Governo do Estado revitaliza perímetro irrigado que produz alimentos e gera renda no alto sertão sergipano

Em 2022, produção do perímetro Califórnia alcançou 33.000 T e injetou mais de R$ 51 mi na economia de Canindé

Com obras e serviços de limpeza e reforma de canais, conserto de adutoras; recuperação de equipamentos, drenagem e limpeza em estações de bombeamento (EBs); recuperação de hidrantes, estradas e manutenção nos lotes; o Governo do Estado melhorou a oferta de água para irrigação e a segurança operacional do Perímetro Irrigado Califórnia, em Canindé de São Francisco, alto sertão sergipano. Mais confiantes na estrutura estadual, os agricultores irrigantes vão poder investir mais na produção.

Até serem completados os 100 dias da gestão estadual, é aguardada ainda a recuperação de 200 placas de concreto que compõem os canais de irrigação do perímetro, que continuam sendo limpos. Somando um investimento de quase R$ 700 mil só nos canais de Canindé, neste período. Os produtores agrícolas aprovam as ações das novas diretorias técnicas e gerência local da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri).

Um dos que comemoram é Arnóbio Pereira. Junto ao lote do produtor, no Setor 06 do Califórnia, havia um vazamento na tubulação que foi consertado. “O serviço foi muito bem feito. Com essa equipe nova, graças a Deus resolveu e a água está 100%. Porque a água era muito fraca, quase que não tinha pressão e depois que consertaram, melhorou muito”, avaliou.

“O California é o perímetro que tem a maior produção da agricultura familiar (mais de 33 mil toneladas em 2022). A irrigação pública estadual torna produtivo o solo seco do nosso semiárido. Gerando a renda, para os produtores, maior que R$ 51 milhões, no ano passado. Por isso, ele se tornou um canteiro de obras do início da gestão do governador Fábio Mitidieri para cá. O status de ‘companhia regional’ que a empresa alçou, começou com pé direito no alto sertão”, anunciou o presidente da Coderse, Paulo Sobral.

Foi na estrutura da Coderse que ocorreu o maior número de ações. Segundo o diretor de Irrigação da companhia, Júlio Leite, foi realizada a limpeza interna e externa dos canais de irrigação e nos reservatórios; a recuperação da tubulação principal; a manutenção nas bombas, seus motores e tubulações das EBs. Além da revitalização da iluminação, que começou, nesta semana, pelas EBs 100 e 02. “Agora o irrigante vai querer investir mais. Prova disso, são os 20 projetos de modernização de irrigação que nossos engenheiros agrônomos estão fazendo somente no Califórnia”, analisou.

EB-02

Estação que manda água para outras cinco EBs do Califórnia, a 02 recebeu serviços de manutenção em bombas e as obras de reconstrução da drenagem na plataforma da entrada, para eliminar danos às bombas provocados por alagamentos; e a perfuração de um poço alívio na barreira do reservatório. Nesta última, houve a colaboração técnica da Diretoria de Infraestrutura Hídrica da Coderse (Dinfra), responsável pela perfuração e instalação de poços para captação de água subterrânea.

“A perfuração na barreira do reservatório foi feita pelas equipes da Gerência de Perfuração (Geperf) e serve para evitar que ocorram vazamentos, ao preencher o poço com material permeável. Toda água do perímetro passa por esta pequena barragem. Água que o Estado tem custos com energia elétrica para trazer do Rio São Francisco, todo dia, e não pode ser desperdiçada”, avaliou o diretor da Dinfra Ernan Sena.

O produtor irrigante Marciano Mariano, do Setor 05, parabeniza a atual gestão e gerência da Coderse pelas obras executadas na EB-02. “Eu acho certo não só criticar a administração. É elogiar na hora que for preciso e criticar na hora que for preciso. Parabéns, é isso que nós esperamos de vocês”.

 Serviços nos lotes

Segundo o gerente do perímetro Califórnia, Jonathan da Mota, nos lotes foram reparados os vazamentos nas tubulações, como aconteceu próximo de Arnóbio Pereira. Mas ainda houve consertos ou a reposição dos hidrantes e a construção de drenagem, para evitar o alagamento em lotes.

“Em alguns lotes, foi realizando serviço solicitado pelos produtores, de abertura de um dreno. Evitando assim a danificação dos pastos irrigados. Também havia um vazamento que se perpetuava por muito tempo e por solicitação do senhor Arnóbio, viemos com a equipe da Coderse realizar a manutenção”, confirmou o gerente Jonathan.

Sergipe realizará simulado de preparação para que estado obtenha certificado de zona livre de febre aftosa sem vacinação

Ação acontecerá nos dias 27 a 31, em Aracaju e Lagarto, com o objetivo de treinar médicos veterinários em respostas rápidas e efetivas às possíveis ameaças da doença

Há 27 anos como zona livre da febre aftosa com vacinação, Sergipe agora está em vias de obter também o certificado de zona livre da doença sem vacinação. Para isso, o menor estado da federação precisa estar preparado para qualquer tipo de emergência. Diante dessa realidade, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) estará realizando, no período de 27 a 31 de março, o primeiro simulado de atendimento à suspeita de febre aftosa, com o objetivo de treinar médicos veterinários em respostas rápidas e efetivas às possíveis ameaças da doença.

O simulado conta com o apoio e metodologia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e está dividido entre aulas teóricas e práticas, que acontecerão em dois momentos. As aulas teóricas serão realizadas em Aracaju, nos dias 27 a 29 e as aulas práticas, nos dias 30 e 31, no município de Lagarto, região centro sul de Sergipe. Serão abordados temas como a implementação das ações do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNFA), a situação epidemiológica na América do Sul, os aspectos clínicos e epidemiológicos da doença no mundo e, na parte prática, um simulado de campo, em quatro propriedades já definidas.

De acordo com a diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade, o treinamento é de fundamental importância para o processo de retirada da vacina contra a febre aftosa no Estado. “O simulado tem como objetivo fortalecer os conceitos a respeito da epidemiologia, vigilância e ocorrência da febre aftosa. Também sobre os procedimentos a serem aplicados em cada uma das fases de investigação, de uma suspeita de doença vesicular, no atendimento de animais, colheita de material, biossegurança e fase de alerta dos casos suspeitos e prováveis de doença vesicular”, explicou.

O diretor-presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos, vê com muita expectativa toda essa movimentação de retirada da obrigatoriedade da vacinação, nos próximos anos, em Sergipe. “Com a realização do simulado, o estado demostrará ao Ministério da Agricultura que estará preparado para a retirada obrigatória da vacinação contra a febre aftosa. Por meio dessa ação, teremos a oportunidade de treinar os médicos veterinários do serviço oficial da empresa, naquelas ações que devem ser tomadas, diante de uma situação real de emergência sanitária”, frisou.


Emdagro vai realizar Dia de Campo sobre a batata doce em Itabaiana

Ação acontecerá no Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Agroecologia (CDT), das 8h às 12 h, com produtores dos municípios de Itabaiana, Moita Bonita, Malhador e Ribeirópolis

A Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), realizará um ‘Dia de Campo’, no próximo dia 16 de março, no perímetro irrigado de Jacarecica I,município de Itabaiana, região Agreste do estado. A ação acontecerá no Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Agroecologia (CDT), das 8h às 12h, com produtores dos municípios de Itabaiana, Moita Bonita, Malhador e Ribeirópolis, especialmente os cadastrados no Programa de Desenvolvimento Territorial da Cultura da Batata-Doce (Prodeter) .

A batata-doce (Ipomoea batatas) representa uma boa alternativa de renda para o agricultor, especialmente pelo baixo custo de produção e por apresentar ciclo curto, que propicia um fluxo regular de capital na produção. 

Em Sergipe, essa cultura está distribuída em uma área de 3.292 hectares, localizada, principalmente, em Itabaiana, com 64,6% da produção, e Moita Bonita, com 21,54%. Mais de 600 famílias estão envolvidas diretamente no sistema de produção e beneficiamento da batata doce, enquanto várias outras famílias atuam na comercialização do produto, o que demonstra a importância social e econômica da cultura em Sergipe.

Durante toda a manhã do dia 16 de março serão debatidos assuntos relacionados à tecnologia de cultivos e a comercialização da batata doce, conforme programação a seguir:

8 horas – Inscrição com

Equipe da Unidade Local da Emdagro, em Itabaiana.


1ª ESTAÇÃO – ABERTURA

Jean Carlos Nascimento Ferreira – Diretor Técnico da Emdagro;

Lorena Souza – Secretária de Agricultura, Pecuária e Abastecimento Alimentar; Rogério Evangelista Silva – BN – Coordenador do Prodeter da Cultura da Batata-doce.


2ª ESTAÇÃO

Solos e interpretação de análise de solos –

Adailton Santos – Eng. Agrônomo da Emdagro.


3ª ESTAÇÃO

Cultivares, Nutrição e Adubação no Sistema Convencional e Orgânico

Maria Urbana Correia Nunes – Pesquisadora da Embrapa Tabuleiros Costeiros.


4ª ESTAÇÃO

Principais doenças da cultura da batata-doce e métodos de controle cultural

Susi Alves da Silva – Eng. Agrônoma da Sec. Municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento Alimentar.


5ª ESTAÇÃO

Controle Biológico de pragas da cultura da batata-doce Marcelo Mendonça – Coordenador de Pesquisa da Emdagro e Augusto César Rocha Barros – Chefe do Perímetro Irrigado da Ribeira.


6ª ESTAÇÃO

Comercialização da Batata-doce

José Joelito Costa Santos – Cooperafes de Moita Bonita


7ª ESTAÇÃO – (Experimento de Batata-doce)

Avaliação do Experimento de Batata-doce (Debate e avaliação)

Waltenis Braga Silva – Extensionista da Emdagro/ Gestor do CDT da Emdagro

Emdagro leva práticas de produção de biofertilizantes e mudas de moringa para comunidade quilombola

Técnicas alternativas barateiam custos de produção e da alimentação animal

Trabalhadoras rurais do assentamento Quilombola Pirangi, localizado no município de Capela, no Médio Sertão sergipano, participaram nesta semana de um dia de prática demonstrativa de métodos agroecológicos, voltados para a produção de biofertilizantes e de mudas com a utilização de substrato de coco. O treinamento faz parte do processo de formação continuada da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) para melhoria da qualidade de vida dos agricultores da comunidade e contou com a participação de 53 agricultoras familiares, em alusão às atividades comemorativas ao dia da Mulher.

Na ocasião, os participantes receberam a visita da agricultora familiar do município de Nossa Senhora da Glória, Maria José de Jesus Oliveira, conhecida como Maria da Horta, que levou toda sua experiência no uso do fertilizante natural. “Essa é uma troca de experiências. Eu vim mostrar o conhecimento que adquiri com a Emdagro, de como elas poderão trabalhar o solo e o controle de pragas, através da produção de biofertilizantes e do cultivo da moringa para a alimentação animal”, destacou.

Segundo o engenheiro agrônomo Renato Figueiredo, a metodologia aplicada demonstrou como produzir biofertilizantes a partir do pó de rocha, esterco de vaca fresco e água, como também a produção de mudas de moringas para a alimentação dos animais. “Realizamos a prática de um bioinsumo para elaboração de um biofertilizante folear, a ser utilizado nos cultivos do assentamento Pirangi e outra prática com o cultivo da moringa, que será utilizada como alimentação alternativa proteica, para compor a ração da criação dos animais da comunidade”, disse ele.

O agrônomo acrescentou que, nas próximas etapas, novas alternativas serão aplicadas, como a folha da mandioca, macaxeira, a raspa da mandioca e a própria manipueira. “É sempre dentro desse contexto que nós vamos trabalhando com a comunidade, reduzindo custos e melhorando a qualidade de vida deles, através dessas tecnologias agroecológicas”, destacou Renato.

Para a agricultora familiar Maria Vanda Feliz de Souza, o treinamento lhe deu uma nova visão sobre a produção agroecológica. “Fiquei muito impressionada com a produção dos biofertilizantes. É muito fácil de fazer e tenho todo o material na minha propriedade. Já quanto à moringa, eu tenho mais de trinta pés em casa e vou aproveitar para dar para os bichos [animais] comerem”, comentou.

Ação permanente

Com esse treinamento, as equipes dos escritórios Central e local da Emdagro, de Nossa Senhora das Dores, já promoveram quatro encontros técnicos com a comunidade. “No primeiro dia foi feito um diagnóstico, no qual foram observados os pontos positivos e negativos, para se trabalhar nessas oficinas. Na segunda oportunidade, foi realizada uma prática de plantio de estacas de gliricídia, que é mais uma fonte de alimentação proteica para o animal”, esclareceu Renato.

Emdagro tranquiliza a população de que não existe risco do ‘mal da vaca louca’ em Sergipe

Empresa segue vigilante no trabalho de defesa animal e vegetal para que a população continue consumindo alimentos com segurança e saúde

A diretoria de defesa animal e vegetal da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário do Estado de Sergipe (Emdagro) tranquilizou a população sergipana quanto à não existência de casos do ‘mal da vaca louca’ no estado.

De acordo com o órgão, o caso em suspeita divulgado na última segunda-feira, 20, pelo Ministro da Agricultura, provavelmente no estado do Pará, pode tratar-se de um caso atípico ocorrido em animal idoso com predisposição genética, e que, nestes casos atípicos acometidos por velhice do animal, não causam contaminação ou danos à saúde humana.

Além de bois e vacas, a doença acomete búfalos, ovelhas e cabras, e é causado por uma molécula de proteína sem código genético, tornando-se uma doença degenerativa também chamada de encefalite espongiforme bovina.

Em nota a empresa admitiu que, até hoje, o Brasil não registrou casos clássicos de ‘vaca louca’, provocado pela ingestão de carnes e pedaços de ossos contaminados. Mesmo assim, a Emdagro mantém-se vigilante no trabalho de defesa animal e vegetal para que a população continue consumindo alimentos com segurança e saúde.


Feijão-de-corda irrigado gera renda e adubo nitrogenado em perímetro estadual

Irrigação fornecida pela Coderse permite colheitas fora da estação chuvosa

Mais do que atender a preferência que o nordestino tem por esta variedade, o feijão-de-corda é usado como cultura de rotação no Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto, no centro-sul sergipano. Depois de colhidas, as plantas servem de adubação verde, rica em nitrogênio, e que diminui o custo de produção dos próximos cultivos agrícolas. Lá foram colhidas 10,4T do alimento em 2022.

No perímetro administrado pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), esse feijão, também conhecido como fradinho ou caupi, é cultivado fora de época, no verão.

“A produção de alimentos no período de estiagem se torna possível graças ao sistema de irrigação interligado, pelo Governo do Estado, às 421 propriedades agrícolas de Lagarto”, destacou o diretor de Irrigação da Coderse, Júlio Leite.

Helenilson Santos, 35 anos, produtor irrigante do perímetro Piauí, atende a demanda de mercados e feiras de Lagarto, nesse período em que não se encontra o produto cultivado em sistema de sequeiro. Ele usa o feijão no auxílio a outras culturas agrícolas com maior custo-benefício ao produtor irrigante, como a batata-doce, o milho e o quiabo.

“Eu sempre planto (feijão-de-corda) com o intuito de fazer rotação de cultura, e também porque minha mãe vende na feira. A própria semente sou eu mesmo que produzo. Já deixo reservada e tenho colheita para o ano todo. Quando chega no inverno eu planto na parte não irrigada e no verão eu planto na irrigada, mas eu sempre tenho”, apontou o agricultor que mantem a família, com três filhos e esposa, a partir da renda das plantações.

O feijão-de-corda é uma leguminosa de família botânica que tem como característica a fixação biológica de nitrogênio, para o uso da própria planta. Mas esse nutriente permanece nos restos do feijoeiro depois de colhido e serve para o desenvolvimento da próxima lavoura que vier a ocupar aquela roça. “Ao ser misturado ao solo, os restos da cultura agem como adubo orgânico”, justifica Helenilson.

Gerente do perímetro de Lagarto, Gildo Almeida destaca que o uso de uma leguminosa como rotação de cultura tem boa adesão entre os irrigantes. “Outro cultivo muito usado para esta finalidade é o amendoim. No perímetro Piauí temos irrigantes que plantam e cozinham, atendendo compradores dentro e fora do estado. Mas ele também tem essa mesma utilidade que o feijão, de servir de adubação verde”, confirmou.

Segundo o gerente do perímetro, neste verão são cerca de 10 produtores que usam a irrigação do perímetro para produzir o feijão-de-corda. “Além da irrigação que a Coderse oferece, em cada propriedade, para eles produzirem o ano inteiro, também tem a assistência técnica agrícola, que faz a orientação para eles produzirem mais e melhor, incluindo a adoção de culturas de rotação. Em 2022, foram 10,4 T de feijão-de-corda produzidas no perímetro, rendendo R$ 42 mil aos irrigantes”, informou Gildo Almeida.

A família de Helenilson Santos já tinha a propriedade quando surgiu o perímetro Piauí, que tem a mesma idade do agricultor. “Não acompanhei a implantação. Mas todo o conhecimento vem do pessoal que trabalha aqui. Os técnicos agrícolas sempre dão suporte à gente e à irrigação, para você ter o produto de inverno a verão, desde as formas de plantio, até os estudos para poder ter sempre a melhor produção. Porque hoje a gente consegue sobreviver do próprio plantio”, revelou.

Feijão o tempo inteiro

Para não deixar de ter feijão-de-corda para vender, Helenilson mantém mais de uma área com o cultivo. “Eu planto aqui mais ou menos um hectare. Para ter a colheita sempre farta e suprir a feira, eu estou colhendo agora a metade e tem outra metade já começando a colocar flor”. Na feira, ele comercializa o feijão por R$ 8 a lata (de 1L de óleo de soja), valor que varia conforme a oferta e a demanda.

Colhido ainda verde, o feijão-de-corda tem melhor preço de venda, acelera o ciclo da lavoura e a entrada da cultura seguinte, onde os feijoeiros servirão de adubo. Mas é do grão seco, também comercializado por Helenilson, que ele tira a semente e garante a continuidade das novas safras. “Do plantio até a colheita são de 80 a 90 dias, e a gente passa entre 30 a 40 dias colhendo. A colheita é rápida”, completou.

Vantagens e aplicação

O mais nordestino entre os feijões está no acarajé, no abará, no baião de dois e no feijão tropeiro; pode ser consumido cozido, em caldo, ou nas saladas frias. Mas em relação ao feijão carioca, o mais consumido no país, o feijão-de-corda tem três vezes menos carboidratos, que são os açúcares. Assim, o corda é mais indicado para o consumo dos diabéticos e nas dietas de emagrecimento, já que também tem menos da metade das gorduras totais encontradas do que o carioca.

Governo acompanha carregamento de milho para exportação no porto de Sergipe

Embarcação está sendo carregada com 28 mil toneladas de milho, rumo ao continente africano. Com o carregamento feito em janeiro, somam 60 mil toneladas de milho exportados agora em 2023

Sergipe é reconhecido como um dos principais produtores de milho do Nordeste. Ano passado, a produção ficou em torno de 890 mil toneladas. Este ano, o primeiro embarque da produção dos grãos aconteceu em janeiro, movimentando em torno de 32 mil toneladas da commodity, que partiram para abastecer o mercado sul-americano.

Nesta terça-feira, 14, uma nova embarcação foi carregada com 28 mil toneladas de milho, rumo ao continente africano, e o governador de Sergipe, Fábio Mitidieri, acompanhou as primeiras operações realizadas pela VLI, companhia de soluções logísticas que opera ferrovias, portos e terminais, no Terminal Marítimo Inácio Barbosa (TMIB), no município de Barra dos Coqueiros. Acompanharam o governador o secretário da Agricultura, Zeca da Silva, o presidente da Emdagro Gilson dos Anjos; o secretário Valmor Barbosa, o senador Laércio Oliveira e o deputado estadual Adailton Martins.

A previsão é que em março aconteça outra operação. Sergipe responde por 50% da carga que tem origem no interior do estado, em municípios do Agreste e Médio Sertão Sergipano, a exemplo de Carira, Frei Paulo e Simão Dias. Os estados de Alagoas e Bahia respondem pela outra parte.
Durante a visita, Fábio Mitidieri destacou a competência e profissionalismo da companhia VLI e de todos os envolvidos. Ele também ressaltou a capacidade produtiva de Sergipe no setor agrícola e a logística oferecida pelo estado, por meio do porto, malha viária e aeroporto, possibilitando desenvolvimento econômico. As operações endossam a capacidade do terminal para atender o agro do Nordeste.

“Estou muito feliz de estar aqui hoje na VLI acompanhando mais um embarque de grãos de milho, mostrando a força do nosso agronegócio para nossa economia e a valorização que o nosso governo dá a essa parceria. Vivemos um grande momento na agricultura, no agronegócio sergipano, e esse embarque coroa isso, com certeza. Sergipe vem batendo recordes na produção de milho e na pecuária”, destacou o governador.

Ao final da visita, Fábio agradeceu a toda equipe da VLI e a todos que estão investindo em Sergipe. “Queremos que nosso estado se desenvolva e esse investimento é muito bom, temos rota de escoamento que estimula nossa produção, gerando emprego e renda. Nos colocamos de portas abertas, estamos aqui para ajudar e o que pudermos fazer pela nossa economia, pela nossa agropecuária, nós faremos. Seguiremos fortalecendo Sergipe para que ele continue se desenvolvendo, não apenas no milho, mas em outras potencialidades como o gás. Tudo isso é importante para a população”, afirmou.

O secretário de estado da Agricultura, Zeca da Silva, lembrou que essa primeira exportação da região Sealba deverá gerar novas oportunidades de escoamento da produção para os próximos anos. “Esse é um momento importante, que abre novas fronteiras, novos horizontes para a comercialização, outros compradores internacionais vão aparecer e os produtores ficarão motivados com a oportunidade de exportar Nosso agradecimento ao governador Mitidieri, que está acompanhando in loco esse carregamento e dando todo apoio que nossos produtores precisam”, pontuou.

Terminal Inácio Barbosa

De acordo com o gerente Comercial da VLI para o TMIB, Márcio Marques, entre as vantagens do terminal estão ainda a proximidade com os principais corredores logísticos da região e pólos produtores, além do menor tempo de espera para atracação. “Os clientes do agro também reconhecem a expertise da VLI no setor, em razão dos escoamentos da safra realizados em outros corredores operados pela companhia. Por meio do TMIB, temos potencial para contribuir com novas conexões do agro regional com o mercado global”, afirmou.

A exportação do milho é feita em parceria com a Agribrasil, uma das maiores exportadoras de grãos do Brasil, cliente da VLI, com presença em dez estados no Brasil e uma subsidiária na Suíça. Segundo o diretor de Logística da Agribrasil, Ivan Cicolani, a escolha do TMIB para as operações da companhia é um efeito natural, proporcionado pela eficiência operacional garantida ao cliente.

Seagri e Emdagro alinham políticas públicas para o campo

Encontro aproxima gestores e equipe técnica para detalhar as dificuldades e dar ritmo dinâmico às ações

As ações governamentais de acesso à terra, fortalecimento da agropecuária, pesquisa, incentivos às agroindústrias e toda infraestrutura necessária para a assistência técnica e extensão rural foram temas do encontro que o secretário de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), Zeca Ramos da Silva, teve na segunda-feira, 13, com os diretores e chefes dos 36 escritórios regionais e locais da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro). O objetivo foi alinhar as ações da Seagri e da Emdagro com as prioridades em termos de políticas públicas de Governo de Sergipe para o campo, nos próximos anos.

O secretário da Agricultura destacou a importância do encontro como uma forma de aproximação entre gestores e equipe técnica para conhecer as dificuldades e dar um ritmo dinâmico às ações. “É importante conhecermos mais a empresa, criar as condições de trabalho para também sermos mais rápidos na resolução dos problemas, dar a agilidade que o governador Fábio Mitidieri pede. Com esse diálogo, estamos preparando a Seagri e a Emdagro para dar celeridade às ações que levam desenvolvimento para os municípios, para as cadeias produtivas do campo e, em especial, para o fortalecimento da agricultura familiar, que é responsável por 80% do alimento que chega às nossas mesas”, disse Zeca da Silva.

O presidente da Emdagro ressaltou a expectativa do trabalho que pode ser executado. “Temos condições de fazer um excelente trabalho porque temos a melhor e mais experiente equipe de assistência técnica e extensão rural”, afirmou o presidente Gilson dos Anjos. Ele falou da afinidade que a equipe tem, da forma calorosa como foi recebido e pontuou investimentos que o secretário da Agricultura tem buscado para as ações prioritárias. “Os R$ 6 milhões que a Seagri vai destinar para regularização fundiária, as emendas parlamentares de Fábio Mitidieri quando ainda era deputado, a possibilidade de contratarmos técnicos excedentes, além dos 55 já previstos no concurso da Emdagro, são exemplos importantes do empenho e compromisso do governador Fábio Mitidieri e do secretário Zeca. Com a união de toda equipe mostraremos os melhores resultados”, pontuou Gilson.

Fortalecimento

Entre as ações prioritárias da Emdagro estão o trabalho da Diretoria de Assistência Técnica e Extensão Rural com quatro regionais e 36 escritórios que dão apoio técnico local ao agricultor familiar; ações de fortalecimento das principais cadeias produtivas como bovinocultura de leite – principalmente no alto sertão sergipano, apoio à rizicultura no Baixo São Francisco, à fruticultura, em especial a citricultura na região sul.

Outra ação prioritária para os próximos anos é a regularização fundiária e a Emdagro tem uma diretoria específica focada nesse objetivo. Destacou ainda as ações de pesquisa e de defesa sanitária animal e vegetal que perpassam por várias ações da empresa e garantem a segurança alimentar da população e até validam a qualidade dos produtos exportados para outros estados e países.

Agroindústrias

Outro destaque do encontro com a equipe técnica foi a chegada de agroindústrias para Sergipe, como o laticínio Damare e a empresa Coringa. “São exemplos de empresas que estão chegando agora para nosso estado graças à qualidade e produtividade. O laticínio Damare está começando a comprar o leite dos produtores sergipanos, vai começar com 50 mil litros até chegar a 500 mil litros. Já o grupo Coringa está investindo cerca de R$ 13 milhões na área da rizicultura, e vai montar uma beneficiadora de arroz no Baixo São Francisco. Tudo isso agrega valor e fortalece nosso setor agrícola”, acrescentou o secretário Zeca da Silva.

Emdagro participa da primeira reunião ordinária da Comissão de Produção Orgânica de Sergipe

Planejar as ações para o ano de 2023. Esse foi o objetivo da reunião da Comissão de Produção Orgânica de Estado de Sergipe (CPOrg-SE), ocorrida na última semana, na Superintendência Federal de Agricultura (Mapa/SE), e que contou com a participação da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), representada pela engenheira agrônoma Maria Cleusa Guimarães. Além do planejamento, também foram discutidas as atividades realizadas pela comissão ao longo de 2022.

A comissão analisou as visitas feitas nas Organizações de Controle Social (OCS), da Colônia 13, em Lagarto, Orgânicos do Sul Sergipano (Santa Luzia do Itanhy, Itabaianinha, Indiaroba, Cristinápolis e Umbaúba) e Orgânicos de Divina Pastora. Também foi fruto de avaliação o apoio e parceria para a realização do II Encontro de Agricultores Orgânicos, bem como a realização do evento on-line com os membros da CPOrg, sobre a experiência de controle social pela CPOrg-PB.

No planejamento para 2023, a comissão reviu a participação dos representantes das entidades e renovou a portaria que efetiva cada membro no CPOrg. Da mesma forma, documentou e oficializou a parceria e o comprometimento de algumas instituições com a assistência técnica às Organizações de Controle Social em Sergipe, além de realizar cinco visitas de controle social a OCSs e promover a capacitação dos participantes das CPOrg-SE em relação às atividades de controle social.

“Nós aproveitamos e organizamos as ações da Campanha Anual de Promoção do Produto Orgânico de Sergipe e o III Encontro de Agricultores Orgânicos do Estado, além de desenvolver ações de fortalecimento da comercialização de produtos agroecológicos cultivados por agricultores familiares”, disse Cleusa Guimarães. “Ressaltamos ainda a importância desse planejamento e de ações que contribuam para a efetivação de políticas públicas voltadas à Agroecologia e Produção Orgânica nos munícipios sergipanos”, frisou a técnica da Emdagro.

Também participaram da reunião, representantes da Superintendência Federal de Agricultura (Mapa/SE), Guilherme Reis Dias (Nusorg/SFA-SE), Clélio Silva (Agronatura), Patrícia Moura (Codevasf), Maria Geovana Manos (Embrapa), Edson Diogo Tavares (Resea), Jamille Almeida (Orgânicos na Mesa), Francisco Rodrigues (Fetase), Paula Yaguim (Aease) e Glaucia Gonçalves (UFS).

MDA prorroga Declarações de Aptidão para agricultores familiares

A prorrogação vai até o dia 31 de janeiro de 2024 e objetiva garantir que os agricultores familiares não deixem de acessar às principais políticas públicas voltadas para o meio rural

O Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar prorrogou até o dia 31 de janeiro de 2024 o prazo de validade das Declarações de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP). Com a Portaria MDA nº 01, de 7 de fevereiro de 2023, que traz o novo prazo, os agricultores com DAP ativa com validade até 7 de fevereiro de 2023 deverão procurar os escritórios da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) para emissão do novo Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF). Ainda segundo a portaria, a prorrogação do prazo vale para as DAPs principais, acessórias e jurídicas. Já as declarações com vencimento fora do período permanecem válidas pelo prazo originalmente estabelecido no ato de sua emissão.

A prorrogação objetiva garantir que os agricultores familiares não deixem de acessar as principais políticas públicas voltadas para o meio rural, já que a plataforma de migração para o CAF ainda passa por aperfeiçoamento. “O CAF é a ferramenta que está substituindo aos poucos a DAP. Porém, o sistema de migração ainda está apresentando várias inconsistências, dificultando muito a realização do cadastro dos agricultores. Então, para que eles não sejam prejudicados no acesso às políticas públicas, o MDS decidiu prorrogar a validade das DAPs”, explicou o coordenador de Desenvolvimento Rural da Emdagro, Ary Bomfim.

O coordenador reforça que a Emdagro, enquanto empresa pública credenciada para a emissão do CAF, não tem responsabilidade pelas inconsistências do sistema CAFweb, fornecida pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário. “Nossos técnicos dos escritórios locais têm encontrado bastante dificuldade ao operacionalizar o sistema do MDS. São constantes as interrupções e inconsistências. No entanto, o MDA está trabalhando para dar celeridade ao processo de emissão do CAF”, frisou.

DAP/CAF

A Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) foi instituída em 2014, com validade de dois anos. O documento é a porta de entrada do agricultor familiar às políticas públicas de incentivo à produção e geração de renda. O documento é utilizado para identificar e qualificar as unidades familiares de produção rural, bem como suas formas associativas organizadas em pessoas jurídicas. “É como se fosse a identidade do agricultor e do imóvel. A DAP tem dados pessoais dos agricultores familiares e da renda da família”, esclareceu Ary Bomfim.

Já o Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF) foi instituído pelo Decreto nº 9.064, de 2017, e substituirá a DAP. Será ainda a principal ferramenta do agricultor familiar para o acesso às ações, programas e políticas públicas do Governo Federal voltadas para geração de renda e fortalecimento da agricultura familiar.

Governo

Última atualização: 13 de fevereiro de 2023 08:36.

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