Crédito Fundiário transforma agricultores em produtores de polpa direcionando a comercialização

O trajeto para integrar o projeto, promover o plantio de frutícolas e aproveitar o que já existente, foi árduo, exigiu um trabalho concentrado em objetivos para viabilizar a vida da família, que decidiu investir no beneficiamento das frutas, transformando-as em polpa. Eram frutas nativas e outras tantas introduzidas numa faina diária que começava às 4h30 e só era concluída quando o cansaço mostrava que já era hora de se recolher e dormir, pois tudo teria recomeço no dia seguinte. “É um trabalho duro, difícil, uma luta diária par vencer cada etapa do que desejamos realizar, pois não se pode apenas comemorar a terra adquirida pois é preciso muito trabalho para produzir e pagar o financiamento do crédito fundiário”

O casal Célia Regina e José Roberto Santos integra o contingente das 2.088 famílias de agricultores beneficiados pelo Governo de Sergipe através do Programa Nacional de Crédito Fundiário. O casal adquiriu 14,54 hectares de terra na Fazenda Samambaia que detém 118,10 hectares, divididos entre oito famílias, na zona rural do município de Santo Amaro das Brotas, Sergipe.

O trajeto para integrar o projeto, promover o plantio de frutícolas e aproveitar o que já existente, foi árduo, exigiu um trabalho concentrado em objetivos para viabilizar a vida da família, que decidiu investir no beneficiamento das frutas, transformando-as em polpa. Eram frutas nativas e outras tantas introduzidas numa faina diária que começava às 4h30 e só era concluída quando o cansaço mostrava que já era hora de se recolher e dormir, pois tudo teria recomeço no dia seguinte. “É um trabalho duro, difícil, uma luta diária par vencer cada etapa do que desejamos realizar, pois não se pode apenas comemorar a terra adquirida pois é preciso muito trabalho para produzir e pagar o financiamento do crédito fundiário”

José Roberto Santos disse com muito orgulho do trabalho que executa com a esposa Célia Regina, que a disposição para vencer é grande, mas passar de agricultor a produtor rural e a beneficiador de frutas, requer sacrifício, muito sacrifício e confiança no próprio trabalho, pois não é possível contar apenas com as frutas que se colhe no próprio lote, razão porque hoje adquirimos de outros agricultores do próprio grupo, como também do pessoal do MST que tem assentamento próximo. Esse trabalho é diário, pois as polpas têm de ser de frutas variadas e produzidas com todo cuidado, higiene, sem conservantes, e as fruteiras não recebem agrotóxicos e nem fertilizantes químicos, pois o intuito da família é a produção agroecológica, visando, de acordo com o casal, fazer chegar ao público consumidor, um produto saudável.

DEUS AJUDA A QUEM CEDO MADRUGA

Célia Regina e José Roberto Santos, a partir das 4h30 já se encontra na labuta diária, cuidando da terra, conferindo os animais que cria: galinhas, perus, porcos e, sobretudo, observando as árvores frutíferas, uma vez que a base produtiva da propriedade é o fabrico de polpas de frutas como: maracujá, acerola, manga, mamão, cajá, umbú, siriguela, abacaxi, caju, mangaba, sem o uso conservantes, utilizando a agroecologia. Durante todo o dia o casal se concentra no processo produtivo, pois já conseguiu com grande esforço construir um pequeno mercado consumidor a partir dos primeiros contatos quando se dispuseram ao trabalho nesse segmento, com o crescimento da freguesia acontecendo pelo processo do contato de pessoas que começaram a utilizar a polpa de frutas produzidas por agricultores familiares e repassam informações a outras tantas pessoas com o testemunho do uso para diversas finalidades. Esse mercado consumidor envolve a própria sede municipal onde a propriedade se encontra, além da praia do jatobá, ganhando ramificações na propaganda boca-a-boca, chegando a Maruim assim como a Aracaju, onde o produto é entregue às terças e sextas-feiras.

AQUISIÇÃO SE AMPLIA

O casal informou que a produção de frutas na propriedade já vem se mostrando pequena, em função da demanda, que tende a se ampliar. Em razão disso, já passou a adquirir frutas de agricultores familiares do próprio assentamento em que vive, assim como de vizinhos de outras propriedades do Crédito Fundiário, assim como de integrantes de assentamentos do MST existentes nas redondezas da sua propriedade, num processo de agregação produtiva. Segundo José Roberto, no seu lote ele já promoveu o plantio de várias frutíferas, priorizando aquelas que já são mais do agrado dos compradores, visando fortalecer a própria estrutura familiar, preparando-se para atender novos mercados que surjam e que estão mostrando pela procura que tudo deverá crescer.

EQUIPAMENTOS RUDIMENTARES

Célia Regina enquanto preparava um suco de maracujá com polpas congeladas, além de mostrar que o trabalho é difícil, chamou a atenção para a forma rudimentar com que luta diariamente para produção. “Se a gente tivesse equipamentos modernos que ajudassem a fazer o nosso trabalho mais rápido, em menos tempo e produzindo em maior quantidade, seria muito bom, pois juntava o esforço que a gente faz de forma mais prática, o que daria mais tempo para procurar freguesia em muitos municípios, pois teria certeza da entrega ao gosto e na quantidade do desejo do freguês, o que aumentaria a renda e seria possível aumentar a área plantada, como também adquirir frutas de outros agricultores familiares. Ela citou a falta de uma despolpadeira, que “seria importante para o fabrico da polpa, ampliando o número de frutas, já que Sergipe tem muita fruta no campo e o desperdício acontece em muitos lugares que a gente passa e ver, e seria possível adquirir o que está sendo desperdiçado, melhorando a produção da família e também ajudando com essa compra a quem não beneficia as frutas, pois a gente tem condições de transformar em polpa, pois esse é o trabalho da gente”, concluiu.

Jackson autoriza primeira ação do Projeto Dom Távora no Baixo São Francisco

O governador Jackson Barreto iniciou 2016 com uma ação focada em um dos principais objetivos do seu governo: contribuir para diminuir as desigualdades e melhorar a vida da população do Baixo São Francisco, região que apresenta o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) em Sergipe. A partir de assinatura de convênio com a Associação de Pescadores Evangélicos do Povoado Betume, na manhã desta quinta-feira, 07, a comunidade, em Neópolis, poderá iniciar a implementação do Plano de Negócios de Piscicultura Intensiva em Tanques Rede.

O convênio é a primeira ação do Projeto Dom Távora, cofinanciado pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), no Baixo São Francisco. O FIDA é um organismo das Nações Unidas que tem por objetivo promover o desenvolvimento de negócios agropecuários e não agropecuários, por meio de financiamento de planos de negócios para associações e cooperativas de agricultores familiares.

“Iniciamos o Projeto Dom Távora no Baixo São Francisco como parte do compromisso social do nosso governo com nossa gente. Sempre defendi que era preciso colocar esse projeto aqui para cuidarmos da região mais pobre do nosso estado. Pela primeira vez, o projeto, que inicialmente só iria atender as regiões Agreste e Sertão, vem para o Baixo São Francisco, por uma orientação e pedido nosso ao FIDA”, explicou Jackson Barreto.

No Betume, o projeto, orçado em R$ 300.617,00, beneficiará 20 famílias por meio do fortalecimento do cultivo de tilápias no sistema intensivo de tanques redes em regime coletivo de trabalho, através de um Plano de Negócios, proporcionando uma melhoria na qualidade de vida dos beneficiários que vivem em situação de risco e vulnerabilidade social.

“A gente recebe esse projeto com gratidão. Este já é o terceiro projeto do governo, desde a gestão de Marcelo Déda, aqui no Betume. Já adquirimos barcos, redes e o Dom Távora. Estamos muito felizes e esperamos que essa parceria se prolongue, porque o nosso povo só quer ter trabalho e a oportunidade de progredir”, contou o presidente da Associação de Pescadores Evangélicos do Povoado Betume, Márcio José Feitosa.

Serão atendidos pelo Dom Távora ainda produtores familiares de mais seis municípios do Baixo São Francisco (Santana do São Francisco, Brejo Grande, Canhoba, Ilha das Flores, Japoatã e Pacatuba) com Planos de Negócios nos segmentos de artesanato, turismo rural, cocoicultura, mandiocultura, ostreicultura, rizicultura, fruticultura e outros.

Plano de Piscicultura

O Plano de Piscicultura no povoado de Neópolis contempla a aquisição de 40 tanques Rede, 40 toneladas de ração, 80 mil alevinos, barco e equipamentos, assim como, capacitações nas áreas de Produção e Gestão.

“Esse sonho está sendo concretizado aqui em Neópolis. O governador está trabalhando para tirar essa região da pobreza”, afirmou o prefeito do município, Amintas Diniz.

A assistência técnica será ofertada por técnicos da Emdagro e consultores especialistas. Já a gestão do projeto terá um diferencial no acompanhamento e capacitação dos associados para a gestão do seu negócio.

“Não valeria a pena ser governador se não conseguisse trazer esse investimento do Dom Távora para a região mais pobre do nosso estado, o Baixo São Francisco”, afirmou o governador.

Projeto Dom Távora

O Projeto Dom Távora foi contratado em 2013, com investimento previsto de US$ 28 milhões – financiamento de US$ 15,7 milhões do FIDA e contrapartida estadual de US$ 12,3 milhões. Tem por meta atender a 10.000 famílias de pequenos produtores rurais, beneficiando 40.000 pessoas, através da implementação de 300 planos de negócios. O Projeto atua em 15 municípios dos territórios Agreste Central, Centro Sul, Baixo São Francisco e Médio Sertão Sergipano.

“Dos 300 planos de negócios do Projeto Dom Távora, 140 serão no Baixo São Francisco”, afirma o coordenador do projeto Dom Távora, Eduardo Barreto.

Entre os municípios beneficiados estão Nossa Senhora Aparecida, Carira e Pinhão (Agreste Central); Tobias Barreto, Poço Verde e Simão Dias (Centro Sul); Graccho Cardoso e Aquidabã (Médio Sertão); e Pacatuba, Brejo Grande, Ilha das Flores, Neópolis, Santana do São Francisco, Japoatã e Canhoba (Baixo São Francisco).

O próprio FIDA enfatiza a importância do Projeto Dom Távora, pois esse é um projeto que trabalha para incrementar negócios na área rural, com foco nas cadeias produtivas e na sustentabilidade. Seu objetivo principal é atuar com ‘Grupos de Negócios’ identificados nas comunidades e assentamentos através das suas organizações.

Inicialmente, nove cadeias prioritárias serão apoiadas: Caprinocultura e ovinocultura, aquicultura, apicultura, avicultura caipira, artesanato, fruticultura especial, turismo rural, mandiocultura e cocoicultura, sendo possível a identificação e apoio a novas cadeias com demandas de mercado comprovadas e com capacidade de agregação de produtores. O programa irá potencializar iniciativas de negócios já existentes e implementar novos, melhorando a vida das pessoas que vivem nas comunidades beneficiadas.

A escolha do nome do projeto cofinanciado pelo Fida é uma homenagem a Dom José Vicente Távora (1910/70), 1º arcebispo metropolitano de Aracaju.

Rizicultura

A visita do governador a Neópolis marcou também as comemorações pela expectativa da nova safra recorde de arroz na região. Segundo dados da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), a produtividade média por hectare, neste ano no Betume, principal produtor do cereal, mais uma vez bateu o recorde nacional e atingiu 10,5 toneladas, com valor bruto de R$ 20 milhões. Após a colheita nas demais comunidades produtoras do Baixo São Francisco, até o final da safra, em janeiro, a expectativa é que a produtividade recorde seja confirmada e Sergipe supere a média até mesmo de grandes estados produtores como Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A estimativa é que a safra atinja 44.780 toneladas.

Os números favoráveis são fruto do apoio do Governo do Estado e de parceiros como a Codevasf aos rizicultores do Baixo São Francisco, que estão investindo na qualidade do arroz produzido no estado. Em setembro de 2015, o Governo do Estado promoveu a distribuição simbólica de 400 toneladas de arroz a rizicultores da agricultura familiar do território de desenvolvimento do Baixo São Francisco. Dessas, 240 toneladas foram destinadas a rizicultores do Perímetro Irrigado do Betume; 90 toneladas a rizicultores do Perímetro Irrigado Cotinguiba-Pindoba; 50 t a rizicultores do Perímetro Irrigado Propriá e 20 t destinaram-se ao agricultores da Comunidade Quilombola de Brejo Grande. Foram beneficiados rizicultores dos municípios de Neópolis, Pacatuba, Japoatã, Propriá, Ilha das Flores, Brejo Grande, Telha, Canhoba e Cedro.

As sementes foram distribuídas a cerca de 1.000 famílias, em área de 4.000 hectares. O investimento na aquisição foi de R$ 658.000,00, recursos oriundos do Fundo Estadual Combate e Erradicação à Pobreza.

Para o produtor Carlos Alberto de Freitas, conhecido como Gararu, o apoio do governo foi fundamental para mudar a realidade dos produtores da agricultura familiar na região. “Hoje é um momento de muita felicidade para nós, produtores de arroz do Betume. Há sete anos estamos produzindo um arroz de qualidade, que melhorou a vida do nosso povo. Com o apoio dos governos de Déda, Jackson e da Codevasf, hoje 660 lotes produzem o arroz, antes eram apenas 300 e o arroz produzido não era de qualidade”.

Solicitação de sementes para a próxima safra

Na ocasião, o governador também assinou ofício solicitando a compra das sementes que serão distribuídas ainda este ano para o plantio da próxima safra. “A gente se sente feliz, pois nem terminamos a colheita e o governo já está solicitando as novas sementes”, disse o produtor Carlos Alberto.

De acordo com o secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca, Esmeraldo Leal, a comunidade encerra o ano 2015 com vitórias e já inicia 2016 trabalhando para continuar festejando novas conquistas. “Hoje é um dia de colheitas e toda comunidade faz festa, porque além do arroz, estamos colhendo os frutos do Projeto Dom Távora. A política de distribuição de sementes e o inicio do Projeto Dom Távora na região estão mudando a realidade dessas comunidades. Estamos colhendo frutos do trabalho de Dom Távora, Dom José Brandão de Castro, do bispo Dom Mário e do governador Jackson Barreto, que sempre esteve aqui, mesmo antes de ser governador, compartilhando do sofrimento e ajudando esse povo. Este projeto tem a cara do nosso povo, porque vai ouvir as colônias de pescadores e a comunidade local”.

Segundo o diretor da Área de Gestão de Empreendimentos de Irrigação da Codevasf, Napoleão Casado, as reivindicações de Jackson Barreto quando esteve em Brasília já começarão a serem atendidas pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba.  

A Codevasf vem realizando obras visando a reabilitação de todos sistemas de canais dos perímetros irrigados de Propriá, Cotinguiba/Pindoba e Betume, perfazendo um investimento de R$ 27.255.576,70. Com a diminuição da vazão do Rio São Francisco, a Codevasf/SE adquiriu 10 conjuntos de eletro/motobombas para incrementar a irrigação dos lotes dos rizicultores, o que viabilizou a implantação da safra da rizicultura 2015/2016. A iniciativa correspondeu a um investimento de R$ 464.534,00. Serão adquiridos ainda nos próximos 30 dias sete sistemas de captação tipo flutuantes para amenizar problemas causados pela baixa vazão do rio. Serão investidos R$ 2.106.375,28.

A Codevasf está promovendo ainda a recuperação de 51 antigas bombas fixas instaladas nos anos 1970, em um investimento de R$ 2.165.968,13. Conjuntamente com a Seinfra estão sendo pavimentados os principais corredores de escoamento da produção dos perímetros. Nesta intervenção já estão garantidos recursos da ordem de R$ 8.000.626,00.

Presenças

Acompanharam as solenidades os secretários de Estado de Comunicação, Sales Neto, de Agricultura, Esmeraldo Leal e da Infraestrutura, Valmor Barbosa; os deputados federais Valadares Filho, Jony Marcos e João Daniel; os deputados estaduais Jairo de Glória, Luciano Pimentel e o presidente da Assembleia Legislativa, Luciano Bispo; os prefeitos de Neópolis, Amintas Diniz, e de Cedro de São João, Neudo Alves; o ex-prefeito de Propriá, Renato Brandão; vereadores da região e lideranças locais.

Governos estadual e federal farão intervenção nas áreas suscetíveis a desertificação

Áreas Alto Sertão Sergipano, suscetíveis à desertificação, vão receber um projeto para fortalecimento da gestão ambiental e implementação de boas práticas produtivas e sustentáveis que revertam o processo de degradação do meio ambiente.

Áreas Alto Sertão Sergipano, suscetíveis à desertificação, vão receber um projeto para fortalecimento da gestão ambiental e implementação de boas práticas produtivas e sustentáveis que revertam o processo de degradação do meio ambiente. A informação foi passada, à tarde deste dia 20, pelo diretor do Departamento de Combate à Desertificação do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Francisco Campelo, em visita ao secretário de estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca, Esmeraldo Leal. Francisco Capello disse que a visita aos órgãos do estado que são parceiros no projeto é para marcar o anuncio do projeto para a primeira quinzena de dezembro. Ele destacou que “o Governo do Estado de Sergipe tem um envolvimento muito direto na elaboração e aprovação deste projeto. É uma ação de cooperação técnica que vem para Sergipe com o desafio de fortalecimento da gestão ambiental e de identificação das boas práticas que possam servir de referência para os demais Estados do Brasil onde temos áreas suscetíveis à desertificação”. O projeto tem como área de atuação de campo o Estado de Sergipe, e envolve o núcleo de desertificação de sete municípios do Alto Sertão. “Dentro deste ambiente, escolhemos quatro comunidades que serão referência para o projeto e receberão atuação técnica voltada para o planejamento ambiental, acompanhamento, supervisão e licenciamento”.

Sergipe deve bater recorde nacional de produtividade de arroz

As primeiras colheitas nos lotes irrigados do Projeto Betume, em Neópolis, demonstram que a produtividade de arroz em Sergipe, predominante no Baixo São Francisco, atingirá novo recorde neste ano. Segundo dados da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), a produtividade média por hectare, neste ano no Betume, principal produtor do cereal, mais uma vez bateu o recorde nacional e atingiu 10,5 toneladas, com valor bruto de R$ 20 milhões. A expectativa é que a produtividade recorde seja confirmada até o final da safra, em janeiro.

Já a Pesquisa Agropecuária do IBGE, aponta que a produção de 2014  alcançou 41.714 toneladas, um crescimento de 35% em relação a safra de 2013. A estimativa para 2015 é de que a safra atinja 44.780 toneladas, novo crescimento de 7,4%.

O crescimento da safra e produtividade vem ocorrendo, gradativamente. Na safra 2011/2012 foi de 8,5 toneladas por hectare. Em 2012/2013, o resultado foi uma produtividade de 9,7 toneladas por hectare. O cultivo é feito por pequenos produtores incluídos na agricultura familiar em uma região tida como de extrema pobreza.

Além do estado, a produção sergipana ajuda a abastecer os mercados consumidores de Alagoas, Pernambuco e Bahia. O cultivo é responsável pela geração de aproximadamente 4 mil empregos na região, além das 750 famílias que atuam no próprio perímetro do Betume, conforme informações da Codevasf.

Para o economista e assessor especial do governo, Ricardo Lacerda, o mais significativo é que Sergipe manteve em 2014 a liderança na produtividade agrícola do arroz na região Nordeste, com 7,2 toneladas por hectare, quando a média do Brasil é de 5,2 toneladas por hectare. Mesmo com condições climáticas semelhantes às de Sergipe, a produtividade do arroz em Alagoas, 6,11 toneladas por hectare.
 
“A rizicultura de Sergipe se concentra na região do Baixo São Francisco, uma das mais pobres do estado. A expansão da produção traz benefícios para a renda da região, elevando o poder de compra dos agricultores e estimulando o comércio local”, afirmou.


“Esse bom resultado é fruto da política de distribuição de sementes do governo. Em setembro deste ano, realizamos a entrega de 400 toneladas de sementes de arroz para os rizicultores do Baixo São Francisco. As sementes foram adquiridas pela Emdagro, via Fundo de Combate à Pobreza, em um investimento total de R$ 658.183,50. Desde o início do ano, o Estado tem feito todo o acompanhamento destes produtores, não só os dos perímetros irrigados, mas os das áreas de várzeas. Há todo um processo de diálogo com as famílias envolvidas na produção, uma relação muito próxima do Governo do Estado com os produtores, que vai além do trabalho institucional. É uma parceria, com acompanhamento formal e informal, além da assistência técnica”, afirma o secretário de Estado da Agricultura, Esmeraldo Leal.

De acordo com o secretário, o recorde na produtividade se deve principalmente por esse cuidado e acompanhamento do governo junto aos pequenos produtores, seja por meio da Seagri, Codevasf ou Emdagro, assim como pela qualidade da semente distribuída.

“Essas sementes são selecionadas e foram escolhidas pelos próprios produtores, em reuniões no início do ano, a partir das experiências das safras anteriores. Outro detalhe importante é que as sementes chegaram no período ideal para o plantio. As sementes foram distribuídas nos perímetros da Codevasf e em comunidades de agricultores familiares dos municípios produtores. O governo também apoiou a produção a partir da compra de uma colheitadeira de arroz para o Território, no valor de R$ 380.000,00, através do Programa de Apoio à Infraestrutura nos Territórios Rurais (Proinf) do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA)”.

Esmeraldo informa ainda que nas áreas que ainda serão colhidas as características das plantas demonstram esse bom desempenho. “É bom observarmos que há diferença entre a produção e produtividade, a produtividade corresponde à quantidade de grãos que é produzida por área, a qual a cada ano Sergipe tem um melhor desempenho. Essa é uma grande conquista para o estado, porque demonstra a qualidade do nosso arroz, principalmente quando comparamos a estados como o Rio Grande do sul, maior produtor do Brasil, que tem uma tecnologia muito avançada na produção”.

Governo

Última atualização: 3 de janeiro de 2016 13:44.

Ir para o conteúdo