Emdagro capacita técnicos sobre cultura do milho

Hoje a cultura do milho coloca Sergipe em quarto lugar do nordeste na produção do grão

Cada vez mais crescente em Sergipe, a cultura do milho tem chegado a regiões sem nenhuma tradição com o plantio e, hoje, já desempenha um papel importante na economia do estado. Diante dos novos desafios que envolvem a atividade, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) promove, no período de 14 a 16 de agosto, em Aracaju, um curso de capacitação sobre produção de milho, interpretação de análise de solo e recomendação de adubação dessa cultura que coloca o estado como quarto maior produtor do Nordeste.

Voltado para 25 técnicos da empresa, o curso acontece no Primme Hotel, na Orla de Atalaia, e foi aberto pelo presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos, que destacou a importância da capacitação. “A cultura do milho tem se expandido muito aqui em Sergipe e, por isso, vem tendo uma importância econômica muito grande para o nosso estado. Então, estamos promovendo essa reciclagem dos nossos técnicos sobre novas tecnologias, novas variedades do milho, para que eles possam atender da melhor forma os agricultores assistidos”, reforçou o presidente.

A programação prevê aulas teóricas sobre condições edafoclimáticas (que considera características do meio ambiente), fisiologia do milho, população, plantabilidade (precisão no momento do plantio), posicionamento de híbridos, manejo de herbicidas, adubação e controle de pragas. “Nossa proposta é fazer um bate papo numa grande troca de experiências e que eles saiam daqui com novas atualizações sobre a cultura, porque manter-se atualizado é muito importante. Por isso, espero que os técnicos da Emdagro saiam daqui muito mais preparados para, por exemplo, sanar algumas dúvidas dos produtores e acabar com muitos mitos sobre a cultura”, destacou o instrutor Wallace Borges, engenheiro agrônomo da empresa Santa Helena BioMatrix.

Segundo o diretor de Assistência Técnica da Emdagro, Jean Carlos Nascimento, Sergipe, dentro do contexto regional Sealba (Sergipe, Alagoas e Bahia), representa mais de 50% da produção de milho. “A gente está vendo o crescimento da cultura do milho em todas as regiões do estado e percebemos a necessidade dessa reciclagem, dessa capacitação dos nossos técnicos para que o agricultor, lá na ponta, tenha a melhor assistência técnica”, comentou.

Para o técnico e chefe do Escritório Local da Emdagro em Carira, Ananias Rezende, o curso é importante para orientação do produtor. “Hoje tem muitas informações sobre a cultura do milho, é preciso que a gente se atualize e, com o conhecimento a mais, reforce o compromisso e a responsabilidade de orientar o agricultor da melhor forma”, disse.

Outras culturas

A Emdagro tem observado o crescimento de outras cadeias produtivas que, assim como o milho, tem se mostrado como opção para o pequeno produtor. “Começamos realizando diagnóstico na cultura das plantas ornamentais, que tá crescendo muito e que dá um bom rendimento por área para o produtor; do café, que foi uma cultura muito forte no estado e está voltando; a do próprio milho; e a do açaí, que é uma atividade extremamente rentável. Vamos capitanear as ações, inclusive, na questão do zoneamento agrícola dessas culturas, como fizemos com a batata doce”, disse o coordenador de Agricultura da Emdagro, Eduardo Cabral.

Governo do Estado promove regularização fundiária e beneficia agricultores familiares sergipanos

A iniciativa está dentro do ‘Desenvolve Sergipe’, programa de governo que em quatro anos deve entregar títulos definitivos de posse a oito mil famílias

Uma das maiores conquistas para um agricultor é o reconhecimento legal da posse de sua terra. Nesse sentido, o Governo de Sergipe tem trabalhado para auxiliar os agricultores familiares na realização desse sonho, por meio do processo de regularização fundiária. Nos primeiros seis meses de 2023, já foram regularizados 967 títulos em benefício de agricultores familiares, responsáveis por 80% da produção de alimentos que chega à mesa dos sergipanos e brasileiros. Em abril, o governador Fábio Mitidieri fez a entrega de 380 títulos de posses em Porto da Folha, juntos aos 400 em Simão Dias, num total de 780 títulos entregues neste ano. Os demais 196 estão previstos para serem entregues, em breve, a agricultores de Campo do Brito, Aquidabã e Arauá.

O programa de regularização fundiária desenvolvido pelo Governo de Sergipe tem se mostrado um importante instrumento para garantir cidadania e segurança jurídica aos agricultores e agricultoras familiares do estado. Ao receberem seus títulos, eles têm a garantia legal de que suas terras são reconhecidas e protegidas pelo Estado, o que proporciona estabilidade e condições adequadas para o desenvolvimento de suas atividades agrícolas.

O agricultor Edenildo Rodrigues de Medeiros, 55 anos, morador do Povoado Lagoa da Entrada, na região do Umbuzeiro Doce, localizado a 12 quilômetros da sede de Porto da Folha, no alto sertão do estado,  é um dos beneficiários dos títulos fundiários entregues na localidade. O pequeno agricultor rural descreveu a emoção que é estar de posse da escritura do sítio de 200 tarefas, no qual produz leite e milho para alimentar o gado.

 “Esse título representa uma conquista. Mesmo pagando o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) há 30 anos, a gente não tinha essa segurança que temos hoje com essa escritura em mãos. A gente só tem a agradecer ao governo por garantir o direito à nossa terra. Estava na expectativa e finalmente recebi o título. Trouxe um alívio enorme para mim e minha família”, revelou o agricultor, que mora no sítio com a esposa e duas filhas. Com o documento, ele pretende investir mais no meu negócio e pleitear investimentos na área de insumos e maquinários para ajudar no crescimento da produção. “É uma conquista muito grande, pois agora eu posso procurar os bancos com mais facilidade, já que através do recibo ficava bem mais difícil conseguir crédito. Se fosse para custear por minha conta, iria gastar em torno de R$ 15 mil, o que se tornaria inviável”, observou. 

A sua esposa, a agricultora Evalda Teixeira de Medeiros, 49 anos, também foi uma das contempladas com a regularização fundiária. “Depois de muitos anos, consegui a escritura do pequeno terreno que adquiri. Significa um sonho realizado que não tinha nem mais perspectiva de conseguir. Tenho esse terreno há mais de 20 anos. Sempre estive com essa insegurança, porque sei que o recibo não é documento. Esse programa veio em boa hora para beneficiar os pequenos agricultores”, comemorou a produtora rural que pretende expandir a produção de leite e milho.

Já para o agricultor familiar Tadeu Gomes dos Santos, 42 anos, morador do sítio Boa Sorte, localizado no Povoado Lagoa do Rancho, em Porto da Folha, não há sensação melhor do que estar de posse do documento de sua terra. “Moro aqui há 17 anos. Adquiri o terreno há mais de 20, quando ainda era solteiro, por meio de recibo. Com esse programa do Governo do Estado finalmente consegui ter a escritura do meu sítio. Para mim, é uma grande conquista. Com ele, vai ser mais fácil conseguir benefícios junto ao banco, e vou poder comprar equipamentos para ajudar no trabalho”, disse.

Na avaliação de Tadeu, o documento vai mudar para melhor sua vida, a da sua família e de tantas outras pessoas que conseguiram também esse título. Só quem tem a posse desse documento sabe o alívio que traz. É gratificante demais! Se fosse para obter esse documento por minha conta ficaria muito custoso. Agora, tenho firmeza, é a comprovação, de fato, que o terreno é meu e da minha família”, disse o produtor rural, que mora com a esposa Angra Maria e dois filhos e cria em torno de 30 cabeças de gado.

Porto da Folha

A regularização fundiária é um processo fundamental para assegurar o direito de propriedade das famílias que trabalham na agricultura familiar. Nesse processo, por meio de convênio firmado com Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar do Brasil (MDA), o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), o Governo do Estado vem implementando uma política agrária, visando a democratização e otimização do uso da terra no estado, por meio da execução do cadastramento de imóveis de uso múltiplo e regularização fundiária de imóveis rurais, com a correspondente produção de base cartográfica digital, georreferenciamento e titulação dos referidos imóveis. Essa ação vislumbra o conhecimento da malha fundiária estadual e a promoção do seu ordenamento físico e jurídico, bem como o seu gerenciamento.

Segundo o chefe do escritório da Emdagro em Porto da Folha, Ricardo Aragão, a entrega dos títulos de terra representa um avanço para a agricultura familiar da região. “Em Porto da Folha, há aproximadamente 30 mil habitantes, 82% da nossa comunidade vive da pecuária ou da agricultura. Esses títulos de terra representam um avanço para o agricultor, porque antes eles tinham apenas o recibo e hoje têm a escritura para conseguir linhas de créditos juntos às unidades financeiras, para potencializar a produção. Com esse documento, de fato, ele é o dono. Então é um incentivo muito bom por parte do Governo do Estado para que as pessoas se sintam realmente donas de suas terras”, destacou.

O técnico da Emdagro e especialista em tecnologia de emissão de agricultura de baixo carbono, Sérgio Waltenberg Souza e Silva, destacou o processo de regularização fundiária desenvolvido no município de Porto da Folha. “A situação em Porto da Folha se encontra bem adiantada. Todas as propriedades foram mapeadas. Nesse processo não é somente entregar o título. A Emdagro sugere a medição e o cartório faz o registro e a matrícula sem custo nenhum para o agricultor. O trabalho da Emdagro, além de toda a medição, envolve também o levantamento em cartórios de imóveis que não apresentem conflitos. O objetivo é garantir a legalidade de todos os terrenos. Desta maneira, o agricultor familiar, de posse dos seu título, passa a ter acesso aos agentes financeiros e a recursos, a ter uma segurança de seu bem patrimonial, além de facilitar a ordenação da área. Com a ordenação fundiária, todos têm a parcela que é de direito”, ressaltou.  

Fortalecimento do setor agrícola

Além contribuir para a promoção da cidadania, uma vez que essas famílias podem acessar políticas públicas, linhas de crédito e programas de apoio voltados para a agricultura familiar, a regularização fundiária representa um importante passo para valorizar e fortalecer o setor agrícola do estado, promovendo o desenvolvimento e a melhoria da qualidade de vida no campo.

De acordo com a Secretaria de Estado da Agricultura, o programa de regularização fundiária é uma ação de alto impacto social e está presente como prioridade no programa ‘Desenvolve Sergipe’, para quatro anos, com previsão de beneficiar oito mil famílias com títulos de posse. 

O secretário de Estado da Agricultura, Zeca da Silva, destacou os benefícios que os agricultores e seus herdeiros alcançam com a regularização jurídica das propriedades, a exemplo de comprovação para aposentadoria, crédito bancário, além de facilitar o acesso às políticas públicas dos governos federal e estadual. “Nos primeiros seis meses de gestão, em 2023, já são 976 títulos regularizados para garantir cidadania e segurança jurídica aos agricultores e agricultoras, numa demonstração de compromisso com a população do campo”, disse o secretário da Agricultura.

A ação de regularização fundiária é realizada pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca, por meio da Emdagro. Com isso, a empresa tem ampliado as ações fundiárias para os municípios de Canindé de São Francisco, Poço Redondo, Nossa Senhora da Glória e Monte Alegre. “São mais assentados tendo a oportunidade de ter sua propriedade regularizada, gerando maior tranquilidade para o agricultor por ter um documento que lhe garante a posse da sua propriedade”, pontuou o presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos.

Serviços oferecidos pela Seagri e empresas vinculadas atraem atenção dos itaporanguenses durante a 9ª edição do ‘Sergipe é aqui’

O governador Fábio Mitidieri assinou a ordem de serviço para perfuração de poços no município; obras têm início  imediato

O município de Itaporanga d’Ajuda, distante cerca de 30 quilômetros da capital Aracaju, foi sede da 9ª edição do programa de Governo Itinerante “Sergipe é aqui”, realizado pelo Governo do Estado nesta quinta-feira, 10. Com uma população de cerca de 34 mil pessoas, Itaporanga é destaque por ser um reduto industrial, com grandes marcas alimentícias que exportam seus produtos para outros estados. Mais uma vez, a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) se fez presente, levando serviços e informações aos agricultores sergipanos juntamente com suas vinculadas – Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e Empresa de Desenvolvimento Sustentável do Estado de Sergipe (Pronese).

Na oportunidade, o governador Fábio Mitidieri assinou a ordem de serviço para perfuração de cinco poços no município, sendo um instalado pelo Programa ‘Água para Todos’, a ser executado pela Coderse;  as obras têm início imediato, como aponta o secretário de estado da Agricultura, Zeca da Silva. “O governador anunciou a perfuração de poços para abastecer a população e já estamos com o maquinário no município para iniciar. Esse é um pleito do deputado Marcelo Sobral e do prefeito Otávio Sobral, e recebe mais de R$ 700 mil do Estado para benefício das comunidades”, detalhou o gestor.

Em Sergipe, o programa Crédito Fundiário é coordenado pela Pronese e está presente em seis fazendas de Itaporanga, com 100 beneficiários. Durante a 9ª edição do Governo Itinerante, representantes do programa prestaram informações gerais sobre o benefício. Na ocasião, os agricultores Ailton dos Santos e Edinaldo José Pinto, do assentamento Karolayne, no povoado Rio Fundo do Arame, procuraram o estande da Seagri para obter informações sobre a antiga Declaração de Aptidão do Agricultor (DAP). Precisando atualizar o documento, que agora é denominado Cadastro da Agricultura Familiar (CAF), ambos foram atendidos pelo coordenador da unidade técnica do Crédito Fundiário, José Silveira Neto, e pelo diretor administrativo da Pronese, Abelardo Neto, que explicaram a importância do documento e os orientaram quanto à entrega da documentação necessária e preenchimento de formulários.

O coordenador Silveira Neto destacou que, semanalmente, a equipe do Crédito Fundiário tem visitado pelo menos dois municípios sergipanos, a fim de levar informações e resolver possíveis demandas. “Conversamos com os agricultores e agendamos uma visita na propriedade deles para o dia 22 de agosto, a fim de conhecermos pessoalmente o local e tratarmos sobre outras questões nas quais possamos auxiliá-los melhor”, detalhou.

O diretor Abelardo Neto ressaltou que essa é uma determinação do governador Fábio Mitidieri e do secretário da Agricultura, Zeca da Silva. “O CAF é o documento de identidade do produtor. É através dele que o agricultor consegue crédito no banco, dá entrada em sua aposentadoria, entre outros benefícios, e nós vamos fazer um levantamento nos municípios, a fim de realizar mutirões pontuais, com o objetivo de emitirmos o maior número de CAFs possível”, pontuou.

A agricultora Elisângela Rodrigues Santos, do povoado Salvadorzinho, ficou satisfeita ao receber seu CAF durante a edição do ‘Sergipe é aqui’. “Quero investir mais na minha propriedade, comprar sementes, adquirir umas cabeças de gado, e sei que só vou conseguir recursos no banco se eu tiver meu documento atualizado. Achei ótima essa iniciativa do governo de trazer os serviços até Itaporanga, assim pude resolver tudo por aqui mesmo”, considerou. 

Assim como ela, o agricultor Genivaldo Lisboa, do povoado Rio Fundo, a 20 quilômetros de Itaporanga, aprovou a ação do Estado. “Hoje saio daqui satisfeito, pois consegui receber meu CAF, de minha esposa e de meus três filhos. Trabalhamos juntos na roça, criando gado, plantando macaxeira, batata, e frutas de todas as qualidades e, com o CAF em mãos, vamos investir ainda mais na agricultura familiar”, afirmou.

Como tem feito nas demais edições do Governo Itinerante, a Emdagro recebeu amostras de solo, que serão encaminhadas para análise, e realizou a entrega de mudas de árvores frutíferas e de hortaliças aos agricultores que visitaram o estande da Agricultura. Uma dessas pessoas foi a agricultora Maria Vilma dos Santos, da fazenda Xindubinha, no Assentamento Sonho de Rose. Ela contou que ficou feliz ao ganhar um pé de jambo, a fruta preferida de sua netinha. “Já planto de tudo na minha roça, mas faltava o jambo. Agora vai ficar completa”, comemorou.

Expositores

O apicultor Pedro Luiz Moura participou do evento, demonstrando os produtos que fabrica nos Apiários Moura, em Itaporanga, e que comercializa em Sergipe. “Há 30 anos trabalho com o selo de inspeção estadual, inclusive somos o primeiro do estado a receber essa certificação. Produzimos mel, própolis, pólen desidratado e extrato de própolis, todos inspecionados pela Emdagro e certificados com o Selo de Inspeção Estadual”, detalhou Pedro Moura, que produz quatro toneladas de mel por ano e representa a Associação Sergipana de Apicultores, fundada há 54 anos e atualmente com 48 associados ativos.

Quem visitou o estande da Agricultura também pôde provar um delicioso café orgânico produzido no município, o café Garden Coffee, produzido no assentamento Bom Jesus, no povoado Duro, pelos amigos José Bartolomeu e Daniel Barbosa.

Agricultura

Governador autoriza obras de abastecimento de água durante 9ª edição do ‘Sergipe é aqui’ em Itaporanga d’Ajuda

Seagri e Coderse receberam demandas e mostraram ações de infraestrutura hídrica em todo estado

Por meio da sua vinculada Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), a Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) atendeu as demandas da população de Itaporanga d’Ajuda durante a 9ª edição do ‘Sergipe é aqui’, realizada nesta quinta-feira, 10. Na ocasião, a pasta recebeu do governador Fábio Mitidieri ordens de serviço e autorização para licitação de obras, que irão contemplar a perfuração de cinco poços e a implantação de sistemas de abastecimento em comunidades rurais do município, com investimento de quase R$ 760 mil. A medida deve beneficiar 1.800 famílias.

Na cooperação entre Governo do Estado e Prefeitura Municipal de Itaporanga, a Coderse vai perfurar poços tubulares para estabilizar o abastecimento no povoado Tapera e levar água ao Assentamento Sonho de Rose (Xinduba). O investimento foi feito com recursos de cerca de R$ 80 mil do tesouro do Estado, com o objetivo de garantir acesso à água a aproximadamente 500 famílias nas duas comunidades.

Moradora no povoado Tapera há 23 anos, Maria Cláudia dos Santos conta que tem rede de abastecimento de água ligada a todas as casas da comunidade, mas que o poço do sistema não consegue mais atender a demanda da população. “Esse poço vai ser muito importante para nós, principalmente aqui na minha rua, que o pessoal sofre muito com falta d’água. Para mim foi uma benção maravilhosa. Quando me disseram que esse poço seria perfurado foi melhor que ganhar um prêmio em dinheiro, porque a água é muito preciosa aqui para a gente”, disse.

O diretor-presidente da Coderse, Paulo Sobral, explicou que, das 1.800 famílias contempladas, algumas passarão a ter acesso a água, enquanto outras terão o abastecimento regularizado. “São comunidades que têm água, mas que cresceram de uma forma significativa, e a gente vai ter que fazer um complemento de um novo sistema para poder dar condição de abastecer toda a comunidade. É mais um ‘Sergipe é aqui’, e a Coderse participou desse em especial, porque o governador Fábio Mitidieri assinou ordem de serviço e autorização para licitação de cinco novos sistemas de abastecimento”, confirmou.

A partir de convênio entre a Seagri e a Caixa Econômica Federal, a Coderse também vai executar a perfuração de dois poços tubulares, com instalação de rede de distribuição de água para atender a população de cerca de mil famílias do povoado Nova Descoberta. A licitação para a obra, da ordem de R$ 454 mil em investimentos, também foi autorizada pelo governador Fábio Mitidieri durante o ‘Sergipe é aqui’ em Itaporanga.

O convênio com a Caixa Econômica contempla ainda outros quatro sistemas de abastecimento em comunidades rurais dos municípios de Japaratuba, Malhador, Capela e Rosário do Catete, com o valor total de R$ 1.364.357,50 licitado pela companhia estadual.

Programa Água para Todos

A partir da ordem de serviço do governador Fábio Mitidieri, a Coderse vai iniciar os serviços de perfuração para a instalação de um novo poço no povoado Água Boa, onde residem aproximadamente 300 famílias. O investimento aproximado no novo sistema de abastecimento será de R$ 223 mil, entre recursos federais e contrapartida do Estado.

Na segunda etapa do Programa ‘Água para Todos’, o estado de Sergipe foi contemplado com R$ 2,5 milhões em recursos do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, para instalação de 20 sistemas de abastecimento simplificado de água.

Agricultura

Equipe técnica do Governo de Sergipe participa do Semiárido Show

Evento ocorrido em Petrolina/PE é a maior feira de inovação tecnológica voltada para a agricultura familiar do semiárido brasileiro

Com objetivo possibilitar e facilitar o acesso aos conhecimentos, informações e tecnologias desenvolvidos pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e instituições parceiras, uma comitiva de técnicos da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e da Companhia de Desenvolvimento de Sergipe (Coderse) participou, no período de 1° a 4 deste mês, do Semiárido Show, que ocorreu em Petrolina, no estado de Pernambuco. O evento é considerado a maior feira de inovação tecnológica voltada para a agricultura familiar do semiárido brasileiro.

A programação contou com cerca de 50 palestras, dez seminários e atividades gratuitas, além de dia de campo, oficinas, workshop, encontros e cursos. No primeiro dia, a comitiva sergipana participou da abertura com uma palestra sobre reúso de água e sobre o projeto Dom Távora, de apoio aos pequenos produtores rurais. Ao longo da semana, houve a feira de agricultores familiares, com exposição de produtos e serviços voltados para agricultura familiar. Ainda foram abordados temas como o sistema de produção da palma forrageira; as alternativas forrageiras para o rebanho do semiárido; o reúso de águas cinzas para produção de alimentos; as potencialidades e limitações de solos da caatinga; e as estratégias para o melhoramento genético de caprinos e ovinos de corte no semiárido.

Na ocasião, o diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural da Emdagro, Jean Carlos Ferreira, em articulação com técnicos da Embrapa, viabilizou variedades e cultivares de batata doce e outros produtos para realizar uma demonstração de métodos e observação, buscando a multiplicação para repasse aos agricultores familiares. “Também visitamos a Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc), onde conhecemos toda história e formas de extrativismo sustentável, o que culturalmente proporciona uma estabilidade a todos os seus cooperados dentro do bioma caatinga”, detalhou o diretor.

A comitiva também visitou a agroindústria multinacional Argo, que produz uvas e exporta 85% de sua produção para Europa e Estados Unidos. A visita teve o objetivo de conhecer todo o processo de produção e comercialização da fruta em uma região com poucas chuvas.

Participaram da comitiva o diretor Administrativo e Financeiro, Fernando André, o diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural, Jean Carlos Ferreira, os técnicos e assessores Izildinha Dantas, Ary Osvaldo Bomfim, Eduardo Cabral, Godofredo Albuquerque, Sérgio Valtemberg, o engenheiro civil, Hugo Monteiro Rocha, o coordenador da Asplan da Secretaria de Estado da Agricultura, Arlindo Nery, a zootecnista da Seagri, Annelise Aragão, o presidente da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), Paulo Sobral, e o diretor de Irrigação da Coderse, Júlio Leite.

Produção de cacau está em pleno desenvolvimento na região sul de Sergipe

As Unidades de Observação de Cacau na região sul estão em pleno desenvolvimento; constatação foi feita pela Emdagro, que comprovou a correta aplicação dos tratos culturais, a exemplo do coroamento e roçagem dos plantios, que em muitas áreas são feitos consorciados com as bananeiras

Quando se fala no plantio do cacau, ingrediente principal do delicioso chocolate, pensamos na região do sul da Bahia, pois foi lá onde o fruto encontrou o solo e clima mais propícios para sua produção em grande escala. Mas, há alguns anos, a produção do cacaueiro vem sendo realizada em território sergipano. Sim, nós temos cacau. 

Segundo o técnico da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) Eduardo Cabral, em 2000, os agricultores sergipanos começaram a experimentar com o cultivo de cacau como uma alternativa aos altos custos de manutenção da cultura da laranja na região sul e centro sul do estado. “Os agricultores familiares do município de Arauá foram os pioneiros nesse cultivo. Em 2009, percebemos que vários agricultores familiares estavam com plantação em pequenas áreas na região sul do estado com comercialização lucrativa, ainda que incipiente, de amêndoas secas de cacau comercializadas no município de Floresta Azul, no sudoeste da Bahia”, explica o técnico.  

De acordo com o diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural, Jean Carlos Nascimento Ferreira. “Em 2022, foram instaladas nove Unidades de Observação com a cultura do cacau consorciada com bananeira, nos municípios de Arauá, Estância, Lagarto, Indiaroba, Umbaúba, Itabaianinha e Santa Luzia. A partir de então, mantemos a assistência técnica e o acompanhamentos das áreas com o cultivo do cacau na região. Acabamos de implementar, agora em julho de 2023, outra unidade produtiva em Boquim”, destaca o diretor.

Resultados
Numa recente visita de rotina a uma das Unidade de Observação de Cacau do Produtor, em Estância, onde 230 plantas foram implantadas, o técnico Cláudio Júnior comprovou que a unidade está devidamente identificada e que os tratos culturais, como coroamento e roçagem, foram realizados. “Nessa unidade, plantamos em área irrigada, há um ano. Agora, estamos observando os resultados. Houve alguma mortalidade, mas que está dentro do previsto no primeiro ano”, explica. 

O produtor Edson Souza, do Assentamento Vitória da União, em Santa Luzia do Itanhi, conta que, nessa unidade, 250 mudas implantadas estão sob observação há 12 meses. “Estamos há um ano trabalhando com essa variedade de cacau, nessa unidade demonstrativa. Algumas morreram, mas, no geral, tudo está saindo muito bem”. O grande diferencial, de acordo com o produtor, é o trabalho em parceria com a Emdagro, que acompanha o trabalho de perto, com o objetivo de incentivar a diversificação da fruticultura no território sergipano, de forma sustentável. “Junto com os técnicos estamos trabalhando para fazer algo diferenciado. Queremos fazer agroecologia, sem ‘veneno’. Na próxima semana, por exemplo, vamos aplicar um defensivo orgânico líquido”, relata, entusiasmado. 

Ainda conforme o balanço apresentado pelo diretor técnico da Emdagro, Jean Nascimento, atualmente, os 23 produtores envolvidos na exploração do cultivo do cacaueiro, numa área plantada de 30,8 hectares, têm expectativa para uma boa safra neste ano. “Esperamos que a safra 23, que inicia a partir da segunda quinzena do mês de agosto, seja em torno de 8,5 toneladas de amêndoas de cacau, que atualmente vêm sendo comercializadas no município de Santo Antônio de Jesus, no estado da Bahia”, finaliza.

Seagri participa do Lançamento da Expoglória 2023

Evento vai acontecer no período de 19 a 22 de outubro em Nossa Senhora da Glória

A Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) participou do lançamento da Expoglória 2023, feira agropecuária tradicional da região do alto sertão sergipano. O evento vai acontecer no período de 19 a 22 de outubro em Nossa Senhora da Glória, organizado pela Prefeitura em parceria com a Cooperativa Sertaneja do Agronegócio (Coopesea).

Representando o Governo do Estado no lançamento, o secretário de Estado da Agricultura, Zeca Ramos da Silva, destacou o apoio do governo na realização deste evento que aproxima o setor público dos produtores. “É satisfação poder participar do lançamento desse grande evento, que é a Expoglória, apresentado aqui hoje pela cooperativa, pela prefeitura. O governo do estado, se inserindo também, vai incentivar o evento como uma forma de estar mais próximo do produtor”.

“Será um evento muito grande, muito representativo, uma feira multieventos, logicamente com foco maior no leite, onde haverá palestras, estandes para venda de equipamentos, de insumos e prestação de serviços. Então, o estado não poderia se furtar de estar participando, precisamos incentivar ainda mais nossa bacia leiteira que já é bastante representativa no Brasil, é a segunda do Nordeste e a gente tem que estar aqui junto com o produtor e com a cooperativa participando, fomentando ainda mais as atividades produtivas”, pontuou o secretário  Zeca da Silva.

A prefeita de Glória, Luana Oliveira, reforça a grandiosidade do evento.“Estamos aqui hoje lançando a Expoglória 2023, que vai se tornar uma das maiores festas do Estado de Sergipe, pois estamos falando da bacia leiteira de Nossa Senhora da Glória, a capital do leite, então estamos convidando todos vocês para conhecerem nossa festa que vai acontecer em outubro e que vai marcar o Estado de Sergipe. Glória hoje representa a maior bacia leiteira do Estado e movimenta a economia de todo o alto sertão, com certeza será uma festa linda. Agradeço ao governo do Estado e à Secretaria da Agricultura com essa parceria que abraça sempre todos os produtores rurais e com certeza toda a economia de Sergipe vai estar junta nessa festa”, disse Luana.

O proprietário do Laticínio Ouro Bom, Alan Diego Barros Silveira, diz que será um dos expositores e convida os demais produtores a se engajarem na realização do evento. “Primeiro eu queria agradecer a prefeitura de Glória, que nos apoiou na conquista do nosso selo estadual, e também agradecer ao secretário Zeca e ao governador Fábio Mitidieri que nos apoiou nessa conquista. Também aproveitar e chamar todos os produtores de leite para participarem desse grande evento, onde estaremos expondo nossos produtos, com estande durante a feira.

O presidente da Coopesea, Marcelo Barreto, diz que o evento é uma oportunidade de ampliar a cooperativa. “Estamos nessa parceria público privada junto com a prefeitura de Nossa Senhora da Glória para realização da Expoagro que já é o maior evento da região alto sertão. Uma feira agropecuária feita para pequenos, grandes e médios produtores. Nós acreditamos que esse evento vai também contribuir para ampliar a participação dos produtores na cooperativa e fortalecer ainda mais nosso setor produtivo. Da cooperativa participaram ainda do lançamento o diretor Sidcley Costa e Fábio Júnior.

Programação

Dentro da programação da Expogloria haverá exposição e venda de animais, venda de máquinas, equipamentos e insumos para o setor agropecuário, além de palestras e orientação de técnicos especializados em agricultura e pecuária. O evento contará também com show musicais. 

Agricultores familiares já podem fazer inscrição no Programa Garantia Safra

Podem participar do programa os agricultores familiares cuja renda bruta mensal seja de até 1,5 salários mínimos, excluindo a aposentadoria rural

As inscrições para o Programa Garantia Safra (GS) 23/24 já estão abertas. O programa, que é uma ação do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), oferece linhas de crédito, incentivos e políticas agrícolas para produtores cujas safras sejam afetadas pela falta de chuva ou excesso hídrico.

O gerente do Programa, Sérgio Santana, explica que, para realizar as inscrições, os agricultores devem procurar as Secretarias Municipais de Agricultura, escritórios da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), ou Sindicatos dos Trabalhadores Rurais, com documentos de identificação em mãos. Ao completar a inscrição, o agricultor recebe um boleto bancário, que pode ser pago na Caixa Econômica ou Casas Lotéricas. “A adesão do agricultor é efetivada com o pagamento simbólico de R$ 12,00, por meio do boleto bancário”, confirma o gerente.

O programa já é conhecido por garantir as condições mínimas de sobrevivência aos agricultores de diversos municípios. Neste ano, ele agrega outros objetivos à sua agenda ao buscar o aumento do número de produtores de municípios inscritos nos programas anteriores, como também atrair novos produtores de outras regiões que ainda não tenham aderido ao programa. “Neste ano, queremos ampliar o número de agricultores em cada município, e expandir para outros que não demonstraram interesse ainda, mas estão na área de atuação, como Tomar do Geru, Itabaianinha, Cristinápolis, Riachão do Dantas, Umbaúba. Para isso, o programa conta com o apoio da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e da Emdagro, para realizar reuniões e treinamentos nos municípios mencionados. “Nessas reuniões, passamos toda a informação sobre o programa, tiramos dúvidas e fazemos o treinamento sobre o sistema”, destaca Santana.

Segundo o secretário da Agricultura de Sergipe, Zeca Ramos da Silva, manter o investimento na agricultura familiar é um compromisso da Seagri e do Governo do Estado. “Pelo levantamento do Banco do Brasil, das 590 mil operações de crédito em todo o país realizadas na safra passada, 53% dos contratos foram com a agricultura familiar. Esse resultado é bastante significativo e reafirma o compromisso com os pequenos produtores, que representam 70% do alimento que chega à mesa da população. É importante que essa prioridade seja intensificada”, pontuou.

Podem participar do Programa famílias cuja renda bruta mensal seja de até 1,5 salários-mínimos, excluindo a aposentadoria rural, atenda ao requisito de cultivar lavouras não irrigadas e tenha área plantada de 0,6 a 5 hectares. Na composição do Fundo, os agricultores contribuem com 2%, o Município com 6%, o Estado com 12% e a União com 80%, em relação ao valor pago a cada agricultor.

Perímetro irrigado estadual que atende três municípios recebe obras no inverno

Riachuelo, Malhador e Areia Branca têm áreas irrigadas pelo Jacarecica II. Inverno chuvoso foi propício à paralisação da irrigação e realização de serviços estruturais

Para de chover e volta a ser necessário o fornecimento de água no Perímetro Irrigado Jacarecica II, situado na tríplice divisa entre os municípios de Riachuelo, Malhador e Areia Branca, na grande Aracaju e agreste sergipano. Mas no longo período em que o clima foi generoso com as plantações, o polo agrícola mantido pelo Governo do Estado recebeu manutenções e reparos da infraestrutura que leva água da barragem, por gravidade, até os 344 lotes.  

Essas unidades produtivas também receberam benfeitorias no período em que a irrigação deixou de funcionar. Como é o caso do lote de Marcílio Rezende, no assentamento Mário Lago. A chuva foi tanta que até atrapalhou a plantação. E ele precisou da ajuda da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) — empresa vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) — para abrir drenos em seu lote e diminuir o encharcamento do solo. “Foi necessário, para fazer o escoamento de água, porque com a chuva do inverno formou-se uma lagoa dentro do terreno e com isso, acabou o problema do acúmulo de água”. 

Pela pouca diferença de temperatura, na passagem de uma das quatro estações para outra no Nordeste, na observação prática do agricultor, só existem duas e o ‘verão’ é todo aquele período em que não há chuva que traga frio e solos encharcados. “No inverno é o tempo que a gente menos trabalha aqui, por causa do solo. A produção mesmo forte aqui é no ‘verão’, com a água do perímetro Jacarecica II”, completou Marcilio Rezende, que produz milho, batata-doce, amendoim, maracujá, mamão, banana, coentro e couve na irrigação pública.

O diretor de Irrigação da Coderse, Júlio Leite, explica que o Jacarecica II se difere da maioria dos perímetros irrigados estaduais, por não ter custos com energia elétrica para bombeamento. “Esse encargo não é revertido ao agricultor e ele tem um custo reduzido para produzir. Por outro lado, tem certos tipos de culturas que não vão se dar bem no inverno. Ainda mais em um ano atípico como o de 2023, com chuvas acima da média. Por isso, a gente sabia que era possível aproveitar esse período em que o perímetro estava inoperante, para realizar algumas obras que os produtores esperavam há muito tempo”, pontuou.

Com o sistema interrompido, sem irrigar, foi possível realizar a recomposição de uma comporta de metal na barragem do perímetro Jacarecica II. A obra evitará danos estruturais futuros à rede de distribuição e foram consertados vazamentos na tubulação de 1.200 mm que faz a adução da barragem. “Mas também fizemos o reparo em adutora de 600mm no Assentamento Dandara; a solda da tubulação da caixa de registro do Assentamento Santa Maria, onde foi aberta e cascalhada uma estrada para ter acesso a esse local da obra; e teve a recuperação da tubulação que fornece água ao Assentamento Mário Lago”,completou o diretor Júlio Leite.

Irrigante no Assentamento Marcelo Déda, José Luiz Correia é um produtor que se dedica à agricultura irrigada no período de estiagem, quando planta feijão-de-corda, pimenta de cheiro, quiabo, banana, batata-doce e macaxeira. “Esse serviço é muito importante. A Coderse fez isso e a gente ficou muito alegre, o povo daqui ficou muito satisfeito. E no ‘verão’ nós estamos sabendo que teremos água, graças a Deus, para nós produzirmos. Porque sabe que não tem vazamento. Quando tem vazamento a água fica fraca. Um usa hoje e o outro usa amanhã, e agora não. Feito o serviço, a gente está mais tranquilo”, considerou.

“Nós todos dependemos da água e essa revisão é necessária. Esse ‘manejo’ que a Coderse está fazendo, está de parabéns. Oferecendo até retroescavadeira para a gente fazer o escoamento da água do lote e tirando os vazamentos que existiam na saída da barragem”, concluiu o irrigante Marcilio Rezende.

Perímetro irrigado estadual que atende três municípios recebe obras no inverno

Riachuelo, Malhador e Areia Branca têm áreas irrigadas pelo Jacarecica II. Inverno chuvoso foi propício à paralisação da irrigação e realização de serviços estruturais

Para de chover e volta a ser necessário o fornecimento de água no Perímetro Irrigado Jacarecica II, situado na tríplice divisa entre os municípios de Riachuelo, Malhador e Areia Branca, na grande Aracaju e agreste sergipano. Mas no longo período em que o clima foi generoso com as plantações, o polo agrícola mantido pelo Governo do Estado recebeu manutenções e reparos da infraestrutura que leva água da barragem, por gravidade, até os 344 lotes.  

Essas unidades produtivas também receberam benfeitorias no período em que a irrigação deixou de funcionar. Como é o caso do lote de Marcílio Rezende, no assentamento Mário Lago. A chuva foi tanta que até atrapalhou a plantação. E ele precisou da ajuda da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) — empresa vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) — para abrir drenos em seu lote e diminuir o encharcamento do solo. “Foi necessário, para fazer o escoamento de água, porque com a chuva do inverno formou-se uma lagoa dentro do terreno e com isso, acabou o problema do acúmulo de água”. 

Pela pouca diferença de temperatura, na passagem de uma das quatro estações para outra no Nordeste, na observação prática do agricultor, só existem duas e o ‘verão’ é todo aquele período em que não há chuva que traga frio e solos encharcados. “No inverno é o tempo que a gente menos trabalha aqui, por causa do solo. A produção mesmo forte aqui é no ‘verão’, com a água do perímetro Jacarecica II”, completou Marcilio Rezende, que produz milho, batata-doce, amendoim, maracujá, mamão, banana, coentro e couve na irrigação pública.

O diretor de Irrigação da Coderse, Júlio Leite, explica que o Jacarecica II se difere da maioria dos perímetros irrigados estaduais, por não ter custos com energia elétrica para bombeamento. “Esse encargo não é revertido ao agricultor e ele tem um custo reduzido para produzir. Por outro lado, tem certos tipos de culturas que não vão se dar bem no inverno. Ainda mais em um ano atípico como o de 2023, com chuvas acima da média. Por isso, a gente sabia que era possível aproveitar esse período em que o perímetro estava inoperante, para realizar algumas obras que os produtores esperavam há muito tempo”, pontuou.

Com o sistema interrompido, sem irrigar, foi possível realizar a recomposição de uma comporta de metal na barragem do perímetro Jacarecica II. A obra evitará danos estruturais futuros à rede de distribuição e foram consertados vazamentos na tubulação de 1.200 mm que faz a adução da barragem. “Mas também fizemos o reparo em adutora de 600mm no Assentamento Dandara; a solda da tubulação da caixa de registro do Assentamento Santa Maria, onde foi aberta e cascalhada uma estrada para ter acesso a esse local da obra; e teve a recuperação da tubulação que fornece água ao Assentamento Mário Lago”,completou o diretor Júlio Leite.

Irrigante no Assentamento Marcelo Déda, José Luiz Correia é um produtor que se dedica à agricultura irrigada no período de estiagem, quando planta feijão-de-corda, pimenta de cheiro, quiabo, banana, batata-doce e macaxeira. “Esse serviço é muito importante. A Coderse fez isso e a gente ficou muito alegre, o povo daqui ficou muito satisfeito. E no ‘verão’ nós estamos sabendo que teremos água, graças a Deus, para nós produzirmos. Porque sabe que não tem vazamento. Quando tem vazamento a água fica fraca. Um usa hoje e o outro usa amanhã, e agora não. Feito o serviço, a gente está mais tranquilo”, considerou.

“Nós todos dependemos da água e essa revisão é necessária. Esse ‘manejo’ que a Coderse está fazendo, está de parabéns. Oferecendo até retroescavadeira para a gente fazer o escoamento da água do lote e tirando os vazamentos que existiam na saída da barragem”, concluiu o irrigante Marcilio Rezende.

Governo

Última atualização: 1 de setembro de 2023 09:28.

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