecuária aconteceu no Parque das Palmeiras, em Lagarto.

O governador Belivaldo Chagas destacou que a realização da ExpoRingo projeta Sergipe no cenário nacional. “É um dos maiores eventos do País, que se realiza num dos maiores parques de exposição do Brasil. Este espaço passa a ser uma escola de agronegócio de Sergipe”, afirmou. O governador sinalizou, ainda, para a intensificação do apoio do governo estadual ao setor. “Queremos ter um envolvimento mais direto com o agronegócio de Sergipe e de fora do estado. Vamos abrir nosso olhar para o agronegócio, que gera emprego e renda. Com certeza, Sergipe só vai sair ganhando”, ressaltou.

No pavilhão de expositores, a Seagri montou stand com informações técnicas dos programas e projetos das empresas a ela vinculadas: Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e Empresa de Desenvolvimento Sustentável do Estado de Sergipe (Pronese). O stand foi prestigiado pela ministra Tereza Cristina, que parou para ouvir explicações sobre as principais políticas públicas do setor agropecuário realizadas pelo governo de Sergipe.

Além da valorização do agronegócio, no seu pronunciamento, a ministra falou da expectativa de brevemente apresentar um plano para o setor agropecuário abrangendo todo o Nordeste. Citou como exemplo o interesse de resolver os assuntos relativos à ação fundiária. “A minha presença e a presença do secretário especial de Assuntos Fundiários, Nabhan Garcia, é para dizer do nosso interesse em resolver os assuntos fundiários de todos, seja de assentamentos ou de quem está na terra há 100 anos, mas ainda não tem a titulação definitiva”, revelou.

Para o secretário de estado da Agricultura, André Bomfim, a presença da ministra em Sergipe por ocasião da ExpoRingo suscitou a oportunidade de formar parcerias. “A vinda da ministra Tereza Cristina foi uma oportunidade de afinar a parceria com o governo Federal. Nos chamou a atenção a perspectiva da formatação de convênios de regularização fundiária. Vamos buscar, junto ao Governo Federal, as condições para que aquele produtor que ainda não tem o título de terra, possa vir a ter, conseguir crédito e assistência técnica para continuar produzindo”, disse o gestor estadual da Agricultura.

O empresário Geraldo Magela, responsável pela iniciativa do evento, destacou que a ExpoRingo representa um marco histórico para o agronegócio sergipano. “É uma nova era para a economia e uma resposta aos desafios, mostrando o vigor do segmento no estado. É uma iniciativa corajosa para que Sergipe possa se posicionar nos mercados. O evento promoveu a integração entre o esporte equestre e os negócios agropecuários”, enfatizou.

DOM TÁVORA | Bordadeiras de Tobias Barreto expõem em stand da Seagri na 7ª FAESE

O projeto começou a ser elaborado entre associação e a equipe do Dom Távora há três anos e incluiu também a aquisição de matéria prima, tecidos, linhas e ferramentas, para iniciar a ampliação da produção.

Pela primeira vez, as artesãs bordadeiras da comunidade Nova Brasília, em Tobias Barreto, estão expondo, para venda, a sua produção de roupas e peças de cama, mesa e banho numa feira estadual, em Aracaju: a 7ª Feira Agropecuária do Estado de Sergipe – Faese, que acontece até domingo, 24, no Parque João Cleophas. Elas são beneficiárias do Projeto Dom Távora, que injetou cerca de R$ 371 mil na associação para ampliar sua produção. Com o apoio da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), elas agora vêm na Exposição, uma oportunidade a mais de geração de renda.

Especializadas no bordado Richelieu, as tobienses passaram a produzir peças com bordado industrial com brilho, após a injeção dos recursos do Dom Távora para a aquisição de 64 novas modernas máquinas. Para cada novo equipamento, distribuído em pequenos ateliês nas casas das artesãs, uma nova família torna-se sócia-bordadeira. Hoje são 229 sócios, incluindo cônjuges, totalizando 150 artesãs. O projeto começou a ser elaborado entre associação e a equipe do Dom Távora há três anos e incluiu também a aquisição de matéria prima, tecidos, linhas e ferramentas, para iniciar a ampliação da produção.

Josivania Menezes, presidente da associação de bordadeiras, fala da importância da oportunidade dada pelo governo do Estado, tanto com o benefício do Dom Távora quanto com o stand para exposição. “Estamos aqui expondo a cultura de nossa cidade, que é o artesanato, o bordado Richelieu. Se chegamos até aqui foi graças às parcerias e o apoio que estamos tendo tanto do Estado quanto da Prefeitura. A palavra que temos é gratidão. Está sendo motivo de muita alegria e honra estar pela primeira vez nesta feira, representado Tobias Barreto através a associação”, disse a artesã.

A presidente conta que as 15 máquinas antigas, alocadas no espaço comum da associação, servem tanto para fazer a confecção de novas peças, quanto para capacitação dos jovens, bordadeiras e bordadeiros. “Já temos 10 meninos inseridos no processo do bordado, sendo que um deles já atua profissionalmente”, disse orgulhosa Josivania. Entre as peças trazidas para vender em Aracaju, ela conta que há artigos bastante variados, desde toalhas de rosto bordadas até a indumentária completa utilizada em cerimônias de religiões de matriz africana, adornadas com bordados detalhados. Os preços variam de R$ 5 a R$ 550.

Segundo a artesã Gilvanda Correia de Andrade Silva, com os novos equipamentos que a associação recebeu, o trabalho de peças bordadas passa por diversas etapas, empregando mais pessoas.  “São vários processos: o corte do tecido e o desenho, aí vem outra pessoa que vai fazer o bordado cheio, aí a outra vai abrir o Richelieu e outra vai fazer o bordado com brilho industrial, e por último vem a costura e o acabamento. Uma pessoa só levaria dois dias e meio para fazer uma peça detalhada. O tecido que a maioria do pessoal quer é o 100% algodão, mas também com o voil e também com outros tipos de tecido, a depender do cliente”. De acordo com ela, a adoção de novas técnicas e materiais amplia o leque de artigos à venda.

O secretário de Estado da Agricultura, André Bomfim, que já havia ido a Tobias Barreto conhecer o trabalho das bordadeiras de perto, visitou o stand na abertura da Feira, realizada pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Sergipe – Faese. “A secretaria agradece este espaço em que pudemos alocar beneficiárias do projeto Dom Távora. Elas foram capacitadas, receberam maquinário de corte e costura e matéria prima, e agora têm a oportunidade de expor e vender seus produtos”, disse André. Ainda segundo o secretário, no mesmo stand, expõem produtos derivados da mangaba, os agricultores familiares do Projeto Agroextrativista São Sebastião, em Pirambu.

Sobre o Dom Távora

O Projeto Dom Távora é gerido e parcialmente financiado pelo governo de Sergipe, que conta com o aporte do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA). Desde agosto de 2013, mais de 94% de recursos do FIDA já foram desembolsados; encontra-se atualmente com 132 planos de negócios financiados nas comunidades e 5.259 famílias beneficiadas (90% da meta atendida para beneficiários dos projetos), com valor total investido de R$ 41 milhões, sendo R$ 31,6 milhões de recursos FIDA e R$ 9,4 milhões de contrapartida do Estado de Sergipe.

Monte Alegre recebe veículo para atividades sociais e da agricultura familiar

De janeiro até hoje são quase R$ 1,5 milhões, de emenda parlamentar, aplicados para os municípios de nosso estado com o intuito de fortalecer a agricultura familiar.

Visando fortalecer as atividades sociais e da agricultura familiar no interior sergipano, o governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), fez entrega de mais um veículo novo – desta vez, para o município de Monte Alegre. O ato de entrega aconteceu neste 22 de março, na sede da Seagri, onde o secretário da Agricultura André Bomfim passou a chave para a prefeita Marinez Silva Pereira (Nena de Luciano).

Este é o sexto veículo entregue este ano através de emenda parlamentar. “A parceria entre o deputado João Daniel e o governo de Sergipe tem rendido frutos importantes para os agricultores familiares, a exemplo também dos 11 tratores com grades e arado que foram entregues no último dia 1º de março. De janeiro até hoje, quase R$ 1,5 milhões em emendas foram aplicados aos municípios, com contrapartida do governo de Sergipe, no intuito de fortalecer a agricultura familiar”, destacou o secretário André Bomfim.

A prefeita Nena de Luciano agradeceu a entrega do veículo, que segundo ela, servirá à população do município. “Fico muito mais satisfeita porque é um benefício que vai estar a serviço da nossa população. Como gestora municipal, fico feliz com esse resultado e esperançosa de que o parlamentar e o governo, em parceria com a prefeitura, consigam ainda mais para o povo de Monte Alegre”, afirmou.

O representante do Movimento dos Trabalhadores Rurais, Cícero José de Carvalho, parabenizou a prefeitura de Monte Alegre pela busca de benefícios para ao município, e disse que o veículo será muito bem utilizado palas comunidades. “Tenho certeza que tanto esse carro quanto os outros já entregues irão melhorar a vida das pessoas do campo. É um benefício a mais para as pessoas que lutam por dias melhores”, enfatizou ‘Cição’ – como é conhecido.

O veículo entregue faz parte de um lote de seis veículos destinados aos municípios de Monte Alegre (dois veículos), Nossa Senhora da Glória (dois veículos), Lagarto (um veículo) e Aquidabã (um veículo). Para estas aquisições foram aplicados R$ 299.681,00 originados de emenda. São cinco veículos Chery/QQ 1.0 ano 2018/2019 e uma camionete a diesel Mitsubishi L200 Triton ano 2018/2019. O município de Glória, além de receber um carro pequeno, recebeu também a camionete para serviços sociais nos povoados.

Além do secretário de Estado da Agricultura, André Bomfim; da prefeita de Monte Alegre, Nena de Luciano; e de Cição; participaram do ato o secretário Geral de Monte Alegre, Luciano Lino; e o assessor Cristóvão Andrade, representando o parlamentar.

Revitalização da citricultura é discutida entre gestores do Estado e municípios

Seminário estadual com foco na revitalização da citricultura está previsto para 26 de abril

Representantes de 11 secretarias municipais das regiões Sul e Centro-sul de Sergipe estiveram reunidos nesta quarta-feira (20), no auditório da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). O objetivo do encontro foi estabelecer diretrizes para o fortalecimento da citricultura no estado, em uma iniciativa conjunta entre Seagri e a Secretaria da Agricultura de Umbaúba.

O secretário de Estado da Agricultura, André Bomfim, considerou os encaminhamentos excelentes, após a reunião. “Construiremos um seminário estadual com foco na revitalização da citricultura, já com data prevista para 26 de abril, no município de Umbaúba. Serão discutidas questões técnicas, tanto sobre comercialização, quanto à produção de mudas, combate a doenças e pragas que afetam a citricultura, como a mosca negra”, disse o gestor. Ainda segundo ele, estarão presentes representantes do Ministério da Agricultura, instituições de ensino e pesquisa, além de instituições bancárias, para apresentar linhas de financiamento para os produtores e trabalhadores rurais.

“Essa foi a primeira reunião que realizamos com os municípios da região Sul. Anteriormente, estivemos reunidos com os municípios do Alto Sertão, discutindo a bacia leiteira. Esperamos posteriormente fazer encontros como os municípios do Baixo São Francisco, no intuito de entender melhor as dificuldades específicas enfrentadas na agricultura em cada região, buscando soluções para as questões, de maneira alinhada com parceiros municipais e federais, a exemplo do DNOCs, que estava presente”, acrescentou André.

O secretário municipal da Agricultura de Umbaúba, Edgar Campos Cerqueira, destacou a participação de maioria dos municípios produtores de citros, e a importância do entendimento de que a produção de laranja precisa ser revitalizada em Sergipe, aliada à busca por alternativas de implementação de outros cultivos ou outras atividades produtivas. “Todos os participantes estiveram bastante envolvidos nas discussões, deixando claro o interesse unânime em abraçar uma proposta que venha para socorrer os nossos laranjais. Para isso, esperamos contar com o apoio dos diversos setores públicos e privados”, avaliou.

Também para o secretário de Boquim, Luiz Carlos Nascimento, a revitalização dos laranjais é a saída para o fortalecimento da citricultura. De acordo com ele, hoje há apenas 30% de cultivo citrícola em relação ao que se produziu no passado. “As áreas estão degradadas, o citricultor abandonou a cultura e seus descendentes não deram continuidade. Permaneceram os grandes produtores e 70% dos pequenos deixaram de produzir. Alguns agricultores do município estão partindo para cultivos alternativos de plantas ornamentais e grama, mas precisaríamos de um posicionamento técnico dos estudiosos, sobre qual a área mínima para se produzir citros, qual o tamanho de área viável, antes de abandonarmos de vez a citricultura”.

Segundo o secretário municipal da Agricultura de Riachão do Dantas, Jenison Augusto da Cruz, seu município buscou a diversificação da produção para superar a crise da laranja. “Diferente da maioria dos municípios da região Sul e Centro-Sul, nós de Riachão não trabalhamos com a monocultura. Lá temos dois biomas: o de Mata Atlântica e de Caatinga. Na região da Mata focamos em plantios como abacaxi, banana, mandioca, fumo, maracujá e laranja. Já na região de Caatinga, trabalhamos com a pecuária leiteira e a pecuária de corte. Nós acreditamos que, com essa diversificação, o município não entra em crise como um todo em sua produção”, conta.

Como encaminhamento do encontro, formou-se uma comissão com representantes das prefeituras, da Universidade Federal de Sergipe (UFS), do SEBRAE e da Secretaria Estadual da Agricultura para viabilizar o Seminário. A professora da UFS, Sandra Menezes, disse que a instituição de ensino federal vai continuar participando das reuniões de preparação do Seminário e dando outras contribuições. “A universidade tem condições de contribuir com orientações para o controle de pragas na citricultura e colaborar operacionalmente, viabilizando os encontros com os produtores, além de outras cooperações técnicas encaminhadas entre a secretaria estadual e a universidade”.

Além de Umbaúba, Riachão do Dantas e Boquim, estiveram presentes os gestores da Agricultura dos municípios de Salgado, Arauá, Itaporanga, Santa Luzia do Itanhy, Pedrinhas, Tomar do Geru, Estância e Itabaianinha. Participaram também representantes da UFS, da Associação Sergipana dos Produtores Rurais (Asserpror), do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), da Federação dos Trabalhadores da Agricultura de Sergipe (Fetase) e da Superintendência Federal da Agricultura em Sergipe (SFA/MAPA).

Governo cria unidade produtiva e entrega títulos de terra a seis famílias de trabalhadores rurais

O Programa Nacional de Crédito Fundiário oferece condições para que os trabalhadores rurais sem terra ou com pouca terra possam comprar um imóvel rural por meio de um financiamento

Mais seis famílias de pequenos produtores rurais sergipanos receberam, nesta sexta-feira (15), as escrituras das suas propriedades, conquistadas com recursos do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNFC), que promove o acesso à terra e aos investimentos básicos e produtivos visando à estruturação dos imóveis rurais, e é executado em Sergipe pela secretaria de Estado da Agricultura (Seagri). O secretário André Bomfim esteve com os beneficiários na cidade de Feira Nova, e entregou-lhes os documentos de propriedade de lotes da nova unidade produtiva, localizada na antiga fazenda Monte Aprazível, em Porto da Folha.

O Programa Nacional de Crédito Fundiário oferece condições para que os trabalhadores rurais sem terra ou com pouca terra possam comprar um imóvel rural por meio de um financiamento. O recurso ainda é usado na organização da infraestrutura necessária para a produção e assistência técnica e extensão rural. Além da terra, o agricultor pode construir sua casa, preparar o solo, comprar implementos, ter acompanhamento técnico e o que mais for necessário para se desenvolver de forma independente e autônoma. Todo o procedimento para a contratação se dá inteiramente nos estados, por meio das Unidades Técnicas Estaduais (UTEs) e demais parceiros. 

Segundo o coordenador do PNFC na Seagri, Alceu Oliveira Diniz, os seis beneficiários receberam, ao todo, 94,39 hectares, a partir de um investimento de R$ 318 mil. “O valor equivale à compra da propriedade, às despesas de cartório, ITBI e topografia, mais os recursos para os investimentos iniciais da propriedade”, explicou. Ainda segundo ele, também neste 15 de março um evento foi realizado no município de Itabaianinha, para aprofundar discussões sobre o crédito fundiário na região, por iniciativa das associações do município.

Elisângela Santos Pereira é presidente da associação dos assentados que receberam o título de posse da terra da antiga Fazenda Monte Aprazível. Cada uma das seis famílias conquistou um lote agrícola de 51 tarefas, além de um lote anexo, com mais duas tarefas. “Foi uma luta grande para alcançar o sonho de ter a própria terra. Junto do título da terra conseguimos com o Pronese o benefício para cercar o lote onde serão as casas. Estamos aguardando sair para a construção, a instalação da luz e da água, para mudarmos para os lotes. A conquista maior agora vai ser a água, já que a luz passa pertinho. Semana passada, dividimos os lotes das casas e agora a gente vai dividir os lotes maiores. Vamos fazer primeiro a plantação de palma e depois ver o que criar”, disse Elisângela.

Para o secretário André Bomfim, o programa possibilita autonomia e descentralização do processo de aquisição. “É uma das parcerias exitosas existentes entre o governo Federal e o governo Estadual para o acesso à terra; uma medida complementar ao Programa de Reforma Agrária. Entendemos esse programa como central, porque a garantia do acesso à terra conduz à consolidação da agricultura familiar, estimulando a geração de emprego e renda no campo e contribuindo para a diminuição da pobreza rural nos municípios”, avalia o gestor.

As famílias são as responsáveis pela escolha da terra e pela elaboração da proposta de financiamento. O programa prevê ainda ações de incentivo às mulheres, jovens e negros das comunidades rurais, contemplando também projetos especiais para o convívio com o semiárido e o meio ambiente. André destaca que, nessa entrega, dos seis trabalhadores que receberam o título de terra, cinco eram mulheres. “É importante destacarmos o protagonismo cada vez maior das mulheres no mercado de trabalho, não sendo diferente na agricultura familiar. É a força de trabalho dessas mulheres que vem lhes fazendo conquistar espaços também no meio rural”, aponta o secretário.

Linhas de Crédito e acesso

O Programa concede um prazo de pagamento de até 35 anos, com 36 meses de carência. As condições são diferenciadas, conforme o valor do financiamento. São três as linhas de crédito disponíveis: PNCF Social, para produtores da região Norte e área da Sudene com renda anual de até R$ 20 mil e patrimônio de até R$ 40 mil; o PNCF Mais, para produtores de todas as regiões, menos a da Sudene, com renda anual de até R$ 40 mil e patrimônio de até R$ 80 mil; e o PNCF Empreendedor, que abrange produtores de todo o Brasil que tenham renda anual de até R$ 216 mil e patrimônio máximo de R$ 500 mil. As taxas de juros para cada uma das linhas são de, respectivamente, 0,5%, 2,5% e 5,5%.

Quem se enquadra nos critérios do Programa deve procurar o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais ou da Agricultura Familiar de seu município, ou entrar em contato com a Unidade Técnica Estadual da Seagri, através do telefone (79) 3179-5085.

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Última atualização: 15 de março de 2019 14:20.

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