SEAGRI abre chamada pública para compra de alimentos da agricultura familiar pelo PAA

– Alimentos serão distribuídos entre famílias beneficiárias do Projeto Dom Távora, no Baixo São Francisco – Prazo para habilitação de propostas de vendas vai até as 09h de 24 de setembro de 2020

A Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (SEAGRI) torna público o aviso de licitação na modalidade do Programa de Aquisição de Alimentos-PAA, sob a forma de (SHOPPING Nº 02/2020), para contratação de fornecedor especializado no fornecimento de gêneros alimentícios da agricultura familiar, como medida de mitigação de efeitos da pandemia de Covid-19 no Estado de Sergipe. Os alimentos serão distribuídos entre as famílias beneficiárias do Projeto Dom Távora, residentes nos municípios do Território do Baixo São Francisco, por apresentarem menores índices de Desenvolvimento Humano (IDH).

Os alimentos deste PAA são adquiridos com recursos originados do Acordo Internacional I-883/BR, celebrado entre o Estado de Sergipe e o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA). A aquisição tem como interveniente executora a Secretaria de Estado da Agricultura que realiza o procedimento seguindo os normativos do acordo internacional, bem como a Lei nº 8.666/93 e suas alterações.

Os interessados deverão enviar ou apresentar documentação para habilitação e Proposta de Vendas até as 09h da manhã do dia 24 de setembro, em dias úteis, no horário das 7h às 13h, na sala da CPL/ Grupo de Trabalho Técnico/Projeto Dom Távora, na Rua Vila Cristina 1.051, 1º andar, Bairro São José, Aracaju/SE, ou através do e-mail: cpl@seagri.se.gov.br

A íntegra do Edital poderá ser conferida no site da SEAGRI [seagri.se.gov.br]. Mais informações e cópia da Comparação de Preços (Shopping) poderão ser obtidas, sem custo para o proponente, no mesmo endereço eletrônico; através do e-mail cpl@seagri.se.gov.br; ou na sede da Seagri, de segunda a sexta-feira, das 07h às 13h.

Link do Edital de Licitação referente ao processo nº 146/2020 (Programa de Aquisição de Alimentos – PAA):
– https://www.seagri.se.gov.br/uploads/transparencia/T200903084516.pdf

Link do Aviso de Licitação publicado no Diário Oficial em 03 de setembro 2020:
– https://www.seagri.se.gov.br/uploads/transparencia/T200903084422.pdf

Os links estão disponíveis no Portal Transparência da SEAGRI:
– https://www.seagri.se.gov.br/transparencia-subcategoria/000062/processo-no-1462020-programa-de-aquisicao-de-alimentos-paa

Projeto de Combate à desertificação distribuirá mudas de gliricídia e palma forrageira para pequenos pecuaristas

Seagri, Emdagro, Cohidro, MMA e PNUD incentivam plantações consorciadas em benefício de mais de 3 mil famílias

Agricultores irrigantes de Tobias Barreto estão entre as mais de 3 mil famílias que serão beneficiadas com sementes da palma forrageira Orelha de Elefante e mudas de gliricídia, para criar campos de produção consorciada. As espécies servem de ração para o gado leiteiro, vocação produtiva da região. Em agosto, no Perímetro Irrigado Jabiberi, foi dado mais um passo do Projeto Sergipe de Combate à Desertificação, fruto da parceria entre o Governo de Sergipe, Ministério do Meio Ambiente (MMA) e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), com recursos do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF). A execução fica por conta da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), tendo na ponta a expertise técnica da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro) e da Companhia de Desenvolvimento de Recurso Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), que gerencia o Perímetro.

O projeto tem por objetivo introduzir políticas públicas de manejo sustentável da terra aplicando tecnologias socioambientais, para elevar a produção rural nas áreas susceptíveis à seca (ASS) ou à desertificação (ASD). Em outras áreas do Semiárido Sergipano, ainda serão implantados projetos de ‘bioágua’ (reuso da água) para quintais produtivos; de enriquecimento (agroflorestal) da Caatinga; de captação de água em cisterna ‘calçadão’ para pequenas Irrigações; de criação bancos de sementes crioulas; emprego de práticas de conservação de solo e a contratação de consultoria técnica. Ainda no último mês de agosto, uma webcapacitação foi realizada pela Seagri, em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa (Embrapa Semiárido), tendo como tema central a produção, o manejo e a utilização de gliricídia para alimentação animal. O curso foi ministrado pelo médico Veterinário e doutor em zootecnia da Embrapa, Rafael Dantas.

O secretário de Estado da Agricultura, André Bomfim, reforçou a relevância da iniciativa conjunta, que busca também fortalecer os projetos de assentamento de reforma agrária no estado. “Serão entregues mais de 140 mil mudas de gliricídia, a partir do dia 31 de agosto. Só com a gliricídia serão beneficiadas 350 famílias neste primeiro ano. Até o final do projeto, essa parceria com MMA, PNUD e demais entes deverá beneficiar mais de 3 mil famílias. Em diálogo com os parceiros, entendemos a importância da gliricídia, tanto no combate à desertificação quanto para a sustentação da bacia leiteira sergipana. Estamos falando de uma planta que é fixadora de nitrogênio, tem um teor de proteína considerável e é uma leguminosa que reduz o custo de produção para a cadeia leiteira”, pontua André Bomfim.

No Jabiberi, para ter acesso à palma, os pequenos produtores irrigantes do Perímetro se comprometeram a doar o saldo da primeira colheita de ‘raquetes’ para beneficiar mais pessoas. Dessa forma, os bancos de espécies forrageiras se multiplicarão e atenderão, também, outros produtores. Irrigante do Jabiberi, Uilde de Jesus já teve êxito no plantio de palma forrageira e de capim elefante irrigados, para alimentar 10 vacas e 50 cabeças de ovinos. Agora, prepara o solo em um hectare do seu lote para abrigar a plantação a ser replicada com os criadores vizinhos. “Sou presidente da associação dos produtores aqui e a minha ideia é que todo mundo tenha um pedaço do lote com a palma e a gliricídia plantados, para na época da seca, a gente ter para dar para os animais. Com a gliricídia, a palma e o capim elefante, poderemos substituir o uso do farelo soja e um pouco do milho. Já fiz um teste e foi excelente. Reduz ao máximo a compra desses itens, que representam mais de 50% do custo do leite da gente. A gliricídia substitui a soja, a palma substitui o milho e o volumoso é feito com o capim elefante. Aí é só jogar na cocheira”, detalha.

Pedro Vidal, por sua vez, tem experiência no uso da gliricídia na alimentação de suas 18 vacas de leite. “Hoje, eu trabalho com ela com o capim de ração, meio a meio. E, para mim, é muito importante, porque o teor de proteína dela é muito alto e as vacas aumentam a produção de leite. Os animais têm muito boa aceitação à gliricídia”, argumenta. Domingos Souza tem um rebanho de 48 animais criados também no Jabiberi e vê na colaboração, proposta no projeto da Seagri, uma forma dos pequenos pecuaristas crescerem juntos. “Quero ter mais alimentos para o gado, minha área aqui é pequena. Vejo como uma forma de crescer nosso rebanho ajudando uns aos outros”. Ambos os produtores beneficiários do projeto, tocam seus próprios lotes há cerca de 10 anos, depois de trabalharem para outros criadores.

Irrigação

As espécies forrageiras implantadas no projeto têm o crescimento vegetativo acelerado ao receber a irrigação, e possuem resistência à seca. Características adequadas à realidade do Jabiberi que, depois de passar a compartilhar seu reservatório com o abastecimento humano na área urbana, precisou suspender o fornecimento de água aos lotes em anos de maior escassez de chuva. Paulo Sobral, diretor-presidente da Cohidro, considera o convênio um avanço. “Como a oferta de água diminuiu, o criador não pode depender só da água para ter o alimento dos rebanhos. Fizemos mudanças para ter irrigação [se não for em todo] por um período maior do ano. Reduzimos o tempo diário de fornecimento de água para cinco horas e construímos, com esses 74 irrigantes, novos reservatórios de 100 mil litros, adaptados ao novo regime de distribuição de água”, explicou.

Seagri e Embrapa semiárido realizam atualização técnica sobre manejo da gliricídia

Capacitação propõe plantio da gliricídia para sustentação da bacia leiteira e auxílio nas ações de combate à desertificação

A produção, o manejo e a utilização de gliricídia para alimentação animal foram o tema central da capacitação online realizada pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa (Embrapa Semiárido) no último dia 26 de agosto. A atualização sobre o tema contempla o processo de fortalecimento das ações relacionadas ao Projeto Sergipe de Combate à Desertificação no Alto Sertão Sergipano, uma ação realizada em alinhamento com o Ministério do Meio Ambiente – MMA e Programa das Nações Unidas – PNUD, com recursos do Fundo Global para o meio Ambiente (GEF). O curso foi ministrado pelo médico Veterinário e doutor em zootecnia da Embrapa, Rafael Dantas.

A Seagri já desenvolve uma parceria exitosa com o Governo Federal, por meio da Embrapa, com a implantação do Campo de Aprendizado Tecnológico – CAT no Alto Sertão sergipano. Agora, a parceria amplia-se, disponibilizando informações sobre inovação no cultivo consorciado de gliricídia com palma forrageira, como uma das atividades no Projeto Sergipe de Combate à Desertificação. O principal objetivo é fortalecer os projetos de assentamento de reforma agrária no estado.

O Superintendente do Ibama em Sergipe, Romeu Boto, participou do evento representando o Ministério do Meio Ambiente. Ele destacou que a capacitação dá sustentação na busca de resultados. “Esta é uma capacitação com foco em resultado. O lema do Ministério do Meio Ambiente é ‘ambientalismo de resultado’ e nosso foco é ampliar os resultados que o projeto pode integrar no contexto do estado de Sergipe. Então, essa capacitação vem suprir essa carência, para que se tenha a efetividade do consórcio da gliricídia com a palma, para uma produtividade ainda maior da bacia leiteira de Sergipe”.

“Essa é uma oportunidade ímpar de fazer esse trabalho em parceria com a Secretaria da Agricultura de Sergipe, com apoio do Ministério do Meio Ambiente. Faz muito anos que não tínhamos uma parceria tão forte com a Seagri de Sergipe. Ou seja, aqui a gente tem um caso típico de uma via de dupla mão, de forma que a Embrapa aporta a informação, traz inovação tecnológica e as políticas públicas faz o micro processo de inovação chegar ao produtor”, pontua o chefe Geral da EMBRAPA Semiárido, Pedro Carlos Gama da Silva.

O secretário de Estado da Agricultura, André Bomfim, reforçou a perspectiva de efetividade da capacitação. “A atualização técnica acontece num momento importante, porque antecede a fase da entrega de mais de 140 mil mudas de gliricídia, que acontecerá a partir do dia 31 de agosto. Só com a gliricídia serão beneficiadas 350 famílias neste primeiro ano. Até o final do projeto, nessa parceria com MMA, PNUD e demais entes estaduais, deverá beneficiar mais de 3 mil famílias. Em diálogo com os parceiros, entendemos a importância dessa planta, tanto no combate à desertificação quanto para a sustentação da bacia leiteira sergipana. Estamos falando de uma planta que é fixadora de nitrogênio, tem um teor de proteína considerável e é uma leguminosa que reduz o custo de produção para a cadeia leiteira”, conclui André Bomfim.

Fórum lança ações para expandir agricultura familiar no Nordeste nesta quarta-feira (19)

De Sergipe, participa o secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca, André Luiz Bomfim Ferreira, e sua equipe técnicos.

O Fórum dos Gestores e Gestoras da Agricultura Familiar do Nordeste lança, nesta quarta-feira (19), às 16 horas, o Programa de Alimentos Saudáveis do Nordeste (PAS/NE) e o Sistema de Informação Regional da Agricultura Familiar (SIRAF/NE), duas importantes ações que visam fortalecer o cooperativismo e o associativismo da agricultura familiar. O evento, que contará com a participação de governadores dos estados do Nordeste, terá transmissão ao vivo no canal do Fórum dos Gestores da Agricultura Familiar Nordeste no Youtube.

O PAS/NE é uma estratégia do Fórum com o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste, com a finalidade de fortalecer e expandir a agricultura familiar, construída em diálogo com os movimentos sociais e a sociedade civil organizada. Sua implantação está se dando de forma progressiva, a partir das diferentes possibilidades dos governos estaduais, mas cada avanço é compartilhado no ambiente do Fórum, permitindo que sejam replicados, de forma colaborativa.

Já o SIRAF/NE é um portal regional que sistematizará a oferta dos produtos da agricultura familiar existentes na Região Nordeste. Além de facilitar o acesso e qualificar as informações de mercado, agilizando os processos de compras governamentais e abrindo novos canais de comercialização com o setor privado, contribuirá com o fortalecimento das cooperativas e associações da agricultura familiar, que serão responsáveis pela alimentação de sua base de dados, dando visibilidade à diversidade dos seus produtos e ao volume de sua produção.

O evento contará com a participação de governadores da Região, dos secretários estaduais responsáveis por essas políticas, aqui em Sergipe participa o secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca, André Luiz Bomfim Ferreira, de técnicos, lideranças e assessores dos movimentos sociais e organismos internacionais.

Serviço:

O quê: Lançamento do Programa de Alimentos Saudáveis do Nordeste (PAS/NE) e o Sistema de Informação Regional da Agricultura Familiar (SIRAF/NE)

Quando: 19 de agosto de 20202, às 16 horas

Onde: Canal do Fórum dos Gestores da Agricultura Familiar Nordeste no Youtube. https://www.youtube.com/channel/UC1PG6a8d2koyQ7L9MELGZw?view_as=subscriber

Parceria entre secretarias de Estado da Agricultura e Educação levará cursos para a juventude rural

Cursos semiprofissionalizantes envolverão 1.545 jovens atendidos pelo Projeto Dom Távora

Jovens do campo terão a oportunidade de participar de cursos semiprofissionalizantes nas áreas ‘Microempreendedor Individual’ e ‘Agricultura Orgânica’. Os cursos serão ofertados online com, no mínimo, 20 alunos; e serão possibilitados através de uma cooperação técnica firmada entre a Secretaria de Estado da Agricultura (SEAGRI) e a Secretaria de Estado da Educação (SEDUC). O plano de trabalho foi discutido na última quinta-feira, 13 de agosto, por meio de videoconferência realizada com a participação do secretário de Estado da Agricultura, André Bomfim, e do superintendente executivo da SEDUC, José Ricardo de Santana, e respectivas equipes técnicas, que irão encaminhar providências para efetividade dos cursos, como levantamento de demanda, logística e equipe de professores.

A secretaria da Agricultura vai viabilizar a participação dos 1.545 jovens atendidos pelo Projeto Dom Távora na implementação de negócios comunitários. O Secretário André Bomfim disse estar entusiasmado com a oportunidade de oferecer novas possibilidades para os jovens do campo. “Fomos bem recepcionados pela equipe da SEDUC desde o início. Confesso que estou bastante otimista porque essa ação é reflexo do compromisso do governo com a educação profissionalizante, aliando oportunidade de renda para os jovens do campo ao fortalecimento das cadeias produtivas”, disse André.

O coordenador de Desenvolvimento de Capacidades do Projeto Dom Távora, Manoel Messias, destaca ser essa é uma grande oportunidade para a juventude rural. “Ao possibilitar a participação de mais de 1.500 jovens atendidos pelo Projeto Dom Távora, a Seagri e a Seduc os auxiliam na abertura de novos caminhos, e fomentam ainda mais cadeias produtivas como ovinocultura, avicultura e artesanato”, disse Messias.

Segundo o superintendente executivo da SEDUC, José Ricardo de Santana, a ideia é oferecer cursos prioritariamente não presenciais. “Para o curso de Microempreendedor Individual é bem factível a realização não presencial, mas no caso da agroecologia orgânica, o Estado dispõe de escolas em condições de fazer alguma demonstração prática em unidades como a Escola Agrícola de Japoatã e a Escola Ronaldo Pacheco, em Neópolis, desde que com os devidos cuidados de segurança e sanidade que o momento exige”, pontuou o superintendente.

Oportunidade de trabalho para lançamento de dados no sistema Data.FIDA

Duas vagas são para o Projeto Dom Távora, que é executado em Sergipe pela Secretaria de Estado da Agricultura.

O Semear Internacional abriu quatro vagas para a realização do trabalho de lançamento manual de dados no nosso novo sistema de Monitoramento & Avaliação, o Data.FIDA. As informações que deverão ser carregadas no sistema são referentes aos avanços físicos e financeiros de dois dos projetos FIDA no Brasil, assim, duas vagas são para o Projeto Dom Távora, que é executado em Sergipe pela Secretaria de Estado da Agricultura (SEAGRI), e as outras duas vagas para o Projeto Viva o Semiárido, no Piauí.

O trabalho durará três meses, com remuneração total de R$ 3.000,00 (três mil reais) por vaga, sendo R$ 1.000,00 (mil reais) mensais. Uma excelente chance para estudantes dos cursos de uma dessas graduações, a partir do 5º período: Administração, Economia, Tecnologia da Informação, Direito, Ciências Agrárias ou Ciências Contábeis. Para participar, os candidatos só precisam ter uma experiência comprovada de pelo menos três meses em análise de dados e em manipulação de informações no sistema Microsoft Excel.

O prazo de inscrição é só até a próxima segunda-feira, dia 17 de agosto. Basta acessar o site oficial do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (www.iica.org.br/pt/node/75) e buscar os processos seletivos 067/2020, para o Dom Távora, e 068/2020, para o Viva o Semiárido. Lá tem todos os detalhes de como se inscrever.

CEASA de Itabaiana irá gerar cerca de 600 postos de trabalho e ampliar escoamento da produção agrícola no Agreste

A estimativa é que sejam internalizadas 6.800 toneladas de alimentos hortifrúti e carnes de modo geral

Estudos preliminares do Governo de Sergipe indicam que na nova Central de Abastecimento (Ceasa) de Itabaiana irá abrir cerca de 600 postos de trabalho, além de oportunizar serviços remunerados indiretos relacionados à logística de carga e descarga de alimentos e transporte, gerando novas oportunidades de geração de renda para a população. Cada vez mais perto de entrar em funcionamento, a Ceasa já tem concessionária definida, após realização de licitação, e é o primeiro projeto do Programa de Parcerias Público-Privadas (PPP) do governo do Estado. O contrato de concessão de uso foi assinado com a Iconbras (Inovação em Concessões do Brasil SPE Ltda.) pelo governador Belivaldo Chagas, na última semana.

A empresa deverá modernizar, manter e administrar o espaço, que é alvo de grandes expectativas dos produtores da região, enquanto canal impulsionador para o escoamento da produção agrícola do Agreste, já conhecido pela força do seu comércio. Outro aspecto importante, segundo o estudo, é o aumento no volume de mercadorias comercializadas. A estimativa é que sejam internalizadas 6.800 toneladas de alimentos hortifrúti e carnes de modo geral, mas com expectativa concreta de ampliação, visto que na região existem dois perímetros irrigados da Cohidro que, juntos, já chegaram a produzir em média mais de 20 mil toneladas.

Segundo o governador Belivaldo Chagas, a Ceasa de Itabaiana resulta de um investimento de mais de R$ 30 milhões. “Os feirantes e clientes vão poder desfrutar de um espaço amplo e moderno para organizar os produtos e abastecer as feiras dos povoados e municípios próximos. Quando a empresa passar a administrar a Ceasa de Itabaiana, ela vai fazer investimentos de mais aproximadamente R$ 9 milhões de reais. A Ceasa impulsionará o comércio da região”, pontuou o governador. O administrador da Iconbras, Bruno Barreto, reconheceu a qualidade da estrutura que já está pronta no local. “A estrutura que existe na Ceasa de Itabaiana, hoje, é uma estrutura muito boa. É uma estrutura que, realmente, precisa somente ser adequada a algumas atividades. Por isso vamos fazer investimentos adicionais. E aí a gente vai aplicar também em toda a parte operacional”, afirmou.

Produtores e comerciantes se mostram confiantes. O produtor José Carlos Nascimento, vem de uma geração de pais irrigantes no perímetro Jacarecica I e reafirma a importância da Ceasa para quem planta. “Vai ter mais facilidade para comercializar nossa produção, com preços melhores para os feirantes de nossa região, evitando pagar frete para feiras distantes”, diz o produtor. O produtor José Wilson, que comercializa hortifrúti há mais de 15 anos no mercado de Itabaiana, conta que se apressou em fazer o cadastro para comercializar na Ceasa, porque vê vantagens no novo espaço.

“Sou comerciante de verduras no mercadão de Itabaiana, trabalho com uma variedade de hortaliças como repolho roxo e verde, acelga, berinjela, abobrinha, chuchu, pepino, pimentão. Acho que a Ceasa vai ser de grande vantagem pra nós, uma benfeitoria. Estive lá para conhecer e vi que vai ter agência bancária que ajudando na segurança, tem vigilante, tem espaço para descarregar o caminhão com facilidade, o ponto de venda é coberto e tem limpeza – tudo que não temos hoje. Porque quem trabalha aqui mercadão sabe que o espaço é pequeno, não tem como descarregar as mercadorias próximo, não tem segurança e comercializamos no meio da rua. Por todas essas vantagens que já fiz meu cadastro no CEASA e estou incentivando outros colegas a fazer o mesmo”, conta José Wilson.

A Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) será a responsável por coordenar o processo de concessão de uso da CEASA Itabaiana, conforme decreto nº 40.516/2020. Segundo o dispositivo, a Seagri deverá fiscalizar, acompanhar, normatizar e gerir o contrato, cumprindo seu papel na operacionalização da atividade de escoamento de produtos agrícolas e de oferta de alimentos. O secretário de Estado da Agricultura, André Bomfim, comemorou e destacou a relevância da concessão. “A população vai ter mais uma opção de aquisição de alimentos e por isso a gente espera que toda a Agricultura saia fortalecida desse processo. É motivo de comemoração também a criação de dezenas de empregos, diretos e indiretos, que a Central vai gerar na região e tem odo estado”, conclui André Bomfim, que realizou nova visita na Ceasa na última quinta-feira (06), para acompanhar de perto o andamento das atividades no local.

Crédito Fundiário beneficia mais 30 famílias em Poço Redondo

Programa investiu R$ 2,7 milhões na compra da terra, investimentos iniciais em infraestrutura da propriedade e assistência técnica rural

Trinta famílias de agricultores familiares de Poço Redondo estão sendo contempladas com mais uma propriedade que está sendo adquirida com recursos do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF)/Terra Brasil, em Sergipe. Na última quarta-feira (05), o contrato de compra da Fazenda Lagoa Nova II foi assinado na Agência do Banco do Nordeste de Nossa Senhora da Glória, na presença de representantes da Secretaria de Estado da Agricultura (SEAGRI), da Unidade Técnica do Programa, da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Sergipe (Fetase), da gerência do Banco do Nordeste, do ex-proprietário e dos beneficiários, que agora se somam às 2.279 famílias já atendidas pelo programa no estado.

O próximo passo é o registro cartorial, segundo conta o coordenador da Unidade Técnica do programa Crédito Fundiário em Sergipe, José Carlos de Jesus Santos. “O próprio Banco do Nordeste encaminha a documentação para o cartório, que providencia a escritura dos lotes para cada família beneficiária. Assim que os registros estiverem prontos, os representantes do Governo Estadual e do Governo Federal oficializam a entrega dos lotes”, explica José Carlos. Ele disse ainda da importância da participação da Federação dos trabalhadores (FETASE) em todo o processo de discussão para compra da propriedade.

O secretário de Estado da Agricultura, André Luiz Bomfim Ferreira, destaca que o programa está investindo recursos financeiros no acesso à terra e nos investimentos básicos e produtivos, visando à estruturação do imóvel rural. “Ao todo, o programa está investindo R$ 2.704.854,95 na compra da terra, investimentos iniciais na infraestrutura da propriedade e assistência técnica. Essa ação é resultado de uma parceria importante que temos com o Governo Federal, por meio do Ministério da Agricultura, representada em Sergipe pela Superintendência Federal de Agricultura”, acrescenta André Bomfim.

O PNCF/Terra Brasil em Sergipe é executado por meio da Unidades Técnicas Estaduais (UTE), sob a coordenação da Empresa de Desenvolvimento Sustentável do Estado de Sergipe (Pronese), vinculada à Seagri, e por meio da Unidade Gestora Estadual (UGE), sob a coordenação da Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Sergipe (SAF/MAPA). Haroldo Araújo Filho, superintendente Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento em Sergipe afirma que o Ministério da Agricultura considera o Terra Brasil – PNCF como um dos importantes projetos de salutar parceria com o Estado de Sergipe. ”Dessa forma, o MAPA se congratula com as famílias beneficiadas, e tem trabalhado incansavelmente para qualificar ainda mais o Programa Nacional de Crédito Fundiário no estado de Sergipe”, concluiu.

Sergipe registra bom momento da cadeia produtiva do leite

Seagri e FAESE comentam alta da produção e recuperação do preço do litro de leite

Pecuaristas e instituições do setor agropecuário, como a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Sergipe (Faese) e a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), confirmam o bom momento da produção leiteira em Sergipe e da geração de renda para o produtor, no início deste segundo semestre. Entre os principais fatores que contribuem para a alta no setor produtivo, especialistas apontam a boa genética do rebanho leiteiro no estado, as condições meteorológicas favoráveis, com chuvas acima da média, e a grande safra de milho – bastante utilizado na produção de forragem (alimento para o gado).

O presidente da FAESE, Ivan Sobral, afirma que mesmo com a pandemia, o setor agropecuário manteve-se forte. Para Ivan, o campo será fundamental tanto para a economia quanto para a segurança alimentar da população no pós-pandemia. “Sergipe tem se destacado bastante na produção de leite. Já produzimos em torno de 1 milhão de litros por dia, algo bem significativo, considerando que somos o menor estado do Brasil. Tivemos uma queda na produção e no preço para o produtor no primeiro semestre, por conta da pandemia, mas estamos vivendo uma boa recuperação no início deste segundo semestre. Percebemos que a quantidade satisfatória de chuvas possibilitam boa safra de milho – insumo importante para produção de ração. Cerca de 150 mil toneladas de milho ficam em Sergipe, principalmente dedicadas à pecuária leiteira. Outro fator importante é que temos vários laticínios no estado que absorvem a grande produção. As ações de liberação da malha rodoviária para circulação dos produtos, e a liberação de funcionamento das casas agropecuárias também colaboraram bastante para manter a produção agropecuária durante a pandemia”, analisa Ivan Sobral.

No Alto Sertão, o presidente da Asproleite – Associação dos Produtores de Leite do Munícipio de Porto da Folha, Juraci Pereira de Barros, conta que vem acompanhando as alterações na produção durante a pandemia, para orientar os pecuaristas na comercialização. Ele confirma sinais de melhoria no preço que é pago ao produtor por litro de leite produzido. “Nos três primeiros meses do ano, o produtor estava recebendo, em média R$ 1,32 por litro de leite vendido. Com o fechamento das feiras e dos restaurantes, tivemos uma crise, principalmente entre os meses de abril e maio, quando o preço caiu para R$ 1,17; mas a partir de junho, já percebemos uma recuperação, voltando para R$ 1,32; e R$ 1,45 em julho. Alguns conseguem um preço melhor, entre R$ 1,60 e R$ 1,80 por litro”, relatou Juraci. O presidente da Asproleite disse que produção média dos criadores associados é de 500 litros/dia [com pecuaristas que produzem entre 200 litros e 1000 litros/dia].

Além das excelentes condições edafolimáticas que favoreceram a pastagem e o plantio de milho para forragem, o secretário de Estado da Agricultura, André Bomfim, destaca o nível de organização dos produtores, que têm investido em genética e manejo do gado leiteiro, assistência técnica e equipamentos; e as políticas públicas desenvolvidas em apoio ao setor. “Diversas ações voltadas para o fomento à bacia leiteira foram realizadas pelo governo Estadual, através da Seagri e da Emdagro, contribuindo para o fortalecimento da cadeia produtiva. O Programa de Melhoramento Genético por Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), por exemplo, inseminou 1.690 vacas nos últimos dois anos. São contribuições importantes, também, a entrega de 3 milhões de raquetes de palma a 872 produtores de 12 municípios, e a distribuição de sementes de milho. Outro ponto que se destaca é a força do trabalho de defesa animal desenvolvido pela Emdagro com grande adesão dos pecuaristas, que coloca Sergipe há 25 anos como status de área livre da Febre Aftosa, assegurando a sanidade do rebanho sergipano”, avalia André Bomfim.

Bovinocultura leiteira em Sergipe

A bovinocultura de leite em Sergipe é uma atividade explorada por pequenos, médios e grandes produtores em todos os municípios, com um rebanho, em média, de 229 mil vacas ordenhadas. Os municípios de Nossa Senhora da Glória, Porto da Folha, Poço Redondo, Canindé, Gararu, Monte Alegre, Aquidabã, Feira Nova, N. S. das Dores e Carira são, nesta ordem, os dez maiores produtores de leite do estado. Juntos, no período de 2011 a 2016, eles responderam, em média, por 62,9 % da produção leiteira sergipana, segundo o IBGE. Esses municípios se concentram nos Territórios do Alto Sertão e Médio Sertão, salvo Carira, que fica no Agreste Central. Reconhecendo a supremacia da cadeia leiteira do Alto Sertão, a Assembleia Legislativa de Sergipe aprovou Lei, em 1º de junho, conferindo a Nossa Senhora da Glória o título de “Capital Estadual do Leite”. A bacia leiteira liderada pelo município de Glória se diferencia das demais, pois sua produção circula internamente, envolvendo a participação de grandes laticínios, pequenas e médias queijarias.

Missão de Supervisão do FIDA avalia positivamente a execução do Projeto Dom Távora pelo Governo de Sergipe

Projeto sergipano, que já beneficiou 9.856 famílias, é considerado um dos mais proativos nas ações mitigadoras da pandemia de Covid-19

Foi concluída com resultados positivos, a missão de supervisão do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola – FIDA ao Projeto de Negócios Rurais para Pequenos Produtores em Sergipe – o Projeto Dom Távora, realizado em Sergipe pelo Governo Estado, através da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri). No documento final, assinado pelo chefe de missão FIDA e oficial de programas para o País, Leonardo Bichara, a instituição internacional reconhece os avanços do Projeto Dom Távora em sua execução desde a última supervisão, realizada em fevereiro de 2020. Na avaliação, o FIDA aponta que a execução física e financeira dos Projetos de Negócios Rurais continuou a evoluir nos últimos meses, mesmo com a pandemia interrompendo grande parte dos trabalhos de campo.

De maneira remota, 45 reuniões foram realizadas em videoconferências com beneficiários, técnicos do projeto; equipe de serviço de extensão rural da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) de Neópolis, Poço Verde, Aquidabã e Carira; especialistas em cadeias produtivas, como a piscicultura e aquicultura, ovinos e caprinos, avicultura caipira, artesanato e turismo rural, comunidades quilombolas e gênero, que prestam serviço via Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Na avaliação da missão FIDA, o projeto sergipano se posiciona como um dos mais proativos nas ações mitigadoras da COVID-19, destacando-se ações de compra e distribuição de 40 toneladas de sementes crioulas e máscaras de beneficiários quilombolas, além de assessoria técnica constante e inovadora. O Projeto Dom Távora desembolsou 99% dos recursos FIDA e hoje alcança a marca de 9.856 famílias beneficiadas por meio de PN e outros programas de investimento – ou seja, 99% da meta pactuada e 82% do total de beneficiários foram atingidos [12.000 famílias], superando a meta em vários indicadores, como o número de produtores capacitados em gestão organizacional e gestão de negócios rurais.

O secretário de Estado da Agricultura, André Luiz Bomfim Ferreira, durante a vídeo conferência de encerramento, agradeceu mais uma vez a forma com a equipe do FIDA vem contribuindo para o aperfeiçoamento do Projeto Dom Távora. “O projeto está deixando uma marca muito importante, de ampliar e melhorar a estrutura da agricultura familiar em nosso estado, fortalecendo diversas cadeias produtivas, priorizando mulheres, jovens e comunidades tradicionais. É isso que queremos até o final deste projeto”, disse o secretário.

Destacando que o foco da equipe, agora, será concluir os projetos com grande parte das metas fechadas até dezembro deste ano, o coordenador geral do Projeto Dom Távora, Gismário Nobre, também considerou satisfatórias as conclusões elencadas pelo FIDA em seu relatório final. “Fico muito feliz com o resultado a avaliação da equipe do FIDA que reconhece os avanços do Dom Távora, graças ao trabalho coletivo, que tem contribuição de várias instituições, como PNUD, Emdagro, Pronese, que se somaram aos técnicos do projeto para chegar a este resultado positivo”, pontuou Gismário.

Fase final do Projeto

O Projeto Dom Távora já apoiou financeiramente a realização de 154 projetos de negócios rurais em Sergipe. Ficou pactuado com o FIDA o encerramento físico e financeiro de 117 projetos, bem como a conclusão da distribuição das sementes de feijão, milho, e hortaliças para 4.000 famílias no contexto da COVID-19 até setembro de 2020. A partir de agora, o Dom Távora entra na sua fase final, restando oito meses para o conclusão de todos os projetos, que devem ser encerrados até março de 2021.

Governo

Última atualização: 27 de julho de 2020 15:00.

Ir para o conteúdo