Emdagro alerta para cuidados na realização de eventos agropecuários

Procedimento visa evitar risco de transmissão e disseminação de enfermidades em animais oriundos de diferentes procedências

Gestores públicos, organizadores de feiras de animais, exposições, concurso leiteiro, leilões, cavalgadas, dentre outros eventos agropecuários, devem estar atentos ao que determina a Lei Estadual número 3112/91 e Decreto Estadual número 18.959/2000. Quem faz o alerta é a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), diante dos riscos de transmissão e disseminação de enfermidades em eventos dessa natureza. Para tanto, o órgão estará reforçando as orientações para esse público.

A diretora de Defesa Animal da Emdagro, Aparecida Andrade, reforça que o trabalho de fiscalização da empresa visa o cumprimento da legislação. “Considerando a importância dos eventos pecuários, bem como a necessidade de disciplinar, padronizar, controlar e fiscalizar as atividades zoo-sanitárias, em consonância com as normas legais e regulamentares de defesa sanitária animal do Estado, a Emdagro continuará seu trabalho de fiscalização em conformidade com a legislação”, disse a diretora. Ela alerta para a necessidade de priorizar os aspectos relacionados às condições sanitárias, atestados de vacinação e a exigência de Guias de Trânsito Animal (GTAs).

Segundo Aparecida, para a realização de eventos pecuários de forma legal é necessário que os seus realizadores, sejam eles pessoas físicas, jurídicas, públicas ou privadas, obtenham o registro junto à Emdagro. “Além disso, eles precisam, obrigatoriamente, comunicar ao órgão estadual num prazo de 15 dias antes da realização do evento, caso contrário correm um sério risco de não realizá-lo”, orientou a diretora.

O presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos Silva, vai mais além e destaca que o papel do Estado, por meio da Emdagro, na garantia da sanidade animal, é o que torna os eventos agropecuários um sucesso. “Todas as medidas adotadas pela equipe de fiscalização são tomadas fazendo valer a legislação, isso é o mínimo que deve ser feito na proteção dos animais que participam desses eventos, assim como resguardar o plantel do estado de possíveis doenças que causem riscos incalculáveis aos criadores e à economia do Estado”, pontuou.

Exigências

Gestores públicos, proprietários de estabelecimentos ou promotores de eventos agropecuários que desejarem promover feiras, exposições e leilões de animais, vaquejadas, concursos leiteiros ou cavalgadas deverão solicitar autorização à Emdagro por meio de Requerimento de Cadastro do Promotor de Evento Agropecuário e do Responsável Técnico (RT). O formulário pode ser encontrado no site. “Além do requerimento, os interessados deverão preencher um termo de compromisso, garantindo a acatar todas as exigências legais para a realização de eventos desse tipo”, explica Aparecida.

Os requisitos para a aprovação do formulário passam pelo cadastro do proprietário e da propriedade na Emdagro, a presença de um médico veterinário habilitado como responsável técnico, com vínculo no respectivo evento. Além disso, as instalações deverão atender às exigências para o seu regular funcionamento, a exemplo da existência de embarcadouro/desembarcadouro, curral para recepção dos animais, acesso único e recinto totalmente cercado. Também precisam dispor de pedilúvio após o curral de recepção, curral de isolamento de animais em casos de sintomas clínicos de enfermidades, bebedouros higiênicos e água potável, bomba de desinfecção das instalações e dos caminhões, sistema de captação de detritos oriundos dos currais, e sala de apoio próximo ao desembarcadouro, para a Defesa Agropecuária e RT, com estrutura física e de equipamentos para a emissão da Guia de Trânsito Animal.

Seagri leva orientação sobre Garantia-Safra ao Sealba Show

A participação dos municípios é cada vez mais importante, desde o cadastramento dos agricultores, contribuição no aporte financeiro e elaboração dos laudos para os casos de perda de safra

O programa Garantia-Safra foi tema de encontro específico dentro da programação do segundo dia do Sealba Show, evento do agronegócio realizado no município de Itabaiana, no agreste de Sergipe. O secretário de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca, Zeca Ramos da Silva, fez a abertura do debate, destacando que o governador Fábio Mitidieri quer ampliar as ações do programa que funciona como um seguro para os agricultores familiares. Ele chamou a atenção para o aumento no valor do benefício em 2023 de R$ 850 para R$ 1.200 por agricultor que perder a safra.

Ele disse que como se trata de um programa realizado em parceria com os municípios e com o governo federal é cada vez mais importante a aproximação e o diálogo entre os que fazem o programa funcionar. “A participação dos municípios é cada vez mais importante, desde o cadastramento dos agricultores, contribuição no aporte financeiro e elaboração dos laudos para os casos de perda de safra. Por este motivo, apelo para que as secretarias municipais procurem ser mais ágeis na participação”, pontuou Zeca.

Participação do estado

Segundo a coordenação estadual do Garantia-Safra, feita pela Seagri, na gestão do secretário Zeca da Silva, já no ano passado houve um aumento de 4.155 agricultores em relação à safra anterior, passando para 17 mil agricultores familiares que confirmaram a adesão ao programa. Também aumentou de 20 para 24 os municípios sergipanos participando desse programa. Destaque para o retorno dos municípios de Carira, Canhoba, Pinhão e Poço Verde ao programa, resultados alcançados pelos incentivos e divulgação que a Secretaria de Estado realizou junto com os municípios. O Governo do Estado, por meio da Seagri, investiu R$ 1,7 milhão como contrapartida estadual.

O coordenador estadual do programa, Sergio Santana, explicou que o Garantia-Safra se encontra em duas fases importantes, que são o pagamento para quem perdeu a safra anterior 2021/2022 e as inscrições para adesão dos agricultores para a próxima safra 2022/2023, que encerra período de plantio em junho. “Neste mês de janeiro de 2023 circularam nos municípios cerca de R$ 9,3 milhões pagos aos 10.954 agricultores de 12 municípios que tiveram suas perdas de safra reconhecidas. Sobre as inscrições para a safra 2022/2023, estão abertas e ocorrem até o dia 21 de fevereiro. Até o momento, já foram contabilizados 13 mil  cadastrados”, destacou.

Dúvidas e dificuldades dos secretários

A principal dúvida dos secretários municipais é quanto aos critérios de reconhecimento de perda de safra. De acordo com Sérgio Santana, para reconhecer a perda da safra são analisados, além do laudo do município, os dados do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “A confirmação se dará se o laudo de apenas um dos órgãos coincidir com o do município, não sendo necessária a validação de todos juntos”, explicou Sérgio Santana. A principal dificuldade está no cadastramento dos agricultores que agora precisam fazer o Cadastramento de Agricultor Familiar (CAF) que requer comprovação dos documentos. Portanto, é um processo mais demorado.

Sealba Show iniciou mostrando a força do setor agropecuário sergipano

Apoiador da maior feira do segmento em Sergipe, governo está presente no evento por meio da Seagri. No estande, visitantes terão acesso a informações e oferta de serviços e atuação da secretaria

Com apoio do Governo do Estado, teve início nesta quarta-feira, 1º, o maior evento do agronegócio de Sergipe. O Sealba Show acontece no Parque Cunha Menezes, às margens da BR-235, em Itabaiana, no agreste sergipano, até o próximo sábado, dia 04, e promete movimentar a economia da região. A proposta é reunir um público de 20 mil pessoas, nos quatro dias de evento, em torno de palestras, fórum de discussões e comercialização de produtos agrícolas, entre outras atividades. A Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) estará presente todos os dias do evento, por meio da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), com uma vasta oferta de serviços e informações.

No estande da Seagri, os produtores rurais, autoridades, técnicos, empresas do ramo agrícola e veículos de comunicação poderão adquirir informações relacionadas à área de atuação da Emdagro, a exemplo da defesa animal e vegetal, culturas e criações, sobre a regularização de laticínios e fundiária, bem como fazer o cadastro para adquirir a certificação de que é agricultor familiar. Também no local, técnicos da Coderse estarão disponíveis para falar sobre as ações realizadas pela companhia, como as etapas para perfuração, teste de vazão e instalação de poços, adquirir informações sobre a manutenção e recuperação de poços e seus sistemas de abastecimento comunitários, entre outros serviços oferecidos pela companhia.

Uma ampla programação vai marcar a realização dos quatro dias de evento que se volta ao campo para tratar da relevância da agricultura e marcar o início do plantio de mais uma grande safra de grãos para o agreste sergipano. O evento foi aberto às 7h desta quarta-feira, com um café da manhã e vários estandes expositores, com toda estrutura montada em um espaço de 65 mil metros quadrados, com área coberta de 1.250 metros quadrados, disponível para estandes comerciais, restaurantes e banheiros. No local, os visitantes também poderão contar com estandes externos, estacionamento para 800 veículos, segurança e área de demonstração.

A feira Sealba Show está em sua segunda edição e já é considerada a maior vitrine do agronegócio da região, ficando entre as três maiores da região Nordeste em volume de negócios. As maiores empresas de máquinas, implementos, insumos, veículos, genética e serviços marcam presença, o que torna o evento uma excelente oportunidade de realizar negócios, promover a sua marca e ficar em dia com as novidades do mercado.

Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe leva mais qualidade de vida e infraestrutura ao campo

Mudança de Cohidro para Coderse vai além do nome e visa atender outras carências da população rural

Ao se transformar em Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), a antiga Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação (Cohidro) ganhou status de atuação em todos os 75 municípios, abrindo diálogo e mecanismos para captação de recursos das esferas municipal, estadual, federal e até internacional, a fim de desenvolver novas políticas públicas que atendam outras necessidades do meio rural, além da carência hídrica que a Cohidro já supria.

A mudança também favorece o diálogo com os poderes Executivo e Legislativo, de onde recursos originários de fundos, programas e emendas parlamentares possam dar o empuxo necessário à promoção de meios de geração de emprego, renda, produção de alimentos e qualidade de vida para a mulher e o homem do campo.

Antes, enquanto Cohidro, a companhia estava restrita a administrar os seus seis perímetros irrigados, limitados a setores de sete municípios; cuidar e fiscalizar os contratos de concessão do Platô de Neópolis (que também abrange Japoatã) e da Central de Abastecimento (Ceasa) de Aracaju; e a perfurar, instalar e recuperar poços, barragens e cisternas.

Segundo o diretor-presidente da Coderse, Paulo Sobral, serão ampliados os serviços que a antiga Cohidro fazia, mas outras ações de infraestrutura, aquisição de equipamentos e saneamento rural farão parte do leque de atuação da nova companhia. Para tanto, o diretor informa que vários processos licitatórios estão em andamento acelerado.

“A Coderse chegou, e chegou de verdade. Terão comunidades rurais em que a gente vai poder trabalhar a parte de calçamento, de esgotamento, e também adquirir máquinas e implementos para fortalecer a cadeia produtiva das localidades, melhorando a infraestrutura e gerando qualidade de vida, com mais saúde e renda para quem vive no campo”, destacou Paulo Sobral, ao observar que a Coderse vai fazer essa ação direta e concreta com os municípios, em parceria com as comunidades e associações rurais.

Para ele, com a Coderse, um ciclo de ações governamentais será promovido para elevar os níveis de desenvolvimento humano no meio rural, refletindo no ambiente urbano. “Isso é a base. Se você produz água, se você produz qualidade de vida para o homem do campo, automaticamente você dá condições para que ele produza comida. Você está fechando um ciclo de extrema importância para o estado”, complementou o presidente da companhia estadual.

Captação de recursos

A maior parte das novas políticas públicas encabeçadas pela Coderse, em vista de promover qualidade de vida à população rural, partirá da Diretoria de Infraestrutura Hídrica e Mecanização Agrícola. O diretor Ernan Sena considera importante a mudança, para favorecer a captação de recursos e promover serviços e obras. “Sabemos que um dos limitadores da Cohidro era a falta de recursos. Com a mudança no estatuto para Coderse, teremos uma melhor condição de captação financeira, viabilizando a exploração do grande potencial que essa empresa tem e cumprindo a sua função social. A expectativa é muito boa, vamos trabalhar duro para conseguir aumentar o número de realizações da empresa”, avisou Ernan Sena.

Reestruturação

Diretor de Irrigação de Desenvolvimento Agrícola da Coderse, Júlio Leite destaca que com a companhia maior e mais aberta à captação de recursos do que era a Cohidro o seu setor poderá melhorar os serviços oferecidos nos seis perímetros irrigados, e até ampliar a sua atuação.

“A intenção é recuperar mais da infraestrutura dos perímetros, construída em meados dos anos 80, ao mesmo tempo em que queremos ampliar essa atuação para mais localidades rurais. A irrigação é, sem dúvida, essencial à atividade agrícola e também à pecuária, na maior parte do nosso estado, em regiões onde a chuva é bastante irregular, quando não é escassa”, pontuou Júlio Leite.

Recursos humanos

O diretor Administrativo e Financeiro (Diraf) da Coderse, Thomas Jefferson da Costa, falou da expectativa de crescimento das ações da empresa. “Sinto-me feliz e honrado por fazer parte deste momento tão importante da instituição. Eu conheço o trabalho da Cohidro há muito tempo e, apesar do pouco tempo no cargo, posso dizer que agora como Coderse ela reúne todos os elementos para dar um grande salto nos próximos anos”.

Será na Diraf que muitas das novas funções da Coderse irão tomar forma, nos setores de recursos humanos, licitações e financeiro. “Além do quadro de profissionais competentes, temos todo o respaldo do nosso secretário de Estado da Agricultura, Zeca da Silva, e do nosso governador Fábio Mitidieri”, completou Thomas Jefferson da Costa.


Conquista de selo para comercialização no território nacional impulsionará produção de lácteos em Sergipe

Com a aprovação do Ministério da Agricultura da adesão ao Sisbi Lácteos, Sergipe terá um grande avanço com relação à produção de leite e queijos aqui no estado

Há oito anos, a Queijaria Fazenda Nova dava seus primeiros passos, com a produção artesanal em Nossa Senhora da Glória, no alto sertão de Sergipe. Com a ajuda do Governo do Estado e outros parceiros, a pequena empresária Joseane da Costa inaugurou, na sexta-feira, 27, a sede do empreendimento. A conquista foi incentivada pelos esforços do Estado para regularizar as pequenas queijarias.

Além da inauguração, Joseane e os produtores da região têm mais um grande motivo para comemorar, já que na última quarta-feira, 25, o governador Fábio Mitidieri conseguiu, em seu primeiro mês de gestão, a autorização para ampliação do escopo do Serviço de Inspeção Estadual da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) para atuação na área de leite e derivados, o que possibilitará que os produtores sergipanos tenham a validação pelo Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA). A conquista foi resultado da defesa de Fábio em prol dos produtores sergipanos.

O secretário de Estado da Agricultura, Zeca da Silva, explicou que, com o Sisbi, os laticínios produzidos em Sergipe poderão ser vendidos em todo o Brasil. “É um momento de muita alegria, resultado do trabalho do Governo do Estado, da Secretaria da Agricultura, incentivada e cobrada pelo governador Fábio Mitidieri, que desde o primeiro dia de trabalho, da primeira reunião, deu muita ênfase para que a secretaria tenha uma atenção especial com a bacia leiteira. E o Sisbi realmente é uma conquista para todo o estado. Foram muitas idas e vindas a Brasília, muita luta, mas, com o prestígio do governador, tivemos essa conquista que dará oportunidade a todas as agroindústrias sergipanas de colocarem os seus produtos nas prateleiras Brasil afora. Essa é a grande importância: dar a condição e regularizar para que as empresas que estejam com o certificado, formalmente, possam vender seus produtos por todo o país”.

Joseane, que também é presidente da Associação de Queijeiros Sertão Forte, relata que a notícia foi muito festejada pelos produtores. “Sem o apoio do Estado, a gente não estaria aqui hoje realizando esse grande sonho. E mais outra sorte é que agora vamos poder vender nossos queijos para todo mundo, os queijos sergipanos vão poder estar em qualquer lugar onde o cliente desejar”, afirma, ao externar gratidão ao governo por todo esforço para que os produtores tivessem essa conquista. “Sergipe vive um momento ímpar. Todo mundo ficou encantado, muito feliz, era um sonho nosso para todos nós, queijeiros”, acrescenta a empresária.

Certificação

A alegria de Joseane, na sexta-feira, foi ainda maior, porque ela recebeu oficialmente o Certificado do Serviço de Inspeção Agroindustrial, Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal no Estado de Sergipe SIE/SE, do Governo do Estado.

De acordo com o presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos, as certificações são fundamentais para a expansão de mercado dos produtos sergipanos, garantindo maior desenvolvimento econômico para as regiões produtoras e todo o estado. “O certificado é muito importante para geração de emprego e renda. Hoje são 11 e queijarias que já têm o Selo de Inspeção Estadual e mais 51 já solicitaram. E, com o Sisbi, há a possibilidade de vender os produtos para outros estados e para fora do país. É um avanço muito importante. O critério de avaliação e acompanhamento não pode falhar, porque o que está em jogo é a saúde dos sergipanos e dos brasileiros. As empresas podem solicitar o Sisbi à Emdagro e, atendendo as normas, já possuindo o SIE – o Selo de Inspeção Estadual – é interesse da empresa facilitar, desde que se atenda aos requisitos”, pontua o gestor.

A diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade, reforça que os produtores devem procurar a empresa para solicitar a adesão ao Sisbi ou ao SIE. “Agora, com a aprovação do Ministério da Agricultura da adesão ao Sisbi Lácteos, Sergipe terá um grande avanço com relação à produção de leite e queijos aqui no estado. Aqueles laticínios que já têm inspeção estadual podem procurar a Emdagro para atualizar a documentação e fazer a adesão. Com a adesão, os rótulos das embalagens precisarão ser modificados para conter o selo de reconhecimento nacional. E quem ainda não tem o certificado estadual nos procure, que a gente orienta, pois queremos bastante que todos tenham essa conquista, que é uma questão de saúde pública. E é bom que o consumidor, quando for comprar qualquer produto lácteo, veja se tem um selinho da Emdagro ou se tem do Sisbi, para consumir com segurança”, frisa.

Abertura de mercado

Segundo o superintendente federal da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em Sergipe, Haroldo Araújo, a atuação do Estado junto ao Ministério da Agricultura é essencial para o crescimento dos empreendimentos sergipanos. “Fomentar a regularização é um processo muito positivo para Sergipe. Ter o Sisbi não é só fazer com que os estabelecimentos cumpram a lei, é fazer com que eles, cumprindo a lei, estejam abertos a mercados e gere mais renda e rentabilidade para o seu próprio negócio. Então é esse o intuito da gente, junto com essa parceria com o Estado, para valorizar e incentivar cada vez mais outros estabelecimentos que se regularizem”.

A produtora Edjane Barros, da Laticínios Ouro Bom, já vislumbra a venda dos seus produtos em outros estados. Conforme a empresária, a conquista do certificado do Sistema Brasileiro de Inspeção é um marco para a região produtora de leite de Sergipe. “Tivemos muita assistência da Seagri e Emdagro. Já temos o certificado estadual, que foi muito importante, porque já produzimos uma boa quantidade de queijo. Conquistar esse selo foi maravilhoso, muito importante para os nossos empregos e para nossa renda também. E o Sisbi para gente é um marco, para podermos vender nossos produtos não só dentro do estado. Como a gente já tem uma quantidade de queijo boa, vai ser uma benção. O Sisbi já era esperado por nós há muito tempo”.

A fábrica de Edjane produz cinco mil quilos de lácteos por dia e emprega 64 pessoas diretamente, sem contar os empregos gerados indiretamente. “A gente tem mais de 300 produtores dos quais compramos leite, são nossos fornecedores. E quando tivermos o selo do Sisbi queremos crescer ainda mais”, garante a empreendedora.

Técnicos da Emdagro se reúnem para discutir projeto de citricultura aprovado pelo BNB em Sergipe

Governo do Estado, por meio da empresa, vai oferecer suporte técnico especializado para metodologia a ser empregada nos eventos de campo

Técnicos da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), participaram de reunião para consolidação do Projeto Resgate da Citricultura Sustentável no Território Sul Sergipano. O encontro ocorreu no município de Indiaroba, no sul do estado, na última quinta-feira, 26.

O projeto, que foi contemplado com recursos do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundeci), visa um maior controle da infestação de pragas na cultura da laranja nos pomares de 60 produtores localizados em municípios como Estância, Santa Luzia do Itanhy, Indiaroba, Umbaúba, Cristinápolis e Tomar do Geru.

A técnica da Emdagro Maria Cleusa participou das discussões, juntamente com os membros do Grupo Gestor Territorial (CGT) do Plano de Ação Territorial do Programa de Desenvolvimento Territorial (Prodeter) do Banco do Nordeste e da Cooperafir. Também participaram o prefeito de Indiaroba, Adinaldo Nascimento, além de secretários, técnicos e citricultores do município e também de Cristinápolis, Tomar do Geru e Umbaúba.

Fortalecimento da citricultura

De acordo com Maria Cleusa, na execução do projeto serão realizados diagnósticos participativos nas áreas produtivas para a identificação das tecnologias que mais se adequam à realidade local, sempre com foco em práticas de manejo sustentáveis, para restabelecimento do equilíbrio ecológico, visando o resgate da tradição do cultivo da laranja.

Como consequência das ações integradas para controle de pragas, ela disse que é esperado um aumento significativo da produtividade, fortalecendo o desenvolvimento da cultura na região, com resultados econômicos satisfatórios.

Segundo Maria Cleusa, tais resultados só serão conseguidos com o empenho, união e colaboração de todos os parceiros do projeto. “A Emdagro vai oferecer suporte técnico especializado para metodologia a ser empregada nos eventos de campo programados, bem como apoio nas organizações dessas metodologias”, esclareceu.

Participaram também da reunião o responsável pelo programa Agente de Desenvolvimento, da agência do BNB em Estância, Djalma Cardoso de Lima Neto; o gerente executivo estadual da Superintendência do BNB/SE, Lenin Falcão; e o presidente da Cooperafir, Marcos Paulo Pereira dos Santos.

Governo de Sergipe garante investimentos em Brasília para agropecuária, saúde e infraestrutura

Encontros com ministros tiveram o propósito de fortalecer relações e de garantir suporte a políticas públicas

O diálogo entre os executivos estadual e federal estabelecido em visita do governador Fábio Mitidieri a Brasília continua rendendo bons frutos para Sergipe, com a articulação de investimentos e apoios institucionais. Após agenda de reuniões realizada na quarta-feira, 25, que resultou em notícias positivas para as áreas da agropecuária, saúde e infraestrutura, o governador segue participando de audiências com ministros e lideranças durante esta quinta-feira, 26.

Ao longo do dia 26, a comitiva sergipana deverá se encontrar com o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, e com o ministro da Educação, Camilo Santana. A programação inclui, ainda, presença no Escritório de Representação do Governo de Sergipe em Brasília e reunião com o Fórum Nacional de Governadores. Este encontro antecede a reunião entre o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e os governadores, marcada para a sexta-feira, 27.

Em entrevista concedida à Rio FM Aracaju, na manhã desta quinta-feira, 26, o secretário de Estado da Casa Civil, Jorginho Araujo, que acompanha o governador em Brasília, fez um balanço dos temas tratados até o momento. O secretário apresentou, ainda, a agenda e expectativas para os próximos encontros previstos.

Infraestrutura

Em reunião com o ministro dos Transportes Renan Filho no dia 25, a duplicação da BR-101 foi uma das pautas principais, com a garantia de investimentos da ordem de R$ 160 milhões. A perspectiva para conclusão da obra é para o primeiro semestre de 2024. Além desta, outras obras estão previstas para o horizonte próximo.

“Saímos da reunião com um sentimento de muita esperança e concretude. São recursos da monta de R$ 250 milhões, que incluem, além da BR-101 Norte, R$ 60 milhões para a BR-235, no trecho da divisa com a Bahia. Tivemos também a garantia de recursos para a BR-101 Sul, para o trecho de Estância até a divisa com a Bahia em Cristinápolis. É um projeto que depende de mais recursos, mas foi garantido que já há R$ 30 milhões no orçamento”, afirmou o secretário da Casa Civil.

A ponte que deverá ligar os estados de Sergipe e Alagoas por meio dos municípios de Neópolis e Penedo foi mais um dos assuntos tratados. “É uma grande obra que está no radar do Ministério dos Transportes, e a gente espera que em breve tenhamos boas notícias”, resumiu Jorginho.

Agropecuária

Para os produtores rurais, a novidade é a garantia de que as queijarias de Sergipe poderão comercializar seus produtos em todo o território nacional. A autorização se deu a partir da ampliação do certificado do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA), que anteriormente contemplava apenas abate e processamento de carnes. A entrega ocorreu em audiência do governador com o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

“O Sisbi permite que os produtos sergipanos derivados de leite possam circular em todo o Brasil, gerando emprego e renda nessa indústria tão forte que é a leiteira. Sabemos da potência que tem o nosso sertão, principalmente na região de Nossa Senhora da Glória, com uma produção de quase 200 mil litros de leite por dia”, destacou o secretário da Casa Civil.

Saúde

Em encontro com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, foi solicitado pelo governador o incremento do Teto Financeiro de Média e Alta Complexidade, visando a melhoria e ampliação do atendimento no estado. “Entre as metas do plano de governo, o Programa Opera Sergipe é um destaque, com a intenção de minimizar a fila de cirurgias eletivas. Já captamos um recurso de R$ 30 milhões junto à bancada federal no Congresso, a partir de emendas, e buscamos um aporte maior com o Ministério da Saúde para apoiar o programa”, detalhou Jorginho Araújo.

Para a área da Oncologia, o Ministério deverá viabilizar uma parceria entre o Governo do Estado e o Instituto Nacional do Câncer (Inca). “Sergipe não tinha hospitais especificamente voltados ao tratamento do câncer, e agora terá dois. O Hospital de Amor, em Lagarto, está prestes a ser inaugurado. E o Hospital do Câncer, em Aracaju, que está saindo do papel, caminhando bem, com o esforço da gestão anterior. Por isso, foi acertado com a ministra uma articulação com o Inca, trabalhada nos próximos dias”, salientou o chefe da Casa Civil.

Ao longo do dia 25, o governador Fábio Mitidieri esteve também em audiências com lideranças nos Ministérios do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar e da Pesca e Aquicultura, além dos Ministérios da Saúde, Transportes e da Agricultura e Pecuária.

Queijarias de Sergipe já podem comercializar seus produtos em todo o território nacional

Demanda era um antigo sonho do setor de leite e derivados

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, entregou nesta quarta-feira, 25, ao governador de Sergipe, Fábio Mitidieri, em Brasília, a autorização para ampliação do escopo ao Serviço de Inspeção Estadual da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) para atuação na área de leite e derivados. Com a adesão, as agroindústrias do estado já podem comercializar seus produtos em todo o território nacional.

Sergipe já havia recebido o certificado de adesão do estado ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA) em 2022. No entanto, a equivalência só estava valendo para o setor de abate e processamento de carnes. Após a ampliação do escopo, a equivalência vale também para empresas de leite e derivados.

Segundo Fábio, a demanda era um antigo sonho do setor, em especial das queijarias. Antes, produtos equivalentes de produtores de outros estados podiam ser vendidos em Sergipe, enquanto os produtores sergipanos só podiam comercializar seus lácteos e derivados no próprio estado. “Quero agradecer, ministro. Há pouco, quando demos a notícia aos produtores, ouvimos pessoas se emocionando. Só de falarmos que conseguimos, já temos três empresas querendo ampliar suas atividades”, afirmou.

Ainda de acordo com o governador de Sergipe, o certificado Sisbi-POA vai representar uma transformação na geração de empregos e renda para diversos municípios sergipanos. “A abertura de mercado para que possamos vender os nossos produtos agora também fora do estado proporciona uma concorrência mais salutar para todos. Para Sergipe, este é um ato que simboliza um desenvolvimento, especialmente para o sertão sergipano, para a nossa bacia leiteira, que é a terceira maior do Nordeste e, tenho certeza, vamos buscar o primeiro lugar”, destacou.

A entrega do Título de Reconhecimento de Equivalência e do despacho que permitiu a ampliação do escopo da Emdagro foi realizada logo após a audiência, que também tratou de outros temas de interesse de Sergipe, como a ampliação de fornecimento de água para regiões produtoras de leite, o que pode até dobrar a produção estadual. O encontro também contou com a presença do secretário de Defesa Agropecuário do Mapa, Carlos Goulart. 

Acompanharam o governador na audiência com o ministro Carlos Fávaro os deputados federal Fábio Reis e estadual Cristiano Cavalcante, e os secretários da Casa Civil (Secc), Jorge Araujo Filho; da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), Zeca da Silva; do Desenvolvimento Urbano e Infraestrutura (Sedurbi), Luiz Roberto Dantas; da Comunicação Social (Secom), Cleon Menezes; e da Representação de Sergipe em Brasília (Serese), Sérgio Reis, além do diretor de Planejamento da Seagri, Arlindo Nery Neto.

Governo de Sergipe receberá novo equipamento e insumos para rizicultores sergipanos

Através de articulação do governador, produtores do Baixo São Francisco terão nova colheitadeira

Os rizicultores do Baixo São Francisco sergipano terão à disposição uma nova colheitadeira, destinada ao melhoramento da produção de arroz. A aquisição do equipamento tem o intermédio do governador Fábio Mitidieri e é fruto de um investimento de R$ 2,5 milhões, que também deve subsidiar a compra de insumos. O governador também autorizou à Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) a compra de sementes selecionadas, a serem entregues aos produtores.

O anúncio ocorreu em visita do governador Fábio Mitidieri a lideranças federais em Brasília nesta quarta-feira, 25. Na oportunidade, o chefe do executivo estadual reuniu-se com o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Luiz Paulo Teixeira, e com o ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro. O ministro da Pesca e Aquicultura (MPA), André de Paula, também recebeu o governador em audiência.

“Tivemos boas notícias durante todo o dia, e essa é mais uma para os nossos rizicultores. A Secretaria da Agricultura já está autorizada à aquisição das sementes. Este é o compromisso que nós temos com aqueles que fazem o Baixo São Francisco acontecer. Compromisso firmado ainda como deputado federal, e agora garantido”, resumiu o governador durante a agenda.

Ações

A apresentação das ações voltadas ao segmento agro em curso pelo Governo de Sergipe foi um dos propósitos da programação em Brasília. Entre as iniciativas debatidas esteve o Programa Nacional de Crédito Fundiário, implementado pelo Estado através da Empresa de Desenvolvimento Sustentável do Estado de Sergipe (Pronese). Com a parceria do Governo Federal, o programa possibilitou o acesso à terra para mais de 2 mil famílias em Sergipe.

O trabalho desenvolvido pela Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) foi mais um entre os temas tratados. Com 36 escritórios espalhados na capital e no interior, a Emdagro presta assistência técnica rural e fomenta a produção agrícola. Visando reforçar esse atendimento ao produtor, o Governo publicou, no último dia 16, o edital de concurso para provimento de 55 vagas na Emdagro, em níveis técnico e superior.

Foram mencionadas, ainda, as atuações dos programas de Distribuição de Sementes; de Melhoramento Genético do Rebanho Leiteiro (IATF); de apoio à regularização das queijarias, dentre outros. O seguro Garantia Safra, a operação do Programa Alimenta Brasil (PAB) e o Programa de Regularização Fundiária também foram lembrados durante as reuniões.

Diálogo

O secretário da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca, Zeca da Silva, que acompanhou o governador Fábio Mitidieri na agenda, ressaltou a relevância do diálogo estabelecido junto ao Governo Federal. “A agricultura familiar foi um destaque, pois a maioria de nossas políticas se dirige aos pequenos produtores, dentro e fora dos perímetros irrigados. Inclusive, houve um compromisso dos ministros no sentido de fortalecer políticas como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) voltado à agricultura familiar, tanto nas escolas como em presídios”, salientou.

Ainda de acordo com o secretário, a regularização fundiária, discutida juntamente ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), também esteve na ordem do dia. “Temos um passivo de colônias agrícolas sem regularização das titulações. Então, foi conversado o estabelecimento de um acordo de cooperação técnica, a fim de que possamos disponibilizar uma equipe para dar celeridade a esse processo”, descreveu Zeca da Silva.

Agenda

O objetivo da agenda em Brasília é o diálogo a respeito de projetos em andamento pelo Estado de Sergipe, em parceria com órgãos federais, além da captação de investimentos e parcerias. Além do governador Fábio Mitidieri e do secretário Zeca da Silva, participaram da reunião por parte do executivo estadual os secretários da Casa Civil, Jorginho Araújo; da Comunicação Social, Cleon Nascimento; do Desenvolvimento Urbano e Infraestrutura, Luiz Roberto; da Justiça e Defesa do Consumidor, Viviane Pessoa; da Saúde, Walter Pinheiro; e da Representação de Sergipe em Brasília, Sérgio Reis.

Apoio do Estado à agricultura familiar garante renda para produtores e diversidade de alimentos na mesa dos sergipanos

Assistência técnica, modernização, investimentos no desenvolvimento regional e programas específicos são algumas das ações do Governo de Sergipe que têm fomentado a agricultura familiar no Estado

Em aproximadamente 20 dias, o amendoim plantado por Luciano Oliveira estará pronto para ser colhido. Do povoado Limoeiro, no município de Lagarto, no centro-sul de Sergipe, o produto vai parar nas feiras da região e até na capital, Aracaju, chegando à mesa de várias famílias sergipanas.

Segundo dados consolidados do último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), de 2017, cerca de 77% dos 93 mil estabelecimentos rurais em Sergipe são compostos por agricultores familiares. No estado, como em todo o Brasil, a atividade é a principal responsável pela produção dos alimentos disponibilizados para consumo da população.

Em Sergipe, os agricultores familiares contam com o apoio do Governo de Sergipe, por meio de diversos programas mantidos, principalmente, pelas secretarias de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), da Assistência Social e Cidadania (Seasc), assim como da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), Empresa de Desenvolvimento Sustentável do Estado de Sergipe (Pronese)  e a Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), antiga Cohidro.

Por meio da Pronese, por exemplo, o governo do Estado implementa o Programa Nacional de Crédito Fundiário em parceria com o governo federal, que possibilitou o acesso à terra para mais de 2 mil famílias. Enquanto a Emdagro tem uma atuação importante no interior, com 36 escritórios por todo o estado, prestando assistência técnica rural e fomento à produção. Também são realizados programas para o agricultor familiar, como Programa de Distribuição de Sementes; de Melhoramento Genético do Rebanho Leiteiro (IATF); apoio à regularização das queijarias, dentre outros. O seguro Garantia Safra, a operação do Programa Alimenta Brasil (PAB) e o Programa de Regularização Fundiária são algumas das ações diretas da Seagri. Já a Coderse atua na modernização e gestão de seis perímetros públicos irrigados, na construção de sistemas de abastecimento de água, limpeza e abertura de pequenas, médias e grandes barragens nos municípios. 

Diversidade e produtividade

O terreno de duas tarefas onde Luciano e seu pai, Agnobaldo Nascimento, também produzem verduras, amendoim, batata doce, mandioca, macaxeira e milho faz parte do Perímetro Irrigado Piauí, mantido pela Coderse, em Lagarto. Além da irrigação pública, os agricultores contam com a assistência técnica do Estado, o que possibilita maior diversidade de culturas e rentabilidade.  

“É fundamental o auxílio que recebemos. Depois da irrigação, melhorou muito, principalmente o lucro. Com a irrigação, a gente consegue ter até três safras por ano. E com a assistência técnica da Coderse também conseguimos, no banco, um financiamento para o kit de irrigação para a lavoura nova, o que vai aumentar nossa produção, pois vamos trabalhar com equipamentos mais novos e modernos e investir um pouco mais na qualidade do produto, usar um adubo melhor e uma semente de melhor qualidade”, disse Luciano.

De acordo com  o agricultor familiar, o apoio do Estado e dos demais parceiros vai permitir uma maior produtividade no seu terreno. “Quero ter um aumento de 20% a 30% na produção neste ano”, afirmou o filho de Agnobaldo, acrescentando que o lucro obtido com a lavoura é a principal fonte de renda da família, formada por cinco pessoas.

Em 2022, nos seis perímetros irrigados mantidos pela Coderse, foram produzidas 132.601 toneladas de alimentos. “O lote com a irrigação consegue tirar até três safras em um ano. Sem a irrigação, eles produziam praticamente só mandioca e esperavam mais de um ano para colher. Já o amendoim, milho verde, batata doce têm um ciclo pequeno de produção, e o retorno financeiro é mais rápido. Sempre trabalhamos para melhorar a produção, por meio do acompanhamento técnico. A gente também corre atrás de projetos para eles participarem dos programas dos governos estadual e federal. A gente se preocupa muito com isso, para que possam escoar a produção, para que produzam e tenham como escoar”, explicou o gerente do Perímetro Piauí, Gildo Almeida Lima.

Luiz Barbosa dos Santos também é um dos beneficiados pela irrigação pública. “Sem a  irrigação, a gente não trabalharia aqui. Eu produzo tomate e pimenta. Nesta safra, estamos com uma produção de aproximadamente 1.500 caixas de tomate. Esse tomate vai para as Ceasas de Itabaiana e Aracaju”, informou o produtor do povoado Várzea dos Cágados.

Mais renda

Conforme Luiz, a produção também gera renda para trabalhadores da região. “Estamos agora no período de colheita, e são quase 40 pessoas que contratamos dois dias por semana, nas três semanas da colheita, para catar e também para separar os tomates”.

Daniela dos Santos Souza é uma das pessoas contratadas para a colheita. Para ela, o serviço é motivo de orgulho. “Sou de família de agricultores. Minha mãe e meu irmão também estão trabalhando aqui hoje. É um tipo de trabalho que a gente faz com muito amor e carinho, porque gosta. Gosto muito de trabalhar na colheita do tomate e em outras, como a seleção de pimenta. Tem que ter os colhedores [antes] para os tomates chegarem, depois, até as pessoas”, argumentou.

A jovem destacou, ainda, a oportunidade ofertada pela produção agrícola local. “Eu moro aqui em Lagarto com minha filha. Então, eu tenho que ter o meu sustento e o dela. Também é bom para a maior parte do pessoal, que, quando está desempregado, encontra mais trabalhos assim por aqui”, pontuou Daniela.

Governo

Última atualização: 26 de janeiro de 2023 08:51.

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