Aula prática com culturas de uva e limão do Perímetro Irrigado Califórnia proporciona aprendizado a alunos do ensino profissionalizante

Com incentivo do Governo do Estado, 333 agricultores produzem, anualmente, mais de 33 mil toneladas de alimentos a partir da irrigação em Canindé de São Francisco

Futuros técnicos em agropecuária aprendem e exercitam suas habilidades em práticas de campo, em lotes de agricultores que cultivam uva e limão no município de Canindé de São Francisco, no alto sertão sergipano. Eles são alunos do Centro Estadual de Educação Profissional Dom José Brandão de Castro, de Poço Redondo, e visitaram as plantações que fazem parte do Perímetro Irrigado Califórnia, administrado pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). A produção rural é feita a partir do fornecimento de água de irrigação e assistência técnica fornecidas pelo Governo do Estado.

O produtor José Leidson dos Santos é um dos irrigantes do Perímetro Califórnia e cultiva uvas. No início desta semana, ele recebeu os alunos e professores para a aula prática. Na oportunidade, ele compartilhou sua experiência com a turma, que, por sua vez, ajudou o produtor na poda das videiras – processo a partir do qual, em 120 dias, a planta dá novos frutos para a colheita. “A força é bem-vinda, e o trabalho a gente vai fazendo e ensinando. Porque eu também não sabia e, com a prática, você vai aprendendo. Tem que ter a interação um com o outro. Assim, eles aprendem, e o que eu sei posso passar para eles, que também estão me ajudando. É uma troca”, considerou o agricultor.

Aluno do 2° ano do curso Técnico de Agropecuária, Dionísio Silva Alves contou que essa foi sua primeira experiência prática, e revelou que pretende atuar na área assim que concluir o curso. “Estamos aprendendo a podar a uva. Vai me ajudar muito quando eu me formar. Está sendo muito produtivo”, apontou o estudante.

De acordo com o técnico da Coderse, Tito Reis, que acompanhou os alunos e professores nas atividades nos lotes, a ação teve como objetivo aproximar a instituição de ensino, os estudantes e corpo docente dos produtores rurais atendidos no perímetro irrigado. “Fez com que a gente pudesse reunir os saberes e proporcionar uma condição melhor para nosso sistema de produção. A gente juntou os alunos, os saberes técnicos, com os saberes do produtor.  Mostramos, na prática, como funciona a situação no campo, como os alunos vão se comportar assim que forem profissionais”, detalhou.

Segundo o diretor de Irrigação da Coderse, Júlio Leite, as cooperações e parcerias ampliam o potencial das políticas públicas oferecidas e permitem o engrandecimento profissional dos colaboradores e beneficiários assistidos com a irrigação do Governo do Estado. Ele acrescenta que, no perímetro Califórnia, há 333 lotes assistidos com irrigação e assistência técnica, que produzem, anualmente, mais de 33 mil toneladas de alimentos.

“Neste caso em específico, a troca de saberes melhora a qualidade do serviço oferecido à população em ambas as instituições. Os agricultores vão ver suas atividades agrícolas renderem mais com essa ajuda técnica, e o colégio vai formar técnicos melhores, que aprenderam nos nossos perímetros”, avaliou Júlio Leite.

Limão Taiti

O agricultor José Eldes do Santos, também assistido pelo Perímetro Irrigado Califórnia, cultiva o limão Taiti em seu lote. Há três meses, professores, alunos e técnicos agrícolas começaram um processo de produção de mudas pela técnica de alporquia, e a visita da turma serviu para verificar os resultados. “Eu agradeço ao Estado. Já tenho entre quatro e cinco anos de plantio de limão, e vou continuar por muitos anos. É muito boa esta troca de experiências”, relatou o agricultor.

Para o estudante Thainan Feitosa, aluno do 2º ano da instituição de ensino, a aula foi uma oportunidade de adquirir conhecimentos que não poderiam ser passados apenas nas aulas teóricas. “Viemos para a implantação de alporquia no dia 8 de junho, e agora a gente veio novamente para colher os resultados. É uma experiência excepcional. Colhendo experiência e resultados fora da sala, juntamos novos conhecimentos. A gente aprende na prática”, destacou Thainan Feitosa.

O engenheiro agrônomo Alexandro Mecenas é um dos professores do Instituto José Brandão, responsável por lecionar as disciplinas de ‘Irrigação e Drenagem’, ‘Manejo de Pragas e Doenças’ e ‘Fruticultura’. De acordo com o professor, as culturas agrícolas como limão e uva são menos tradicionais em Sergipe, e por isso precisam ser mais incentivadas. “Trouxemos os alunos para aprender. Eles fizeram toda a poda da uva, uma cultura que tem pouca no estado. Foi uma oportunidade ímpar, pois dificilmente eles terão outra chance de ver e trabalhar com uva”, indicou o professor Alexandro. 

Agricultura

Horta coletiva contribui para o ensino nas escolas e fortalecimento de quilombolas em Sergipe

Programa do Governo do Estado propõe ocupar espaços, a fim de garantir a produção e consumo de alimentos mais saudáveis

Os estudantes da escola primária Antônio Cardoso Dantas, em General Maynard, e os moradores da comunidade quilombola do povoado Pirangi, em Capela, receberam nessa quarta-feira, 20, a visita de técnicos da Emdagro (Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe), que acompanham o desenvolvimento das ações do ‘Cultivando Hortas: Alimento Seguro na Mesa’, programa do Governo do Estado, que tem como um dos objetivos fomentar as práticas sustentáveis de agricultura. De acordo com o órgão, atualmente oito instituições executam o ‘Cultivando Hortas’ em Sergipe, com potencial de chegar a 32 até o final do ano.

Entre uma colheita e outra nessa quarta-feira, os alunos do Antônio Cardoso aprendiam contagem numérica na aula de Matemática. O trabalho pedagógico daquela manhã foi acompanhado de perto pela diretora Roberta Maciel, que durante a aula ao ar livre explicou que os estudantes reconhecem na horta o que têm em suas casas. “Muitas dessas crianças são de famílias do campo. O aprendizado se torna fluido, porque explora o que elas já conhecem”, disse.

“O programa foi criado este ano e tem o objetivo de garantir a produção e consumo de alimentos mais saudáveis. Aproveitamos os espaços das escolas, dos centros de convivência dos idosos e centros de recuperação de jovens e adolescentes, enfim. Ele é executado não só no no meio rural, mas também na cidade. Existem alguns critérios para participar, como por exemplo, se for escola, ter um projeto pedagógico para nortear nosso trabalho, porque a horta serve também como espaço de ensino e aprendizagem. Todas as disciplinas podem ter relação com a horta. Temos um cronograma de execução e avaliação do processo. Visitamos a área, vemos se é possível usar o terreno, se ele é encharcado, enfim. Tem todo um preparo”, expôs Abeaci dos Santos, gestora do Programa de Organização e Desenvolvimento Social da Emdagro.

Quilombolas

Os moradores da Associação Agrícola Pirangi, formada por remanescentes de quilombolas, apresentaram parte do trabalho que desenvolvem junto com o Governo do Estado, numa área de 74 hectares. Denise Félix é a presidente da Associação e explicou que a agricultura familiar do local tem contado com o auxílio técnico doação de sementes da Emdagro. “Plantamos todos os tipos de hortaliças. Na verdade plantamos tudo que abrange a agricultura familiar. Vendemos a produção nas feiras livres do Estado e também na feira orgânica de Aracaju. Começamos este ano o trabalho das hortas com a Emdagro, mas já temos essa parceria com os técnicos há muito tempo, de outros projetos”, revelou. 

No Pirangi, cada família tem direito a uma área da propriedade. Silvânia Gonzaga, tesoureira da Associação, detalhou que a média de faturamento de sua família com a comercialização dos produtos da horta é de R$ 400,00 por semana. “Retiramos dessa conta as despesas com semente, adubo e insumo. O que sobra é dividido entre nós. A dinâmica é essa, cada família é responsável por uma parte do terreno. Porque, apesar de a área da Associação ser coletiva, ela é usada individualmente por cada família. Com a doação das sementes da Emdagro os custos são reduzidos em 30%, o que auxiliou muito no bom lucro deste ano”, contabilizou.

Segundo a presidente da comunidade, o município de Capela conta atualmente com 98 famílias remanescentes quilombolas cadastradas no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e somente dentro da Pirangi estão 42 residências. Além da assistência técnica, os membros da comunidade recebem também acompanhamento social. “Desempenhamos esse papel de garantir o acesso às políticas públicas. Fazemos a visita semanal junto com os técnicos da Emdagro para acompanhar as atividades, tanto do programa ‘Cultivando Hortas’, quanto das crianças, já que temos uma escola aqui dentro da Associação”, informou Cíntia Cristina, assistente social da Emdagro.

Segundo o Observatório de Sergipe (Superplan), vinculado à Secretaria da Casa Civil, o Censo Demográfico 2022 contabilizou 28.124 pessoas quilombolas em Sergipe (1,27% do total da população residente), posicionando o Estado em 9ª lugar entre as unidades federativas. A participação da população quilombola de Sergipe representa 2,12% do Brasil e 3,11% do Nordeste. São 21 territórios quilombolas oficialmente delimitados e os municípios de Santa Luzia do Itanhy (4.647), Laranjeiras (3.316), Brejo Grande (2.013) e Estância (1.489) possuem os maiores números de pessoas quilombolas residentes em Sergipe.

O programa

O ‘Cultivando Hortas: Alimento Seguro na Mesa’ é um programa da Emdagro, criado este ano, que busca estimular o desenvolvimento de novos hábitos alimentares, requalificar ambientes e áreas desprezadas ou ociosas, impulsionar a educação ambiental nas escolas, comunidades e instituições, resgatar e valorizar os saberes populares e oferecer capacitações para gestão agroecológica.

As modalidades dentro do programa são: hortas escolares, hortas institucionais e hortas comunitárias, que podem ser desenvolvidas em solo, estruturas suspensas, canteiros elevados, pneus, hidroponia e outros, desde que garantam acessibilidade. Cada instituição deverá indicar qual a finalidade desejada para a estruturação ser preparada.

As hortas são instaladas em ambientes escolares, instituições que prestam assistência social, comunidades rurais e acompanhadas pelos técnicos da Emdagro, que formam parceria com as Secretarias de Educação, Agricultura e Meio Ambiente de cada município interessado. Os requisitos para aderir ao programa são: preencher formulário, possuir plano pedagógico ou de gestão, dispor de técnico agrícola e um representante da horta para acompanhamento.

A estruturação das hortas é feita de acordo com a realidade de cada unidade produtiva e potencialidades identificadas. De acordo com a gestora do Programa de Organização e Desenvolvimento Social da Emdagro, Abeaci dos Santos, as principais ações de apoio são a distribuição de sementes e insumos, suporte logístico, assistência técnica continuada e capacitação nas áreas de agroecologia e segurança alimentar.

Agricultura

Mais um laticínio em Nossa Senhora da Glória é inaugurado com selo de inspeção estadual

Com o selo de inspeção estadual (SIE), a agroindústria Nalmilk Laticinios passa a comprar o leite de 150 produtores e gerar 30 novos empregos diretos

O  município de Nossa Senhora da Glória, localizado no sertão sergipano, celebrou nesta sexta-feira, 22, a inauguração do Nalmilk Laticínios, mais uma agroindústria dedicada ao processamento de leite em Sergipe. Com uma capacidade de processar 20 mil litros de leite ao dia, a nova empreitada será responsável pela produção de diversos produtos lácteos, incluindo manteiga, queijos coalho e mussarela, além de requeijão e manteiga.

A cerimônia de inauguração contou com a presença da diretora de Defesa Animal e Vegetal da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), Aparecida Andrade, representando o secretário da Agricultura, Zeca da Silva, e o presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos. Também estiveram presentes membros da equipe do Serviço de Inspeção Agroindustrial, Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal da Emdagro.

A inauguração do novo laticínio representa um passo significativo para o estado, uma vez que mais um estabelecimento se regulariza de acordo com as normas estaduais que regulam o setor. “A obtenção da inspeção estadual é um marco importante para garantir aos consumidores produtos de qualidade, livres de contaminantes e resíduos que possam afetar a saúde”, comentou Aparecida Andrade.

Apesar de ser uma empresa familiar, a agroindústria Nalmilk Laticínios emprega, diretamente, 30 pessoas, e beneficia o leite comprado de 150 pequenos produtores da região, o que demonstra o compromisso das famílias locais com a produção de alimentos de alta qualidade.

“O processo de legalização levou um tempo porque a gente precisava tomar consciência da importância de se regularizar. Então levamos mais ou menos 5 anos para chegarmos a conseguir o selo da Emdagro. A Emdagro foi bastante parceira no processo que orientou, em todos os momentos, como deveria ser feito. Sabemos que com o selo, as responsabilidades aumentam muito, mas estamos felizes em trabalhar dentro da legalidade”, contou um dos gestores do laticínio, Messias de Jesus.

A segurança alimentar é uma preocupação essencial para os consumidores, e um dos principais indicativos de qualidade é a presença do selo de fiscalização no rótulo dos produtos. Em Sergipe, o Serviço de Inspeção Agroindustrial, Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal do Estado (SIE/SE), pertencente à Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), é responsável por garantir as condições adequadas de manipulação e armazenamento de alimentos. 

O Serviço de Inspeção da Emdagro já regularizou nove laticínios em Sergipe, e outros dez estão em processo de regularização no órgão. Somente este ano, os fiscais agropecuários já realizaram 356 inspeções, resultando no fechamento temporário de um estabelecimento laticínio para adequação. Os estabelecimentos que passam pelas etapas de controle do SIE recebem o selo de inspeção, o que permite a comercialização dos produtos no estado. Os produtores interessados em fazer o registro podem encontrar a lista de documentos necessários no site www.emdagro.se.gov.br.

O SIE realiza vistorias técnicas em estabelecimentos sergipanos de carnes, pescados, ovos, leite, mel e seus derivados, além de analisar produtos não comestíveis e projetos para construção de estabelecimentos de armazenagem. É o SIE que emite os laudos que autorizam a comercialização nos municípios sergipanos, garantindo ao consumidor final alimentos de alta qualidade. Em conjunto com outras instituições, como a Vigilância Sanitária e o Ministério Público, o SIE fiscaliza o comércio varejista e atacadista de produtos de origem animal e participa das análises documental e técnica das amostras.

A diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade, ressaltou a importância do selo de inspeção na garantia da segurança alimentar: “Fazemos um apelo aos consumidores: adquiram apenas produtos cuja origem seja conhecida. Aprendam a ler o rótulo, verifiquem quem fabricou e quais órgãos fiscalizam a manipulação desses produtos. Consumir produtos clandestinos pode representar riscos à saúde”, alertou. “Garantir a procedência dos alimentos é essencial para proteger a saúde dos consumidores e fortalecer a economia local em Sergipe”, acrescentou Aparecida.

Com a inauguração do Nalmilk Laticínios e o trabalho contínuo do Serviço de Inspeção Agroindustrial, Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal do Estado, a segurança alimentar e a qualidade dos produtos lácteos em Sergipe estão em destaque, contribuindo para o bem-estar dos consumidores e o crescimento da economia local.

Seagri encerra ciclo de capacitação sobre sustentabilidade ambiental dos sistemas de dessalinização

Cerca de 2.400 famílias são atendidas diretamente pelo programa Água Doce

No projeto de assentamento Carlos Lamarca, em Simão Dias, centro-sul sergipano, foi realizada a 29ª Oficina sobre a Sustentabilidade Ambiental dos sistemas de dessalinização implantados pelo Programa Água Doce – PAD. O evento foi realizado no último dia 20 e marcou o encerramento de mais um ciclo de capacitação das famílias beneficiadas com água de qualidade na região semiárida do estado.

O Programa Água Doce, coordenado pelo Governo Federal, em parceria com os governos estaduais e executado por equipes técnicas multidisciplinares, tem como objetivo fornecer água dessalinizada de excelente qualidade, livre de contaminantes, para as famílias que vivem em região áridas e semiáridas do Nordeste, incluindo Minas Gerais. Em Sergipe, o programa é conduzido pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), em colaboração com suas vinculadas, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e a Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse).

Benefício

Cerca de 2.400 famílias, o que corresponde a aproximadamente 9.800 pessoas, são atendidas diretamente pelo programa, que fornece diariamente uma média de 17.400 litros de água dessalinizada. Antes da implantação desses sistemas, as comunidades dependiam principalmente de carros-pipa contratados pelas prefeituras ou pela Defesa Civil, além de cisternas, barreiros e açudes locais, o que frequentemente expunha a população a riscos de contaminação.

O sistema de dessalinização utilizado é considerado uma tecnologia de ponta, baseada na osmose reversa por meio de membranas. Três caixas de 5.000 litros cada são usadas no processo, com a água bruta obtida do poço sendo armazenada em uma delas. Após a dessalinização, parte da água é direcionada para abastecer um chafariz utilizado pela população, enquanto a parte restante, conhecida como rejeito devido à alta concentração de sal, é encaminhada para um tanque protegido por lona, onde ocorre a evaporação.

Além do abastecimento de água para consumo humano, a água bruta é utilizada para dessedentação animal e limpeza das casas. Algumas comunidades aproveitam o tanque de concentrado para a criação de peixes e irrigação da erva sal, que serve como forrageira para caprinos e ovinos.

PAD

O PAD adota uma metodologia específica, iniciando com diagnósticos para a seleção das comunidades, identificando potencialidades e dificuldades locais. Durante a implantação dos sistemas, é estabelecido um Acordo de Gestão em conjunto com as famílias beneficiadas, definindo direitos e deveres, horários de funcionamento, quantidade de água por família, entre outros detalhes, que são discutidos e aprovados em reuniões com os grupos de beneficiários. Três operadores por sistema são eleitos e capacitados, além de um grupo gestor responsável pela administração dos sistemas e resolução de conflitos.

“As oficinas de sustentabilidade são realizadas para sensibilizar e orientar as famílias sobre a importância de preservar a qualidade da água dessalinizada, abordando cuidados com a limpeza e vedação das caixas d’água, transporte e armazenamento adequados e esclarecendo dúvidas sobre o uso da água dessalinizada”, explicou a Engenheira Agrônoma da Emdagro, Elisabeth Denise Campos.

Segundo ela, o Programa Água Doce desempenha um papel fundamental na vida das famílias do semiárido sergipano, não apenas garantindo o acesso a água de qualidade, mas também promovendo o diálogo, organização comunitária e preservação da saúde e do meio ambiente na região. “É um exemplo concreto de como a tecnologia e a colaboração entre entidades governamentais podem transformar a vida das populações em áreas desafiadoras”, concluiu Elisabeth.

Evento sobre Sanidade Vegetal reúne especialistas para discutir desafios regulamentações no setor agrícola

Treinamento aconteceu no auditório da Emdagro e contou com representantes de toda a cadeia produtiva da citricultura

Na busca por promover a saúde e a qualidade das plantas que alimentam o Brasil, aconteceu nesta quarta-feira, 20, o treinamento sobre sanidade vegetal, no auditório da Emdagro, em Aracaju. O evento reuniu especialistas renomados, para abordar temas cruciais no universo agrícola e contou com a participação de profissionais de assistência técnica e extensão rural, comerciantes de insumos, atacadistas, varejistas, emissores de Certificado Fitossanitário de Origem (CFO), responsáveis técnicos e produtores rurais.

A programação incluiu temas como controle de pragas quarentenárias dos citros e banana, legislação sobre produção e comercialização de mudas, sistema informatizado de rastreabilidade de agrotóxicos e Plano Nacional de Controle de Resíduos Contaminantes com ênfase na produção e comercialização vegetal. “Esse é um treinamento importante, porque tratamos de uma questão relevante que é o controle de pragas na agricultura e, como em Sergipe o que representa a nossa agricultura é a citricultura, a gente vai dar ênfase a esse controle de pragas que assegura ao estado o status de zona livre de várias doenças”, disse a diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade.

O treinamento, que é uma parceria entre a Emdagro e o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), buscou passar o alerta a toda a cadeia produtiva dos citros, desde técnicos, produtores e comerciantes, no que diz respeito às pragas e doenças, sobretudo o Greening, uma praga quarentenária de altíssima periculosidade dos citros. “É um alerta grande que estamos fazendo para com o cuidado de todo o processo de formação dos pomares, porque não adianta investir na sua produção, se não tiver um cuidado no controle de pragas. Além disso, discutimos no treinamento a questão dos resíduos e contaminantes, que é a qualidade desse produto produzido no campo. Por isso, dois palestrantes do Mapa abordaram tanto esse assunto quanto o alerta do controle de pragas”, destacou Aparecida.

Para o palestrante do treinamento, o auditor fiscal Federal e coordenador de Controle de Pragas do Ministério da Agricultura, Ricardo Hilman, o estado de Sergipe tem todas as condições de desenvolver sua citricultura nos próximos anos, diante da ausência de doenças quarentenárias, como o Greening. “Nos próximos anos, Sergipe tem toda a condição de aumentar sua citricultura, não só em produtividade, mas em competitividade. Então, é fundamental o conhecimento, alertar sobre os riscos e também uma oportunidade, porque o estado pela sua condição sanitária, sem a praga do Greening, é fundamental para o crescimento e desenvolvimento de toda a cadeia produtiva”, frisou.

Segundo o coordenador, essa condição sanitária de Sergipe abre perspectivas de novos convênios para o desenvolvimento das ações que visam à sanidade vegetal do Estado. “Nós trouxemos aqui conhecimento e possibilidade de futuros convênios nessa área para que, em conjunto com o setor público e o setor privado, a gente possa manter essa condição de ser livre da doença e ter condições de desenvolvimento da citricultura local”, acrescentou.

Preocupado por ter vivenciado a tragédia da cadeia produtiva da citricultura de estados como São Paulo, causada pelo Greening, o representante da indústria de suco Maratá, Luciano Andreazza, viu no treinamento um momento importante para debater as consequências dessa doença em Sergipe. “Esse treinamento é muito importante, porque você ver uma doença como o Greening dizimar os pomares de citros de São Paulo, com 80 milhões de árvores arrancadas, não vai querer que ela chegue aqui em Sergipe, por isso que a Emdagro e o Governo do Estado têm que estar bastante atentos, porque se entrar aqui a gente vai sofrer. Não só para o Estado de São Paulo como para Sergipe, a citricultura representa muito para a economia, para o aspecto social e ambiental, de sustentabilidade. Então é importantíssimo um evento como esse realizado aqui”, considerou.

O citricultor Hugo Albuquerque de Rezende acha importante a discussão sobre o tema, e reforça a participação de toda a cadeia produtiva, especialmente o próprio produtor, na proteção da cultura no Estado. “É muito importante participar desse evento, porque nós vamos saber sobre todo o trânsito na produção da laranja, evitando assim trazer as pragas de fora para nosso estado. Da mesma forma, entendo de suma importância a participação do produtor nesse processo. Que ele, ao comprar suas mudas, compre em viveiristas certificados, porque assim saberá que é uma muda confiável e de qualidade”, observou.

Programação Abrangente

O treinamento trouxe também uma ampla gama de tópicos críticos para a sanidade vegetal e a agricultura sustentável. A programação incluiu palestras informativas e explicativas sobre a legislação que rege a produção e comercialização de mudas. O auditor fiscal federal, engenheiro agrônomo, Carlos Alexsahander Macêdo Borges, especialista no assunto, apresentou as regulamentações vigentes e abordou as melhores práticas para garantir a qualidade das mudas e a conformidade legal.

Em seguida, a coordenadora Estadual de Insumos Agropecuários da Emdagro, Aglênia Araújo, trouxe uma perspectiva essencial sobre o sistema informatizado de rastreabilidade de agrotóxicos. Em uma era em que a transparência e a segurança dos produtos agrícolas são fundamentais, a apresentação de Araújo foi fundamental para os participantes entenderem como essa tecnologia pode ser implementada de forma eficaz.

Encerrando o evento, o auditor fiscal federal e engenheiro agrônomo, Adriano da Anunciação Pimentel, compartilhou informações valiosas sobre o Plano Nacional de Controle de Resíduos Contaminantes, com ênfase na produção e comercialização vegetal. Pimentel discutiu os desafios e as estratégias para garantir que os produtos vegetais atendam aos mais altos padrões de segurança alimentar.

Expo Pesca e Aquicultura Sealba se consolida como maior feira da pesca do Nordeste

O evento reuniu representantes das três esferas de governo, produtores, empresas de serviços e equipamentos

Expositores, pescadores, marisqueiros, estudantes, acadêmicos e visitantes participaram da segunda edição da Expo Pesca e Aquicultura, que aconteceu de 13 a 16 de setembro no Centro de Convenções AM Malls, em Aracaju. Realizado pela Câmara Empresarial da Pesca e Aquicultura, Instituto Fecomércio e Grupo Êxito, com apoio do Governo do Estado, o evento reuniu atores da cadeia produtiva do pescado da região Sealba (Sergipe, Alagoas e Bahia) e se consolidou como espaço para a troca de conhecimentos, exposição de produtos e serviços, novas tecnologias e de interlocução entre instituições públicas, entidades privadas e associações.  

Visitando Sergipe pela primeira vez, a professora doutora Maria Luísa Rodrigues, da Universidade Estadual de Maringá, no Paraná, ficou encantada com a receptividade no estande do Governo do Estado, onde pôde trocar ideias e degustar um prato típico, feito com camarão produzido em Sergipe. “Achei maravilhosa essa iniciativa do governo, pois a gente só busca um produto para consumo se conhece o sabor. Foi uma ótima forma de divulgação”, disse a pesquisadora, que trouxe para a Expo Pesca uma amostra do resultado de um estudo feito com os resíduos da tilápia, usados na confecção de farinha orgânica, chips e sopa instantânea.

Para Roberto Pantaleão, assessor técnico da Bahiapesca, empresa vinculada à Secretaria da Agricultura da Bahia, foi um prazer e uma surpresa participar de um evento que conseguiu aglutinar os três estados, a fim de discutir ideias comuns no setor e com um saldo bastante positivo. “Formamos redes de contato pra divulgar nossa empresa, que muita gente não conhecia, e achamos muito interessante isso, pois reencontramos parceiros antigos, vimos novas tecnologias, participamos de palestras interessantes, tudo muito enriquecedor”, destacou.

O superintendente municipal de Pesca e Aquicultura do Estado de Alagoas, Cauê Castro, também demonstrou satisfação em participar da Expo Pesca e enalteceu o convite de Sergipe e da organização do evento. “O Ministério (da Pesca e Aquicultura) foi recriado e precisamos impulsionar toda nossa cadeia produtiva, desde o pequeno pescador, o artesanal, ao industrial. Aqui nessa feira eu estou conseguindo enxergar isso: três grandes estados que tem um potencial muito grande, mostrando suas potencialidades”, observou.

Conforme observou Everton Siqueira, superintendente federal da pesca em Sergipe, foi um momento bastante oportuno para a comunidade pesqueira de Sergipe, Alagoas e Bahia fazer o entrosamento com os estados e promover o desenvolvimento econômico. “Temos várias colônias de pescadores e associações que representam a aquicultura em Sergipe, com quase 30 mil pescadores artesanais e mil aquicultores cadastrados. É muito importante atrair empresários, negócios voltados para a pesca e trabalhar políticas públicas e de fomento para essas comunidades”, pontuou, ao destacar que essa é uma forma de conhecer melhor para saber onde atuar. “Eles precisam sentir que tem um representante e mostrarmos que o Ministério chegou para defendê-los”, reforçou.

Apoio do governo

A  superintendente da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), Ana Patrícia Guimarães, recepcionou os visitantes no estande do Governo de Sergipe e destacou que o governador é um grande incentivador da  cadeia da pesca  e aquicultura. “Seja por meio dos incentivos fiscais da Secretaria da Fazenda, pelo Banese Mais Agro, com financiamentos para os produtores, e agora com a introdução do camarão na merenda escolar, por meio da Secretaria da Educação, e também por meio da e suas vinculadas, que promovem assistência técnica, limpeza das barragens, entre outras ações”, afirmou

Para o coordenador da Câmara de Pesca e Aquicultura da Fecomércio e idealizador da Expo Pesca, Humberto Eng, o apoio do Governo do Estado, por meio da Seagri, foi fundamental para a realização do evento. “Agradeço ao governador Fábio Mitidieri, na pessoa do secretário de Agricultura, Zeca da Silva, e faço uma análise muito positiva, desde o ano passado. Demos um salto quantitativo e qualitativo para esse novo evento, com essa nova cara, novo local, com esse gabarito. Este ano, com o Ministério da Pesca, que agora volta para o cenário nacional, mostrando que no setor agro tem um ministério que demonstra a força da pesca e aquicultura. A Expopesca se tornou o maior evento de pesca e aquicultura do Nordeste, um grande salto para o setor, para a economia e para a sociedade”, comemorou Humberto.

Emdagro realiza monitoramento para evitar casos de Greening na citricultura em Sergipe

Órgão realiza inspeções fitossanitárias e ações de monitoramento para evitar a entrada da doença nos pomares do estado

No Brasil, a citricultura enfrenta uma batalha silenciosa e destrutiva, conhecida como Huanglongbing (HLB) ou Greening dos citros. Esta é considerada a doença mais grave que assola as plantações de citros no país, representando uma ameaça global para a indústria citrícola. Em Sergipe, até o momento, não há registro do HLB, contudo, os citricultores devem permanecer vigilantes, inspecionando regularmente seus pomares e relatando quaisquer sintomas semelhantes ao HLB imediatamente à Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro). O órgão, vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), é responsável pelas ações de defesa vegetal no estado.

A Emdagro atua estrategicamente em Sergipe para retardar a entrada da doença na citricultura. Isso inclui inspeções fitossanitárias, monitoramento em áreas comerciais, armadilhamento em pontos-chave e fiscalização rigorosa do trânsito de cargas nas barreiras sanitárias. “Nós atuamos adotando estratégias de controle que envolvem o planejamento cuidadoso do plantio e da renovação dos pomares, a utilização de mudas saudáveis, monitoramento constante do vetor e inspeção regular para detectar plantas sintomáticas”, destacou a diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade.

A doença já está presente em vários estados brasileiros, incluindo São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina, e está sob controle oficial nesses locais. Segundo Aparecida, a indústria de citros do Brasil enfrenta uma batalha contínua contra o HLB, e a colaboração de todos é essencial para proteger essa parte vital da nossa agricultura. “A conscientização dos técnicos e produtores é fundamental para enfrentar essa ameaça. A aquisição cuidadosa de material básico de citros, como sementes, borbulhas e mudas, é uma medida crucial para proteger nossos citricultores”, orientou.

Os Sintomas Alarmantes

A HLB não poupa nenhuma espécie cítrica e, até o momento, não há cura para as plantas doentes. Seus sintomas são inconfundíveis: folhas de ramos afetados apresentam um padrão mosqueado, com variações de verde que se misturam sem delimitações claras. As folhas se tornam opacas, com uma nervura central engrossada.

Os frutos sofrem deformações, com a columela desviada e o albedo (parte branca sob a casca) engrossado, afetando o sabor da fruta. As árvores afetadas perdem prematuramente seus frutos e, em última instância, acabam morrendo. Mesmo quando são mudas, as plantas podem ser afetadas, muitas vezes sem apresentar sintomas visíveis.

Vetor e Hospedeiro

A propagação do HLB é atribuída ao psilídeo Diaphorina citri, um inseto de cor branca-acinzentada com manchas escuras nas asas. Este pequeno inseto é comum nos pomares, durante as épocas de brotação das plantas e é o vetor responsável por transmitir a bactéria causadora do HLB. Além dos citros, a planta ornamental Murta também serve como hospedeira para o patógeno.

A Murta (Murraya paniculata), uma planta comum em Sergipe, é hospedeira do patógeno e frequentemente utilizada em cercas vivas e decoração. Devido a esse risco, é proibido o plantio ou manutenção de Murta em locais públicos e áreas citrícolas em Sergipe, bem como em lojas de paisagismo e plantas ornamentais.

Agricultores e pescadores aprovam serviços e informações ofertadas no ‘Sergipe é aqui’ em Santo Amaro das Brotas

Análises de solo, regularização de CAF, solicitação para manutenção de poços e reunião do setor pesqueiro marcaram participação da Agricultura na 11ª edição do Governo Itinerante

O município de Santo Amaro das Brotas se tornou a capital do Estado nesta sexta-feira, 15, e a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) marcou presença, juntamente com suas vinculadas na 11ª edição do ‘Sergipe é aqui’. A partir da iniciativa do Governo do Estado, mais de 150 serviços foram oferecidos à comunidade local.

Dentro da programação do ‘Sergipe é aqui”, a Seagri mobilizou um encontro com secretários municipais de Nossa Senhora do Socorro, Santo Amaro das Brotas, Barra dos Coqueiros e representantes das colônias e federações de pesca e aquicultura. Participaram também representantes da Superintendência Federal da Pesca, da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema) e da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro).

A superintendente da Seagri, Ana Patrícia Guimarães, informou que o objetivo principal do diálogo foi mostrar para todos os representantes do setor a necessidade de levantamento de dados. “A reunião foi muito produtiva, visto que conseguimos explicar sobre a importância do censo e de como precisamos do comprometimento da população pesqueira e aquicultora do estado de Sergipe, para obtermos os dados e conseguirmos políticas públicas específicas e eficazes. Todos concordaram e firmamos o compromisso para atingir o nosso objetivo”, avaliou Ana Patrícia.

Durante o encontro, o secretário Municipal da agricultura de Nossa Senhora do Socorro, David Lopes, falou da experiência de realização do censo da aquicultura e pesca. “Somos o primeiro município sergipano a fazer o censo. Os desafios são enormes, em termos de manter a equipe de pesquisadores, conquistar a confiança dos produtores e de tabulação dos dados. Mas a mensagem que eu deixo para os colegas secretários é a de que não desistam. Estes dados são fundamentais para avançarmos em termos de políticas públicas”, destacou.

Serviços para a população

No estande montado para a ocasião, a Seagri, por meio da Emdagro, ofereceu o cadastro e a coleta de 30 amostras de solo, que foram posteriormente encaminhadas ao Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe (ITPS) para análise. Além disso, foram distribuídas mudas frutíferas, entregues Cadastros da Agricultura Familiar (CAF) e fornecidas orientações técnicas aos agricultores locais.

“Essa iniciativa reforça o compromisso do governo em levar serviços essenciais e apoio à agricultura familiar diretamente às comunidades, fortalecendo o setor agrícola e promovendo o desenvolvimento sustentável em todo o estado de Sergipe”, destacou o diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) da Emdagro, Jean Carlos Nascimento.

Beneficiada com mudas de árvores frutíferas, a agricultora Marilene Demésio Pereira não escondeu a alegria em ganhar mudas de qualidades produzidas pela Emdagro. “Eu ganhei mudas de manga e pitanga e estou apostando que vou chupar frutas de qualidade”, disse a agricultora, que aproveitou o estande para tirar dúvidas sobre o CAF.

O agricultor José Neri da Cruz, da comunidade Caio Prado, em Santo Amaro das Brotas, veio buscar o resultado da análise de solo da sua propriedade. “Estou aqui hoje para pegar minha análise de solo que fiz com o apoio da Emdagro. Com essa análise, eu vou poder planejar melhor meu plantio e evitar perdas e desperdícios”.

Água para Todos

O diretor de Infraestrutura Hídrica da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), Ernan Sena, destacou a importância em participar desse projeto. “É o Governo do Estado, por meio da Coderse, hoje em Santo Amaro das Brotas, presente em mais um ‘Sergipe é aqui’. Para nós, uma cidade muito importante, porque nós temos o programa ‘Água para Todos’ sendo efetivado, por meio da perfuração de poços nos povoados Branquinha e Areias”, destacou.

Ernan Sena explica que são comunidades onde não há o abastecimento da Deso e, para fazer essa complementação, a Coderse vem atuando em todo estado. “Tivemos aqui, no dia de hoje, alguns atendimentos relativos à manutenção de poços na região. Como em todas as edições do Governo Itinerante, seguimos sempre à disposição da população sergipana”, completou o diretor.

Agricultura

‘Sergipe é aqui’ possibilita instalação de três novos sistemas de abastecimento de água rurais em Boquim

Investimento do Governo do Estado ultrapassa R$ 100 mil e vai ampliar o abastecimento de água no campo, acompanhando o crescimento da população nas localidades

Dois poços tubulares estão prontos para a etapa de instalação dos sistemas de abastecimento, e um terceiro está na fase de perfuração para ampliar a oferta de água a cerca de 440 famílias rurais de Boquim. As demandas foram levadas ao Governo do Estado durante a 1ª edição do ‘Sergipe é aqui’, iniciativa que transferiu a sede do Governo para aquele município do sul sergipano no fim de março.

A Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) executa a instalação desses sistemas de abastecimento de água comunitários em comunidades rurais, por meio da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), sua vinculada. O serviço atende a localidades distantes das redes convencionais de abastecimento urbano.

Até o momento, foram investidos, em recursos do Tesouro Estadual, aproximadamente R$ 100 mil na perfuração e bombeamento (com teste de vazão) dos poços dos povoados Mangue Grande e Meia Légua, etapas concluídas no fim de agosto, e na perfuração na Colônia Boquim, em  andamento.

O diretor-presidente da Coderse, Paulo Sobral, explica que o trabalho foi iniciado por geólogos, perfuratrizes, sondadores, técnicos, compressores e, agora, vai passar para a etapa da instalação. “Com os dados dos testes de vazão dos poços já prontos, a empresa vai instalar a bomba submersa, parte elétrica, tubulação, e em alguns casos, reservatório e chafariz. São poços que irão dar reforço ao abastecimento que já existe nessas comunidades e que tiveram aumento na população com o passar dos anos”, justifica Paulo Sobral. 

No Meia Légua, um poço perfurado em 1999 pela Coderse, abastece uma rede de distribuição de água residencial e chafariz geridos pela Associação de Desenvolvimento Agropecuário do Povoado e atende quase 300 famílias. O presidente da entidade, Cerisvaldo Cruz, conta que desde então, a demanda da comunidade só cresceu.

“Esse poço hoje não está tendo vazão, porque saímos de 60 casas para 236. Com a perfuração desse novo poço pela Coderse, que está faltando só a instalação de uma casa de bomba, vamos trabalhar todos os dias, porque hoje nós fazemos um rodízio na distribuição. Os moradores vão ficar satisfeitos com esse trabalho que acontece via Governo do Estado, do governador Fábio Mitidieri. Dando assistência ao nosso povoado”, revela Cerisvaldo Cruz.

Aposentada, nascida e criada no Meia Légua, Josefa dos Santos vive na comunidade com o marido e três filhos. Sua família doou o terreno onde foi perfurado o novo poço para atender à comunidade. “Foi para as pessoas terem mais água e fica melhor para todo mundo. Porque a água rende. Vai melhorar, graças a Deus”, agradece a moradora. 

Já a dona de casa Adeilde de Menezes, que também toda a vida morou no Meia Légua, acredita que a oferta de água vai ser ampliada com o novo poço da Coderse e recordou a época anterior à criação da rede de distribuição.  “Antes a gente só tinha um chafariz, lá embaixo e hoje a água chega nas nossas casas. A gente paga apenas uma pequena mensalidade e a água é muito boa, da associação”, disse.

“Aqui nós temos um projeto que vai viabilizar a vida da gente, vai melhorar bastante. Com esse novo poço, nós estamos confiantes que vamos ter uma qualidade de vida melhor”, expôs Josefa Gonzaga, que mora em frente ao novo poço do Meia Légua, acompanhou a etapa de bombeamento e afirmou que a água é muito boa.

Mangue Grande

Ainda em Boquim, no povoado Mangue Grande, fica o Residencial Alcides Bispo de Lisboa. Na localidade, 60 famílias são atendidas pelo abastecimento, mas existe projeto de ampliação para mais casas. Para tanto, a Coderse vai instalar reservatório com chafariz no poço já perfurado e bombeado.

José Vieira, agricultor e presidente da Associação de Moradores, aponta que o novo sistema de abastecimento vai mudar a vida de todos. “Vai beneficiar todos aqui nesse conjunto, fora os outros daqui perto, né? Ajuda em tudo”, externou José Vieira.

Iraci Bernardes mora há dois anos no Mangue Grande e acredita que o poço perfurado na localidade, com 65,5m de profundidade, vai oferecer uma água de boa qualidade. “Vai melhorar sim, eu moro bem perto, vai ser ótimo. Tomara que ela venha logo”. Mesmo desejo têm o aposentado José Santana, há oito anos no Residencial Alcides Bispo de Lisboa. “Esperamos que chegue rápido. E esse poço é uma das coisas que precisava há muito tempo. Antes não tinha um poço e agora tem. É necessário e muito”.

Pioneira da localidade, com um sítio antes da construção do conjunto residencial, Maria Aparecida Pereira celebrou a iniciativa do Governo de Sergipe. “Graças a Deus esse projeto aqui vai ser bem próximo da minha casa. Não vou precisar me locomover, nem gastar com água mineral. A expectativa é maravilhosa, não vejo a hora de inaugurar, para a gente poder usar. Veio ajudar bastante, não só o conjunto, como a população próxima que vai vir pegar água aqui também, para beber”.

Agricultura

Governo de Sergipe apoia Expo Pesca e destaca potencial do setor para a economia do estado

Evento acontece até sábado, 16 de setembro

O setor produtivo da pesca e aquicultura mobiliza várias atividades econômicas. Venda de insumos, rações, probióticos, alevinos, máquinas e equipamentos são elementos importantes, e muitas vezes até indispensáveis, para o sucesso da produção, e consequentemente no aumento da renda de pequenos e grandes produtores do ramo. É com essa perspectiva que o governo de Sergipe enxerga a cadeia produtiva da pesca, aposta em seu potencial e é um dos apoiadores da Expo Pesca e Aquicultura, evento que acontece até o dia 16 de setembro, no Centro de Convenções de Sergipe e tem atraído um grande público, inclusive de outros estados.

Para o produtor de camarão Elton Santos Cruz, de Nossa Senhora do Socorro, foi muito importante participar da Expo Pesca e conhecer as novidades do mercado. “O evento está muito bem organizado e estou muito satisfeito em fazer parte dessa cadeia produtiva. Há sete anos invisto no meu viveiro, de onde tiro em média 500 kg de camarão cinza por ciclo (de três em três meses) e conto com a ajuda de meu sogro e de meu cunhado”, disse ao ressaltar que a carcinicultura tem demonstrado ser uma atividade bastante viável e ajuda muito no complemento de sua renda familiar.

Noel Bispo, que também produz camarão de viveiro em Nossa Senhora do Socorro, afirmou que eventos como a Expo Pesca devem acontecer sempre, para movimentar ainda mais a cadeia produtiva. “Desde 2002 trabalho com o camarão e dele tiro o meu sustento e de minha família. Aqui na Expo Pesca, a gente tem oportunidade de trocar experiências e conhecimento, além de falarmos sobre o que pode ser melhorado e conseguirmos ajuda para continuarmos trabalhando no ramo”, pontuou.

Evandro Penha, da BRX aeradores, empresa paulista, veio a Sergipe para participar pela primeira vez da Expo Pesca e Aquicultura. “Viemos demonstrar nosso produto, o top aerador, que aumenta a produtividade nos tanques, possibilitando mais peixes e o ganho de peso mais rápido, com menos desgaste, provocado pela falta de oxigênio, assim como uma economia de ração e de energia elétrica bastante considerável”, explicou o representante da empresa, que é um dos expositores no evento e veio a Sergipe atraído pela perspectiva de fazer bons negócios no ramo.

Também participando pela primeira vez, a gerente comercial da Prilabsa, Pierina Pablo, veio a Sergipe demonstrar um aditivo que combate moluscos, peixes indesejados e parasitas, nos viveiros de camarão. “Sabemos que uma das maiores dores do produtor é com o gasto em insumos, por seu valor no mercado e nesse quesito não dá pra economizar, pois eles influenciam diretamente no tamanho do camarão e na sua produtividade, por isso desenvolvemos um produto natural que atua como agente de limpeza e não tem nenhum potencial nocivo para o ser humano”, disse.

Governo

Última atualização: 18 de setembro de 2023 09:31.

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