Mulheres do Baixo São Francisco superam a pobreza com artesanato da palha do ouricuri

Um grupo de mulheres artesãs de baixa renda familiar, moradoras de uma vila operária no município de Neópolis, é exemplo de superação num cenário de aparente falta de oportunidades.

Um grupo de mulheres artesãs de baixa renda familiar, moradoras de uma vila operária no município de Neópolis, é exemplo de superação num cenário de aparente falta de oportunidades. Elas formaram a Associação Artesanal Formiguinhas em Ação, que tem como principal produto o artesanato produzido com a folha da palmeira do ouricuri. Com a ajuda de parcerias, transformaram a atividade manual em um verdadeiro empreendimento e foram além: geraram renda sem impacto ambiental negativo.

O trajeto do grupo teve sua primeira fase entre 2002 e 2005, com produção informal. Entre 2005 e 2016 elas aprenderam noções de mercado, aperfeiçoaram seus produtos e formalizaram a Associação, com apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). A partir de 2017, com a intervenção do Projeto Dom Távora, financiado pelo governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura e com recursos do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), foi finalmente possível agregar máquinas e equipamentos para elevar a produção, aumentar o número de participantes do grupo produtivo para 22 artesãs, e ampliar a diversificação dos produtos.

“Enquanto nossos maridos estavam na fábrica de tecelagem, nós ficávamos em casa sem perspectiva pessoal”, conta Rubenice Pereira de Santana, uma das fundadoras da associação. Ela conta que o grupo surgiu há 15 anos, quando quatro moradoras da Vila Operária Passagem bordavam tiras de havaianas com miçangas para revenda e recebiam R$ 0,50 por sandália. Depois passaram elas mesmas a bordá-las e vendê-las na feira livre do município. Cansadas dessa rotina, decidiram que era chegada a hora de dar novo rumo às suas vidas. Aprenderam a produzir profissionalmente o artesanato com a palha do ouricuri, planta abundante na região.

No início foram buscar empréstimo no Banco do Nordeste e qualificação no trançado da palha de ouricuri com o Sebrae. Sabiam então fazer cestos, calcular seu preço, comercializar – e seus produtos começaram a mofar no inverno. Com alunos de Química da Universidade Federal de Sergipe, aprenderam a preparar a palha para ficar resistente a fungos, valorizando a qualidade dos seus produtos.

O grupo de mulheres foi crescendo e, em 2007, elas formaram a Associação Artesanal Formiguinhas em Ação, cuja presidente, Alexsandra da Silva, explica a origem do nome. “Nos inspiramos na fábula das formigas que trabalham cooperando umas com as outras no verão, para terem reserva de alimentos no inverno. Também tem a ver com a colheita: no inverno não tem como fazer a secagem da palha. Por isso temos que fazer um estoque no verão, igual às formiguinhas”, revela.
 
Matéria-prima e estruturação

A principal matéria prima deste artesanato vem da natureza – a folha da palmeira ouricuri. Para evitar dano ambiental, o grupo adotou como princípio o extrativismo sustentável da palha, para não causar morte prematura da planta e a consequente extinção da espécie. As artesãs retiram apenas uma folha nova por planta, com uma coleta por ano na mesma planta, além de fazerem alternância entre as áreas de coleta. Com essas medidas, preservam cerca de 600 plantas por ano, uma vez que retiram 100 palhas – o equivalente ao número de plantas para as seis coletas anuais. Outro fator que contribui com a sustentabilidade é a diversificação do artesanato, de modo que um número cada vez maior de plantas pode ser preservado.

O Plano de Investimento Produtivo feito com recursos do Projeto Dom Távora para a associação ajudou a cobrir algumas lacunas, como a expansão do grupo de produção, a aquisição de máquinas, equipamentos, matéria prima e divulgação. Para tanto, foram liberados recursos financeiros para aquisição de máquinas de costura industrial, motores, serras e suprimentos para produção do artesanato, como tinta, tecidos, lixas, agulhas, pincéis, massa, etc. O recurso também serviu para custear capacitação e assistência técnica.

A intervenção atraiu novas artesãs, com habilidades diferentes. Para manter o nível de qualidade, as estreantes seguem cursos de formação e trabalham com maior regularidade. Agora existem subgrupos especializados na produção de luminárias, croché, panos de prato, biscuit, ponto cruz e pintados. “Não ficamos dependendo apenas do produto da palha”, diz a tesoureira Jaqueline Santos.

As próprias mulheres artesãs identificam resultados qualitativos coletivamente: ampliação e diversificação dos produtos – com melhor acabamento; acréscimo da palha de ouricuri em produtos que já faziam; melhoria na apresentação do produto e da embalagem; melhoria do processo de controle da produção e do estoque. São evidências do amadurecimento da gestão do negócio, o que inclui o cálculo do preço do produto e a divisão de tarefas.

Produção e geração de renda

É evidente a melhoria da autoestima das mulheres, que hoje contribuem com a renda familiar e se orgulham de sua atividade profissional. “Eu acordo cedo, cuido da casa, preparo as crianças para a escola e vou trabalhar no artesanato. Trabalho de oito a 10 horas por dia, feliz com os resultados. Grande parte do material de construção de minha casa própria foi adquirida com a venda de artesanato e dos cursos que dei. Fui contratada para ensinar o trançado em palha a outros municípios. Eu não esperava esse convite do governo para ser instrutora de artesanato em palha de ouricuri. Foi uma experiência muito feliz”, relata Rubenice Pereira.

Ela é a segunda associada que conseguiu deixar a vila operária e comprar casa própria. As demais já adquiriram eletrodomésticos, motocicletas e contribuem com a renda familiar. Com idades entre 29 e 45 anos, a maioria das participantes considera-se em plena vida ativa. Não vêem a idade como fator limitante, mas sim o baixo nível educacional e a dificuldade de encontrar com quem deixar os filhos para participar das atividades coletivas. Entre os 24 associados, há dois homens que cuidam da coleta das palhas. As outras 22 são mulheres organizadas conforme a expertise de cada uma. No grupo, 15 produzem artesanato de palha [40 peças por mês], enquanto duas pintam 100 peças em tecido. No mesmo período, quatro mulheres trabalham com Biscuit, originando 50 peças; duas crocheteiras para 50 peças e mais uma para 50 luminárias artesanais.

Com seis tipologias de artesanato, produzem peças cujo custo varia entre R$ 7 (pano de prato) e R$ 100 (mandala grande). Pelo controle do livro-caixa da associação, as artesãs novatas têm uma renda entre R$ 150 e R$ 200. Já as mais antigas, com maior habilidade na produção, conseguem produzir mais e alcançar uma renda mensal entre R$ 300 a R$ 500. Recebem do que conseguem produzir e repassam uma parte para o fundo rotativo da associação. Segundo o regulamento interno do grupo – que elas seguem fielmente –, toda associada contribui mensalmente com R$ 20, sendo R$ 5 em espécie e R$ 15 em peças, resultando em R$ 440,00 de renda para o caixa da associação. Além disso, devolvem para o fundo rotativo o valor da matéria-prima utilizada.

Ainda conforme o regulamento, cada artesã tem o compromisso de entregar no mínimo cinco peças para venda por mês, totalizando 110. Tomando o preço médio estimado por elas de R$ 30 por peça, têm-se a entrada de R$ 3.300 em peças a cada mês. A tesoureira da associação informou que iniciaram o ano com um estoque de 153 peças artesanais à venda na sede, o que soma R$ 3.810. A associação é cadastrada no Programa do Artesanato Brasileiro, o que dá a elas alguns direitos e possibilita sua participação em feiras em Aracaju, Belo Horizonte, São Paulo – além das feiras regionais e locais. Nestas ocasiões conseguem triplicar o rendimento normal do mês, já que qualidade do artesanato virou referência e tem boa saída nos eventos.

O exemplo comprova que a garra das mulheres artesãs do Baixo São Francisco foi a força motriz do seu sucesso. Em busca de parcerias para realizar aquilo que acreditavam, conquistaram o local para produção, cedido em comodato pela Fábrica de Tecidos Peixoto; empréstimos no Banco do Nordeste e recursos financeiros junto ao Projeto Dom Távora; conhecimento para combater os fungos da palha seca com Universidade Federal de Sergipe; e para suprir a necessidade de organizar o grupo de produção e oficializar a associação, encontraram ajuda no Sebrae e na Emdagro. Superação de dificuldades e conquista de objetivos.

Reconsideração de julgamento através de processos requeridos sobre o processo de seleção de contadores para Projeto Dom Távora

A presente reconsideração de julgamento do relatório final do processo seletivo para consultores Técnico Nível Superior em Contabilidade divulgado 18.02.2019, tem como base as solicitações sobre as dúvidas em relação a “obrigatoriedade” de apresentação de documentos comprobatórios de formação e experiência nos Termos de Referência.

O presente documento apresenta o resultado final diante do deferimento das solicitações protocoladas e da oportunidade dada à todos os participantes para encaminhamento de toda a documentação de experiência e de formação para a revisão dos itens avaliados.

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MAPA divulga municípios que receberão pagamentos do Garantia-Safra em março

De acordo com o secretário de Estado da Agricultura, André Bomfim, 10.077 agricultores serão contemplados com o pagamento neste mês.

Boa notícia para os agricultores inscritos no Garantia-Safra. O Ministério da Agricultura, Pecuária e AbaBoa notícia para os agricultores inscritos no Garantia-Safra. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informou que irá regularizar o pagamento do programa. Funcionando como uma espécie de seguro agrícola para pequenos produtores que tiveram perda de 50% ou mais da sua safra, em função da estiagem, o programa conta com a participação da União, Estados, Municípios e do próprio agricultor. Contudo, o pagamento da parte alusiva ao governo Federal sofreu alguns atrasos nos últimos meses, em razão da transição administrativa do Ministério.

Segundo informa a secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), o MAPA divulgou que a o MAPA divulgou que a folha de pagamento de março prevê repasses para os municípios de Aquidabã, Canindé de São Francisco, Feira Nova, Frei Paulo, Gararu, Gracho Cardoso, Itabi, Monte Alegre de Sergipe, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora de Lourdes, Pedra Mole, Poço Verde, Porto da Fôlha, Ribeirópolis, São Miguel do Aleixo, Simão Dias e Tobias Barreto.

De acordo com o secretário de Estado da Agricultura, André Bomfim, 10.077 agricultores serão contemplados com o pagamento neste mês. “É um alívio para nós. Sabemos o quanto os nossos produtores que tiveram perdas expressivas da safra sofrem com a estiagem, e esse recurso faz toda a diferença. Por isso, estivemos em Brasília para pedir celeridade no repasse, por parte do governo Federal. Felizmente os secretários do MAPA se sensibilizaram com a nossa pauta e fomos ouvidos”, afirma o gestor.

Com isso, ficarão faltando apenas os municípios de Lagarto e Poço Redondo, devido a pendências de informações. A Seagri afirma que segue em contato com o MAPA, visando ao destravamento de processos já encaminhados.

Governador entrega equipamentos e firma parcerias para o desenvolvimento agrícola do estado

Os equipamentos irão beneficiar as comunidades dos municípios de São Domingos, Gararu, Boquim, Divina Pastora, Riachuelo, Malhador, Macambira, Frei Paulo, Tomar do Geru, Japoatã, Nossa Senhora do Socorro e Pinhão. Na ocasião, o governador firmou parcerias com diversas instituições no intuito de buscar o desenvolvimento científico, tecnológico e a promoção de estudos e pesquisas nas áreas das ciências agrárias.

Com o objetivo de fortalecer cada vez mais a agricultura familiar em projetos de assentamentos da reforma agrária e comunidades tradicionais de Sergipe, o governador Belivaldo Chagas e a vice-governadora Eliane Aquino entregaram, nesta-sexta, 1º  de março,  11 tratores, 12 grades aradoras e 12 carretas. Na ocasião, o governo do Estado firmou parcerias com diversas instituições no intuito de buscar o desenvolvimento científico, tecnológico nas áreas das ciências agrárias, assim como para a realização do XI Congresso Brasileiro de Agroecologia (CBA), que será realizado no período de 04 a 07 de novembro 2019, em Aracaju.

Os equipamentos irão beneficiar as comunidades dos municípios de São Domingos, Gararu, Boquim, Divina Pastora, Riachuelo, Malhador, Macambira, Frei Paulo, Tomar do Geru, Japoatã, Nossa Senhora do Socorro e Pinhão. 

“São implementos agrícolas, tratores, caçambas, equipamentos que estão sendo entregues hoje para que o agricultor possa arar sua terra e se preparar para o momento certo da chuva, jogar a semente na terra. Tivemos uma excelente safra em 2017, uma queda grande em 2018 pela falta de chuvas. Porém, a expectativa é de que em 2019 possamos recuperar a safra”, avaliou o governador.

Na oportunidade, Belivaldo informou que o governo já está trabalhando no processo de aquisição de sementes forrageiras para a safra deste ano. “Estamos trabalhando no sentido de adquirir sementes e fazer com que os produtores possam ampliar a área de atuação. Até o fim de março, vamos discutir  como vai funcionar um projeto piloto para a plantação de palma, que será distribuída em forma de mudas. Vamos reativar o Programa Mais Palma, principalmente na área do Sertão, já que a palma é o alimento que ajuda a alimentação do gado na época da seca. A palma tem o diferencial, apesar de não ser tão rica em nutrientes, tem muito líquido, o que ajuda o gado na questão da falta da água”, revelou. 

A aquisição dos equipamentos agrícolas contou com um investimento total é de R$ 1,2 milhão, fruto de uma emenda parlamentar do deputado federal João Daniel, recursos do Ministério do Desenvolvimento Agrário e contrapartida do governo do Estado. “São investimentos que serão utilizados, especialmente, na agricultura familiar e em áreas de reforma agrária. Eu quero agradecer ao governador Belivaldo Chagas, e também ao ex-governador Jackson Barreto, que junto com a Seagri tem executado com carinho emendas em todas as áreas e esta em especial que vai beneficiar esses 12 municípios”, ressaltou o  deputado federal João Daniel.

O secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), André Bomfim, informou que os agricultores  também receberão capacitações para o manuseio dos equipamentos. “A Secretaria da Agricultura, além da entrega dos tratores, pensou juntamente com Universidade Federal de Sergipe em assinar um termo de cooperação para auxiliar esses agricultores a saberem como melhor manusear esses equipamentos. Então, nas próximas semanas, a Universidade e a Seagri ofertarão capacitações em mecanização agrícolas para essas prefeituras e agricultores familiares”, informou o secretário.

Para o prefeito do município de Japoatã, José Magno da Silva, os equipamentos irão fomentar ainda mais a agricultura familiar no município. “Nosso município tem muita água, muitas terras férteis e um povo que necessita de trabalho e geração de emprego e essa é uma mão estendida para aquele povo”, ressaltou.

A trabalhadora rural, Gildete Silvestre, comemora a entrega dos equipamentos. “Faço parte do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Japoatã, um movimento de trabalhadores que atua junto com a Fetase. Como trabalhamos no campo, precisamos muito desses equipamentos e materiais, vieram em boa hora e espero que os trabalhadores se unam para usar bem. Lá em Japoatã temos a produção de mandioca, milho e feijão e esses equipamentos vão ser muito uteis”, declarou.

Parcerias

Durante o evento, também foram assinadas parcerias com diversas instituições.  Foi firmado termo de cooperação técnica entre a Seagri, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Universidade Federal de Sergipe (UFS) e o Instituto Federal de Sergipe (IFS) com o objetivo de viabilizar a realização do XI Congresso Brasileiro de Agroecologia (CBA), no período de 04 a 07 de novembro 2019, com o lema “Ecologia de Saberes: Ciência, Cultura e Arte na Democratização dos Sistemas Agroalimentares”; e da VI Semana Acadêmica da UFS (Semac).

“Com essas parcerias entre a UFS, Embrapa e IFS, nós vamos buscar o desenvolvimento científico e tecnológico e a capacitação dos agricultores. Eles estando capacitados e com o conhecimento da ciência, automaticamente, vão fazer com que isso se replique lá na ponta, na hora da sua plantação, da sua colheita. E Sergipe passa a ser reconhecido, com isso, como um estado que usa a tecnologia, a ciência para fazer com que a agricultura se desenvolva cada vez melhor”, ressaltou o governador.

Um segundo termo de cooperação foi firmado com a UFS com foco na promoção de estudos e pesquisas nas áreas das ciências agrárias, com foco em sua aplicabilidade na realidade sergipana; e na capacitação dos pequenos agricultores no manejo e aplicação de tecnologias rurais adaptadas a realidade sergipana nas áreas de Agroecologia; Manejo e Conservação do solo; Mecanização Agrícola; Irrigação; Extensão Rural; Fitossanidade; Recursos Florestais; Genética e Melhoramento dos Animais Domésticos; Nutrição e Alimentação Animal; Recursos Pesqueiros; Ciência e Tecnologia de Alimentos.

Para o reitor da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Ângelo Antonioll, a parceria com o governo do Estado tende a se refletir em desenvolvimento para a área. “Certamente esse encontro em agroecologia vai marcar a integração entre a Universidade e a Secretaria de Estado da Agricultura, e não só a Seagri, mas todos aqueles que fazem parte desse arranjo. Isso deverá culminar em um debate interno unificando todas as forças de Sergipe para o desenvolvimento agrário. Temos que nos integrar e fomentar os projetos em prol desenvolvimento agrário do estado”, frisou. 

Agricultores podem aderir ao Garantia-Safra até o dia 27

Até o final do primeiro prazo, 13.459 agricultores familiares fizeram a adesão ao Programa Garantia-Safra 2018/2019 em 23 municípios do alto e médio sertão sergipano.

A coordenação Estadual do Programa Garantia-Safra, vinculada à secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), conseguiu junto ao Governo Federal, a prorrogação das inscrições até a próxima quinta-feira, dia 27. Com a Declaração de Aptidão (DAP) e documento de identificação em mãos, devem inscrever-se os agricultores que possuem renda familiar mensal de, no máximo, um salário mínimo e meio, e que plantam entre 0,6 e 05 hectares de feijão, milho, arroz, mandioca ou algodão. Até o final do primeiro prazo, 13.459 agricultores familiares fizeram a adesão ao Programa Garantia-Safra 2018/2019 em 23 municípios do alto e médio sertão sergipano, o que corresponde a 54% da cota do estado.

Segundo o responsável pela divisão de Crédito Rural da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), Deodato Lima Filho, a prorrogação do prazo para adesão ao programa foi solicitada pelo governo de Sergipe porque o quantitativo inicial de inscrições ficou abaixo do esperado. “A cota destinada a Sergipe é de 25 mil pessoas. Então, entendendo a necessidade de ampliarmos o alcance do seguro para que mais produtores rurais tenham acesso ao benefício, a Seagri enviou ofício à Coordenação Nacional do Programa, solicitando um prazo maior para as inscrições”, conta Deodato.

Preocupados com as alterações climáticas que historicamente têm provocado grandes estiagens em Sergipe, muitos produtores rurais não perderam tempo e já fizeram a adesão ao seguro agrícola, para se prevenir contra os possíveis prejuízos nas suas lavouras e a perda significativa da produção. O agricultor familiar Irineu Crispim, do Povoado Curral, em Simão Dias, foi um deles. “O produtor que tem a sua safra devorada pela estiagem vai ter esse garantia-safra para amenizar os seus prejuízos. Nós estamos tendo essa grande estiagem há uns dois ou três anos e acho que, provavelmente, nós teremos mais uns dois ou três anos nessa situação. Então é bom não arriscar”, disse. 

Também dona Gilda Silva, agricultora da Colônia Santa Rita, em Canindé de São Francisco, considera necessário aderir ao programa. “A gente vive aqui no sertão e tem muitos anos que não tem inverno, daí a gente ara a terra e planta, mas por conta da seca não temos retorno porque perdemos tudo. Por isso, a importância de participar do programa para termos, pelo menos, um dinheirinho de ajuda”, conta.

O secretário de Estado da Agricultura, André Bomfim, explica que o programa funciona como uma espécie de seguro, que garante ajuda financeira para pequenos agricultores que tiveram perda de mais de 50% da safra por conta da estiagem, através do pagamento de um benefício de R$ 850, dividido em cinco parcelas de R$ 170. “As adesão pode ser feita em qualquer escritório da Emdagro nos municípios. Os agricultores de reforma agrária devem procurar o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) ou a secretaria de Agricultura local. E os agricultores beneficiados pelo Programa Nacional de Crédito Fundiário devem se dirigir à Empresa de Desenvolvimento Sustentável do Estado de Sergipe (Pronese), com sede na Seagri”, orienta o gestor.

Relatório de seleção de consultores (análise curricular) para o Projeto BRA /14/008 TOR – Técnicos de nível superior em contabilidade

A Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca apresenta o relatório final do processo de seleção de Consultores Técnicos Nível Superior em Contabilidade para o Projeto Dom Távora através do PCT BRA 14/008 – PNUD – Programa para o Desenvolvimento das Nações Unidas, no período de 18 a 28.01.2019 tendo por objetivo a contratação de 02 (dois) técnicos (as) de nível superior em contabilidade para apoiar as ações do projeto Dom Távora.

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Agricultura sergipana é pautada em Brasília pelo governo do Estado

Garantia Safra, Terminal Pesqueiro, Crédito Fundiário, matadouros e queijarias estão entre as pautas que serão levadas pelo secretário da Agricultura ao Mapa nesta quarta

Como uma espécie de seguro que garante ajuda financeira para pequenos agricultores que tiveram perda de mais de 50% da safra por conta da estiagem, o Garantia Safra está sofrendo atrasos no pagamento da parcela vinda do Governo Federal, devido à transição administrativa no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA. Essa foi uma das pautas que o secretário de Estado da Agricultura, André Bomfim, levou na última quarta-feira (06) a Brasília, onde cumpriu uma agenda intensa de reuniões com cinco diferentes secretarias da pasta.

Ao diretor de gestão de risco do MAPA, Pedro Loyola, André solicitou prioridade na análise dos laudos elaborados pela Emdagro para liberação dos recursos pendentes do Garantia Safra. “Pedimos atenção especial para que recebam os pequenos produtores dos 11 municípios que faltam receber. Ficamos de entrar em contato novamente em 15 de fevereiro para obter uma posição do Ministério, na tentativa de que esse pagamento seja feito em março”, disse o secretário de Estado da Agricultura. Ainda segundo ele, Pedro Loyola sinalizou que irá fazer uma visita a Sergipe para, junto com o pessoal da FAESE fazer uma troca de experiências sobre gestão de risco, seguro rural, zoneamento agrícola, entre outros assuntos. 

Com essa e outras reuniões, André avalia que foi possível fazer uma aproximação inicial com a nova gestão do governo Federal, em busca não só de apoio para os produtores rurais sergipanos, mas também do destravamento de processos que aguardam resolução na esfera federal. Ao todo, mais de dez pautas foram levadas pelo Governo de Sergipe ao secretário da Agricultura Familiar e Cooperativismo do MAPA, Fernando Henrique Kohlmann Schwanke e ao o adjunto Ewerton Giovanni dos Santos; ao secretário de Aquicultura e Pesca, Jorge Seif Júnior; ao secretário de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação, Fernando Camargo; ao secretário de Política Agrícola, Eduardo Sampaio Marques; e ao secretário de Defesa Agropecuária, José Guilherme Tollstadius Leal.

Na secretaria da Agricultura Familiar, foi discutida principalmente a questão da agroindustrialização. “Levamos a pauta das queijarias do Alto Sertão e ficamos de oficiar o Ministério da Agricultura sobre a importância que essa fabriquetas têm para a cadeia produtiva da nossa bacia leiteira. Nos foi dito que o tema será prioritário para o governo Federal e que haverá mudanças no crédito fundiário, com a inclusão de uma linha diferenciada para beneficiar os jovens, especificamente os recém-formados de áreas afins, como agronomia, zootecnia, veterinária, etc”, disse Bomfim.

“Sentimos uma disposição de trabalhar junto aos estados, com políticas de desenvolvimento para o Nordeste, a exemplo do que expressou o Secretário-adjunto da Agricultura Familiar e Cooperativismo do MAPA, Ewerton Giovanni dos Santos. Tanto o secretário Hemrique Kohlmann quanto o adjunto Ewerton colocaram-se à disposição de Sergipe”, acrescentou Bomfim.

Na secretaria de Defesa Agropecuária, foi relatada a prioridade do governo Federal no fortalecimento do sistema de inspeção vegetal e animal em parceria com os Estados, assim como na exportação de gado vivo. “Levamos também a possibilidade do MAPA auxiliar o governo do Estado, aportando recursos para funcionamento da UPIN [unidade de produção de inimigos naturais]”, conta André Bomfim. 

Ainda segundo o secretário, nesta reunião foi discutida a situação dos matadouros do Estado e a possibilidade do auxílio do MAPA nas feiras agropecuárias em Sergipe. A Seagri ficou também de apresentar projeto de estruturar o ITPS no sentido de instalar um laboratório para análise de leite. “A medida beneficiaria toda a região Nordeste, porque as amostras são encaminhadas, atualmente, ao estado de Goiás”, explica.

Outro tema de grande importância levada ao Ministério foi o convênio do terminal pesqueiro. “Dos R$ 13 milhões previstos no projeto, ainda aguardamos a liberação de R$ 8 milhões para concluir a obra. Explicamos ao secretário Jorge Seif a importância do terminal para Sergipe e pedimos celeridade na liberação do recurso. Junto ao secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento Regional, Antonio Carlos Futuro, pedimos também celeridade na continuidade do convênio dos 109 sistemas de abastecimento. Já perfuramos 40 e pedimos autorização de uso dos rendimentos do convênio para continuar a execução. Os dois encontros foram muito positivos”, avaliou o secretário.

Além dessas pautas, o secretário apresentou um panorama da Agricultura em Sergipe e colocou em discussão, junto ao Ministério, a construção de cisternas e barragens; a recuperação do Centro de Treinamento de Boquim, transformando-o em um Instituto de Desenvolvimento em Fruticultura; a reabertura da CONAB em Nossa Senhora da Glória; e a criação do Fórum da Agricultura Sergipana.

“Ficamos felizes com essa agenda porque é uma oportunidade ímpar para que possamos estreitar relações e estabelecer uma atuação harmoniosa com o Governo Federal. O Ministério da Agricultura, hoje, possui sete secretários. Tivemos oportunidade de dialogar com cinco deles”, avaliou Bomfim. Entre as reuniões, o gestor estadual teve oportunidade de cumprimentar a atual Ministra da Agricultura. “Colocamos o Estado de Sergipe à disposição do governo Federal no sentido de fortalecer a agricultura no Estado”, concluiu André.

Fonte: Agência Sergipe de Notícias

Agricultores familiares têm até dia 17 para aderir ao seguro Garantia-Safra

O programa funciona como uma espécie de seguro que garante ajuda financeira para pequenos agricultores que tiveram perda de mais de 50% da safra por conta da estiagem

Termina no próximo domingo, 17 de fevereiro, o prazo para adesão ao Programa Garantia-Safra 2019. Podem inscrever-se os agricultores que possuem renda familiar mensal de, no máximo, um salário mínimo e meio, e que plantam entre 0,6 e 05 hectares de feijão, milho, arroz, mandioca ou algodão. O programa funciona como uma espécie de seguro que garante ajuda financeira para pequenos agricultores que tiveram perda de mais de 50% da safra por conta da estiagem, através do pagamento de um benefício de R$ 850, dividido em cinco parcelas de R$ 170.

O Estado de Sergipe pode inscrever até 25 mil agricultores. A média histórica aponta para algo entre 15 e 18 mil adesões nos últimos dois anos, mas até esta segunda-feira, 11, apenas 8 mil efetuaram a inscrição [apenas 32% da cota do Estado]. O secretário de Estado da Agricultura, André Bonfim, atribui a baixa adesão aos atrasos no pagamento das parcelas da edição 2018 do programa pelo Governo Federal. Produtores de 11 municípios ainda aguardam receber a parcela. Segundo ele, a questão foi levada a Brasília, na última semana, onde pediu celeridade ao MAPA na resolução da questão.

Ainda segundo o secretário, mesmo com esse impasse, é importante que os agricultores garantam sua inscrição para a próxima edição do programa, diante do histórico de perda de safra para a região do Alto Sertão. “Queremos crer que esse atraso no governo Federal seja transitório. Então não vale à pena perder a oportunidade de assegurar as eventuais perdas da próxima safra por conta dele. A nossa recomendação é que todos os pequenos produtores que se enquadrem nos critérios do programa concretizem a adesão”, pontuou o gestor.

Para fazer ou renovar a adesão ao Garantia Safra, o agricultor ou agricultora familiar precisa ter em mãos a Declaração de Aptidão (emitida pela própria Emdagro) e documento de identificação pessoal com foto (a exemplo da carteira de identidade); e procurar o escritório da Emdagro mais próximo durante esta semana. Quem não conseguir, ainda tem a chance de se dirigir até os Escritórios Locais da Emdagro em Canindé de São Francisco e Simão Dias, que funcionarão em regime de plantão no sábado e domingo (16 e 17 de fevereiro), das 08h às 12h.

Os agricultores de reforma agrária, por sua vez, devem procurar o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) ou a secretaria de Agricultura do município em que residem. E os agricultores beneficiados pelo Programa Nacional de Crédito Fundiário devem procurar a Empresa de Desenvolvimento Sustentável do Estado de Sergipe (Pronese), com sede na secretaria de Estado da Agricultura.

Missão do FIDA se reúne com técnicos de campo do Projeto Dom Távora

“Estamos bem servidos com pessoas trabalhando em campo. Hoje temos 54 técnicos contratados por meio do Programa das Nações Unidas Para o Desenvolvimento (PNUD), e mais 26 técnicos da Emdagro”.


O Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola segue em missão de apoio ao Projeto Dom Távora. Nesta terça-feira, 05, a equipe do FIDA esteve reunida com os técnicos que trabalham em campo, com o objetivo de ouvi-los e conhecer detalhes sobre a execução dos projetos. O resultado deste encontro, como também das demais atividades realizadas pela missão, constará num documento final com sugestões, ajustes e encaminhamentos que irão contribuir com avanços do Projeto, a ser divulgado próxima quinta-feira, dia 07.

Participaram do encontro o Oficial do FIDA e coordenador da Missão,  Leonardo Bichara Rocha; o coordenador técnico da missão, Emmanuel Bayle; o coordenador do Projeto Dom Távora, Gismário Ferreira Nobre; e o diretor técnico da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro), Esmeraldo Leal dos Santos.

O coordenador do Projeto, Gismário Nobre, destaca que o governo tem uma boa equipe técnica atuando diretamente com os beneficiários do Dom Távora. “Estamos bem servidos com pessoas trabalhando em campo. Hoje temos 54 técnicos contratados por meio do Programa das Nações Unidas Para o Desenvolvimento (PNUD), e mais 26 técnicos da Emdagro. São especialistas em caprinocultura, piscicultura, avicultura, contabilidade, e especialistas em comunidades tradicionais, mulheres e jovens, que somados aos demais técnicos dão assessoria aos projetos comunitários”.

Leonardo Bichara falou da expectativa desse momento de ouvir a equipe técnica de campo. “É o momento de saber de vocês sobre os avanços do Projeto Dom Távora, os resultados obtidos no campo. Nós temos um projeto em execução há seis anos, temos todo um arcabouço logístico com escritórios locais, técnicos contratados, as parcerias formalizadas. Então é o momento de fazer com que os agricultores possam colher os frutos deste Projeto nas 133 comunidades atendidas. Queremos que os resultados sirvam não apenas para as gerações atuais, mas que tenham efeito multiplicador para as futuras gerações”, pontuou.

O Projeto Dom Távora tem quatro escritórios distribuídos nos territórios sergipanos: Carira, Nossa Senhora Aparecida e Pinhão (Agreste Central, com escritório em Carira);  Aquidabã e  Gracho Cardoso (Médio Sertão, escritório em Aquidabã); Simão Dias, Poço Verde, Tobias Barreto (Centro Sul, escritório em Poço Verde); Brejo Grande, Canhoba, Ilha das Flores, Japoatã, Neópolis, Pacatuba e Santana do São Francisco (Baixo São Francisco, com escritório em Neópolis).

Belivaldo pede ampliação do Projeto Dom Távora em Sergipe

Ao ser informado pelo oficial do FIDA que o projeto ainda dispõe de R$ 11 milhões para serem investidos, o governador solicitou a ampliação do Dom Távora para os municípios de Poço Redondo e Nossa Senhora da Glória, com o intuito de atender os pequenos agricultores que estão sofrendo com a estiagem prolongada

O governador Belivaldo Chagas recebeu, nesta segunda-feira (04), no Palácio de Despachos, a missão do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) que está acompanhando os resultados do Projeto de Desenvolvimento de Negócios para Pequenos Produtores (Dom Távora) em Sergipe. Na ocasião, o governador foi informado pelo oficial do Programa para o País Divisão da América Latina e Caribe, Leonardo Bichara Rocha, que os projetos sergipanos estão apresentando bons resultados, o que levou o Fundo Internacional a convidar o governo a firmar novas parcerias. A vice-governadora Eliane Aquino também participou do encontro.

O governador agradeceu a parceria com o FIDA, organismo das Nações Unidas para financiamento de projetos em regiões carentes, e avisou que, em breve, estará visitando os projetos do Dom Távora que estão em execução em Sergipe. Ele quer verificar os resultados até agora obtidos e fazer uma avaliação daquilo que deu certo e corrigir os eventuais erros encontrados.

Com a preocupação de consolidar os projetos que deram certo no estado, Belivaldo Chagas pediu, ainda, a prorrogação do prazo de conclusão dos projetos. “É preciso expandir o prazo para que os agricultores possam executar aqueles projetos que ainda estão em andamento e, com isso, consolidarmos os objetivos”, ressaltou.

Ao ser informado pelo oficial do FIDA que o projeto ainda dispõe de R$ 11 milhões para serem investidos, o governador solicitou a ampliação do Dom Távora para os municípios de Poço Redondo e Nossa Senhora da Glória, com o intuito de atender os pequenos agricultores que estão sofrendo com a estiagem prolongada.

Leonardo Bichara disse que é possível atender a demanda do governador e informou que o Dom Távora teve um arranque significativo nos seus resultados nos últimos 12 meses, tanto na sua execução física como na capacitação de pessoal.

O governador também mostrou interesse em fazer nova parceria com o FIDA, ao ser comunicado sobre o financiamento de projetos voltados para o semiárido nordestino, através do GCF (Fundo Verde do Clima) e o BNDES. O GCG é um banco multilateral para projetos na área da mudança climática. De acordo com Leonardo Bichara, serão realizados cofinanciamentos com recursos do FIDA e GCF exclusivamente para o semiárido nordestino.

Segundo o Leonardo Bichara, são mais de 5 mil famílias beneficiárias com projetos produtivos, chamados de Planos de Negócios. “Temos também uma grande equipe de capacitação no campo trabalhando no acompanhamento do desenvolvimento de capacidades. Vai ser um momento também de acompanhamento deste trabalho”, acrescentou o oficial do FIDA.

Pela manhã, os representantes do FIDA foram recebidos na sede da Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca do Estado de Sergipe (Seagri). Durante o encontro, foi apresentada uma visão geral do desempenho do Projeto por parte do coordenador Geral do Projeto, Gismário Nobre, além de apresentações específicas dos investimentos nas principais cadeias produtivas, como caprinocultura, avicultura, piscicultura – além do desempenho da gestão ambiental.

O coordenador geral do Projeto Dom Távora avalia que esse primeiro encontro entre a equipe técnica do Projeto e os consultores do FIDA foi bastante positivo. “Hoje estamos numa situação muito confortável em relação à última visita da missão, realizada junho de 2018. Nós avançamos 31% de execução financeira em sete meses de projeto. Alcançamos 133 projetos financiados, que estão permitindo beneficiar 5.291 famílias – ou seja, 85% da meta prevista”.

Gismário também destacou que, nos últimos sete meses, o projeto superou um gargalo muito grande em relação às licenças ambientais dos projetos. “A falta da licença ambiental poderia inviabilizar a maioria dos projetos, mas contratamos uma especialista neste assunto, por meio do PNUD, para orientar os projetos comunitários quanto à legislação. Também realizamos várias reuniões de entendimento com os órgãos ambientais explicando a sua natureza social. Hoje, já estamos com 120 projetos com licenças ambientais liberadas”, avaliou Gismário.

Vista de campo

Em paralelo aos trabalhos realizados na sede da Seagri entre as equipes do Fida e do Projeto Dom Távora, outro grupo com quatro técnicos locais acompanhou o coordenador técnico do FIDA, Emmanuel Bayle, em visita a projetos realizados em três municípios do Baixo São Francisco: Japoatã, Ilha das Flores e Brejo Grande.

Dom Távora

O Dom Távora é desenvolvido em 15 municípios sergipanos, atendendo a 5.291 famílias de pequenos agricultores com aplicação de recursos de mais de R$ 41 milhões. O investimento total previsto para o Dom Távora é de US$ 28 milhões, sendo a contrapartida estadual de US$ 12,6 milhões.

O acordo de financiamento celebrado entre o FIDA e o Governo de Sergipe, destinado à realização do Dom Távora, tem como meta desenvolver políticas públicas voltadas para a redução da pobreza rural mediante apoio aos pequenos produtores na execução de negócios agropecuários e não agropecuários, que contribuam para a segurança alimentar e permitam a inclusão pelo trabalho e pela renda de maneira sustentável.

Estão em execução nos 15 municípios sergipanos, 133 planos de negócios, financiados com recursos na ordem de R$ 41.468.635,45.  O Dom Távora já atingiu 69,27% da sua meta, que é de executar 192 planos de negócios, destinados a 6.200 famílias. O programa está sob a responsabilidade da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e Pesca.

Projetado para ser executado entre agosto de 2013 a setembro de 2019, o Dom Távora foi distribuído em quatro territórios: Agreste Central, Centro-Sul, Baixo São Francisco e Médio Sertão Sergipano. Compreendem esses territórios os municípios de Aquidabã, Brejo Grande, Canhoba, Carira, Gracho Cardoso, Ilha das Flores, Japoatã, Neópolis, Nossa Senhora Aparecida, Pacatuba, Pinhão, Poço Verde, Santana do São Francisco, Simão Dias e Tobias Barreto.

Dentre as determinações do projeto, dos 192 planos de investimentos agrícolas e não agrícolas a serem financiados, 60 terão que ser inovadores. Também é fator determinante, capacitar 900 produtores para atuarem como agentes de negócios, considerando que 50% deles sejam jovens e mulheres; e capacitar 200 técnicos de organismos públicos e privados de ATER em cursos de especialização Latu Sensu, cuja temática seja Gestão de Negócios Rurais para Pequenos Produtores.

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Última atualização: 4 de fevereiro de 2019 15:24.

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