Agricultores de Malhada dos Bois comemoram entrega de sementes de milho

Governo do Estado destinou 1 tonelada de sementes para o município 

Agricultores familiares do município de Malhada dos Bois, no baixo São Francisco, já estão plantando as sementes de milho distribuídas pelo Governo do Estado na quinta-feira, 2. A entrega oficial das sementes foi feita pelo governador em exercício, Jeferson Andrade, que destinou 1 tonelada de sementes, repassadas para 100 produtores, cada um recebendo 10 quilos de sementes.

A ação faz parte do projeto ‘Sementes do Futuro’, com investimento total de R$ 3 milhões na compra de sementes de milho, beneficiando 20.600 famílias de agricultores familiares de 54 municípios sergipanos. De acordo com a Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), serão distribuídas para todo o estado 206 toneladas de sementes de milho, das variedades Cruzeta e Potiguar.

Maria Creuza, do povoado Baixão, ficou satisfeita ao receber as sementes de milho, por chegarem na hora certa. “Já estou com a terra pronta, toda aradinha e amanhã mesmo já vou plantar. Na minha roça tem também feijão, fava, feijão de corda, abóbora e macaxeira que plantei com meu filho. Essa doação do governo é uma ajuda muito boa, porque somente um quilo de semente custa R$ 50 e, ganhando, é uma economia boa que a gente faz”, comentou a agricultora.

A agricultora Cristina Santos Gomes, da Fazenda Brejinho, também foi beneficiada. Ela estava à espera das sementes para iniciar seu plantio. “Deixei a terra pronta e agora é só jogar as sementes, que chegaram em uma boa hora. A gente sabe que são sementes de qualidade, certificadas, não tem como dar errado”, disse a agricultora.

O lavrador Valdevan Santos expressou gratidão pelo recebimento do milho. “A sorte da gente são essas sementes que o Governo do Estado dá, pra gente que vive da agricultura é uma ajuda grande. Deus ajude que não deixm  de doar essas sementes, que são de qualidade e a gente sabe que vai ter uma boa colheita”, afirmou. 

O secretário da Agricultura, Zeca da Silva, destacou a retomada do programa e ampliação dos investimentos na gestão atual. “O programa, resgatado pelo governador Fábio Mitidieri desde o ano passado, havia sido encerrado por um longo período e no ano passado o governador fez questão de aportar R$ 1,5 milhão na compra de sementes de milho. Este ano, dobramos a quantidade de recursos para a compra das sementes de milho. Também estamos investindo no programa para entregar, dentro de 15 ou 20 dias, as sementes de arroz, com investimento de  R$ 2,3 milhões para atender todo o baixo São Francisco, de Propriá até Ilha das Flores e Brejo Grande. Uma ação muito forte, muito importante, na região do Baixo São Francisco onde conseguiremos atender quase 90% dos produtores dos perímetros irrigados que tem uma participação muito importante no cenário nacional da produção de arroz que coloca Sergipe como quarto lugar no Brasil na produção de arroz, o que é muito significativo pra gente”, reforça o secretário.

Safra recorde

Em 2023, a produção de milho em Sergipe foi a maior da série histórica. A safra se tornou destaque nacional com previsão de produção de 986.9 mil toneladas, um aumento de 11,2% em relação ao ano anterior (2022), colocando o estado como o 4° em produção e o 1º em rendimento médio do Nordeste brasileiro, com 5.483 quilogramas por hectare. São 180 mil hectares de área colhida em todo o estado. Os dados foram divulgados no Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do IBGE.

Novas medidas são adotadas para manter Sergipe com status de área livre da febre aftosa

Emdagro detalha ações contidas no Plano Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA)

A última campanha de vacinação contra a febre aftosa em Sergipe chegou ao fim na última terça-feira, dia 30 de abril, marcando um passo significativo no controle e prevenção dessa doença que afeta o gado. Com a conclusão da campanha, os produtores agora têm até o dia 10 de maio para apresentar sua declaração de vacinação, o que permitirá a avaliação do índice de vacinação.

A partir de 1º de maio, as casas agropecuárias não podem mais vender o imunizante, e os produtores que não vacinaram seus animais serão submetidos a multas no valor de 1 UFP (Unidade Fiscal Padrão), equivalente a R$ 64,56 por cabeça de gado não vacinado, além de ficarem impedidos de transitarem com seus animais diante da ausência da Guia de Trânsito Animal (GTA), enquanto não for restabelecida a normalidade sanitária.

Após o término da vacinação obrigatória, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) passou a adotar medidas do Plano Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA), a  fim de manter o novo status de área livre da febre aftosa sem vacinação, reconhecido pelo decreto do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicado no final de março.

Essas medidas incluem a intensificação da vigilância a partir de notificações de suspeitas da doença por parte dos produtores, maior vigilância em estabelecimentos rurais e nas rodovias do estado, além da intensificação da fiscalização em eventos pecuários como exposições, feiras de animais e rodeios, bem como em abatedouros frigoríficos.

A diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade, destacou a importância dessas medidas para garantir a manutenção do status alcançado. “Estamos entrando em uma nova fase, em que a prevenção e a vigilância serão ainda mais essenciais. Os produtores serão nossos parceiros nesse processo, e juntos vamos manter Sergipe livre da febre aftosa, sem a necessidade da vacinação”, reforçou.

Segundo ela, com a conclusão bem-sucedida da campanha de vacinação e o comprometimento das autoridades e produtores locais, Sergipe dá um passo importante rumo à consolidação de sua posição como área livre da febre aftosa sem vacinação, fortalecendo sua economia, garantindo a segurança alimentar de sua população.

Agricultura

Governo do Estado passa a administrar a Ceasa, sem mudanças no funcionamento

Coderse assume gerência em atendimento à conciliação judicial motivada pelo Ministério Público estadual e não vai mudar organização do espaço ou vínculo com usuários e clientes

O Governo do Estado voltou a administrar a Central de Abastecimento de Sergipe (Ceasa) desde o dia 1º de maio. A mudança no gerenciamento do espaço não alterou o horário de funcionamento de comercialização de hortifrutigranjeiros. A Ceasa segue aberta à população de segunda a sexta-feira, das 3h às 17h, e ao sábado, das 3h às 16h. Os mesmos atacadistas e varejistas permanecerão exercendo as atividades na localização anterior à mudança, incluindo a feira livre realizada aos sábados. O efetivo de auxiliares foi mantido em número suficiente para a normalidade das atividades.

Quando a empresa Centrais de Abastecimento do Estado de Sergipe S/A (Ceasa/SE) foi incorporada à Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), em 1991, a administração do prédio foi concedida à Associação dos Usuários da Ceasa de Aracaju (Assuceaju), mantendo ativa a sua função social estratégica na segurança alimentar e nutricional à população do estado. Modelo de concessão pública anos depois contestado pelo Ministério Público de Sergipe (MPSE) e que culminou no Termo de Audiência de Conciliação, Instrução e Julgamento, firmado na 3ª Vara Cível de Aracaju. O acordo deu o prazo de um ano para a devolução da administração da Ceasa ao Governo do Estado.

A Coderse é vinculada ao Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). O diretor-presidente da companhia, Paulo Sobral, informa que a empresa pública atendeu ao prazo estabelecido e passa, agora, a organizar a movimentação de mercadorias e gerenciar diretamente o vínculo do Estado com os atacadistas e varejistas usuários dos 280 pontos de venda da Ceasa, ao incluir a feira livre.

“A Assuceaju continua a existir como entidade representativa, na defesa dos direitos e organização dos comerciantes usuários. E, sem dúvida, como a principal parceira do Governo do Estado nas ações administrativas da Ceasa”, disse Paulo Sobral.

O que é a Ceasa

O espaço público de comércio tem 34.085m² de área, sendo 6.908m² ocupados por 12 blocos de prédios. Repartições físicas onde também é feita a setorização dos produtos. São 109 lojas, 71 bancas em pavilhões cobertos e, aos sábados, a parte da área de estacionamento de caminhões acomoda as mais de 100 bancas móveis dos feirantes.

“A população da grande Aracaju vem à Ceasa para adquirir hortifrutigranjeiros, produtos in natura e frescos, recém-chegados das lavouras. Mas o maior volume de produtos vai para empresas da indústria, comércio e serviços de todo estado, que também vão à central de abastecimento adquirir produtos de reposição de estoques, no atacado e com diversidade de oferta”, complementou o presidente da Coderse.

Sem mudanças

Neste primeiro momento, ocorreu a transferência da administração da Assuceaju para a Coderse, que manteve o coeficiente de 35 funcionários de apoio, além de estabelecer um escritório de gerência com pessoal administrativo extra. Diretor de Infraestrutura Hídrica da Coderse, Ernan Sena afirma que estão mantidos os serviços de limpeza e conservação, segurança e videomonitoramento, tarifação de entrada e comercialização de mercadorias, e do uso do espaço pelos usuários fixos e feirantes.

“A intenção da Coderse é, conforme estabelece o controle efetivo das atividades e serviços prestados aos comerciantes e clientes, iniciar uma reavaliação da relação entre espaços ocupados e o valor da tarifação, mas sem que ocorram reajustes ao que era vigente à época da Assuceaju. Ao mesmo tempo fará a gradual formalização desses usuários, com a adesão a um Termo de Permissão Remunerada de Uso (TPRU), sistema vigente na maioria das Ceasas de outros estados brasileiros”, detalhou Ernan Sena.

Histórico

A Ceasa Sergipe S/A foi fundada em 13 de setembro de 1972, pelo Governo Federal. Pela Lei estadual nº 2.780, de 2 de janeiro de 1990, o Governo do Estado recebeu da União a doação das ações da empresa. Com a incorporação da Ceasa à então Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação (Cohidro), formalizada na Lei Estadual nº 2.960, de 9 de abril de 1991, o local continuou a funcionar como centro de comércio atacadista e varejista de hortifrutigranjeiros por meio da concessão pública à Assuceaju.

Como o prédio pertencia ao patrimônio da hoje Coderse, a companhia tinha as funções de gerenciar e fiscalizar a relação entre associação e os usuários do espaço, a atenção às normas da vigilância sanitária e a conservação do prédio público. O início do processo de transmissão da administração da Ceasa à Coderse ocorreu quando o Termo de Audiência de Conciliação, Instrução e Julgamento foi firmado entre o MPSE, o Governo do Estado e Assuceaju. Acordo homologado pelo juiz de Direito Augusto José de Souza Carvalho, da 3ª Vara Cível de Aracaju, em 4 de abril de 2023.

Garantia Safra já pagou R$ 15,6 milhões este ano em Sergipe

Os recursos foram pagos para as 13.080 famílias de 21 municípios sergipanos que tiveram perda na safra 2022/2023

O benefício Garantia Safra está sendo pago aos agricultores cadastrados na safra 2022/2023, em 21 municípios sergipanos. De acordo com a coordenação do programa em Sergipe, que tem à frente a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), até o momento foram pagos R$ 15,6 milhões a 13.080 famílias de agricultores, que recebem R$ 1.200,00 cada uma. O seguro de renda mínima é destinado às famílias de agricultores de baixa renda, que vivem em municípios do semiárido nordestino e são prejudicados quando a seca ou o excesso de chuvas provoca a perda de, pelo menos, metade da produção.

O secretário de Estado da Agricultura, Zeca da Silva, disse que o programa é fundamental para ajudar os agricultores mais frágeis e que são afetados por problemas, como a estiagem, e que também aquece a economia municipal. “Os recursos pagos aos agricultores representam muito para fortalecer a economia do município. São mais de R$ 15 milhões direto para o bolso dos produtores que compram nos mercados locais”, pontua o secretário.

O valor pago pelo Garantia Safra vem dos recursos das contribuições de agricultores, prefeituras municipais, governos estaduais e Governo Federal, que são depositados em um fundo financeiro solidário. Podem participar do programa agricultores que plantam entre 0,6 e cinco hectares de arroz, feijão, milho, algodão e mandioca, em área não irrigada, e que tenham renda familiar mensal de até um salário mínimo.

De acordo com o gerente estadual do Garantia Safra, Sérgio Santana, para reconhecer a perda da safra são analisados, além do laudo do município, os dados do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “A confirmação se dá com apenas duas variáveis, sendo necessário que o laudo de apenas um dos órgãos coincida com o do município”, explicou Sérgio Santana, ao esclarecer que não é necessária a validação de todos juntos.

Subsistência dos agricultores

Para o secretário municipal da Agricultura de Gararu, Elísio Marinho, o Garantia Safra é uma política pública das mais importantes para os agricultores familiares. “O benefício faz com que eles se sintam valorizados, embora eles saibam que é pouco, diante do que necessitam realmente, mas já serve de alento para esse trabalho que os agricultores fazem arduamente, todos os anos, de plantar a roça, garantir a subsistência de suas famílias, abastecer as feiras com o milho verde, aquela ração pra vender. O município se sente gratificado em fazer parte desse processo”, pontuou.

O gestor também observou que este ano, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), em parceria com o município de Gararu, conseguiu ampliar o número de inscrições no Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF). “Conseguimos dar um salto de 1.360 inscrições, no ano passado, para 1.628 este ano. Batemos o recorde de CAFs emitidos e de inscrições realizadas, então isso é muito bom”, disse, agradecendo ao Governo do Estado, que se planejou e antecipou a entrega de sementes de milho este ano. “Já com as sementes e com o dinheiro nas mãos, eles puderam comprar um saco de adubo e também pagar uma horinha ou duas de trator, e isso só tem a beneficiar todo mundo: agricultores, o município e a população em geral”, enfatizou Elísio Marinho.

A agricultora Maria Vianês Ribeiro da Silva utiliza o benefício do Garantia Safra para comprar mais sementes e investir na próxima safra. “Compro sementes de milho e feijão para investir em minha roça, na aragem da terra e na compra de água também. É um recurso muito importante para a gente, quando há a perda da safra, pois compramos nossos itens de alimentação, para não deixar faltar nada para a nossa família e também para os animais”, observou a produtora rural da comunidade Malhada das Novilhas, em Poço Redondo, que há 20 anos é beneficiada pelo programa.

Também de Poço Redondo, município que tem o maior número de inscritos no programa Garantia Safra, o agricultor Manoel Cecílio de Lima, mais conhecido na região pelo apelido de ‘Zé Canem’, reforça a importância do benefício. “O inverno já está próximo, aí com esse dinheiro a gente compra as sementes e já usa para preparar  o solo. Faz mais de dez anos que participo do programa, e o recurso é sempre bem-vindo, pois quase todo ano a gente tem perda da plantação”, destacou Zé Canem, do assentamento Dom José Brandão de Castro.

Programa Sementes do Futuro contribui para a produção de milho em Sergipe

Governo do Estado investiu R$ 3 milhões na aquisição de 206 toneladas de sementes certificadas de milho, para atender mais de 20 mil famílias de pequenos produtores; o grão representa 52% do que se produz na agricultura em Sergipe, que hoje é o segundo produtor de milho do Nordeste

Sergipe tem se destacado na cultura do milho e a implementação do programa Sementes do Futuro tem um papel fundamental para o fomento à produção dessa cultura. A ação representa um compromisso do Governo do Estado em fortalecer a agricultura familiar, ao promover o acesso a insumos de qualidade e, desta forma, contribuir para o desenvolvimento sustentável das regiões. 

O programa foi criado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), e envolve a distribuição de grãos de milho e de arroz em todo o estado. “Só em semente de milho o Governo de Sergipe investiu agora R$ 3 milhões. Foram adquiridas 206 toneladas de sementes certificadas de milho. E são 20.600 famílias de pequenos produtores rurais e de agricultores familiares beneficiadas”, ressaltou o presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos. 

A data em que se celebra o dia de São José, 19 de março, marcou o início do plantio da safra no estado e o lançamento oficial do programa Sementes do Futuro 2024, com a distribuição de sementes de milho para os agricultores familiares de 50 municípios sergipanos. “Desde março, a Emdagro já vem fazendo essa distribuição. Sendo assim, espera-se que no período de 90 dias os produtores estejam colhendo frutos dessa plantação”, afirmou o gestor da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário. 

Cada pequeno produtor recebe um saco com 10 quilos de semente e, assim, consegue plantar a quantidade correspondente a uma carreta de milho, que vai colher depois de 90 dias, em torno de três a cinco toneladas de milho. “Então, é um ganho econômico para o pequeno produtor rural, para o agricultor familiar. É o braço do Governo do Estado dizendo sim a esses pequenos produtores, e a economia de Sergipe girando”, destacou.

Um dos critérios do programa é que as sementes somente sejam doadas a pequenos produtores rurais e agricultores familiares de todo o estado de Sergipe. “Assim que a semente chega, nós começamos a distribuir, justamente para que os agricultores plantem o milho na época certa, no período de chuvas. Já estamos entregando os últimos sacos de sementes”, pontuou Gilson dos Anjos. Os técnicos da Emdagro realizam a entrega individualmente. 

Produção de milho

Público-alvo do programa, os pequenos produtores rurais e agricultores já estão com a expectativa alta para colher o milho que está sendo plantado em suas propriedades. Esse é o exemplo do agricultor Gilmar Ferreira, que recebeu, pelo segundo ano consecutivo, as sementes do Governo do Estado e já com todo cuidado preparou a terra, vislumbrando colher uma boa safra. “O primeiro passo é preparar o terreno. Aro com o trator e depois planto com uma maquininha o milho. Como plantei o milho há uma semana, já está na fase de adubar, que é para ele se desenvolver”, explicou. 

De acordo com o agricultor, receber as sementes do governo é um bom incentivo para a agricultura familiar. “Se eu tivesse que comprar a semente, gastaria, uma média de R$ 50,00 a R$ 60,00 o quilo. Com esse dinheiro, já compro o adubo”, afirmou.

O agricultor Agnaldo Santana planta o grão juntamente com sua filha Ketyllin Santana e afirma que as sementes doadas pelo governo fazem muita diferença na vida deles. “A gente planta, colhe, vende e o que sobra ainda dá para a gente comer e dar para as galinhas”, contou. Já Ketyllin acrescenta que o milho, além de abastecer sua família, ainda dá para ajudar alguns dos seus vizinhos. “A gente sempre faz tudo junto. E todo mundo sai ganhando”, comemorou. 

O produtor rural José Eugênio fez questão de destacar a qualidade das sementes ofertadas. “O bom é que essa semente que a gente recebe é de qualidade, o milho é mais gostoso e nos dá tranquilidade, porque são selecionadas”, disse. 

Suporte aos produtores

Economicamente falando, o milho representa 52% do que se produz na agricultura no estado. Sergipe, hoje, é o segundo produtor de milho do Nordeste. Além de gerar renda para o agricultor, a cultura contribui para geração de emprego nos municípios. 

Os agricultores dos municípios beneficiados pelo programa Semente do Futuro recebem todo o suporte necessário dos técnicos da Emdagro. Segundo o chefe do Escritório da Emdagro em Boquim, Jeotônio Ferreira, o órgão reúne os pequenos produtores rurais que vão receber as sementes e os orientam durante todas as etapas do plantio. “Aqui, na região, a gente reúne os agricultores normalmente em associações de moradores e explica sobre as orientações de plantio, cuidado com as pragas, preparo de solo e adubação, por exemplo. E se, por acaso, tiver algum problema, eles entram em contato com a gente e vamos até o local para tentar solucionar”, explicou.

As sementes entregues pelo Governo do Estado e o milho colhido a partir delas servem de alimento e renda para a família de Antônio Gois. “A gente aqui em casa aprova muito o que a gente ganha. Além de comermos o milho, a gente vende para os mercadinhos daqui de Boquim”, afirmou. 

A produtora rural do município de Carira, Josefa Rosalina, contou que precisa de milho para alimentar os animais que cria: galinhas e vacas. “Essas sementes chegaram em um bom momento, pois não teria condições para comprar para plantar. O milho que a gente colhe, a gente come, vende um pouquinho e já serve de ração também para manter o gado no verão”, explicou.

Emdagro introduz substrato de fibra de coco para produção de mudas cítricas

Objetivo da proposta é reduzir custos com a aquisição de insumos

A utilização de fibra de coco para produção de substrato nas mudas cítricas é uma iniciativa inovadora para os produtores sergipanos. A técnica está sendo implementada pela Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) em Boquim, como alternativa sustentável e econômica para os produtores de mudas na região. A iniciativa foi apresentada aos membros da Associação de Pequenos Viveiristas de Boquim e produtores de mudas como alternativa de substituir o tradicional substrato de casca de pinus, já que a fibra de coco é um recurso mais acessível e localmente disponível.

A equipe técnica da Emdagro realizou a demonstração prática dos métodos para os produtores, mostrando na prática a produção de mudas com o novo substrato. De acordo com a equipe técnica, o processo de utilização da fibra de coco como substrato leva em consideração, a medição inicial do teor de sais, seguido do processo de lavagem, desinfecção e novo monitoramento dos níveis de sais para posterior plantio. Após ser atingido níveis de salinidade adequados, aplica-se a técnica da fertirrigação para nutrição das plantas. A assistência técnica conta com a participação dos técnicos Valbério Paolilo, Luiz Meneses, Luiz Pessoa, além do chefe do escritório regional da Emdagro de Boquim, Luiz Fernandes.

Conforme o técnico da Emdagro, Valbério Paolilo, a mudança proposta visa  reduzir os custos e também promover um impacto positivo na economia local. “Atualmente, os viveiristas de Boquim enfrentam desafios com o alto custo da casca de pinus, importada do estado de São Paulo. A substituição por fibras de coco, produzidas a poucos quilômetros na Bahia, representa uma solução mais acessível e sustentável”, reforça o técnico.

O presidente da Associação de Pequenos Viveiristas de Boquim, Roberto Pereira da Mota, expressou sua satisfação com a parceria e os benefícios esperados. “Estamos nesse processo para vermos como é que vai ficar o resultado, sobretudo na redução dos custos com a produção dos porta enxertos, visto que o substrato utilizado atualmente vem do município baiano do Conde, distante 180 km de Boquim. Nosso desejo é baratear muito os custos da produção”.

Além disso, o associado Paulo Castro ressaltou a importância da transição para o substrato de fibra de coco, enfatizando os potenciais benefícios econômicos para os produtores locais. “Acredito que não só vai ser fácil essa transição como vai diminuir os custos, diminuir o valor para gente ter um lucrinho maior, porque o substrato que está vindo de São Paulo, está muito caro e o valor dos porta-enxertos não tem sido muito bom”.

O engenheiro agrônomo da Emdagro, Valbério Paolilo, destacou a viabilidade e os detalhes técnicos dessa mudança. “Estamos confiantes de que essa transição será não apenas suave, mas também resultará em uma redução significativa nos custos, permitindo aos produtores reinvestir em outras áreas essenciais para o crescimento da associação e da comunidade como um todo. E o compromisso da Emdagro é levar aos produtores tecnologias que venham facilitar suas produções agrícolas, com um custo bem menor e garantir, dessa forma, uma renda a mais para eles”, concluiu Valbério.

Agricultura

Emdagro celebra 62 anos de apoio ao desenvolvimento agropecuário em Sergipe

O órgão tem sido uma figura central no apoio aos agricultores sergipanos, com um impacto direto e indireto em mais de 30 mil produtores rurais

Nesta quarta-feira, 24, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) completa 62 anos de dedicação ao fortalecimento da agricultura e pecuária em todo o estado. Desde sua instituição, em 1962, a Emdagro tem sido uma figura central no apoio aos agricultores sergipanos, com um impacto direto e indireto em mais de 30 mil produtores rurais.

Ao longo dessas seis décadas, a Emdagro tem sido uma força motriz no desenvolvimento rural, oferecendo assistência técnica e extensão rural, defesa animal e vegetal, além de contribuir ativamente para pesquisas fundamentais para o avanço do setor agropecuário em Sergipe.

As comemorações pelo aniversário da empresa foram marcadas por momentos de reflexão e celebração. Pela manhã, uma emocionante missa de ação de graças foi conduzida pelo Padre Alan de Jesus Valença, reunindo colaboradores e parceiros em um momento de gratidão pelos anos de serviço dedicados à comunidade rural.

Em seguida, no hall da empresa, os servidores se reuniram para prestigiar a apresentação do Coral Vozes da Emdagro, composto por colaboradores da própria Emdagro, além de membros da Codevasf e Embrapa. Sob a regência de Elias Santos, o coral entoou cânticos festivos, marcando a ocasião com alegria e harmonia.

O presidente da Emdagro, Gilson dos Santos, aproveitou a oportunidade para destacar o papel fundamental de cada servidor da empresa ao longo dos anos. Em sua fala, ele ressaltou o compromisso da Emdagro com o Estado, os pequenos agricultores e o agronegócio, enfatizando que a empresa é um dos principais agentes de inclusão social para agricultores e agricultoras familiares em Sergipe.

“A história da Emdagro é uma trajetória de evolução e adaptação às necessidades do setor agropecuário sergipano. Desde sua criação como Ancar-SE, em 1962, até sua recriação em 2008, a empresa tem se mantido como um pilar fundamental para o desenvolvimento rural do estado. Seu legado de compromisso e dedicação continua a impulsionar o progresso da agricultura e pecuária em Sergipe, garantindo um futuro sustentável para as gerações futuras”, disse o presidente.

Título de zona livre da febre aftosa sem vacinação em Sergipe reforça qualidade do rebanho bovino do estado

Conquista foi alcançada graças aos esforços conjuntos do Governo do Estado e produtores; última campanha de imunização acontece até o final de abril, quando vacinação será interrompida e deixará de ser obrigatória

Os pecuaristas em todo o estado comemoram a erradicação da febre aftosa em Sergipe. Agora, o território sergipano é considerado zona livre da doença sem vacinação. A conquista foi alcançada graças ao esforço do Governo do Estado, que tem conduzido, ano a ano, diversas campanhas para vacinar o rebanho, além de prestar assistência contínua aos criadores. A política é executada pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento e da Pesca (Seagri), via Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro).

A vacinação atualmente em curso, que termina ainda neste mês de abril, é a última antes do encerramento das campanhas. Depois disso, em função da erradicação, a ação periódica será suspensa. Este processo é o estágio mais recente e bem-sucedido de uma história iniciada há cerca de 30 anos, quando um forte movimento de combate à doença se instalou em Sergipe. Naquele momento, a febre aftosa ameaçava o gado e o avanço da pecuária não só no estado, mas em todo o Brasil. Há 28 anos, Sergipe não registra nenhum foco de aftosa.

“O Ministério da Agricultura e Pecuária já emitiu a portaria que torna Sergipe livre da febre aftosa sem vacinação. Mas, por exigência do ministério, precisamos fazer uma última vacinação, que foi antecipada de maio para abril. Até o dia 30, pequenos, médios e grandes criadores de Sergipe, de bovinos e bubalinos, terão que vacinar o seu rebanho contra a febre aftosa. Não haverá prorrogação”, explica o presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos.

Com a medida, as casas agropecuárias do estado ficam proibidas de comercializar a vacina contra a febre aftosa a partir de 1º de maio, seguindo determinação do ministério. Quanto aos pecuaristas, o prazo para declarar a última vacinação vai até 10 de maio. “Aqueles que não aplicarem a vacinação ou não a declararem, estarão proibidos de transitar com seu gado dentro de Sergipe e para fora do estado. É um prejuízo enorme, porque eles não mais conseguirão emitir a GTA, que é a Guia de Trânsito Animal. Além disso, terão que pagar uma multa de R$ 64,03 por cabeça, valor da UFP [Unidade Fiscal Padrão]”, destaca Gilson.

Pecuaristas

A erradicação da febre aftosa é, ainda, um mérito dos pecuaristas sergipanos. O fazendeiro Edson Prata tem contato com a criação de animais desde a infância, herança de seu avô e de sua mãe. Ele é proprietário da Fazenda Japaratuba, em Nossa Senhora das Dores, onde cria cerca de mil cabeças de gado de corte. Também é dono de uma fazenda na Bahia, além de outras propriedades em Sergipe, em municípios como Cumbe, Capela e Aquidabã. Sua produção abastece todo o estado. Hoje, vacinando seu rebanho pela última vez, Edson destaca a importância do selo ‘livre de aftosa’.

“É um ganho imensurável. O criador de bovinos e bubalinos, a partir de maio, não mais vai ter despesa com a febre aftosa. Nem com a compra da vacina, nem com a logística de contratar profissionais para aplicá-la. Também é bom para a visão do mercado brasileiro no exterior, porque é uma garantia a mais para o comprador da nossa carne ou do boi vivo. É um selo de qualidade, e quem ganha são os produtores. Tudo isso é fruto de um trabalho muito bem-feito do Governo de Sergipe, da Seagri, da Emdagro e do Governo Federal, com as campanhas. E também do pecuarista e do trabalhador rural, que faz seu dever de casa”, resume Edson Costa.

O fazendeiro destaca, ainda, a importância da agropecuária para o desenvolvimento econômico do estado. “Aconselho a todos aplicar essa última vacinação, para garantir a liberdade que teremos agora. O setor agro gera emprego e renda. O trabalhador rural cada vez mais se especializa, qualifica e foca em uma só função, para que a produção seja a melhor possível. No Brasil e em Sergipe, a pecuária é excelência”, frisa.

De acordo com Gilson dos Anjos, a parceria entre Governo de Sergipe e pecuaristas fez com que a vacinação no estado registrasse índices acima de 90% ano após ano. “No ano passado, conseguimos de 94% a 96%. A vacinação ocorre duas vezes por ano, em maio e em novembro. No mês de maio, se vacinava todo o rebanho, e no mês de novembro, apenas animais de até dois anos”, pontua.

Hoje, Sergipe reúne um rebanho de 1,3 milhão de cabeças de gado, entre bovinos e bubalinos. No sertão sergipano, onde predomina o gado leiteiro, as raças girolando e holandês são as mais incidentes. No centro-sul, onde o gado de corte é mais abundante, prevalece o zebu, com especial atenção para o nelore. Cabe lembrar que Sergipe é o segundo estado brasileiro em produtividade leiteira. “Isso se deve ao trabalho que a Emdagro faz junto com os criadores de gado de leite no sertão, no manejo genético. Hoje, temos uma única vaca em Santa Rosa do Ermírio produzindo 97 litros de leite por dia, por exemplo”, enfatiza Gilson.

Manutenção

A proibição do uso de vacinas antiaftosa no rebanho em Sergipe segue os moldes do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa) e do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (Pnefa). O estado está sintonizado com a meta federal de alcançar o status de país livre da febre aftosa sem vacinação até 2026.

Entre os critérios para se tornar uma zona livre está a realização de concurso público na Emdagro, a criação de um fundo de reserva estadual que sirva de seguro a possíveis incidências futuras da doença e índice de vacinação superior a 90%. Todas essas exigências já foram cumpridas. Além disso, é necessário que se crie um fundo de reserva privado pelos produtores, que vem sendo gerenciado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Sergipe (Faese).

“São mais de dois anos seguindo o Plano Nacional, implantando todos os sistemas e processos, passando por discussões e auditorias, para que a gente alcançasse o status de zona livre de febre aftosa sem vacinação. Agora, é muito importante que o produtor rural colabore nessa última vacinação e que possamos chegar ao máximo índice possível. É uma somação de esforços em que o Governo do Estado faz sua parte, junto com o Governo Federal e nós da Faese, representando a cadeia produtiva. É uma medida histórica para o nosso estado e para o setor, trazendo segurança alimentar para quem consome os nossos produtos e também segurança sanitária para Sergipe”, comenta o presidente da Faese, Ivan Sobral.

Para que Sergipe permaneça como zona livre de aftosa, o trabalho do Governo de Sergipe, dos pecuaristas e de instituições do setor prossegue. “A gente não pode permitir que rebanhos de outros estados que entram aqui passem sem a nossa fiscalização. Estamos fazendo um inquérito a partir de amostras de sangue coletadas dos animais, que estão em análise em laboratórios federais. Se porventura for detectado algum foco, temos uma equipe treinada e capacitada com veículos e equipamentos para tomar as providências devidas de imediato. Então, Sergipe vai estar vigilante o tempo todo para que nenhum foco entre aqui no nosso estado”, garante Gilson dos Anjos.

Governo entrega 2 mil quilos de sementes de milho aos agricultores de Carira durante o ‘Sergipe é aqui’

Iniciativa visa ampliar o acesso às sementes para as famílias do campo que não têm condições de comprar e promover o desenvolvimento agrícola sustentável na região

Nesta sexta-feira, 19, durante a realização da 26ª edição do programa ‘Sergipe é aqui’, os agricultores do município de Carira, localizado na região agreste do estado, foram beneficiados com a entrega de 2 mil quilos de sementes de milho. A iniciativa faz parte do programa Sementes do Futuro do Governo do Estado e visa ampliar o acesso às sementes para as famílias do campo que não têm condições de comprar, assim como promover o desenvolvimento agrícola sustentável na região.

A entrega das sementes foi realizada pelo governador Fábio Mitidieri, o qual classificou o momento como essencial para as famílias que não tem condições de adquirir os insumos para o plantio. “A gente sabe a importância que tem a produção do milho para essa região do agreste e para todo o estado de Sergipe. Carira recebe hoje, aqui, duas toneladas de sementes que serão importantes para os produtores e chegam no tempo certo, no tempo do plantio, porque em outros momentos a gente já viu a semente chegar depois das chuvas e não adiantava mais nada. Então, o Estado está entregando as sementes no tempo correto, para que o pequeno produtor familiar, o pequeno agricultor familiar consiga produzir o seu milho e sustentar a sua família”, disse o governador.

O programa Sementes do Futuro foi lançado há um mês, no dia 19 de março, com a meta de distribuir 206 toneladas de sementes de milho para os agricultores familiares de 46 municípios sergipanos. Representando o secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), o presidente da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), Gilson dos Anjos, ressaltou que o programa representa um compromisso do governo em fortalecer a agricultura familiar.

“O Governo do Estado adquiriu 206 toneladas de semente de milho certificada para distribuir exatamente com esses pequenos produtores rurais. Isso é uma ação de inclusão social significativa. Muitos desses pequenos produtores e agricultores rurais não têm recursos para comprar sementes, e o governo faz essa ação sabendo que os recursos investidos vão circular dentro do próprio estado, porque esses pequenos produtores vão produzir para o consumo próprio e outra parte será comercializada para que eles adquiram outros alimentos. Então é o Governo do Estado, através da Seagri, da Emdagro, fazendo seu papel social”, destacou Gilson.

Carira está entre os dois municípios sergipanos com maior produção de milho em grão. O cultivo de milho ocupa cerca de 90% da área cultivada no município e, sem dúvidas, é uma das principais atividades econômicas. Para o agricultor José Almeida de Souza, 56 anos, residente do povoado Boa Sorte, as sementes de milho chegaram em um bom momento. “Dessa vez, as sementes chegaram no tempo certo. Nós estamos esperando a terra molhar para a gente plantar. E, com fé em Deus, vamos plantar no tempo certo. Essa semente de milho é cara, até porque não é um milho comum, é milho de qualidade. E, certamente, a gente iria gastar uma quantia que, na maioria das vezes, muitos produtores não têm para gastar”, completou.

O sentimento de gratidão também foi compartilhado pela agricultora do povoado Cutias, Nilza Marques de Jesus, de 64 anos. Para ela, as sementes entregues serão essenciais para o completo plantio da sua roça, que detém de algumas frutas e animais. “Se não recebesse essas sementes hoje, não teríamos como comprar. Até porque a gente compra pouco, somente para o quintal, mas para o restante das tarefas de terra não tem como porque é muito caro. Graças a Deus, essas sementes chegaram em uma boa hora”, disse. 

Aos 82 anos, o agricultor Carlos José de Barros, do povoado Altos Verdes, fez questão de comparecer ao ato de entrega e disse que as sementes vão garantir a plantação no tempo certo e que os seus filhos deverão comparecer na época da colheita. “Eu planto para comer e também para alguns bichinhos que crio. Eu planto pouco, mas quando era mais jovem plantava mais. Essas sementes chegam em um bom momento, porque eu tenho uma parte de gente em São Paulo, e são todos os meus filhos, aí quando tem espigas maduras eu ligo e eles vêm comer mais eu, fazer festas e tudo. Graças a Deus, meus filhos são bem educados, eles me atendem, eu atendo eles”, finalizou.  

Produção de Milho

Segundo os dados da Seagri, o plantio de milho é realizado em 70 dos 75 municípios sergipanos. A cultura está concentrada nos municípios do semiárido, e tem Simão Dias e Carira como os principais produtores. Em 2023, a produção de milho no estado foi a maior da série histórica com 986.9 mil toneladas, colocando o estado como o 4° em produção e o 1º em rendimento médio do Nordeste brasileiro, com 5.483 Kg/h.

Emdagro leva serviços aos agricultores familiares de Carira na 26ª edição do ‘Sergipe é aqui’

Em Carira, 350 bezerras foram vacinadas contra Brucelose, uma demonstração do compromisso contínuo com o bem-estar animal e com a qualidade da produção agrícola na região

Antes mesmo do início da 26ª edição do ‘Sergipe é aqui’, que ocorreu em Carira na manhã desta sexta-feira, 19, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) já estava em ação, realizando um trabalho essencial para a saúde do rebanho local e para o fortalecimento do setor agrícola. Exemplo disso é que a empresa já havia vacinado 350 bezerras contra a Brucelose, uma demonstração do seu compromisso contínuo com o bem-estar animal e com a qualidade da produção agrícola na região. Com escritório local permanente na sede do município, a Emdagro presta serviços aos pecuaristas e agricultores da região.

Durante o evento, a presença da Emdagro foi marcante, com uma variedade de serviços para os pequenos produtores locais. Além da distribuição de 50 mudas frutíferas para impulsionar a diversificação das plantações, a empresa disponibilizou informações e emissão do Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF), garantindo acesso a benefícios e programas de incentivo.

Os agricultores também puderam contar com a entrega de 23 amostras de solo ao Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe (ITPS) para análise, visando melhorar a produtividade e a qualidade das terras. O  cadastramento de pequenos produtores para a vacinação contra Clostridiose foi outra prioridade, com a finalidade de prevenir doenças em bovinos. Somado a tudo isso, a Emdagro ofereceu o serviço de inseminação artificial em bovinos, ovinos e caprinos, promovendo o avanço genético e a qualidade do rebanho na região.

Agricultores como Marineide Alves, da comunidade Altos Verdes, expressaram sua gratidão pelo apoio da Emdagro e acentuaram a importância do CAF para o desenvolvimento da agricultura familiar. “Hoje vim receber meu CAF, e estou muito feliz, porque esse documento é muito importante para nós, agricultores, por vários motivos, como ter direito à aposentadoria e acesso a empréstimo no banco para tocar minha roça. Dou graças a Deus por essa parceria com a Emdagro”, disse.

Assim como ela, Deomira Costa dos Anjos também ressaltou o impacto positivo da muda frutífera recebida, evidenciando a contribuição da empresa para o fortalecimento da produção agrícola local. “Na minha roça, eu planto milho e algumas fruteiras também. Hoje, eu ganhei da Emdagro uma muda de jaca, e estou bastante satisfeita, porque adoro jaca”, comentou.

O presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos, enfatizou o compromisso da empresa em participar ativamente do desenvolvimento agrícola da região, tanto antes quanto durante a realização do ‘Sergipe é aqui’. “O trabalho contínuo de vacinação contra a Brucelose e os diversos serviços oferecidos durante o evento refletem o comprometimento da Emdagro com a saúde do rebanho e o sucesso da agricultura familiar em Sergipe”, pontuou.

Governo

Última atualização: 22 de abril de 2024 10:41.

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