Governo de Sergipe investe em assistência e tecnologia para estimular cadeia leiteira

Sergipe produz diariamente uma média de 1,5 milhão de litros de leite; na proporção vaca/leite/ano, o estado tem a segunda maior produtividade leiteira do Brasil e está na 2ª posição do Nordeste no ranking de aquisição e industrialização de leite cru

Joseane Costa mora em Nossa Senhora da Glória, na região do alto sertão de Sergipe, é empreendedora do ramo de laticínios e proprietária da queijaria Fazenda Nova há nove anos. Ela também preside a Associação Sertaneja de Queijeiros Sertão Forte, por meio da qual vem pleiteando melhorias para os trabalhadores do setor. Segundo Joseane, os produtores e comerciantes vêm percebendo uma maior abertura na relação com o Governo do Estado, assim como tem identificado ações reais para incentivo à cadeia leiteira.

“A gente tem sido mais ouvido, a Seagri [Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca] está de portas abertas para a gente. A regularização das queijarias é uma proposta do governador Fábio Mitidieri, que vai nos dar a possibilidade de avançar. As licenças, por exemplo, eram um processo muito burocrático, e hoje não são mais empecilho”, defende.

O produtor Alisson Coutinho tem 37 anos e trabalha com gado há cerca de 30, desde a infância. Produzindo em média 2.400 litros de leite por mês, Alisson considera que o Governo de Sergipe tem dado um grande suporte à cadeia do leite no estado. “O governo tem feito muitas ações para a gente. Tem o plantio da palma forrageira, que aguenta muito quando chega a seca. Tem também o Mão Amiga, que a gente usa para deixar o rebanho vacinado e prevenir doenças. Enfim, o governo está atento e ajudando a gente”, realça.

Para o produtor Ueliton Dantas, do município de Monte Alegre, as ações do governo voltadas à produção leiteira são um grande acréscimo ao desenvolvimento regional. “Trabalho com gado a vida inteira, sempre produzindo leite. Atualmente, parte da produção é destinada ao governo, que faz a distribuição por meio das prefeituras para a população mais carente. Ações que partem do governo são de suma importância, pois é por intermédio delas que os produtores vêm melhorando as condições de vida no alto sertão”, opina.

As trajetórias de Joseane, Alisson e Ueliton têm em comum o suporte da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), que oferece assistência técnica aos trabalhadores do campo de todo o estado. Para os três, as visitas e o diálogo com os profissionais da Emdagro fazem parte do seu cotidiano, com o acompanhamento da produção em todos os seus estágios.

Produtividade leiteira

Na proporção vaca/leite/ano, Sergipe tem a segunda maior produtividade leiteira do Brasil. O estado também é o décimo no país e segundo no Nordeste no ranking de aquisição e industrialização de leite cru, considerando o quarto trimestre de 2022. Foram mais de 105 milhões de litros de leite adquiridos no período, o que equivale a uma alta de 8,8 milhões em relação ao terceiro trimestre e de 22,4 milhões de litros em relação ao mesmo período do ano anterior.

Os dados são confirmados pelo Perfil da Agropecuária Sergipana, publicado pelo Observatório de Sergipe, e dão conta de que o estado foi responsável pelo crescimento de 28% na produção do Nordeste no período. Esta alta produtividade, inclusive, vai na contramão da tendência nacional, que sofreu recuo em 2022.

Junto a Alagoas e Pernambuco, Sergipe compõe a região identificada como ‘Sealpe’, responsável pela captação de cerca de 750 milhões de litros de leite em 2022. Este volume representa um crescimento de 15% em relação ao ano anterior, além de somar quase metade do total entregue pelo Nordeste no ano passado.

Sergipe produz diariamente uma média de 1,5 milhão de litros de leite, considerando indústrias certificadas pelo Serviço de Inspeção Agroindustrial, Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal no Estado de Sergipe (SIE/SE). “A estimativa, considerando dados não oficiais, é de que essa produção seja de 1,8 milhão a 2 milhões de litros por dia. A maior parte é produzida por pequenos e médios produtores, que contam com total assistência de nossos técnicos”, explica o presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos.

Segundo dados de 2022, o tamanho do rebanho sergipano é de 1,2 milhão de cabeças de gado. Neste número está incluso gado de leite e de corte, entre bovinos e bubalinos. O principal destaque é a região do alto sertão, cujos resultados são referência para todo o Brasil. Nesse contexto, o município de Poço Redondo apresenta relevantes saldos.

“Dos 280 mil litros de leite produzidos diariamente em Poço Redondo, 250 mil são provenientes da comunidade de Santa Rosa do Ermírio, que possui 15.800 vacas leiteiras. Em um torneio leiteiro realizado recentemente no município, uma vaca de Santa Rosa produziu 85 litros em um só dia. A média diária nacional, só para que se tenha uma ideia, é de 3,7 litros por dia por vaca”, relata.

Adutora do leite

Uma das medidas do Governo de Sergipe que estão em curso para beneficiar a região da bacia leiteira é a construção da adutora do alto sertão, com investimento estimado em R$ 50 milhões. A adutora vai levar água do Rio São Francisco até Santa Rosa do Ermírio, com construção de pequenas barragens ao longo do caminho e uma grande barragem em Santa Rosa. A expectativa é duplicar a quantidade de leite da região que envolve os municípios de Canindé do São Francisco e Poço Redondo.

“A adutora é uma reivindicação antiga na região de Santa Rosa, que tem uma necessidade urgente de água. Com a adutora, essa demanda será sanada. A perspectiva é de que os 250 mil litros de leite produzidos diariamente na comunidade cheguem aos 500 mil. E aumento na produção significa geração emprego e renda”, pontua Gilson.

Para subsidiar e fomentar o segmento, o governo também vem se dedicando a oferecer crédito aos criadores de gado. Além do atendimento nas agências, as equipes do Banese + Agro têm visitado produtores para identificar e resolver demandas, disponibilizando serviços e financiamento de insumos e equipamentos.

Certificação nacional

Outra conquista recente para Sergipe, que vem garantindo a projeção dos laticínios locais para fora do estado, é a ampliação do escopo da certificação do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA). Até o ano passado, apenas carnes e seus derivados contavam com o selo em Sergipe, podendo ser comercializados em todo o Brasil. Agora, essa permissão é válida também para os produtos derivados do leite.

“Até o momento, duas indústrias já estão certificadas com o Sisbi-POA, ambas de Nossa Senhora da Glória. Com isso, laticínios sergipanos já estão nas vitrines de outros estados. Também temos nove indústrias certificadas com o SIE. Tudo isso significa perspectiva de crescimento econômico, de mais dinheiro circulando dentro do estado e de evolução do pequeno e médio produtor”, salienta.

Ainda segundo Gilson dos Anjos, o incentivo à cadeia leiteira vem contribuindo também para o desenvolvimento social e cultural no estado. “Temos visto a fixação de famílias produtoras de leite no campo. Antigamente, víamos os filhos dos produtores saindo de seus locais de origem e indo para os grandes centros. Agora, vemos as novas gerações querendo cuidar dos rebanhos e da produção iniciada por seus pais e avós, com orgulho”, destaca.

Políticas

Mais uma política voltada ao fomento da cadeia leiteira é a regularização das queijarias. Nesse sentido, o objetivo do Governo de Sergipe é assegurar que todos os empreendimentos cumpram os requisitos técnicos determinados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária. “Atualmente, 52 pedidos de regularização estão em curso, sendo que há mais de 200 queijarias em todo o estado. Esta é uma prioridade para a gestão, e, por isso, estamos nos empenhando em dar o máximo de celeridade a esse processo”, frisa Gilson.

O governo também vem investindo no fortalecimento do quadro funcional da Emdagro. Prova disso é o concurso público para seleção de dez agrônomos, dez veterinários e 35 técnicos, cuja prova será realizada no próximo dia 16. “Todos esses profissionais irão trabalhar na assistência técnica e na extensão rural. São profissionais com grande expertise na área agrícola e pecuária”, ressalta.

O programa Mão Amiga Pró Sertão Bacia Leiteira também faz parte do leque de políticas do Governo de Sergipe em prol do setor. São 2.747 beneficiários nos municípios de Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora de Lourdes, Monte Alegre, Gararu, Porto da Folha, Poço Redondo e Canindé de São Francisco. “O Mão Amiga Bacia Leiteira consiste no pagamento de quatro parcelas de R$ 250,00 no período de entressafra, para que os pequenos produtores do estado não passem necessidade”, reforça.

Até o fim de abril, 115 toneladas de sementes de milho certificadas serão doadas aos criadores de gado pelo Governo de Sergipe. As sementes, fruto de um investimento de R$ 1,5 milhão, devem servir de alimento para o rebanho. Também serão distribuídas raquetes de palma, que irão ajudar a constituir um banco de alimentação para o verão. Cerca de R$ 100 mil foram investidos pelo governo para a destinação da palma.

Saúde do rebanho

Outros investimentos vêm sendo direcionados ao melhoramento genético do gado sergipano, por meio do processo de Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF). “Estamos trabalhando com pequenos produtores para melhorar a qualidade e produtividade do gado. A expectativa é que, ao final de quatro anos, 12 mil vacas sejam inseminadas”, contabiliza Gilson dos Anjos.

A atenção aos rebanhos também compreende o incentivo à vacinação das bezerras entre três e oito meses contra a brucelose. “O animal com brucelose não pode parir e, logo, não dá leite. Mas basta tomar a vacina uma vez, pois ela é válida por toda a vida do animal. O governo oferece a vacinação aos criadores com até 20 cabeças, e a perspectiva é de que consigamos vacinar até 10 mil animais”, indica.

O secretário de Estado da Agricultura, Zeca Ramos da Silva, destaca a abrangência das ações do governo voltadas à pecuária leiteira. “A cadeia produtiva do leite tem recebido investimentos do Governo do Estado no melhoramento genético, na assistência técnica e na disponibilização de insumos, entre outros. O governo também apoia o escoamento da produção com o PAA Leite, em parceria com o Governo Federal. São iniciativas que apoiam desde a porteira até o consumidor”, conclui.

Governo do Estado entrega títulos definitivos de terra em Porto da Folha

O Programa Regularização Fundiária é uma ação de alto impacto social, sem a necessidade de desapropriação ou compra de propriedades rurais

Trabalhadores rurais do município de Porto da Folha, na região do alto Sertão sergipano, receberam com festa mais uma edição do projeto ‘Sergipe é aqui’, realizado nesta sexta-feira, 14. Reafirmando o compromisso com o Programa de Regularização Fundiária, o governador Fábio Mitidieri fez a entrega dos títulos definitivos de posse a cinco agricultores da região, durante a solenidade de abertura do governo itinerante. Outras 380 famílias de 57 comunidades locais também receberam seus respectivos títulos no stand da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), através dos técnicos da Emdagro, ao longo do dia. Foram ainda entregues simbolicamente o Cadastro Nacional de Agricultura Familiar (CAFs) a alguns agricultores presentes durante a solenidade.

O documento de propriedade garante ao agricultor segurança jurídica sobre a terra que ocupam, para si e para os seus herdeiros. O programa é uma ação de alto impacto social, sem a necessidade de desapropriação ou compra de propriedades rurais e proporciona ao agricultor a valorização da terra, que ele tenha acesso ao crédito rural e à assistência técnica. Também comprova junto ao INSS que ele é trabalhador rural, portanto, fazendo jus a aposentadoria, licença maternidade e a outros benefícios previdenciários, além de facilitar o acesso às Políticas Públicas dos governos federal e estadual. 

Nesses primeiros cem dias da atual gestão, a política de Desenvolvimento Agrário foi uma das que mais avançou e está presente como prioridade no ‘Programa Desenvolve Sergipe’, previsto para os próximos quatro anos e que representa R$ 6 milhões em investimento.  Além dos títulos de terra, entregues por meio do programa de Ação Fundiária, realizado pela Emdagro, mais 50 famílias sergipanas receberam a liberação da hipoteca para aquisição da certidão cartorial da terra, ação que vem sendo realizada pela coordenação estadual do Crédito Fundiário, da Pronese. 

A trabalhadora rural aposentada, Angelita Júlia da Conceição, 78, mora no entrocamento Vaca Serrada, em Porto da Folha e ficou muito satisfeita ao receber o documento definitivo de posse da sua terra. “Minha terrinha fica no povoado Boa Vista onde morei até quando meu marido era vivo e criei meus 15 filhos. Hoje sou viúva há uns 30 anos, dois filhos também já faleceram, mas consegui ter essa alegria em minha vida”, comemorou.

Moradora da comunidade Lagoa da Entrada, Evalda Teixeira de Medeiros também estava bastante satisfeita ao receber seu título de terra das mãos do governador Fábio Mitidieri e do secretário de Agricultura, Zeca Ramos da Silva. “Há mais de 10 anos tenho meu terreno que uso para pasto. Vivo da agricultura familiar, junto com meu marido e minhas três filhas, inclusive é através de nosso  trabalho que já formei minha mais velha e posso me orgulhar de manter minha filha do meio cursando a faculdade de Agronomia em Aracaju”, afirmou se referindo a importância que esse documento para sua família.

O secretário Zeca da Silva fez questão de parabenizar toda a sua equipe pelo trabalho conjunto e com resultados apresentados durante esses primeiros cem dias da administração do governador Fábio Mitidieri. “Tudo isso foi possível graças ao empenho dos funcionários da Seagri e suas coligadas, Emdagro e Coderse, e hoje podemos entregar esse benefício, que tanto o senhor vinha cobrando, por saber da necessidade desse povo trabalhador rural”, disse se reportando ao governador. “Prometi que o senhor iria bater o recorde de entrega de títulos de posse aos donos de terra e até o final de sua administração vamos beneficiar 8 mil famílias de trabalhadores rurais em Sergipe com esse documento”, afirmou.

Cadastro da Agricultura Familiar

De acordo com o secretário, Sergipe também desponta entre os Estados do Nordeste como recordista na emissão de CAFs (Cadastro Nacional de Agricultura Familiar). “Participei de uma reunião essa semana junto com os secretários de agricultura do Nordeste, em Maceió, e fiquei sabendo que Sergipe é recordista na emissão de CAFs. É dinheiro na mão, é um documento muito importante, pois possibilita o acesso às políticas públicas do governo. Além disso, vamos entregar todos os escritórios da Emdagro reformados, entre tantas outras ações que estamos trabalhando juntos para realizar”, disse o secretário, destacando ainda que o governo é de diálogo fácil e está sempre de portas abertas para atender o agricultor.

Durante a solenidade do ‘Sergipe é aqui’ o governador entregou simbolicamente a três agricultores o Cadastros Nacional de Agricultura Familiar (CAFs) que também possibilita acesso às políticas públicas de incentivo à produção, geração de renda e aos empreendimentos. O CAF é emitido pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), por meio da Emdagro, como mecanismos capazes de reconhecer adequadamente a categoria de produtores rurais, definida pela Lei da Agricultura Familiar e pelo Decreto 9.064/2017.

Batata-doce é o cultivo preferido dos produtores do perímetro irrigado em Lagarto

Assistência técnica da Coderse orientou sobre doença que quase dizimou produção da variedade tradicional. No primeiro trimestre de 2023 foram produzidas 124,5T de batata-doce

Produtores irrigantes voltaram a investir forte na produção de batata-doce em Lagarto, agora que contam com uma variedade livre de doenças, a ourinho roxa. A produção é fruto de‘sementes’ com origem nas pesquisas da Embrapa Clima Temperado, que se adaptaram bem às unidades produtivas do Perímetro Irrigado Piauí, mantido pelo Governo do Estado naquele município. Lá, são cerca de 50 produtores produzindo  batata-doce durante o ano, ocupando continuamente uma área de 30 hectares (ha).

Em 2019, muitos desses agricultores atendidos pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), com água de irrigação de assistência técnica, abandonaram a bataticultura por conta da doença causada pela mosca branca na batata ourinho, a mais cultivada e lucrativa na época. As plantas doentes não produziam as raízes que usamos para alimentação, fazendo com que os irrigantes perdessem as safras inteiras. Já neste ano, no primeiro trimestre a produção de batata-doce foi de 124,5 toneladas,  25% maior que no mesmo período de 2022. Colheita que rendeu aos irrigantes R$ 138,6 mil.

Conforme conta o diretor de Irrigação da Coderse, Júlio Leite, a praga tinha infestado as ramas da lavoura anterior e que eram usadas para replantio das lavouras seguintes. “Desde o início, a orientação dos técnicos da nossa empresa foi a de buscar ‘sementes’ novas e que não tivessem origem nas lavouras já contaminadas. A dica foi certeira e esses bataticultores voltaram a plantar, colher, beneficiar e comercializar a batata-doce com todo estado e fora dele. Produto bastante requisitado pela alta qualidade da ourinho roxa”, pontuou. 

Gerente do Perímetro Piauí, Gildo Almeida, relembra o problema com o carro-chefe da produção de batata-doce, a variedade ourinho tradicional. Mesmo ela tendo um ciclo de produção maior. “A batata-doce ainda é uma das principais culturas aqui. Agora que surgiu esse melhoramento através da Embrapa de Pelotas (RS), a ourinho roxa, é ela que está no auge aqui. Embora precise de 90 dias para colher, ela tem boa qualidade e está a todo vapor a produção aqui. O preço na lavoura agora é R$ 1,50/Kg”, informou.

Luciano Oliveira está plantando a nova variedade de batata-doce e está animado, mesmo tendo tido azar com ourinho branca no passado.”A ourinho roxa é a que o pessoal está mais plantando agora. Quando comecei a plantar batata, fui plantar a branca e não produzi nada. Isso foi há uns 4 anos atrás. Comecei a plantar batata-doce novamente agora recentemente, há uns dois meses e ainda vou colher daqui a 1 mês e já tem comprador. Mas eu acompanho os colegas que estão colhendo, ela é excelente, é boa de lidar”, revelou o produtor que tem 0,33 hectares plantados com a ourinho roxa.

Já Helenilson Santos conta que naturalmente está voltando a obter a rentabilidade semelhante à que possuía antes da doença, quando todos lucravam com a ourinho tradicional. “Com a Ourinho roxa não, porém com a ourinho tradicional tivemos problemas demais! Eu parei um bom tempo e voltei ano passado, já com a roxa. Até o momento, graças a Deus, tem produção e saída em grande escala. Está tudo bem aqui agora e chovendo bem, ajuda muito também no controle da mosca branca”, completa o irrigante do perímetro Piauí.

Governador recebe executivos do agronegócio para discutir investimentos em Sergipe

O encontro com os empresários contou com a participação do secretário de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), Zeca da Silva

A captação de novos negócios para alavancar o crescimento econômico de Sergipe tem sido uma ação contínua do governador do estado, Fábio Mitidieri, nesses primeiros meses de gestão. Na quarta-feira, dia 5, o chefe do Executivo estadual recebeu, no Palácio dos Despachos, o grupo de investidores entre eles o sócio-fundador do frigorífico industrial Masterboi, Nelson Bezerra.

O empresário manifestar o interesse da empresa em abrir uma nova unidade em Sergipe. “Acredito que esta é uma iniciativa positiva para a pecuária sergipana porque o produtor terá mais uma opção para vender seu gado”, destacou o empresário.

Pernambucana, o Masterboi é considerado um dos maiores frigoríficos do país. Possui três unidades frigoríficas: em Tocantins (MA), São Geraldo do Araguaia (PA) e Canhotinho (PE), além de seis lojas próprias e dois centros de distribuição, que contam com cerca de 3.500 funcionários. A capacidade de abatimento do frigorífico é de 2,2 mil animais por dia e o portfólio da companhia apresenta mais de 800 itens que envolvem desde bovinos, suínos, caprinos e ovinos a charqueados, laticínios, embutidos, pescados e até vegetais. A marca está habilitada a exportar para mais de 40 países.

O encontro com os empresários contou com a participação do secretário de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), Zeca da Silva. Além dele participaram também a diretora executiva da Natville, Jânia Mota; o diretor comercial da Natville, Fábio Dantas; e o diretor administrativo da empresa, Flávio Dantas; o secretário Especial do Governo (Segov), Cristiano Barreto; e o secretário de Estado do Desenvolvimento Urbano e Infraestrutura (Sedurbi), Luiz Roberto Dantas.

Emdagro e Fapitec acompanham pesquisa sobre “Métodos de produção e formulação de bioinsumos de fungos”

O Programa é fruto de cooperação entre a Fapitec/Se e a Secretaria de Estado da Agricultura

A equipe da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec/Se) realizou na manhã desta segunda-feira, 3 de abril, um acompanhamento técnico na sede da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), referente ao Programa de Bolsa de Pós-Doutoramento Júnior em Instituições Estaduais (Bolsas PDJ) do edital nº 05/2021. Na ocasião, foi apresentado o projeto intitulado: ‘Desenvolvimento de métodos de produção e formulação de bioinsumos de fungos entomopatogênicos para controle de pragas agrícolas’, que tem como coordenadora a bolsista Camila Varize Lopes e supervisor geral e coordenador de pesquisa da Emdagro, Marcelo da Costa Mendonça.

O Programa é fruto de cooperação entre a Fapitec/Se e a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), por meio da Emdagro, que tem o objetivo de implementar ações conjuntas que assegurem a realização de estudos e pesquisas no âmbito da Agropecuária e do Desenvolvimento Rural Sustentável. 

O diretor-presidente da Fapitec/Se, Alex Garcez, afirma que com essa visita técnica é possível fazer uma averiguação para saber se os recursos disponibilizados no edital estão sendo aplicados de forma correta nas instituições e órgãos, para que assim os resultados dos projetos tragam benefícios para o Estado de Sergipe. “Essas visitas têm sido corriqueiras no período da execução do projeto. Nós, da diretoria e da área técnica, fazemos esse acompanhamento para observarmos se atendem às regras do edital”, destacou Alex.

Para o supervisor geral e coordenador de pesquisa da Emdagro, Marcelo da Costa Mendonça, “esse programa é muito importante porque traz a possibilidade da gente realizar pesquisas de interesse do estado e poder levar resultados para os pequenos agricultores, sobre o controle biológico de pragas, desenvolvendo produtos que possam minimizar o uso de agrotóxico e levando uma solução para o agricultor”, enfatizou o supervisor do projeto.

Camila Varize Lopes,bolsista contemplada no edital, enfatiza que através do projeto é possível gerar resultados positivos e viabilização do processo de produção de bioinsumos. “Conseguimos gerar resultados no sentido de otimizar o processo produtivo em fermentações líquidas, e acredito no potencial deles, gerando recurso a partir da ampliação do processo de produção”, revelou a bolsista. 

Participaram do seminário o diretor Técnico da Emdagro, Jean Carlos Nascimento Ferreira, os bolsistas do DTI4 Lucas Jefferson e Jackson Freitas, a coordenadora executiva de apoio e desenvolvimento de programas, Laís Barbosa Rabelo Souza e o diretor técnico da Fapitec, Jeter Andrade.

Governo de Sergipe reforça recuperação de barragens no alto sertão

A iniciativa prepara sertanejo para guardar água das chuvas durante o inverno. Em 2023 o programa já recuperou 97 aguadas em Canindé e 87 em Porto da Folha

Já são 184 aguadas recuperadas pelo Programa de Recuperação de Barragens do Governo do Estado neste ano em Sergipe. A política pública ganhou um reforço orçamentário de R$ 2,5 milhões, anunciados pelo  governador Fábio Mitidieri, durante o último ‘Sergipe é aqui’, realizado em Propriá, no dia 22 de março.  A iniciativa integra o Programa Desenvolve Sergipe que agora totaliza R$ 4,9 milhões em investimentos, na revitalização dessas reservas de água.

São barragens que estão sendo preparadas agora, para guardar o máximo de volume de água nas chuvas de inverno e suprir a população rural no verão. A intenção do programa é atender um total de 20 barragens de médio porte e outras mil de pequeno porte. São barragens com múltiplos usos, desde a irrigação, a pesca e o consumo residencial, e que, na maioria das vezes atende a dessedentação animal.

A ação é fruto do termo de cooperação entre a Secretaria de Estado da Assistência Social e Cidadania de Sergipe (Seasc) e a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). A Seasc financia as obras através de recursos do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Funcep), enquanto a Seagri executa através da sua vinculada, a Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse).

Segundo o diretor-presidente da Coderse, Paulo Sobral, as máquinas da empresa licitada para as obras seguirá com serviços também em Tomar do Geru e Graccho Cardoso. “Até o momento, recuperamos 311 pequenas aguadas em Canindé e 172 em Porto da Folha. Ainda em Porto da Folha, limpamos três barragens de médio porte, mas a maior ação desta edição do programa foi o desassoreamento da barragem do Perímetro Irrigado Poção da Ribeira, em Itabaiana”, destacou Paulo Sobral ao observar que a ação tem levado alívio ao abastecimento humano de quatro municípios e para a irrigação de 466 lotes agrícolas.

Valter da Silva, produtor rural do povoado Goiabeiras, em Porto da Folha, foi beneficiado com a limpeza de sua água em fevereiro. Ele vai usar a água para sua criação de porcos, galinhas e irrigação da horta que tem no seu sítio. Nela ele produz milho, tomate, abóbora, laranja entre outros. “Agradeço ao governador do Estado, Fábio Mitidieri, no empenho da limpeza das pequenas barragens, o que vem facilitar a vida dos pequenos e médios agricultores, na criação, na manutenção de pequenos animais, das pequenas plantações em volta de casa. Isso é muito útil aqui para a gente,  para os moradores do alto sertão”, avaliou Valter da Silva.

O diretor de infraestrutura hídrica da Coderse, Ernan Sena, explica como é feito o trabalho. “Tiramos o excesso de sedimentos acumulados no leito destas barragens. São refeitos os taludes, que seguram a maior parte da força da água e aumentamos a profundidade, para uma maior captação da água da chuva, destacou observando que a ação beneficia principalmente os pequenos criadores de animais, dos municípios em situação de emergência, devido à seca. “Eles levam os rebanhos até as margens para beber ou fazem o carrego da água em carroças ou carros-pipa”, enfatizou.

Seagri realiza evento para homenagear servidoras no mês da Mulher

Para a mulher existem “coisas irrenunciáveis na vida: sua autoestima, sua paz de espírito, sua liberdade e sua voz”, disse a palestrante Luiza Brito.

Seagri realiza evento para homenagear servidoras no mês da Mulher 

Enaltecer a participação da mulher no ambiente de trabalho e sua importância para o sucesso das atividades desenvolvidas no dia a dia, ao tempo que deu vez e voz para ouvir o que elas sentem. Foi com esse intuito que as colaboradoras da Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) foram homenageadas na manhã desta quinta, dia 16, no auditório, durante a realização de uma roda de conversa. O tema “O protagonismo da mulher: nosso espaço, nossa voz”, foi amplamente discutido tendo como mediadora a advogada Luiza Brito, especialista em Direito da Mulher, que participou do evento a convite da Superintendente Especial da Seagri, Ana Patrícia Guimarães. 

No mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, o secretário Zeca da Silva fez questão de ressaltar o quanto todas são importantes, ao fazer a abertura do evento. “Precisamos enaltecer sempre o protagonismo da mulher na sociedade e sua importância no mundo corporativo, mostrando o que realmente vocês são, competentes e capazes de assumir qualquer função, onde quiserem estar e atuar”, disse ao se dirigir às servidoras da Seagri. “O governador Fábio Mitidieri  está trabalhando com esse intuito, de dar a devida importância para a criação de políticas públicas voltadas às mulheres, potencializando a força do trabalho da mulher do campo e em todas as áreas de seu governo, não à toa criou a Secretaria Especial da Mulher”, enfatizou ao destacar a presença de representantes da pasta, que foram convidadas para o evento.

A palestra da advogada Luiza Brito, seguida de um bate papo descontraído, com histórias de vida e experiências felizes ou traumáticas vivenciadas durante a conversa, num ambiente de muita interação entre todas. “Precisamos dar voz às mulheres, ajudando-as a conhecer e lutar por seus direitos, saindo da posição de julgadoras para assim entender os avanços de nós mulheres na sociedade”, afirmou, enfatizando ao final de sua apresentação que para a mulher existem “coisas irrenunciáveis na vida: sua autoestima, sua paz de espírito, sua liberdade e sua voz”.

Seagri recebeu representantes dos pescadores, carcinicultores e da prefeitura de N. S. do Socorro

Estiveram reunidos com a superintendente da Seagri, comunicaram ocorrência de mortandade de peixes no Rio do Sal.

Na manhã desta quarta-feira, 8, a superintendente especial da Seagri e responsável pelo setor pesqueiro e aquícola da secretaria, Ana Patrícia Guimarães, recebeu uma comissão com representantes dos pescadores, carcinicultores e da prefeitura de Nossa Senhora do Socorro. Os representantes informaram da preocupação com a ocorrência de mortandade de muitos peixes percebida desde o último fim de semana no Rio do Sal, e solicitaram apoio da secretaria na identificação das causas.

A superintendente se solidarizou com as famílias de pescadores e carcinicultores que foram impactados com a mortandade e colocou a Seagri à disposição. A secretaria vai acompanhar o caso junto com os representantes da gestão municipal e aguarda laudo da coleta de água feita pela Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema).

Participaram da reunião o secretário municipal do Meio Ambiente de Socorro, Samir Souza Felipe, secretário municipal da Agricultura David Fernandes e o representantes dos pescadores e criadores de camarão, Manoel Messias, presidente da Associação Socorrense de Maricultores Naturais e Ecológicos.

Assistência técnica permanente da Emdagro reconhece e valoriza trabalhadoras rurais

Ferramenta metodológica foi criada para facilitar e ajudar no dia a dia da trabalhadora rural

Neste 8 de março, quando se comemora o Dia Internacional da Mulher, muito tem o que se destacar pelo protagonismo da mulher no desenvolvimento do setor agrícola, em Sergipe. Além do cuidado com a família, elas se destacam na produção de alimentos, na criação de animais, produção de artesanato, no plantio desde a semeadura até a colheita de forma sustentável e ainda são exemplos como guardiãs da biodiversidade. As mulheres trabalhadoras rurais também têm conquistado maior visibilidade e reconhecimento de seu papel na segurança da renda familiar.

O trabalho permanente de assistência técnica e extensão rural desenvolvido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e de sua vinculada, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), vem motivando as mulheres trabalhadoras do campo a avançarem ainda mais em seu trabalho diário a exemplo de ações como horta comunitária com abordagem sustentável, assistência à criação de animais como ovinocaprinocultura e avicultura, artesanato e a aplicação de método monitoramento com as cadernetas agroecológicas.

Ferramenta metodológica criada para facilitar e ajudar no dia a dia da trabalhadora rural, as cadernetas agroecológicas contribuem para o entendimento de que a produção agrícola não lhe traz apenas uma renda complementar, e sim essencial. “Nelas as mulheres agricultoras anotam a produção obtida, considerando os produtos que consomem, vendem, trocam ou fazem doação, o que tem contribuído muito para mensurar o empoderamento econômico dessas trabalhadoras rurais, assim como tem feito a conexão com diversas políticas públicas”, observa Abeaci dos Santos, gestora de Organização e Desenvolvimento Social da Emdagro.

“A ferramenta auxilia especialmente na Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, a exemplo quando se discute as formas de aproveitamento dos alimentos, os desperdícios no momento da colheita e do transporte, do acondicionamento dos produtos e ainda a preocupação com o alimento seguro e livre das práticas intolerantes ambientais”, ressaltou.

Abeaci explica que, a partir da abertura e apoio oportunizado pela Constituição Federal de 1988, observou-se que as mulheres trabalhadoras rurais começaram a participar de diversas organizações, fortalecendo ainda mais suas lutas, em busca da ampliação de oportunidades de trabalho e renda, e contribuindo de forma mais concreta com o crescimento e desenvolvimento de suas comunidades, seus municípios e do próprio país. 

“Foi durante esse processo que ocorreu a inserção das mulheres, de forma definitiva, nos espaços produtivos, nos mercados e na comercialização dos produtos, fato que caracteriza uma coisa que chamamos de Negócio Agrícola, visto que as mulheres passaram a entender que era possível dar um rumo diferenciado às suas atividades produtivas”, destacou Abeaci. “Também devemos considerar o manejo sustentável dos recursos naturais, que é uma marca importante da base econômica das mulheres e com isso, elas vão ganhando notoriedade”.

A produtora rural Ângela Maria de Jesus Feitosa, de 56 anos, fala com orgulho de tudo que conquistou na agricultura até hoje. Natural de Aquidabã, é a segunda do total de nove filhos, de um casal de agricultores, e mãe de duas filhas, criadas e educadas graças à força e perseverança de seu trabalho na terra, conforme ela faz questão de ressaltar. “Tenho uma filha engenheira florestal, formada pela Universidade Federal de Sergipe e a mais nova também já cursando a faculdade e isso se deve ao meu esforço, juntamente com meu marido, em nosso pedaço de terra, onde plantamos desde hortaliças a batatas, mandioca, feijão, inhame, macaxeira, entre outras culturas, sempre observando e respeitando o meio ambiente”, disse a agricultora que planta e comercializa seus produtos na Colônia Treze, município de Lagarto. “Devo muito do que conquistei até hoje à Emdagro, por ter me dado o conhecimento necessário, por meio de cursos e tecnologias apresentadas que me ajudaram muito a chegar até aqui”, ressaltou Ângela.

Encontro no Dia da Mulher

Para marcar o Dia das Mulheres com as mulheres do campo, a Seagri, por meio da Emdagro, realiza encontro com as trabalhadoras rurais da comunidade Piragi, município de Capela. Na oportunidade será feita uma avaliação sobre as ações já realizadas e debate com as agricultoras sobre “Diversificação de Cultura”. A comunidade já é atendida com o projeto de horticultura, com distribuição de sementes de hortaliças.

Tomaticultores de Lagarto investem na plasticultura e fertirrigação com gotejamento

As tecnologias aplicadas no perímetro público de Lagarto reduzem a mão de obra, economizam água, fertilizantes e produzem frutos de melhor qualidade

Faça chuva ou faça sol, contando com a irrigação pública dos perímetros irrigados estaduais, dá para plantar tomate durante todo ano. E mais, no município de Lagarto, Centro-Sul sergipano, tem agricultor irrigante que aproveita a água fornecida pelo Governo do Estado para trabalhar com tecnologias de cultivo que aumentam a produtividade e diminuem custos. E ainda, faz crescer a renda líquida com a venda das colheitas.

No Perímetro Irrigado Piauí, administrado pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), que é vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), os produtores lançam mão à plasticultura e a fertirrigação para cultivar o tomate. Gildeon Reis é um deles. Experiente no cultivo de milho, pimentas e quiabo, também usando fertirrigação, ele explica que cada etapa da lavoura exige um tipo de adubação.

“Primeiro fiz um transplante das mudas e depois de uns três dias já entrei com o primeiro adubo na fertirrigação”. Nesta primeira etapa, Gildeon usa um fertilizante sólido, solúvel na água de irrigação e que contém uma alta concentração de fósforo, estimulando o crescimento vegetativo, das raízes e floração. “Com 20 dias eu entro com o fertilizante 18/18/18 NPK (nitrogênio, fósforo e potássio). E depois de 45 dias, já é outro produto’”. 

Na fertirrigação, um mecanismo injeta os fertilizantes necessários para o desenvolvimento da planta diretamente no sistema de irrigação do lote, feito por mangueiras de gotejamento. A tecnologia hoje é amplamente usada em diversos tipos de cultivos agrícolas nos perímetros irrigados de vocação agrícola da Coderse. 

Os produtores dos perímetros irrigados têm também a assistência técnica fornecida pelo Estado. Segundo o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Coderse, Júlio Leite, esse auxílio vem para complementar o que é investido, em recursos públicos, para que chegue água no lote dos irrigantes, gerando renda, empregos e alimentos com preços justos para a população.

“Irrigação, assistência técnica e ainda tem um assessoramento feito para que esses irrigantes participem de programas de ‘compras institucionais’, como o Alimenta Brasil e PNAE. São serviços públicos complementares entre si e que, no conjunto, incentivam o agricultor que está sendo beneficiado em um perímetro da Coderse. Eliminando chances de perda de safras; baixa produtividade e a desvalorização dos produtos, quando a comercialização é feita só com os atravessadores”, avalia Júlio Leite.

Técnico agrícola da Coderse, Williams Domingos atua na assistência à produção agrícola a partir da irrigação. “A gente orienta o produtor no manejo de irrigação adequado, introduzindo certos equipamentos novos, como a fertirrigação, como a irrigação por gotejamento. Que antigamente era a aspersão convencional. Orientando o uso de agrotóxicos na época e na forma adequada, sem o uso indiscriminado, respeitando os períodos de carência da cultura quando ele for colher”.

A fertirrigação traz praticidade, diminuindo a necessidade de contratar mão de obra ou máquinas para fazer a adubação diretamente na planta. “O adubo é misturado na água (da irrigação) e vai para a planta. Em dez minutos eu já adubei uma área de mil pés. Depois que plantar, eu sozinho resolvo. Só tem um rapaz que vai aplicar na planta (o defensivo químico) com a bomba costal”, expôs o produtor Gildeon, que mesmo sendo pessoa com deficiência, sem parte de uma das pernas, não tem dificuldade para operar o sistema de fertirrigação.

Plasticultura
Os agricultores irrigantes, incluindo Gildeon Reis, investem no uso de lonas ‘mulching’. O plástico especial retém a água de irrigação no solo, diminuindo a evaporação; cobre o solo de tal forma, que elimina o nascimento de ervas daninhas e ainda protege os frutos do contato e contaminação do solo. Isso aumenta a qualidade e o valor agregado da produção colhida, repercutindo em maior renda ao irrigante. A plasticultura substitui o método de estaquia, em que as plantas crescem verticalmente amarradas em uma vara.

As vantagens de usar a tecnologia de cultivo protegido, dão segurança até para o agricultor arriscar a plantar em épocas em que o clima não favorece. “Ninguém planta mais na vara com cordão, porque é muito trabalho. E o pessoal faz o plantio sempre em setembro, outubro, novembro. Eu estou plantando em uma época já de final. É meio perigoso, porque pode chegar o inverno cedo e eu estou fazendo a colheita. O que não é bom”, apontou o irrigante Gildeon.

“Faz a leira antes de colocar o ‘mulching’; com uma adubação de fundação e o sistema de irrigação, que é o gotejo. É uma tecnologia que deu certo. Tanto para o pessoal do tomate, como o da pimenta e hoje tem plantação de quiabo usando o ‘mulching’, porque reduz a mão de obra. Você não tem problema de capinar aqui em cima, não tem mato em cima dele. Ele garante também que o tomate cresça aqui em cima e não apodreça, porque ele não tem contato com o solo”, completou o técnico Williams.

Governo

Última atualização: 3 de março de 2023 21:25.

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