Cestas básicas com produtos da agricultura familiar serão distribuídas para comunidades rurais vulneráveis

Parceria entre Governo de Sergipe, FIDA e Fundação Banco do Brasil possibilitará a doação de 2.200 cestas básicas a 1.100 famílias vulneráveis do interior e da capital sergipana

Trazendo benefícios em duas frentes, uma ação solidária irá valorizar a produção da agricultura familiar e ajudar a quem mais precisa com a entrega de cestas básicas. Em videoconferência realizada esta semana pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), com representantes da Secretaria de Estado da Agricultura do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), da Fundação Banco do Brasil e da Associação Camponesa de Sergipe (Accese) culminou com a aprovação para compra e doação de 2.200 cestas básicas para 1.100 famílias em situação de vulnerabilidade social.

As cestas serão adquiridas com recursos da Fundação Banco do Brasil e, para que cheguem com segurança até os beneficiários, os demais parceiros se encarregarão da logística. A representante da Fundação Banco do Brasil reforça a importância da união de esforços e da atuação de cada um na realização de ações de responsabilidade social.  “Esta iniciativa faz parte de um conjunto de ações emergenciais realizadas pela Fundação Banco do Brasil, como forma de enfrentamento à pandemia de Covid-19, na mitigação dos seus efeitos junto às comunidades”, disse Rosangela.

A proposta foi apresentada pela Accese, será responsável, em parceria com o Movimento Camponês Popular no estado de Sergipe (MCP), pela aquisição dos produtos junto aos agricultores familiares sergipanos, e posterior montagem e distribuição das cestas básicas. “Para nós, é uma satisfação muito grande criar essa parceria, que possibilita produzir, garantir a comercialização dos agricultores, que estão passando por dificuldades para vender seus produtos nessa pandemia, além de garantir que as comunidades camponesas e da cidade que estão necessitando possam ter alimentos saudáveis para seguir fortes na caminhada, na luta. Essa é a nossa maior felicidade: poder ajudar nas duas pontas; os camponeses e aqueles que precisam de alimentos”, explicou o representante da Accese, Philip Alves.

Ainda de acordo com o representante da Accese, os seguintes itens compõem a cesta básica: massa de milho, feijão, arroz, farinha de mandioca, frutas, raízes e tubérculos, bolos, bolachas e milho verde – produtos saudáveis, oriundos da agricultura familiar, e produzidos com sementes crioulas – além de máscaras de proteção respiratória. Serão entregues duas cestas a cada família de comunidades quilombolas, pescadores e marisqueiras do interior e da capital sergipana.

A secretaria de Estado da Agricultura será responsável por apoiar a logística de entrega das cestas. “Nós parabenizamos o FIDA por realizar essa mobilização positiva e frutífera, que conta com o importante apoio da Fundação BB em benefício da população sergipana. Brevemente, o Governo do Estado irá anunciar mais uma ação de fomento à agricultura familiar, por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), como forma de continuar ajudando na comercialização dos produtos da agropecuária sergipana em parceria com a Secretaria de Estado da Inclusão Social (SEIAS)”, ressaltou o secretário da Agricultura, André Luiz Bomfim Ferreira. Após a reunião, o André Bomfim entrou em contato com o Campus do Sertão da Universidade Federal de Sergipe (UFS), que se comprometeu a disponibilizar álcool para a higienização, durante a entrega das cestas.

Parceria entre Seagri Sergipe e colaboradores do Fida promove a doação de máscaras de proteção respiratória

As comunidades que receberam os recursos para confecção das máscaras são simbólicas porque estão entre as 15 comunidades com baixo Índice de Desenvolvimentos Humano (IDH) que foram apoiadas pelo Projeto Dom Távora e já estão com a atividade produtiva em pleno funcionamento.

Uma parceria entre a Secretaria de Estado da Agricultura de Sergipe (Seagri-SE) e funcionários e consultores do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) resultou na doação de aproximadamente R$ 4 mil, destinados à confecção e distribuição de máscaras de proteção respiratória, no combate à COVID-19, pelas próprias comunidades do interior sergipano.

“A doação forma um círculo de benefícios, ou seja, ao mesmo tempo em que os recursos vão para a confecção das máscaras por parte das costureiras que mais necessitam de ajuda financeira no interior, os produtos de proteção respiratória serão doados para outras comunidades em situação de vulnerabilidade também no interior do Estado”, explica o secretário da Agricultura de Sergipe, André Luiz Bomfim Ferreira.

Os grupos de costureiras apoiados para confecção das máscaras são: Associação de Desenvolvimento Comunitário dos Moradores do Povoado Rua do Fogo, localizada no povoado Caraíbas de Baixo – Rua do Fogo, município de Simão Dias; e Associação Quilombola Dona Paqueza Piloto, quilombo Caraíbas, município de Canhoba.

O secretário explica que tanto para o FIDA quanto para a Seagri, as comunidades que receberam os recursos para confecção das máscaras são simbólicas porque estão entre as 15 comunidades com baixo Índice de Desenvolvimentos Humano (IDH) que foram apoiadas pelo Projeto Dom Távora e já estão com a atividade produtiva em pleno funcionamento – corte e costura e o artesanato. “Além disso, as costureiras da Rua do Fogo foram as primeiras a tomar a inciativa de produzir máscaras de proteção contra a Covid-19. Já as costureiras das Caraíbas são as únicas de Território Quilombola produzindo máscaras, entre as atendidas apoiadas pelo Projeto Dom Távora”, destaca André Bomfim.

O oficial do FIDA para a Divisão da América Latina e Caribe, Leonardo Bichara, ressalta o efeito multiplicador desta iniciativa. “Neste momento de pandemia, as máscaras compradas com os recursos e distribuídas em outras comunidades beneficiárias podem gerar um efeito bastante positivo. Serão disponibilizadas para outros grupos de mulheres artesãs e quilombolas, despertando o interesse em participar da ação e levando a um potencial efeito multiplicador na área de atuação do projeto. Estamos confiantes que isso aumentará a força do associativismo nas comunidades rurais do Estado”. Ele informou que esta é a segunda doação voluntária dos colaboradores do FIDA. A primeira foi para a Associação de Artesãos de Ipiranga (ASSARIPI), assistida pelo Projeto Viva o Semiárido, no Piauí, resultando na confecção das máscaras que foram doadas à APAE do município piauiense.

Agricultores familiares começam a receber sementes para plantio

Governo de Sergipe, FIDA, Embrapa e Di Solo iniciam distribuição de mais de 40 toneladas de sementes de milho, feijão, sorgo e hortaliças

O clima favorável e a semente na mão do agricultor são sinais de boa safra. Então, é tempo de aproveitar para fazer o plantio. A Secretaria de Estado da Agricultura do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) já começou a realizar a distribuição de sementes para agricultores familiares. Diferente dos anos anteriores, este ano, as sementes foram adquiridas através de parcerias com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e com a empresa Di Solo, distribuidora de sementes certificadas. Tradicionalmente, as sementes distribuídas pelo Governo de Sergipe eram adquiridas a partir do Fundo Estadual de Combate à Pobreza, cujos os recursos, este ano, estão sendo aplicados em ações de enfrentamento à pandemia, como o Cartão Mais Inclusão e, dentro em breve, o Programa de Aquisição de Alimentos.

Com todos os cuidados recomendados pelas organizações de saúde para a prevenção do contágio pelo coronavírus, a primeira etapa da distribuição começou na quinta-feira, 28, nos municípios de Canindé de São Francisco e Poço Redondo. As sementes da primeira entrega foram do lote doado pela Embrapa (800 kg de milho e 800 kg de sorgo), que são fruto do projeto Lagos do São Francisco, resultado de parceria com a Chesf e que, em Sergipe, conta com o apoio da SEAGRI e das prefeituras dos municípios atendidos. Segundo o secretário de Estado da Agricultura, André Luiz Bomfim Ferreira, a segunda etapa do Programa de Distribuição de Sementes para outros municípios vai acontecer na primeira semana deste mês de junho.

“O novo lote de sementes é resultado da parceria com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), através do Projeto Dom Távora, e com a empresa do setor agrícola Di Solo. E ainda teremos um suprimento de sementes de hortaliças. Devido à destinação prioritária de recursos para o combate à Covid-19, fomos autorizados pelo governador Belivaldo Chagas a buscar parcerias para dar continuidade ao programa de distribuição de sementes e, dessa forma, apoiar o agricultor familiar nesse momento tão difícil. Serão mais de 40 toneladas de sementes de grãos distribuídas em diversos municípios, aproveitando o período de plantio agora, entre final de maio e início de junho. Teremos milho, feijão, sorgo e hortaliças, que são as sementes mais importantes para os nossos agricultores”, destaca André Bomfim. Ainda segundo o secretário, nas próximas semanas, serão divulgadas informações a respeito do Programa de Aquisição de Alimentos, que irá auxiliar os produtores no escoamento da sua produção, dificultada pela pandemia.

O pesquisador responsável pela coordenação do Projeto Lagos na Embrapa, Rebert Correia, conta que, além das sementes doadas, outras ações irão beneficiar agricultores familiares sergipanos. “O Projeto possui 10 Planos de Ação (bovino, caprino, ovino, abelhas, fruticultura de sequeiro e em área irrigada, hortaliças, recuperação de mata ciliar, beneficiamento de frutas e leite e culturas alimentares, tem duração de três anos, com previsão de beneficiar diretamente e indiretamente 4.000 produtores, envolvendo 12 municípios de quatro estados (SE, AL, BA e PE), sendo Canindé de São Francisco, Nossa Senhora da Glória e Poço Redondo em Sergipe”, disse. Rebert destaca, ainda, a importância da doação, que servirá de reserva alimentar para os rebanhos, considerando ser este um ponto crítico para os produtores do semiárido nordestino.

Nascem os primeiros bezerros do programa de Inseminação Artificial em Tempo Fixo 2019

Programa de Melhoramento Genético realizado pela Seagri, Emdagro e Banese, busca elevação da produtividade da bacia leiteira sergipana

Em meio à pandemia de Covid-19, surgem boas notícias na pecuária. Neste mês de maio, no Alto Sertão sergipano, nasceram os primeiros bezerros do programa de Melhoramento Genético realizado em 2019 pelo Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) em parceria com o Banco do Estado de Sergipe (Banese), e execução técnica da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro). O programa disponibiliza, para o pequeno criador, a Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), que aumenta a taxa de prenhez e a produtividade do rebanho, visando elevar a produtividade da bacia leiteira do Semiárido sergipano. Na última segunda-feira (25), em Monte Alegre, começaram as parições. Na Comunidade Couro, nasceu um bezerro fruto do IATF 2019, no rebanho do produtor José Mario dos Santos.

Dados divulgados pela Secretaria de Estado da Agricultura no início do ano indicaram que, em 2019, o programa de IATF foi executado com sucesso e proporcionou a inseminação de 1.215 vacas de pequenos produtores de leite na região, superando a meta inicial, que era de inseminar 975 animais. Obteve-se um índice de prenhez de 43,8% e, a partir deste mês de maio, é esperado o nascimento de 532 bezerros. A expectativa é que os animais nascidos em 2020, somados aos 157 bezerros nascidos em 2019 a partir da inseminação realizada em 2018, insiram 689 animais melhorados geneticamente em 15 municípios da região. 

“É necessário destacar que o Programa de Melhoramento Genético por IATF e outras ações de fomento realizadas pelo Governo de Sergipe junto aos criadores, como a distribuição de sementes de milho e de palma forrageira para reserva alimentar do gado no período da estiagem, bem como o processo de regularização das queijarias, comprovam a relevância da bacia leiteira sergipana, que produz mais de um milhão de litros de leite por dia, fortalecendo cada vez mais pequenos, médios, grandes produtores e indústrias de beneficiamento do leite”, ressalta o secretário de Estado da Agricultura, André Bomfim.

A coordenadora de Assistência Técnica da Emdagro, Izildinha Aparecida de Carvalho Dantas, conta que as primeiras inseminações do segundo ano do programa foram realizadas em agosto de 2019, mas no mês de abril, como prenúncio de uma boa nova, uma bezerra nasceu de parto prematuro, filha de Gir Leiteiro, e está exigindo cuidados especiais por parte do produtor Manoel de Jesus Almeida [conhecido como Castelo] na propriedade Santa Isabel, no Território Quilombola de Serra da Guia. “A Emdagro prontamente deu as orientações técnicas necessárias para preservar a vida da bezerra. Dona Rita Feitosa, esposa do senhor Castelo, nos informou que seguiu os cuidados recomendados e a bezerra está bem. Outros nascimentos já estão ocorrendo no Sertão”, pontua Izildinha. A empresa de assistência técnica do estado é responsável pela gestão do programa, fazendo seleção dos produtores, das vacas a serem inseminadas e o acompanhamento técnico de todas as fases do processo de inseminação tais como protocolos hormonais, avaliação reprodutiva das vacas, inseminação e diagnóstico de prenhez.

O produtor Claudesvan Aparecido Soares – Devan, como é conhecido na localidade – e sua esposa Maria Zenilda Rosa, residentes no projeto Califórnia, em Canindé de São Francisco, começaram com cinco matrizes mestiças de holandês. Com o rápido retorno financeiro para a família, ampliaram para doze matrizes. Selecionado para participar do programa de inseminação artificial do governo do Estado através da Emdagro de Canindé, do seu plantel foram inseminadas nove matrizes. Após o DG – diagnostico gestacional, constatou-se a prenhez de sete matrizes inseminadas, um percentual excelente, de mais de 70%. “Já nasceram três, duas fêmeas e um macho, das sete que ficaram prenhe. A bezerrada tá bonita e esse projeto tem tudo para dar certo, principalmente porque vem para melhorar a qualidade do rebanho”, confirma o produtor.

Ampliação e continuidade
O convênio entre a Seagri e o Banese foi iniciado em 2018, quando foram investidos R$ 70 mil na execução do programa em quatro municípios (Nossa Senhora da Glória, Monte Alegre, Poço Redondo e Canindé do São Francisco), nos quais 50 produtores foram beneficiados com a inseminação de 475 animais. Daquele ano, o programa resultou no nascimento de 162 bezerros, provenientes das vacas leiteiras inseminadas com sêmen de animais de alta linhagem das raças Holandesas, Girolando e Gir Leiteiro. Já em 2019, a ação foi ampliada e o Banese disponibilizou R$ 155 mil para a inseminação de animais de 276 criadores de 15 municípios. Segundo o secretário André Bomfim, em 2020, a Seagri pretende continuar levando essa tecnologia a mais produtores.

Sergipe inicia primeira etapa da campanha de vacinação contra Febre Aftosa em 1º de junho

Emdagro estima vacinação de 1,1 milhão de cabeças de bovinos e bubalinos até o final do mês

Começa na próxima segunda-feira, 1º de junho, a primeira etapa da campanha de vacinação contra a Febre Aftosa de 2020 em todo o Nordeste, exceto a Bahia. Agendada para ocorrer em maio deste ano, a campanha foi adiada por um mês, por conta do isolamento preventivo à pandemia do coronavírus. Responsável pela campanha em Sergipe, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), chama a atenção dos criadores para a importância da vacinação. A meta é de vacinar 1,1 milhão de cabeças de bovinos e bubalinos até o dia 30 de junho, para que Sergipe siga sendo considerada Zona Livre de Febre Aftosa – este ano, ainda com vacinação.

Segundo a diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade, deverá ser vacinado todo o rebanho: de mamando a caducando. “As vacinas devem ser adquiridas nas lojas autorizadas pelo Ministério da Agricultura; e precisam ser transportadas e mantidas, até a hora de vacinar, em caixas de isopor com gelo. O criador deverá preencher a declaração de vacinação, que está no site da Emdagro e nos escritórios locais da empresa. Depois enviar essa declaração e a nota fiscal pelo Whatsapp, e-mail ou entregar presencialmente, em dos escritórios em seu município”, orienta Aparecida.

Os frascos contendo as vacinas contra a Febre Aftosa devem ser mantidos, do momento da compra até o da aplicação, na temperatura recomendada entre 2°C e 8°C. Também são orientações da Emdagro que a dosagem de 2ml da vacina seja aplicada em cada animal, por meio de injeção na parte da ‘tábua do pescoço’ do bovino ou bubalino. Segundo os técnicos da Emdagro, essa é uma forma de evitar o surgimento de abcessos vacinais nas partes de onde são feitos o aproveitamento dos cortes mais nobres de carne, como o lombo – de onde são extraídos o contrafilé e a picanha.

Este ano, devido ao isolamento social recomendado, a Emdagro receberá as cópias da declaração de vacinação preenchida pelos pecuaristas e as notas ficais das vacinas, adquiridas em revendas agropecuárias autorizadas pelo MAPA, através do número (79) 99191-4341, pelo aplicativo Whatsapp; pelo e-mail codea@emdagro.se.gov.br ou pessoalmente, em um dos escritórios locais da empresa nos municípios (vide horário especial de funcionamento). A declaração de vacinação, comumente disponível nos escritórios, também pode ser baixada no site da empresa: www.emdagro.se.gov.br.

Todos os anos, a campanha contra a Febre Aftosa acontece em duas etapas: a primeira realizada no mês de maio, e a segunda, no mês de novembro. Este ano, o adiamento foi oficializado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em abril, atendendo às solicitações das agências de defesa sanitária que compõem o Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária (FONESA). Há 25 anos, o estado de Sergipe é livre da Febre Aftosa com vacinação. O que contribuiu para que o todo o território nacional, desde 2018, seja área livre da Febre Aftosa com vacinação. “Se Sergipe alcançar um índice de vacinação acima de 95% este ano, os criadores estarão contribuindo para que o estado consiga, futuramente, o status de área livre da Febre Aftosa sem vacinação”, completou Aparecida Andrade.

Comunidade quilombola beneficiada pelo Dom Távora adere à produção de máscaras e entra na luta contra o novo coronavírus

A comunidade esteve entre as atendidas pelo Projeto Dom Távora, o que possibilitou a reforma da sede da associação, a aquisição de máquinas, equipamentos e aviamentos para o artesanato com tecidos, além de terem recebido capacitação na qualificação dos produtos e gestão do negócio.

As comunidades quilombolas, que são referência na luta em defesa de seus territórios, de sua cultura e de tudo o que envolve suas tradições ancestrais, continuam mostrando a força da resistência nesse período de combate ao coronavírus. Exemplo dessa superação é a comunidade quilombola Caraíbas, no município de Canhoba – Médio Sertão sergipano. Lá, as famílias que trabalham no processo de produção do bordado entraram na luta contra a pandemia e estão produzindo máscaras de proteção respiratória.

“Nós trabalhamos com o artesanato em tecido com ênfase no bordado Ponto de Cruz, mas nesse momento, estamos fazendo máscaras de proteção ao contágio pelo coronavírus. É um momento difícil, mas precisamos resistir para existir, para garantir, na comunidade, a segurança na saúde e na geração de renda”, disse a artesã e líder do quilombo Caraíbas, Nézia Santos.

Ela cita importantes vitórias da comunidade, como o reconhecimento do quilombo pela Fundação Cultural Palmares em 2005, prosseguindo com a formalização da Associação Quilombola Dona Paqueza Piloto, em 2008, quando se intensificaram as conquistas. “Dentro da Associação, criamos grupos de trabalho, como a do artesanato e da criação de suínos e galinha, como meios de aumentar a renda das famílias e a autonomia financeira das mulheres e dos jovens”, relatou Néze. Em 2017, a comunidade esteve entre as atendidas pelo Projeto Dom Távora, sendo contemplada com recursos do Governo de Sergipe em parceria com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), que possibilitaram a reforma da sede da associação, a aquisição de máquinas, equipamentos e aviamentos para o artesanato com tecidos, além de terem recebido capacitação na qualificação dos produtos e gestão do negócio.

O testemunho do quilombola Jeferson Jovino Santos confirma o protagonismo dos jovens na comunidade rural. “Estou ajudando minha família no trabalhando da confecção de máscaras em favor da saúde e da geração de renda”, contou.  Segundo ele, a comunidade recebe encomendas tanto de máscaras de proteção facial quanto de produtos diversos, como jogos de cozinha, banheiro, toalhas e lençóis, pelo telefone (79) 99657-7203.

De acordo com dados da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca de Sergipe (Seagri), há comunidades quilombolas em sete municípios sergipanos apoiados pelo Projeto Dom Távora. “São 572 famílias quilombolas atendidas pelo governo em parceria com o FIDA, para o fortalecimento da economia das famílias e valorização das mulheres e jovens, com atividades como artesanato, ovinocultura e piscicultura, as quais estamos também ajudando a integrar à cadeia produtiva do turismo de base comunitária”, disse o secretário de Estado da Agricultura, André Bomfim.

Avicultores criam Rede de Produtores de Ovos Caipira e Ovos de Capoeira para fortalecer comercialização

Associação atendida pelo Projeto Dom Távora recebe orientação do PNUD e da Emdagro na região Centro-Sul

Para fomentar o escoamento da produção, agricultores familiares da região Centro Sul organizaram a Rede de Produtores de Ovos Caipira e Ovos de Capoeira. A iniciativa surgiu como desdobramento dos Planos de Investimentos Produtivos apoiados pelo Projeto Dom Távora, implementado pelo Governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), em parceria com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA). O grupo de produtores está recebendo orientação técnica de consultores do Programa das Nações Unidas (PNUD) e técnicos da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro), que apostam na criação de um entreposto de comercialização de ovos.

Segundo o consultor Daniel Nakabayashi, do PNUD, a produção, que antes era vendida de forma individual nas feiras livres, parte para uma metodologia de venda coletiva, solidária e articulada em rede, e pretende agrupar 96 agricultores e agricultoras. “Tiveram um vertiginoso aumento da produção que hoje supera 800 dúzias semanais, vendidas ao custo médio de R$ 5,50 a dúzia. Além da organização dos produtores, visando ao escoamento da produção, temos como ações paralelas a formalização de um entreposto de ovos e a conquista do selo SIE – Serviço de Inspeção Estadual, que autoriza a comercialização estadual”, destaca Nakabayashi.

Os produtores Eugênio de Jesus Ribeiro e sua esposa Josefa Graciane Pinto Santos participam da rede como representantes da Associação Comunitária Frutos do Amanhã, povoado Tanque Novo, município de Poço Verde. O casal relata que cria os animais no sistema semiextensivo, e que pastejam em um banco de proteína da família. “Nós temos 60 galinhas de postura que criamos alimentando ora com ração concentrada de milho, ora soltas na malhada de palma e leucena. Além disso, temos uma boa reserva de água e toda higiene necessária”, diz Eugênio.

Outra produtora que faz parte da mesma associação, Josiete, mostra com orgulho o resultado da produção. Ela diz que a comunidade passou a usar as redes sociais em benefício da atividade econômica. “Temos usado o whatsapp como comunicação direta para receber orientação da assistência técnica, e também para organização da rede de produtores nesse período de recolhimento social por conta do coronavírus”, explica.

O secretário de Estado da Agricultura, André Bomfim, pontua que a fase atual do Dom Távora é a de busca de arranjos para comercialização. “Temos uma produção numerosa e de qualidade. A necessidade, agora, é atender os anseios do mercado, verificando as oportunidades que esse produto tem e quais as tecnologias necessárias para melhorar a comercialização”, avalia.

O coordenador geral do Projeto Dom Távora, Gismário Nobre, acrescenta que o desempenho dos projetos de criação de galinhas e o desdobramento com a criação do entreposto de ovos de capoeira na região Centro Sul fazem parte de uma estratégia a ser expandida para outras cadeias produtivas. “Em todos os nossos empreendimentos produtivos, estão sendo valorizados aspectos como construção de rede de mercado, fortalecimento da agricultura familiar, garantia de produção agroecológica e participação efetiva de nosso público prioritário, como jovens, mulheres e comunidades e quilombolas”, enfatizou Gismário.

Investimentos na avicultura

Pelos dados do Projeto Dom Távora, a cadeia produtiva da avicultura foi a que mais recebeu investimentos, depois da ovinocultura. Foram beneficiadas 909 famílias com a implementação de 44 projetos com atividade de avicultura caipira, em 10 dos 15 municípios da área de atuação do projeto em Sergipe. A Rede de Produtores de Ovos Caipira e Ovos de Capoeira está localizada no município de Poço Verde e disponibiliza o contato de Eugênio de Jesus Ribeiro pelo whatsapp (79) 9 9967-4626, para encomendas.

Parceria entre Embrapa AL, SEAGRI e SETUR planeja fomento ao turismo rural através de roteiros gastronômicos

Projeto contará com o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID e traz preocupações com o pós-pandemia

Na última semana, uma videoconferência entre os secretários de Estado do Turismo e da Agricultura, e a Embrapa Alimentos e Territórios, sediada em Maceió (AL), deu início a uma parceria com foco principal em potenciais Roteiros Gastronômicos nos dois estados e em Pernambuco, bem como suas interfaces com os setores do Turismo, Agricultura e Meio Ambiente. Segundo a Embrapa, a iniciativa se alinha com seu objetivo institucional de gerar pesquisas e soluções tecnológicas para a valorização dos produtos da biodiversidade e desenvolvimento sustentável dos territórios brasileiros, e constitui uma oportunidade de desenvolvimento de um projeto conjunto, com o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID.

Sobre o encontro preliminar dos gestores sergipanos com o técnico da Embrapa, Ricardo Elesbão, o Secretário de Estado da Agricultura, André Bomfim, destacou que a proposta da parceria gera perspectivas positivas de valorização de atividades típicas de determinadas regiões do Estado, como a pesca do Baixo São Francisco e as queijarias do Alto Sertão. “A exploração de roteiros gastronômicos associados ao turismo rural tende a gerar uma cadeia de desenvolvimento nessas regiões a partir da geração de renda de muitas comunidades rurais, que por vezes possuem baixo IDH. Nesse caso, devem ser envolvidos pescadores, marisqueiras e as cadeias produtivas dos engenhos e do artesanato. Algumas dessas rotas já estão bem consolidadas. Pretendemos fortalecer os roteiros já existentes, juntamente com a Setur, e ampliar para novas atividades, quando passar essa fase de pandemia”, disse André.

Ricardo Elesbão explica que a demanda surgiu da unidade nova da Embrapa, ‘Alimentos e Territórios’, que apesar de sediada no estado vizinho, tem atuação nacional. “Essa é uma unidade que está muito envolvida com a temática do turismo. A Embrapa sempre foi mais voltada para os setores agrícolas, e esse casamento do turismo com o agricultor é algo que já existe há muito tempo em outros países, como na Europa, por exemplo, então, a nossa unidade nasce também partindo disso. Já tem quase um ano que estamos conversando com o Banco Interamericano de Desenvolvimento, e esse foi o motivo de nosso encontro com o secretário André Bonfim, para trabalhar um projeto que envolve a consolidação de rotas turísticas envolvendo a agricultura e a gastronomia, pensando em roteiros turísticos que pautem a questão agrícola”, revela.

Ainda segundo o técnico da Embrapa, em Sergipe despertaram o interesse da unidade os engenhos, a produção de cachaça, de queijos, também foi levantada a questão das marisqueiras, “A ideia é que a gente possa, a partir do projeto, dar suporte à governança dessas comunidades, onde existe essa produção, para que possam se consolidar enquanto regiões aptas a receber o turista. Esse projeto começou pensando, inicialmente, nas possibilidades de roteiros turísticos e gastronômicos. No final do ano passado, o Banco pediu uma adequação do projeto, que continua com a mesma temática, mas agora com essa preocupação pós-pandemia, que surgiu nos últimos 30 dias. Essa é a nossa ideia, uma proposta que envolve Sergipe, Alagoas e Pernambuco, para fomentar esses novos roteiros turísticos, unificando-os à questão agrícola”, detalhou Ricardo Elesbão.

De acordo com o secretário José Sales Neto, que já vinha como secretário interino e foi efetivado na pasta do Turismo neste mês de maio, a SETUR vislumbra resultados positivos para a parceria e considera que o apoio ao turismo rural é de extrema importância para toda a cadeia produtiva. “Esse projeto da Embrapa com o BID vem ao encontro de um planejamento que já estamos desenvolvendo para a consolidação e formação de roteiros nesta área. A gastronomia tem potencial pra alavancar os roteiros de turismo rural e a parceria com a Secretaria de Estado da Agricultura cria a sinergia positiva necessária, pois integra o agricultor familiar nessa cadeia. Tem tudo pra dar certo. Tem tudo para ser um sucesso”, avaliou Sales.

Projeto Dom Távora contribui para ampliação da ovinocultura em Poço Verde

Com o apoio a 17 projetos comunitários no município, rebanho cresceu de 10.521 cabeças de ovinos em 2017 para 39.352 cabeças em 2020

O exemplo da criação de ovinos no Assentamento Francisco José, em Poço Verde, mostra uma tendência de crescimento do rebanho, que se multiplicou em cinco vezes nos últimos dois anos. O resultado da atividade econômica motivou criadores que estavam desanimados com a seca de anos anteriores, e está contribuindo para melhorar sua renda familiar. O investimento inicial foi realizado Projeto Dom Távora, implementado pelo Governo Estadual, através da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), em parceria com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA).

Para a Associação Comunitária em Agropecuária do Assentamento Francisco José foram liberados recursos destinados a 37 famílias, possibilitando a compra de 156 animais. “Aqui, foram quatro matrizes e um reprodutor para cada família. Recebemos os animais faz dois anos e já temos crias. Hoje eu tenho de quatro animais matrizes um reprodutor, mais 12 crias. A gente vende os borregos a preços que variam entre R$150 e R$ 170. Dá uma renda boa. Já vendi 50% das crias, e substituí algumas matrizes por burregas que nasceram com melhor qualidade. A maioria das matrizes aqui no assentamento é cria dos animais que adquirimos no projeto inicial, que podemos vender ao preço de R$ 250 a R$ 300. Já o reprodutor, sai entre R$ 400 e R$ 500”, disse a produtora Gilmara Farias, uma das beneficiárias do assentamento Francisco José. Gilmara também é técnica agrícola e tem ajudado outros produtores no manejo dos animais.

O presidente da Associação, Milton Pereira dos Santos, destaca dos principais ganhos e considera a solidariedade existente entre os produtores, como fator que contribui para o sucesso. “O projeto ajudou a aumentar o rebanho e a qualidade dos animais. A maioria dos beneficiários tem entre 20  e 30 cabeças; antes só tinha quatro cabeças – ou nenhuma, por conta da seca. São matrizes boas de ovelhas Dorper e Santa Inês. O projeto ofereceu um reprodutor para cada cinco famílias e, hoje, cada família tem seu reprodutor Dorper. Então foi um ganho muito grande. Eu considero que um dos motivos de dar certo é a disposição de ajudarmos uns aos outros. Como somos uma área de assentamento, o trabalho coletivo já faz parte de nossa vida e, quando temos uma dificuldade maior, temos a assistência técnica do Incra e da Emagro”, conta Milton.

Para o secretário de Estado da Agricultura, André Bomfim, resultados como o do Assentamento Francisco José mostram que o Projeto Dom Távora está no caminho certo. “A criação de ovinos é uma importante fonte de renda para os agricultores, haja vista a sua alta adaptabilidade às condições do semiárido e a baixa exigência de grandes áreas para exploração, devido ao pequeno porte. Além de possuir um mercado consumidor sempre crescente, o seu preço é bastante atrativo para o vendedor”, pontuou o secretário. André Bomfim também citou o exemplo da Unicapri – Cooperativa da Agricultura Familiar, que surgiu em Poço Verde, por iniciativa dos produtores atendidos pelo Dom Távora, que está ajudando tanto na comercialização quanto na compra coletiva de insumos.

Ovinocultura no município

De acordo com o Censo Agropecuário de 2017, o município de Poço Verde possuía um rebanho de 10.521 cabeças de ovinos. Agora, em 2020, segundo dados do Sistema de Integração Agropecuária (SIAPEC) do Ministério da Agricultura, foi registrado no município um rebanho de 39.352 cabeças – uma diferença bastante expressiva em relação a dois a ou três anos atrás. O gestor local da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro), Luiz Aberto, que também coordena a execução do Projeto Dom Távora na região, atribui esse crescimento ao apoio dado a 17 projetos comunitários de ovinocultura no município, atendendo um público de 800 beneficiários. “Foram adquiridos e distribuídos 4.607 ovinos através do Projeto Dom Távora. Nas áreas de assentamento, mesmo sendo administradas pelo INCRA, a Emdagro presta assessoria técnica na execução do projeto Dom Távora, referente aos processos, à orientação sobre manejo do rebanho ovino, como também à aquisição dos animais e implantações de reserva alimentar estratégica”, concluiu.

Grupos de mulheres produzem máscaras de tecido em comunidades do interior sergipano

Com apoio do Projeto Dom Távora, associações realizam o trabalho em Simão Dias, Poço Verde, Neópolis, Tobias Barreto e Canhoba

Associações de costureiras de sete comunidades do interior do estado estão produzindo máscaras de tecido para proteção respiratória e prevenção ao coronavírus. Além de atender à demanda de quem precisa das máscaras, o novo negócio gera renda para as costureiras locais. Estas associações representam 41% dos Planos de Investimentos Produtivos voltados para atividades de corte e costura e artesanato do Projeto Dom Távora, realizado pelo Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), com apoio financeiro do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA). 

As máscaras são confeccionadas dentro das especificações recomendadas pelo Ministério da Saúde e incentivam o cumprimento do último decreto estadual, 40.588/2020, que estabelece o uso obrigatório de máscaras para toda a população. O secretário da Agricultura, André Bomfim, destaca que o propósito é estimular a geração de renda nas comunidades durante a pandemia. “São grupos de artesãs e costureiras que produzem roupas, lençóis, toalhas, jogos de cozinha e outros produtos facilmente comercializados para uso doméstico. Elas dispõem de experiência e capacidade para produzir de modo artesanal as máscaras de proteção, que tanto a sociedade está necessitando”, pontuou o secretário.

O novo negócio foi adotado por associações de comunidades atendidas pelo Dom Távora localizadas nos municípios de Simão Dias, Poço Verde, Neópolis, Tobias Barreto e Canhoba. A artesã e costureira Aline Mendonça, moradora do povoado Apertado de Pedras, em Simão Dias, cumpre as recomendações sanitárias de isolamento social e continua a produzir artigos de sua residência. Ela dá uma demonstração de que ficar em casa não significa ficar ociosa. “Como sou costureira, aproveito o tempo que tenho para produzir produtos lindos para uso doméstico, como toalhas e jogos de cozinha, e ainda confecciono as máscaras de tecido para proteção e combate ao coronavírus, e as vendo na internet”, contou Aline.

“São máscaras feitas com muita qualidade. Entregamos o material em sacolas plásticas vedadas e distribuídas de forma individual. Cada máscara mede 21 x 12 centímetros, feita com tecido de algodão, em dupla camada. Todas são esterilizadas através de lavagem e processo de alta temperatura com ferro de passar”, detalhou Kelly de Melo Santos, presidente da Associação de Bordadeiras e Moradoras da Nova Brasília, em Tobias Barreto. Ela acrescentou que cada unidade custa R$6,00 e, a depender da quantidade, pode fazer desconto.

Os interessados em encomendar máscaras de tecido podem procurar as associações localizadas no município mais próximo, nos seguintes contatos: Fábio Néri – comunidade Rua do Fogo, Simão Dias (79-99920-7352); Geovane –
Pov.Tanque Novo, Poço Verde (79-99633-8821); Alessandra – comunidade Formiguinha, Neópolis (79-98818-6085); Josevania – Povoado Brasília, Tobias Barreto (79-99844-6777); Geane – Pov. São José, Poço Verde (75-99872-8269);
Xifronese – Quilombo Caraíbas, Canhoba (79-99657-7203); e Ana Claudia – Pov. Apertado de Pedras, Simão Dias (79-99935-4365 ).

Governo

Última atualização: 7 de maio de 2020 13:07.

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