Produtores de arroz estimam alta produção com as sementes doadas pelo governo

A distribuição das sementes teve início nesta segunda-feira, 31 de julho, no povoado Serrão, município de Ilha das Flores, baixo são francisco

É tempo de semeadura para cultivo do arroz na região norte do estado, às margens do Rio São Francisco. A rizicultura é a principal atividade econômica da região e que coloca Sergipe como o terceiro maior produtor de arroz do Nordeste. Para a safra 2023, que inicia agora e vai até final de setembro, o Governo de Sergipe está distribuindo 120 toneladas de sementes certificadas para 1100 irrigantes e parceleiros dos perímetros irrigados de Cotinguiba/Pindoba, Betume e Propriá, no Baixo São Francisco. O programa constitui-se em uma política de governo como forma de apoiar a produção de grãos dos agricultores familiares sergipanos, principalmente aqueles em condições mais vulneráveis. A distribuição das sementes teve início nesta segunda-feira, 31 de julho, no povoado Serrão, município de Ilha das Flores.

Segundo o secretário de Estado da Agricultura, Zeca da Silva, essa é mais uma etapa do programa de distribuição de sementes certificadas, denominado ‘Sementes do Futuro’. “Estamos cumprindo a determinação feita pelo governador Fábio Mitidieri de atender àqueles produtores que mais precisam, o agricultor familiar, e este ano ampliamos de 90 toneladas para 120 toneladas, em relação ao ano passado. Até maio deste ano de 2023 o governo já distribuiu 115 toneladas de sementes de milho para 11.500 famílias de agricultores de 31 municípios, com investimentos de R$ 1,5 milhão. Com esta ação de apoio aos produtores são mais de R$ 900 mil investidos. O estado totaliza nesse período de seis meses valores da ordem de R$ 2,4 milhões, na compra e distribuição de sementes de milho e arroz. Uma ação que tem reflexos grandiosos sobre a produção e produtividade do grão e consequentemente na melhoria da renda familiar e da economia da região”, destacou o secretário.

O presidente da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), Gilson dos Anjos, destacou a qualidade das sementes. “A qualidade é excelente. São sementes certificadas com uma produtividade estimada de 7.654 kg/ha. A distribuição é feita por meio da Emdagro, com apoio da cooperativa local, onde os produtores estão cadastrados. Cada produtor recebe 100 quilos de sementes (quatro sacos de 25 kg)”, observou. O representante da Emdagro explica que dos 1.100 rizicultores beneficiados, 715 são do Perímetro Betume (que abrange os municípios Pacatuba, Ilha das Flores e Neópolis); 260 em Cotinguiba Pindoba (Propriá e parte de Neópolis); e 125 do Perímetro Propriá (Propriá, Telha e Cedro de São João).

Agricultor de Ilha das Flores desde os 18 anos, Jailton dos Santos, conhecido como Chaleira, planta quatro hectares e está muito animado para iniciar o plantio. “Começo a plantar dia 20 de agosto, então essa semente chegou num momento muito bom. A gente espera que o resultado seja muito bom, porque a semente é de qualidade, que rende bastante. Eu começo a plantar no próximo dia 20 de agosto e devo colher em dezembro, perto de 38 mil quilos de arroz e já temos comprador certo, que é o Grupo Coringa”, afirmou.

Retomada

O presidente da cooperativa Cooperflores, Cairo Castro, falou da importância das sementes e destacou a retomada do plantio em outras áreas, como o povoado Resina, em Brejo Grande. “Hoje é um dia de muita alegria. O Governo do Estado está aqui fazendo essa ação de entrega das sementes, beneficiando também o povoado Resina, onde serão distribuídos  dez mil quilos de arroz para o pequeno produtor, garantindo uma semente de qualidade, que vai ser colocada no campo para que ele possa produzir o seu arroz e comercializar da melhor forma possível. É o Governo do Estado sempre nos apoiando e nossa cooperativa só tem a agradecer ao governador Fábio”, enfatizou.

O jovem agricultor Alexandro dos Santos recebeu as sementes das mãos do secretário Zeca da Silva. “Estou muito satisfeito em ter recebido essas sementes, que nos ajudarão muito, porque o valor tá muito elevado para a gente comprar e no início da safra a gente precisa reduzir os gastos para que mais na frente a gente possa ter um lucro maior, afirmou.

Para Maria José Bezerra dos Santos, vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do município de Brejo Grande, foi de grande importância essa ação do Governo do Estado. “Tem muita gente que volta a plantar agora e não tem recursos para comprar as sementes. Muito importante receber esse benefício do governo. Eu mesma planto, colhi esta semana 40 tarefas de arroz e vou começar a preparar o solo para plantar novamente, já usando essas sementes que recebi”, comemorou.

Dados da produção

Sergipe é o terceiro maior produtor de arroz do Nordeste, depois do Maranhão e Piauí, segundo o IBGE. Em 2022, foram produzidas 39.932 toneladas de arroz em uma área de 5.132 hectares, perfazendo um rendimento médio de 7.654 Kg/ha. A previsão do IBGE para 2023 é de uma safra de 38 550 toneladas, -3,5% em relação ao ano passado.

Feira da agroecologia retorna em Itabaiana

Suspensa há cinco anos, a feira volta a funcionar no Dia Nacional do Agricultor

Após cinco anos sem ser realizada, a Feira Agroecológica Sabores e Saberes, das Organizações de

Controle Social (OCS’s), do Agreste Central, retornou na última sexta-feira, 28 de julho, data em que se comemora o Dia Nacional do Agricultor. A feira que foi criada em 2011, acontece ao calçadão Dr. Airton Teles, no centro de Itabaiana. Realizada pela Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), em parceria com o Sebrae e Secretaria Municipal de Agricultura de Itabaiana, o evento conta com barracas de artesanato rural, beiju de massas, comidas típicas, bioinsumos, consulta veterinária de pequenos animais e orientações técnicas.

O objetivo da feira agroecológica é divulgar a cultura do consumo de alimentos orgânicos e levar alimentos saudáveis, sem uso de veneno, até o consumidor, além de contribuir com uma melhor qualidade de vida pra quem consome. Durante a feira ainda aconteceram apresentações culturais, orientações de nutrição e saúde, distribuição gratuita de sementes de milho, da variedade crioula, de mudas frutíferas e de espécies nativas, além dea comercialização de bolos naturais e sucos Detox (feitos à base de frutas e vegetais que possuem propriedades antioxidantes e diuréticas).

“A agroecologia vem buscando seu espaço e, pensando nisso, nós estamos sempre presentes nas ações de comercialização dos produtores orgânicos de Sergipe. A gente sempre observou que o calçadão Dr. Airton Teles foi um espaço privilegiado para venda desses produtos. Então estamos retomando, em parceria com o município, Sebrae e demais parceiros a continuar com essa feira agroecológica, que facilita muito para a população acessar esse alimento de qualidade. É um espaço diferenciado. Estaremos incentivando os agricultores a produzirem cada vez mais um alimento saudável”, comentou o chefe do escritório local da Emdagro, em Itabaiana, Waltenis Braga.

Uma das pioneiras da feira, a agricultora familiar Élida Rosa Vieira, disse estar muito feliz com o retorno da atividade. Na ocasião da OCS do Agreste Central, a agricultora levou vários produtos para serem comercializados no local: cenoura, cebola, chuchu, beterraba, couve, alface, cebolinha, agrião, rúcula, inhame, macaxeira, batatas e muitos outros. “Há 11 anos iniciamos esse trabalho aqui na feira e estou muito feliz por estarmos retomando, depois de cinco anos que ficou suspensa. Hoje estamos trazendo, inclusive, produtores de orgânicos de outras OCS para mostrar que a cultura da agroecologia no Estado de Sergipe é uma cultura extremamente viável”, afirmou.

Participando pela primeira vez da feira agroecológica, em Itabaiana, o agricultor orgânico da OCS Colônia Treze, em Lagarto, Resivaldo Antônio dos Santos, trouxe mais de 40 produtos para comercializar. “Estou muito feliz em estar aqui no meio de tantos amigos e tantas pessoas que querem transformar a agroecologia no Estado. Eu trouxe pra feira um pouco de tudo que eu produzo, mas o que estou ensinando aqui hoje é a fazer o melhor beiju do mundo, para que o povo pare de comer só pizza, pastel, panqueca e lasanha.

Comercialização

Para o Assessor de Comercialização da Emdagro, Wagner Brito, a feira livre é um importante canal de comercialização da agricultura familiar agroecológica. “A venda de produtos orgânicos de origem animal (criações) e vegetal (culturas) exige planejamento, organização e persistência. O agricultor precisa ter em mente que o importante é se organizar para comprar bem, produzir bem e vender bem e, nesse caso, o vender bem tem que levar em consideração realizar um levantamento dos mercados para a comercialização dos produtos orgânicos, como a feira, a venda direta em domicílio e o ponto de vendas”, comentou Wagner. Ainda segundo Brito, a proposta da feira é que ela aconteça todas as sextas-feiras, das 7h às 12h. “Importante reconhecer também que a organização da feira contou com a participação dos colaboradores do escritório local da Emdagro”, ressaltou.

Seagri e vinculadas levam serviços para o ‘Sergipe é aqui’ em Itabaianinha 

Técnicos da Emdagro realizaram a entrega de 40 Cadastros da Agricultura Familiar (CAFs) e receberam 30 amostras de solos de propriedades de agricultores familiares de Itabaianinha e região

Secretários da Agricultura dos municípios de Tomar do Geru, Umbaúba, Itabaianinha e Tobias Barreto estiveram reunidos com o secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca, Zeca da Silva, durante a 8ª edição do programa ‘Sergipe é aqui’, realizado pelo Governo do Estado, nesta sexta-feira, 28, no município de Itabaianinha, região sul de Sergipe. 

A convite do secretário Zeca, os demais secretários municipais foram discutir sobre o Programa Garantia-Safra, com o objetivo de possibilitar a adesão ou atualização do município na ação. Também durante o evento, técnicos e dirigentes das empresas vinculadas à Seagri – Emdagro e Coderse – estiveram realizando atendimento aos agricultores da região, fazendo entrega do Cadastro de Agricultura Familiar (CAFs), distribuição de mudas de árvores frutíferas, hortaliças e amostras de semente, além de prestar informações sobre os serviços oferecidos aos pequenos produtores.

O Programa Garantia Safra é um tipo de seguro de renda mínima, com recursos advindos das contribuições de agricultores, prefeituras municipais, governos estaduais e governo federal, que são depositados em um fundo financeiro solidário. Podem participar do programa agricultores que plantam entre 0,6 a cinco hectares de arroz, feijão, milho, algodão e mandioca, em área não irrigada, e que tenham renda familiar mensal de até um salário mínimo. 

“É importante que os municípios façam adesão ao Garantia Safra, para que os produtores rurais possam ser beneficiados quando não tiverem uma colheita boa ou na perda de sua safra. É um direito conquistado e adquirido e precisamos trabalhar juntos pra fazer valer”, disse o secretário Zeca, ao observar que o benefício que antes era de R$ 800 atualmente passou a ser de R$ 1.200 por safra.

Durante a reunião, ele destacou que de agora em diante vai promover esses encontros com os secretários da Agricultura, em cada localidade onde for realizada uma edição do Governo Itinerante. “Queremos ouvir vocês e saber das necessidades dos municípios, conhecer as demandas do homem do campo em cada região. Temos um governador jovem, dinâmico, que quer as coisas para ontem e precisamos acompanhar o ritmo dele. Estamos construindo um projeto muito bom para 2024, já com recursos assegurados. Vem muita coisa boa por aí”, garantiu o secretário Zeca. 

O secretário da Agricultura de Tobias Barreto, Elenaldo Alves de Meneses, destacou a importância do município ter aderido ao Garantia Safra e de como o programa ajuda ao homem do campo. “Quando assumi a pasta, em 2021, tínhamos pouco mais de 400 inscritos no programa. Hoje já são quase mil agricultores que vêem nessa ação um benefício muito bom e que chega na hora certa. O programa vem fluindo muito bem em nossa região”, afirmou Elenaldo, conhecido popularmente na região como ‘Hominho’.

Adilson Santana, que participou da reunião representando o titular da pasta em Umbaúba, Edgar Cerqueira, ficou entusiasmado em conhecer o programa. “Muito importante e oportuno por ajudar os pequenos produtores rurais em um momento de grande necessidade. Já tinha ouvido falar, mas não tinha informações mais precisas, inclusive não imaginava que a cultura da mandioca também se encaixava nessa ação. Vou levar todas as informações que o secretário nos passou, para discutirmos a possibilidade de Umbaúba também fazer parte do Garantia Safra”, destacou.   

Atendimento aos agricultores

Técnicos da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) realizaram a entrega de 40 Cadastros da Agricultura Familiar (CAFs) e receberam 30 amostras de solos de propriedades de agricultores familiares de Itabaianinha e região, que serão encaminhadas para análise pelo Instituto Tecnológico e de Pesquisas de Sergipe (ITPS). 

“Somente nesse primeiro semestre do ano já entregamos mais de dez mil CAFs. Uma ação muito importante do Governo do Estado, já que esse documento representa a identidade do agricultor e com ele o pequeno produtor consegue ter acesso a vários benefícios”, observou o diretor-presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos. 

Para Alessandra Pinheiro dos Santos, de Tomar do Geru, foi muito importante vir até Itabaianinha para receber seu CAF. “Agora vou poder pedir um dinheirinho no banco para investir na minha roça, junto com meu marido”, disse a agricultora, que é mãe de dois meninos, gêmeos, e mora no Povoado Cardoso. “Antes eu não tinha acesso a benefício nenhum e agora sei que vai ser diferente, com o CAF em minhas mãos”, afirmou a também agricultora Josefa de Jesus Santos, que planta mandioca, milho e feijão no Povoado Fundão, de Itabaianinha, junto com seus pais.

Coderse presente

Na participação da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) no ‘Sergipe é aqui’, em Itabaianinha, a empresa recebeu demandas de perfuração de poços na zona rural e apresentou, em uma maquete detalhada, o Programa Água Doce. Na mesma semana do Governo Itinerante, a Seagri e suas vinculadas realizaram oficinas de sustentabilidade ambiental para dez comunidades assistidas com sistemas de abastecimento com dessalinizador.

“Sergipe é um estado que na gestão do Água Doce tem o diferencial de oferecer a manutenção ou recuperação das unidades de dessalinização, com equipes da Coderse; e a capacitação contínua dos operadores. Para que eles façam, de imediato, pequenos reparos para retornar o abastecimento de água. Tudo isso graças ao investimento do Governo de Sergipe e a expertise de 40 anos que a companhia possui na área de poços e sistemas de abastecimento de água”, pontuou o presidente da Coderse, Paulo Sobral.

Agricultura gera emprego e renda com apoio de políticas públicas do Governo de Sergipe

O trabalho dos agricultores é responsável pelo desenvolvimento da economia com projeção nacional e regional em vários cultivos, como milho, arroz, laranja, cana-de-açúcar e batata doce

Os primeiros raios de sol anunciam a jornada de trabalho dos agricultores. Arar a terra, semear, regar, acompanhar o cultivo de alimentos e colher fazem parte da rotina desses trabalhadores do campo. Nesta sexta-feira, 28, é celebrado o Dia do Agricultor e dados do Observatório de Sergipe revelam que o estado tem 93.275 estabelecimentos agropecuários, dos quais 72.060 são de agricultura familiar e 21.215 são de agricultura comercial.

Pertencente ao setor primário da economia, a agricultura tem gerado emprego e renda no estado. Agricultora há mais de 40 anos, Janieide Santos aprendeu o ofício com seu pai. “Quando meu pai começou a trabalhar na agricultura, eu tinha uns 8 anos. Aprendi a amarrar tomate, plantar pimentão, colher também, limpar terreno, a fazer tudo. A rotina dessa época era encaixar as verduras, botar na carroça e colocar à venda na feira livre de Itabaiana”, relembrou. Hoje, de acordo com a agricultora, o processo de venda ficou mais fácil. “Agora, depois de a gente colher, tem os clientes certos e eles mesmo vêm pegar, levam para a cidade deles e distribuem a mercadoria. Para alguns a gente faz a entrega também”, explicou. 

A rotina do produtor de hortaliças Sival de Josa da Verdura é bem parecida e, também, começa ainda cedo. A propriedade de Sival fica em Itabaiana, na região agreste do estado, e é gerida por ele, sua esposa e filhos. Um trabalho em equipe que tem gerado bons frutos. O leque de clientes de Sival está começando a se expandir e a sua plantação também. “Veja, esse espaço que temos aqui já está pequeno. Aos pouquinhos os clientes de fora estão aparecendo e estamos tendo que nos adequar aqui para atender e, assim, vamos crescendo também. Graças a Deus”, disse, ao apontar para uma estufa em construção num terreno ao lado. “Um cliente de Feira de Santana, na Bahia, vem pegar sementeira de tomate, pimentão, cheiro verde, maxixe…”, completou, animado.

Falando como gestor e produtor agrícola, o secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca, Zeca da Silva, afirma que está duplamente feliz em comemorar o Dia do Agricultor. “Esse profissional do campo está diretamente ligado à segurança alimentar da população e ao incremento da economia. Quem é do ramo sabe que a agricultura é uma atividade diária, incansável e gratificante por propiciar a produção do alimento que chega à mesa das pessoas”, analisou.

Fomento à agricultura

Em Sergipe, o trabalho dos agricultores é responsável pelo desenvolvimento da economia com projeção nacional e regional em vários cultivos, a exemplo do milho, arroz, laranja, cana-de-açúcar e batata doce. E o Governo de Sergipe tem feito a sua parte junto ao agricultor com vários incentivos, a exemplo da regularização fundiária, entrega de sementes certificadas para fortalecer a produção de grãos, águas e infraestrutura hídrica nos perímetros irrigados, assistência técnica, orientação fitossanitária, incentivos fiscais para a produção e comercialização, além da disponibilidade de crédito, por meio do Banese. São incentivos que têm chegado do pequeno ao grande agricultor.

“Observamos também evolução na capacidade produtiva e comercial do setor agrícola sergipano, que alcançou passos importantes, como agora em 2023, com a exportação do milho – com cerca de 50% das 60 toneladas exportadas originadas aqui mesmo de nosso estado, a farinha de mandioca seguindo para os Estados Unidos e as exportações do suco de laranja representando mais de 70% do valor total das exportações. Essa busca pela ampliação das fronteiras comerciais incentiva o agricultor a produzir mais com maior qualidade”, ressaltou

Agricultores

Seguindo os passos dos pais e avô, Cleidiane Reis, que chegou a fazer sete períodos da faculdade de Engenharia Agrícola, acompanha todo processo entre plantio, adubação, colheita e venda dos produtos que sua família produz. “A gente trabalha com mudas e hortaliças. As mudas a gente faz e atende a população daqui, usamos também para plantar e depois já vender a alface pronto para consumo. a gente atende o pessoal da região, Areia Branca, Lagarto, Neópolis, além de vários povoados. 

Ela conta que o objetivo agora é ampliar a produção para enviar, também, para a Bahia. isso porque muitos clientes do estado vizinho têm perguntado se eles fazem entrega da produção. “A gente ainda não tinha como, pois só tinha poucas estufas. Estamos construindo mais quatro estufas e daqui a uns dias teremos como abastecer outras regiões”, informou. As hortaliças da família de Cleidiane seguem um padrão de qualidade e para chegar a esse nível eles precisaram estudar uma fórmula do adubo utilizado para as mudas crescerem na ordem certa e seguir um padrão. “Esse é nosso diferencial, um segredinho nosso, um trabalho em equipe”, disse, com orgulho.

A agricultora Cristina Reis trabalha no campo há 32 anos e a sua função, entre tantas outras, é verificar diariamente a qualidade dos produtos plantados por sua família. “Tem que prestar atenção na alface, no coentro, no hortelã… para saber se tem alguma lagarta, molhar… tem que fazer isso todos os dias para manter a qualidade”, relatou sua rotina. Com o intuito de antecipar qualquer problema, a Emdagro entra na assistência no controle do manejo integrado das pragas e doenças.

Desde criança, o produtor de batata doce e macaxeira Gerivaldo de Brito foi criado na roça. O agricultor, além de seguir os passos de seu pai, também criou os seus filhos com a agricultura. José Carlos Santos Nascimento produz batata doce, amendoim e coentro e orgulha-se de seus produtos abastecerem a mesa de diversos sergipanos. Há 20 anos ele lida com a terra e divide a labuta com sua família. “Eu fico muito satisfeito de estar produzindo não só para mim como para as outras pessoas também. O que eu produzo aqui vai para São Paulo, Bahia e Alagoas”, disse.

Assistência ao trabalhador do campo

Prestando toda assistência aos homens e mulheres do campo, o Governo do Estado, por meio da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), vinculada à Secretaria de Secretaria de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural (Seagri), promove reuniões, cursos e palestras aos agricultores cadastrados. De acordo com o extensionista da Emdagro Agenor Antonio do Nascimento, a empresa do estado presta assessoria técnica ao agricultor, por meio de um trabalho de convivência com esses trabalhadores, que garante informações sobre segurança alimentar, além da agroecologia.  

De acordo com Agenor, por intermédio de um planejamento, equipes da Emdagro usa a metodologia de extensão rural para escutar o produtor, saber qual sua demanda. “Com esse contato, podemos auxiliar o agricultor com a análise de solo, escalonamento de produção ou ainda auxílio para crédito rural, cadastro nacional de agricultura familiar – que é um documento que é um passaporte para ele acessar as políticas públicas, empréstimo em banco ou ainda aposentadoria. Se o campo vai bem, a cidade vai bem”, analisou. 

O técnico agrícola responsável pelo perímetro Jacarecica I, em Itabaiana, Simião Santana, informou que a Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) dá apoio aos irrigantes fazendo visitas aos proprietários orientando nos plantios e na comercialização durante o ano inteiro, principalmente no verão. “Aqui, em Itabaiana, no inverno trabalhamos mais com a cultura do milho porque os lotes encharcam no período de inverno por causa das chuvas”, explicou.

Emdagro reúne equinocultores para tratar sobre medidas de vigilância do Mormo

Reunião aconteceu na Aease e contou com criadores de cavalos e médicos veterinários que discutiram sobre aspectos da doença

A Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) reuniu na noite de terça-feira, 25, no auditório da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Sergipe (Aease), em Aracaju, mais de 70 pessoas entre médicos veterinários, produtores rurais e representantes de associações de criadores de equinos para discutir a Portaria n° 187/2023, que dispõe sobre as medidas de vigilância do Mormo, com aplicação do controle do trânsito de cavalos em todo estado de Sergipe.

A reunião foi aberta pela diretora de Defesa Animal, Aparecida Andrade, que esclareceu trechos da portaria da Emdagro, publicada no último dia 21 de julho, que considera o Mormo de peculiar interesse para fins de fiscalização e defesa sanitária animal. Na ocasião, o auditor fiscal federal agropecuário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Leandro Oliveira dos Santos, falou sobre a legislação federal vigente sobre o assunto. Já a médica veterinária da Emdagro, Marcela Porto, apresentou as legislações estaduais, os casos da doença no estado e como vem sendo realizado seu diagnóstico nas propriedades com suspeita da doença.

Ao todo já foram diagnosticados dez focos da doença em Sergipe. “Nosso objetivo foi esclarecer os criadores da cadeia dos equídeos do estado e profissionais médicos veterinários sobre as medidas de vigilância, em relação aos equídeos e, especialmente, sobre o Mormo que, no estado, já se diagnosticou dez focos da doença, em quatro municípios sergipanos. Em Lagarto, seis focos; Itaporanga D’Ajuda, com dois; e os municípios de Carmópolis e São Cristóvão, com um foco em cada um”, esclareceu Aparecida Andrade.
 

Nova portaria

Segundo ela, o Mapa publicou uma nova portaria que flexibilizou todas exigências, em nível nacional, no que tange à doença do Mormo, o que para o estado de Sergipe é bastante perigoso. “Então convidamos para participar dessa reunião o representante do Mapa para falar sobre a portaria do órgão, que tornou flexíveis as exigências, o que para nós é um pouco perigoso, por flexibilizar bastante os cuidados da doença aqui no estado”, explicou a diretora.

Diante dessa flexibilização, por parte do Ministério da Agricultura, a Emdagro publicou sua Portaria nº 187/2023, que prevê, por exemplo, que a Guia de Trânsito Animal (GTA) para equídeos, para finalidade de eventos, será emitida com a apresentação do exame de Mormo negativo, como também os exames de Anemia Infecciosa Equina. “Ou seja, para participar de eventos de aglomeração, a aprovação de entrada dos equídeos se dará após a análise de toda a documentação sanitária: GTA, carteira de vacinação e inspeção clínica dos animais, desde que os mesmos não apresentem sintomatologia clínica de doenças infectocontagiosa, como o Mormo e a Anemia Infecciosa Equina (AIE)”, reforçou Aparecida.

Presente na reunião, o diretor financeiro da Associação Quarto de Milha (AQSL), Eduardo Salustino Faro, disse que a reunião foi bastante produtiva. “Foi extremamente produtiva para toda a classe da equinocultura sergipana, demonstrando a preocupação de todos os que estão envolvidos com o Mormo, que é um problema de saúde pública e que afeta muitas pessoas envolvidas com os cavalos. Por isso entendo que a fiscalização precisa ser intensa, porém, muito maior que a fiscalização dos órgãos responsáveis, precisa ser a responsabilidade do criador e do competidor. Essa precisa ser maior do que tudo”, comentou.

Seagri recebe destinação de caminhões e peças do Receita Cidadã

Bens darão reforço à frota da Coderse, na perfuração de poços, obras de saneamento rural e irrigação

Veículos e peças de reposição apreendidos pela Secretaria Especial da Receita Federal em Sergipe, foram revertidos em doação à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). A destinação do caminhão, do carro-pipa e jogo de 20 pneus de caminhão ocorre pelo Programa Receita Cidadã e vão dar reforço à execução de obras e serviços da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse).

Em cerimônia realizada na terça-feira, 25, na sede da Delegacia da Receita Federal em Sergipe, ocorreu a entrega oficial à Seagri, à Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) e ao Instituto Federal de Sergipe (IFS), que também recebeu a destinação de caminhões e equipamentos eletrônicos. No ato, representou a Secretaria de Agricultura e a sua vinculada, a Coderse, o diretor de Infraestrutura Hídrica da companhia estadual, Ernan Sena. É em seu setor que estará toda demanda para os novos veículos e peças.

“A Secretaria de Agricultura, por meio da Coderse, tem a missão de levar água e saneamento básico às comunidades do interior, que ainda não têm acesso, e esses caminhões vão ser instrumentos disso, para que a gente possa fazer perfuração de poços, fazer a nossa função social, que é o saneamento rural. Levar saúde para essas pessoas mais carentes no campo”, pontuou o diretor Ernan Sena.

Chefe da seção de Logística da Receita Federal em Aracaju, Fernando Dantas explica que esses veículos foram apreendidos pelas polícias Federal (PF), Rodoviária Federal (PRF) ou Militar de Sergipe (PM/SE) transportando mercadorias contrabandeadas e, neste caso, sofreram pena de perdimento para a União. Pelo programa Receita Cidadã, a secretaria especial faz a destinação desses bens para ações benéficas à toda sociedade.

“Estes veículos ficaram disponíveis para destinação, que pode ser através de leilão ou incorporação para órgãos públicos, ou doação para organizações sociais sem fins lucrativos. Recebemos a solicitação da Seagri, que informou qual seria a utilização dos veículos e isso foi determinante na escolha do órgão para receber os veículos”, destacou Fernando Dantas.

Abastecimento de água

No lote doado à Seagri consta um caminhão Mercedes-Benz, modelo Actros, atrelado a dois reboques de carga abertos; um caminhão-pipa Mercedes-benz, modelo L-1620; e um jogo de 20 pneus para caminhão 295/80 R22,5. Perfuração de poços, construção de sistemas e redes de abastecimento de água, desassoreamento de barragens, obras de saneamento rural e de revitalização dos perímetros irrigados, serão algumas das atividades-foco da infraestrutura de transporte que a Coderse recebeu da Receita Federal, via Seagri.

Segundo o diretor-presidente da Coderse, Paulo Sobral, existe toda uma logística de apoio aos locais onde ocorrem as obras e serviços da empresa. Transportando máquinas, materiais de construção e até água. “A perfuração de poços, por exemplo, emprega muitos equipamentos e suprimentos, como tubos e conexões de PVC, cimento e uma argila que, misturada à água, que também tem que ser levada até o local de perfuração, serve de fluido de perfuração para as perfuratrizes pneumáticas”, exemplificou o presidente.

Governo do Estado mantém medidas de prevenção à influenza aviária em Sergipe

Ao trabalhar com a conscientização do setor produtivo e da sociedade civil, o governo tem como objetivo evitar a chegada da doença em Sergipe e, consequentemente, preservar a produção avícola no estado

O plano de contingência estadual para a prevenção da influenza aviária no território sergipano tem sido colocado em prática pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), por meio da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro).

Segundo a diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Maria Aparecida, o último inquérito da influenza aviária e da doença de Newcastle (DNC) – que foi realizado em abril deste ano e coletou cerca de 500 amostras de galinha de postura e frango de corte, em diversos municípios – não detectou o foco da doença em Sergipe. Apesar desse resultado, o Sistema de Monitoramento, Avisos e Ações para fins de prevenção, instituído pelo decreto nº 358, de 24 de julho de 2023, já está em ação.

“Temos uma equipe de emergência treinada, com equipamentos de proteção individual, material para atendimento e coleta de amostras biológicas. Além disso, temos um laboratório de triagem estruturado e uma empresa de transporte aéreo para o envio das amostras para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA), em São Paulo, caso seja necessário”, destaca a diretora. 

Em maio, o Governo Federal decretou emergência zoosanitária em todo o território nacional. Em Sergipe, no entanto, o Decreto foi instalado como um procedimento de prevenção no enfrentamento da doença aviária. De acordo com Aparecida, 68 focos foram detectados em todo o país, em sete estados, sendo que dois foram registrados em aves domésticas nos estados de Santa Catarina e Espírito Santo. “Em Sergipe, não tivemos casos, mas na Bahia sim, e nos preocupa por conta da proximidade, mas sabemos que lá o foco foi em aves silvestres”, acrescenta.  

O secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca, Zeca da Silva, ressaltou que o Governo do Estado, por intermédio da Seagri, trabalha com a cooperação de diversos setores da sociedade para evitar a propagação da doença. “Essa medida de controle conta com a cooperação dos gestores municipais, representantes do setor produtivo e órgãos ambientais, observados os princípios e diretrizes recomendadas pelo Ministério da Agricultura”, pontua o secretário.  

Ao trabalhar com a conscientização do setor produtivo e sociedade civil, o governo tem como objetivo preservar a produção avícola de Sergipe. “Por meio da Emdagro, já alertamos as autoridades municipais da agricultura e saúde dos 75 municípios de Sergipe. Estamos focados em proteger o nosso plantel avícola”, conclui Zeca da Silva.

Primeira remessa de farinha sergipana é exportada para os Estados Unidos nesta terça-feira, 25

A farinha sergipana irá para a Califórnia e será vendida por meio de uma loja virtual no site da Amazon americana

Presente na mesa dos sergipanos quase que diariamente, a farinha de mandioca foi exportada para os Estados Unidos. A primeira remessa deste produto, que é genuinamente brasileiro, foi embarcada na terça-feira, 25, para o estado da Califórnia. O dirigente da Cooperativa de Farinha de Mandioca (Coofama), Luiz Carlos, explicou que o processo de exportação partiu de iniciativa do Sebrae através de um projeto-piloto. “O Sebrae é nosso parceiro desde o início, fez uma prospecção de empresas que já estão prontas para fazer esse serviço e nos fez esse convite e aceitamos”, disse.

Nesta primeira remessa, serão 310 kg de farinha que irão complementar a alimentação dos americanos. “Não fizemos nenhuma alteração na embalagem, acrescentamos apenas uma etiqueta com a tradução das informações nutricionais necessárias”, informou. A farinha sergipana irá para a Califórnia e será vendida através de uma loja virtual no site da Amazon americana. Além disso, foi preciso também ter o reconhecimento do selo da Federal Drug Administration (FDA), órgão governamental dos Estados Unidos, que faz o controle dos alimentos.

Centenas de casas de farinha atuam na região de Campo do Brito, destas 22 são cooperadas. “A farinha é produzida diariamente porque atendemos todo mercado sergipano e fora do estado como Salvador, algumas áreas de Alagoas e São Paulo. Fazer farinha para a gente é tão natural quanto acordar”, afirmou. De acordo com Luiz Carlos, para os sergipanos e produtores rurais da cooperativa, é muito gratificante ter o produto exportado para os Estados Unidos. “No final das contas, percebemos que todo nosso trabalho, que é árduo e pesado, está dando certo e isso é muito bom!”, orgulhou-se.

Dono de uma casa de farinha há 15 anos, Marcos Santana, aprendeu o ofício com seu avô. “A gente recebe a mandioca, lava, depois a gente raspa, descasca, depois a gente rala, ficando uma massa úmida. Depois a gente prensa, peneira e por fim, a gente torra”, explicou o processo completando que dependendo do gosto do cliente a farinha fica fina, média e grossa. 

Outros produtos

Na região de Campo do Brito, além da farinha, que é o carro-chefe, produz-se também a macaxeira e tapioca a vácuo, que chega pronta para consumo na casa do consumidor. Além disso, de acordo com Luiz Carlos, algumas cooperadas produzem doces e salgados que tem como base a macaxeira, que são vendidos por encomenda. “Os nossos produtos são de excelente qualidade e estão presentes em todas as redes de supermercados espalhados por nosso estado. Nenhum deles tem conservantes”, fez questão de destacar.

Fortalecimento da agricultura familiar é prioridade para o Governo de Sergipe

Cerca de 77,3% dos 93 mil estabelecimentos rurais são compostos por agricultores familiares

Responsável pela geração de renda e emprego no campo, com a garantia do sustento de milhares de famílias, o Governo de Sergipe reconhece a importância da agricultura familiar e tem trabalhado com foco no seu fortalecimento. A Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Rural e da Pesca (Seagri) e suas empresas vinculadas são os braços do governo no campo e têm caminhado junto com os pequenos agricultores. Em Sergipe, de acordo com o último censo do IBGE, cerca de 77,3% dos 93 mil estabelecimentos rurais são compostos por agricultores familiares. E mais: estes estabelecimentos se notabilizam, entre outras coisas, pelo total de 73,13% das pessoas ocupadas nas unidades produtivas.

“O Governo de Sergipe tem feito a sua parte junto ao agricultor familiar com políticas públicas e diversos incentivos, a exemplo da regularização fundiária, entrega de sementes certificadas para fortalecer a produção de grãos, águas e infraestrutura hídrica nos perímetros irrigados, assistência técnica, orientação fitossanitária, além das várias iniciativas de fomento para a pecuária bovina, a exemplo do melhoramento genético e controle sanitário do rebanho”, destacou o secretário de Estado da Agricultura, Zeca da Silva. São instrumentos que têm chegado do pequeno ao maior agricultor, mas, principalmente, ao agricultor familiar, que corresponde à maior parcela dos produtores no estado.

Ainda de acordo com o secretário, em Sergipe, a produção de arroz no baixo São Francisco, a laranja produzida no sul sergipano, a pecuária leiteira do alto sertão, a ovinocaprinocultura no agreste e sertão, e a produção de mandioca na região centro-sul são bons exemplos de atividades agropecuárias significativas para a economia do estado, com participação importante do agricultor familiar.

Regularização fundiária
Dados da Seagri detalham, que nos primeiros seis meses de 2023, já são 976 títulos regularizados para garantir cidadania e segurança jurídica aos agricultores e agricultoras familiares. Em abril, o governador Fábio Mitidieri entregou 380 títulos de posses em Porto da Folha, que, juntos aos 400 entregues em Simão Dias, já são 780 títulos entregues neste ano. Os demais 196 estão previstos para serem entregues em breve, em Campo do Brito, Aquidabã e Arauá. Além disso, mais 50 famílias receberam liberação da hipoteca, que dá condição de adquirir certidão cartorial da terra pela Coordenação Estadual do Crédito Fundiário, feito pela Pronese, empresa vinculada à Seagri.

Fortalecimento da pecuária
Outra importante ação voltada para o pequeno produtor é a continuidade do Programa de Melhoramento Genético, por meio da tecnologia de Inseminação Artificial por Tempo Fixo (IATF), realizado pelo Governo do Estado em parceria com a Confederação Nacional de Agricultores e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer). Em 2022 foram inseminadas 402 matrizes e teve um percentual de prenhez de 41%. Vários animais inseminados no ano passado já nasceram nos municípios de Glória, Monte Alegre, Itabi e Nossa Senhora de Lourdes. Pelos dados disponibilizados pela Seagri, agora em 2023 cerca de181 matrizes foram cadastradas, sendo que 64 delas já passaram pelos primeiros exames e protocolos hormonais. A meta é fazer a inseminação de 500 a 600 animais, atendendo tanto a pecuária de leite como a de corte.

Outra ação realizada que fortalece a pecuária, especificamente a cadeia produtiva do leite, ao adquirir a produção dos criadores sergipanos e ao mesmo tempo ajudando as famílias com entrega gratuita do leite, é o Programa de Aquisição de Alimento na modalidade leite (PAA-Leite). O governador Fábio Mitidieri assinou aditivo com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, quando da vinda do ministro Wellington Dias a Sergipe. Até dezembro de 2023, o programa investirá mais R$ 2.491.442,80.

O ministério também já assegurou mais R$ 9 milhões para continuidade do PAA-Leite em 2024. Já foram comprados 1.011.576 litros de leite pelo Estado aos produtores e distribuídos para famílias sergipanas em situação de vulnerabilidade. Pelas informações da Secretaria da Agricultura, diariamente são distribuídos 3.072 litros de leite.

Fomento e diversificação
De acordo com a Secretaria de Estado da Agricultura, o setor agrícola tem recebido bastante atenção, com ações de fomento e diversificação de culturas. Exemplo disso é o Programa de Distribuição de Sementes. Denominado Sementes do Futuro, o programa foi lançado no mês de maio, no município de Nossa Senhora da Glória. Já foram distribuídas 115 toneladas de sementes selecionadas e certificadas de milho para 11.500 famílias de agricultores de 31 municípios. O investimento do Governo do Estado foi de R$ 1,5 milhão.

As sementes de milho ajudam também no fortalecimento da cadeia produtiva do leite, visto que a maior parte da produção dos pequenos produtores vai para alimentação dos animais. Foram distribuídas ainda sementes de hortaliças para implementação de 30 hortas em comunidades e escolas. Para o segundo semestre de 2023 o governo vai distribuir 286 mil raquetes de palma forrageira (sementes de palmas) e 120 toneladas de sementes de arroz, já licitadas.

Para garantir a produção agrícola dos pequenos produtores, foram cadastrados 13.104 agricultores sergipanos no Programa Garantia-Safra em 22 municípios. O Governo do Estado assinou adesão com os 22 municípios participantes e garantiu a contrapartida financeira. No primeiro semestre deste ano foram pagos R$ 13 milhões aos 11.325 agricultores familiares de 12 municípios, que tiveram suas perdas de safra reconhecidas no ano passado.

Outra ação prioritária realizada pela equipe do Governo de Sergipe é o Cadastro da Agricultura Familiar (CAF). “Sem este cadastro, o agricultor familiar não tem acesso à políticas públicas. Este documento é a porta de entrada da agricultura familiar, permitindo o acesso às principais políticas públicas, financiamentos bancários, para investimento em arranjos produtivos, e, é com este documento que o agricultor tem direito à aposentadoria rural.”, diz o secretário Zeca da Silva. Segundo ele, de janeiro a junho, o governo entregou 8.399 CAFs.

Apoio à agricultura irrigada
Conforme balanço da Secretaria da Agricultura, os seis perímetros públicos irrigados administrados pelo Governo de Sergipe também recebem atenção permanente, por meio da Companhia de Desenvolvimento Rural de Sergipe (Coderse). Em atividades contínuas como fornecimento de água de irrigação e assistência agrícola aos produtores e ações periódicas, recuperação das estradas de acesso aos perímetros, como a manutenção elétrica e mecânica das estações de bombeamento (EBs), limpeza da vegetação às margens dos canais.

Somente na recuperação da EB-02 do perímetro Califórnia foram investidos R$ 482 mil. Ainda no Califórnia, 35 irrigantes receberam doação de um total de 17.500 metros de mangueiras apropriadas para a adoção das tecnologias mais eficientes de irrigação, a microaspersão ou a irrigação por gotejamento. Juntos, os perímetros são responsáveis por uma produção anual de 132 mil toneladas de alimentos, numa área irrigada de 5.902 hectares, com valor bruto anual de R$ 173,7 milhões a estes empreendedores rurais.

Recuperação de barragens e aguadas
O apoio do governo em disponibilizar água para o setor agropecuário também tem sido em forma de recuperação de barragens e aguadas. De janeiro a junho de 2023, são 184 pequenas aguadas e duas médias barragens concluídas neste ano, pelo Programa de Recuperação de Barragens do Governo de Sergipe. A política pública ganhou um reforço orçamentário de R$ 2,5 milhões, anunciados pelo governador Fábio Mitidieri em março. As atividades de limpeza em barragens de pequeno e médio porte, visam ampliar a capacidade de acumulação de água desses reservatórios, assoreados e deteriorados pelo tempo de uso. A iniciativa integra o Programa Desenvolve Sergipe, que agora totaliza R$ 4,9 milhões em investimentos na revitalização dessas reservas de água.

A avaliação do secretário de estado da Agricultura é de que existem ainda grandes desafios, mas o Governo de Sergipe segue firme apoiando e fortalecendo a agricultura familiar, por meio da Secretaria da Agricultura e suas empresas vinculadas Emdagro, Coderse e Pronese. “Vários projetos novos estão em elaboração, com um volume de recursos significativos a serem aplicados e o governador Fábio Mitidieri sinalizou para avançarmos neste sentido”, concluiu Zeca da Silva.

Emdagro realiza Dia Especial sobre a cultura do café em Itaporanga

O objetivo foi demonstrar a viabilidade da cultura no Estado

Ao todo setenta agricultores familiares, de treze municípios sergipanos, participaram, na última quinta-feira, 20, em Itaporanga D’Ajuda, de um Dia Especial sobre a Cultura do Café. O evento aconteceu na propriedade do agricultor Daniel Barbosa, do Assentamento Bom Jesus, que abriu suas portas para demonstrar, na prática, a viabilidade da cultura que há muitos anos foi de grande potencial no Estado. Dividido em quatro estações metodológicas, o dia especial, que é uma realização da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) em parceria com a prefeitura local, tratou sobre a produção de mudas, o cultivo do café em sistema agroflorestal, o manejo sustentável da cultura e o pós-colheitas e beneficiamento do grão.

O presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos, abriu o evento cumprimentando todos os presentes e destacou a importância do dia. Ele comentou que a equipe da assistência técnica e extensão rural da empresa – vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) – fará um diagnóstico sobre a cultura do café no Estado. “Nossa equipe vai fazer um diagnóstico sobre a cultura, saber quais municípios estão plantando o café, como estão plantando, quem são os produtores que produzem e como estão produzindo, se há necessidade de estruturarmos viveiros telados para evitar contaminação das mudas. Quando estivermos de posse desse diagnóstico, vamos sentar com o Secretário de Agricultura, Zeca da Silva e com o Governador Fábio Mitidieri para, a partir daí, construirmos as diretrizes de como nossos técnicos irão atuar em apoio aos agricultores”.

Gilson destacou também a importância da diversificação de cultura. “Com o café oferecemos ao estado uma nova cultura, porque não podemos ficar reféns da laranja, da cana de açúcar, do milho. Precisamos ter outras oportunidades de negócio, como o café, o cacau e o açaí, que são culturas que já estão sendo implantadas. Com o apoio técnico da Emdagro, do Governo do Estado e da Assembleia Legislativa é que vamos melhorar muito social e economicamente a vida de quem mais precisa do poder público, que é o pequeno produtor rural”, ressaltou o presidente.

Representando o Secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca, Zeca da Silva, o gerente do Crédito Fundiário, José Silveira Dantas Neto, destacou a importância do evento. “Primeiro é importante destacar que esse assentamento em que estamos é fruto do Programa de Crédito Fundiário do Governo do Estado, onde foram assentadas 15 famílias. Elas produzem um café de qualidade e, através do apoio da Secretaria de Agricultura, por meio da Emdagro, estaremos em busca de profissionalizar essa produção, para desenvolver ainda mais essa cultura na região”, enfatizou.

Com mais de mil matrizes de café plantados em sua propriedade, o agricultor familiar Daniel Barbosa diz ser uma experiência muito boa com o cultivo e resgatando uma cultura de 40 anos atrás. “O café aqui tem mostrado um bom desenvolvimento, um bom enraizamento, uma boa fotossíntese, o fruto tem sido de boa qualidade, a produção também tem demonstrado que é uma cultura viável em nossa região e a tendência agora é deslanchar e aumentar o plantio para, mais à frente, oferecermos às indústrias ou até mesmo beneficiando através de cooperativismo”, disse.

Com uma produção de 12 mil mudas por ano, o produtor ressalta ainda que o plantio tem o objetivo de produzir sementes, distribuir mudas e disseminar a cultura por todo o estado, já que Sergipe já foi um grande produtor de café. Ele ressaltou ainda que a chegada da assistência técnica da Emdagro vai fortalecer o potencial da cultura no Estado. “Nossa expectativa é gerar emprego e renda no campo e na cidade, produzir grãos de café para a gente mobilizar essa juventude e combater o êxodo rural, mostrando que é possível o homem do campo permanecer na terra, melhorando sua condição de vida”, aposta o agricultor.

Participando do Dia Especial, o agricultor agroecológico do município de Simão Dias, Walmir de Araújo, iniciou o trabalho com o café e veio ao evento verificar a prática exercida por Daniel. “Já comecei a plantar o café e hoje estou com 17 mudas que foram doadas pela Emdagro. Acho muito importante um evento como esse, porque a gente vê na prática como funciona o cultivo e isso nos dá condições e incentivo para sermos produtor daqui para frente”, frisou ele.

O aluno do curso técnico em agronomia do Instituto Federal de Sergipe, campus São Cristóvão, Gabriel Conceição, diz que o evento veio somar conhecimentos. “Como a cultura do café está sendo introduzida no Estado e o conhecimento que se tinha era um pouco insignificante, esse dia de campo veio trazer novos conhecimentos, vem só acrescentar em nossa formação. Me chamou a atenção a forma de produzir que, incorporado com a agroecologia vai produzir um alimento bastante saudável e livre de defensivos” afirmou.

Governo

Última atualização: 25 de julho de 2023 08:42.

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