Plano Integrado de Vigilância confirma Sergipe como estado livre da Peste Suína Clássica

Sergipe encerrou o primeiro semestre do ano com resultado positivo na Suinocultura. O Estado manteve sua certificação como Zona Livre de Peste Suína Clássica, com reconhecimento internacional pela Organização Mundial de Sanidade Animal (OIE). A implementação das ações do Plano Integrado de Vigilância de Doenças dos Suínos, foi feita entre os meses de maio e junho, pela Empresa Sergipana de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro), órgão do governo do Estado vinculado à Secretaria de Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). O estudo, com delineamento das ações previamente definido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), foi realizado com 15 estados e o Distrito Federal. No Nordeste apenas Sergipe e Bahia foram reconhecidos oficialmente como livres da Peste Suína Clássica.

Foram trabalhadas nessa ação 180 propriedades sergipanas distribuídas em 48 municípios, sendo que 115 destas com vigilância sorológica e 65 com vigilância clínica. Das 1.051 amostras de sangue suíno coletadas pelo Serviço Veterinário Oficial e enviadas para análise no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA/MG), todas tiveram resultado negativo para Peste Suína Clássica. Durante esse trabalho, foram sanadas as dúvidas do criador e repassadas orientações sobre a importância da comunicação imediata de qualquer caso suspeito das doenças de notificação à Emdagro.

Para a médica veterinária Vera Lúcia Minan, responsável pela área animal do MAPA em Sergipe, o resultado do estudo foi muito bom para o estado. “Pudemos comprovar que não existe circulação viral da peste suína em Sergipe, apesar de estarmos bem próximos de uma região infectada”, disse se referindo ao Estado de Alagoas. “O delineamento amostral garante que não foi detectado vírus, com 99,5% de confiança no resultado e intervenções bem fidedignas”, destacou ao pontuar que acima de Alagoas, todos os Estados são considerados zonas infectadas pela doença.

A primeira etapa do estudo consistiu na realização de vigilâncias clínicas e sorológicas, em estabelecimentos de criação de suínos visando o fortalecimento da capacidade de detecção precoce, além do atendimento imediato e preciso de casos de doenças que impactam economicamente a criação de suínos. Segundo a diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Maria Aparecida Andrade, além dessas ações pontuais, a empresa mantém três postos de fiscalização funcionando 24 horas por dia, sete dias por semana, localizados de forma estratégica na divisa com os estados. “Também realizamos atividades de fiscalização móvel, que monitoram de forma estratégica o trânsito nas rodovias, as aglomerações animais e outros eventos agropecuários, tudo com o propósito de salvaguardar o plantel suíno do Estado”, afirmou.

De acordo com o secretário de Estado da Agricultura, Zeca da Silva, as conquistas se devem ao persistente e cuidadoso trabalho dos criadores sergipanos e à assistência técnica de qualidade prestada pela Emdagro. “Observamos que nos últimos três anos, o plantel sergipano de suínos cresceu aproximadamente 31,79%, passando de 345.135 animais, em 2019, para 454.714 animais esse ano e que a suinocultura atende principalmente ao mercado interno, caracterizando-se por ser predominantemente de abate. Esses resultados são muito gratificantes pra nós e precisam ser comemorados sempre”, disse o secretário ao observar que desde 2016, Sergipe recebeu e mantém essa certificação internacional como área livre da Peste Suína Clássica (PSC).

Jovens de Indiaroba criam adubo para proteger pomares cítricos da Mosca Negra

A iniciativa ajuda no incentivo à permanência dos jovens nas atividades do campo, na aplicação de práticas agroecológicas e na oportunidade de geração de renda

Tudo começou em novembro de 2021, durante as palestras sobre Declaração de Aptidão Pronaf – DAP Jovem, programa que dá acesso aos jovens aos recursos do Pronaf, relembra Renato Correia de Figueiredo, técnico da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (EMDAGRO). “Como havia muitos jovens na plateia, decidi falar sobre agroecologia”, explica. O que ele não imaginava era que o tópico despertaria o interesse de um grupo de dez jovens entre 16 e 21 anos, do assentamento 05 de janeiro, em Indiaroba. Determinados a aprender mais, os jovens se tornaram participantes assíduos dos próximos encontros. Em seguida, criaram um grupo na sede de Indiaroba onde passaram a desenvolver estudos periódicos sobre Agroecologia. O resultado desses encontros foi a criação de um adubo agroecológico feito à base de cinza e cal, que são misturados e passados nas folhas dos pomares cítricos.

Já nos primeiros testes com o adubo, realizados na cultura da laranja para controlar a Mosca Negra, principal praga das laranjas, os jovens colheram resultados positivos. A Mosca Negra é um inseto que se alimenta da seiva da planta, reduzindo a produção dos frutos,que também ficam menores. A praga produz um líquido que proporciona o desenvolvimento de um fungo chamado Fumagina. Este fungo cobre a folha da planta com uma película negra, impedindo-a de fazer fotossíntese, podendo levá-la à morte. “Na primeira aplicação do adubo, vimos que o fungo saiu praticamente das folhas e a planta ficou com aspecto limpo, nutrido”, comemora Renato.

Com o apoio do Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, da sua empresa de assistência técnica EMDAGRO e da prefeitura municipal, os jovens receberam incentivo para dar continuidade aos estudos e testes para produzir insumos com a finalidade de gerar renda. Para o secretário da Agricultura, Zeca da Silva, a iniciativa tem três aspectos importantes: “ajuda no incentivo à permanência dos jovens nas atividades do campo, na aplicação de práticas agroecológicas e na oportunidade de geração de renda”, pontuou.

Há dois meses, eles começaram a expandir o projeto, vendendo os insumos para cooperativas e assentamentos locais. Para Damiani Francisca dos Santos , uma das jovens participantes, o projeto visa melhorar a qualidade de vida da agricultura familiar. A jovem ressalta a importância de ser este um projeto, como poucos, realizado por jovens da região. E demonstra que com apoio e direcionamento, estes jovens têm tido a oportunidade de criar projetos que trarão diversos benefícios para a comunidade. “Estamos trabalhando com projetos futuros e também já temos outros projetos que estamos colocando em prática”, completa.

Sertanejos têm barragens ampliadas e recarregadas para o período de estiagem

Obras de limpeza e ampliação ocorrem em municípios que decretaram situação de emergência devido à estiagem

Ao mesmo tempo em que cai muita chuva no Médio e Alto Sertão Sergipano, animando agricultores e pecuaristas, máquinas trabalham para limpar os sedimentos acumulados nas barragens com o passar dos anos. Aproveita-se o serviço para até ampliar a capacidade de acumulação de água, garantindo aos produtores rurais mais capacidade de reserva da água da chuva para que a fartura do período chuvoso se prolongue também para o tempo de estiagem. Porto da Folha e Canindé de São Francisco já receberam obras em 57 pequenas aguadas e açudes comunitários. Em Itabaiana, a ação estatal via Programa Pró-Campo desassoreou também a grande barragem do Perímetro Irrigado Poção da Ribeira, responsável pelo abastecimento humano em quatro municípios e a irrigação de 466 lotes agrícolas.

O produtor rural José Almiro, de 56 anos, está a cerca de 1 ano no Assentamento de Reforma Agrária 09 de Junho (Povoado Padre Cícero). Antes de receber o benefício, ele assinou um termo se comprometendo em compartilhar a água do seu reservatório, recuperado, com os seus vizinhos. Este é um dos pré-requisito para participar do Programa de Recuperação de Barragens da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), além dos os requisitos de ter o Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (antigo Pronaf) e possuir até 19 cabeças de gado. Para o assentado, a limpeza e ampliação da pequena barragem que tem em seu lote vai abrir possibilidade de começar a investir mais na área que tomou posse.

“Eu estou pensando em criar gado, cavalo e ovelha. É muito útil para mim. O lote sem um tanque fica muito ruim, não tem como você criar nem tem como produzir nada. Tem que estar comprando. Porque a cisterna é para o uso do dia a dia, para o consumo da casa, então tem que ter um tanque para cuidar dos bichos, um boi, uma vaca, chegar e ter onde tomar água. Foi um negócio que chegou na hora certa para a gente. Assim como eu, que estou adorando, acho que o reservatório é muito necessário para todos nós que moramos por aqui”, destacou José Almiro.

Desde 2012, já foram mais de 2 mil barragens recuperadas em municípios em situação de emergência devido à estiagem, com recursos do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Funcep) viabilizados a partir de Termo de Cooperação Técnica entre as secretarias de estado da Inclusão e Assistência Social (Seias), da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e a sua vinculada, a Cohidro. Segundo o engenheiro civil da Cohidro, Ícaro Fagundes, neste ano, são R$ 5.710.986,01, para atender outras 20 barragens de médio porte e 1.000 de pequeno porte.

“Montante que inclui a obra da barragem de grande porte de Itabaiana, no perímetro irrigado da Cohidro, já revitalizada, ampliada e hoje completamente cheia pelas boas chuvas que o estado de Sergipe recebeu ainda em junho. No Alto Sertão, recuperamos as barragens de médio porte nos povoados São Domingos, Linda Flor e Lagoa da Volta, em Porto da Folha. E pequenas, nos povoados Deserto (7), Lagoa do Rancho (16), Lagoa das Panelas (4), Chumbinho, Lagoa Grande (5), São Judas Tadeu (3), Caatinga (2), Goiabeira (2), Craibeiro (3), Girassol (3), Bom Jardim, Assentamento Sítio Alto e Ponta da Vaca, em Porto da Folha; e Padre Cícero (3) Dão Guimarães, em Canindé”, listou Ícaro Fagundes.

Líder comunitário no Assentamento 09 de Junho, Naldo Batista destaca a importância das obras feitas nas pequenas e médias barragens da localidade. “Uma coisa que a gente precisa aqui que é a água, é muito seco e uma carrada de água para chegar até aqui, custava R$ 180,00. Nesse verão, ela vai para R$ 250,00, por aí. É muito importante, essa beleza que vocês estão fazendo para nós, e nós estamos bem gratos, todos os produtores. São 250 famílias. Aqui a gente depende da vaca de leite, então a vaca de leite para produzir tem que ter a água, a água é essencial. Muitos não têm condições de comprar carrada de água, daí essa água já serve para o banho, muito açudes são muito bons. Então, nós estamos muito felizes mesmo com essa conquista que está vindo para a gente”.

Grupo empresarial do Espírito Santo adquire fábrica de laticínios de Sergipe e retoma produção a partir de março de 2023

Favorecer a cadeia produtiva do leite e beneficiar os produtores locais. É com essa proposta que o grupo empresarial Damare chega a Sergipe, após adquirir a Sabe Alimentos e retomar as linhas de produção da unidade de Muribeca. Na última terça-feira, 19, o secretário da Agricultura, Zeca da Silva, participou de uma reunião, acompanhando o governador Belivaldo Chagas, que deu boas vindas à empresa, na oportunidade representada pelo seu diretor-presidente, Cláudio Rezende. O grupo capixaba investiu R$ 100 milhões no projeto de reativação da fábrica e a partir de março de 2023 prevê o início da produção no Estado.

“A vinda da Damare para Sergipe representa uma grata satisfação para o fortalecimento da cadeia produtiva do leite em nosso estado e na ampliação de oportunidades para os produtores, visto que teremos mais uma empresa para escoar sua produção, gerando mais competitividade, mais emprego e renda para Sergipe”, comemorou Zeca, ao destacar que o grupo está contando com todo o apoio e incentivo do Governo do Estado.

De acordo com Cláudio Rezende, o Laticínio Damare aposta no forte crescimento da bacia leiteira no estado de Sergipe. “Percebemos que a fábrica da Sabe se mostra como ótimo investimento na indústria de laticínios do nordeste. Nossa expectativa é de gerar de 200 a 250 empregos diretos, após a fábrica entrar 100% em funcionamento” disse, ao observar que a unidade industrial sergipana tem capacidade de processar até 500 mil litros de leite por dia. “Vamos produzir leite longa vida, leite condensado, creme de leite, achocolatados, vitaminas e uma linha completa de iogurtes, incluindo grego, petit suisse, leite fermentado, além de suco de frutas, que também serão comercializados nas marcas “Sabe”, “Sabidinho” e “Prático”, também adquiridas pela Laticínios Damare”, explicou.

Conforme pontuou o governador Belivaldo Chagas, “o retorno da marca Sabe e o reforço dos produtos Damare no mercado sergipano, além dos postos de trabalho direto criados, vão impulsionar toda a cadeia produtiva da bacia leiteira de Sergipe”. “É motivo de orgulho e reconhecimento perceber o interesse da Damare em Sergipe, uma empresa com mais de 30 anos de atuação no sudeste do país, que enxergou no nosso mercado uma excelente porta de entrada e de oportunidades de negócio no Nordeste”, reforçou o chefe do executivo.

Durante o encontro, além da participação do diretor-presidente da Damare, Cláudio Rezende, também estiveram presentes o contador do grupo empresarial, Rodrigo Souza, o ex-diretor da Sabe Alimentos, Ricardo Franco, e a equipe do governo que recepcionou o grupo ao lado do governador Belivaldo Chagas: secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), José Augusto Carvalho; o diretor-presidente da Codise, José Matos; os superintendentes Marcelo Menezes (Sedetec) e Silvana Lisboa (Sefaz), além de Ricardo Dantas, assessor da Seagri e especialista em pecuária de leite e laticínios.

Alerta sobre barreira sanitária para frutas cítricas de SP, MG e PR

A Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca, por meio da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), alerta sobre o impedimento de entrada, em Sergipe, de frutas e mudas cítricas, originárias dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná. A medida visa proteger os pomares sergipanos da bactéria que está comprometendo a produção e exportação de laranja, limão e tangerina.

Esses estados já vêm, ao longo de anos, enfrentando dificuldades no setor citrícola devido a presença da bactéria Xanthomonas citri subsp. citri, conhecida popularmente por CANCRO CÍTRICO. Em virtude da detecção de frutos com sintomas dessa doença em cargas exportadas para União Europeia, toda exportação de limão do Brasil encontra-se comprometida. Nesse exato momento, por exemplo, o estado de São Paulo está sofrendo sanções, praticamente todas as unidades de beneficiamento do estado estão sendo lacradas e impedidas de comercializar a fruta, os pomares começaram a ser erradicados e as mudas destruídas.

A Emdagro informa que Sergipe é zona livre da doença e é necessário a união de produtores, comerciantes e toda a sociedade para evitar que o cancro cítrico chegue aos pomares do estado. A Seagri pede que a população denuncie qualquer entrada ou compra de frutas cítricas, como também mudas frutíferas e ornamentais, que possam ser vetores, oriundas dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná aos órgãos fiscalizadores e competentes (Emdagro e Superintendência Federal do MAPA). A ligação é anônima, sem necessidade de identificação.

Essa medida sanitária visa proteger o bem coletivo, pois são inúmeras famílias que dependem do seu pequeno, médio ou grande pomar para sobreviver.

Disque denúncia: (79) 3234-2627 ou (79) 9 9948-4449 – Coordenação de Defesa Sanitária Vegetal da Emdagro (CODEV)

Sergipe ganha destaque como segundo estado que mais cresceu na produção de leite no Brasil

Um estudo recente realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que a produção de leite no estado de Sergipe cresceu 28,99% no primeiro trimestre de 2022 comparado ao mesmo período do ano passado.

De acordo com os dados do IBGE, nosso estado produz, em média, 1 milhão de litros de leite por dia. Tais dados, colocam Sergipe em destaque, já que a produção caiu na maioria dos estados brasileiros e na média nacional.

Um dos motivos para o aumento da produtividade se deve ao investimento em tecnologias, como também às melhorias no manejo sanitário. De acordo com o presidente da FAESE, Ivan Sobral, “a capacitação é outro fator relevante para o crescimento da produção leiteira”. Segundo Sobral, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/SE), por meio da Assistência Técnica e Gerencial, atendeu em 2022, 367 propriedades da bovinocultura de leite, o que representou 7,5% da produção do estado, com uma média diária por vaca de 13,42 litros. “Isso representa quase o dobro da média do estado, o que mostra que o produtor capacitado produz ainda mais, com redução de custos. Nosso objetivo é levar informação e fazer com que o produtor entenda sobre a gestão da propriedade, produzindo mais com menor custo”, completou.

O governador Belivaldo Chagas fez uma avaliação positiva do resultado da pesquisa. “O resultado nos deixa apenas atrás da Paraíba entre os que mais cresceram no país e mostra que todo o empenho do Governo de Sergipe no fomento do setor agropecuário, apoiando do pequeno agricultor familiar ao grande produtor do agronegócio, em especial pelo Pró-Campo, com projetos como o Pró-Sertão Bacia Leiteira e os incentivos fiscais aos laticínios, que vem estimulando o setor, gerando emprego e renda para a população”.

Para o secretário de estado da Agricultura, Zeca da Silva, nos dois últimos dois anos tivemos bons períodos de chuva que ajudaram a manter as áreas de pastagem, mas esse resultado tem grande contribuição de uma sucessão de políticas públicas implementadas pelo governo para fomentar o desenvolvimento da bacia leiteira sergipana. Zeca acrescenta o ganho em qualidade do rebanho. “Um dos motivos é o melhoramento genético de nosso rebanho, tanto por meio de políticas do governo estadual como dos próprios produtores”.

Segundo o representante da Asproleite, Juraci Pereira de Barros, hoje em dia, pequenos e médios produtores estão profissionalizando sua produção através do uso de tecnologia, antes só vista em grandes fazendas. “Sabemos que o valor do leite varia, de vez em quando, mas com o uso de técnicas e tecnologia passamos por um bom momento”. Problemas de infraestrutura e condições das estradas ainda atrapalham os produtores. Porém, para de Barros, alguns estudos demonstram que o Nordeste é o melhor lugar para produção de leite, apesar do clima quente, e Sergipe consolida sua presença. “Avançamos muito, e temos muito pela frente. Vamos longe”, finaliza.

Presidente da ABCZ visita Secretaria de Agricultura

Na oportunidade Rivaldo Machado apresentou programa de melhoramento genético voltado a pequenos produtores

O secretário de Estado da Agricultura, Zeca da Silva, recebeu na manhã dessa quarta-feira, 13, a visita do presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Rivaldo Machado Borges. Em Sergipe para a reinauguração da sede estadual da associação, que está instalada no Parque de Exposição João Cleóphas, em Aracaju, Rivaldo Machado apresentou ao secretário o programa de melhoramento genético, Progenética, convidando Sergipe a fazer parte dessa iniciativa. Com sede na cidade de Uberaba, em Minas Gerais, a ABCZ atualmente agrega 25 mil associados, criadores de zebu. A raça é bastante expressiva no âmbito nacional e internacional pelas características físicas e qualidade da proteína animal.

Para Rivaldo Machado foi uma grata satisfação vir a Sergipe e ser recebido pelo secretário que demonstrou muita empatia às iniciativas da associação. “Há 18 anos criamos o Progenética e já estamos em 23 estados brasileiros com esse programa de melhoramento genético que atende o pequeno produtor e o produtor da agricultura familiar, onde eles podem adquirir garrotes de touros melhoradores, tanto pra leite quanto para carne, em feiras realizadas pelos sindicatos locais”, explicou o presidente da ABCZ. “Esse é um grande dia pra nós, pois já saímos daqui com a certeza de que Sergipe também vai aderir ao programa, conforme sinalizou o secretário Zeca da Silva”, afirmou.

“Com certeza faremos parte do rol de estados que têm essa oferta, já entendemos como funciona o programa e observamos quanto o Progenética será bom para Sergipe, principalmente para o pequeno produtor, na melhoria de sua qualidade de vida”, atestou o secretário ao confirmar a participação de Sergipe na feira Expogenética, que acontece no mês de agosto, em Minas Gerais, e onde serão realizadas as tratativas para assinatura do programa. “Foi com imensa satisfação que recebemos o presidente da ABCZ, que tem aberto as portas da associação para todo o Brasil, não só para o grande, como também para o pequeno produtor, esse último a quem temos um apego ainda maior, por se tratar de um Estado pequeno e estarmos sempre atentos a todas as ações que promovam a melhoria de vida dessas famílias”, disse Zeca da Silva.

Acompanhado do presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Indubrasil (ABCI), Roberto Góes, que também já foi secretário de Estado da Agricultura, o presidente da ABCZ, Rivaldo Machado também foi recepcionado durante a reunião pela coordenadora de pecuária da Emdagro, Izildinha Dantas, pelo técnico da ABCZ em Sergipe, Dênio Augusto e pelos técnicos da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), Ricardo Dantas e Sérgio Santana.

Agricultor assistido pelo Estado demonstra sucesso com tomate em perímetro irrigado

Cohidro e agricultor divulgaram técnicas para desafiar geografia e mau tempo, diversificando produção no perímetro estadual e criando novos parceiros

Na última semana, durante o Dia de Campo do Cultivo Irrigado do Tomate, o agricultor irrigante Erivaldo Peixoto; que produz com a água de irrigação e assistência técnica agrícola no Perímetro Irrigado Califórnia, mantido pelo Governo do Estado em Canindé de São Francisco; explicou todos os métodos e aparato que utilizou para conseguir êxito na produção, que está em plena colheita de frutos de padrão comercial e em lavoura de alta produtividade. O evento reuniu outros produtores curiosos com o sucesso de Erivaldo; professores do Instituto Federal de Alagoas (IFAL); estudantes e técnicos em Agropecuária das empresas de desenvolvimento (do Vale do São Francisco) Codevasf, (Agropecuário de Sergipe) Emdagro, Cohidro e da Prefeitura Municipal.

Produzir tomate de qualidade comercial no Alto Sertão Sergipano sempre foi um desafio aos agricultores. No outono e inverno, quando a chuva aumenta a incidência de pragas e doenças, a dificuldade ainda é maior. Com o apoio da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), que administra o Califórnia e co-organizou o Dia de Campo, Erivaldo Peixoto conseguiu vencer esses dois obstáculos. Sempre de olho no preço de venda do fruto, que sobe neste período pela baixa oferta dos estados que são os maiores produtores.

“Compensa até demais, uma lavoura dessa, eu estou tendo dificuldade por causa da chuva, mas ainda vou chegar à colher em média 50 toneladas de tomate. O quilo na roça está em média de R$ 2,80 a R$ 3. Se hoje eu gasto nela R$ 35 mil, como ela está aí e se manter essa janela de preço, eu posso fazer uma média de R$ 150 mil”, contabilizou Erivaldo Peixoto. O produtor palestrante idealizou um dia de campo em que não só ele pudesse contribuir. “É importante para essas pessoas que vêm para aprender, para perguntar como plantar. Se ele não tiver um conhecimento, eu posso dar uma assistência. O meu amigo, o técnico da Cohidro, também pode e tem as pessoas aqui que trabalham [na área de assistência] ou que são alunos, que estudam para fazer isso”.

A gerente do perímetro, Eliane Moraes, acredita que as novas culturas possam oferecer uma alternativa de geração de renda e de produção dentro do perímetro. “O tomate não é uma cultura que tenha tradição aqui no Perímetro Irrigado Califórnia. Por isso, teve uma assistência técnica diferenciada, um acompanhamento que foi sucesso. E que hoje está culminando com a colheita e com esse evento. Que vai dar visibilidade a este trabalho feito. Um fator multiplicador, para mostrar aos produtores a possibilidade de obter sucesso neste plantio também”.

“Diversificar é oportunizar. É dar uma chance para o solo se recompor, é abrir janelas de oportunidades. É participar de uma comercialização de oportunidades onde se visa mais renda e produção, com o mesmo esforço e dedicação empregada na agricultura tradicional”, avalia Tito Reis, funcionário da Cohidro, que trabalha no setor do Califórnia, no qual Erivaldo Peixoto produz. Formando em Agronomia, o servidor busca no Ifal, onde é acadêmico, mais conhecimento para agregar aos projetos de inovação do tomate, hoje sendo colhido, e há pouco tempo, do melão. Como duas culturas de alternância econômica e de diversificação de oferta de produtos no perímetro estadual.

O também produtor irrigante do Califórnia, José Gomes, já tentou plantar tomate várias vezes, mas por conta do ataque de lagartas, sempre perde cerca de 90% da colheita. “Eu quero saber se o vizinho está produzindo bem e o que é que ele passa que eu não passo. Eu plantei e pretendo plantar, porque eu tenho comércio na feira e eu planto para vender para fora. Se eu tiver a minha produção, eu não estou comprando, eu estou plantando para vender o meu. Meu interesse é esse, de poder trabalhar com o tomate, que é uma planta que a gente sabe que na feira é muito ‘vendável’”.

Perímetro-escola

Zilná Brito, professora do curso Técnico em Agropecuária do Centro Estadual de Educação Profissional Dom José Brandão de Castro, em Poço Redondo, recebeu com satisfação o convite para levar seus alunos dos 3º e 2º anos ao dia de campo. “Eles já têm essas disciplinas na sala de aula, e quando a gente vem para um dia de campo deste, com o cultivo do tomate irrigado, eles já associam a prática à teoria. É onde eles conseguem realmente visualizar o problema, alguma estratégia que eles possam fazer para esse trabalho que eles fazem na escola. A gente vem até agradecer à Cohidro pela oportunidade de os alunos poderem participar também desse evento”.

Já a aluna do 3º ano de Agropecuária, Franciele do Nascimento, acredita que o dia de campo vai trazer mais bagagem para tudo aquilo que eles já viram no curso. “Um momento de vivência muito importante na nossa finalização do curso. Eu e o meu companheiro vamos realizar um trabalho que vai falar sobre pragas e doenças do tomateiro mesmo, e vai ser uma experiência que a gente vai levar para o futuro e para escola também. Recebendo mais conhecimento, experiência, vivência dentro do campo. As oportunidades são poucas, então vamos aproveitar bastante”.

Com apoio da Emdagro produtor de orgânico realiza reflorestamento em comunidade onde produz

Agricultor plantou 350 mudas florestais com apoio do Sergipetec

Do Agreste sergipano surge uma ação inspiradora para os demais produtores. Por iniciativa do agricultor familiar e produtor de orgânicos, José Adelson Fonseca, está sendo realizado o trabalho de reflorestamento na Serra de São José, na comunidade Mangabeira, município de Campo do Brito. A ação foi iniciada no último dia 14, objetivando o enriquecimento da vegetação nativa existente no local com o plantio de 350 mudas de espécies florestais. O trabalho conta com a assistência técnica do escritório central e do escritório local Itabaiana da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro).
As mudas que o agricultor familiar trabalhou para o reflorestamento foram fornecidas pela SERGIPETEC/CODEVASF através de articulação da equipe de Sustentabilidade Ambiental da Coordenadoria de Agricultura e Sustentabilidade Ambiental (COASAM), que atendeu à demanda do agricultor aproveitando o período das chuvas. “A área que estamos é uma área devastada e nós estamos reflorestando com o apoio da Emdagro, que ajudou na aquisição das mudas na Sergipetec. Não basta só destruir para cultivar, temos que também reflorestar porque temos que pensar em nosso planeta e no futuro de nossos filhos”, alertou o agricultor José Adelson Fonseca.

Durante o trabalho, os técnicos da Emdagro esclareceram sobre a importância da atividade de reflorestamento para o meio ambiente e destacaram a necessidade de todos contribuírem para a preservação ambiental e fazerem a sua parte, restaurando a vegetação das áreas de Reserva Legal (RL) e das Áreas de Preservação Permanente (APP), a fim de preservar a biodiversidade do ecossistema entre outras funções ambientais. “Essa atividade de reflorestamento reforça o compromisso da Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) com as questões ambientais de forma a mitigar os impactos com o nosso agroecossisteemas”, comentou o chefe do escritório local da Emagro em Itabaiana, Waltenis Braga.

Produtor de orgânico realiza reflorestamento em comunidade com apoio da Emdagro

Agricultor plantou 350 mudas florestais com apoio do Sergipetec

Técnicos do escritório central e do escritório local Itabaiana da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) participaram de um trabalho de reflorestamento na Serra de São José, da comunidade Mangabeira, município de Campo do Brito, Agreste sergipano, promovido pelo agricultor familiar e produtor de orgânicos José Adelson Fonseca. A ação foi realizada no último dia 14, objetivando o enriquecimento da vegetação nativa existente no local com o plantio de 350 mudas de espécies florestais.

As mudas que o agricultor familiar trabalhou para o reflorestamento foram fornecidas pelo Sergipe Parque Tecnológico (SergipeTec) e pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf) através de articulação da equipe de Sustentabilidade Ambiental da Coordenadoria de Agricultura e Sustentabilidade Ambiental (Coasam), que atendeu à demanda do agricultor aproveitando o período das chuvas. “A área em que estamos é uma área devastada, e nós estamos reflorestando com o apoio da Emdagro, que ajudou na aquisição das mudas na Sergipetec. Não basta só destruir para cultivar, temos que também reflorestar porque temos que pensar em nosso planeta e no futuro de nossos filhos”, alertou o agricultor José Adelson Fonseca.

Durante o trabalho, os técnicos da Emdagro esclareceram sobre a importância da atividade de reflorestamento para o meio ambiente e destacaram a necessidade de todos contribuírem para a preservação ambiental e fazerem a sua parte, restaurando a vegetação das áreas de Reserva Legal (RL) e das Áreas de Preservação Permanente (APP), a fim de preservar a biodiversidade do ecossistema, entre outras funções ambientais. “Essa atividade de reflorestamento reforça o compromisso da Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) com as questões ambientais de forma a mitigar os impactos com o nosso agroecossisteemas”, comentou o chefe do escritório local da Emdagro em Itabaiana, Waltenis Braga.


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Última atualização: 23 de junho de 2022 09:37.

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