Câmara da pesca amplia participação e qualifica ações

A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Pesca Extrativista e Aquicultura passa a contar com a participação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Instituto Federal de Sergipe (IFS) e Universidade Federal de Sergipe (UFS).

 A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Pesca Extrativista e Aquicultura, em reunião realizada hoje (25), na sede da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), decidiu ampliar o fórum para outras instituições e passa a contar com a participação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O colegiado debateu sobre o andamento das obras do e gestão do terminal pesqueiro de Aracaju, o diagnóstico da pesca em Sergipe e, encaminhamentos para a conquista do S.I.F (Serviço de Inspeção Federal).

O representante da Seagri, Jean Paolo Costa, disse que a Câmara da Pesca é atualmente o mais amplo fórum sergipano de debate das questões da pesca extrativista e aquicultura em Sergipe. “Estamos sempre reunidos e contando com a participação de diversos setores, com representação dos trabalhadores da pesca, por meios de suas associações, do setor governamental estadual e federal com seus órgãos de fiscalização e execução, passa a contar com a participação também de setores acadêmicos e de pesquisa como Embrapa, e aguarda indicação de nomes do IFS e UFS que vão qualificar ainda mais o debate deste setor”, argumentou Paolo.

Terminal pesqueiro

A Câmara debateu sobre o Terminal Pesqueiro de Aracaju, que está sendo construído pelo Governo Estadual em parceria com o Governo Federal desde dezembro de 2015, quando teve suas obras iniciadas. Os participantes discutiram encaminhamentos para definir com que fica a gestão do Terminal após a conclusão das obras. Para a maioria dos representantes da câmara, este é um assunto que deve ser amplamente discutido e aprofundado. Ainda sobre o Terminal, foram discutidas questões ligadas ao esgotamento sanitário, licença ambiental e encaminhamentos para se conseguir o selo de inspeção federal, expedido pelo Ministério da Agricultura.

Diagnóstico

No encontro de hoje,  debateu-se ainda sobre a necessidade de se fazer um diagnóstico da pesca no estado. “É preciso se conhecer os pontos fortes e os pontos fracos deste setor”. Segundo o representante da Seagri, o colegiado deve estuda formas de financiamento para a realização deste diagnóstico.

Participaram do encontro de hoje da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Pesca Extrativista e Aquicultura a Secretaria de Estado da Agricultura Desenvolvimento Agrário e da Pesca (coordenação), representada por Jean Paolo; o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), representado por Salustiano Marques dos Santos; a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), representada por Carlos Alberto da Silva; a Associação Sergipana de Armadores de Pesca Artesanal, representada por Humberto Luiz de Almeida; e a Associação de Criadores de Camarão do Estado de Sergipe , representada por Péricles Guimarães.

Projeto Dom Távora reúne parceiros: Elaboração de Planos

Fida e Seagri realiam Oficina para Elaboração de Planos de Investimentos Produtivos. O objetivo é formar um grupo de técnicos multiplicadores da metodologia de elabora dos planos de negócios. Participam cerca de 40 técnicos de empresas de Assistência Técnica, Emdagro além de representantes da área acadêmica UFS e IFS.

Uma oficina para orientar de forma mais prática a elaboração de planos de negócios rurais do Projeto Dom Távora, acontece em Aracaju, sob a consultoria técnica do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) nestas segunda e terças-feiras, 22 e 23 respectivamente, reunindo os parceiros engajados ao Projeto. Representando o Fida, os Consultores Técnicos Pedro Luiz Santos Meloni e Emanuel Bryner e representando o Projeto Dom Távora Delmo Naziazeno, além de representantes de cada organismo parceiro engajado na oficina.

Delmo Naziazeno agradeceu a presença do FIDA e dos companheiros representantes de cada instituição parceira, ao tempo que explicou a operacionalização da oficina de orientação na elaboração de planos de negócios rurais, destacando o Projeto Dom Távora por contemplar negócios rurais para organizações compostas por agricultores familiares de municípios sergipanos localizados em regiões caracterizadas como de bolsões de pobreza, em sintonia com os objetivos do FIDA em priorizar planos que atinjam os objetivos propostos pela filosofia do projeto Dom Távora e consubstancie também um apoiamento aos programas do Governo de Sergipe voltado para a Agricultura Familiar afinados com a vocação dos atores e com a uma factível condução de realidade.

Cerca de 40 técnicos integram os dois dias de oficina em Sergipe, segundo Naziazeno, que enfatizou a positividade do Projeto Dom Távora e o indispensável apoio financeiro do Fida, o que reacende as esperanças na concretização de prioridades definidas em parâmetros técnicos e estudos aprofundados da realidade de cada município e seus respectivos produtores familiares.

O Consultor do FIDA, Pedro Meloni explanou sobre aproveitamento da oficina, considerando que esta representa processo de elaboração dos planos de negócios, razão maior para que cada parceiro concentrasse esforços para que tudo se desenvolva de forma afinada com o projeto sergipano, para atender de forma mais prática possível os anseios dos produtores familiares sergipanos.

Incentivo do governo à produção de farinha beneficia produtores do Agreste sergipano

Isenção do ICMS da farinha oferecida pelo Governo Estadual em 2013 vem trazendo grandes benefícios para os agricultores familiares e tem contribuído para manter a competitividade e o preço final da farinha na cesta básica do sergipano.

O secretário de estado da Agricultura, Esmeraldo Leal, em visita ao município Campo do Brito, maior produtor de farinha da mandioca do estado, constatou que a isenção do ICMS da farinha oferecida pelo Governo Estadual em 2013 vem trazendo grandes benefícios para os agricultores familiares e tem contribuído para manter a competitividade e o preço final da farinha na cesta básica do sergipano. Esmeraldo destaca também a importância do beneficiamento da mandioca para a economia de municípios como Macambira, São Domingos e Campo do Brito. Pelos dados do presidente da Associação de Produtores de Farinha, José Paixão de Santana, os três municípios da região beneficiam 3 mil toneladas de mandioca por semana.

“Chamo a atenção para o fato de que o sergipano precisa conhecer mais da capacidade produtiva dos nossos municípios. Quem vier a Campo do Brito, São Domingo e Macambira vai perceber que a farinha tem uma importância muito grande para estes municípios, para a região e para o estado de Sergipe. Aqui é muito comum ver famílias inteiras mobilizadas em torno do plantio, venda in natura e principalmente da transformação da mandioca em farinha de mesa, tapioca, bolos e doces. É muito bom conhecer essa realidade, visitar as casas, conversar com as famílias e saber o peso que, principalmente, a agricultura familiar tem na vida pessoal e o impacto no município e na região”, disse Esmeraldo Leal.

Ele também chamou a atenção para o fato de que Sergipe tem destaque em alguns produtos como leite e derivados, os sucos de laranja e abacaxi, mas a farinha de mandioca passa despercebida, porque tem uma dificuldade de conseguir o selo de inspeção. “Por esse motivo nossa farinha, apesar de ser de ótima qualidade, não é vista como um produto forte no mercado. Precisamos melhorar ainda mais a industrialização para a farinha sergipana ser referência no mercado nacional”, acrescentou.

Destaque estadual

A visita de Esmeraldo Leal foi acompanhada pelo secretário municipal da Agricultura, Siveraldo da Cruz. O secretário municipal destacou que em Campo do Brito 680 casas de farinha estão em atividade atualmente, envolvendo cerca de 5.000 pessoas, tornando a cultura da mandioca, a principal fonte de renda do município. O município conta com cerca de 2. 500 propriedades rurais, a maioria delas formada por agricultores familiares que possuem entre 1,5 a 2 tarefas, vivendo principalmente da agricultura e da pecuária.

“O município de Campo do Brito foi o grande Vencedor Estadual 2015 do IX Prêmio Sebrae como prefeito Empreendedor na categoria ‘Pequenos Negócios no Campo’ com o projeto Casa de Farinha Comunitária: Uma alternativa Sustentável que fixou o agricultor a terra. Esse projeto conseguiu destaque na produção da mandioca no Estado a ponto de ser contemplado como a melhor prática de empreendedorismo e de geração de renda pela Caixa Econômica Federal”, ressaltou Siveraldo Cruz.

O agricultor e presidente da Associação de Produtores de Farinha, José Paixão de Santana, conhecido como Paixão de Sergino, disse que nos últimos anos a demanda de mandioca para manter as casas de farinha funcionando tem crescido, a ponto de os produtores terem de importar mandioca de estados como São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais. “Hoje recebemos em torno de 20 a 30 caminhões de mandioca por semana, que se deslocam dos estados do sul para cá onde fazemos a farinha e vendemos no mercado de Itabaiana”, pontuou Paixão.

Produção familiar

Um dos exemplos de família que mantém a produção constante é a do agricultor José dos Santos, conhecido como José de Otávio. Ele beneficia e comercializa de 18 a 20 toneladas de mandioca por semana, chegando a comercializar 150 sacos de 50Kg. Com esta produtividade, conta que chega a empregar 30 pessoas, familiares e vizinhos, que se revezam nas atividades de descascar a mandioca e operar as máquinas e fornos. José acrescenta que em função da seca o preço da tonelada de mandioca chegou a R$ 500 fazendo diminuir a margem de lucro, já que prefere manter o preço de venda a R$ 3,00 o quilo da farinha para os revendedores.

O sucesso da cooperativa

O secretário Esmeraldo Leal também visitou a Cooperativa dos Produtores de Farinha de Mandioca (Cofama), em Campo do Brito. Com 82 cooperados eles criaram a marca ‘Delícia da Copa’ que empacotam e comercializam a farinha, a mandioca e a tapioca, dentro de todos os padrões exigidos pelo mercado. Os produtos são vendidos para as principais redes de supermercados do estado de Sergipe, mercados regionais, além para o Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar (PAA), Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e Mesa Brasil do Sesc.

O representante da cooperativa, Luiz Carlos da Lapa, disse que a organização tem conquistado mercados importantes, a exemplo do ano de 2015 quando venderam 300 toneladas de mandioca em uma chamada pública para escolas em Brasília. “Também em Sergipe vencemos a chamada pública para fornecer macaxeira para todas as escolas da rede estadual”, disse Carlos.

Preço competitivo

Carlos explicou que um dos principais motivos que tornou a cooperativa competitiva foi a isenção do ICMS da farinha por parte do estado. “Essa isenção foi um tesouro porque tínhamos dificuldade de comercializar tanto fora do nosso estado como aqui em Sergipe. Como nós cooperados temos uma marca, é preciso de uma nota e muitas vezes os atravessadores atrapalhavam nosso trabalho. Para nós foi uma grande riqueza”, exaltou Carlos Lapa, lembrando que desde 2013 o valor comercializado já foi reduzido em 7%.

Mandioca em Sergipe

Pelos dados da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), em 2015 os agricultores sergipanos colheram 25.305 hectares de mandioca com uma produção de 380.182 toneladas, sendo município de Lagarto o maior produtor desta raiz. Até julho de 2016 a área plantada no estado estava em 24.279 hectares, com previsão de colheita de 270.654 toneladas de mandioca.

Festa do Leite de Porto da Folha

A cidade de Porto da Folha, no sertão sergipano, realiza a 2ª edição Festa do Leite. A programação voltada para estimular os negócios rurais da região inicia nesta sexta-feira (05/08) e vai até domingo (07/08), no Parque de Vaquejadas, Laura Regina, localizado no Povoado Lagoa Redonda. Ao longo dos três dias, a festa vai contar com exposições de animais, torneio leiteiro e palestras.

O principal momento de programação é o torneio leiteiro que terá a participação de 19 animais de alta lactação. Serão feitas sete ordenhas durante os três dias, sendo duas na sexta-feira, três no sábado e duas no domingo. “Às 14h do domingo, faremos a última ordenha e a pesagem final do leite. Aqueles animais que tiverem a maior quantidade de leite, na média dos três dias, serão premiados. Distribuiremos mais de R$ 10 mil em prêmios entre dinheiro e produtos”, explicou Marcos Franco, veterinário da Emdagro, instituição do Estado que apoia o evento juntamente com o Sebrae.

Um dos organizadores do evento, o produtor Juraci Pereira de Barros, conhecido como Nego, também representante da Federação das Associações Comunitárias de Pequenos Produtores Rurais de Porto da folha (FEACOM), diz que este ano haverá a participação de 12 produtores originados da agricultura familiar que participam pela primeira vez da categoria amadores. “É a oportunidade de mostrarmos o trabalho dos pequenos produtores”, reforça Nego.

“Além do torneio leiteiro, teremos duas palestras: a primeira, dia 5, às 15h, sobre o cultivo de Palma Forrageira e o controle de pragas, proferida pelo Engenheiro Agrônomo da Emdagro, Renato Figueiredo; a segunda, dia 6, às 9h, sobre a nutrição do gado leiteiro realizado por técnico da empresa DuRracho Nutrição Animal”, pontuou o organizador do evento. Nego conta, ainda, que a produtividade do gado leiteiro tem melhorando bastante, por causa da melhoria genética dos animais e adoção de novas técnicas de manejo pelos produtores.

Ainda segundo o veterinário, Marcos Franco, o governo do estado, por meio da Emdagro, tem prestado importante assistência técnica, principalmente voltada para orientações de saúde dos animais com o acompanhamento das principais vacinas contra Brucelose e Aftosa – Sergipe é zona livre destas doenças – e tem promovido Curso de Inseminação Artificial no município de Riachão do Dantas, onde tem treinado produtores de Porto da Folha. Ele explicou que a Emdagro tem marcado presença nas festas do leite da região, colaborando com equipamentos para a infraestrutura, a exemplo de fornecimento de toldos, e também com técnicos para realização das palestras e organização do julgamento dos torneios.

Agricultores de Porto da Folha receberão sementes de Palma

Agricultores familiares do município de Porto da Folha vão ampliar a área plantada com Palma Forrageira com recursos do Governo Estadual. O projeto que está sendo chamado de “Mais Palmas para o Sertão”, inicialmente será disponibilizado para 200 famílias que multiplicarão a área plantada fornecendo sementes para outros agricultores.

O projeto tem esse efeito multiplicador de sementes, vai ajudar no complemento alimentar do gado leiteiro e ainda ajudar financeiramente aqueles que têm sementes sadias para vender, pois compraremos as sementes dentro do próprio município”, disse o secretário de estado da Agricultura, Esmeraldo Leal, que coordenou ato de lançamento do projeto em Proto da Folha, no último dia 27, ao lado de Jefferson Feitos de Carvalho, presidente da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e sua equipe técnica.

“A família que tem gado de leite não pode deixar de plantar a palma. É o que serve pra misturar com a soja e o milho na alimentação dos animais. Essa mistura é o que faz chegar o leite. Eu já plantei uma tarefa de palma e tive um resultado muito bom”, disse o agricultor Zezé do Craibero, participante de evento.

“A iniciativa de incentivar o plantio de palma, somada a outras ações do governo estadual como distribuição de sementes de milho e sorgo, além do fornecimento de horas de trator são atividades que se complementam para garantir a alimentação do rebanho de gado leiteiro, importante atividade econômica do alto-sertão. Mesmo com as dificuldades financeiras do Estado, o governador Jackson Barreto assegurou recursos para estas ações por entender o significado que eles têm para a agricultura familiar”, explicou Esmeraldo.

O projeto de ampliar as áreas cultivadas com a Palma Forrageira foi idealizado pela Emdagro que também é responsável pela implementação. O presidente da Empresa, Jefferson Feitos, disse que a determinação do secretário Esmeraldo Leal foi importante para tirar o projeto do Papel. “Nós passamos por um momento delicado de seca em que os agricultores acabaram cortando toda a palma porque não tinham alternativa de alimentação para os animais, então o projeto é uma forma de restabelece essa área perdida e criar outra reserva estratégica para futuros períodos da seca”, disse.

Compra da semente

Jefferson Feitos explicou ainda que a compra da semente será feita no próprio município para garantir a qualidade do cultivo e fortalecer o comércio local. “A compra da semente é feita no município onde o projeto chega, por dois motivos: ajuda na renda dos agricultores familiares que fornecerem a semente e garante a sanidade do plantio que temos em Sergipe. Nosso estado é um dos poucos que não têm doenças que comprometem o plantio, a exemplo de estados vizinhos que têm a cochonilha-do-carmim. Mesmo assim faremos um grande trabalho de pesquisa e inspeção, por meio da diretoria de defesa vegetal com as sementes que foram sugeridas pelos agricultores”, acrescentou o diretor-presidente.

Funcionamento do Projeto

Os agricultores familiares beneficiados irão receber uma quantidade correspondente a uma tarefa de Palma, três sacos de adubo e assistência técnica da Emdagro, ficando os tratos culturais por conta dos agricultores. Os critérios de escolha dos beneficiários e orientações técnicas do programa foram explicados pelos Agrônomos da Emdagro Aryosvaldo Bonfim e Pedro Calazans. Entre os critérios, destacaram que o agricultor deve estar cadastrado no Número de Identificação Social (NIS) – cadastro atribuído pela Caixa Econômica Federal às pessoas beneficiadas por algum projeto social, ser agricultor familiar e ter sua própria área de plantiu.

Como interessado no Projeto Mais Palmas para o Sertão, participaram do ato representantes dos Assentamentos de Trabalhadores Rurais, Quilombolas, comunidade indígena Xocó, grupo de mulheres agricultoras e Federação das Associações Comunitárias dos Produtores Rurais de Porto da Folha (Feacom).

O Governo Estadual está investindo nesse programa R$ 906.300,00 mil reais, oriundos do Fundo Estadual de Combate à Pobreza administrado pela Secretaria de Estado da Mulher, da Inclusão e Assistência Social, do trabalho, dos Direitos Humanos e Juventude (Seidh), realizado numa parceria com a Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) e com a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro).

Festa do Leite de Santa Rosa do Ermírio reflete o crescimento da pecuária no Alto Sertão

Segundo os organizadores da Festa do Leite, só Santa Rosa do Ermírio é responsável por produzir, aproximadamente, 100 mil litros de leite/dia, um número expressivo para uma terra castigada pela seca.

A sétima Festa do Leite realizada no último fim de semana no povoado Santa Rosa do Ermírio, em Poço Redondo, movimentou quase R$ 1 milhão entre a venda de máquinas agrícolas, animais, seguros e diversos outros negócios do ramo da pecuária leiteira, além dos produtos derivados do leite feitos pela agricultura familiar. Segundo os organizadores, o evento cumpriu com sucesso o objetivo de mostrar a eficiência na produtividade de leite na região do Alto Sertão sergipano.

“Só o Leilão Genética Amigos do Leite, que aconteceu no sábado, 23, movimentou R$ 260 mil com a venda de 28 lotes de animais de alta lactação”, disse Marcos Franco, veterinário e técnico da Emdagro que apoia o evento juntamente com o Sebrae, Fies, Faese, Senar e a Prefeitura de Poço Redondo.

O veterinário da Emdagro acrescentou que o torneio leiteiro de caprinos e bovinos foi bastante competitivo, com premiação de R$ 15 mil em dinheiro e produtos para as ordenhas de maior quantidade de litros produzidos por vaca, e R$ 2.200 para cabra. O gado vencedor superou a meta de produção de leite. No resultado final as campeãs foram: com meta de 35 kg, Vaca Lindoia com 49.960 kg/dia; e com meta de 50 kg a Vaca Argentina que alcançou a média de 69.980 kg/dia, ambas pertencentes a Jose Valberto Aragão. Já no torneio Leiteiro de Caprinos venceu a cabra de Jose Luiz Santana com 6,040 kg/dia.

“Há cerca de sete anos não se ouvia falar em vaca produzindo mais de 60 kg de leite no Alto Sertão sergipano. Os cursos de Inseminação Artificial promovido pela Emdagro ajudaram em muito no melhoramento genético e consequentemente na produtividade e na produção leiteira”, disse Marcos Franco.

De acordo com Odair José de Oliveira, criador de Santa Rosa do Ermírio e um dos organizadores do evento, muitos criadores têm buscado na tecnologia a alternativa para ampliar a qualidade do rebanho. “Além disso, para que a alta produtividade seja uma característica constante numa região de clima tão difícil, é preciso, primeiramente, aprender a conviver com a seca, apostando em silagem, muita palma e ração balanceada para alimentar o rebanho”, acrescentou o produtor.

O secretário de estado da Agricultura, Esmeraldo Leal, participou da premiação ao lado do prefeito de Poço Redondo, Roberto Araújo, e parabenizou os produtores, assistência técnica e prefeitura local pelos resultados. “Parabenizo os produtores e organizadores dessa linda Festa do Leite pelos investimentos no melhoramento genético do rebanho e todo o aperfeiçoamento técnico que vem fazendo. Também considero importante o trabalho do Governo Estadual, através da Seagri e da Emdagro, que vem prestando assistência técnica aos produtores e, oferecendo os programas de mecanização, de distribuição de sementes de milho, sorgo e palma como alternativas de alimentação animal para os pequenos produtores em período de seca, como também a medida de manter a média de vacinação contra febre aftosa, permitindo que estado de Sergipe entre no 21º ano sem o registro da doença. Outro aspecto, são os investimentos da prefeitura em parceria com o governo para a melhoria da Infraestrutura. São ações que contribuem para toda cadeia leiteira da região”, destacou o secretário.

“Queremos parabenizar o nosso governador Jackson Barreto, através do secretário de estado da Agricultura, Esmeraldo Leal, pelo apoio a nosso município. “Hoje, só é possível realizar essa bonita festa por causa do investimento do Governo do Estado que transformou Santa Rosa na grande bacia leiteira, construindo a pista que liga a Rota do Sertão até aqui, construindo a torre de celular que ajuda nos negócios, onde foi feito um investimento de R$ 400 mil, além da melhoria na segurança pública. Nossa avaliação é muito positiva. Estão de parabéns também todos os produtores de leite que levam o desenvolvimento de nosso município para o Estado de Sergipe, ressaltou o prefeito de Poço Redondo Roberto Araújo.

Produtividade em Santa Rosa

No povoado Santa Rosa do Ermírio com uma população próxima dos 10 mil habitantes, se produz leite o ano todo, em razão dos bons solos, que favorecem as grandes e pequenas fazendas da região, além dos rebanhos bovinos selecionados que garantem a alta produtividade. Os produtores garantem que o leite é a principal fonte de renda de 90% das famílias, e a produção abastece grandes fábricas de laticínios, como a Natville, Sabe Alimentos e Betânia, além de inúmeras fabriquetas.

Pelos dados da Emdagro de 2015, Sergipe beneficia cerca de 640 mil litros de leite por dia, sendo a região do Alto Sertão responsável por mais da metade desse volume. Segundo os organizadores da Festa do Leite, só Santa Rosa do Ermírio é responsável por produzir, aproximadamente, 100 mil litros de leite/dia, um número expressivo para uma terra castigada pela seca.

Durante a Festa do Leite aconteceu, também, Passeata dos Tratores, Feira da Agricultura Familiar, Feira do Agronegócio, e Clube da Bezerra – uma competição da qual podem participar novilhas de até seis meses conduzidas por crianças de até 10 anos. Nos dois primeiros dias do evento houve palestras.

Fotos e Texto: Ednilson Barbosa Santos
Jornalista DRT/692 – SE
Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca.

Sergipe participa do 6º Fórum de Secretários de Agricultura realizado no Piauí

“A política do governo de Sergipe voltado para o acesso a terra, regularização fundiária, distribuição de sementes e mecanização agrícola além dos resultados positivos na produtividade de milho, arroz e leite tem levado o nome do estado além-fronteiras”.

O Estado de Sergipe participa do 6º Fórum Regional dos Gestores Responsáveis pelas Políticas de Apoio à Agricultura Familiar do Nordeste e Minas Gerais que acontece em Teresina (PI). O evento iniciou nesta quarta-feira, 13 e vai até sexta-feira com o tema “A importância da Agricultura Familiar para o Desenvolvimento da Região Nordeste e seu Funcionamento”.

O secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca de Sergipe, Esmeraldo Leal, que representa o Governo de Sergipe no evento, diz que o Fórum de Secretários é um importante espaço de reflexão, proposição e articulação de políticas públicas para agricultura familiar. “Em todos os encontros do Fórum temos compartilhando experiências, dificuldades e resultados”, acrescentou.

Esmeraldo ressalta que os Secretários de outras regiões têm procurado saber como realizamos tantas ações, mesmo em meio à crise financeira que passa o Brasil. “A política do governo de Sergipe voltado para o acesso a terra, regularização fundiária, distribuição de sementes e mecanização agrícola além dos resultados positivos na produtividade de milho, arroz e leite tem levado o nome do estado além-fronteiras”, pontuou o secretário.

O encontro que se realiza no Piauí também vai mostrar experiências positivas de financiamento nos estados, traçar estratégias de fortalecimento e ampliação das políticas por meio da visão dos movimentos sociais, firmar parceria com a cooperação internacional e uma estratégia regional de financiamento, além de conhecer as experiências do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida) no Mercosul.

As áreas temáticas desenvolvidas nas reuniões têm como foco o encaminhamento de proposições de políticas de “Assistência Técnica e Extensão Rural para o Semiárido Nordestino”, “As Estratégias Nacionais de Recursos Hídricos e o Desenvolvimento da Agricultura Familiar do Nordeste Brasileiro” e “Acesso à Terra e Regularização Fundiária”.

O Secretário de Agricultura de Sergipe tem exercido um papel de liderança na articulação do Fórum regional de secretários. Em outubro de 2015 durante a realização do 4º Fórum, em Minas Gerais, Esmeraldo foi indicado para coordenar os trabalhos do colegiado. A partir daí ele coordenou a 5º edição do encontro realizado em Sergipe no mês de março deste ano, mediou a sessão extraordinária feita em junho na Bahia, e agora contribui para o encontro no Piauí.

Governo inicia distribuição de 200 toneladas de sementes de milho e 17 mil horas de trator

Além da entrega das sementes, o secretário Esmeraldo Leal anunciou o início do Programa de Palma Forrageira e entrega de bancas para feira de orgânicos

“Já tombei a terra e vou iniciar o plantio ainda hoje, não posso perder tempo, esse é o momento bom porque a terra está molhada e a semente está em mãos” disse José Domingos dos Santos, 63 anos, agricultor familiar do povoado Belo Monte no município de Monte Alegre. Ele é um dos 20 mil agricultores familiares de 21 municípios que estão recebendo sementes certificadas distribuídas pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), com a operacionalização da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro).

A distribuição de Sementes e Mecanização Agrícola/2016 teve início nesta terça-feira, dia 05, nos municípios de Monte Alegre e Poço Redondo. Os programas foram lançados na última sexta-feira, 1º, em Nossa Senhora de Lourdes, quando o governador Jackson Barreto anunciou sementes e horas de trator para agricultores familiares e assentados rurais inscritos no Programa Garantia Safra das regiões do Baixo São Francisco, Médio e Alto Sertão sergipanos.

O secretário de Estado da Agricultura, Esmeraldo Leal, fez questão de participar do início da distribuição no Alto Sertão. Durante o pronunciamento, ele ressaltou a importância da ação governamental para a economia local. “A região do Alto Sertão tem se destacado pela produção de leite no estado e de milho. E as políticas públicas do governo estadual têm contribuído muito para isso, entre elas a distribuição de sementes, mecanização agrícola e distribuição de sementes de Palma, que estamos iniciando hoje. São ações extremamente importantes que se complementam para o desenvolvimento da região, ou seja, a mecanização prepara a terra, que recebe o milho e a palma, que correspondem ao maior volume da alimentação do rebanho leiteiro da região”, explicou o secretário.

Esmeraldo informou ainda que, ao todo, serão distribuídas 200 mil toneladas de sementes de milho para 20 mil famílias em 21 municípios sergipanos e 17.450 horas de trator para 15.937 beneficiários em 13 municípios. Já o programa de semente de Palma será disponibilizado para 725 famílias dos seis municípios do Alto Sertão.

Monte alegre

Em Monte Alegre, o ato de distribuição foi na sede da Emdagro e contou com a participação de agricultores, autoridades, técnico e representantes dos movimentos de trabalhadores rurais. Foram beneficiadas 1.786 famílias com 18 mil quilos de sementes de milho, 3 mil horas de trator e cinco bancas para feirantes de orgânicos.

Uma das agricultoras beneficiadas, Adriana Ferreira de Lemos, 41 anos, do povoado Tabuleiro, Monte Alegre, recebeu 20 quilos de sementes de milho. Em uma área de três tarefas, ela, o marido e mais quatro filho sobrevive da agricultura e da pecuária. “Daqui a três meses quero colher o milho que usaremos para o consumo da família e alimentação da criação de porcos e galinhas que garantem o nosso sustento”, disse.

Poço Redondo

Em Poço Redondo, as sementes foram distribuídas no Assentamento Queimada Grande, ao lado da rodovia BR-235, na Rota do Sertão. Naquele município o programa beneficiou 3.321 famílias de agricultores, com 33 mil quilos de sementes de milho e 3 mil e 500 horas de trator.

O agricultor Edilson Bispo dos Santos, 53 anos, também recebeu 20 quilos de sementes e garantiu que vai plantar cinco tarefas de milho. “O resultado do meu plantio é principalmente para a alimentação dos animais. A gente faz o rolão ou a silagem, é uma tradição por aqui”.

Até o senhor João Tertuliano de Siqueira, com 89 anos, foi receber a semente. Ele disse que vive naquelas terras desde o período de conflito pela ocupação da Queimada Grande em 1996. “Todos assentados por aqui tem 75 tarefas de terra e fazem, em cada pedacinho, uma coisa diferente: ou planta, ou cuida de uma criação”, comentou animado o agricultor.

Semente Certificada

O técnico e coordenador da regional da Emdagro no Alto Sertão, Aryosvaldo Bomfim, disse que as sementes de milho distribuídas pelo governo são de ótima qualidade e produtividade, adequadas para a região. “É importante explicar que essa semente foi sugerida pelos próprios agricultores em diálogo com os técnicos da Emdagro”, disse Ary.

“É uma semente com padrão mínimo de germinação de 85% e pureza mínima de 99%. O governo estadual não compra sementes de variedades transgênicas ou híbridas, porque estas não possibilitam serem reproduzidas. As sementes que estamos distribuindo podem ser guardadas após o cultivo para multiplicação na safra seguinte, essa é uma das grandes vantagens, além da resistência às condições naturais da região e também permitir um ciclo menor de cultivo”, explicou Ariosvaldo.

Programa de Palma

“O Programa de Palma Semente tem o objetivo de ampliar as áreas cultivadas com a Palma Forrageira, pela agricultura familiar. É uma forma de fazer a multiplicação desse cultivo e ter uma reserva estratégica para o período da seca”, disse Gismário Nobre, representante da diretoria da Emdagro. Ele lembrou que o replantio da Palma é muito significativo para o Alto Sertão, porque com a seca que tivemos em 2011 e 2012 houve uma perda grande da reserva alimentar para os animais. O programa restabelece essa área perdida.

Ele conta que durante a implementação, cada uma das 725 famílias beneficiadas irá receber uma quantidade correspondente a uma tarefa de Palma, três sacos de adubo e assistência técnica da Emdagro, ficando os tratos culturais por conta dos agricultores.

O Governo do Estado está investindo R$ 900 mil nesse programa, oriundos do Fundo Estadual de Combate à Pobreza administrado pela Secretaria de Estado da Mulher, da Inclusão e Assistência Social, do trabalho, dos Direitos Humanos e Juventude (Seidh), implementados em uma parceria com a Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) e com a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro).

IBGE prevê 770 mil toneladas de milho em Sergipe

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) prevê para Sergipe produção de milho superior 770 mil toneladas. A safra do grão oferece ao estado posição de destaque no Nordeste e, segundo o secretário de Estado da Agricultura, Esmeraldo Leal, será recorde mais uma vez. A qualidade das sementes utilizadas no plantio, que têm característica híbrida e ciclo produtivo menor, é um dos motivos de evidência. Além disso, o Governo de Sergipe investe em mecanização, doação das sementes e assistência técnica, oferecendo mais condições para que a produção do estado alavanque cada vez mais.

“Sergipe tem a melhor produtividade do Nordeste e uma dos melhores do Brasil. Isso ocorre independentemente da quantidade de milho produzido e, apesar de ser muito pequeno territorialmente, supera em produção outros estados com dimensão territorial muito maior. Ou seja, Sergipe tem pouca terra, mas tem qualidade no que faz”, declarou o secretário de Agricultura.

A força do milho no estado vem do Médio Sertão, Centro-Sul e Alto Sertão, e o grão sergipano é mais valorizado que o de Alagoas e da Bahia, por exemplo, que são estados que atingem bons itens de produção. Isso acontece por que Sergipe produz no período de entressafra das outras localidades.

Esmeraldo Leal explica que o alto índice de produtividade no estado é alcançado por alguns fatores, dentre eles a qualidade das sementes e o investimento em mecanização. “Toda semente plantada hoje em Sergipe é híbrida e tem o ciclo mais curto, tendo risco de perda menor. Com relação à mecanização, a do nosso estado é uma das maiores do Nordeste. Contamos com muitos tratores que vem do Sudoeste e Norte da Bahia, e das grandes produtoras como Goiás, pois no período da entressafra de lá, eles seguem para cá”.

Além da licitação para contratar maquinário, o governo oferece apoio através do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), assistência técnica proporcionada pela Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), e iniciativas vinculadas a Companhia de Nacional de Abastecimento (Conab), como Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

Para este ano, o Governo do Estado obteve aprovação do Conselho de Combate a Pobreza, e iniciou o processo de licitação para comprar não só grãos de milho, como de feijão e arroz. Em 2015, houve R$ 3,5 milhões de contribuição da Conab para compra, principalmente, de milho, feijão e sorgo.

Produção

Atualmente, a área plantada com milho destinado à colheita verde nos perímetros públicos atendidos pelo Governo do Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), é de 137 hectares e tem média de produtividade de 20 mil espigas por hectare. Sob o auxílio da irrigação pública, é esperada uma produção de 2,7 milhões unidades colhidas em junho. O presidente da Cohidro, José Carlos Felizola Filho, comemora essa safra junina. “Com auxílio público, o risco do produtor não ter boa colheita é mínimo. A água e assistência de nossos técnicos vão garantir milho para as festas dos Santos Antônio, João e Pedro”, defendeu.

Segundo dados da Emdagro, no ano passado Sergipe colheu 1.308 hectares de milho verde, equivalente à produção de 8.591 toneladas, e o rendimento foi de 6.568kg por hectare, superando os números de 2014.

“Sempre pensamos o milho como grão, mas Sergipe é destaque também na produção de milho in natura, utilizado principalmente no São João. E aí o destaque especial vai para os perímetros irrigados. Temos seis do Estado e mais dois, o Jacaré-Curituba e Platô de Neópolis, que têm recurso público envolvido. Se somarmos esses perímetros públicos, temos excelente produção de milho em espiga, e isso pouca gente nota”, expôs o secretário de Agricultura.

Destaque na produção de milho verde e em pleno Alto Sertão, é o perímetro irrigado Califórnia, em Canindé de São Francisco. Foram 65 hectares plantados visando à demanda do mês de junho. Um dos produtores é José Ivanio Almeida. “Plantei duas tarefas dia 02 de abril e vou colher no dia 23. Tenho 12 anos aqui, sempre fazendo a mesma coisa. Depois de tirar o quiabo, planto o milho verde”.

No Perímetro, as plantações de milho verde alcançam a produtividade de 5,5 toneladas por hectare e, segundo José Ivanio, a espiga na região está sendo comercializada à R$ 0,50. “No verão,  planto também, mas é para fazer silagem”, completou o agricultor que tem um total de dois hectares de terra irrigada.

Agricultores do perímetro irrigado do Piauí, município de Lagarto, também garantem milho para o período junino e pretendem evitar o atravessador. O agricultor Genivaldo Azevedo de Jesus, por exemplo, pretende se encarregar de todo processo de plantio, colheita e investe para fornecer o produto diretamente ao consumidor final, alcançando, assim, maior lucro com sua lavoura.

Genivaldo e seu pai, João Benigno de Jesus, plantaram dois hectares de milho, sendo parte cultivado na última semana de março, e o restante uma semana depois, intervalo de tempo para poder conciliar as atividades da colheita e da comercialização. “Quero vender nas feiras livres em Lagarto, Boquim e Simão Dias, colocando funcionários para me ajudar a colher e vender nas feiras”, anunciou o agricultor, que espera produzir 60 mil espigas nesta safra e pretende vender entre R$ 0,75 e R$ 1 cada uma delas.

Investimentos em agricultura

O Governo do Estado realiza diversos investimentos em agricultura e, apenas em 2015, foram R$ 5 milhões destinados para mecanização, R$ 3,5 milhões, via Conab, mais quase R$ 1 milhão em compra de sementes, presença de mais de 500 técnicos da Emdagro em campo, manutenção de escritórios, realização do trabalhos de defesa animal e vegetal, além do programa Mão Amiga, benefício pago aos agricultores de cana-de-açúcar e laranja no período da entressafra.

“Além desses destaques, temos o Garantia Safra, no qual o Estado tem dado aporte de R$ 1,5 milhão; crédito fundiário, no qual o governo mantém como contra partida uma equipe que efetua todo trabalho de vistoria e acompanhamento de liberação das áreas; há a regularização fundiária, que conseguimos algo em torno de R$ 10 milhões para os municípios; temos a Cohidro, que não só acompanha os perímetros, como oferece assistência técnica, mantém bombas, perfura poços; sem contar com a instalação de dessalinizadores. O fato é que temos um governo que tem compromisso com o campo e isso se reverte em números. É por isso que Sergipe é destaque em muitas das culturas. Posso destacar também que nossos programas de distribuição de sementes e hora-máquina são uns dos melhores do Nordeste”, relatou Esmeraldo Leal.

O secretário da Agricultura lembra ainda que Sergipe é destaque não só na cultura do milho, como na produção de laranja, arroz, feijão [que tem produtividade recorde e se destaca em Poço Verde], leite [destaque no Semiárido], abacaxi e cana-de açúcar. “Há uma série de culturas que tem muita força. Sergipe é ainda um dos grandes destaques do Nordeste de farinha de mandioca, e bom produtor de maracujá e coco. Ou seja, falar em uma cultura específica em Sergipe é um erro”.

O crescimento do setor agrícola tem reflexo nos investimentos do Banco do Nordeste em Sergipe. De acordo com a instituição bancária, houve crescimento de 16,5% na agricultura, e os maiores aumentos no volume de crédito são verificados nas atividades de produção de grãos (46,3%), fruticultura (16,9%) e café (11,6%).

Sergipe recebe certificado internacional de área livre da Peste Suína

Conquista de Sergipe, vitória do Brasil! É com esse sentimento que a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), conquista para o estado a certificação internacional de área livre da Peste Suína Clássica, ao ser concedido pela Organização Mundial de Sanidade Animal (OIE), nesta quinta-feira (26).

Em Paris, na França, o certificado que reconhece o esforço e dedicação da equipe de Defesa Animal da empresa, ao colocar o menor estado da Federação entre os 13 principais estados mais o Distrito Federal que também receberam a certificação, dentre eles Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo, Sergipe, Tocantins e do Distrito Federal, além dos municípios de Guajará, Boca do Acre, Canutama e Lábrea, estes do Estado da Amazonas.

A inclusão do Estado de Sergipe no relatório encaminhado á Organização Mundial de Sanidade Animal se deu após edição da Instrução Normativa nº 27, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que estabeleceu novas regras de trânsito de suínos, seus produtos, subprodutos e material genético, onde o Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura encaminhou à Organização Internacional de Epizootioses (OIE) um relatório pleiteando, junto àquele organismo, a classificação daqueles 13 estados mais o Distrito Federal como área livre da Peste Suína Clássica (PSC) sem vacinação.

Sergipe já possuía a certificação nacional de área livre da doença reconhecido pelo MAPA, porém, vinha pleiteando o reconhecimento junto a OIE, a fim de tornar-se área livre internacionalmente da Peste Suína Clássica. “Esse reconhecimento só demonstra a eficácia do trabalho desenvolvido pela Emdagro, que é um órgão do Governo do Estado, vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pesca, na área de defesa animal que se compara aos serviços de defesa animal de Estados grandes produtores de suínos da região do Sul e Sudeste”, explicou o Presidente da Emdagro, Jefferson Feitoza de Carvalho.

A PSC

Peste Suína Clássica também conhecida como peste suína, cólera suína ou febre suína clássica é uma doença infecciosa, altamente contagiosa causada por um vírus RNA, com distribuição cosmopolita, pertencente à família Flaviviridae, ao gênero Pestivírus e que acomete suínos domésticos e silvestres. É uma enfermidade de notificação compulsória para a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), apresenta alta morbidez e mortalidade, o que repercute em significativas consequências ao bem-estar animal e prejuízos socioeconômicos, sanitários e ambientais.

Segundo a Diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Salete Dezen, a Peste Suína Clássica é caracterizada por uma grande variedade de sinais clínicos e lesões com predominância do tipo hemorrágico. “São sintomas como hemorragia, que pode levar à morte; febre alta; falta de coordenação motora; orelhas e articulações azuladas; vômitos, diarréia; falta de apetite; esterilidade e abortos; leitões natimortos ou com crescimento retardado”, detalhou Salete.

Ainda entre as características da doença estão também o agrupamento de animais nos cantos das pocilgas e a morte após quatro e sete dias do início dos sintomas.

A contaminação pode ocorrer a través de alimentos ou água contaminados; animais infectados; veículos e instalações contaminados; contato com cadáveres de animais infectados; equipamentos contaminados, roupas e calçados de indivíduos que mantiveram contato direto com animais doentes ou em período de incubação da doença (em geral a incubação é de 4 a 6 dias, com um intervalo de oscilação de 2 a 20 dias).

Sua prevenção se dá por meio da separação das instalações nas diferentes fases de criação; cercas adequadas que evitem a entrada de animais; limpeza e desinfecção das instalações e dos veículos que transportam animais; conhecimento da origem de animais adquiridos e quarentena dos mesmos; limpeza e desinfecção das mãos e botas Sergipe recebeu certificação internacional de área livre da Peste Suína Clássica (PSC). O documento habilita o estado a exportar a carne suína com menos burocracia. A concessão do certificado foi realizada pela Organização Mundial de Sanidade Animal (OIE) nesta quinta-feira, 26, em Paris, na França, durante a 84ª Sessão Geral da OIE.

O reconhecimento internacional é fruto do trabalho do Governo do Estado, por meio da equipe de Defesa Animal da Emdagro. A inclusão do estado no relatório encaminhado à Organização Mundial se deu após edição da Instrução Normativa nº 27, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que estabeleceu novas regras de trânsito de suínos, seus produtos, subprodutos e material genético. O Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura encaminhou à OIE um relatório pleiteando, junto àquele organismo, a classificação de 13 estados mais o Distrito Federal como área livre da Peste Suína Clássica sem vacinação.

Sergipe já possuía a certificação nacional de área livre da doença, reconhecida pelo Ministério, porém, vinha pleiteando o reconhecimento junto à OIE. “Esse reconhecimento só demonstra a eficácia do trabalho desenvolvido pela Emdagro, que é um órgão do Governo do Estado, vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pesca, na área de defesa animal”, declarou o presidente da Emdagro, Jefferson Feitoza de Carvalho.

Além de Sergipe, outros 12 estados mais o Distrito Federal também receberam a certificação: Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo e Tocantins, assim como os municípios de Guajará, Boca do Acre, Canutama e Lábrea, estes do Estado da Amazonas. A PSC está incluída na lista de doenças de notificação obrigatória da OIE, devido à grande capacidade de difusão, gerando restrições ao comércio mundial de suínos e dos produtos e subprodutos de suínos.

Peste Suína

Peste Suína Clássica, também conhecida como peste suína, cólera suína ou febre suína clássica, é uma doença infecciosa, altamente contagiosa causada por um vírus RNA, que acomete suínos domésticos e silvestres. É uma enfermidade de notificação compulsória para a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), apresenta alta morbidez e mortalidade, o que repercute em significativas consequências ao bem estar animal e prejuízos socioeconômicos, sanitários e ambientais.

Segundo a diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Salete Dezen, a Peste Suína Clássica é caracterizada por uma grande variedade de sinais clínicos e lesões com predominância do tipo hemorrágico. “São sintomas como hemorragia, que pode levar à morte; febre alta; falta de coordenação motora; orelhas e articulações azuladas; vômitos, diarreia; falta de apetite; esterilidade e abortos; leitões natimortos ou com crescimento retardado”, detalhou Salete.

Ainda entre as características da doença estão também o agrupamento de animais nos cantos das pocilgas e a morte após quatro e sete dias do início dos sintomas.
A contaminação pode ocorrer por meio de alimentos ou água contaminados; animais infectados; veículos e instalações contaminados; contato com cadáveres de animais infectados; equipamentos contaminados, roupas e calçados de indivíduos que mantiveram contato direto com animais doentes ou em período de incubação da doença (em geral a incubação é de 4 a 6 dias, com um intervalo de oscilação de 2 a 20 dias).

Sua prevenção se dá por meio da separação das instalações nas diferentes fases de criação; cercas adequadas que evitem a entrada de animais; limpeza e desinfecção das instalações e dos veículos que transportam animais; conhecimento da origem de animais adquiridos e quarentena dos mesmos; limpeza e desinfecção das mãos e botas das pessoas que lidam com os animais.das pessoas que lidam com os animais.

Governo

Última atualização: 30 de maio de 2016 14:53.

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