Programa Sementes do Futuro contribui para a produção de milho em Sergipe

Governo do Estado investiu R$ 3 milhões na aquisição de 206 toneladas de sementes certificadas de milho, para atender mais de 20 mil famílias de pequenos produtores; o grão representa 52% do que se produz na agricultura em Sergipe, que hoje é o segundo produtor de milho do Nordeste

Sergipe tem se destacado na cultura do milho e a implementação do programa Sementes do Futuro tem um papel fundamental para o fomento à produção dessa cultura. A ação representa um compromisso do Governo do Estado em fortalecer a agricultura familiar, ao promover o acesso a insumos de qualidade e, desta forma, contribuir para o desenvolvimento sustentável das regiões. 

O programa foi criado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), e envolve a distribuição de grãos de milho e de arroz em todo o estado. “Só em semente de milho o Governo de Sergipe investiu agora R$ 3 milhões. Foram adquiridas 206 toneladas de sementes certificadas de milho. E são 20.600 famílias de pequenos produtores rurais e de agricultores familiares beneficiadas”, ressaltou o presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos. 

A data em que se celebra o dia de São José, 19 de março, marcou o início do plantio da safra no estado e o lançamento oficial do programa Sementes do Futuro 2024, com a distribuição de sementes de milho para os agricultores familiares de 50 municípios sergipanos. “Desde março, a Emdagro já vem fazendo essa distribuição. Sendo assim, espera-se que no período de 90 dias os produtores estejam colhendo frutos dessa plantação”, afirmou o gestor da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário. 

Cada pequeno produtor recebe um saco com 10 quilos de semente e, assim, consegue plantar a quantidade correspondente a uma carreta de milho, que vai colher depois de 90 dias, em torno de três a cinco toneladas de milho. “Então, é um ganho econômico para o pequeno produtor rural, para o agricultor familiar. É o braço do Governo do Estado dizendo sim a esses pequenos produtores, e a economia de Sergipe girando”, destacou.

Um dos critérios do programa é que as sementes somente sejam doadas a pequenos produtores rurais e agricultores familiares de todo o estado de Sergipe. “Assim que a semente chega, nós começamos a distribuir, justamente para que os agricultores plantem o milho na época certa, no período de chuvas. Já estamos entregando os últimos sacos de sementes”, pontuou Gilson dos Anjos. Os técnicos da Emdagro realizam a entrega individualmente. 

Produção de milho

Público-alvo do programa, os pequenos produtores rurais e agricultores já estão com a expectativa alta para colher o milho que está sendo plantado em suas propriedades. Esse é o exemplo do agricultor Gilmar Ferreira, que recebeu, pelo segundo ano consecutivo, as sementes do Governo do Estado e já com todo cuidado preparou a terra, vislumbrando colher uma boa safra. “O primeiro passo é preparar o terreno. Aro com o trator e depois planto com uma maquininha o milho. Como plantei o milho há uma semana, já está na fase de adubar, que é para ele se desenvolver”, explicou. 

De acordo com o agricultor, receber as sementes do governo é um bom incentivo para a agricultura familiar. “Se eu tivesse que comprar a semente, gastaria, uma média de R$ 50,00 a R$ 60,00 o quilo. Com esse dinheiro, já compro o adubo”, afirmou.

O agricultor Agnaldo Santana planta o grão juntamente com sua filha Ketyllin Santana e afirma que as sementes doadas pelo governo fazem muita diferença na vida deles. “A gente planta, colhe, vende e o que sobra ainda dá para a gente comer e dar para as galinhas”, contou. Já Ketyllin acrescenta que o milho, além de abastecer sua família, ainda dá para ajudar alguns dos seus vizinhos. “A gente sempre faz tudo junto. E todo mundo sai ganhando”, comemorou. 

O produtor rural José Eugênio fez questão de destacar a qualidade das sementes ofertadas. “O bom é que essa semente que a gente recebe é de qualidade, o milho é mais gostoso e nos dá tranquilidade, porque são selecionadas”, disse. 

Suporte aos produtores

Economicamente falando, o milho representa 52% do que se produz na agricultura no estado. Sergipe, hoje, é o segundo produtor de milho do Nordeste. Além de gerar renda para o agricultor, a cultura contribui para geração de emprego nos municípios. 

Os agricultores dos municípios beneficiados pelo programa Semente do Futuro recebem todo o suporte necessário dos técnicos da Emdagro. Segundo o chefe do Escritório da Emdagro em Boquim, Jeotônio Ferreira, o órgão reúne os pequenos produtores rurais que vão receber as sementes e os orientam durante todas as etapas do plantio. “Aqui, na região, a gente reúne os agricultores normalmente em associações de moradores e explica sobre as orientações de plantio, cuidado com as pragas, preparo de solo e adubação, por exemplo. E se, por acaso, tiver algum problema, eles entram em contato com a gente e vamos até o local para tentar solucionar”, explicou.

As sementes entregues pelo Governo do Estado e o milho colhido a partir delas servem de alimento e renda para a família de Antônio Gois. “A gente aqui em casa aprova muito o que a gente ganha. Além de comermos o milho, a gente vende para os mercadinhos daqui de Boquim”, afirmou. 

A produtora rural do município de Carira, Josefa Rosalina, contou que precisa de milho para alimentar os animais que cria: galinhas e vacas. “Essas sementes chegaram em um bom momento, pois não teria condições para comprar para plantar. O milho que a gente colhe, a gente come, vende um pouquinho e já serve de ração também para manter o gado no verão”, explicou.

Emdagro introduz substrato de fibra de coco para produção de mudas cítricas

Objetivo da proposta é reduzir custos com a aquisição de insumos

A utilização de fibra de coco para produção de substrato nas mudas cítricas é uma iniciativa inovadora para os produtores sergipanos. A técnica está sendo implementada pela Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) em Boquim, como alternativa sustentável e econômica para os produtores de mudas na região. A iniciativa foi apresentada aos membros da Associação de Pequenos Viveiristas de Boquim e produtores de mudas como alternativa de substituir o tradicional substrato de casca de pinus, já que a fibra de coco é um recurso mais acessível e localmente disponível.

A equipe técnica da Emdagro realizou a demonstração prática dos métodos para os produtores, mostrando na prática a produção de mudas com o novo substrato. De acordo com a equipe técnica, o processo de utilização da fibra de coco como substrato leva em consideração, a medição inicial do teor de sais, seguido do processo de lavagem, desinfecção e novo monitoramento dos níveis de sais para posterior plantio. Após ser atingido níveis de salinidade adequados, aplica-se a técnica da fertirrigação para nutrição das plantas. A assistência técnica conta com a participação dos técnicos Valbério Paolilo, Luiz Meneses, Luiz Pessoa, além do chefe do escritório regional da Emdagro de Boquim, Luiz Fernandes.

Conforme o técnico da Emdagro, Valbério Paolilo, a mudança proposta visa  reduzir os custos e também promover um impacto positivo na economia local. “Atualmente, os viveiristas de Boquim enfrentam desafios com o alto custo da casca de pinus, importada do estado de São Paulo. A substituição por fibras de coco, produzidas a poucos quilômetros na Bahia, representa uma solução mais acessível e sustentável”, reforça o técnico.

O presidente da Associação de Pequenos Viveiristas de Boquim, Roberto Pereira da Mota, expressou sua satisfação com a parceria e os benefícios esperados. “Estamos nesse processo para vermos como é que vai ficar o resultado, sobretudo na redução dos custos com a produção dos porta enxertos, visto que o substrato utilizado atualmente vem do município baiano do Conde, distante 180 km de Boquim. Nosso desejo é baratear muito os custos da produção”.

Além disso, o associado Paulo Castro ressaltou a importância da transição para o substrato de fibra de coco, enfatizando os potenciais benefícios econômicos para os produtores locais. “Acredito que não só vai ser fácil essa transição como vai diminuir os custos, diminuir o valor para gente ter um lucrinho maior, porque o substrato que está vindo de São Paulo, está muito caro e o valor dos porta-enxertos não tem sido muito bom”.

O engenheiro agrônomo da Emdagro, Valbério Paolilo, destacou a viabilidade e os detalhes técnicos dessa mudança. “Estamos confiantes de que essa transição será não apenas suave, mas também resultará em uma redução significativa nos custos, permitindo aos produtores reinvestir em outras áreas essenciais para o crescimento da associação e da comunidade como um todo. E o compromisso da Emdagro é levar aos produtores tecnologias que venham facilitar suas produções agrícolas, com um custo bem menor e garantir, dessa forma, uma renda a mais para eles”, concluiu Valbério.

Agricultura

Emdagro celebra 62 anos de apoio ao desenvolvimento agropecuário em Sergipe

O órgão tem sido uma figura central no apoio aos agricultores sergipanos, com um impacto direto e indireto em mais de 30 mil produtores rurais

Nesta quarta-feira, 24, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) completa 62 anos de dedicação ao fortalecimento da agricultura e pecuária em todo o estado. Desde sua instituição, em 1962, a Emdagro tem sido uma figura central no apoio aos agricultores sergipanos, com um impacto direto e indireto em mais de 30 mil produtores rurais.

Ao longo dessas seis décadas, a Emdagro tem sido uma força motriz no desenvolvimento rural, oferecendo assistência técnica e extensão rural, defesa animal e vegetal, além de contribuir ativamente para pesquisas fundamentais para o avanço do setor agropecuário em Sergipe.

As comemorações pelo aniversário da empresa foram marcadas por momentos de reflexão e celebração. Pela manhã, uma emocionante missa de ação de graças foi conduzida pelo Padre Alan de Jesus Valença, reunindo colaboradores e parceiros em um momento de gratidão pelos anos de serviço dedicados à comunidade rural.

Em seguida, no hall da empresa, os servidores se reuniram para prestigiar a apresentação do Coral Vozes da Emdagro, composto por colaboradores da própria Emdagro, além de membros da Codevasf e Embrapa. Sob a regência de Elias Santos, o coral entoou cânticos festivos, marcando a ocasião com alegria e harmonia.

O presidente da Emdagro, Gilson dos Santos, aproveitou a oportunidade para destacar o papel fundamental de cada servidor da empresa ao longo dos anos. Em sua fala, ele ressaltou o compromisso da Emdagro com o Estado, os pequenos agricultores e o agronegócio, enfatizando que a empresa é um dos principais agentes de inclusão social para agricultores e agricultoras familiares em Sergipe.

“A história da Emdagro é uma trajetória de evolução e adaptação às necessidades do setor agropecuário sergipano. Desde sua criação como Ancar-SE, em 1962, até sua recriação em 2008, a empresa tem se mantido como um pilar fundamental para o desenvolvimento rural do estado. Seu legado de compromisso e dedicação continua a impulsionar o progresso da agricultura e pecuária em Sergipe, garantindo um futuro sustentável para as gerações futuras”, disse o presidente.

Título de zona livre da febre aftosa sem vacinação em Sergipe reforça qualidade do rebanho bovino do estado

Conquista foi alcançada graças aos esforços conjuntos do Governo do Estado e produtores; última campanha de imunização acontece até o final de abril, quando vacinação será interrompida e deixará de ser obrigatória

Os pecuaristas em todo o estado comemoram a erradicação da febre aftosa em Sergipe. Agora, o território sergipano é considerado zona livre da doença sem vacinação. A conquista foi alcançada graças ao esforço do Governo do Estado, que tem conduzido, ano a ano, diversas campanhas para vacinar o rebanho, além de prestar assistência contínua aos criadores. A política é executada pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento e da Pesca (Seagri), via Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro).

A vacinação atualmente em curso, que termina ainda neste mês de abril, é a última antes do encerramento das campanhas. Depois disso, em função da erradicação, a ação periódica será suspensa. Este processo é o estágio mais recente e bem-sucedido de uma história iniciada há cerca de 30 anos, quando um forte movimento de combate à doença se instalou em Sergipe. Naquele momento, a febre aftosa ameaçava o gado e o avanço da pecuária não só no estado, mas em todo o Brasil. Há 28 anos, Sergipe não registra nenhum foco de aftosa.

“O Ministério da Agricultura e Pecuária já emitiu a portaria que torna Sergipe livre da febre aftosa sem vacinação. Mas, por exigência do ministério, precisamos fazer uma última vacinação, que foi antecipada de maio para abril. Até o dia 30, pequenos, médios e grandes criadores de Sergipe, de bovinos e bubalinos, terão que vacinar o seu rebanho contra a febre aftosa. Não haverá prorrogação”, explica o presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos.

Com a medida, as casas agropecuárias do estado ficam proibidas de comercializar a vacina contra a febre aftosa a partir de 1º de maio, seguindo determinação do ministério. Quanto aos pecuaristas, o prazo para declarar a última vacinação vai até 10 de maio. “Aqueles que não aplicarem a vacinação ou não a declararem, estarão proibidos de transitar com seu gado dentro de Sergipe e para fora do estado. É um prejuízo enorme, porque eles não mais conseguirão emitir a GTA, que é a Guia de Trânsito Animal. Além disso, terão que pagar uma multa de R$ 64,03 por cabeça, valor da UFP [Unidade Fiscal Padrão]”, destaca Gilson.

Pecuaristas

A erradicação da febre aftosa é, ainda, um mérito dos pecuaristas sergipanos. O fazendeiro Edson Prata tem contato com a criação de animais desde a infância, herança de seu avô e de sua mãe. Ele é proprietário da Fazenda Japaratuba, em Nossa Senhora das Dores, onde cria cerca de mil cabeças de gado de corte. Também é dono de uma fazenda na Bahia, além de outras propriedades em Sergipe, em municípios como Cumbe, Capela e Aquidabã. Sua produção abastece todo o estado. Hoje, vacinando seu rebanho pela última vez, Edson destaca a importância do selo ‘livre de aftosa’.

“É um ganho imensurável. O criador de bovinos e bubalinos, a partir de maio, não mais vai ter despesa com a febre aftosa. Nem com a compra da vacina, nem com a logística de contratar profissionais para aplicá-la. Também é bom para a visão do mercado brasileiro no exterior, porque é uma garantia a mais para o comprador da nossa carne ou do boi vivo. É um selo de qualidade, e quem ganha são os produtores. Tudo isso é fruto de um trabalho muito bem-feito do Governo de Sergipe, da Seagri, da Emdagro e do Governo Federal, com as campanhas. E também do pecuarista e do trabalhador rural, que faz seu dever de casa”, resume Edson Costa.

O fazendeiro destaca, ainda, a importância da agropecuária para o desenvolvimento econômico do estado. “Aconselho a todos aplicar essa última vacinação, para garantir a liberdade que teremos agora. O setor agro gera emprego e renda. O trabalhador rural cada vez mais se especializa, qualifica e foca em uma só função, para que a produção seja a melhor possível. No Brasil e em Sergipe, a pecuária é excelência”, frisa.

De acordo com Gilson dos Anjos, a parceria entre Governo de Sergipe e pecuaristas fez com que a vacinação no estado registrasse índices acima de 90% ano após ano. “No ano passado, conseguimos de 94% a 96%. A vacinação ocorre duas vezes por ano, em maio e em novembro. No mês de maio, se vacinava todo o rebanho, e no mês de novembro, apenas animais de até dois anos”, pontua.

Hoje, Sergipe reúne um rebanho de 1,3 milhão de cabeças de gado, entre bovinos e bubalinos. No sertão sergipano, onde predomina o gado leiteiro, as raças girolando e holandês são as mais incidentes. No centro-sul, onde o gado de corte é mais abundante, prevalece o zebu, com especial atenção para o nelore. Cabe lembrar que Sergipe é o segundo estado brasileiro em produtividade leiteira. “Isso se deve ao trabalho que a Emdagro faz junto com os criadores de gado de leite no sertão, no manejo genético. Hoje, temos uma única vaca em Santa Rosa do Ermírio produzindo 97 litros de leite por dia, por exemplo”, enfatiza Gilson.

Manutenção

A proibição do uso de vacinas antiaftosa no rebanho em Sergipe segue os moldes do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa) e do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (Pnefa). O estado está sintonizado com a meta federal de alcançar o status de país livre da febre aftosa sem vacinação até 2026.

Entre os critérios para se tornar uma zona livre está a realização de concurso público na Emdagro, a criação de um fundo de reserva estadual que sirva de seguro a possíveis incidências futuras da doença e índice de vacinação superior a 90%. Todas essas exigências já foram cumpridas. Além disso, é necessário que se crie um fundo de reserva privado pelos produtores, que vem sendo gerenciado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Sergipe (Faese).

“São mais de dois anos seguindo o Plano Nacional, implantando todos os sistemas e processos, passando por discussões e auditorias, para que a gente alcançasse o status de zona livre de febre aftosa sem vacinação. Agora, é muito importante que o produtor rural colabore nessa última vacinação e que possamos chegar ao máximo índice possível. É uma somação de esforços em que o Governo do Estado faz sua parte, junto com o Governo Federal e nós da Faese, representando a cadeia produtiva. É uma medida histórica para o nosso estado e para o setor, trazendo segurança alimentar para quem consome os nossos produtos e também segurança sanitária para Sergipe”, comenta o presidente da Faese, Ivan Sobral.

Para que Sergipe permaneça como zona livre de aftosa, o trabalho do Governo de Sergipe, dos pecuaristas e de instituições do setor prossegue. “A gente não pode permitir que rebanhos de outros estados que entram aqui passem sem a nossa fiscalização. Estamos fazendo um inquérito a partir de amostras de sangue coletadas dos animais, que estão em análise em laboratórios federais. Se porventura for detectado algum foco, temos uma equipe treinada e capacitada com veículos e equipamentos para tomar as providências devidas de imediato. Então, Sergipe vai estar vigilante o tempo todo para que nenhum foco entre aqui no nosso estado”, garante Gilson dos Anjos.

Governo entrega 2 mil quilos de sementes de milho aos agricultores de Carira durante o ‘Sergipe é aqui’

Iniciativa visa ampliar o acesso às sementes para as famílias do campo que não têm condições de comprar e promover o desenvolvimento agrícola sustentável na região

Nesta sexta-feira, 19, durante a realização da 26ª edição do programa ‘Sergipe é aqui’, os agricultores do município de Carira, localizado na região agreste do estado, foram beneficiados com a entrega de 2 mil quilos de sementes de milho. A iniciativa faz parte do programa Sementes do Futuro do Governo do Estado e visa ampliar o acesso às sementes para as famílias do campo que não têm condições de comprar, assim como promover o desenvolvimento agrícola sustentável na região.

A entrega das sementes foi realizada pelo governador Fábio Mitidieri, o qual classificou o momento como essencial para as famílias que não tem condições de adquirir os insumos para o plantio. “A gente sabe a importância que tem a produção do milho para essa região do agreste e para todo o estado de Sergipe. Carira recebe hoje, aqui, duas toneladas de sementes que serão importantes para os produtores e chegam no tempo certo, no tempo do plantio, porque em outros momentos a gente já viu a semente chegar depois das chuvas e não adiantava mais nada. Então, o Estado está entregando as sementes no tempo correto, para que o pequeno produtor familiar, o pequeno agricultor familiar consiga produzir o seu milho e sustentar a sua família”, disse o governador.

O programa Sementes do Futuro foi lançado há um mês, no dia 19 de março, com a meta de distribuir 206 toneladas de sementes de milho para os agricultores familiares de 46 municípios sergipanos. Representando o secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), o presidente da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), Gilson dos Anjos, ressaltou que o programa representa um compromisso do governo em fortalecer a agricultura familiar.

“O Governo do Estado adquiriu 206 toneladas de semente de milho certificada para distribuir exatamente com esses pequenos produtores rurais. Isso é uma ação de inclusão social significativa. Muitos desses pequenos produtores e agricultores rurais não têm recursos para comprar sementes, e o governo faz essa ação sabendo que os recursos investidos vão circular dentro do próprio estado, porque esses pequenos produtores vão produzir para o consumo próprio e outra parte será comercializada para que eles adquiram outros alimentos. Então é o Governo do Estado, através da Seagri, da Emdagro, fazendo seu papel social”, destacou Gilson.

Carira está entre os dois municípios sergipanos com maior produção de milho em grão. O cultivo de milho ocupa cerca de 90% da área cultivada no município e, sem dúvidas, é uma das principais atividades econômicas. Para o agricultor José Almeida de Souza, 56 anos, residente do povoado Boa Sorte, as sementes de milho chegaram em um bom momento. “Dessa vez, as sementes chegaram no tempo certo. Nós estamos esperando a terra molhar para a gente plantar. E, com fé em Deus, vamos plantar no tempo certo. Essa semente de milho é cara, até porque não é um milho comum, é milho de qualidade. E, certamente, a gente iria gastar uma quantia que, na maioria das vezes, muitos produtores não têm para gastar”, completou.

O sentimento de gratidão também foi compartilhado pela agricultora do povoado Cutias, Nilza Marques de Jesus, de 64 anos. Para ela, as sementes entregues serão essenciais para o completo plantio da sua roça, que detém de algumas frutas e animais. “Se não recebesse essas sementes hoje, não teríamos como comprar. Até porque a gente compra pouco, somente para o quintal, mas para o restante das tarefas de terra não tem como porque é muito caro. Graças a Deus, essas sementes chegaram em uma boa hora”, disse. 

Aos 82 anos, o agricultor Carlos José de Barros, do povoado Altos Verdes, fez questão de comparecer ao ato de entrega e disse que as sementes vão garantir a plantação no tempo certo e que os seus filhos deverão comparecer na época da colheita. “Eu planto para comer e também para alguns bichinhos que crio. Eu planto pouco, mas quando era mais jovem plantava mais. Essas sementes chegam em um bom momento, porque eu tenho uma parte de gente em São Paulo, e são todos os meus filhos, aí quando tem espigas maduras eu ligo e eles vêm comer mais eu, fazer festas e tudo. Graças a Deus, meus filhos são bem educados, eles me atendem, eu atendo eles”, finalizou.  

Produção de Milho

Segundo os dados da Seagri, o plantio de milho é realizado em 70 dos 75 municípios sergipanos. A cultura está concentrada nos municípios do semiárido, e tem Simão Dias e Carira como os principais produtores. Em 2023, a produção de milho no estado foi a maior da série histórica com 986.9 mil toneladas, colocando o estado como o 4° em produção e o 1º em rendimento médio do Nordeste brasileiro, com 5.483 Kg/h.

Emdagro leva serviços aos agricultores familiares de Carira na 26ª edição do ‘Sergipe é aqui’

Em Carira, 350 bezerras foram vacinadas contra Brucelose, uma demonstração do compromisso contínuo com o bem-estar animal e com a qualidade da produção agrícola na região

Antes mesmo do início da 26ª edição do ‘Sergipe é aqui’, que ocorreu em Carira na manhã desta sexta-feira, 19, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) já estava em ação, realizando um trabalho essencial para a saúde do rebanho local e para o fortalecimento do setor agrícola. Exemplo disso é que a empresa já havia vacinado 350 bezerras contra a Brucelose, uma demonstração do seu compromisso contínuo com o bem-estar animal e com a qualidade da produção agrícola na região. Com escritório local permanente na sede do município, a Emdagro presta serviços aos pecuaristas e agricultores da região.

Durante o evento, a presença da Emdagro foi marcante, com uma variedade de serviços para os pequenos produtores locais. Além da distribuição de 50 mudas frutíferas para impulsionar a diversificação das plantações, a empresa disponibilizou informações e emissão do Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF), garantindo acesso a benefícios e programas de incentivo.

Os agricultores também puderam contar com a entrega de 23 amostras de solo ao Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe (ITPS) para análise, visando melhorar a produtividade e a qualidade das terras. O  cadastramento de pequenos produtores para a vacinação contra Clostridiose foi outra prioridade, com a finalidade de prevenir doenças em bovinos. Somado a tudo isso, a Emdagro ofereceu o serviço de inseminação artificial em bovinos, ovinos e caprinos, promovendo o avanço genético e a qualidade do rebanho na região.

Agricultores como Marineide Alves, da comunidade Altos Verdes, expressaram sua gratidão pelo apoio da Emdagro e acentuaram a importância do CAF para o desenvolvimento da agricultura familiar. “Hoje vim receber meu CAF, e estou muito feliz, porque esse documento é muito importante para nós, agricultores, por vários motivos, como ter direito à aposentadoria e acesso a empréstimo no banco para tocar minha roça. Dou graças a Deus por essa parceria com a Emdagro”, disse.

Assim como ela, Deomira Costa dos Anjos também ressaltou o impacto positivo da muda frutífera recebida, evidenciando a contribuição da empresa para o fortalecimento da produção agrícola local. “Na minha roça, eu planto milho e algumas fruteiras também. Hoje, eu ganhei da Emdagro uma muda de jaca, e estou bastante satisfeita, porque adoro jaca”, comentou.

O presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos, enfatizou o compromisso da empresa em participar ativamente do desenvolvimento agrícola da região, tanto antes quanto durante a realização do ‘Sergipe é aqui’. “O trabalho contínuo de vacinação contra a Brucelose e os diversos serviços oferecidos durante o evento refletem o comprometimento da Emdagro com a saúde do rebanho e o sucesso da agricultura familiar em Sergipe”, pontuou.

Governo de Sergipe e Prefeitura de Carira assinam termo de adesão ao programa Garantia Safra

Neste ano de 2024, foram pagos R$ 184.800 divididos entre os 154 agricultores cadastrados na safra 2022/2023, que tiveram a perda de safra reconhecida

Durante a realização de mais uma edição do ‘Sergipe é aqui’, nesta sexta-feira, 19, em Carira, o governador Fábio Mitidieri e o prefeito Diogo Menezes assinaram termo de adesão ao programa Garantia Safra, reafirmando a parceria entre Estado e município para a continuidade do benefício no ano agrícola 2023/2024. 

O Garantia Safra é uma ação do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), coordenado em Sergipe pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), que funciona como um seguro, destinado às famílias de agricultores de baixa renda que vivem em municípios do semiárido. O programa tem como objetivo garantir uma renda mínima aos agricultores que venham a perder pelo menos 50% das lavouras de mandioca, milho, feijão, arroz ou algodão.

De acordo com a Seagri, somente no município de Carira, neste ano de 2024, foram pagos R$ 184.800,00, divididos entre os 154 agricultores cadastrados na safra 2022/2023, que tiveram a perda de safra reconhecida. Para cada um, coube o valor de R$ 1.200,00, a fim de ajudar nas despesas com a compra de sementes e insumos para a próxima safra. 

Podem participar do programa os agricultores familiares cuja renda bruta mensal seja de até 1,5 salário mínimo, excluindo a aposentadoria rural, que atenda ao requisito de cultivar lavouras não irrigadas e tenha área plantada de 0,6 a 5 hectares. Na composição do fundo nacional criado para pagamento das perdas, cada ente entra com um aporte: os agricultores contribuem com 2%, o Município com 6%, o Estado com 12% e a União com 80%, em relação ao valor pago a cada agricultor.

Para a próxima safra, que corresponde ao plantio do ano agrícola 2023/2024, foram inscritos 274 agricultores em Carira. Muitos aproveitaram a presença da equipe da Secretaria de Agricultura durante o ‘Sergipe é aqui’ para buscar seus boletos pessoalmente. “A adesão do agricultor é efetivada com o pagamento simbólico de uma taxa única de R$ 24, com vencimento no próximo dia 30 de abril, e que deve ser pago na Caixa Econômica ou em casas lotéricas”, explica a coordenadora do Garantia-Safra, Bárbara Dantas.

A agricultora Lucielma de Souza fez questão de ir até o estande da Agricultura para buscar seu boleto e honrar com seu compromisso. Ela, que planta milho no povoado Aparecida, juntamente com sua mãe, disse que o benefício é uma grande ajuda para a família. “Com esse dinheiro, a gente pode comprar mais sementes para investir na plantação e, assim, tirar o prejuízo com a perda que tivemos na última safra”, disse, agradecendo a oportunidade que o programa proporciona aos pequenos agricultores.

A agricultora Josefa Eliene Alves dos Santos também ficou satisfeita com o benefício. “Esse benefício do Garantia Safra veio para nos ajudar muito. Com esse recurso, a gente pode preparar a terra, comprar sementes, um adubo para usar na plantação. É uma ajuda muito bem vinda”, afirmou a produtora rural, que planta milho e feijão junto com seu marido e filhos na colônia agrícola Roseli Nunes.

Agricultura

Novo sistema do Programa Água Doce é destaque na 26ª edição do ‘Sergipe é aqui’ em Carira

Equipamento público está 80% construído e será a 5ª unidade do programa no município e a 30ª do estado

Quando a mais nova obra do Programa Água Doce (PAD) for entregue à população do Assentamento Luís Carlos Prestes, em Carira, no agreste sergipano, 340 famílias terão acesso a água potável, a partir de cinco sistemas de dessalinização do Programa Água Doce (PAD) no município que se tornou, de maneira simbólica, a capital do estado nesta sexta-feira, 19, na 26ª edição do ‘Sergipe é aqui’. Na ocasião, o novo PAD foi destaque da participação da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) no governo itinerante, por meio de uma maquete ilustrativa que apresentou a unidade de abastecimento à população.

Em Sergipe, o PAD é coordenado pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), por intermédio da Coderse e da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), executoras do programa. Nas 29 unidades de dessalinização em operação em Sergipe, são produzidos 17.400 litros de água potável por dia, atendendo uma população total de cinco mil sergipanos.  

Pela condição de dificuldade para obtenção de água doce, superficial ou subterrânea, Carira já possui quatro unidades do PAD nos povoados Bezerras, atendendo 50 famílias; Lagoa dos Porcos, com 80 famílias; Macacos, 100 famílias;  e Três Tanques, 60 famílias. Segundo o presidente da Associação dos Agricultores do Assento Luis Carlos Prestes, Jadiel Santos Bispo, por ser uma comunidade carente de abastecimento e longe das redes de distribuição de água da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), a unidade do PAD se mostra necessária.

“Quero agradecer ao Governo do Estado, que está implantando esse sistema lá junto com o pessoal do ‘Água Doce’. Vai beneficiar muitas famílias que não têm água potável. A comunidade é carente e precisava muito desse sistema. Hoje, o  abastecimento que tem lá é o carro-pipa, e agora teremos uma água de qualidade, na hora que a gente quiser”, comemorou Jadiel Santos Bispo, em visita ao estande da Agricultura, no ‘Sergipe é aqui’.

Execução do programa 

A Emdagro capacita, mobiliza e faz a extensão rural nas comunidades atendidas pelo PAD. A Coderse, além de fazer a capacitação técnica dos operadores, faz a manutenção e reposição dos equipamentos de dessalinização, dos poços tubulares que abastecem os sistemas e está à frente da licitação de construção das três novas unidades do ‘Água Doce’ no estado, totalizando 32 em Sergipe. No Assentamento Carlos Prestes, a companhia também perfurou um novo poço para suprir a demanda por água que o dessalinizador exige. Um investimento total – estadual e federal – de R$ 315.901,35.

“Estamos em Carira, trazendo as ações da Secretaria de Estado da Agricultura, em mais um ‘Sergipe é aqui’, no município em que temos quatro unidades do PAD, atendendo 390 famílias, e agora estamos trazendo o quinto, no Assentamento Carlos Prestes, com mais 50 famílias sendo abastecidas com água de qualidade. A obra está em cerca de 80% de sua execução completa e, em breve, estaremos entregando o novo sistema à comunidade”, afirmou o coordenador estadual do Núcleo do PAD em Sergipe, Vandesson Carvalho.

Maquete do Água Doce 

A unidade de produção de água dessalinizada do PAD possui vários módulos de processamento da água, reuso, contenção de resíduos e pode ser bem ilustrada por meio da maquete que a Coderse tem exibido em todas as suas participações no ‘Sergipe é aqui’. O módulo do dessalinizador tem três reservatórios, um de água bruta e salina, da forma como vem do poço tubular; outro com a água potabilizada e que abastece um chafariz público; e um terceiro, que contém a água resultante do processo de filtragem e com teor de salinidade superior à água bruta captada no subsolo. 

Cerca de 50% da água que passa pela filtragem no dessalinizador, feito por  membranas de osmose reversa, não pode ser aproveitada no processo de dessalinização. Anexo ao módulo de dessalinização, existe outro com o tanque de contenção onde este concentrado salino é depositado para evaporação e descarte apropriado do sal resultante. Há experiências exitosas de usuários dos sistemas, no uso do mesmo tanque para criação de espécies de peixes resistentes à água salgada, uma atividade que serve de complemento na renda das comunidades assistidas. 

Outro incentivo produtivo do sistema do PAD é a existência de chafarizes e cochos para uso da dessedentação animal, a partir da água bruta do poço tubular. Há pesquisas da Empresa Brasileira De Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para uso da forrageira Atriplex no PAD. A planta resistente à água salinizada, também conhecida como erva sal, encabeça o projeto futuro para construção de um terceiro módulo nestas unidades do PAD, que vão abrigar um campo irrigado com água salgada e produção de material forrageiro. Anexo, no mesmo módulo e ainda aproveitando a água bruta do poço, também se pretende implantar tanques em concreto com a tecnologia necessária para piscicultura ou carcinicultura, modelo detalhado que também consta na maquete do programa exibida pela Coderse.

Agricultura

Sementes do Futuro incentiva produção de milho em todos perímetros irrigados estaduais

Irrigante tem que ser da agricultura familiar e usa a semente até sem a chuva, contando com a irrigação pública

Nos perímetros irrigados do Governo do Estado, as sementes de milho do Programa Sementes do Futuro estão chegando no momento de atender à grande demanda da colheita no período de festas juninas. A Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) está distribuindo 206 toneladas de sementes. Sua vinculada, a Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), está encarregada de entregar 7,2 toneladas de sementes para beneficiar os agricultores e pequenos criadores em sua área de atuação na irrigação pública.

As sementes distribuídas nos seis perímetros irrigados administrados pela Coderse, nessas últimas duas semanas, estão chegando para quem vai fazer o plantio do milho verde comercializando nas festas de Santo Antônio, São João e São Pedro. Segundo o diretor de Irrigação da empresa pública, Júlio Leite, o benefício ajuda o produtor por um tempo mais prolongado.

“Com a água de irrigação que fornecemos, o produtor pode usar essa semente tratada e selecionada a qualquer tempo. Para além da demanda do milho verde, com o comércio das espigas durante todo ano, tem muito uso do milho, espigas e palhadas na ração animal. O irrigante pode comercializar esse milho com os criadores de gado de leite e de corte. Atividades presentes em todo o estado e que demandam material forrageiro aos perímetros irrigados”, confirma Júlio Leite. 

Os pequenos pecuaristas do município de Tobias Barreto, no centro-sul sergipano, que fazem parte do Perímetro Irrigado Jabiberi, vão usar sementes de milho do programa Sementes do Futuro para compor suas reservas em grãos, silagem e rolão para alimentação do gado de leite no período de estiagem. Um reforço à alimentação dos animais, que têm o pasto e outras plantas forrageiras cultivados a partir da irrigação e assistência técnica agrícola do Governo do Estado. Em 2023, esses irrigantes do Jabiberi produziram 2.295.500 de litros de leite, que é a vocação do perímetro estadual. 

Sementes do Futuro

As sementes das variedades de milho Cruzeta e Potiguar foram adquiridas pelo Governo do Estado por meio da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), vinculada à Seagri, que também se encarrega da maior parte da distribuição. O investimento público estadual  é de R$ 3 milhões para beneficiar 20.600 famílias de 50 municípios sergipanos. O enquadramento do produtor na condição de agricultor familiar é condição para receber as sementes. A Coderse se encarregou de entregar as sementes nos seus perímetros irrigados.

Jacarecica II

No Perímetro Irrigado Jacarecica II, que compreende comunidades agrícolas de três municípios, também está ocorrendo a distribuição das sementes de milho do programa para a agricultura familiar. Marinete de Santos é agricultora em lote irrigado no Assentamento Santa Maria, em Riachuelo, na região da Grande Aracaju. Ela conta que o milho verde que vai plantar, junto da couve, macaxeira, batata-doce e feijão, é para o consumo da família e comercialização. Ao mesmo tempo, deixa claro que, com irrigação, pode plantar em qualquer época do ano.

“Esse milho ajuda muito, porque a gente planta, leva para a feira, vende para outras pessoas. É para vender e para comer. Já pensando no São João e São Pedro. Pode plantar agora ou mais para frente, pois mesmo não tendo chuva, tem a irrigação para ajudar”, garantiu a irrigante do Jacarecica II. O perímetro também compreende povoados de Areia Branca e Malhador, no agreste sergipano.

O irrigante José dos Santos, também do Assentamento Santa Maria, estava preparado para plantar o milho do Sementes do Futuro —já pensando até no mercado em que vai oferecer o seu produto na colheita. Ele parabenizou a Coderse e o Governo do Estado por estenderem o programa ao Jacarecica II.

“Chegou na hora certa. Esse milho eu vou plantar e adubar para vender em Riachuelo. Mas se precisar, eu vendo para Itabaiana”, finalizou José dos Santos, destacando que o milho é as espigas vão para o consumo humano, mas as palhas têm destino certo para a ração animal.

Agricultura

Estado formaliza cooperação com prefeituras para nova etapa do PAA Leite

Também foi formalizado o contrato para execução do programa entre a Seagri e o Laticínio Milk Vida, de Porto da Folha, responsável por adquirir o leite de pequenos produtores, beneficiar e distribuir nos municípios

Considerado uma importante ação de atendimento à população em situação de vulnerabilidade, que também tem contribuído para fortalecer a bacia leiteira sergipana, o Programa de Aquisição de Alimentos, na modalidade leite (PAA-Leite), está previsto para retomar suas atividades no próximo dia 2 de maio. Esta semana, o Governo do Estado começou assinar os novos Termos de Cooperação que formalizam a participação de seis municípios do alto sertão no PAA Leite: Monte Alegre, Gararu, Glória, Canindé, Porto da Folha e Poço Redondo. Para implementação do programa, as prefeituras são responsáveis pelo cadastramento dos beneficiários e pela logística de armazenamento e distribuição do leite para beneficiários no município.

A ação é realizada em Sergipe pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome. O programa vai beneficiar mais de 2.800 famílias na região do alto sertão sergipano. 

A fim de colher assinaturas e confirmar a adesão dos municípios nesta nova fase do programa, a equipe técnica da Seagri realizou reuniões presenciais nos dias 15 e 16 de abril para assinatura dos Termos de Cooperação Técnica entre a Secretaria de Agricultura do Estado de Sergipe e as prefeituras de Monte Alegre, Canindé do São Francisco, Poço Redondo, Gararu, Nossa Senhora da Glória e Porto da Folha.

“Também realizamos a assinatura do contrato para execução do programa entre a Seagri e o Laticínio Milk Vida, de Porto da Folha, que pela primeira vez será responsável por adquirir o leite de pequenos produtores e distribuir nos municípios”, destacou a coordenadora estadual do programa, Camila Bacan, que esteve acompanhada pelos fiscais Célio Fontes e José Neviton e pela assessora do programa PAA Leite,  Ângela Maria Souza.

Carlos José Soares, proprietário do laticínio Milk Vida, falou da alegria em participar do programa que vai possibilitar a ampliação da produção e da comercialização do leite na região. “Trabalhamos e investimos muito para alcançar esse contrato com o PAA Leite. Sou muito grato a todos da Secretaria da Agricultura e da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), pelo apoio e pelas orientações que nos ajudaram a chegar até aqui. Vamos fazer tudo que estiver ao nosso alcance para responder às expectativas, fornecendo um produto de qualidade e com preço justo”, ressaltou Carlos José, ao destacar que 50% do fornecimento de leite será de pequenos produtores do próprio município de Porto da Folha e o restante será adquirido em Nossa Senhora da Glória e Gararu.

O laticínio Milk Vida produz queijo mussarela, queijo coalho (pré-cozido), queijo de manteiga (requeijão), queijo prato e manteiga. Atualmente, o empreendimento emprega mais de 300 pessoas de forma direta e indireta e beneficia cerca de 20 mil litros de leite por dia, adquiridos de 132 produtores da região.

Agricultura

Governo

Última atualização: 18 de abril de 2024 09:58.

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