Sergipe e Bahia assinam acordo de cooperação técnica para atividades e projetos na área da pesca e carcinicultura

O acordo é voltado ao desenvolvimento das comunidades pesqueiras e aquícolas nos territórios dos dois estados vizinhos

O Governo de Sergipe e a Bahia Pesca S/A assinaram um acordo de cooperação técnica com o objetivo de desenvolver ações capazes de dar suporte à implantação de programas e projetos do segmento da Cadeia Produtiva da Pesca e da Aquicultura. Com fundamento nas Leis nº 13.303/2016, 8.666/1993 e 9.433/2005, o acordo é voltado ao desenvolvimento das comunidades pesqueiras e aquícolas nos territórios dos estados da Bahia e de Sergipe.

A assinatura ocorreu no parque João Cleophas, durante visita do governador Fábio Mitidieri à Feira da Reforma Agrária e Agroecologia, onde ele assinou o documento juntamente com o presidente da Bahia Pesca, Daniel Vitória, e o diretor técnico do órgão Josafá Marinho de Aguiar.

Para o secretário de Estado da Agricultura, Zeca Ramos da Silva, o acordo de cooperação vai promover uma troca de experiências, informações e parcerias entre Sergipe e Bahia. “Com certeza faremos boas parcerias. A Expo Pesca Sealba foi um grande sucesso aqui em Sergipe, com apoio do Governo do Estado e é uma feira que já se consolidou como um grande ambiente de negócios, com a participação de um grande público, e vimos essa necessidade de conversar, de dialogar com a Bahia, para trazer o que há de bom para Sergipe e promover essa grande troca de experiências entre os estados”, destacou ao se referir ao evento como grande referência para a assinatura do termo de cooperação.

O governador Fábio Mitidieri destacou que a cooperação técnica vai fortalecer ainda mais o setor em Sergipe. “E na Bahia também, com essa troca de experiências entre os dois estados. Temos uma carcinicultura forte em Socorro, São Cristóvão, Pirambu, e não tenho dúvidas que podemos nos somar para crescermos ainda mais, ajudando nossos pescadores e as famílias que vivem do beneficiamento desse produto no estado”, disse. “A Expo Pesca hoje é uma realidade importante em nosso calendário de eventos, pois movimenta a economia nesse segmento tão importante como é o da pesca”, pontuou.

O presidente da Bahia Pesca, Daniel Vitória, também celebrou o momento. “Bahia e Sergipe são estados vizinhos, irmãos, e cada vez mais poder estreitar esses laços com a pesca e a aquicultura é de grande relevância. O Bahia Pesca é um órgão do Governo do Estado, vinculado à Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia, e tem 41 anos.  Também temos cinco estações de pesca, de piscicultura e cinco terminais pesqueiros na Bahia, que é um estado muito grande, mas que sempre está disposto a aprender e fazer esse intercâmbio cultural, intercâmbio de novas tecnologias, porque Sergipe apesar de ser territorialmente menor, a gente tem muito que aprender também”, afirmou.

Conforme o coordenador da Câmara de Pesca e Aquicultura da Fecomércio e idealizador da Expo Pesca, Humberto Eng, o acordo vai promover uma maior troca de informações entre os dois estados e só trará benefícios para Sergipe. “Essa assinatura de hoje é fruto do resultado que a Expo Pesca teve e para mostrar como a gente pode trabalhar unido, Sergipe e a Bahia. Já vínhamos alinhavando isso e, agora, vamos trazer esse benefício para área de pescado no estado, onde cada vez mais a gente precisa trocar informações, experiências e tecnologia”, destacou.

Feira da Reforma Agrária e Agroecologia valoriza papel do homem do campo

Em seu segundo dia de atividades, o evento atraiu consumidores do bairro, de localidades vizinhas e de outras regiões de Aracaju para aproveitar a oferta de produtos de qualidade

A Feira da Reforma Agrária e Agroecologia tem movimentado o Parque de Exposições João Cleophas, na zona norte da capital. Em seu segundo dia de atividades, o evento atraiu consumidores do bairro, de localidades vizinhas e de outras regiões de Aracaju que vieram aproveitar a oferta de produtos de qualidade, cultivados de forma natural e vindos diretamente da roça para as bancas de comercialização. O governador Fábio Mitidieri esteve no local na manhã desta quinta-feira, 30, onde cumprimentou os feirantes e destacou a importância da parceria entre os governos estadual e federal para a realização do evento. A feira acontece até o próximo sábado, 2.

Para o governador, a feira representa uma demonstração do quanto o homem do campo tem um papel importante na sociedade. “O Governo do Estado, por meio da Emdagro e da Secretaria de Agricultura, têm apoiado o homem do campo e os representantes do MST. Estamos estudando, também, uma parceria da Secretaria da Educação para inserir esses produtos na merenda escolar. Já existe uma legislação nesse sentido e precisamos ver de que maneira o Estado pode colaborar ainda mais com os produtores. Essa parceria fortalece a agricultura familiar e aqueles que tiram o seu sustento da agricultura”, enfatizou Fábio Mitidieri.

O secretário de Estado da Agricultura, Zeca Ramos da Silva, destacou que a realização da feira é o resultado de um trabalho em conjunto. “A Emdagro, o homem do campo e os movimentos sociais, no caso aqui o MST, participam ativamente dessa feira para mostrar os itens produzidos e a força do homem no campo e do pequeno agricultor. Sergipe tem a sua força no pequeno agricultor, que hoje representa 70% de toda a nossa produção e que é um grande gerador de riqueza, um grande gerador de empregos”, afirmou ao ressaltar que a feira traz diversos eventos, como palestras, shows e principalmente a venda de produtos orgânicos, como frutas e legumes em geral, além de peças artesanais.

Para a artesã Cristiane Santos de Jesus, da comunidade quilombola Alagamar, em Pirambu, foi uma grande oportunidade participar da feira e expor suas peças feitas com a palha do ouricuri. “Espero que toda a população de Aracaju venha conhecer nosso trabalho, feito à mão, natural, da palha do ouricuri. A gente realiza um trabalho coletivo, as mulheres e homens tiram a palha, botam para secar e tem aquele procedimento todo. A gente utiliza o talo para fazer o souplast, fazemos cestos, utilizamos a palha para fazer as bolsas, os tapetes e, também, aquela outra palha mais grossa, a gente usa para fazer a vassoura de varrer. Do ouricuri a gente utiliza tudo, não perde nada, com cada palha faz uma peça diferente”, explicou Cristiane, ao enfatizar que o quilombo todo sobrevive desse trabalho.

Produtos naturais

Para José Roberto da Silva, da Coordenação Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e um dos responsáveis pela organização do evento, a feira está sendo muito importante para os participantes. “Primeiro por diminuir a distância entre quem produz e quem consome, pois aqui o consumidor tem o contato direto com aqueles que produzem lá no campo e essa relação direta entre produtor e consumidor é uma coisa fantástica. Sem falar que, aqui, eles só vão encontrar alimentos puros, que vai ajudá-los a manter uma vida mais saudável, por serem produtos cultivados sem o uso de agrotóxicos”, pontuou. “Temos agricultores de todas as regiões, de vários municípios de Sergipe, desde o Jacaré-Curituba, no alto sertão, até Pacatuba, Brejo Grande, e de comunidades quilombolas, só pra citar alguns”, divulgou o coordenador.

Maria Cícera, do Assentamento Alto da Bela Vista, de Canindé do São Francisco, veio comercializar seus produtos na feira e trouxe uma diversidade de itens. “A gente trouxe pé de moleque, beiju, mal casado, abóbora, batata, maxixe, quiabo, feijão verde, macaxeira, ovos, a galinha capoeira, o tamarindo. Tudo isso é produzido lá na região, no assentamento. Então, a diferença é que esse produto aqui é feito sem edição de agroquímico, o produto é todo orgânico. A gente não usa o produto químico. São alimentos saudáveis, que a pessoa pode comer sem medo, a acerola, o maxixe, o pimentão, tudo é orgânico aqui”, garantiu.

Quem foi atraído por essa oferta de produtos de qualidade foi o professor Antônio Araújo, morador do bairro Luzia, que foi até a feira. “Quando vi a divulgação na mídia, de que estava acontecendo essa feira aqui, vim conferir de perto. Temos que cuidar da nossa saúde e buscar sempre produtos mais saudáveis para a nossa alimentação, então foi isso que me atraiu até aqui, pois os produtos normais, cultivados de qualquer jeito, a gente já encontra em todo lugar”, destacou ao iniciar suas compras.

Já a aposentada Adenilse Lima Santos, moradora do bairro Santos Dumont, gostou da praticidade de encontrar alimentos saudáveis bem pertinho de casa. “Como moro em um bairro vizinho daqui e vi a divulgação da feira na televisão, vim aproveitar. Encontrei produtos de qualidade e com preço bom, equiparado com o das outras feiras livres, de bairros. Gostei da escolha do local porque ficou próximo da minha casa, é bem seguro e também por resgatar um pouco o espaço, que é acostumado somente a receber exposições agropecuárias”, disse ao garantir que achou bem interessante e tranquilo fazer as compras no local.

Fotos: Vieira Neto

Feira da Reforma Agrária e Agroecologia 2023 começa nesta quarta-feira

Evento é resultado de convênio entre os governos estadual e federal

Começa nesta quarta-feira, 29, a partir das 8h, no Parque João Cleophas, a Feira da Reforma Agrária e da Agroecologia Sergipana. O evento, realizado por meio de convênio entre o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), acontece até o próximo sábado, dia 02 de dezembro.

De acordo com o secretário da Agricultura, Zeca Ramos da Silva, a feira será um espaço para a comercialização de produtos da agricultura familiar. “O evento vai promover a venda de produtos alimentícios in natura e artesanais vindos de acampamentos e assentamentos da Reforma Agrária e de pequenos agricultores de todas as regiões do estado. Além disso, teremos uma programação educacional, cultural, técnica e de saúde”, destacou.

A expectativa com a realização da feira é de que sejam beneficiadas diretamente mil pessoas, e outras 10 mil famílias, de forma indireta, de todas as regiões sergipanas, representando todas as categorias de agricultores camponeses do estado, a exemplo de indígenas, quilombolas, agricultores familiares, assentados da reforma agrária, povos ciganos, pescadores e extrativistas, como as catadoras de mangaba.

Os feirantes estarão organizados em 250 núcleos de comercialização, oferecendo produtos agrícolas in natura de origem animal e vegetal, produtos de base agroecológica, agroindustrializados, minimamente processados e artesanato. “Os participantes, também, terão acesso a palestras sobre temas relacionados ao dia a dia no campo, como ‘agricultura familiar e cooperativismo’, ‘perdas e desperdícios de alimentos’, ‘manejo integrado e pragas na agricultura’ e sobre ‘segurança alimentar, nutrição e saúde’”, divulgou o presidente da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), Gilson dos Anjos, ao destacar que os temas serão abordados pela equipe de técnicos da empresa.

Programação cultural

Além de promover a comercialização de produtos alimentícios e artesanais, difundir a cultura camponesa e integrar culturalmente as populações urbanas e do campo, a Feira da Reforma Agrária e da Agroecologia Sergipana vai contar com uma programação cultural, durante os quatro dias de evento, sempre no período da tarde.

No local, serão realizadas apresentações artísticas com o grupo Renovação, Mimi do Acordeon, banda Quixaba do Nordeste, Batuque das Mulheres de Cruiri e Fabinho Forrozão.

Ministério da Agricultura alerta para ameaça da mosca-da-carambola

Sergipe não tem registro da praga e Emdagro intensifica ações de prevenção; estado de emergência foi declarado nos estados do Pará, Roraima, Amapá e Amazonas

O Ministério da Agricultura e Pecuária declarou estado de emergência fitossanitária nos estados do Pará e Roraima devido à presença da mosca-da-carambola (Bactrocera carambolae) e nos de Amapá e Amazonas por suas proximidades com os dois primeiros. No estado de Sergipe, não há registro da infestação nos pomares, de acordo com a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). Essa praga, uma das mais destrutivas moscas das frutas, coloca em risco mais de cem espécies de frutíferas, incluindo laranja, tangerina, carambola, manga e caju, prejudicando seriamente a fruticultura nacional.

Recentes detecções de novos focos no Pará, especialmente em áreas movimentadas, elevam o risco iminente de dispersão para outras regiões do país. Sergipe e os principais pólos frutícolas do Brasil trabalham para conter a propagação. A Emdagro, desde 2017, realiza monitoramento rigoroso no estado, com a instalação de armadilhas estrategicamente distribuídas em locais como Platô de Neópolis e região citrícola. Já os postos de fronteira, rodoviárias, beneficiadoras de citros, aeroporto e Ceasa são inspecionadas quinzenalmente. Esse esforço visa detectar precocemente a praga, assegurando a segurança fitossanitária para os produtores rurais.

A diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade, enfatizou a urgência das medidas adotadas. “Estamos mobilizando esforços intensivos para conter a disseminação da mosca-da-carambola. Nosso monitoramento constante visa garantir a detecção precoce, proporcionando segurança fitossanitária aos nossos produtores. Como também aumentar o rigor das fiscalizações nas fronteiras do estado. A colaboração de todos é crucial para protegermos nossa fruticultura e evitar danos irreparáveis à economia agrícola do país”, observou.

Praga

As larvas da mosca-da-carambola destroem a polpa dos frutos, tornando-os inaptos para consumo, e formam galerias ao se alimentarem, acelerando a maturação e a queda precoce dos frutos. Além do prejuízo econômico, a praga impõe barreiras fitossanitárias em estados e países importadores.

O controle da praga envolve desafios ambientais, pois a aplicação de defensivos químicos pode ter implicações nocivas. Além disso, medidas como coleta e destruição de frutos hospedeiros e tratamento químico do solo visam conter a propagação, mas apresentam custos sociais, incluindo o risco de desemprego pela retração de cultivos comerciais. Por isso, as ações preventivas são as mais recomendadas.

Secretaria de Agricultura leva serviços a Poço Verde na 16ª edição do ‘Sergipe é aqui’

No movimentado estande da Agricultura, a população municipal teve acesso a distribuição de mudas de árvores, cadastros da Agricultura Familiar (CAFs) e atestados de vacinação contra Brucelose, além de encaminhamento das coletas de solo para análise

O município de Poço Verde, na região centro-sul de Sergipe, foi de forma simbólica a capital do estado por um dia nesta quinta-feira, 23, durante a realização da 16ª edição do ‘Sergipe é aqui’. A ação itinerante do Governo do Estado reuniu a população da cidade e regiões circunvizinhas, que foi até a praça central do município em busca de ações e serviços oferecidos pela administração pública estadual.

Mais uma vez, a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) esteve presente, acolhendo os agricultores sergipanos e fazendo a entrega de documentos importantes, distribuição de mudas frutíferas e prestando assistência a quem visitou o estande em busca de alguma orientação.

Segundo o secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca, Zeca da Silva, o dia foi bastante produtivo. “Hoje, aqui em Poço Verde, distribuímos 45 mudas de árvores, como pés de acerola, cajá, abacate, jambo, entre outras frutas. Também entregamos 25 Cadastros da Agricultura Familiar (CAFs), emitimos 28 atestados de vacinação contra Brucelose para 300 animais e coletamos 40 amostras de solo para análise no ITPS [Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe], tudo isso graças ao trabalho realizado pela equipe de técnicos da Emdagro [Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe]”, comemorou o secretário.

O estudante José Welison visitou o local e saiu satisfeito por conseguir uma muda de jaqueira. Ele disse que ficou atento para se cadastrar no recebimento das mudas frutíferas, com o propósito de contribuir com o reflorestamento da região. “Minha intenção é contribuir com o meio ambiente. Como estudante, me conscientizei da necessidade de plantar árvores para reduzir a quantidade de dióxido de carbono na atmosfera. Nosso município é muito quente, e precisamos contribuir para o bem-estar da população”, pontuou.

Edvaldo Santos Ribeiro, do povoado Barragem, também voltou para casa com uma muda de cajá, fruta que, segundo ele, ainda faltava em seu pomar. “No meu sítio tenho muitas fruteiras, de toda espécie, pois gosto muito de cuidar e preservar a natureza, mas ainda não tinha um pé de cajá. Agora não vai faltar mais”, comemorou o agricultor. 

Aproveitando o dia de ações em seu município, a agricultora Ana Maria de Oliveira, do povoado Cacimba Nova, foi até o estande da Agricultura receber seu Cadastro da Agricultura Familiar (CAF), um documento que, segundo ela, confirma sua identidade como agricultora e abre portas na busca por benefícios que são seus direitos. “Esse documento é o nosso registro, a prova de que a gente trabalha na agricultura e vive disso. Com ele, posso resolver muitas coisas: chegar ao banco e conseguir um empréstimo, provar que trabalhei no campo, na hora que eu for me aposentar. Ele é  muito importante, e eu precisava renovar. Receber aqui mesmo em minha cidade, sem precisar sair daqui, foi melhor ainda, pois facilitou a minha vida”, agradeceu.

Exposição artesanal

Quem também esteve presente no local foi a artesã Renilda Maria dos Santos, moradora da comunidade Amargosa e membro da Associação de Cultura Artesanal de Poço Verde. Ela expôs algumas redes no estande para divulgar o trabalho, que vem sendo realizado na comunidade desde 1990. “Lá, nós temos o Centro de Produção de Tecelagem, onde fabricamos redes rústicas e tear de pedal. Fomos descobertos pela Emdagro na década de 90, e desde então a empresa nos dá assistência em tudo que a gente precisa, seja em capacitação, em orientação técnica para participação em feiras. Tudo que a gente precisa, a gente conta com a Emdagro”, destacou.

Segundo ela, atualmente são 20 artesãos cadastrados, além de outros que trabalham para a associação indiretamente, produzindo em suas casas e fazendo peças que complementam o trabalho. “Tivemos um período muito difícil com essa pandemia que deixou sequelas em muitos de nós, mas agora estamos retomando nosso trabalho e voltamos a produzir com uma maior diversidade de peças. Além das redes, fabricamos colchas, tapetes, mantas, almofadas, tudo com muita qualidade, e que já está ficando conhecido através de nossas redes sociais. É só falar que são produtos feitos em Amargosa que todo mundo quer comprar”, confirmou a artesã.

Pesquisadores Ceplac e Emdagro visitam áreas de plantio de cacau em Sergipe para implementação de Termo de Cooperação Técnica

Dentre as ações, o termo de cooperação prevê a transferência de tecnologias e a capacitação de técnicos

Nos dias 21 e 22 de novembro, a equipe de pesquisadores da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) esteve em Sergipe com o objetivo de conhecer as áreas de plantio de cacau no estado e iniciar a discussão do plano de ação do acordo de cooperação técnica. O acordo, firmado entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Ceplac, Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), visa a transferência de tecnologias, capacitação da equipe técnica da Emdagro e o fornecimento de mudas de cacau para a implantação do Jardim Clonal, no Centro de Fruticultura, em Boquim.

Acompanhados pela Emdagro, os pesquisadores percorreram áreas em Boquim, Arauá e Umbaúba. Nesta quarta-feira, 22, em Aracaju, eles se reuniram com a diretoria da Emdagro, a Superintendência do Mapa e o Banco do Nordeste. Durante o encontro, os pesquisadores da Ceplac apresentaram os trabalhos desenvolvidos nas áreas de pesquisa e inovação tecnológica na cultura do cacau, a avaliação das áreas visitadas, e detalharão o plano de ação do termo de cooperação técnica. 

O presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos, em uma declaração sobre a importância da visita técnica da Ceplac, ressaltou a relevância da parceria entre as duas instituições. “Muito importante essa visita dos pesquisadores às nossas unidades de demonstração, porque demonstra o compromisso mútuo em fortalecer a cultura do cacau em Sergipe, solucionando os principais problemas identificados pelos pesquisadores”, comentou.

O diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural da Emdagro, Jean Carlos Nascimento, reforçou o apoio da Ceplac e o empenho do Estado em resolver os desafios apontados pelos pesquisadores, enfatizando o fortalecimento da cultura cacaueira na região. “Precisamos capacitar ainda mais nossos técnicos e produtores”, enfatizou.

José Marques Pereira, coordenador de Pesquisa da Ceplac, compartilhou suas impressões positivas após visitar as propriedades, destacando o empreendedorismo evidenciado pelos agricultores, especialmente na propriedade diversificada do agricultor Manoel. Ele afirmou seu compromisso contínuo com o Plano de Ação do Termo de Cooperação Técnica entre a Emdagro e a Ceplac, considerando viável a expansão da cultura do cacau em Sergipe.

O pesquisador do Centro de Pesquisa do Cacau de Itabuna e Ilhéus, Milton Conceição, identificou pontos positivos e negativos nas propriedades visitadas. Ele ressaltou a surpresa com o desenvolvimento de algumas plantas, apesar da falta de conhecimento tradicional sobre a cultura do cacau na região. Conceição enfatizou a necessidade de adequada irrigação e manejo, destacando o potencial da região e a alta rentabilidade do cacau.

O produtor rural Manoel da Conceição, de Arauá, expressou otimismo com a rentabilidade da cultura do cacau, após a Emdagro apresentar a ele a cultura. Em sua propriedade, foi montada uma Unidade de Demonstração, fortalecendo sua confiança no sucesso da empreitada. Marcos Araújo, presidente da Cooperativa de Agronegócio de Sergipe (Cooperase), compartilhou suas expectativas positivas em relação à cooperação entre Emdagro, Ceplac e produtores. Ele destacou a importância da assistência técnica para superar as dificuldades enfrentadas pelos produtores na região e expressou confiança no desenvolvimento promissor da cultura do cacau em Sergipe, com o apoio do governo estadual.

Ainda de acordo com o pesquisador Milton Conceição, está prevista a implantação de um jardim clonal de observação em Boquim, onde serão realizados treinamentos e capacitação para transferência de tecnologia, visando aprimorar o conhecimento dos produtores e garantir o desenvolvimento sustentável da cultura do cacau em Sergipe.

Campanha contra febre aftosa em Sergipe entra na reta final

Produtores têm até o dia 30 de novembro para adquirir sua vacina

A campanha de vacinação contra a febre aftosa em Sergipe está chegando à sua reta final, e pecuaristas têm agora a última oportunidade para imunizar seus rebanhos. A mobilização, que teve início no dia 1º de novembro, está programada para se encerrar no dia 30 deste mês. A segunda etapa da campanha concentra-se na imunização de animais de zero a 24 meses. O estado conta com um plantel de pouco mais de 450 mil animais nessa faixa etária.

Com o compromisso de manter a excelência na sanidade animal, os produtores de gado e bubalinos têm respondido positivamente à campanha, que busca não apenas proteger os animais, mas também consolidar Sergipe como uma área livre de febre aftosa sem vacinação, num futuro próximo. A conquista do status de área livre de febre aftosa sem vacinação traz inúmeros benefícios para o estado, desde a valorização da produção local, até a projeção internacional da qualidade da carne sergipana.

É importante ressaltar que o descumprimento da campanha de vacinação e declaração do rebanho acarreta em penalidades. O não cumprimento das obrigações estabelecidas pode resultar em multas e outras sanções previstas em legislação vigente. A regularidade na participação dos pecuaristas é fundamental não apenas para a saúde dos animais, mas também para evitar complicações legais.

Na primeira etapa da campanha, realizada em maio deste ano, o estado alcançou a expressiva marca de imunizar 94,36% do rebanho, totalizando mais de 1,1 milhão de bovinos e bubalinos de todas as faixas etárias. Esse sucesso inicial é um reflexo do comprometimento dos pecuaristas com a saúde dos animais e a qualidade da produção agropecuária sergipana.

Além da vacinação, é fundamental que os produtores realizem a declaração do rebanho na Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro). O prazo para fazer a declaração vai até o dia 15 de dezembro, e o produtor poderá declarar presencialmemte nos escritórios da Emdagro do seu município ou também através do site da empresa em www.emdagro.se.gov.br. Também é possível declarar pelo WhatsApp em 79 9 9191-4341 e pelo e-mail codea@emdagro.se.gov.br, através do envio do formulário preenchido e assinado junto com cópia do documento de identificação do proprietário dos animais.

A diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade, destaca a importância da participação ativa dos pecuaristas nesta reta final da campanha. “Estamos prestes a concluir mais uma etapa crucial para a sanidade animal em Sergipe. Contamos com a colaboração de todos os produtores para atingirmos nossas metas e consolidarmos o estado como uma referência na produção pecuária livre de febre aftosa”, destacou.

Os pecuaristas têm, agora, a última chance de contribuir para o sucesso da campanha. A proteção do rebanho, segundo Aparecida Andrade, é a chave para o desenvolvimento sustentável do setor agropecuário em Sergipe, e cada vacina aplicada representa um passo em direção a um futuro livre de febre aftosa sem vacinação no estado. Com a reta final da campanha em andamento, Sergipe reforça seu compromisso com a excelência na produção agropecuária e demonstra que a parceria entre produtores, órgãos governamentais e a sociedade é fundamental para alcançar os objetivos almejados.

Participantes do Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos elogiam atuação do Estado

Os visitantes destacam sistema de dessalinização da água para abastecimento humano nas comunidades rurais

O Governo do Estado está presente no XXV Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos, que acontece até o dia 24 de novembro no Centro de Convenções AM Malls, em Aracaju. Uma das principais participações se dá durante a Expohidro, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e sua vinculada, a Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), em exposição por meio da qual são demonstradas as ações no desenvolvimento de recursos hídricos e irrigação pública em Sergipe, incluindo a atuação no programa Água Doce.

No local, foi possível conhecer mais sobre o tema, mostrado na Expohidro pela maquete de uma das 29 unidades de produção de água dessalinizada, existentes no estado. Uma amostra de produtos agrícolas produzidos nos perímetros irrigados estaduais, administrados pela Coderse, informações sobre o uso da água de irrigação para a produção de alimentos o ano todo, geração de renda e incentivo da agricultura familiar, bem como sobre o trabalho realizado pela companhia, na implantação de sistemas de abastecimento, a partir da adução da água subterrânea, entre  outros aspectos disponibilizados durante o evento.

O geógrafo da gerência de geoprocessamento da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), Roberto Souza Borges, que participa do 25º Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos, demonstrou satisfação em visitar o estande da Coderse. “Achei interessantíssimo o projeto de dessalinização de água com a técnica de osmose reversa, porque eu acho que é a solução para levar o saneamento básico para as comunidades isoladas. A gente não pode dar a mesma solução que dá às grandes cidades para as pequenas comunidades. Eu acho que cada uma tem a sua vocação, a sua necessidade, e a gente tem que atender às necessidades de cada um com as tecnologias adequadas para cada área e cada lugar. Esse projeto é fantástico”, destacou, chamando atenção para a articulação do projeto com instituições dos governo federal, estadual e municipal.

O diretor-presidente da Coderse, Paulo Sobral, reforçou a importância do espaço aberto pelo Governo do Estado para os seus entes públicos durante o evento. “A Coderse, sendo responsável por executar políticas públicas de desenvolvimento sustentável dos recursos hídricos, principalmente na área rural do nosso estado, não poderia deixar de mostrar suas ações aos visitantes do evento, um portfólio de atuação que está sendo muito bem avaliado pelas pessoas do Brasil e exterior que frequentaram nosso estande”, pontuou Paulo Sobral.

A estudante Maria Heloisa dos Santos Santana, aluna do Ensino Médio do Colégio Estadual Murilo Braga, de Itabaiana, visitou o evento e ficou encantada com o que viu. “Achei muito interessante conhecer como a água é reproduzida até chegar em nossas casas, e a forma como foi apresentada na maquete ficou muito mais fácil pra gente entender”, destacou a jovem, que visitou o estande acompanhada de outros colegas da escola.

O diretor técnico de mineração e Recursos Hídricos da empresa mato-grossense Metamat, Francisco Holandino, chamou atenção para a solução apresentada pelo Governo de Sergipe de dessalinizador para a comunidade de forma integrada com ação produtiva e de água para consumo humano. “Eu acho que dessa forma podemos trazer a viabilidade dos dessalinizadores, para realmente trazer soluções, principalmente para a região Nordeste, onde há um alto índice de poços com salinidade elevada. No Mato Grosso, temos esse mesmo problema de salinidade elevada também, e ficamos muito presos à questão da viabilidade técnica e econômica dos processos de tratamento dessa água”, considerou.

Oferta de feijão-de-corda nos perímetros irrigados estaduais aumentou 41% nos nove primeiros meses de 2023

Irrigação pública traz competitividade ao produtor dos perímetros; feijoeiro dá grãos e é adubo de fixação de nitrogênio

De janeiro a setembro de 2023, a produção de feijão-de-corda nos perímetros irrigados do Governo do Estado alcançou as 805 toneladas, o que corresponde a um crescimento de 41% em relação ao mesmo período do ano anterior (570 toneladas). O aumento foi ainda mais significativo quando comparados os valores das produções; enquanto nos nove primeiros meses de 2022 foram aplicados R$ 1,6 milhões em investimentos, no mesmo período de 2023 esse número saltou para R$ 2,8 milhões, refletindo um crescimento de aproximadamente 71%. A alta foi impulsionada pelas produções dos perímetros Califórnia (714 toneladas), em Canindé de São Francisco, no alto sertão sergipano, e Piauí (36 toneladas), em Lagarto, no centro-sul do estado.

No mês de março, a produção na propriedade do agricultor Helenilson Santos já indicava que o ano seria promissor. Atendido pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), empresa vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), ele usa da irrigação do perímetro Piauí no verão, e no inverno chuvoso planta em área sem irrigação. O produtor ainda utiliza os pés de feijão que foram colhidos para adubar a terra nas lavouras seguintes.

“Ao ser misturado ao solo, os restos da cultura agem como adubo orgânico. Eu sempre planto [feijão-de-corda] com o intuito de fazer rotação de cultura, e também porque minha mãe vende na feira. A própria semente sou eu mesmo que produzo. Já deixo reservada e tenho colheita para o ano todo”, conta Helenilson. Em todo perímetro irrigado da Coderse, a área colhida até setembro foi de 12 hectares, e a renda gerada pela comercialização do produto foi de mais de R$ 203 mil.

De acordo com o diretor de Irrigação da Coderse, Júlio Leite, o ciclo produtivo nos perímetros irrigados é contínuo e integrado devido ao fornecimento de irrigação. “É um círculo virtuoso. Os restos culturais servem de adubo, no caso das leguminosas, como o feijão-de-corda, e vão servir de fixação de nitrogênio ao solo para a próxima lavoura, que logo vai ser plantada. Os restos da batata-doce tanto servem de semente, como podem ser utilizados como ração animal. Do mesmo modo que os do milho”, explica.

Competitividade 

Com a água fornecida pela Coderse no semiárido, os produtores do perímetro Califórnia têm preço competitivo para enviarem suas safras para estados vizinhos. Nos nove primeiros meses deste ano, os irrigantes já geraram mais de R$ 2,4 milhões de renda a partir da comercialização do feijão-de-corda. O valor médio do quilo comercializado em Canindé no período foi R$ 3,41, safra que ocupou área total de 119 hectares. O irrigante Clovis Severino conta que, em sua plantação irrigada de 0,33 hectare, começou a colher após dois meses de plantio, e que deve passar cerca de 45 dias catando as vagens. 

“É feijão-de-corda de vagem vermelha. É o preferido do povo aqui de Canindé. Vendo aqui na região, e mando também para Salvador/BA e para Alagoas. Minha esposa vende na feira, minha filha vende na banca e eu mando lá para a feira de Salvador. Graças a Deus, tenho essa via de ajuda”, relatou Clovis Severino.

Segundo o diretor Júlio Leite, o auxílio não se dá somente por meio da irrigação, mas também com apoio da equipe técnica da Coderse, que acompanha o andamento das produções. “Nossos técnicos agrícolas acompanham as lavouras irrigadas dos perímetros. Mensalmente, fazem o levantamento do que está ocupando as áreas das unidades produtivas. Com base na data de plantio e tempo que cada espécie leva para ser colhida, eles contabilizam a produção mensal de cada produto, área colhida, área plantada a ser colhida e o valor da produção, e também com base nos relatos das vendas que esses irrigantes fazem”, complementou.

Secretaria de Agricultura e empresas vinculadas consolidam ações nesse dia de governo itinerante em Tobias Barreto 

Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) levaram até a população do centro-sul sergipano serviços e benefícios voltados aos agricultores

A 15ª edição do ‘Sergipe é aqui’, realizada pelo Governo do Estado no município de Tobias Barreto nesta sexta-feira, 17, mais uma vez contou com as ações da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse). Ambas vinculadas à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), as empresas levaram até a população do centro-sul sergipano serviços e benefícios voltados aos agricultores. Os atendimentos à população foram  realizados no estande da Agricultura, próximo ao Colégio Estadual Abelardo Barreto do Rosário.

A Emdagro realizou a entrega de 17 certificados de vacinação contra a Brucelose, resultado da imunização bem-sucedida de 118 animais, um passo importante para fortalecer a saúde do rebanho da região. Também foram distribuídas 45 mudas frutíferas, incluindo abacate, pitanga, cacau, acerola, jaca, caju, manga, cajá e amora, aos produtores rurais que visitaram o estande da Agricultura. A iniciativa tem como objetivo promover um futuro mais verde e frutífero com espécies de qualidade nas propriedades agrícolas.

A agricultora Rosária Rocha de Santana, da comunidade Samambaia, também participou da atividade. Ela contou que fez seu cadastro e veio no ‘Sergipe é aqui’ para receber o documento do Cadastro da Agricultura Familiar (CAF). “Fiz meu CAF há uns oito dias, no escritório local da Emdagro, e vim hoje pegar aqui. Com ele, eu consigo pegar empréstimo e outros benefícios”, disse. 

O criador Samuel Santos de Farias foi ao ‘Sergipe é aqui’ buscar seu certificado de vacinação da brucelose. Entendendo a importância da vacinação, Samuel imunizou dez vacas e hoje está mais tranquilo. “Por meio da Emdagro, tive a chance de vacinar minhas dez vacas contra a brucelose, e para mim foi muito bom, porque é mais uma segurança para nossos animais e evita prejuízos se uma doença dessa chegar”, comentou.

A Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) também ofertou uma série de serviços e ações extensa em Tobias Barreto durante a 15ª edição do ‘Sergipe é aqui’. A Coderse é executora de ações de infraestrutura hídrica em poços das unidades de abastecimento de água dessalinizada do programa ‘Água Doce’, instalados e em funcionamento nos povoados Macacos, Saquinho, Borda da Mata e Candeias. A Coderse também é responsável pela administração do Perímetro Irrigado Jabiberi, fornecendo água para produção de alimento para o gado leiteiro. De janeiro a outubro, foram produzidos quase 1,9 milhão de litros de leite no Jabiberi.

Governo

Última atualização: 20 de novembro de 2023 10:12.

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