Produção atende rebanhos extensivos ou intensivos também de fora do perímetro, quando ocorre a integração irrigado-sequeiro
Unidades produtivas do Perímetro Irrigado Piauí, mantido pelo Governo de Sergipe, em Lagarto, fornecem matéria prima para compor a ração animal dos próprios criatórios de gado de leite, de corte e equinos, e também de seus clientes. Em 2023, o perímetro administrado pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), produziu 713,5 toneladas de capim.
Durante o mesmo ano, também foram produzidas mais de 1,5 mil toneladas de milho verde na irrigação pública de Lagarto. Versáteis, as folhas e talos do cereal, depois de colhidas as espigas, servem para compor a ração in natura ou para fazer silagem. Isso quando esses irrigantes não usam, inclusive, as espigas nos silos, como forma de enriquecimento protéico desse alimento para o gado.
A Coderse – vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) – fornece irrigação e assistência técnica às 421 unidades produtivas do perímetro Piauí. Em visita à área irrigada do Rancho São Francisco, o técnico agrícola da empresa, Jackson Ribeiro, conta que os produtores dão preferência ao BRS Capiaçu, variedade melhorada pela Embrapa, e ainda uma gramínea do gênero Cynodon.
“Ele está colhendo o Capiaçu com 50 dias. Quando a proteína bruta dele chega a até 10%. Enquanto que o capim Tifton chega a 17% ou 18% de proteína bruta. Este produtor produz a ração na propriedade. O consumo é retirado da terra. Mas ele e outros plantam o milho, fazem a silagem e fornecem ao gado. Diminuindo assim os custos de produção”, avaliou Jackson Ribeiro.
Gerente do Rancho São Francisco, Roberto Nascimento confirma que o Capiaçu irrigado diminui o custo da ração, que também é composta do milho de outros irrigantes. “É bem importante, se não fosse a Coderse aqui, a gente não tinha essa capineira. A silagem, a gente planta ou compra, mas o capim irrigado sai mais barato. Ele junta mais água e para a vaca de leite é o ideal”, observou. Na propriedade, segundo o gerente, o capim Cynodon também é usado na alimentação dos bovinos, principalmente na fase de crescimento dos bezerros.
Responsável pela alimentação do rebanho no rancho, Silvano Souza explica que são 130 vacas, 100 em lactação, que recebem três refeições por dia. “Às 10h e às 15h, são o Capiaçu e a silagem. A gente irriga o capim com o pessoal da Coderse e só cortamos o capim novo. Não deixamos crescer muito, porque não tem muita qualidade para a gente, para o gado de leite”, disse o funcionário, informando que a fazenda produz uma média de 2.200 litros de leite por dia.
Milho verde
De acordo com o gerente do perímetro Piauí, Gildo Almeida, muitos produtores pequenos do perímetro produzem milho verde para vender e o restante, a palha, fazem a silagem para alimentar o gado. “Fornecemos a água tanto ao grande quanto ao pequeno, abastecemos ambos. A palha serve tanto no confinamento de corte, quanto para produção de leite. No caso do Roberto, o gerente da propriedade, ele investiu muito na genética do rebanho e os pequenos já estão se espelhando e se organizando assim”, anunciou.
Gildo Almeida também observa que há propriedades sustentáveis, que plantam toda ração do rebanho a partir da irrigação, como também tem irrigante que comercializa esse material forrageiro para criadores fora do perímetro, vendendo capim, palhada e o próprio milho para silagem. “Essa relação de cooperação produtiva, dos perímetros com áreas não-irrigadas, é chamada de integração irrigado-sequeiro”, destacou.
Equinos
Roberto Nascimento expõe que o rancho tem um plantel de cerca de 20 equinos da raça ‘Quarto de Milha’, entre adultos e filhotes. São animais usados na venda de material genético e potros, em concursos e competições. Com o capim Cynodon irrigado é feito feno na própria propriedade, usado para alimentar os cavalos. “A plantação de Tifton é indicada para cavalo. Na propriedade tem uma parte de cavalos de vaquejada. Com 40 dias, corto o capim, daí, jogo o adubo, a irrigação do perímetro irrigado e, com 40 dias, está bom de cortar de novo”, conclui Roberto.
Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe incentiva produção fornecendo água de irrigação e assistência técnica o ano todo
Como reflexo do investimento do Governo de Sergipe na agricultura, o ano de 2023 foi encerrado com bons resultados no setor. Estima-se que, no ano passado, a colheita da abóbora nos perímetros irrigados da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), tenha alcançado 801 toneladas. O resultado do perímetro Piauí, em Lagarto, no centro-sul do estado, chama atenção, pois lá foram colhidas 64,5 toneladas do alimento em 2023, enquanto em 2022 não houve registro de colheitas do fruto.
Outro destaque de 2023 foi o perímetro Califórnia, em Canindé de São Francisco, no alto sertão sergipano, que no último ano ingressou em um novo patamar de produção, com lavouras de abóbora próprias para a produção de sementes de uso comercial. No município, uma lavoura de quase um hectare, irrigada pela Coderse vai fazer de Canindé um novo produtor de sementes de abóbora. A plantação recebeu atenção especial dos agricultores e dos técnicos agrícolas da empresa pública, pelo nível de exigência da indústria que vai comprar a produção.
De acordo com o presidente da Cooperativa de Fomento Rural e Comercialização do Perímetro Irrigado Califórnia (Coofrucal), Levi Ribeiro, a compra de insumos foi viabilizada por meio do fornecedor de sementes Agristar do Brasil e as análises de solo e preparo da terra foram financiados pela cooperativa, com posterior reembolso na colheita. Contudo, ele reforça que o apoio da Coderse no processo foi fundamental. “Toda a assistência técnica agrícola [para os irrigantes do Califórnia inseridos no projeto] continua sendo da Coderse”, informou o produtor.
O diretor de Irrigação da Coderse, Júlio Leite, comemora o resultado da parceria entre produtores irrigantes e a indústria de nível nacional. Ele informa que, além da abóbora, esses mesmos irrigantes de Canindé também começaram a produzir em 2023, para colherem em 2024, sementes de quiabo, berinjela, pimenta jalapeño e cebola. “O perímetro de Canindé continua sendo o principal produtor de abóbora irrigada entre os perímetros estaduais. Só ele totalizou 737,8 toneladas em 2023, mas agora também vai gerar sementes para iniciar as novas plantações em todo país, o que comprova o potencial produtivo do alto sertão, com a água fornecida pelo Governo do Estado”, justifica Júlio Leite.
As 801 toneladas colhidas em 2023 pelos produtores irrigantes dos perímetros da Coderse em Canindé e Lagarto ocasionaram em um retorno financeiro superior a R$ 1 milhão. A produção ocupou uma área total de 45,5 hectares, mas vale ressaltar que, naquele ano, aproximadamente 10 hectares foram plantados com abóbora que serão colhidas somente no início de 2024.
Lagarto
Em Lagarto, um dos agricultores responsáveis pelo resultado positivo é Gildeon Dias, que planta abóbora há cerca de quatro anos, em propriedade rural atendida pelo perímetro Piauí. Ele já colheu o fruto na primeira semana de 2024. “Foi plantado no final de agosto, e tem o tempo médio para colheita de 120 dias. São quatro tarefas (1,3 hectares) irrigadas da abóbora jerimum. Só plantamos a abóbora uma vez por ano, pela facilidade de plantio e baixo custo da produção”, detalhou o irrigante.
O gerente do perímetro irrigado Piauí, Gildo Almeida, chama atenção para o retorno financeiro obtido a partir da produção. “Em 2023, a produção de 64,5 toneladas gerou R$ 77,5 mil em renda para os irrigantes do perímetro Piauí e ocupou uma área total de 2 hectares. Mas para colher em 2024, o nosso perímetro já tem outros dois hectares plantados com abóbora. Se considerar que em 2022 não contabilizamos colheita de abóbora, serão dois anos seguidos de avanço na produção do fruto”, avaliou.
A lavoura de Gildeon rendeu 18 toneladas de abóbora. Dessas, 15 toneladas já foram vendidas para fora do estado pelo preço de R$ 3,40 o quilo, dando uma rentabilidade considerada muito boa ao produtor. “O preço não tem como prever, porque dependo muito da oferta e da procura que vai ter na época da colheita”, complementou o irrigante. Embora não seja para uso comercial, como em Canindé, Gildeon reserva as sementes de cerca de 30 abóboras para o replantio, a ser feito entre agosto e setembro.
Secretaria de Agricultura e vinculadas estiverem presentes na ação realizada nesta quinta-feira, 11
O município de Gararu, na região do alto sertão sergipano, recebeu nesta quinta-feira, 11, a primeira edição do ‘Sergipe é aqui’ de 2024, chegando à 19ª edição. Os serviços disponibilizados pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e suas vinculadas foram bastante procurados por agricultores que buscavam informações e benefícios.
Em Gararu foram entregues 50 pés de manga, goiaba, acerola, pinha, pitanga, abacate, jaca e graviola para as pessoas que estiveram no local e fizeram um cadastro prévio. Também foram entregues, aos produtores rurais do município, 16 certificados de vacinação contra a brucelose e dez documentos do Cadastro de Agricultor Familiar (CAF). Em uma ação previamente realizada no município, foram coletadas 30 amostras de solo em propriedades rurais da região, que foram entregues para análise nos laboratórios do Instituto de Pesquisa e Tecnologia de Sergipe (ITPS).
Moradora do município, a pescadora Fábia Maria Alves dos Santos esteve no estande da agricultura em busca de uma muda de abacate e saiu muito satisfeita com o atendimento recebido pela equipe técnica. “Achei muito boa essa ação do governo de vir até aqui. A gente, que é humilde, nem sempre tem como ir até a capital para resolver nossos problemas. Hoje vim tentar fazer meus exames médicos e, como gosto muito de plantas, aproveitei para pedir uma muda de abacate. Agora vou plantar em meu sítio e esperar para colher bons frutos”, disse.
Marivalda de Jesus Santos Rocha, que mora no povoado Couro Seco, cria animais para sua subsistência e de sua família. Ela foi até a sede do município para ver de perto as ações promovidas pelo Governo do Estado. A agricultora se cadastrou para fazer exames médicos e no estande recebeu uma muda de abacateiro das mãos do secretário da Agricultura, Zeca da Silva, e da primeira-dama e secretária de Assistência Social, Érica Mitidieri. “Foi uma benção receber essas ações do governo em nossa cidade. No meu sítio já tenho manga, goiaba, pinha e mamão, e agora vou ter abacate também, que eu gosto muito”, destacou.
A agricultora Mayane Santana planta milho e feijão juntamente com seu marido, José Douglas, para comercializar na feira e assim garantir o sustento da casa. Ela já tinha feito seu cadastro como agricultora familiar e foi até Gararu para receber o documento. “É a primeira vez que recebo o CAF, e sei a importância que ele terá daqui em diante, pois com o documento posso pedir empréstimo no banco para ajudar em meu plantio e crescer como agricultora. É o meu documento de identidade na agricultura“, afirmou a jovem, que mora no povoado São Matheus.
Moura César, do povoado Ouricurizeira, também foi até a cidade para receber o certificado de vacinação contra a Brucelose. “Tenho sete cabeças de gado e sempre me preocupo em mantê-los vacinados, para minha segurança, de minha família e das pessoas com quem vou comercializar a carne e o leite. Isso faz com que eu tenha credibilidade no mercado e consiga prosperar cada vez mais”, disse, ao destacar que ficou muito satisfeito com a ação do Governo do Estado, por meio da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), em levar os serviços até os agricultores de Gararu.
Atuação da Coderse
A Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) tem em Gararu sua principal atuação na perfuração, instalação e recuperação de poços, para atender comunidades rurais. Também no município, já fez a recuperação de pequenas e médias barragens para a dessedentação animal. Nos últimos cinco anos, a empresa fez os serviços de limpeza e teste de vazão em poços que beneficiam 100 famílias do campo, instalou um novo poço no assentamento Maria Vitória e recuperou um poço no povoado Lagoa dos Porcos, além de ter atendido cerca de 120 famílias com a manutenção corretiva de outros sistemas de abastecimento.
No ‘Sergipe é aqui’, a Coderse também realiza o atendimento à população que busca por orientações, além de apresentar o trabalho realizado em todo o estado, com o desenvolvimento de recursos hídricos para uso doméstico e irrigação nos perímetros estaduais. Exemplo disso é o Programa Água Doce, que no governo itinerante é exposto por meio de uma maquete que demonstra como funciona uma das 29 unidades de dessalinização de água em Sergipe, sistemas criados e geridos pela parceria dos governos federal e estadual com as comunidades.
Mais de 15 mil processos históricos das extintas Emater-SE, Fundase e Sudap estão sendo scaneados e preservados em ambiente virtual
Resgatar a memória fundiária do Estado de Sergipe. Esse tem sido o propósito da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) ao empreender um importante trabalho de digitalização de documentos que remontam às extintas Emater-SE, Fundase, Sudap e Cohidro. Mais de 15 mil processos, com registros que datam de 40 a 50 anos atrás, estão sendo preservados para garantir a riqueza histórica e a acessibilidade a informações cruciais sobre propriedades no estado.
Com o avanço da tecnologia, o processo de digitalização conduzido pela equipe da Diretoria de Ações Fundiárias da Emdagro tornou possível realizar esse resgate histórico, de maneira mais eficaz. Mais de 4 mil processos já foram digitalizados. Entre os documentos preservados estão mapas, memoriais descritivos, dentre outros, que retratam a fisionomia e a morfologia de diversas regiões.
O diretor de Ações Fundiárias da Emdagro, Marcelo dos Santos, ressalta a importância do acervo. “É um acervo grande que precisava ter um tratamento especial diferenciado, e, pela primeira vez, a Emdagro está realizando esse tipo de trabalho”. Ele destaca que muitas informações presentes nesses documentos são essenciais para compreender a história das regiões do estado, do litoral, centro-sul ao sertão de Sergipe.
A digitalização desses processos não apenas preserva a memória histórica, mas também facilita o acesso às informações. Todos os servidores da Emdagro, especialmente aqueles nos escritórios locais do interior do estado, poderão consultar esses registros por meio do sistema DPN. Essa iniciativa trará mais agilidade às consultas, que anteriormente eram realizadas fisicamente, permitindo que os servidores acessem o histórico da cadeia sucessória de posseiros e proprietários de lotes de qualquer lugar.
“Com esse esforço concentrado, a Emdagro não apenas resgata a memória fundiária do Estado de Sergipe, mas também estabelece um precedente significativo ao realizar um trabalho inédito e essencial para preservar a história e o patrimônio sergipano”, ressaltou Marcelo.
Reforma administrativa
Com a reforma administrativa de 1991, o Governo do Estado extinguiu a Sudap, Comase, Empease, Fundase e Cease e levou à transformação da Emater-SE em Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro). A Emdagro, empresa vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) absorveu as atividades de pesquisa agropecuária, sanidade animal e vegetal, fomento e regularização fundiária dos órgãos extintos, que passaram a ser somadas às ações de assistência técnica e extensão rural.
Ação faz parte do programa de Citricultura Sustentável executado pela Seagri, por meio da Emdagro
Na última quarta-feira, 3, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), e sua vinculada Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), deu início, em Boquim, à distribuição do primeiro lote de borbulhas de laranja para os pequenos viveiristas da região citrícola do estado. A ação é parte integrante do Programa Citricultura Sustentável, e distribuirá, nesse primeiro momento, 10 mil borbulhas de laranja, das 400 mil que serão distribuídas durante a execução do programa.
O fornecimento destas borbulhas visa incentivar a manutenção e expansão da produção de mudas cítricas na região, sendo possível graças à recente reforma e instalação de novas plantas nas borbulheiras existentes. Os primeiros frutos já estão sendo colhidos, indicando o sucesso do projeto. Pelo programa, o governo vai subsidiar, por um valor diferenciado, as borbulhas produzidas pela Emdagro, em Boquim.
O pequeno viveirista Jilvan Barbosa dos Santos, do município de Lagarto, expressou confiança no material fornecido pelas borbulheiras da Emdagro, destacando a qualidade e segurança que proporcionam à produção de mudas. “Essas borbulhas serão fundamentais para a produção programada para 2024”, disse o citricultor. Ao todo, cerca de 400 mil borbulhas serão distribuídas para 25 pequenos viveiristas, impulsionando o setor citrícola local e promovendo o desenvolvimento econômico da região.
O chefe do escritório regional da Emdago em Boquim, o engenheiro agrônomo Luiz Fernandes, ressaltou a importância da iniciativa para o fortalecimento da citricultura em Sergipe. “Estamos comprometidos em apoiar os pequenos viveiristas, garantindo não apenas a quantidade, mas principalmente a qualidade das borbulhas fornecidas. Este é um passo significativo para o crescimento sustentável da citricultura em nosso estado”, frisou.
Segundo o diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural da Emdagro, Jean Carlos Nascimento, o Governo do Estado cumpre mais uma promessa assumida com os citricultores. “Esse é um compromisso assumido pelo nosso Governo com os produtores de laranja, que é o de fazer a citricultura de Sergipe se desenvolver. Então, dentro do programa Citricultura Sustentável, que abrange a capacitação permanente de técnicos e citricultores, compra de sementes para a produção de porta-enxertos para pequenos produtores, temos também a continuidade do programa de borbulhas de citros”, enfatizou.
Concurso público, retirada da vacinação contra a febre aftosa e distribuição de sementes foram algumas das ações de sucesso para a empresa
A Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) encerrou o ano de 2023 com diversas realizações e um impacto positivo significativo no desenvolvimento rural do estado. Com foco em áreas-chave como agricultura, pecuária, agroecologia e saúde animal e vegetal, a Emdagro vem desempenhando um papel fundamental na promoção da sustentabilidade e no fortalecimento do agro em Sergipe. Os destaques vão para a retirada da vacina contra febre aftosa, distribuição de sementes, modernização dos escritórios, Inseminação Artificial Por Tempo Fixo (IATF) e o bem-sucedido concurso público, dentre tantas outras ações.
No fortalecimento das equipes e nas melhorias das condições de trabalho, foi realizado o concurso público, que resultou na contratação de 55 profissionais qualificados nas áreas de Medicina Veterinária, Engenharia Agronômica e Técnico Agrícola. Além disso, a Emdagro inaugurou os escritórios locais de Canindé do São Francisco e Porto da Folha, no alto sertão do estado, evidenciando o compromisso com a descentralização e proximidade com as comunidades rurais. Um total de 17 escritórios passaram por melhorias estruturais.
O ano de 2023 também se destacou pelas parcerias firmadas com instituições renomadas, como Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), Empresa Brasileira De Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Universidade Federal de Sergipe (UFS), Banco do Nordeste, Banco do Estado de Sergipe (Banese), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Sergipe (Faese) e prefeituras locais, fortalecendo as ações da Emdagro.
“Estamos extremamente satisfeitos com o que conquistamos este ano. Em um cenário desafiador, as parcerias estratégicas foram essenciais para o sucesso de nossas iniciativas. Trabalhar em conjunto com instituições de renome nos permitiu ampliar nosso alcance e oferecer soluções mais abrangentes para os desafios enfrentados pelos produtores rurais em Sergipe”, comentou o presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos.
O gestor comemorou também a emissão de 1.214 títulos de propriedades de terras, a elaboração de 189 projetos produtivos, proporcionando aos produtores assistidos as ferramentas necessárias para o crescimento sustentável de suas atividades, e a realização de diagnósticos em 83 propriedades no âmbito do Programa Produção de Plantas e Mudas Ornamentais. Além disso, foram distribuídas 115 toneladas de sementes de milho, instaladas 137 hortas pelo Programa Cultivando Hortas e inseminadas 438 matrizes pelo Programa Mais Pecuária Brasil – Inseminação Artificial Por Tempo Fixo (IATF).
Na área de controle e prevenção de doenças em animais e vegetais, a Emdagro realizou visitas a propriedades rurais, totalizando 1.595 visitas em animais e 433 em vegetais. Na vacinação contra a Febre Aftosa, alcançou-se a impressionante marca de 94,32% de bovinos e bubalinos imunizados na primeira etapa da campanha. “Mas nosso maior desafio foi termos conseguido retirar a obrigatoriedade da vacinação contra a febre aftosa a partir de abril de 2024. Isso foi um marco em 2023”, destacou o presidente.
“A empresa realizou um rigoroso controle do comércio de agrotóxicos, com 1.102 análises documentais e 171 fiscalizações, visando garantir a segurança dos produtores e consumidores. A Emdagro também apoiou cinco Feiras Agroecológicas e cinco Pontos de Venda de Produtos Orgânicos, promovendo uma abordagem sustentável e responsável na comercialização”, frisou Gilson dos Anjos.
Capacitação
A Emdagro demonstrou um compromisso contínuo com a capacitação rural, realizando 528 eventos que beneficiaram 10.665 participantes. A orientação sobre Previdência Social, Assistência Social e Saúde alcançou 714 mulheres rurais. Da mesma forma, a empresa forneceu orientações sobre culturas e criações de forma presencial a 20.192 produtores rurais e 2.282 de forma on-line. Na produção de alimentos, a qualidade foi assegurada com a emissão de três Selos Sisbi (Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal) e três Selos SIE (Serviço de Inspeção Estadual), além da realização de 403 visitas de inspeção a estabelecimentos com SIE.
Segundo o presidente, os desafios encontrados ao longo do ano foram enfrentados com proatividade. “O ano de 2023 foi marcado pela dedicação da Emdagro em promover o desenvolvimento sustentável, fortalecendo a agricultura e melhorando a qualidade de vida nas comunidades rurais em Sergipe e reafirmamos nosso compromisso em continuar contribuindo para o crescimento econômico e social do estado em 2024”, destacou.
Conquista do selo Sisbi, política de regularização fundiária, desenvolvimento dos perímetros irrigados e programa Água Doce foram alguns dos destaques do ano
A valorização dos trabalhadores rurais e o impulsionamento da produção no campo foram alguns dos pilares para a atuação do Governo de Sergipe no setor agropecuário em 2023. Para fortalecer esse circuito, a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) tem atuado em todo o território, no sentido de dar suporte não só a quem produz e às regiões produtivas, mas também de qualificar o produto sergipano.
Para o secretário da Seagri, Zeca da Silva, as medidas do Governo de Sergipe buscaram incentivar a agricultura e a pecuária em suas diversas frentes. “As ações realizadas nesse primeiro ano do Governo do Estado sob a gestão do governador Fábio Mitidieri demonstram o conjunto de intervenções diretas da Secretaria da Agricultura, conjugadas aos órgãos vinculados, que resultaram em atividades estruturantes, no sentido de fortalecer os trabalhadores da agricultura. As iniciativas reforçam o compromisso do Governo do Estado com a promoção do desenvolvimento sustentável e a melhoria das condições de vida dos agricultores sergipanos, e estimulam a cadeia do agro no estado”, avalia.
Já no início de 2023, os pecuaristas do estado, sobretudo do alto sertão, receberam uma boa notícia: a ampliação do escopo do Serviço de Inspeção Estadual (SIE), via Ministério da Agricultura e Pecuária, para atuação na área de leite e derivados. Sergipe já havia recebido o certificado de adesão do estado ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA) em 2022. No entanto, o selo estava valendo apenas para o setor de abate e processamento de carnes. Após a ampliação, o certificado passou a valer também para empresas de leite e derivados, permitindo a comercialização dos produtos em todo o território nacional.
Ao todo, dez laticínios possuem o selo do SIE, e três deles possuem o Sisbi. O empresário Carlos Soares é proprietário do Laticínio Milk Vida, e recebeu seu selo Sisbi no dia 21 de setembro. Ele produz muçarela, queijo coalho, requeijão, queijo prato e manteiga. Ao todo, 35 pessoas são empregadas em sua fábrica, que beneficia cerca de 20 mil litros de leite por dia, adquiridos de produtores de Porto da Folha, Gararu e Nossa Senhora da Glória. Para ele, o selo significa a projeção de seu negócio.
“O Sisbi representa um futuro brilhante, com o mercado de portas abertas. Com o selo, crescemos mais de 100% no quantitativo de leite beneficiado, dobramos o número de funcionários e, hoje, coletamos o leite de mais de 115 famílias, na sua maioria produtores de pequeno e médio porte. Geramos mais de 300 empregos diretos e indiretos, injetando na economia mais de R$ 1,3 milhão por mês. E nosso plano para o futuro é poder, cada vez mais, contribuir para o desenvolvimento da nossa região. O governo fez sua parte, com muita responsabilidade e qualidade”, salienta.
Títulos de terra
Com o intuito de garantir a segurança jurídica de agricultores em todo o território estadual, o Governo de Sergipe tem conduzido ações de regularização fundiária com a entrega de títulos de terra em comunidades rurais. A iniciativa constitui uma política de Estado, por meio da qual mais de 8 mil famílias devem ser beneficiadas no período de quatro anos. A medida está prevista no programa Desenvolve Sergipe, com investimento estimado de R$ 8 milhões. Além de trazer dignidade às famílias, a iniciativa cria condições para o desenvolvimento das cadeias no segmento agrícola.
No total, 1.214 títulos de terra foram emitidos em 2023, e 189 projetos produtivos foram elaborados para os produtores assistidos. Entre eles, estiveram os da comunidade Tapera da Serra, no município de Campo do Brito. É o caso da agricultora Luciene Ferreira dos Santos, que comemorou o recebimento da certidão de posse. “Esse documento é bom porque a gente sabe que é o proprietário do terreno. A gente precisa de auxílio-maternidade, que eu já consegui, de uma aposentadoria no futuro, de um empréstimo no banco… Então, é bom para gente, que é da zona rural e trabalhador”, colocou.
Anailde Pacheco Mesquita, da mesma localidade, concorda. “Foi muito importante receber esse documento, porque a partir do dia em que recebi, sou dona”, resumiu. “Com o documento, sou dono da propriedade. É um benefício que vai servir para gente se aposentar, pra pegar investimento no banco… A gente só tem a agradecer”, completou o produtor rural Gilvando dos Santos, também de Boquim.
Por meio da Empresa de Desenvolvimento Sustentável do Estado de Sergipe (Pronese), o Governo de Sergipe também conduziu o Programa de Crédito Fundiário de acesso à terra. Para seus beneficiários, foram emitidas 276 baixas hipotecárias. Também foram captados recursos para o Projeto Sertão Vivo, com investimento previsto de R$ 150 milhões em ações para 38 mil famílias de agricultores, em 20 municípios sergipanos.
Emdagro
Para ampliar o número de profissionais e a capacidade de assistência da entidade, o Governo de Sergipe realizou concurso para provimento de 55 vagas na Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro). Foram abertas vagas para engenheiro agrônomo, médico veterinário e técnico agrícola, e a convocação dos aprovados foi anunciada em 20 de dezembro. Também foram inaugurados escritórios nos municípios de Canindé do São Francisco e Porto da Folha. Outros 17 escritórios passaram por melhorias estéticas, como pintura.
Por meio do programa Sementes do Futuro, foram doadas 115 toneladas de sementes de milho a 11.538 agricultores de 31 municípios, com investimentos de R$ 1,5 milhão. Na cultura do arroz, 1.090 produtores foram beneficiados com 120 toneladas de sementes. Somente na compra de sementes de milho e arroz, a gestão totaliza investimentos superiores a R$ 2,4 milhões. 190 agricultores também receberam 286 mil raquetes de palma forrageira.
Em se tratando do cadastro e orientação à família rural, 20.192 agricultores foram assistidos, e 23.179 Cadastros da Agricultura Familiar (CAFs) foram emitidos. Além disso, 714 mulheres foram orientadas sobre temas como previdência social, assistência social e saúde. Também foram promovidos 528 eventos de capacitação, com a presença de 10.665 participantes.
No fomento à produção animal e vegetal, foram inseminadas 670 matrizes em tempo fixo, via programa Mais Pecuária Brasil. Com o programa Saúde no Campo, 2.170 fêmeas foram vacinadas contra a brucelose. Já com o programa Cultivando Hortas, foram instalados 137 hortas e 306 quintas produtivos.
Via Emdagro, o Governo de Sergipe também colaborou com o sustento dos trabalhadores rurais durante o período de entressafra. Com o programa Mão-Amiga, foram 4.601 cadastros na modalidade leite, 2.916 na modalidade cana-de-açúcar e 3.142 cadastros na modalidade leite. Também foram cadastrados 13.602 trabalhadores no Garantia Safra, considerando o período 2022/2023.
Perímetros irrigados
Por intermédio da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), seis perímetros públicos irrigados vêm sendo administrados pelo Governo de Sergipe, com destaque para a produção de batata-doce e tomate. A produção de tomate no perímetro Irrigado Califórnia totalizou 294,5 toneladas nos nove primeiros meses de 2023, o que representa um aumento de 84% em relação ao mesmo período do ano passado. Já a batata-doce superou nos sete primeiros meses de 2023 toda a produção de 2022: foram 13,56 mil toneladas no período contra 11 mil toneladas em todo o ano passado, uma superação de 23,27%.
Nos cinco perímetros que mantém vocação agrícola, 110.155 toneladas de itens diversos foram produzidos. No perímetro irrigado Jabiberi, em Tobias Barreto, que é vocacionado à pecuária do leite, foram produzidos 2.295.500 litros de leite industrializados para 160 toneladas de produtos derivados. No total, foram comercializados R$ 212.396.328,57, considerando os seis perímetros.
Na colônia agrícola Valmir Mota, localizada em Canindé do São Francisco, e nos perímetros Califórnia, Piauí e Jacarecica II, foram distribuídos 732 mil metros de mangueiras para irrigação. O trabalho do Governo de Sergipe e da Coderse também envolve a recuperação das estradas vicinais nos perímetros Jacarecica II e Califórnia, assim como reparos e melhorias nas estruturas desses territórios. A assistência técnica com análise de solo e adubação e a distribuição de mudas e insumos também fez parte das atividades ao longo de 2023.
o que diz respeito à infraestrutura hídrica, foram perfurados 39 poços, beneficiando 2.738 famílias. Também foram feitos 77 bombeamentos com testes de vazão em novos e antigos poços, contemplando 4,2 mil famílias. Nas duas modalidades, o investimento foi de R$ 1.939.365,06. A recuperação de 753 pequenas e médias barragens foi mais um investimento, orçado em R$ 2,4 milhões. Em Poço Redondo, a recuperação da barragem Barra da Onça é fruto de um investimento de R$ 862.321,90.
Em 32 municípios, 7,6 mil famílias foram beneficiadas com um investimento de R$ 737.616,17 em sistemas de abastecimento a partir de poços profundos. No total, foram instalados 14 e recuperados 35 sistemas, sem contar a manutenção de 57.
Água Doce
O programa Água Doce foi mais uma ação do Governo de Sergipe em prol da agricultura, que teve a parceria do Governo Federal na implantação de dessalinizadores. No total, 29 sistemas foram implantados, beneficiando 6 mil pessoas do semiárido sergipano com 17,4 mil litros de água por dia. Também foram recuperados e manutenidos dez dessalinizadores. Para operá-los, 72 usuários passaram por recuperação e reciclagem.
Nas 29 comunidades de abastecimento, foram realizadas coletas e análises químicas, físicas e bacteriológicas da água. As famílias também passaram por cadastramento, levantamento socioambiental e oficinas de sustentabilidade.
Produto sergipano
As ações de fortalecimento do Governo do Estado em prol da agropecuária sergipana têm rendido bons índices de produção. Em se tratando do milho, Sergipe é o quarto maior produtor do Nordeste e o primeiro em rendimento médio, com produtividade de 5.483 kg/ha. Em 2023, a produção deve chegar a 986 toneladas, representando um aumento de 11,2% em relação a 2022, quando foram produzidas 887 toneladas. Outro destaque é a produção de feijão-de-corda como cultura de rotação. De janeiro a setembro de 2023, a produção nos perímetros irrigados alcançou 805 toneladas, o que corresponde a um crescimento de 41% em relação ao mesmo período do ano anterior, com 570 toneladas.
Alcançando o mercado estrangeiro, a farinha de mandioca sergipana foi exportada para os Estados Unidos. Na primeira remessa, 310 kg foram enviados à Califórnia, sendo grande parte oriunda das casas cooperadas de Campo do Brito. A leva de exportação ocorreu em julho.
O estado também alcança bons números em diversas culturas: é o quarto maior produtor do Brasil de coco-da-baía e o terceiro maior produtor de arroz do Nordeste. Na laranja, é o quinto maior produtor nacional e segundo do Nordeste. Os dados também se repetem na aquicultura e na pecuária, já que o estado figura entre os quatro maiores produtores de camarão do país e, na produção de leite, é o 10º lugar no ranking nacional e o segundo do Nordeste em relação à aquisição e industrialização de leite cru.
“Estamos extremamente satisfeitos com o que conquistamos neste ano. O concurso público e a reforma dos escritórios locais foram fundamentais para fortalecer nossa equipe e presença no estado. Da mesma forma, a emissão de títulos de propriedades, A distribuição de sementes pelo programa Sementes do Futuro e programas como o Mais Pecuária Brasil tiveram impacto significativo na vida dos produtores. A ênfase em capacitação, ações de controle de doenças em animais e vegetais e a promoção de práticas agrícolas sustentáveis mostram nosso compromisso. Continuaremos promovendo o desenvolvimento sustentável, a segurança alimentar e a qualidade de vida em Sergipe”, afirma o presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos.
Ações garantem mais dignidade e qualidade de vida à população sergipana
Um dos principais objetivos da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) é a universalização do acesso à água de qualidade para todos os sergipanos. Foi com este intuito que o Governo do Estado e a empresa promoveram investimentos significativos recentes para todo o território estadual, buscando expandir a cobertura hídrica, fomentando mais cidadania à população e desenvolvimento socioeconômico.
Reflexo disso é a Adutora do Leite, um sistema de adução de água do Rio São Francisco, que pode duplicar o quantitativo produzido pela bacia leiteira sergipana no alto sertão. A autorização do processo licitatório para estudos e elaboração de projetos já foi assinada pelo governador Fábio Mitidieri. O valor inicial previsto para o investimento é de R$ 8 milhões.
“A obra para a construção da Adutora do Leite será a redenção do sertão sergipano. Uma obra de R$ 240 milhões, que puxará a água do Rio São Francisco até Nossa Senhora da Glória. Portanto, mais de 90 quilômetros de extensão de adutora”, comemorou o governador. Na primeira etapa, a água do Rio São Francisco será levada até o povoado de Santa Rosa do Ermírio, em Poço Redondo, com a construção de pequenas barragens ao longo do caminho e uma grande barragem em Santa Rosa.
Adutora do Curralinho
No dia 4 de dezembro deste ano, foram anunciados investimentos importantes para os municípios de Porto Folha e Poço Redondo. “Autorizamos investimentos de R$ 23 milhões para melhorias no abastecimento de Porto da Folha e mais R$ 28 milhões para a adutora do Curralinho, obras que trarão água e qualidade de vida para milhares de sergipanos do nosso sertão”, afirmou o presidente da Deso, Luciano Goes.
O superintendente de Meio Ambiente e Expansão da Deso, Gabriel Campos, destacou que as obras impactarão positivamente diversas áreas da região. “Comunidades em Gararu e localidades rurais e urbanas de várias cidades, atendidas a partir do centro de reservação de água que temos em Nossa Senhora da Glória, tais como São Miguel do Aleixo, Nossa Senhora Aparecida, Ribeirópolis, Moita Bonita, Pinhão, Frei Paulo, Pedra Mole, Simão Dias e Carira, também, serão beneficiadas com a ampliação da Estação de Tratamento do Semiárido”, disse.
Além disso, Gabriel ressaltou os efeitos positivos da Adutora do Curralinho, que promoverá mais segurança hídrica aos moradores de Poço Redondo, atendendo à demanda da sede municipal e dos povoados. “Serão mais de 15 mil metros de adutora em tubulação de 300 milímetros de diâmetro, nova captação flutuante, estação de tratamento, estação elevatória, reservatório apoiado com capacidade para 500 metros cúbicos e melhorias na rede de distribuição”, explicou.
‘Água para Você’
Outra ação que refletiu o comprometimento da Companhia de Saneamento de Sergipe e do Governo do Estado com a melhoria de qualidade de vida da população foi o investimento de R$ 375 milhões, por meio de contrato assinado com o Banco do Nordeste (BNB), que ampliará o abastecimento de água e esgotamento sanitário em diversos municípios. A iniciativa faz parte do programa ‘Água para Você’ e beneficiará mais de 400 mil pessoas.
“Temos o Novo Marco Legal do Saneamento e, até 2033, faremos muitos investimentos. Esta ação comprova que o Governo do Estado está debruçado em garantir o avanço”, afirmou o governador Fábio Mitidieri. “Serão R$ 300 milhões do financiamento [do BNB] e mais R$ 75 milhões de recursos próprios para a realização desses investimentos, que darão segurança para as cidades contempladas. É o compromisso do Governo do Estado com o fortalecimento da Deso e com a saúde de todos”, completou.
Entre os municípios que serão beneficiados estão: Amparo do São Francisco, Aracaju, Boquim, Brejo Grande, Canhoba, Carira, Cumbe, Feira Nova, Frei Paulo, Graccho Cardoso, Ilha das Flores, Itabaiana, Itabi, Moita Bonita, Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora de Lourdes, Nossa Senhora do Socorro, Pedra Mole, Pedrinhas, Pinhão, Pirambu, Poço Redondo, Propriá, Riachão do Dantas, Riachuelo e Tobias Barreto.
Na segunda etapa foram vacinados 92% de todo o rebanho de bovinos e bubalinos com idade de zero a dois anos
A segunda etapa da campanha contra a febre aftosa em Sergipe obteve êxito ao atingir a marca de 92% de vacinação dos rebanhos de bovinos e bubalinos de zero a 24 meses de idade. Os resultados foram divulgados pela Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), após a conclusão das declarações dos criadores. O período de vacinação, que transcorreu de 1º a 30 de novembro, revelou que o estado ultrapassou o percentual de vacinação exigido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), estabelecido em 90% de todo o rebanho. Este resultado representa mais um passo significativo para o cumprimento das metas necessárias para a retirada da obrigatoriedade da vacinação em 2024.
O secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca, Zeca da Silva, avalia que a conquista desse status representa o culminar de esforços de produtores e equipes técnicas. “A Emdagro, em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária, além dos produtores rurais, realizou um trabalho incansável para atender às 42 metas do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa e as 29 metas do Programa de Avaliação e Aperfeiçoamento da Qualidade dos Serviços Veterinários”, pontuou.
O presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos, ressaltou que há 28 anos, Sergipe mantém-se livre da febre aftosa com a vacinação, com o índice de imunização acima de 90% em todas as etapas da campanha. “Este resultado é bastante satisfatório, especialmente diante da retirada da vacinação no próximo ano. As ações visam alcançar o status de zona livre da febre aftosa, sem vacinação, a partir de abril de 2024”, afirmou o presidente, ao destacar que no Nordeste, apenas três estados conseguiram atingir o status de áreas livres da febre aftosa sem vacinação: Sergipe, Bahia e Maranhão.
A conscientização sobre a importância da vacinação foi intensificada pelos técnicos, guardas sanitários e médicos veterinários da Emdagro, que realizaram abordagens personalizadas, telefonemas e participação em eventos como reuniões, fóruns, seminários e palestras a fim de orientar os criadores. Essas ações tiveram como objetivo sensibilizar um número máximo de produtores, sobre a necessidade de vacinar o rebanho, contribuindo para o cumprimento do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) sem vacinação.
A diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade, expressou seu reconhecimento pelos serviços realizados pelos técnicos da empresa e pelo compromisso dos criadores. “Parabenizo a todos pelo resultado alcançado, desde as diretorias, coordenadorias regionais e estadual, até os escritórios locais, por estarem todos imbuídos do propósito de melhorar a pecuária do nosso estado”, destacou. “Nosso reconhecimento também a todos os criadores que ouviram o chamamento da Emdagro, conscientizaram-se do seu papel nesta campanha e na próxima que virá, em abril, abraçando a causa de tornar o estado de Sergipe área livre da febre aftosa sem vacinação, após 2024”, concluiu Aparecida.
Em dois dias, foram visitados diversos viveiros telados para verificação da produção de mudas de laranja
O engenheiro agrônomo Celso Luiz de Oliveira, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater/MG), esteve em Sergipe por dois dias, esta semana, com o objetivo de entender os projetos desenvolvidos pela Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) na região citrícola. Sua visita, que foi acompanhada pelos técnicos da Diretoria de Assistência Técnica e Extensão Rural (Dirater), incluiu inspeções a diversos viveiros, notadamente o exemplar Sergipe Citrus, de Joel Santos, em Santa Luzia do Itanhi, destacado como referência no Nordeste e no Brasil.
Além disso, Oliveira conheceu o método de produção de mudas de citros utilizando a fibra de coco como substrato, uma prática que se destaca pela eficiência na redução de custos. Em Boquim, explorou a área de produção de sementes para porta-enxerto, que integra quatro novas variedades, como os Citradarins Riverside, Indio e San Diego, a Tangerina Sunki, e o tradicional Limão Cravo Santa Cruz. Com cerca de 437 plantas, essa área diversificada visa fortalecer a citricultura local, seguindo as diretrizes da moderna citricultura que desaconselha a monocultura de porta-enxertos devido aos riscos associados a pragas e doenças.
A visita culminou em uma reunião com os técnicos da Defesa Fitossanitária da Emdagro, que destacaram os esforços preventivos contra o greening, uma ameaça devastadora para os laranjais. “A parceria com a Emater/MG fortalece nossos esforços em prol da citricultura sergipana, permitindo a troca valiosa de conhecimentos e experiências”, enfatizou o presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos.
O técnico da Emater/MG, Celso Luiz de Oliveira, destacou que a inovação e a diversificação nas práticas de cultivo que foram testemunhadas em Sergipe são inspiradoras. “Essa colaboração interinstitucional é crucial para enfrentar desafios fitossanitários e fortalecer a resiliência da citricultura na região”, afirmou.