Serviço de inspeção estadual impulsiona empresas sergipanas de produtos de origem animal

Sistema garante a conformidade com os padrões de qualidade não apenas eleva a reputação das empresas certificadas, mas também abre portas para novos mercados e oportunidades de crescimento

A certificação pelo Serviço de Inspeção Estadual (SIE) e pelo Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi), emitida pela Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), tem se destacado como um impulsionador importante para empresas do setor no estado. Esse sistema, que garante a conformidade com os padrões de qualidade, não apenas eleva a reputação das empresas certificadas, mas também abre portas para novos mercados e oportunidades de crescimento.

Empresas como o Laticínio Ouro Bom testemunharam uma transformação notável após a obtenção do selo Sisbi. Antes da certificação, o laticínio operava principalmente no mercado informal, com uma produção modesta. Atualmente, sua produção triplicou, elevando-se para cerca de 40 mil litros de leite por dia, e a empresa expandiu seus mercados para várias regiões do Brasil, incluindo Brasília, Goiás, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba e Bahia, além de consolidar sua presença em Sergipe.

Com o selo do Sisbi, o sucesso do Laticínio Ouro Bom vai além dos números de produção e faturamento. A empresa, que agora emprega diretamente 90 funcionários, também beneficia indiretamente uma rede de pequenos produtores locais que fornecem leite para a agroindústria. Além disso, o crescimento das empresas certificadas pelo Sisbi estimula o desenvolvimento econômico em toda a cadeia produtiva, contribuindo para a geração de empregos e o fortalecimento das comunidades locais.

“A certificação pelo Sisbi é uma conquista significativa para as empresas do setor de produtos de origem animal em Sergipe. Ao cumprir os rigorosos padrões de qualidade estabelecidos pelo sistema, essas empresas não apenas garantem a segurança alimentar dos consumidores, mas também fortalecem a credibilidade do setor como um todo. O caso do Laticínio Ouro Bom é um exemplo inspirador do impacto positivo que a certificação pode ter no crescimento e desenvolvimento das empresas locais”, comentou a diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade.

Na avaliação do proprietário do Laticínio Ouro Bom, Alan Barros, a certificação pelo Sisbi foi um divisor de águas para a empresa. “Antes do selo, estávamos limitados ao mercado local e operávamos de forma informal. Com o Sisbi, nosso empreendimento ganhou reconhecimento nacional e expandiu seus horizontes. A certificação não apenas impulsionou nosso crescimento, mas também nos motivou a buscar constantemente a excelência em nossos produtos e processos”, destacou.

De acordo com a diretora da Emdagro, assim como o Laticínio Ouro Bom, espera-se que mais empresas do setor busquem a certificação pelo Sisbi. “Essa tendência não apenas beneficiará individualmente as empresas certificadas, mas também contribuirá para o crescimento sustentável do setor de produtos de origem animal em Sergipe, fortalecendo sua posição no mercado nacional”, reforçou Aparecida Andrade.

Serviço de Inspeção

As atividades da inspeção estadual englobam a fiscalização de estabelecimentos com inspeção. O trabalho é feito de forma periódica e permanente. Eles são monitorados variando conforme o risco do estabelecimento. Os permanentes são os abatedouros frigoríficos, de bovinos, suínos e ovinos. Já o monitoramento periódico ocorre nos estabelecimentos de acordo com o risco da atividade.

“A inspeção feita pela Emdagro avalia os aspectos higiênicos, sanitários e de segurança dos alimentos que estão sendo fabricados. Também fazemos avaliações dos produtos produzidos como, por exemplo, a possibilidade de fraude”, comentou a coordenadora de Inspeção de Produtos de Origem Animal, Tâmara Roxana.

Obtenção do Selo

As empresas que desejarem obter o selo do SIE/Sisbi deverão atender a alguns requisitos, como preencher o requerimento de visita prévia destinada ao diretor presidente da Emdagro, apresentar a documentação exigida, incluindo o Formulário de Registro de Rótulos e o Memorial Econômico Sanitário do Estabelecimento, cumprir os padrões de qualidade e segurança alimentar estabelecidos pelo sistema de inspeção. “Por fim, será avaliado desde a planta do estabelecimento até a execução da obra, com análise também do terreno ser apto a construir”, concluiu Tâmara Roxana.

Agricultura

Governador entrega escritório da Emdagro e autoriza aquisição equipamentos para trabalhadores das pedreiras

Citricultores e criadores de gado de corte foram os que mais procuraram os serviços da Agricultura no ‘Sergipe é Aqui’ de Tomar do Geru

O município de Tomar do Geru, conhecido pela tradição cultural do carro de bois e pelas jazidas de granito, tem também na agropecuária um forte aliado na geração de renda. Para melhor atender aos criadores e agricultores, a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) participou da 28ª edição do governo itinerante, juntamente com suas empresas vinculadas. Além dos serviços disponibilizados nas edições anteriores, o diferencial do Sergipe é aqui de Geru está na reabertura do escritório da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro) e na autorização do governador para compra de britadeiras destinadas aos trabalhadores da jazida, por meio da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse).

De acordo com o secretário municipal da Agricultura, José Santos de Carvalho, em termos de agropecuária, destacam-se o cultivo da laranja e a criação de gado de corte. “São mais de três mil famílias que sobrevivem da agricultura e da criação de animais em nosso município. Esse quantitativo explica como é tão necessário o escritório da Emdagro aqui. Com a equipe de assistência técnica do governo em nosso município esta semana, foram realizadas cem vacinações gratuitas em bovinos contra a brucelose, coleta de solo para análise e emissão de Cadastro da Agricultura Familiar” detalha.

Escritório da Emdagro

Ao entrar na cidade de Tomar do Geru em um carro de bois acompanhado do secretário da Agricultura, Zeca da Silva, o primeiro ato do governador Fábio Mitidieri foi a entrega oficial do escritório da Emdagro. O novo espaço da empresa estadual de assistência técnica aos produtores rurais fica localizado na rua Rua José Baldoino, 141, centro de Tomar do Geru. O local foi cedido pela prefeitura e fica no mesmo prédio da secretaria municipal da Agricultura.

De acordo com o presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos, a abertura do escritório foi uma determinação do governador e do secretário da Agricultura que, juntos com a Emdagro, criaram as condições de equipar o local e disponibilizar dois técnicos recentemente aprovados no concurso. “Antes, o agricultor ou mesmo o pecuarista tinha que se dirigir ao escritório de Itabaianinha ou de Cristinápolis para ser atendido. Como a reestruturação do escritório aqui de Geru eles podem ser atendidos rapidamente no município. Esse é um governo humanizado e mais próximo da  população, destaca Gilson.

O novo chefe do escritório da Emdagro de Tomar do Geru é o técnico agrícola Marcus Moreira de Matos. Ele confirmou os serviços realizados pela empresa na semana de realização do governo itinerante. “Nós estamos entregando hoje 25 amostras de solo para análise, certificado de vacinação dos cem animais vacinados durante a semana e 15 cadastros da Agricultura Familiar”, disse o Moreira. A empresa também entregou mudas frutíferas como tem feito em edições anteriores.

Crédito para projetos rurais

No estande da Agricultura uma equipe do Agro Amigo do Banco do Nordeste recebeu os agricultores para colher assinatura de carta de crédito. De acordo com o coordenador do Agro Amigo agência de Estância, Kassio Trindade, foram assinados 22 contratos durante o ‘Sergipe é Aqui’ de Tomar do Geru. “Colhemos assinatura para financiamento de uma diversidade de projetos que vão desde aquisição de gado de corte, instalação de sistema de irrigação, captação de água e implantação de sistema de energia solar, perfazendo um total de 220 mil reais em projetos rurais. Esse resultado é fruto da parceria com a Emdagro que também emite os Cadastros de Agricultura Familiar para que o cliente comprove que é agricultor familiar”. 

Ação da Coderse

Na oportunidade, o governador Fábio Mitidieri assinou ordem de licitação para aquisição de compressor de ar sobre rodas. A ação visa beneficiar os geruenses da Associação dos Pequenos Produtores e Trabalhadores das Pedreiras (Aspeed), em incentivo à geração de renda por meio da exploração mineral no município. O equipamento será entregue pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) com recursos de emenda parlamentar no valor de R$ 250 mil.

Agricultura

Governo do Estado autoriza licitação de equipamento para trabalhadores da mineração no ‘Sergipe é aqui’ em Tomar do Geru

Ampliação das atividades da nova Coderse inclui a aquisição de máquinas, equipamentos e implementos agrícolas

Em solenidade realizada durante a 28ª edição do ‘Sergipe é aqui’, no município de Tomar do Geru, o governador Fábio Mitidieri assinou ordem de licitação para aquisição de compressor de ar sobre rodas. A ação visa beneficiar os geruenses da Associação dos Pequenos Produtores e Trabalhadores das Pedreiras (Aspeed), em incentivo à geração de renda por meio da exploração mineral no município. O equipamento será entregue pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) com recursos de emenda parlamentar no valor de R$ 250 mil.

A máquina adquirida serve para equipar um martelo pneumático, usado na perfuração das rochas graníticas para fabricar paralelepípedos e outros subprodutos. A aquisição vai ocorrer via processo licitatório de Registro de Ata de Preços e será custeada por emenda parlamentar da gestão do deputado estadual, Jorginho Araújo.

“É uma satisfação muito grande que, enquanto eu fui parlamentar, pude indicar uma emenda para o Governo do Estado, através da Coderse, para que ela pudesse adquirir um compressor para a associação”, declarou o secretário de Estado-Chefe da Casa Civil, Jorginho Araujo. Ele informa que com o equipamento, o trabalho que demora 5 horas, passa a ser feito em 20 minutos. “Obviamente, está mais do que justificado a importância desse compressor para associação e a população que faz uso, para sua subsistência, para a geração de renda, aqui no município, através da associação”, completou.

O diretor-presidente da Coderse, Paulo Sobral reforçou que este é mais um passo dado pelo Governo do Estado na ampliação do elenco de ações da companhia. “Justifica a estratégia do governador Fábio Mitidieri em transformar a Cohidro, da irrigação e poços, na Coderse. Hoje com as políticas públicas de fornecimento equipamentos; de obras de saneamento rural e de distribuição de água bruta de grande porte (Adutora do Leite); e administradora da maior Ceasa de Sergipe”.

A Aspeed teve sua função reconhecida como de Utilidade Pública pela Lei Estadual nº 6.499, de 26 de novembro de 2008. Deste modo, contribuir com a geração de renda e sustento das famílias de associados que trabalham de forma autônoma, por produção, em pedreiras particulares de Tomar do Geru.

“Esse compressor facilita o processo de perfuração, pelo tempo reduzido. Tinha a ocorrência de muitos acidentes, porque era um trabalho manual. E com o compressor fica um trabalho mais humanizado. Como é mais rápido, a gente acaba praticamente zerando o número de acidentes. Hoje a gente trabalha com perfurações de até 2,4m mas ele pode fazer até 3m. Fazemos a produção do paralelepípedo, material para alicerce e as sobras servem para britagem”, explicou o presidente da associação de trabalhadores, Tenisson Santos Nascimento.

Equipamento

O objeto a ser licitado para doação, é um compressor de ar sobre rodas com suspensão compatível com acoplamento a caminhões. Pressão de 7 BAR, vazão de 293 PCMs e motor com potência máxima de 81,5 kW movido a diesel. O equipamento serve para acionar o martelo pneumático usado para perfurar rochas graníticas e moderniza a atividade de extração mineral nas jazidas geruenses.

Sergipe é aqui

Na companhia da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), na qual é vinculada ao Governo do Estado; a Coderse está sempre no Sergipe é aqui nos municípios. Em Tomar do Geru, trouxe a oferta das de serviços de perfuração, instalação e manutenção de poços. Também mostrando como trabalha como um dos executores do Programa Água Doce em Sergipe (PAD). No ‘Sergipe é aqui’, a companhia sempre traz a maquete de uma das 29 unidades de dessalinização de água do PAD instaladas no estado.

Governo do Estado prevê crescimento de cerca de 15% na safra de laranja em Sergipe em 2024

Aumento contraria previsão apresentada pelo IBGE, que considerava a queda na produção do estado; bom desempenho está ligado diretamente a iniciativas da gestão estadual

A produção de laranja em Sergipe em 2024 deve crescer cerca de 15%, segundo análise da  Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro). De acordo com o órgão, em 2023 a produção geral da fruta foi de 382 mil toneladas e, em 2024, a expectativa é superar 439 mil toneladas. O crescimento contraria o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que em janeiro deste ano previu a queda de 3,9% na produção no estado. 

A ampliação da safra em Sergipe vai de encontro também à redução prevista para o Brasil, que poderá registrar, ao fim do ano, decréscimo devido, principalmente, ao greening, doença que tem afetado grandes produtores do país nos estados de São Paulo e Minas Gerais. 

O diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural da Emdagro, Jean Carlos Nascimento Ferreira, explica que o bom desempenho dos pomares de Sergipe se dá pela soma de fatores, três deles ligados diretamente a iniciativas do Governo de Sergipe: a sanidade dos pomares, o controle sanitário nas fronteiras feito pela Emdagro e a produção de mudas saudáveis em viveiros telados. Além do trabalho desempenhado pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e da Emdagro, as condições climáticas favoráveis também ajudam no resultado. 

“O IBGE anunciou a queda em torno de 3,9%, mas estamos vendo que Sergipe terá um acréscimo de mais de 15% da produção. Isso é muito significativo, porque a média de produção de Sergipe hoje é em torno de 14,8 toneladas por hectare. Em algumas propriedades, há a perspectiva de chegar a 35 toneladas por hectare, ou seja, maior que o dobro, em uma área que não é irrigada. Isso é fruto da assistência técnica realizada pelos técnicos da Emdagro”, destaca Jean. 

Sergipe se mantém como o quinto produtor nacional de laranja e o segundo do Nordeste. A cultura da fruta representa 14% do total do valor da produção agrícola sergipana e, em março deste ano, o suco de laranja foi responsável por 68,5% do valor total das exportações no estado, que contabilizam aproximadamente US$ 9,8 milhões. Já no ano de 2023, Sergipe respondeu por 99% do valor de exportações nordestinas de suco de laranja.

“A cadeia produtiva é imensa. Para se ter uma ideia, uma tonelada de laranja está sendo vendida de R$ 1,8 mil a R$ 2 mil e esse recurso volta para economia do estado, ajudando o nosso PIB. Estamos vivendo novas épocas, com o Governo do Estado também priorizando o pequeno produtor para colocá-lo de volta na cadeia produtiva, o que é o papel da Emdagro e da Seagri”, enfatiza o diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural da Emdagro.

Mercado

O bom cenário de Sergipe coincide com um momento também de alta do preço da laranja, que teve o valor elevado devido a perdas de lavouras contaminadas pelo greening no sudeste do país. “Sergipe está fazendo o dever de casa, com barreira nas divisas, sanidade no material, fiscalização, erradicação de mudas clandestinas. Sergipe está se cercando para que o greening não chegue aqui. Assim, se São Paulo não tem laranja, eles vêm comprar de Sergipe e, no momento que eles vêm comprar aqui, melhora o preço. Acreditamos, pelos estudos e acompanhamento que estamos fazendo, que os próximos dez anos serão bastante promissores para a cultura da laranja no estado”, comenta Jean. 

Em Boquim, oitavo município produtor de laranja em Sergipe, o agricultor Antônio Pereira quase desistiu do cultivo do citros, mas com o apoio da assistência técnica da  Emdagro viu a produtividade crescer e, hoje, colhe o fruto a cada dois meses, antes a colheita só era possível a cada oito meses. 

“Com a assistência da Emdagro, em um ano e meio, o resultado reverteu totalmente, então passei a fazer novos investimentos na laranja. Agora, a produção está excelente, no ano passado tive uma média de 29 toneladas por hectare, acima da média de Sergipe. Foram cerca de 220 toneladas produzidas. E, neste ano, a expectativa é melhor. Estamos querendo chegar de 300 a 360 toneladas”, almeja seu Antônio. 

Ele ressalta que a laranja movimenta toda uma cadeia produtiva. “E é muita gente envolvida com a atividade na região, tem as casas que vendem produtos, o óleo diesel, o tratorista, funcionários fixos, o pessoal que tira a laranja, o caminhoneiro, então há a distribuição de renda no local para muita gente”, pontua o produtor, que hoje vê a produção chegar a mercados não só de Sergipe, mas de outros estados, como Maranhão, Paraíba e Fortaleza.

Emdagro busca soluções para doenças no cultivo de batata-doce no agreste sergipano 

O controle biológico representa uma alternativa sustentável para doenças como o ‘mal-do-pé’ e da broca do coleto

Os produtores do Programa de Desenvolvimento Territorial (Prodeter), na região agreste sergipana, estão enfrentando desafios no cultivo da batata-doce, resultando na baixa produtividade e em prejuízos. Em resposta a essa demanda, a equipe da Coordenadoria de Agroecologia da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e os técnicos da unidade de Itabaiana realizaram uma visita técnica no povoado Siebra, em Malhador, e identificaram dois problemas fitossanitários significativos nos campos de batata-doce: alta incidência do mal-do-pé e da broca do coleto. 

O principal sintoma das doenças é a podridão nas hastes da planta de batata-doce, que se alastra até as raízes causando morte do vegetal. A equipe técnica da Emdagro informou aos agricultores que atualmente não existem fungicidas registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para essas pragas no Brasil, o que exige encontrar métodos alternativos de controle. 

Segundo o coordenador de Agroecologia da Emdagro, Waltenis Braga, a adoção do controle biológico representa uma alternativa sustentável e economicamente vantajosa para os produtores de batata-doce. “Isso especialmente em face das restrições e custos associados aos produtos químicos”, destacou. A equipe técnica enfatiza a importância de continuar investindo em pesquisas e práticas que promovam a saúde das culturas e a sustentabilidade ambiental.

O controle biológico é uma técnica utilizada para gerenciar pragas e doenças nas plantas e animais de uma forma natural. Emprega organismos vivos, como predadores, parasitas ou competidores naturais para reduzir a população ou limitar o impacto dos vetores que causam doenças. Além de ser ambientalmente correta, é economicamente viável, considerando os custos comparativos entre produtos químicos e biológicos.

A visita técnica aos produtores de batata-doce é o início de uma série de ações planejadas para apoiar os agricultores da região agreste do estado. A Emdagro está comprometida em fornecer suporte contínuo e compartilhar conhecimentos sobre práticas agrícolas inovadoras que beneficiem a produção local de batata-doce e outras culturas. “Com essas iniciativas, esperamos não apenas melhorar a produtividade e a saúde das culturas, mas também fortalecer a economia local e promover práticas agrícolas mais sustentáveis, garantindo um futuro promissor para os produtores da região agreste”, concluiu Waltenis.

Agricultores de Itabi aproveitam serviços da 27ª edição do ‘Sergipe é aqui’

Secretaria da Agricultura e empresas vinculadas levaram uma série de ações ao município

Nesta quinta-feira, 23, o município de Itabi recebeu a 27ª edição do programa itinerante ‘Sergipe é aqui’. Assim como nas edições anteriores, desta vez a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) esteve presente com a equipe técnica e vinculadas – Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) e Empresa de Desenvolvimento Sustentável do Estado de Sergipe (Pronese) –, que levaram ações e serviços para agricultores familiares e demais cidadãos itabienses. 

Na ocasião, foram distribuídas 50 mudas de árvores frutíferas, entregues amostras de solo para análise pelo Instituto Tecnológico e de Pesquisa do Estado de Sergipe (ITPS), Cadastros da Agricultura Familiar (CAFs) e informações sobre como obtê-los, além de outras ações voltadas para agricultores assistidos pelo Governo do Estado.

Em Itabi, foi apresentado, pela primeira vez, o serviço de Ouvidoria Cidadã que, a partir de agora, estará presente em todas as edições. O intuito é obter, por meio do contato direto com as pessoas da comunidade, informações sobre as necessidades do município, a fim de direcioná-las para o setor competente, em busca de soluções viáveis.

“A ideia é de que a gente possa se antecipar aos problemas e trabalhar a ouvidoria como um instrumento ativo, como indutor da informação e instrumento de políticas públicas. Viemos ouvir as demandas da comunidade, a fim de contribuir para um melhor planejamento das ações, conhecendo a real necessidade dos agricultores”, explicou a ouvidora setorial da Seagri, Valmira Amaral.

A equipe técnica da Emdagro realizou o cadastramento de pequenos produtores para vacinação de bezerras contra Brucelose e para vacinação de bovinos, ovinos e caprinos contra Clostridiose. Foram imunizados 56 animais contra a Brucelose, e outros 158 vacinados contra a Clostridiose, com vacina gratuita fornecida pelo Governo do Estado. Além disso, pequenos produtores da região puderam se cadastrar no programa ‘Mais Pecuária Brasil’, que realiza inseminação artificial em bovinos, ovinos e caprinos.

Pelo programa ‘Sementes do Futuro’, foram distribuídas, somente este ano, 3,8 mil quilos de sementes de milho aos agricultores de Itabi.

Satisfação

A agricultora Maria Silva dos Santos, do povoado Melancia, foi até o local do ‘Sergipe é aqui’ para receber seu CAF, e destacou a importância do documento. “Eu fiz meu cadastro esta semana no escritório da Emdagro aqui em Itabi e vim hoje pegar meu documento. Com meu CAF, tenho a satisfação de ser reconhecida como agricultora familiar. Os técnicos disseram que com ele poderei fazer várias coisas, desde me aposentar até pegar um ‘dinheirinho’ no banco para melhorar minha rocinha”, comemorou, satisfeita.

Assim como ela, o agricultor Alex Sandro Melo Santos demonstrou muita felicidade ao receber o seu CAF. “Eu já tinha ouvido falar desse documento, pelos técnicos da Emdagro, mas somente agora resolvi correr atrás disso, pois entendi que será muito bom para mim, para eu conseguir mais benefícios e ter uma melhor oportunidade de vida”, pontuou. 

Ele ainda destacou que aproveitou os demais serviços presentes no ‘Sergipe é aqui’ para renovar sua carteira de identidade e deu entrada no procedimento para trocar o registro de nascimento, que já estava muito antigo. “Graças a Deus, resolvi tudo de uma vez”, acrescentou o agricultor.

A dona de casa Jéssica Silva Rocha esteve no estande da Agricultura para retirar uma muda de tamarindo, que vai plantar no quintal de sua casa. “Soube das ações que o Governo do Estado ia trazer hoje aqui para Itabi e aproveitei para vir pessoalmente. Gosto muito de tamarindo e ainda não tinha, então achei muito bom eu ter conseguido hoje, sem falar também nos demais serviços. Isso facilitou muito a vida da gente; em vez de ter que resolver na capital, tivemos tudo aqui mesmo em nossa cidade. Foi muito bom”, afirmou.

Coderse

Em Itabi, a Coderse colocou à disposição da população o mesmo atendimento feito na sua sede, em Aracaju, recebendo demandas e tirando dúvidas sobre a perfuração, instalação e manutenção de poços. Como forma de divulgar o trabalho realizado pela empresa na área de captação e abastecimento de água subterrânea da zona rural de todo Sergipe, a companhia expôs aos visitantes do ‘Sergipe é aqui’ a maquete de uma unidade de dessalinização do Programa Água Doce (PAD).

A Coderse realiza ações e opera recursos, material humano e expertise na infraestrutura hídrica para manter em funcionamento os 29 sistemas implantados no Seminário Sergipano. Ao mesmo tempo, está implantando mais três unidades em Carira, Poço Verde e Porto da Folha. No estado, a Seagri coordena o PAD, com as suas empresas vinculadas, Coderse e Emdagro, como executoras do programa.

Agricultura

II Encontro Sergipano de Apicultores e Meliponicultores tem apoio do Governo do Estado

Primeiro dia reuniu representantes das instituições que formam o Conselho Estadual de Apicultura e Meliponicultura para tratar sobre mudanças climáticas e preservação da caatinga

Teve início nesta terça-feira, 21, e segue até o próximo dia 23 de maio, na Universidade Federal de Sergipe (UFS), o II Encontro Sergipano de Apicultores e Meliponicultores (Esam). O evento conta com apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e suporte técnico da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro). No primeiro dia, paralelamente ao evento, foi realizada uma reunião com representantes das instituições que formam o Conselho Estadual de Apicultura e Meliponicultura – em fase de oficialização pelo Governo de Sergipe – para tratar das questões relacionadas a este setor produtivo, principalmente no que diz respeito às mudanças climáticas e à preservação da caatinga local.

Representando o secretário de Estado da Agricultura, Zeca da Silva, o chefe da Assessoria de Planejamento da Seagri, Arlindo Nery, destacou que o encontro foi uma ótima oportunidade de reunir todos os ocupantes do conselho. “A Secretaria de Estado da Agricultura participa do Conselho Estadual de Meio Ambiente (Cema) e, recentemente, nós recebemos o superintendente do Ibama, Cássio Murilo Costa, quando falamos sobre a importância de traçarmos estratégias em conjunto, a fim de disseminar a relevância de preservar a caatinga. Também definimos que os participantes do conselho irão formular projetos, que serão encabeçados pela Seagri, a fim de buscarmos apoio junto à bancada parlamentar de Sergipe, para formarmos cooperativas e, assim, fortalecermos e organizarmos cada vez mais a cadeia produtiva do mel no estado e a certificação dos  produtos locais”, pontuou Arlindo.

Professor do Departamento de Biologia para Genética da UFS e coordenador do diagnóstico contratado pela Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec/SE), Edilson Divino de Araújo classifica o Governo do Estado como um dos principais atores desse processo. “Diretamente está associado à Secretaria de Estado da Assistência Social, à Secretaria de Estado da Agricultura e aos  projetos com a Fapitec, que é o braço de pesquisas do Estado, além da Emdagro, que é um ente extremamente importante. Temos uma estrutura fortemente alinhada para que possamos chegar aos objetivos a que pretendemos, a fim de resolver diversos gargalos na apicultura e meliponicultura”, ressaltou o pesquisador.

O processo de criação do Conselho Estadual de Apicultores e Meliponicultores conta com a parceria da Secretaria de Estado da Assistência Social, Inclusão e Cidadania (Seasic), Emdagro, Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Ministério da Integração Regional, UFS, Instituto Federal de Sergipe (IFS), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Companhia de Desenvolvimento do Vale São Francisco (Codevasf), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Banco do Nordeste (BNB) e Banco do Estado de Sergipe (Banese).

II Encontro

Um dos idealizadores do evento, o presidente da Associação Sancristovense de Apicultores e Meliponicultores (Asam), Ricardo Tayron dos Santos, agradeceu a participação do Governo do Estado, que já demonstrou apostar muito na atividade apícola de Sergipe. “No ano passado, demos o pontapé inicial, e apostamos que este ano teremos um público ainda maior para, juntos, discutirmos sobre ações de prosperidade para a atividade. Daqui com certeza sairão bons frutos, como a novidade que vamos anunciar esse ano do primeiro SIF [Serviço de Inspeção Federal] a nível de abelhas sem ferrão do estado de Sergipe, que é resultado do trabalho não só da nossa associação, como também de todos os apicultores sergipanos”, comemorou o produtor, ao destacar que, a partir de agora, poderá comercializar seus produtos também fora do estado de Sergipe.

O apicultor Gabriel Gomes Nascimento, do Assentamento 13 de maio, em Japaratuba, demonstrou muita satisfação em participar do encontro. “Como apicultores, nós temos o papel principal de sermos defensores da natureza, pois precisamos muito do que ela produz, e este é um momento importante para organizarmos o setor e trazer a gente mais para perto de nosso público, de adquirirmos conhecimentos e trocar ideias com outros apicultores locais”, destacou.

Presidente da Associação dos Apicultores de Indiaroba e uma das expositoras no evento, Kissy Araya falou sobre a diversidade de produtos que  o setor apresenta. “Em nossa região, além da extração do mel trabalhamos com o pólen, com o extrato de própolis, do vermelho, que é um dos melhores que tem, as balas de gengibre, limão e mel, que são produzidas sem açúcar e sem conservantes, e recentemente também começamos a trabalhar com as velas de cera de abelha”, disse, ao observar que a apicultura abrange uma quantidade imensa de produtos. “A apicultura não se resume somente ao mel; extraímos desde própolis até a cera da abelha, nada é descartado. Temos uma gama imensa de produtos, e temos muito a crescer nessa cadeia produtiva”, comemorou a produtora, que representa a associação formada

por 23 apicultores.

Agricultura

Programa de distribuição de leite atende 3 mil famílias em situação de insegurança alimentar

PAA Leite também tem o objetivo de fortalecer a bacia leiteira do alto sertão, adquirindo a produção dos criadores sergipanos

Com a retomada do Programa de Aquisição de Alimentos na modalidade leite (PAA Leite), nesta segunda-feira, 20, serão entregues diariamente 3.072 litros de leite para as famílias e mais 25 instituições atendidas nos seis municípios contemplados pelo programa: Nossa Senhora da Glória, Monte Alegre, Porto da Folha, Gararu, Poço Redondo e Canindé de São Francisco. O programa é realizado pelo Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), em parceria com o Governo Federal, sob a gestão do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS). 

O secretário de Estado da Agricultura, Zeca Ramos da Silva, ressalta que o governador Fábio Mitidieri, reconhecendo o grande valor social e econômico do PAA Leite solicitou, junto ao MDS, a prorrogação do programa. “Nós do Governo do Estado não temos dúvidas de que o PAA Leite cumpre o objetivo de atender famílias que mais precisam desse alimento, como também fortalece a cadeia produtiva do leite, adquirindo a produção dos criadores sergipanos”, destaca.

De acordo com a coordenadora do PAA Leite junto à Seagri, Camila de Oliveira Bacan, o Governo do Estado e o MDS assinaram aditivo ao programa no valor de R$ 2.491.442,81. “Com esse investimento, nós conseguimos fazer uma programação até outubro de 2024 para atender as mais de três mil famílias e 25 instituições sociais de educação e filantropia”, explica Camila.

Para implementação do programa, as prefeituras são responsáveis pelo cadastramento dos beneficiários e pela logística de armazenamento e distribuição do leite para famílias no município. A coordenadora do PAA Leite de Monte Alegre, Claudia Rafaela, informa que continuam os mesmos beneficiários da primeira fase. “Temos apenas algumas alterações de pessoas que comunicam mudança para outra cidade. Aqui em nosso município, são 324 famílias beneficiadas e mais quatro instituições que recebem leite todos os dias”, detalha.

Segurança alimentar 

O critério para receber o leite é estar cadastrado no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). Os beneficiários são famílias de baixa renda, preferencialmente gestantes, idosos, crianças quilombolas e indígenas.

A dona de casa, Zefinha Maria dos Santos, mãe de onze filhos, fala o quanto é importante a chegadas do benefício. “Esse leite me ajuda, porque tenho muitos filhos e não teria condições de comprar. Graças a Deus ele voltou. Vou chegar em casa agora e fazer um cuscuz com leite que meus filhos gostam muito, é nosso café da manhã”, diz a mãe, sorridente.

Mãe de cinco filhos e grávida de mais um, Maria Sandra dos Santos Paula, afirma que a soma das despesas com as crianças é muito grande. Segundo ela, fraldas e leite são itens indispensáveis. “A gente que é mãe sabe a importância do leite, principalmente nos primeiros anos dos nossos filhos. Com esse leite que recebemos do governo, vamos ter uma economia. Se a gente for ver quanto de dinheiro precisa para comprar leite o mês todo a despesa é grande, sem contar fralda e remédio que não podem faltar”, salienta.

Fortalecimento da bacia leiteira

A implementação do PAA Leite também contribui para o fomento à produção de leite em Sergipe, em especial dos produtores do alto sertão sergipano. O proprietário de laticínio Carlos José Soares, que fornece o leite em saquinho para o PAA, confirma a importância econômica do programa para a região. “Esse leite, além de beneficiar as famílias que precisam, também ajuda ao homem do campo. São 124 criadores da produção familiar, pequeno e médio produtores, diretamente beneficiados com a entrega do leite no laticínio. Então, é de um significado enorme para todos”, enfatiza.

Governo de Sergipe retoma programa PAA-Leite

Inicialmente, programa que fomenta produção na bacia leiteira do estado irá beneficiar três mil famílias do alto sertão sergipano

O Governo do Estado de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) informa que a partir dessa segunda-feira, 20, retoma o Programa de Aquisição de Alimentos na modalidade leite (PAA-Leite) em seis municípios do alto sertão sergipano: Nossa Senhora da Glória, Monte Alegre, Porto da Folha, Gararu, Poço Redondo e Canindé de São Francisco.

Nesta nova etapa, o programa reinicia atendendo cerca de três mil famílias, que receberão um litro de leite para cada dia da semana. A implementação do PAA-Leite também contribui para o fomento à produção de leite em Sergipe. Serão 132 produtores da região diretamente beneficiados com a retomada do programa. O alto sertão é a maior bacia leiteira do estado.

Para implementação desse programa, as prefeituras são responsáveis pelo cadastramento dos beneficiários e pela logística de armazenamento e distribuição do leite para famílias no município. Portanto, o beneficiário cadastrado pela prefeitura deve procurar a Secretaria  Municipal de Ação Social para obter informações sobre os locais de distribuição.

A ação é realizada em Sergipe pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome. O PAA-Leite visa o atendimento à população em situação de vulnerabilidade e, também, tem contribuído para fortalecer a bacia leiteira sergipana.

Barragens dos perímetros públicos irrigados de Sergipe estão cheias

As chuvas trazem garantia de verão farto em produção e geração de renda na irrigação administrada pelo Governo do Estado

O mês de maio iniciou com muitas chuvas e com saldo positivo para a irrigação pública. Cinco barragens do Governo do Estado atingiram a capacidade máxima e verteram água. Esse resultado faz com que o agricultor irrigante se encha de expectativa de um verão melhor, com água em quantidade necessária para produzirem na estação em que as chuvas cessam e o sol ajuda no crescimento dos cultivos.

Essa produção da  irrigação pública, que em 2023 alcançou 110 mil toneladas de hortaliças, frutas e grãos, e mais 2,3 milhões de litros de leite, é escoada para todo Sergipe e fora dele, contribuindo com a segurança alimentar da população. A produção beneficia principalmente as famílias que trabalham a terra, para a geração de renda, nos perímetros irrigados administrados pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri).

O Governo do Estado mantém, por meio da Coderse, seis perímetros irrigados. Cinco deles possuem barragens próprias e que hoje estão cheias: Jabiberi, em Tobias Barreto; Jacarecica I, em Itabaiana; Jacarecica II, entre os municípios de Areia Branca, Malhador e Riachuelo; Piauí, em Lagarto; e Poção da Ribeira, com uma parte da área irrigada em Itabaiana e outra em Areia Branca.

De acordo com a equipe técnica da Coderse, exceto as barragens dos perímetros Piauí e Jacarecica II, as outras têm histórico de anos anteriores em que as chuvas anuais não foram suficientes para que os reservatórios vertessem. A última estação do verão, por exemplo, forçou a realização de racionamento de água e até a paralisação do fornecimento, quando a prioridade das reservas hídricas eram o abastecimento humano feito pela Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso).

Isaías Costa Passos é irrigante no perímetro Jacarecica I. Para ele, a barragem cheia significa que o ano vai ser muito produtivo. “É um sinal de que o próximo verão vai ser garantido. Está garantida a água, que é o que a gente precisa, então está garantido tudo, praticamente. A gente já se programou agora no inverno, para no período de verão engrenar, porque a água já tem”, pontuou.

O produtor irrigante produz batata-doce, quiabo e amendoim. O milho, Isaías Costa produz no final da safra, no verão. “Eu prefiro plantar o milho fora da época de São João, para aproveitar um preço melhor. Outro motivo é a facilidade de lidar com a terra, pragas e doenças no tempo de estiagem. Muito embora seja o inverno chuvoso que favoreça a fartura de água, aqui a gente gosta mais quando a chuva se afasta mais cedo. A gente precisa do inverno, mas quer mais o período de verão”, constatou.

O gerente do perímetro Jacarecica I, Osvaldo Nunes, considera que a chuva é o principal fator para registrar o quadro positivo das barragens cheias, como está acontecendo agora em 2024. “Isso significa segurança, porque sabendo que tem água ele vai plantar, ter renda e gerar empregos”, argumenta, ao ressaltar que, além disso, a conservação ambiental e a conscientização do produtor são fatores importantes. “Nós conscientizamos o produtor, quanto à cota de uso que ele precisa respeitar no perímetro. É uma forma de fazer um uso racional. Agora, com as chuvas de inverno, praticamente não usamos irrigação. A partir do final de julho, o pessoal volta a usar a irrigação nos lotes e volta ser importante o uso consciente”, concluiu Osvaldo Nunes.

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Última atualização: 20 de maio de 2024 08:24.

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