Sergipe apresenta potencial para crescimento da pesca e aquicultura

Instituições reúnem-se para discutir estratégias de consolidação da cadeia produtiva da pesca e aquicultura

Sergipe apresenta grande potencial para a cadeia produtiva da pesca e aquicultura, considerando a significativa extensão da região costeira de 163 km – com cerca de 25,1% do território do estado, e as seis bacias hidrográficas (São Francisco, Japaratuba, Sergipe, Vaza-Barris, Piauí e Real). Com base nesse cenário positivo, foi realizado o seminário que abordou as tendências para o mercado de pescados e as estratégias de produção aquícola em Sergipe.

O encontro, que aconteceu nesta terça-feira, 26 de abril, no auditório do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), teve como ponto central a palestra do médico veterinário, professor da Fundação Getúlio Vargas e ex-ministro da Pesca e Aquicultura, Altemir Gregolim, sobre o mercado da pesca, tendências e oportunidades. Outro fato importante do evento foi o anúncio da criação do núcleo permanente para discutir as políticas públicas para este setor produtivo, por parte da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri).

De acordo com Altemir Gregolim, Sergipe tem um potencial muito grande porque tem uma riqueza de recursos hídricos, se comparado com os demais estados do Nordeste. “O estado de Sergipe é privilegiado com vários rios, várias barragens e a hidroelétrica de Xingó, que são locais onde se pode produzir peixes e camarão, em tanque-rede, tanques escavados. Aqui tem crescido a produção de tilápia, inclusive, na produção de camarão, Sergipe já é o 4º maior produtor. Além disso, tem um número significativo de pequenos produtores. O que se precisa fazer é criar as condições necessárias para atrair investimentos, alcançar licenciamento, melhorar as condições de tributação, de crédito, assistência técnica e organização da cadeia produtiva. Uma das preocupações locais, por exemplo, é a criação de indústria para verticalizar a produção, processar o pescado, ter qualidade para colocar no mercado local e também nos grandes mercados como São Paulo e Rio de Janeiro, Belo Horizonte e exportação. Desta forma, Sergipe pode consolidar a cadeia produtiva da pesca e aquicultura”, disse o palestrante.

Ele ainda ressaltou que, “a pesca extrativista no rio ou mar é importante, mas está estagnada no mundo inteiro. O que mais cresce é a aquicultura, e, neste aspecto, Sergipe produz dois produtos que têm o maior mercado no mundo: o primeiro é o camarão e o segundo a tilápia que no Brasil cresce a 10% ao ano. O Brasil já é o 4º mundial de tilápia depois da China, Tailândia e Egito. Ano passado aumentamos em 78% as exportações para o mercado norte Americano, ou seja, são duas atividades que Sergipe pode apostar que tem mercado certo.

Políticas públicas

Em saudação, durante a abertura do evento, o deputado estadual Zezinho Sobral destacou avanços no âmbito do Legislativo e do Executivo quanto ao licenciamento ambiental da carcinicultura que tem permitido a readequação dos espaços de produção e acesso ao crédito. O parlamentar também protocolou na Assembleia Legislativa o Projeto de Lei que institui a data de 29 de Junho como Dia Estadual da Pesca e da Aquicultura de Sergipe, sugerindo que passe a integrar o calendário oficial do Estado. 

“A criação do Dia Estadual da Pesca é a cereja do bolo, sobre tudo que tem sido feito para o setor pesqueiro. Tenho dialogado bastante com colônias de pescadores, estreitado relacionamento das associações, com a Secretaria Estadual da Agricultura, Adema, Fecomercio e Senar. A Assembleia tem contribuído com legislações para beneficiar a carcinicultura, a pesca, a agricultura e adequar os licenciamentos. Os diálogos vêm com iniciativas sempre nos sentido de ajudar os pequenos e microprodutores”, afirma Zezinho Sobral.

Representado a Secretaria de Estado da Agricultura, Arlindo Nery, chefe da Assessoria de Planejamento da secretaria, anunciou a criação do núcleo permanente para discutir as políticas públicas para o setor da aquicultura e pesca. “O secretário de Estado da Agricultura, Zeca da Silva, determinou a criação desse núcleo que será composto de diversos atores da cadeia produtiva. A primeira missão do núcleo é a realização do censo estadual da pesca, executado de maneira uniforme e obedecendo aos critérios científicos. Para isso, buscaremos apoio da Federal de Sergipe (UFS) e do Instituto Federal de Sergipe (IFS)”.

Segundo ele, os dados levantados pelo censo serão fundamentais para a proposição de políticas públicas, para se conseguir recursos junto aos agentes financiadores.

Assistência técnica

O presidente do Sistema Faese/Senar, Ivan Sobral, destacou ações de assistência técnica voltadas especificamente para o setor aquícola. “O Sistema Senar reconhece a importância desta cadeia produtiva, tanto é que criamos o Programa de Assistência Técnica e Gerencial gratuita aos produtores de todo o estado. Esse ano temos 90 vagas para cultivadores de camarão que queiram receber a assistência durante um período de dois anos. Outro programa é o Senar Jovem na cadeia da Aquicultura, voltado para jovens de 16 a 30 anos que, durante o período de um ano, terão aulas on-line e presenciais nas propriedades para capacitar a mão de obra. Com esses objetivos, por meio da capacitação, a perspectiva é contribuir para o crescimento da produção de camarão em nosso estado”, pontuou Ivan.

O representante da Câmara de Pesca da Fecomércio, Humberto Eng, avaliou o encontro como muito positivo. “Além de todo o debate que foi muito rico, lançamos a XIX Semana do Pescado e a  Expopesca/SE 2022, eventos que serão realizados entre os dias 8 e 10 de setembro. Toda essa movimentação gera uma onda positiva que motiva os produtores, motiva o mercado e gera competitividade”.

Produção de suínos cresce em Sergipe

Futuro da suinocultura em Sergipe será de mais expansão com a construção do centro tecnológico de produção de sêmen e matrizes certificadas, que está em obras no município de Campo do Brito

Nos últimos três anos, o plantel sergipano de suínos cresceu aproximadamente 31,79%, passando de 345.135 animais, em 2019, para 454.714 animais, em 2022. Os dados foram apresentados pela Empresa de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro), que confirma que o crescimento que se deu, principalmente, motivado pela subida do preço da carne bovina, concomitantemente à melhora na produtividade e ao aumento do peso e da qualidade dos plantéis.

Pelos dados da Emdagro, a maior concentração de suínos se encontra na Região do Alto Sertão Sergipano, onde também se localiza a bacia leiteira do Estado. O município de Nossa Senhora da Glória é o que possui maior rebanho, com 83.373 suínos, seguido de Itabaiana, com 48.778 animais, e Porto da Folha, com 29.445. De acordo com a diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Maria Aparecida Andrade Nascimento, a maior parte da produção segue para abate. “A suinocultura atende principalmente ao mercado interno, caracterizando-se por ser predominantemente de abate, com 48% dos animais movimentados, seguido de engorda, com 39%, evento com 12% e reprodução com 1%, exclusivamente de animais que ingressam de Granjas de Reprodutores Suídeos Certificados (GRSC). Os principais fornecedores de suínos para o Estado de Sergipe são os estados de Minas Gerais, Paraná e Bahia, e os maiores compradores são os estados de Alagoas e Bahia”, explica a diretora.

Segundo o presidente da Emdagro, Jefferson Feitoza de Carvalho, um dos pontos fortes da produção sergipana é a confiabilidade na procedência do rebanho. “Desde 2016 que Sergipe recebeu da Organização Mundial de Sanidade Animal (OIE), e mantém, a certificação internacional como área livre da Peste Suína Clássica (PSC). Sergipe e Bahia são os únicos estados do Nordeste com esse reconhecimento. Essa conquista só demonstra a eficácia do trabalho desenvolvido pela empresa, que é um órgão do Governo do Estado, vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pesca, na área de defesa animal”, declara Jefferson Feitoza.

Isabelli Leal de Queiroz, médica veterinária chefe da Divisão de Epidemiologia da Emdagro, explica que o trânsito é de extrema importância, uma vez que é proibido o ingresso de suínos, seus produtos e subprodutos quando provenientes de unidades federativas não livres de PSC. “Com o propósito de salvaguardar o plantel suíno do Estado, a Emdagro mantém três postos de fiscalização funcionando 24 horas por dia, sete dias por semana, localizados de forma estratégica na divisa com os estados, além das atividades da fiscalização móvel, que monitora de forma estratégica o trânsito nas rodovias, as aglomerações animais e outros eventos agropecuários”, informa.

“Os médicos veterinários da Emdagro realizam ações de vigilância nas propriedades rurais, com vistorias e exames clínicos em suínos de criações de subsistência e granjas comerciais, além de passar orientação ao criador quanto aos tipos de riscos que possam existir para a Peste Suína Clássica (PSC) e como preveni-los”, acrescenta Isabelli Leal.

O produtor Fábio Gomes tem uma granja de suínos no município de Ribeirópolis, e é exemplo de produtor bem-sucedido por implantar qualidade técnica na produção intensiva. “Aqui na minha propriedade trabalhamos com 250 animais, somando engorda e reprodução. E, graças a Deus, apesar do aumento no preço da ração, este ano estamos conseguindo produzir e vender a cada 15 dias um lote de 20 animais, que são comercializados aqui na região”. Ele trabalha com a venda do animal vivo, no valor de R$ 160,00 por arroba.

Perspectiva de expansão

De acordo com o produtor e presidente da Associação de Suinocultores de Sergipe, Evairton Andrade Brito, o futuro da suinocultura em Sergipe é de expansão, com a construção do centro tecnológico de produção de sêmen e matrizes certificadas no Estado. “Em Campo do Brito, estamos construindo uma granja que será pioneira na produção de sêmen e matrizes de suínos. O espaço tem 1,1 mil m² de área construída e capacidade para 3 mil animais. Nosso objetivo é melhorar cada vez mais o rebanho local, aplicando tecnologia de última geração,  e possibilitar que nossos produtores tenham acesso a sêmen e matrizes com padrão internacional. Estamos conscientizando o produtor para aplicar tecnologia e deixar de ser produtor de animais para ser produtor de proteína”, ressalta Evairton.

Belivaldo assina contrato de programa para aquisição de leite em benefício de mais de 4 mil sergipanos

Com a implantação do programa, estima-se a aquisição de 1.095.952 litros de leite até 31 de maio de 2023, atendendo 223 agricultores fornecedores, 4.100 beneficiários recebedores e 30 entidades socioassistenciais em Canindé de São Francisco, Gararu, Monte Alegre de Sergipe, Nossa Senhora da Glória, Poço Redondo e Porto da Folha

O governador Belivaldo Chagas assinou nesta terça-feira, 12, no Palácio dos Despachos, a homologação do contrato do Programa Alimenta Brasil – PAB Leite, antigo PAA Leite, que visa contratar empresa de lacticínio para captação, pasteurização, envasamento, transporte e entrega de leite pasteurizado integral para os integrantes do programa.

O contrato foi assinado pelo Estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) e a empresa Natville. O contrato tem duração de um ano e previsão de início para o próximo mês de maio. O investimento é de R$ 3.751.375, sendo R$ 3.000.824,15 do governo federal e R$ 750.551 de contrapartida do Estado.

Com a execução do PAB – Leite estima-se a aquisição de 1.095.952 litros de leite até 31 de maio de 2023, atendendo 223 agricultores fornecedores, 4.100 beneficiários recebedores e 30 entidades socioassistenciais, nos seis municípios atendidos pelo programa: Canindé de São Francisco, Gararu, Monte Alegre de Sergipe, Nossa Senhora da Glória, Poço Redondo e Porto da Folha.

“O PAB Leite é um programa de fundamental importância, tanto para o desenvolvimento da cadeia produtiva de leite de Sergipe, como também para assegurar a economia deste segmento, por meio do suporte aos seus beneficiários. O programa vai garantir aos produtores da agricultura familiar a aquisição da sua produção, contribuindo para a produtividade, geração de emprego e também reduzindo os impactos da estiagem na bacia leiteira do estado”, destacou o governador.

Importância
O Programa Alimenta Brasil Leite é uma ação do governo federal, sob a gestão do Ministério da Cidadania, em parceria com os governos Estaduais. O Programa tem como finalidade fortalecer a cadeia produtiva do leite, por meio da geração de renda do agricultor familiar, como também viabilizar o aumento do consumo, através da distribuição e abastecimento gratuitos de leite para as pessoas que estejam em situação de vulnerabilidade social ou estado de insegurança alimentar e nutricional.

“É muito positivo porque que a gente vai, além de beneficiar, doar mais de dois mil litros de leite por dia e ainda há a questão do valor pago ao produtor, que é um preço mínimo de R$ 2,35 fixo, então é uma boa remuneração ao produtor e o benefício da doação de leite para a pessoa necessitada”, destacou o diretor geral da Natville, Flávio Dantas.

Em Sergipe, a coordenação está sob a responsabilidade da Seagri. “Um programa muito abrangente que irá atender todo Médio e Alto Sertão, um contrato de quase R$ 4 milhões que tem o custo social muito grande. Primeiro, porque a aquisição desse leite é através de pequenos produtores da agricultura familiar. Segundo, a distribuição é para as pessoas carentes, pessoas que não têm condições, e durante um ano, podendo ser ampliado se conseguirmos alcançar uma meta que o ministério determina. A gente quer  dobrar, ainda este ano, a quantidade de leite ofertado. Então, além de propiciar a compra do leite através do pequeno produtor, a gente também vai ofertar simultaneamente o leite, com a distribuição em casa para milhares de pessoas diariamente”, explica o secretário de Agricultura, Zeca da Silva.
 

Sobre o PAB Leite
O PAB do Leite pretende realizar a compra, e posterior doação de leite, através da agricultura familiar, garantindo renda para os agricultores e ampliando a produção de alimentos nos municípios atendidos.

Além de assegurar a produção e manter o agricultor produzindo em suas terras, o programa ajuda a reduzir a situação de vulnerabilidade e insegurança alimentar das famílias que recebem as doações.

Garantia-Safra prorroga prazo de pagamento de boletos de adesão dos agricultores

Prazo final para pagamento foi prorrogado para 20 de abril

Agricultores familiares inscritos no Programa Garantia-Safra (GS) terão mais tempo para pagamento do boleto que confirma sua adesão ao seguro. A informação foi passada pela Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri/SE), por meio da coordenação estadual do programa, destacando que o prazo final para pagamento estabelecido para 29 de março foi prorrogado para 20 de abril. A determinação foi feita pela Coordenação Geral Operacional do Garantia-Safra, órgão do Governo Federal vinculado à Secretaria da Agricultura Familiar/Mapa, com objetivo de garantir que os mais de 19 mil agricultores inscritos tenham oportunidade de participar.

O coordenador estadual do programa, Sérgio Santana, explicou que “os boletos dos agricultores são impressos pelas secretarias municipais da Agricultura, distribuídos para os agricultores inscritos que devem confirmar a adesão com o pagamento de uma taxa de R$ 17,00 até o dia 20 de abril de 2022 nas agências da Caixa Econômica ou casas lotéricas”. Ele acrescenta que para que os agricultores sejam atendidos é necessário que o Município esteja em dia com os aportes das safras anteriores e com suas adesões homologadas.

O coordenador explica que a contribuição de R$ 17,00 dos agricultores familiares que aderem ao seguro Garantia-Safra é um critério de funcionamento. O seguro conta com a contribuição financeira dos entes federativos e dos agricultores. A Resolução 02/2021 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa estabelece o valor do benefício em R$ 850 e fixa as respectivas contribuições. De acordo com o artigo 2º da resolução, as contribuições são de R$ 17 para agricultores familiares; R$ 51 para os municípios (por agricultor que aderir em sua jurisdição); R$ 102 para os Estados (também por agricultor que aderir em sua jurisdição); e R$ 340 para a União (por agricultor que aderir ao Garantia-Safra).

Garantia Safra

O programa funciona como uma espécie de seguro agrícola para quem comprovar a perda de mais de 50% da safra, em razão de estiagem ou excesso hídrico. Podem inscrever-se agricultores que possuem renda familiar mensal de, no máximo, um salário-mínimo e meio e que plantam entre 0,6 e 5 hectares de feijão, milho, arroz, mandioca ou algodão.

Dia Mundial da Água: Cohidro protagoniza investimento de R$ 17,5 milhões para ampliar acesso à água em Sergipe

Ações são paralelas ao trabalho de racionalização do uso e controle de desvios de água

Em Sergipe, é possível comemorar o Dia Mundial da Água, neste 22 de março. A partir de ações que já vinham sendo realizadas pelo Governo do Estado e que agora ganharam força via Programa Pró-Campo, a população que vive distante das redes convencionais de distribuição, tem mais oportunidade de continuar a viver e manter a família no campo. Cada vez mais eles têm acesso à água nas obras e serviços realizados pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). Para 2022, estão programadas ações de construção ou ampliação de sistemas de abastecimento de água e dessalinizadores, recuperação de barragens e revitalização de perímetros de irrigação pública estadual. Esta que, de outro modo, se moderniza e é otimizada pela empresa pública, sanando o desperdício de água e recursos operacionais.

“O agricultor que recebeu o incentivo da Cohidro para, por exemplo, a modernização do sistema de irrigação, adotando agora a irrigação fixa e econômica, já consegue produzir mais e dedicando menos do seu tempo diário para irrigar as plantas. A microaspersão, com sistema automático e uso de fertirrigação, precisa de menos mão de obra e menos água para ter o mesmo resultado que os antigos equipamentos tinham, desperdiçando água. Sem dúvida, temos o que comemorar nestes perímetros onde ocorre a troca do velho pelo novo e a Cohidro, orientando e incentivando esta mudança, muda junto. Reduzindo o consumo diário da água para poder enfrentar melhor os períodos de estiagem e a destinação de água para o consumo humano. Visto que a população é cada vez maior”, avalia o diretor de irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Fonseca.

Segundo o diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral, pelo Pró-campo, o Governo de Sergipe vai investir R$ 981.515,83 na revitalização da estrutura física e manutenção elétrica e mecânica das estações de bombeamento (EBs) 02, do Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto, e 05 e 07, do Califórnia, em Canindé de São Francisco. “O Pró-Campo vai dar continuidade a um trabalho que vínhamos fazendo, revitalizando as EBs para ter mais capacidade técnica para atender o agricultor irrigante, melhor estrutura para os nossos funcionários operarem o sistema e sanar os desperdícios causados pelo mau funcionamento e danos provocados pelo tempo de vida dos perímetros. Todos com mais de 30 anos em operação”, considerou o presidente.

Paulo Sobral ainda reforça que, paralelo às obras, nos perímetros foram empregadas equipes para fiscalizar o desvio de água. “Ao mesmo tempo em que os desvios feitos nas tubulações da Cohidro desperdiçam água, elas deixam os agricultores mais distantes da EBs com menos pressão do sistema e às vezes até sem água. Estamos acabando com isso, racionalizando e universalizando o acesso à água”.

Infraestrutura hídrica

Para além dos perímetros de irrigação, o forte da atuação do Pró-Campo estão sendo os sistemas de abastecimento e as barragens. Eles promovem o abastecimento humano, a dessedentação animal e até mesmo pequenos projetos de irrigação. “São 72 sistemas de abastecimento que serão implantados ou recuperados, a partir de um investimento de mais de R$ 5,3 milhões. Sem falar dos mais de R$ 2 milhões do convênio firmado com a Codevasf, para também perfurar e instalar poços no interior sergipano. Outros R$ 5,7 milhões já estão sendo investidos na revitalização e ampliação de 1.021 barragens de terra, essenciais à pecuária em regiões de seca”, concluiu o presidente da Cohidro.

São obras que iniciaram em 2021 e tiveram continuidade neste ano. A diretora de Infraestrutura Hídrica e Mecanização Agrícola da Cohidro, Elayne de Araújo, destaca a barragem Chapéu de Couro, em Poço Redondo. “No assentamento Barra da Onça, as obras na barragem já começaram no mês passado e estão adiantadas. Por outro lado, em Indiaroba temos obras iniciadas para ampliar a capacidade de seis sistemas de abastecimento de água, que agora vão levar este recurso vital até as casas, promovendo mais qualidade de vida. A mesma qualidade de vida que vão ter também localidades do Sertão Sergipano, com os mais de R$ 3,3 milhões previstos no Pró-Campo para investir no Programa Água Doce. Criando novas ou ampliando as unidades de dessalinização de abastecimento de água potável e para unidades produtivas”, acrescenta a diretora.

Programa Garantia-Safra encerra inscrições com mais de 19 mil agricultores cadastrados

O resultado representa 52% a mais que os inscritos na safra anterior

A Secretaria Estadual da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), por meio da coordenação estadual do Programa Garantia-Safra, encerrou o período de inscrições com 19.570 agricultores familiares cadastrados para a safra 2021/2022. A secretaria informa que durante esta semana – entre os dias 15 e 17 de março – disponibilizará técnicos para capacitar os representantes dos sindicatos rurais e secretarias municipais do interior do estado, para operacionalizar a gestão do programa que é feito pela internet, através de sistema informatizado criado pelo Governo Federal. 

Na terça-feira, dia 15, a equipe técnica do Garantia-Safra/Seagri estará em Canindé, na quarta-feira, 16, em Poço Redondo e na próxima quinta-feira, dia 17, em Nossa Senhora da Glória, sendo esses os municípios com maior número de inscrições. Serão capacitados representantes de sindicatos, prefeitura e Emdagro que ainda têm dificuldade no preenchimento dos dados, no sistema de gestão digital do Garantia-Safra. A coordenação estadual do programa conta que tem agricultores com recursos bloqueados por inconsistência nos dados, falta de preenchimento correto do Número de Inscrição Social (NIS), e que essas informações serão resolvidas com a assistência da equipe estadual.

Safra 2021/2022

Segundo a Secretaria estadual da Agricultura o resultado dos inscritos no programa (19.570 agricultores) é extremamente positivo, visto que representa 52% a mais que os inscritos na safra anterior. Sobre os próximos passos, o órgão informa que cabe agora aos conselhos municipais (CMDS/CMDRS) realizarem a homologação dos agricultores inscritos e, na sequência, cabe à prefeitura emissão e entrega dos boletos aos agricultores para confirmar a adesão ao programa pagando uma taxa simbólica de R$ 17,00, cada agricultor. Os municípios com maior número de agricultores cadastrados são: Poço Redondo (4.257), Porto da Folha (2.457), Monte Alegre (1.987) Gararu (1.914), Nossa Senhora da Glória (1.486), Poço Verde (1.083). Os demais municípios inscreveram abaixo de mil agricultores.

O coordenador estadual do programa Garantia-Safra, Sérgio Santana, destaca que o calendário de plantio reconhecido pelo Ministério da Agricultura vai de abril a junho. “Uma das novidades para este ano é a retomada da exigência dos laudos de comprovação de perda de safra. Depois de dois anos sem a coordenação nacional exigir os laudos por conta do isolamento social provocado pela pandemia da Covid 19, nesta  safra 2021/2022 será exigido”, disse Sérgio. “Segundo a resolução do programa o prazo final para apresentar comunicação de perda vai até 29 de agosto”, completou o coordenador.

Emdagro alerta produtores de bovinos sobre vacinação contra a brucelose

Ausência de vacinação e de declaração impede a emissão da Guia de Trânsito Animal

Produtores de bovinos que não vacinarem seu rebanho contra a brucelose e não realizarem a sua declaração ficarão impossibilitados de emitir a Guia de Trânsito Animal (GTA) e de comercializar leite e laticínios no estado. O alerta foi passado pela Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe, destacando também que que tanto a vacinação quanto a declaração devem ser realizadas através de um médico veterinário cadastrado pelo órgão.

A vacinação deve ocorrer em fêmeas bovinas a partir dos 3 meses de idade e em bubalinas dos 3 aos 8 meses de idade. Novilhas e fêmeas bovinas adultas nunca vacinadas contra brucelose devem receber, obrigatoriamente, a vacina contra brucelose RB51. “Essa vacinação é obrigatória desde 2001 e exigir o atestado de declaração dela é a prova de que o rebanho está regular quanto à vacinação contra brucelose que deve ser realizadas por um ,médico veterinário cadastrado na Emdagro, cuja lista o produtor pode encontrar no site www.emdagro.se.gov.br”, disse a diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade.

“A prevenção é importante tanto para o negócio quanto para sua saúde, já que é uma doença transmissível ao homem, por isso, se o produtor não se enquadrar nas exigências legais e não vacinar seu rebanho contra a brucelose ele não vai poder emitir a GTA através do sistema Agropecuário Siapec3, ficando, assim, impossibilitado de transitar com seu rebanho, e também aquele produtor de leite que mantenha comercialização com algum laticínio vai ficar proibido de fazê-lo”, concluiu a diretora.

Brucelose

A brucelose é uma doença provocada por bactérias do gênero Brucella. Os bovinos são acometidos pela espécie Brucella abortus. Esta doença gera grandes impactos na produção de leite, visto que causa problemas reprodutivos, sendo responsável por 20 a 25% de perdas na produção de leite.

Nos animais, a doença causa problemas reprodutivos como a diminuição da produção do leite e a diminuição da produção de bezerros. No homem causa febre, excesso de suor, dores do corpo e pode até causar problemas cardíacos.

Município de Lagarto recebe Crédito Fundiário Itinerante

Ação foi centralizada em Lagarto, mas atendeu produtores de toda a região

Depois de ter passado pelo Alto Sertão Sergipano, a equipe técnica da Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) por meio da empresa vinculada Pronese, realizou o Crédito Fundiário Itinerante. A ação aconteceu na quarta-feira, 9, na secretaria municipal da Agricultura de Lagarto. Segundo o Gerente da Unidade Técnica Estadual do programa, Carlos Guedes, a iniciativa de levar a equipe técnica para o interior tem o propósito de atender diversas demandas dos agricultores como, substituição de agricultores assentados, prestação de contas e orientação sobre inventário das propriedades. “O principal objetivo, em Lagarto, foi realizar atualizações nas Declarações de Aptidão ao Pronaf (DAPs) dos agricultores, visto que trata-se de um dos critérios para inscrição no Programa Garantia-Safra, com prazo de encerramento dia 12 de março”.

O gerente da Unidade Técnica disse que a ação foi centralizada em Lagarto, mas atendeu produtores de toda a região. “Recebemos também produtores de Simão Dias, Riachão do Dantas. São cerca de 400 famílias assentadas pelo Crédito Fundiário na região que precisa de assistência técnica, uma iniciativa avaliada como bastante positiva pelo secretário de estado da Agricultura , Zeca da Silva, que já determinou a realização em outros municípios”.

Segundo a equipe técnica, a iniciativa é válida porque além de resolver os problemas burocráticos do programa, evita prejuízo para o agricultor que muitas vezes não tem o dinheiro da passagem nem desembaraço para ir à capital, outros não têm o dinheiro da refeição. Sem contar que perde um dia de trabalho. “Para realizar um dia de atendimento ao público é necessário espaço físico com computadores e acesso à internet. Toda essa infraestrutura foi disponibilizada para a secretaria municipal da Agricultura. Desde já agradecemos ao secretário Túlio Simões pela parceria”, acrescentou Carlos Guedes.

O que é a DAP?

É a Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, documento de identificação da agricultura familiar que pode ser obtida tanto pela agricultora e agricultor familiar (pessoa física) quanto pelo empreendimento familiar rural como associações, cooperativas, agroindústrias entre outros.

A equipe de governo de Sergipe, além do gerente Carlos Guedes contou com Jailton Teles Barreto, técnico em prestação de contas; os técnicos em elaboradores de DAPs e IGS: Luiz Prado, Germano Azevedo e José Carlos de Jesus; os técnicos que trataram de Substituição: Izabel e Sérgio Façanha. Das instituições municipais, participaram a representação da secretaria municipal da agricultura, participaram também representantes do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável, da Cooperativa e do Sindicato Rural de Lagarto.

Mulheres sergipanas geram renda familiar e impactam em dados positivos para a economia

Mulheres do campo demonstram o seu potencial produtivo e protagonismo nas diversas áreas

O trabalho das mulheres do campo tem peso importante para a renda familiar e para a economia local. Elas realizam uma diversidade de atividades remuneradas como pescadora, costureira, artesã, agricultora e criadora de pequenos animais, nas áreas da avicultura e ovinocaprinocultura, como também no beneficiamento e processamento de alimentos.

Na semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, o testemunho de mulheres do campo demonstra o seu potencial produtivo e a importância do trabalho da mulher para a economia; também avanços no auto-reconhecimento enquanto protagonista no aspecto econômico, auto-organização dos grupos de mulheres que encontraram nesse espaço de participação a oportunidade de empoderamento político e de valorização do papel feminino na sociedade. Por outro lado, expressam o sentimento de que muito ainda precisa ser feito, quanto ao reconhecimento e visibilização do trabalho não remunerado, quanto à criação de mais oportunidades de gerar renda e participar da gestão financeira mais ampla na casa e na comunidade, e ainda na redução da violência, na divisão justa do trabalho doméstico e nos cuidados com a família.

É inspirador o exemplo de Edjane Alves das Neves, presidente da Associação dos Pescadores do Povoado Betume, em Neópolis. Ela e outras mulheres resolveram participar das atividades produtivas de criação intensiva de peixe em tanque-rede. “Nos unimos aos homens e fomos buscar financiamento para ampliar nossa produção. Hoje cultivamos cerca de duas toneladas por ano. Nossa renda melhorou muito, ampliamos nossas casas e estamos criando nossos filhos com mais condições”, disse Edjane.

Quinze mulheres da Vila Operária Passagem, em Neópolis, dão exemplo de que a união pode transformar a realidade. A artesã Lígia de Oliveira Santos conta que a ociosidade era o sentimento comum, então se uniram em associação, aprenderam a fazer o artesanato em palha de ouricuri e, hoje, são referência em todo o estado pela qualidade de suas peças. “Nós primeiro aprendemos a técnica com uma amiga, aperfeiçoamos em um curso no Sebrae, conseguimos financiamento e hoje fazemos cerca de mil reais na venda do artesanato”, destacou. “Não me vejo sem fazer essa atividade”, conta a artesã Maria da Conceição.

Transformações

Segundo a consultora do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), Rodica Weitzman, o Projeto Dom Távora realizado pelo Governo de Sergipe, em parceria com o FIDA, traz conquistas importantes para transformações nas relações de gênero, raça e etnia. Para ela, as mulheres exercem diversas funções, enquanto pescadoras, artesãs, quilombolas, agricultoras ou criadoras de pequenos animais, em múltiplas identidades que deveriam ser reconhecidas. “Houve um divisor de águas dentro do Projeto Dom Távora, que foi a implementação das Cadernetas Agroecológicas para registrar e visibilizar essa produção que as mulheres protagonizam no seu cotidiano, a partir das relações que constroem com a natureza e com outras pessoas, enquanto guardiãs da sociobiodiversidade”, afirma Rodica Weitzman.

Segundo ela, o Dom Távora é o projeto que mais dá apoio e visibilidade ao trabalho das mulheres no artesanato, dentre todos os projetos apoiados pelo FIDA no semiárido. “Não se restringe a um tipo de artesanato (palha, cerâmica e vários bordados). Essa diversidade testemunha as tradições culturais, demonstra a riqueza transmitida de geração para geração e o papel fundamental das mulheres na manutenção deste patrimônio cultural. Outro indicador importante dos avanços do projeto tem a ver com esta dimensão do empoderamento político. Hoje vemos uma representação mais expressiva, uma vez que muito mais mulheres têm ocupado cargos na gestão das associações e de outras organizações de base comunitária. O projeto vem incentivando a participação das mulheres nas comissões de licitação ou de compra, reconhecendo o lugar da mulher na gestão financeira dos planos de negócio. De acordo com Rodica Weitzman, o Projeto Dom Távora está deixando várias sementes. “Agora apenas falta regá-las com cuidado, para que possamos deixar como legado plantas fortificadas que crescem em terras adubadas. Assim, vamos abrindo caminhos para garantir a sustentabilidade das estratégias que foram colocadas na prática, na região semiárida do Sergipe”, completou Rodica.

Para a representante da Federação dos Trabalhadores e Agricultores Familiares de Sergipe (Fetase), Nadriele Rocha, neste dia 08 de março é importante ressaltar a importância da mulher, trabalhadora rural, agricultora familiar e trabalhadora do campo. “A mulher tem seu protagonismo na produção agrícola, desde a semeadura até a colheita, mas apesar de sempre fazerem parte de todo o processo, as mulheres eram vistas em seu grupo familiar como ajudantes. Através de muitas lutas travadas por movimentos sindicais e sociais, as mulheres vem conquistando o empoderamento feminino e um protagonismo muito grande em qualquer atividade que ela exerce, principalmente na área rural”, afirmou. De acordo com Nadriele, é importante ter exemplos de mulheres vencedoras no campo. “Isso para que nós mulheres possamos nos ver como espelhos e ser espelho para outras mulheres, seja nas cozinhas, nas casas de farinha, nas lavouras, em qualquer espaço, pois lugar de mulher é onde ela quiser”, ressaltou.

Governo do Estado entrega implementos que têm beneficiado agricultores familiares de Sergipe

O maquinário é de grande utilidade nas lavouras de nossos agricultores, principalmente para atender os pequenos produtores que trabalham com a agricultura familiar

Munir as localidades mais necessitadas com equipamentos apropriados para o preparo e a aragem da terra, a fim de garantir um bom plantio e uma colheita satisfatória. Foi com esse propósito que o Governo do Estado entregou recentemente 25 tratores e implementos agrícolas, para associações e prefeituras do interior, que estarão disponíveis aos agricultores familiares, em municípios sergipanos. Adquiridos com recursos próprios e do governo Federal, através de emendas parlamentares de deputados sergipanos, as máquinas estão sendo distribuídas por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e Pesca (Seagri) em municípios dos oito territórios do Estado.
 
Para a secretária de Agricultura do município de Feira Nova, Silvana Moura, o maquinário chegou em uma boa hora. “Os novos equipamentos trarão maior rapidez ao plantio e à colheita em nosso município. Aqui serão beneficiadas mais de 300 famílias de agricultores que vão receber a terra arada e pronta para o plantio do milho e do feijão, nossas principais culturas”, destacou. “Nosso povo é muito grato ao governador Belivaldo e à Seagri por essa conquista. Uma ajuda ótima para nossos agricultores, que não tinham condições de pagar por esse serviço”, afirmou Silvana ao observar que no ano passado a hora de uso de um trator chegava a ser cobrada por R$ 220,00 a R$ 240,00. “Um custo muito alto para quem depende da agricultura para sua subsistência”, pontuou.   
 
O secretário de Agricultura do município de Pedrinhas, Neudo Cardoso, também concorda que os equipamentos chegaram na hora certa. “O maquinário recebido será de grande utilidade nas lavouras de nossos agricultores, principalmente para atender os pequenos produtores que trabalham com a agricultura familiar”, disse ao agradecer o trator e a plantadeira entregues pessoalmente pelo secretário Zeca da Silva. “Ficamos muito satisfeitos em receber a visita do secretário em nosso município e pela notícia que ele nos trouxe, de que o Governo do Estado está trabalhando para revitalizar a citricultura de Sergipe”, comemorou.
 
“Sabemos da importância desse maquinário para a agricultura familiar de nossos municípios e estamos felizes em poder proporcionar essa estrutura aos nossos agricultores”, disse o secretário Zeca da Silva, ao destacar que os equipamentos agrícolas foram doados pelo governo Federal, através de emendas parlamentares. Para ele, uma de suas prioridades enquanto secretário de Estado será atuar na revitalização da citricultura de Sergipe. “Esse é um dos meus sonhos e para realizá-lo já estamos com um projeto junto à Emdagro, a fim de fortalecer essa atividade agrícola que tanto necessita de revitalização”, disse ao reiterar o compromisso do governo do Estado.

Governo

Última atualização: 2 de março de 2022 12:10.

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