Seagri realiza atividade com mulheres pescadoras de Propriá

Bate-papo sobre protagonismo da mulher aconteceu durante o ‘Sergipe é aqui’

Durante a segunda edição do ‘Sergipe é aqui’, realizada na quarta-feira, 22, em Propriá, no baixo São Francisco sergipano, a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) promoveu uma atividade especialmente direcionada às mulheres que integram a Colônia de Pescadores e Aquicultores do município. Na oportunidade, as pescadoras participaram de uma roda de conversas sobre o tema ‘O protagonismo da mulher: nosso espaço, nossa voz’, tendo como mediadora a advogada Luiza Brito, onde puderam ser ouvidas e discutiram a respeito do seu papel na sociedade.

“Precisamos encorajar e dar voz às mulheres para que elas assumam o papel de protagonista de suas vidas, para que saiam dos bastidores e possam ser o que elas quiserem”, enfatizou a palestrante, ao provocar as mulheres presentes a um debate aberto e participativo. Através de uma dinâmica interativa, todas puderam se manifestar, escolhendo como sobrenome uma palavra que a definissem na vida. Assim, o bate papo fluiu de maneira descontraída. “Todas temos capacidade de aprender e de vencer. Para isso, vocês precisam ouvir apenas o que te leva para a frente, não se incomodando com a posição de fragilidade que muitos insistem em te colocar”, disse Luiza Brito, ao destacar que a mulher precisa se inteirar cada vez mais sobre seus direitos, para não deixar que ninguém cale a sua voz.

A pescadora Cleonice Leite, de 64 anos, gostou muito de participar da atividade e disse que iria sair dali mais confiante da importância de seu trabalho, que é a única fonte de renda da família. “Sou filha de pescadores e hoje trabalho junto com meu marido nessa profissão que garante nosso sustento. Temos barco de pesca e luto todos os dias para ajudar meu marido no que for necessário. Nossa vida não é fácil, mas me orgulho do que faço e estou sempre buscando aprender cada vez mais”, afirmou.

“Para nós foi muito gratificante receber o Governo do Estado em Propriá, para conhecer a nossa realidade. Isso representa um marco na história do município e a esperança de dias melhores para a pesca local, mesmo porque na nossa cidade não temos ações voltadas ao nosso setor”, enfatizou a presidente da Federação da Pesca de Sergipe (Fepesca), Dilma Silva.

Políticas públicas

Para a superintendente da Seagri, Ana Patrícia Guimarães, é importante criar e fortalecer políticas públicas para as mulheres. “As mulheres da pesca merecem o nosso olhar cuidadoso e o nosso compromisso em dar qualidade ao produto e à produtora. É com ações como essa que promovemos uma maior integração entre as pescadoras sergipanas e a Seagri”, destacou.

Ana Patrícia salientou, ainda, a importância da parceria que a Seagri tem feito com outras secretarias de Estado, a exemplo da Secretaria da Mulher, coordenada pela delegada Daniele Garcia, e a Secretaria da Assistência Social e Cidadania, sob titularidade da primeira-dama, Érica Mitidieri. “Inclusive, estamos felizes em anunciar aqui hoje que será realizado pelo Senar [Serviço Nacional de Aprendizagem Rural], outro parceiro nosso, um curso voltado para capacitação dessas mulheres empreendedoras, uma das demandas que já conseguimos atender”, ressaltou Ana Patrícia.

O secretário da Agricultura, Zeca da Silva, destacou o setor da pesca como um dos prioritários na pasta que está sob sua coordenação. “Agora temos um núcleo na Seagri para tratar exclusivamente da cadeia produtiva da pesca, dando uma maior assistência e ouvindo suas demandas. Inclusive, vamos buscar atendê-las com um tipo de financiamento especial, junto com o Banese [Banco do Estado de Sergipe], que consiga atender o setor para que possam desenvolver novos produtos”, pontuou.

Também o governador Fábio Mitidieri e a primeira dama Érica fizeram questão de cumprimentar as mulheres pescadoras de Propriá, levando uma palavra de otimismo para elas. “Podem estar certas de que nosso governo é parceiro das mulheres sergipanas e que vamos trabalhar para melhorar cada vez mais o setor da pesca em Sergipe”, afirmou o governador. “Vamos fazer o programa Mão Amiga da piscicultura para trazer ainda mais desenvolvimento e benefícios para nosso estado. Será um ano muito produtivo para Sergipe, não tenham dúvidas disso”, reforçou a secretária Érica.  

Fiscais agropecuários impedem entrada de carga de agrotóxicos clandestinos em Sergipe

Empresa alagoana dona da carga foi multada em mais de R$ 11 mil

Fiscais da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Seagri), interceptaram, no posto de fiscalização do município de Propriá, na região do baixo São Francisco, 3.360 litros de herbicida do princípio ativo 2,4-D. A tentativa de entrada ilegal da carga de agrotóxicos foi flagrada na madrugada de terça-feira, 21. O produto vinha do estado de Alagoas e se destinava à venda direta por estabelecimento não registrado na Emdagro.

No momento da abordagem, o condutor do veículo não apresentou aos fiscais o registro para comercialização, nem tampouco o receituário agrônomo, cuja cópia deveria estar anexada às notas fiscais, e acabou sendo autuado no local. O condutor informou ainda que os agrotóxicos seriam vendidos a um produtor do município de Laranjeiras.

Após a autuação, a carga foi conduzida pelos fiscais até o estado de origem e o suposto comprador foi orientado a não receber cargas desse tipo, sob pena de envolver-se na situação irregular promovida pela loja. “Toda revenda de agrotóxicos sediada em outra unidade federativa pode, sim, comercializar diretamente seus produtos a agricultores sergipanos, desde que obtenha previamente o necessário registro regulatório para o comércio na Emdagro”, afirmou a diretora de Defesa Animal e Vegetal da empresa, Aparecida Andrade.

Tratando-se de infrações de categoria ‘Grave’, conforme preconiza o Decreto Estadual n° 22.762/2004, e tendo sido uma ação flagrante, a empresa foi autuada em R$ 11.256,00 e, após o recolhimento aos cofres públicos, a carga foi liberada para retorno à origem, com escolta em diligência empreendida pela equipe de fiscalização do posto fixo.


Outros destaques

Emdagro orienta gestores municipais sobre feiras e eventos agropecuários

Gestores e organizadores terão 30 dias para regularizarem suas feiras e eventos

A diretoria de Defesa Animal e Vegetal da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) reuniu, na manhã desta terça-feira, 21, em Aracaju, gestores públicos para conscientizá-los sobre a importância da regularização de feiras e eventos agropecuários em seus municípios. Dentre as principais irregularidades identificadas pelo órgão de defesa está a ausência do profissional responsável técnico em exposições, feiras de animais, torneios leiteiros, leilões, vaquejadas, rodeios, dentre outros.

Os municípios que apresentaram alguma irregularidade na condução e organização de suas feiras e eventos agropecuários foram convidados para a reunião a fim de receberem orientações quanto ao enquadramento legal de cada uma delas. “Como há uma aglomeração muito grande de animais que ocorre semanalmente nesses municípios, e como esses municípios ainda estão pendentes de regularização, precisamos correr para regularizá-los diante dos riscos que essa circulação de animais de origem diferente pode causar. Há, por exemplo, a possibilidade de transmissão de doenças como a Brucelose”, disse a Diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade.

A diretora explicou ainda que a Emdagro está prestes a passar por uma auditoria pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), diante do processo de evolução do status sanitário do Estado no tocante à Febre Aftosa. “O Estado de Sergipe está passando por um processo junto ao Ministério da Agricultura de retirada da vacinação contra a Febre Aftosa, no qual deixaremos de ser zona livre da doença com vacinação para sermos zona livre sem vacinação. Então, o estado tem que estar todo organizado nessa questão de circulação de doenças de animais, e as feiras livres são os locais que mais oferecem esse risco, pela sua aglomeração”, acrescentou.

Além de citar a auditoria, Aparecida esclareceu que o Ministério Público Estadual (MPE) tem exigido o cumprimento da lei na realização de feiras de animais e eventos agropecuários. “Essa é uma preocupação do MPE, que se faça cumprir a lei. Se tem leis que dizem que essas feiras têm que ser regularizadas e a Emdagro não adota as medidas necessárias para que os gestores públicos e organizadores alinhem devidamente suas feiras, será o órgão quem sofrerá as sanções”, explicou.

Como definição, a Emdagro estipulou o prazo de 30 dias para que os municípios promovam a regularização das suas feiras e eventos agropecuários. “Eu hoje entendo essa preocupação da Emdagro. É uma nova realidade que todos nós, gestores públicos, organizadores, criadores e população têm que entender. As exigências não são nada extraordinárias. Nosso município já tem o responsável técnico, agora temos um prazo para adaptarmos espaços físicos”, comentou o prefeito de São Domingos, José Vagner de Oliveira.

Na ocasião, o presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos, participou da reunião reafirmando que a empresa pública é parceira e tem o compromisso de fazer o melhor para a população. “Quero cumprimentar a todos os presentes e dizer que a Emdagro não quer prejudicar ninguém, nem o município e nem o particular. O que estamos fazendo aqui é conclamar a todos que não meçam esforços para regularizar suas feiras de animais e que contem com a Emdagro para isso”, disse.

Enquadramento Legal

As feiras agropecuárias têm previsão legal na Lei n° 3.112, de 17 de dezembro de 1991; no Decreto Estadual n° 18.959, de 14 de julho de 2000 e na Portaria n° 76/2022. Estes dispositivos preveem que as entidades, instituições, empresas e pessoas físicas, promotores de exposições, feiras de animais, torneios leiteiros, leilões, vaquejadas, rodeios, provas equestres e outras aglomerações de animais devem ser registrados e credenciados no órgão competente. No caso de Sergipe, o órgão competente é a Emdagro.

Na ocasião da reunião, a coordenadora de Fiscalização Agropecuária da Emdagro, Lucila Flor Mariz, fez uma apresentação sobre as exigências legais que todos os envolvidos na realização das feiras devem adotar no momento.

Sergipe fecha 4º trimestre de 2022 superando média nacional na aquisição de leite

Os dados levam em consideração o leite captado nos laticínios que atuam sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária

Os resultados da pesquisa trimestral do leite divulgados nesta quarta-feira, 15, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) dão conta de que com 105,505 milhões de litros de leite adquiridos no quarto trimestre, Sergipe mantém-se no décimo lugar no ranking nacional, em relação à aquisição e industrialização de leite cru e o segundo do Nordeste, ficando atrás apenas da Bahia, com 133,480 milhões de litros.

Com este resultado, Sergipe alcançou um aumento de 8,5 milhões de litros em relação ao terceiro trimestre de 2022 e 26,1% na comparação ao quarto trimestre de 2021. Isso representa uma diferença de mais de 22,4 milhões de litros de leite. Os dados levam em consideração o leite captado nos laticínios que atuam sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária.

O secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), Zeca da Silva, vê com orgulho os resultados do beneficiamento do leite em Sergipe e aponta possibilidade de crescimento ainda maior este ano, com a chegada de mais um laticínio. “ Esse resultado confirma o potencial da iniciativa privada com investimento nas agroindústrias de leite, disponibilidade de crédito pelos agentes financeiros, como também pelo importante investimento em tecnologia por parte dos produtores que buscam cada vez mais a profissionalização em seus empreendimentos, além dos investimentos realizados pelo Governo de Sergipe. Nossa perspectiva é de que, com a chegada do laticínio Damare, o crescimento na aquisição do leite seja ainda maior agora em 2023”.

Sergipe cresceu no comparativo anual

Em âmbito nacional, os laticínios captaram 23,85 bilhões de litros em 2022. Isso representa uma queda de 5% frente a 2021. É a segunda queda consecutiva após o recorde observado em 2020. O IBGE ressalta que 19 das 26 Unidades da Federação participantes da Pesquisa Trimestral do Leite apresentaram retração do volume captada, sendo que as quedas mais intensas foram Minas Gerais (-353,18 milhões de litros), Goiás (-274,17 milhões de litros), Rio Grande do Sul (-209,45 milhões de litros), São Paulo (-163,42 milhões de litros) e Paraná (-84,98 milhões de litros). Por outro lado, Sergipe teve o aumento mais expressivo na comparação entre 2021 e 2022, com mais 78,28 milhões de litros.

O ano de 2022 foi marcado pelo alto custo de produção e por secas no Sul do Brasil, ocasionadas pelo fenômeno La Niña. A restrição da oferta de leite levou a cotações recordes no terceiro trimestre e ao aumento das importações para atender às indústrias. Esses fatores, combinados à demanda incipiente dos consumidores pelos derivados lácteos, contribuíram para a queda nacional da captação de leite no comparativo anual.

Emdagro realizou dia de campo sobre batata-doce

A produção da cultura em Sergipe ultrapassa a casa de 50 mil toneladas por mês _


Representando 64% da produção de batata-doce do Estado, o município de Itabaiana, na região agreste de Sergipe, foi palco da realização de um dia de campo sobre a cultura. O evento, promovido pela Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), em parceria com o Banco do Nordeste (BNB), Embrapa Tabuleiros Costeiros, Coderse, Secretaria Municipal de Agricultura de Itabaiana, ITPS e Sebrae, aconteceu no último dia 16, no Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Agroecologia – CDT e contou com a participação de produtores dos municípios de Itabaiana, Moita Bonita, Malhador e Ribeirópolis. O objetivo do dia de campo, que faz parte do Programa de Desenvolvimento Territorial da Cultura da Batata-Doce (Prodeter), foi levar conhecimento sobre a raiz, que representa uma alternativa de renda para o agricultor.


Na programação os agricultores presentes acompanharam palestras que versaram sobre solos e análise de solo, ministrada pelo Engenheiro Agrônomo da Emdagro Adailton dos Santos; Cultivares, nutrição e adubação no sistema convencional e orgânico, palestra realizada pela pesquisadora da Embrapa, Maria Urbana Nunes; e principais doenças da cultura da batata-doce e suas formas de controle, apresentado pela engenheira agrônoma da Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento Alimentar de Itabaiana, Susi Alves da Silva. Outros temas também apresentados foram o controle biológico de pragas e doenças, ministrado pelo pesquisador da Emdagro Marcelo Mendonça e pelo chefe do perímetro irrigado da Ribeira, Augusto César Barros; e comercialização do produto, apresentado pelo presidente da Cooperafes de Moita Bonita, José Joelito Costa.


“Esses dias de campo são muito importantes pela troca de experiência entre produtores e pesquisadores. Nesse de hoje, sobre a batata-doce, apresentamos uma nova variedade da raiz – a Ipomoea batatas – que é resistente às pragas e fungos, além da ser uma alternativa de renda para o agricultor, devido ao seu baixo custo de produção”, frisou o diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural da Emdagro, Jean Carlos dos Santos. “Atualmente são mais de 600 famílias envolvidas diretamente na produção e beneficiamento da cultura”, ressaltou.


Para a pesquisadora da Embrapa Tabuleiros Costeiros, Maria Urbana, os agricultores esperam novas esperanças no trato com a cultura da batata-doce. “Os agricultores têm muita experiência com a cultura, mas eles esperam de nós, pesquisadores, novos conhecimentos, novas esperanças, o que de melhor podemos passar para eles, para o que possa ser feito na prática que melhore seu sistema de produção e alavanque a cultura da batata-doce em Sergipe”, destacou.


O agricultor da comunidade Sítio Velho, município de Ribeirópolis, José Santos, que produz a raiz há duas décadas, em sua propriedade de pouco mais de 15 tarefas, destacou a importância de eventos como o dia de campo. “Produzo batata-doce há mais de 20 anos, tiro aproximadamente 800 sacas da raiz por mês e, ainda assim, a gente não sabe tudo. Por isso entendo o quanto é importante eventos como esse, porque traz para os agricultores as coisas novas que devemos utilizar, a fim de facilitar a nossa vida na lavoura”, disse.


Produção na região

A produção total da região produtora de batata-doce gira em torno de 50 mil toneladas, distribuídas em uma área de pouco mais de dois mil hectares.
O maior produtor de batata-doce do estado é Itabaiana, que representa 64% da produção, seguido de Moita Bonita, com 21,54%.

‘Sergipe é aqui’ terá serviços da Seagri e empresas vinculadas

Evento acontece na Escola Estadual Joana de Farias Barbosa, das 8h às 16h

Na próxima quarta-feira, 22, a Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) estará presente com suas vinculadas, Emdagro e Coderse, no ‘Sergipe é aqui’, em Propriá. No decorrer do evento, serão ofertados diversos serviços, a fim de acolher as demandas locais.

A Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) levará serviços para os produtores rurais, como emissão de Guia de Trânsito Animal (GTA), orientação e cadastro para o programa de vacinação contra brucelose e o cadastro de beneficiários no Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF). Mesmo quem  não é do setor agropecuário, terá oportunidade de conhecer mais sobre a produção.

A Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) estará participando da ação com informações sobre os critérios para perfuração de poços comunitários, atendendo a solicitação dos serviços de perfuração e testes de vazão; com orientações sobre sistema simplificado de abastecimento de água; e recebendo a solicitação de serviços de manutenção ou recuperação de sistemas de abastecimento de água. Também no local serão passadas informações sobre sistema de dessalinização da água, por meio do Programa Água Doce; bem como orientações sobre o Programa Água para Todos.

O secretário de Estado da Agricultura, Zeca da Silva, avalia como muito positiva a iniciativa de trazer os serviços para mais próximo da população. “Estamos trazendo as ações para mais próximo dos produtores, e um detalhe importante é de que no mesmo local estaremos com técnicos para tratar de vários assuntos ligados por exemplo à pecuária, agricultura, acesso à terra, regularização fundiária e tantos outros serviços. Então isso é muito positivo e permite respostas rápidas para o público”.

Encontro exclusivo com mulheres da pesca

No Sergipe é aqui, a partir das 11h, a Seagri também vai realizar uma reunião exclusiva com mulheres pescadoras. Segundo a superintendente Especial da Secretaria de Estado da Agricultura, Ana Patrícia Guimarães, a atividade pesqueira é uma das mais importantes para a economia da região e merece um tratamento especial. 

“Portanto, aproveitamos que estamos no mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher para fazer uma roda de conversa com as pescadoras com o tema “O protagonismo da mulher – nosso espaço, nossa voz”, disse Ana.


Agricultores familiares investem em pontos de vendas para escoamento da produção

Produção conta com apoio da assistência técnica e extensão Rural (Ater) desenvolvida pela Emdagro

Os elos do arranjo produtivo são compreendidos entre a produção, o processamento, a comercialização e a segurança alimentar. É assim que a Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), desenvolvida pela Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), vem trabalhando para o engrandecimento do homem do campo. Superado os dois primeiros elos, fica a cargo da comercialização o escoamento da produção para a geração de renda das famílias rurais.

Na perspectiva da comercialização, as vendas em pontos estratégicos têm sido a alternativa para pequenos agricultores, diante da facilidade no acesso dos consumidores, bem como do seu baixo custo na disponibilidade do espaço. E quem experimenta isso na prática é o agricultor da comunidade Moita Redonda, em Aquidabã, na região do médio sertão sergipano, Deoclécio Mariano dos Santos. Juntamente com outros produtores, ele comercializa sua pequena produção no ponto de venda localizado na SE-220, mais conhecida como rodovia Governador Valadares.

Deoclécio e outros produtores vendem no local abacaxi, macaxeira, mel de abelha, hortaliças e artesanato, estes dois últimos produzidos por agricultoras da comunidade Mocambo. Segundo informa, no local, que é um caminho com muita passagem de veículos, por ser de acesso ao alto sertão sergipano, o agricultor vende em média 200 abacaxis por dia. “Por ser o município de Aquidabã um dos maiores produtores de abacaxi do Estado, minha produção é sempre satisfatória e consigo vender o fruto ao preço médio de R$ 4,00, a unidade”, disse o agricultor.

“A gente já vinha pensando em fazer alguma coisa para vender nossos produtos. Foi quando tivemos uma palestra aqui na comunidade, com o coordenador de Comercialização da Emdagro, Wagner Brito, que abriu mais a mente dos agricultores, para os pontos estratégicos de venda da agricultura familiar”, disse o produtor rural Deoclécio, reconhecendo que a Emdagro sempre esteve entrelaçada com os agricultores da comunidade, trabalhando todos os elos do arranjo produtivo.

De passagem pelo ponto de venda, o autônomo do município de Nossa Senhora da Glória, James Barreto, considera muito mais prático parar no trajeto para comprar alguma coisa. “Passo sempre por aqui e vejo esses abacaxis na barraca e como é passagem, eu paro e compro por ser mais prático. Acho ótimo!”, comentou ele.

“Os produtores têm que entender bem da porteira para dentro da propriedade, mas não pode deixar de pensar da porteira para fora, por isso que, antes de produzir, ele tem que se organizar para que possa vender melhor seus produtos, através dos canais de comercialização”, ressaltou Wagner Brito, citando como exemplo o que está acontecendo com o ponto de venda da comunidade Moita Redonda.  

Governo do Estado revitaliza perímetro irrigado que produz alimentos e gera renda no alto sertão sergipano

Em 2022, produção do perímetro Califórnia alcançou 33.000 T e injetou mais de R$ 51 mi na economia de Canindé

Com obras e serviços de limpeza e reforma de canais, conserto de adutoras; recuperação de equipamentos, drenagem e limpeza em estações de bombeamento (EBs); recuperação de hidrantes, estradas e manutenção nos lotes; o Governo do Estado melhorou a oferta de água para irrigação e a segurança operacional do Perímetro Irrigado Califórnia, em Canindé de São Francisco, alto sertão sergipano. Mais confiantes na estrutura estadual, os agricultores irrigantes vão poder investir mais na produção.

Até serem completados os 100 dias da gestão estadual, é aguardada ainda a recuperação de 200 placas de concreto que compõem os canais de irrigação do perímetro, que continuam sendo limpos. Somando um investimento de quase R$ 700 mil só nos canais de Canindé, neste período. Os produtores agrícolas aprovam as ações das novas diretorias técnicas e gerência local da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri).

Um dos que comemoram é Arnóbio Pereira. Junto ao lote do produtor, no Setor 06 do Califórnia, havia um vazamento na tubulação que foi consertado. “O serviço foi muito bem feito. Com essa equipe nova, graças a Deus resolveu e a água está 100%. Porque a água era muito fraca, quase que não tinha pressão e depois que consertaram, melhorou muito”, avaliou.

“O California é o perímetro que tem a maior produção da agricultura familiar (mais de 33 mil toneladas em 2022). A irrigação pública estadual torna produtivo o solo seco do nosso semiárido. Gerando a renda, para os produtores, maior que R$ 51 milhões, no ano passado. Por isso, ele se tornou um canteiro de obras do início da gestão do governador Fábio Mitidieri para cá. O status de ‘companhia regional’ que a empresa alçou, começou com pé direito no alto sertão”, anunciou o presidente da Coderse, Paulo Sobral.

Foi na estrutura da Coderse que ocorreu o maior número de ações. Segundo o diretor de Irrigação da companhia, Júlio Leite, foi realizada a limpeza interna e externa dos canais de irrigação e nos reservatórios; a recuperação da tubulação principal; a manutenção nas bombas, seus motores e tubulações das EBs. Além da revitalização da iluminação, que começou, nesta semana, pelas EBs 100 e 02. “Agora o irrigante vai querer investir mais. Prova disso, são os 20 projetos de modernização de irrigação que nossos engenheiros agrônomos estão fazendo somente no Califórnia”, analisou.

EB-02

Estação que manda água para outras cinco EBs do Califórnia, a 02 recebeu serviços de manutenção em bombas e as obras de reconstrução da drenagem na plataforma da entrada, para eliminar danos às bombas provocados por alagamentos; e a perfuração de um poço alívio na barreira do reservatório. Nesta última, houve a colaboração técnica da Diretoria de Infraestrutura Hídrica da Coderse (Dinfra), responsável pela perfuração e instalação de poços para captação de água subterrânea.

“A perfuração na barreira do reservatório foi feita pelas equipes da Gerência de Perfuração (Geperf) e serve para evitar que ocorram vazamentos, ao preencher o poço com material permeável. Toda água do perímetro passa por esta pequena barragem. Água que o Estado tem custos com energia elétrica para trazer do Rio São Francisco, todo dia, e não pode ser desperdiçada”, avaliou o diretor da Dinfra Ernan Sena.

O produtor irrigante Marciano Mariano, do Setor 05, parabeniza a atual gestão e gerência da Coderse pelas obras executadas na EB-02. “Eu acho certo não só criticar a administração. É elogiar na hora que for preciso e criticar na hora que for preciso. Parabéns, é isso que nós esperamos de vocês”.

 Serviços nos lotes

Segundo o gerente do perímetro Califórnia, Jonathan da Mota, nos lotes foram reparados os vazamentos nas tubulações, como aconteceu próximo de Arnóbio Pereira. Mas ainda houve consertos ou a reposição dos hidrantes e a construção de drenagem, para evitar o alagamento em lotes.

“Em alguns lotes, foi realizando serviço solicitado pelos produtores, de abertura de um dreno. Evitando assim a danificação dos pastos irrigados. Também havia um vazamento que se perpetuava por muito tempo e por solicitação do senhor Arnóbio, viemos com a equipe da Coderse realizar a manutenção”, confirmou o gerente Jonathan.

Sergipe realizará simulado de preparação para que estado obtenha certificado de zona livre de febre aftosa sem vacinação

Ação acontecerá nos dias 27 a 31, em Aracaju e Lagarto, com o objetivo de treinar médicos veterinários em respostas rápidas e efetivas às possíveis ameaças da doença

Há 27 anos como zona livre da febre aftosa com vacinação, Sergipe agora está em vias de obter também o certificado de zona livre da doença sem vacinação. Para isso, o menor estado da federação precisa estar preparado para qualquer tipo de emergência. Diante dessa realidade, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) estará realizando, no período de 27 a 31 de março, o primeiro simulado de atendimento à suspeita de febre aftosa, com o objetivo de treinar médicos veterinários em respostas rápidas e efetivas às possíveis ameaças da doença.

O simulado conta com o apoio e metodologia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e está dividido entre aulas teóricas e práticas, que acontecerão em dois momentos. As aulas teóricas serão realizadas em Aracaju, nos dias 27 a 29 e as aulas práticas, nos dias 30 e 31, no município de Lagarto, região centro sul de Sergipe. Serão abordados temas como a implementação das ações do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNFA), a situação epidemiológica na América do Sul, os aspectos clínicos e epidemiológicos da doença no mundo e, na parte prática, um simulado de campo, em quatro propriedades já definidas.

De acordo com a diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade, o treinamento é de fundamental importância para o processo de retirada da vacina contra a febre aftosa no Estado. “O simulado tem como objetivo fortalecer os conceitos a respeito da epidemiologia, vigilância e ocorrência da febre aftosa. Também sobre os procedimentos a serem aplicados em cada uma das fases de investigação, de uma suspeita de doença vesicular, no atendimento de animais, colheita de material, biossegurança e fase de alerta dos casos suspeitos e prováveis de doença vesicular”, explicou.

O diretor-presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos, vê com muita expectativa toda essa movimentação de retirada da obrigatoriedade da vacinação, nos próximos anos, em Sergipe. “Com a realização do simulado, o estado demostrará ao Ministério da Agricultura que estará preparado para a retirada obrigatória da vacinação contra a febre aftosa. Por meio dessa ação, teremos a oportunidade de treinar os médicos veterinários do serviço oficial da empresa, naquelas ações que devem ser tomadas, diante de uma situação real de emergência sanitária”, frisou.


Emdagro vai realizar Dia de Campo sobre a batata doce em Itabaiana

Ação acontecerá no Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Agroecologia (CDT), das 8h às 12 h, com produtores dos municípios de Itabaiana, Moita Bonita, Malhador e Ribeirópolis

A Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), realizará um ‘Dia de Campo’, no próximo dia 16 de março, no perímetro irrigado de Jacarecica I,município de Itabaiana, região Agreste do estado. A ação acontecerá no Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Agroecologia (CDT), das 8h às 12h, com produtores dos municípios de Itabaiana, Moita Bonita, Malhador e Ribeirópolis, especialmente os cadastrados no Programa de Desenvolvimento Territorial da Cultura da Batata-Doce (Prodeter) .

A batata-doce (Ipomoea batatas) representa uma boa alternativa de renda para o agricultor, especialmente pelo baixo custo de produção e por apresentar ciclo curto, que propicia um fluxo regular de capital na produção. 

Em Sergipe, essa cultura está distribuída em uma área de 3.292 hectares, localizada, principalmente, em Itabaiana, com 64,6% da produção, e Moita Bonita, com 21,54%. Mais de 600 famílias estão envolvidas diretamente no sistema de produção e beneficiamento da batata doce, enquanto várias outras famílias atuam na comercialização do produto, o que demonstra a importância social e econômica da cultura em Sergipe.

Durante toda a manhã do dia 16 de março serão debatidos assuntos relacionados à tecnologia de cultivos e a comercialização da batata doce, conforme programação a seguir:

8 horas – Inscrição com

Equipe da Unidade Local da Emdagro, em Itabaiana.


1ª ESTAÇÃO – ABERTURA

Jean Carlos Nascimento Ferreira – Diretor Técnico da Emdagro;

Lorena Souza – Secretária de Agricultura, Pecuária e Abastecimento Alimentar; Rogério Evangelista Silva – BN – Coordenador do Prodeter da Cultura da Batata-doce.


2ª ESTAÇÃO

Solos e interpretação de análise de solos –

Adailton Santos – Eng. Agrônomo da Emdagro.


3ª ESTAÇÃO

Cultivares, Nutrição e Adubação no Sistema Convencional e Orgânico

Maria Urbana Correia Nunes – Pesquisadora da Embrapa Tabuleiros Costeiros.


4ª ESTAÇÃO

Principais doenças da cultura da batata-doce e métodos de controle cultural

Susi Alves da Silva – Eng. Agrônoma da Sec. Municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento Alimentar.


5ª ESTAÇÃO

Controle Biológico de pragas da cultura da batata-doce Marcelo Mendonça – Coordenador de Pesquisa da Emdagro e Augusto César Rocha Barros – Chefe do Perímetro Irrigado da Ribeira.


6ª ESTAÇÃO

Comercialização da Batata-doce

José Joelito Costa Santos – Cooperafes de Moita Bonita


7ª ESTAÇÃO – (Experimento de Batata-doce)

Avaliação do Experimento de Batata-doce (Debate e avaliação)

Waltenis Braga Silva – Extensionista da Emdagro/ Gestor do CDT da Emdagro

Governo

Última atualização: 14 de março de 2023 09:44.

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