Sergipe adere ao Programa Mais Genética no Sertão e leva avanços tecnológicos à pecuária do estado

Criadores de ovinos e caprinos passarão a contar com inseminação artificial por tempo fixo para garantir melhoria genética do rebanho

Na manhã do último dia 27, um marco importante foi alcançado na pecuária nordestina com o lançamento online do Programa Mais Genética no Sertão, transmitido pelo canal TV Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer) no Youtube. O evento contou com a presença do presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos, do diretor técnico Jean Carlos Nascimento e da coordenadora de Pecuária, Izildinha Dantas. O Programa Mais Genética no Sertão representa um avanço significativo ao oferecer melhoramento genético aos produtores agrofamiliares por meio da inseminação artificial em tempo fixo (IATF) em caprinos e ovinos.

O presidente Gilson dos Anjos destacou a importância do programa como uma resposta aos desafios enfrentados no sertão nordestino, como as condições climáticas adversas, a escassez de recursos hídricos e a falta de acesso a tecnologias avançadas. “O Programa Mais Genética no Sertão é mais do que uma iniciativa, é uma verdadeira revolução genética que visa fortalecer a pecuária em uma região historicamente desafiadora. Estamos oferecendo aos pequenos produtores a oportunidade de elevar a qualidade de seus rebanhos, promovendo não apenas o desenvolvimento econômico, mas também social dessa comunidade”, enfatizou.

Com o Mais Genética, os pequenos produtores de caprinos e ovinos terão acesso a inseminação com sêmen das melhores raças, além de receberem apoio logístico e protocolos sob a responsabilidade da Conafer. Vale ressaltar que o programa é totalmente gratuito, refletindo o compromisso da confederação em democratizar o acesso à tecnologia e promover o desenvolvimento rural sustentável. A Emdagro será a responsável por divulgar o programa, selecionar os criadores e acompanhar a execução do mesmo.

Segundo o diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural, Jean Carlos Nascimento, em Sergipe a meta é que o programa atinja ao seu final 1.200 prenhezes e detalha os critérios para o criador acessá-lo. “Esse será um programa para 4 anos e a meta é que haja 300 prenhezes a cada ano do programa. Os critérios para participação são acessíveis, exigindo que os produtores estejam em plena atividade pecuária, possuam o Cadastro Nacional de Agricultura Familiar (CAF) ou Inscrição Estadual, estejam em dia com o órgão de defesa agropecuária do estado, e apresentem cópia de RG, CPF e comprovante de residência em qualquer escritório da Emdagro”.

A iniciativa conta com o apoio de parceiros estratégicos como Terra Bank, Ala Genetics e Alta Brasil, que colaboram para garantir o acesso à biotecnologia da inseminação artificial aos pequenos produtores sertanejos. Assim, o Programa Mais Genética no Sertão não apenas representa um avanço na pecuária brasileira, mas também um exemplo inspirador de como a colaboração entre instituições pode gerar impacto positivo em comunidades rurais.

Abertura oficial do Projeto Ater Mulher Sergipe destaca empoderamento feminino em comunidades quilombolas

Na ocasião, o evento reuniu liderança rurais e gestores públicos para delinear ações

Na manhã desta segunda-feira, 25, foi aberto oficialmente o Projeto Ater Mulher Sergipe, iniciativa que visa promover assistência técnica rural para mulheres de seis comunidades quilombolas do interior do estado, beneficiando um total de 630 mulheres rurais. O evento marca o início de um ano de trabalho em prol das comunidades contempladas pelo Ater Mulher em Sergipe, com dois dias de planejamento e rodas de conversa.

O Projeto Ater Mulher Sergipe, promovido pela Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), em parceria com a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), tem como objetivo proporcionar autonomia financeira e empoderamento da mulher quilombola, capacitando e fomentando o trabalho coletivo. Representantes de comunidades quilombolas e gestores municipais se reuniram para discutir as necessidades das comunidades quilombolas do estado.

Na abertura do evento, o presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos, ressaltou a importância do Projeto Ater Mulher para o desenvolvimento das comunidades quilombolas em Sergipe. Ele destacou o compromisso da instituição em promover a autonomia financeira e o empoderamento das mulheres quilombolas por meio da assistência técnica multidisciplinar oferecida pelo projeto. A sua fala marcou o início de dois dias de planejamento e discussões sobre as necessidades e potencialidades das comunidades beneficiadas pelo Ater Mulher em Sergipe.

Ana Letícia Jovino Santos, líder da comunidade Caraíbas, do município de Canhoba, expressou sua expectativa com o Programa Ater Mulher, destacando a importância de agregar valor aos produtos produzidos pelo grupo de mulheres da comunidade. “Esse projeto vai trazer um benefício maior para elas”, apontou, acrescentando que a iniciativa deve permitir que as mulheres consigam agregar valor aos seus produtos por meio da assistência técnica oferecida.

Ângela Maria Trindade, líder do Quilombo Pontal da Barra, na Barra dos Coqueiros, espera que o programa seja uma ótima oportunidade para trabalhar com mais qualidade o artesanato em sua comunidade, que conta com 180 mulheres beneficiadas pelo programa. “É a primeira vez que participo. Eu faço parte desse projeto e espero que venham melhorias para a gente, que trabalha com artesanato, poder agregar valor e aumentar as vendas, para que a gente tenha uma renda extra”, enfatizou.

Para a líder do Quilombo Patioba, em Japaratuba, Maria Leandra Rezende Santos, a capacitação proporcionada pela Anater é importante por contribuir para o desenvolvimento do programa no estado. Em sua comunidade, 92 mulheres trabalham com crochê e plantações de fundo de quintal.

O prefeito do município de Indiaroba, Adinaldo dos Santos, destacou o papel da Emdagro como parceira permanente e referência para o Brasil, ressaltando a melhoria na qualidade de vida das mulheres quilombolas do quilombo do Estevão com a implementação do programa. “A gente está muito feliz. Nós temos um quilombo lá na cidade e já está sendo contemplado, fazendo parte de todo o planejamento, e eu não tenho dúvida que nos próximos meses a gente vai melhorar mais ainda a qualidade de vida das nossas mulheres quilombolas do quilombo do Estevão”, frisou o prefeito.

Histórico

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), firmou contrato de parceria com a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) para prestar assistência técnica e extensão rural a 630 trabalhadoras rurais de Sergipe, dentro do programa nacional de Ater Mulher. As ações previstas incluem visitas técnicas, oficinas, dias de campo, rodas de conversa e capacitações, a serem implementadas pela Emdagro ao longo de 19 meses.

“Sergipe sai na frente como pioneiro nessa assistência técnica específica para mulheres, beneficiando 630 mulheres distribuídas em diversos municípios do estado. Este é o primeiro contrato de assistência técnica no governo Lula, fruto da chamada pública Ater Mulher, que recebeu propostas de 22 estados brasileiros, incluindo Sergipe, que teve sua proposta aprovada”, destacou o presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos.

Governo distribui 206 toneladas de sementes de milho para a safra 2024

Serão beneficiadas 20 mil e 600 famílias de agricultores familiares em 46 municípios sergipanos por meio do programa Sementes do Futuro

Os municípios sergipanos entraram em período de plantio do milho para a safra 2024. No último dia 19 de março, dia de São José, que tradicionalmente marca o início da safra, o governador Fábio Mitidieri lançou o programa Sementes do Futuro 2024, com a distribuição de 206 toneladas de sementes de milho para os agricultores familiares de 46 municípios sergipanos. O objetivo é ampliar o acesso às sementes para as famílias do campo que não têm condições de comprar as de milho e promover o desenvolvimento agrícola sustentável na região.

De acordo com o secretário de Estado da Agricultura, Zeca Ramos da Silva, o programa Sementes do Futuro, neste ano de 2024, representa um compromisso do Governo de Sergipe em fortalecer a agricultura familiar, promovendo o acesso a insumos de qualidade e contribuindo para o desenvolvimento sustentável das regiões. “O governador dobrou os investimentos em sementes de milho em relação ao ano passado. No ano anterior, 2023, foram distribuídas 115 toneladas, beneficiando 11.500 famílias. Este ano, estamos investindo R$ 3 milhões, portanto a aquisição aumentou para 206 toneladas, beneficiando 20.600 famílias”, detalhou Zeca da Silva.

Em Indiaroba, quando a distribuição foi iniciada, o secretário destacou que o sentimento foi de alegria neste início de safra, quando foi possível distribuir as sementes para quem mais precisa. “Hoje é um dia muito especial, muito feliz. Por determinação do nosso governador Fábio Mitidieri, desde o ano passado, fazemos as entregas de sementes de milho e, neste ano, pela primeira vez na história, trouxemos as sementes no tempo certo, próximo ao dia de São José. Começamos esta semana pelo município de Indiaroba, e estamos fazendo a logística de distribuição. Os escritórios da Emdagro já estão a postos para fazer essa distribuição”, revelou o secretário de Estado da Agricultura, Zeca Ramos da Silva.

Para a agricultora Josefa Augusta de Carvalho, as sementes representam uma economia. “Moro no Assentamento Cinco de Janeiro e sou agricultora. Foi muito bom receber essas sementes. Elas representam uma grande economia, pois gastaria com a semente de milho uns R$ 600, o adubo também é caro, aí uma coisa compensa a outra. Planto com meu marido e meu filho e é disso que a gente vive. Então a ajuda foi muito bem vinda”, exclamou Josefa.

Esteves Matos dos Santos, do Assentamento Bom Jesus, recebeu as sementes de milho das mãos do governador Fábio Mitidieri. O produtor ficou muito emocionado e agradecido pela ajuda vinda do Governo do Estado, segundo ele, na hora certa. “Primeiramente agradeço a Deus, ao nosso prefeito Adinaldo e ao governador, que entre todos que conheci, foi o primeiro que estendeu as mãos para ajudar a nós, pequenos agricultores e pais de família. Agora, com a semente em mãos, economizamos para comprar o adubo, e isso é uma grande ajuda para a gente”, destacou.

O presidente da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), Gilson dos Anjos, destacou sobre o tipo e a qualidade das sementes. “Estamos distribuindo 206 toneladas de sementes de milho das variedades Cruzeta e Potiguar, que se adaptam melhor às nossas condições climáticas e de solo. Cada agricultor recebe dez quilos. São sementes selecionadas e de alta qualidade, com ciclo curto de produção, e com bom rendimento, aprovada pelos produtores que plantaram no ano passado”, detalhou Gilson.

Ainda de acordo com o presidente da Emdagro, o governo garantiu a chegada das sementes antes do período de plantio, facilitando o planejamento do cultivo que se inicia em março. Dessa forma, o Estado atende a uma pauta antiga dos agricultores familiares. Ele destacou que as sementes estão sendo entregues no período certo de plantio, neste mês de março, garantindo assim uma maior eficácia na produção agrícola.

Produção de milho em Sergipe

Pelos dados da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), o plantio de milho é realizado em 70 dos 75 municípios sergipanos. A cultura está concentrada nos municípios do semiárido, e tem Simão Dias e Carira como os principais produtores. Oficialmente, a produção sergipana de milho em 2023 foi de 986.951 toneladas, colocando o estado como quarto em produção e o primeiro em rendimento médio do Nordeste brasileiro, com 5.483 quilos por hora.

Agricultura

Plantio de palma consorciado com feijão apresenta bons resultados

Experiências bem-sucedidas na região sul de Sergipe têm recebido assistência técnica da Emdagro

Uma nova opção de plantio consorciado tem se mostrado bastante produtiva na região sul de Sergipe. O cultivo da palma juntamente com o feijão de corda tem otimizado espaço na lavoura e promovido uma grande produtividade das duas culturas. Com apoio da equipe de assistência técnica e extensão rural do escritório da Empresa de Desenvolvimento Agrário de Sergipe (Emdagro), no município de Boquim, a experiência tem ajudado os produtores rurais da região, nas cinco propriedades onde é desenvolvida. A iniciativa do Governo do Estado, realizada pela Secretaria da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), por meio da Emdagro, faz parte do programa ‘Sementes do Futuro’, que engloba a palma, milho e arroz.

O agricultor João Carlos Santos de Sá, do povoado Romão, na zona rural de Boquim, é um desses casos de sucesso. Em sua propriedade de seis hectares ele utilizou pouco menos de meia tarefa para plantar a palma da variedade orelha de elefante. As raquetes doadas pelo Governo do Estado no ano passado foram plantadas em outubro, juntamente com o feijão de corda. “A palma vou colher no final do ano para alimentar meu gado. Já o feijão não falta o ano inteiro em minha mesa, ajudando no sustento de minha família”, comemorou o pequeno produtor, que, além de plantar milho e mandioca, tem um plantel de pouco mais de 30 cabeças de gado de leite. 

De acordo com o chefe do escritório da Emdagro de Boquim, Joetônio Ferreira, embora a plantação de palma não seja muito comum na região, devido à estiagem prolongada, foi feita essa experiência com a ‘orelha de elefante’, com o objetivo de garantir que esses pequenos criadores tivessem alimentos, para seus animais, no período de estiagem. “Podemos observar que na região temos o capim elefante, tradicional daqui, mas que nessa época já está imprestável para o consumo animal, porque ele também sofre com a estiagem. Aqui na propriedade de João de Sá a palma foi plantada em mil covas e já observamos a planta bem desenvolvida, com uma produtividade prevista de 40 toneladas por hectare. Esse é o nosso objetivo”, destacou.

Além de promover uma maior diversificação nas pastagens, o plantio da palma consorciado com outras culturas otimiza o espaço nas lavouras, já que nas linhas que se formam entre as covas podem ser plantadas outras culturas. “Nesse caso em especial, além do feijão de corda, pode ser plantado qualquer outro tipo de leguminosa, menos a fava, que enrama muito”, detalhou Ferreira. Segundo ele, as leguminosas enriquecem o solo com nitrogênio. “Elas transferem o nitrogênio para o solo, o que para a palma é ótimo, porque é um adubo natural e para o produtor melhor ainda, porque ele não precisa comprar nutrientes para a palma, pois o feijão e todas as outras leguminosas já fazem isso naturalmente”, observou o técnico agrícola.

Palma forrageira

Graças ao programa ‘Sementes do Futuro’, desenvolvido pelo Governo do Estado, somente com a palma forrageira foram beneficiados 190 criadores em sete municípios sergipanos. As sementes são distribuídas para criadores de animais, em especial o gado leiteiro, pois a palma é utilizada como complemento da ração e o plantio diminui o custo de produção para o criador. Em setembro, foram entregues 286 mil raquetes sementes de palma, sendo que cada criador recebeu 1.500 raquetes.

De acordo com o presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos, nos últimos anos, tem-se observado um desequilíbrio entre a produção e consumo dessa forrageira, gerando sua super utilização e consequente déficit estratégico das áreas cultivadas. “Portanto, o cultivo da palma é uma opção estratégica de alimentação animal, que visa fortalecer a atividade pecuária, contribuindo para um futuro sustentável para os produtores e criadores”, destacou.

Agricultura

Coderse realiza ação educativa em alusão ao Dia Mundial da Água no perímetro irrigado estadual em Lagarto

Programa Água Doce, irrigação e Meio Ambiente foram assuntos para palestras educativas para as crianças

Nesta quarta-feira, 20, em comemoração ao Dia Mundial da Água, alunos de instituições de ensino em comunidades abrangidas pelo Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto, no centro-sul sergipano, participaram de palestras e apresentações artísticas relacionadas à temática do meio ambiente. O evento ocorreu no escritório do polo irrigado do Governo do Estado e também proporcionou às crianças o aprendizado sobre o programa ‘Água Doce’.

O perímetro é irrigado por meio da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), permitindo o fornecimento de água de irrigação e assistência técnica em sete povoados do município de Lagarto.  

Lá, o Dia da Água já é tradição, o que, segundo o técnico agrícola da Coderse Marcos Emílio Almeida, é um compromisso do órgão com a comunidade. “Precisamos divulgar este dia importante para o planeta., em que a gente traz os alunos de várias escolas e transmite informações que eles às vezes não sabem, sobre desperdício de água. O mundo está se transformando; por conta do aumento de temperatura, todo o planeta está superaquecendo. Com isso, estamos trazendo pessoas que serão adultas no futuro e vão ajudar a preservar este planeta em que vivemos. Se cada um fizesse algo, o mundo já teria melhorado há muito tempo”, ponderou.

Água Doce

Em Sergipe, o Programa Água Doce (PAD) é coordenado pela Seagri e suas vinculadas, a Coderse e a Empresa de Desenvolvimento Agrário de Sergipe (Emdagro). “Através da nossa maquete, explicamos como funcionam as unidades do ‘Água Doce’. São 29 sistemas em nove municípios, produzindo 17.400 litros de água potável por dia, em benefício de cinco mil pessoas desses povoados. Na Coderse, a gente tem feito a recuperação, manutenção, capacitação de operadores e organização das comunidades atendidas pelo ‘Água Doce’”, pontuou o componente de dessalinizador do Núcleo do PAD, Claudinier Rodrigues, durante o evento do Dia da Água em Lagarto.

Professora na Escola Municipal Monsenhor Jason Barbosa Coelho, Brenda Mirely Ribeiro acredita na construção do conhecimento dos seus alunos, com a aproximação com a comunidade. “Momento muito oportuno para eles conhecerem um pouco mais da Coderse, do ambiente. É tanto que eles ficam muito curiosos. Vai ser muito benéfico, porque eles vão poder estar próximos das ações que a empresa desenvolve e desenvolver conhecimento sobre a importância do recurso tão importante da vida, que é a água. Trabalhamos isso constantemente, não só no Dia Mundial da Água, mas diariamente, de forma multidisciplinar”, considerou.

Pedro Miguel é aluno do 3º ano do ensino fundamental do Jason Coelho, e contou que gostou de conhecer a maquete do PAD. “Achei interessante, bem legal. Temos que cuidar da água do mundo. Aprendi que não se pode sujar o mundo, Não pode contaminar, porque as pessoas são importantes”, disse.

Sua colega de turma, Laura de Jesus Amaral, também achou a maquete muito criativa. “Muito legal. Gostei. Eu aprendi que não pode desperdiçar a água, não pode jogar lixo por aí, que o vento leva e vai para os rios”, ensinou. 

Além deles, também participaram do evento estudantes da Escola Municipal Brasil.

Perímetro irrigado estadual celebra Dia Mundial da Água com comunidade escolar e agricultores

Tradição no perímetro Piauí, data é oportunidade de aproximar comunidade ao polo irrigado, trabalhando a conscientização ambiental

No Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto, no centro-sul sergipano, será celebrado o Dia Mundial da Água, comemorado nesta quarta-feira, 20. O evento vai receber alunos de instituições de ensino das comunidades abrangidas pelo perímetro e os agricultores assistidos naquela rede de distribuição do Governo do Estado. No escritório local, haverá palestra com temática voltada ao meio ambiente e uma apresentação sobre o Programa Água Doce (PAD). Além disso, os estudantes vão expor trabalhos acadêmicos e realizar apresentações artísticas. 

O tradicional Dia da Água no perímetro tem como propósito a aproximação entre a comunidade e o polo irrigado, mostrando a sua função, produção, incremento à economia local e as atividades realizadas pelos técnicos e operadores da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), administradora do Piauí. Ao mesmo tempo, o evento aborda o tema do uso racional dos recursos hídricos como complementação às atividades educacionais, alcançando crianças e adolescentes dos sete povoados inseridos no perímetro.

O perímetro da Coderse, vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), estende-se por uma área irrigável de 703 hectares e beneficia 421 unidades produtivas agrícolas só em Lagarto, com água de irrigação e assistência técnica agrícola. Em 2023, a produção anual do perímetro Piauí chegou a 5.100 toneladas e gerou R$ 6,35 milhões em renda para os irrigantes. O técnico agrícola do perímetro, Marcos Emílio Almeida, vai palestrar sobre o funcionamento do Piauí e sua estação meteorológica, abordando também as mudanças climáticas, meio ambiente e fontes renováveis de energia.

Água Doce

A Seagri, por meio da Coderse, tem feito o trabalho de recuperação, manutenção, capacitação, organização comunitária e a ampliação das unidades de dessalinização de água do PAD instaladas no semiárido sergipano. Atualmente, são 29 unidades em nove municípios, com outras três sendo construídas pelo Governo do Estado. No Dia da Água, o componente de dessalinizador do Núcleo do ‘Água Doce’ em Sergipe, Claudinier Rodrigues, vai apresentar o funcionamento do sistema de dessalinização através da maquete do programa. 

Dia da Água

Em 22 de março de 1992, a Organização das Nações Unidas (ONU) criou o Dia Mundial da Água. Anualmente, o dia é utilizado para propor uma agenda global de debate sobre o acesso seguro e sustentável aos recursos hídricos. Em 2024, preocupada pelos conflitos entre povos gerados na disputa pelo acesso à água, a ONU escolheu o tema ‘Água para a paz’ para o Dia da Água. No Brasil, a Agência Nacional de Águas (ANA) escolheu ‘A água nos une, o clima nos move’ como tema para a data, associando a necessidade de uma gestão dos recursos hídricos associada à realidade das mudanças climáticas.

Laboratório de classificação vegetal da Emdagro recebe certificação do Ministério da Agricultura e Pecuária

Documento possibilita a classificação de arroz beneficiado, arroz casca, feijão e milho, sendo fundamental em programas de compra de grãos para alimentação animal ou humana

O Laboratório de Classificação Vegetal da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) conquistou a certificação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), fortalecendo sua missão de agregar valor aos produtos vegetais dos produtores rurais sergipanos. A certificação, registrada sob o número SE 000469-3 e válida até 28/02/2029, possibilita a classificação de arroz beneficiado, arroz casca, feijão e milho, sendo fundamental em programas de compra de grãos para alimentação animal ou humana, como os realizados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

De acordo com a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), a certificação é de extrema importância para Sergipe, pois a padronização e classificação pela Emdagro dos produtos vegetais garantem a qualidade para o consumidor, valorizam os itens, reduzem fraudes na comercialização, estabelecem preços justos, auxiliam o poder público em operações de compra e venda, além de fornecer suporte à inspeção vegetal, assistência técnica e pesquisa.

“Esse é mais um serviço de excelência oferecido pelo Governo do Estado ao produtor, reforçando e ampliando a credibilidade dos grãos produzidos em Sergipe. O produtor se dirige até a Emdagro trazendo a sua amostra de arroz, arroz de casca, feijão ou milho e com o selo ele consegue atestar a qualidade do seu produto para comercialização dentro e fora do país”, destacou o secretário de Agricultura, Zeca Ramos da Silva.

A classificação vegetal, respaldada pela Lei Federal nº 9.972 de 25/05/2000, e regulamentada pelo Decreto nº 6.268 de 22/11/2007, é obrigatória para produtos vegetais destinados à alimentação humana em operações de compra e venda do poder Executivo, portos, aeroportos e postos de fronteira na importação.

Segundo a diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade, essa certificação representa um marco para a agricultura sergipana. “Ela garantirá não apenas a qualidade dos produtos vegetais, mas também a segurança alimentar da população. Estamos comprometidos em continuar aprimorando nossos serviços para atender às necessidades dos produtores e consumidores do nosso estado”, pontuou.

De acordo com o presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos, é importante destacar que o laboratório estava inativo há cinco anos e, agora, foi completamente recriado e equipado. “Seus profissionais foram capacitados com recursos próprios da empresa. Este é um testemunho do compromisso da Emdagro com a excelência e o desenvolvimento agrícola de Sergipe”, ressaltou.

Localizado no Centro Administrativo, no bairro Capucho, em Aracaju, o Laboratório da Emdagro, situado na Av. Dr. Carlos Rodrigues da Cruz, 401, recebe produtos para análise em suas instalações ou oferece a opção de coleta pelo classificador credenciado. Para mais informações, os contatos são o telefone (079) 3234 2627 ou os e-mails didav@emdagro.se.gov.br e codev@emdagro.se.gov.br

Secretarias da Agricultura de Sergipe e Alagoas debatem o fortalecimento da cultura do arroz

Objetivo é criar uma câmara técnica do arroz com todos os setores envolvidos na atividade

A fim de fortalecer a rizicultura, por meio do trabalho em conjunto com diversos atores do setor produtivo, representantes da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro) participaram da missão técnica sobre a cadeia produtiva do arroz, no município Igreja Nova, em Alagoas. O encontro mobilizado pela Seagri/AL foi realizado nesta quarta-feira, 6, com a participação de representantes das unidades Embrapa Arroz e Feijão (GO) e Embrapa Alimentos e Territórios (AL), Codevasf-Regionais Sergipe e Alagoas, da Unidade de Beneficiamento Pindorama e da Prefeitura de Igreja Nova.

Durante o encontro, o secretário de Estado da Agricultura de Sergipe, Zeca Ramos da Silva, destacou que a rizicultura no baixo São Francisco, entre os dois estados, tem muita similaridade. “Temos quase os mesmos desafios e oportunidades, que precisam ser debatidos para avançarmos na produção e comercialização. Trabalharemos de mãos dadas para aumentar o potencial produtivo do arroz, incentivando a geração de renda no campo e garantindo alimento de qualidade na mesa da população. Nossa ideia é criar uma câmara técnica do arroz com todos os setores envolvidos”, disse o secretário. Entre os desafios, ele relatou a necessidade de investimentos federais na recuperação da infraestrutura dos perímetros irrigados.

“O Governo Estado de Sergipe tem dado uma contribuição importante para esta cadeia produtiva, com a recuperação das estradas por onde passa o escoamento da produção; entrega de sementes selecionadas e certificadas para cerca de mil rizicultores; e instalação da balança rodoviária”, completou Zeca da Silva.

A secretária executiva de Agricultura Familiar de Alagoas, Renata Andrade, destacou a importância das parcerias, para ampliar a produtividade e a qualidade do produto, como também a necessidade de investir em fomento. “Essa é uma parceria importante com a Secretaria da Agricultura de Sergipe e com a Emdagro. O baixo São Francisco nos une entre tantas cadeias produtivas comuns, o arroz é uma delas. É muito importante também ter a Codevasf conosco e a Embrapa. Entendemos que a cultura do arroz precisa ser cada vez mais fomentada. Falamos que precisamos melhorar os índices de nutrição, que as pessoas precisam de alimento, e, não dá para falar de alimento sem falar de arroz. Portanto, só temos a agradecer por essa parceria que vai trazer muitos frutos para os estados”.

Beneficiadora de arroz

Dentro da programação, as instituições parceiras visitaram a unidade de beneficiamento de arroz Pindorama, localizada no município. De acordo com os dados apresentados pela representante da Pindorama, a engenheira agrônoma Cleice Alves, a unidade de beneficiamento está há menos de um ano (desde maio de 2023) sob o comando da Pindorama. O grupo compra e beneficia o arroz produzido nos municípios sergipanos e alagoanos, funciona 24h e tem capacidade de beneficiar 18 mil toneladas por ano. “O valor do arroz não é apenas econômico, pois milhares de famílias do baixo São Francisco dependem do plantio desse cultivo, então, valorizar o aspecto social é tão importante quanto o econômico. Por esse motivo, acompanhamos o produtor desde o plantio até a comercialização”, pontuou Cleice.

O intercâmbio contou ainda com as presenças do presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos; da prefeita de Igreja Nova, Vera Dantas; dos representantes das unidades Embrapa Arroz e Feijão (GO), Élcio Guimarães e o pesquisador José Manoel Colombari; do chefe-geral da Embrapa Alimentos e Territórios, João Flávio Veloso Silva; do superintendente regional da Codevasf em Sergipe, Jefferson Costa; do vereador de Igreja Nova Marivaldo da Silva; e do secretário municipal da Agricultura de Igreja Nova, José Wanderlei Dantas.

Seagri e vinculadas oferecem suporte a agricultores na 23ª edição do ‘Sergipe é aqui’, em Moita Bonita

A Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), a Empresa de Desenvolvimento Sustentável do Estado de Sergipe (Pronese) e a Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) estiveram presentes no programa

O município de Moita Bonita, no agreste sergipano, recebeu na quarta-feira, 6, a 23ª edição do programa ‘Sergipe é aqui’. O evento itinerante do Governo do Estado que proporciona à população local acesso a uma variedade de serviços e orientações contou com a presença de diversas entidades, oferecendo suporte e informações ao público.

A Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), em colaboração com a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), a Empresa de Desenvolvimento Sustentável do Estado de Sergipe (Pronese) e a Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), esteve no local oferecendo orientações e serviços específicos para os agricultores da região.

A Seagri forneceu atendimento geral e personalizado sobre o programa Garantia Safra, visando apoiar os agricultores locais. A Pronese esteve presente para fornecer informações sobre o Programa de Crédito Fundiário do Governo do Estado, enquanto a Coderse expôs uma maquete de unidades de produção de água dessalinizada do Programa Água Doce, além de oferecer informações sobre poços comunitários e sistemas simplificados de abastecimento de água.

A Emdagro, por sua vez, distribuiu 50 mudas frutíferas e entregou 12 Cadastros da Agricultura Familiar (CAFs). Além disso, encaminhou 30 amostras de solo ao Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe (ITPS) para análise. Também foram entregues dois atestados de vacinação contra a Brucelose, com 50 animais vacinados no município.

O agricultor Manoel Barreto dos Santos aproveitou o evento para buscar orientações sobre um problema em seu pé de laranja. Ele conversou com o técnico da Emdagro, Agenor Antônio Nascimento, que atende o município de Moita Bonita. Seu Manoel já recebeu apoio da Emdagro para análise de solo anteriormente e veio até o estande da Agricultura em busca de uma nova análise. “Tenho um pezinho de laranja que o fruto ou morre ou dá bolor. Há um tempo eu fiz análise de solo com apoio da Emdagro e vim ver se consigo uma nova análise para ver como está a terra”, pontuou.

Também foi o caso da agricultora Márcia Neves dos Santos, que planta e comercializa a batata doce. Ela recebeu a equipe técnica da Emdagro em sua propriedade, na semana passada, para coletar amostras de solo que agora seguem para análise no ITPS. “Acho essa iniciativa de grande importância, pois só assim a gente consegue saber se a terra está precisando de algum nutriente ou se já tem demais, o que interfere muito na qualidade do solo. Aí com essa análise a gente pode fazer a devida correção, com calcário ou outro produto que o agrônomo recomendar”, disse a agricultora, que mensalmente costuma ter uma produção de 500 sacos de batatas-doces.

José Antônio de Santana visitou o estande da Agricultura para conferir as ações trazidas pelo Governo do Estado para sua cidade. Ele garantiu uma muda de goiaba para plantar em seu quintal e expressou sua satisfação. “Já tenho pé de manga, de limão, acerola, mas ainda não tinha uma goiabeira, que é uma fruta que gosto muito. Agora estou levando uma muda para casa e vou cuidar bem direitinho, pois quero ter bons frutos no futuro”, destacou o aposentado.

Coderse

A Coderse ofereceu seus serviços na promoção do acesso à água e tecnologias sociais de desenvolvimento do campo. “Em Moita Bonita, a Coderse tem um histórico de serviços prestados para oferecer qualidade de vida e desenvolvimento econômico do meio rural, através dos mais de 200 poços perfurados pela empresa neste município”, destacou o diretor de Infraestrutura Hídrica da companhia, Ernan Sena.

Foi atração no estande da Agricultura a maquete que reproduz um dos 29 sistemas de abastecimento de água dessalinizada mantidos pelo Governo do Estado em Sergipe, onde o Programa Água Doce é coordenado pela Seagri, por meio da Coderse e da Emdagro. 

O estudante Marcos Antônio Rodrigues, aluno da 1ª série do Ensino Médio no Colégio Estadual Djenal Tavares de Queiroz, considerou positiva a responsabilidade ambiental do programa, ao fazer a contenção dos rejeitos salinos do dessalinizador. “Para as comunidades carentes, a iniciativa é bem importante. Temos que cuidar para que esses fatores não contribuam ainda mais com a degradação do meio ambiente”, destacou.

Produtores e instituições públicas participam de workshop sobre apicultura e meliponicultura

O evento acontece de 5 a 7 de março, no Complexo Industrial Marcelo Déda, em Tobias Barreto, e tem como um dos principais objetivos a criação da Rota do Mel de Sergipe

Apicultores, meliponicultores e representantes de instituições públicas realizam o segundo Workshop Abelhas. O evento teve início nesta terça-feira, 5, e vai até a quinta-feira, 7, no Complexo Industrial Marcelo Déda, localizado no município de Tobias Barreto, no centro-sul sergipano. De acordo com os organizadores, o encontro inclui palestras sobre temas específicos da apicultura, a exemplo de genética das abelhas, e trata também do diagnóstico estadual desta cadeia produtiva, elaboração de projetos, apoio financeiro, formação do Conselho Estadual de Apicultura e Meliponicultura e passos para a criação da Rota do Mel de Sergipe. 

De acordo com o secretário de Estado da Agricultura, Zeca Ramos da Silva, essa mobilização para criação de uma Rota do Mel é mais um resultado do diagnóstico realizado pelo Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec/SE), com o objetivo de estruturar o setor da apicultura e da meliponicultura no estado. 

Ainda segundo o gestor, esse processo conta com a parceria da Secretaria de Estado da Assistência Social, Inclusão e Cidadania (Seasic), Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Ministério da Integração Regional, Universidade Federal de Sergipe (UFS), Instituto Federal de Sergipe (IFS), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Companhia De Desenvolvimento do Vale São Francisco (Codevasf), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Banco do Nordeste (BNE).

“O primeiro passo foi o diagnóstico que a Seagri provocou junto à Fapitec, justamente para fazer o diagnóstico dessa cadeia produtiva. No ano passado, fizemos o primeiro evento em Nossa Senhora da Glória, e agora neste segundo momento estamos juntos com os parceiros e representantes de várias associações de produtores para mostrar os primeiros resultados desse trabalho, discutir correções de rumo para fortalecer a apicultura e meliponicultura no estado, como também tratar da criação da Rota do Mel, que está sendo apoiada pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional”, detalhou Zeca da Silva.

Durante a abertura do workshop, o superintendente da Codevasf em Sergipe, Jefferson França, autorizou a doação de equipamentos para o início do polo produtivo da Rota do Mel. No ato, a Associação de Apicultores e Meliponicultores de Campo do Brito recebeu balança eletrônica, tanques decantadores, centrífuga elétrica e mesa desoperculadora.

O professor do departamento de Biologia para Genética da Universidade Federal de Sergipe e coordenador do diagnóstico contratado pela Fapitec, Edilson Divino de Araújo, faz uma relação entre o estudo e a criação da Rota do Mel. “Essa pesquisa tem tudo a ver com a Rota do Mel. Aliás, ela é fruto dessa pesquisa. A ideia que a Secretaria de Estado da Agricultura tinha junto com a Fapitec era justamente para entender como está a cadeia apícola aqui no estado de Sergipe. Nós passamos mais de uma década sem informações precisas a respeito dessa cadeia, então junto com as informações nasceu uma necessidade de organização envolvendo diversas instituições. Hoje, temos 13 instituições, entre organizações estaduais e outras, como IBGE, Senar, Codevasf, Sebrae, Embrapa, IFS, UFS, para poder formar esse conselho que nós estamos tratando hoje, com apoio do Mapa e do Ministério da Integração”, explica Edilson Divino.

“Esse projeto estruturante do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional já ocorre em vários estados, como Paraná, Piauí, Ceará, Minas Gerais, e agora chegou a Sergipe. A ideia aqui basicamente é gerar riqueza com as abelhas. Esse é o objetivo, e nosso ponto focal é o produtor, o apicultor e o meliponicultor”, acrescentou o professor Edilson.

O geógrafo e representante do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, Samuel Castro Menezes, enfatiza o encontro como a possibilidade de criar uma sinergia necessária no sentido de criar polos produtivos de mel e derivados. “A criação da Rota do Mel faz parte de uma política de desenvolvimento regional do Governo Federal, com o objetivo de reduzir as desigualdades regionais. Um dos instrumentos é a Rota de Integração Nacional, ou seja, a criação dessa sinergia entre os entes federados, municípios, estado e Governo Federal com a universidade, apicultores, agências de empreendedorismo como Sebrae e Senar, em prol da apicultura e meliponicultura no estado de Sergipe. Sergipe tem oportunidade de criar esse polo produtivo, e o ministro está aqui para somar. Nós queremos, daqui a quatro ou cinco anos, alcançar a profissionalização da produção, aumentar a renda familiar e melhorar a qualidade de vida dos apicultores e meliponicultores”, afirmou.

Jucilene dos Santos, do município de Brejo Grande, é apicultora há 24 anos, e contou que considera a realização do workshop fundamental para o setor. “A Rota do Mel é fundamental, porque hoje a gente não pode ter a apicultura como uma atividade amadora, ela pode ser profissionalizada, e a gente precisa fazer diferente para mudar a realidade dos produtores através da apicultura. Basta acreditarmos e trabalharmos para isso”, explicou Jucilene. Ela trabalha com a produção de pólen, faz parte de uma associação e também é microempreendedora individual (MEI), a fim de alavancar sua produção, que hoje é comercializada em todo o Brasil.

Diagnóstico da apicultura e meliponicultura

Segundo o professor Edilson Divino, o projeto está em andamento, mas já trouxe constatações importantes. “Hoje, podemos dizer que, em relação à produção apícola do estado, temos números que não contam a realidade, porque boa parte da produção não é registrada, é vendida sem registro ou nem é vendida em Sergipe. Verificamos que Sergipe tem uma produção maior. O último registro da produção feito no estado foi de 35,5 toneladas, quando, na verdade, se pegarmos os municípios de Tobias Barreto e Glória, juntos, somam 50 toneladas, sem contar toda a região litorânea, tabuleiros costeiros e os outros que fazem parte das regiões agreste e sertão do estado”, evidenciou.

“Até antes do estudo pensávamos que tínhamos apenas 11 associações de apicultores no estado e, agora, sabemos que são 29 associações. Isso tudo precisa ser saneado, muita coisa precisa ser feita em termos estruturais, e aí vem o projeto Rota do Mel para ajustar isso. Esse projeto foi fundamental para dar início a esse desenvolvimento. Certamente, daqui a três, quatro anos, Sergipe vai ser um estado destaque no Nordeste e no Brasil na área de produção de abelhas, e o projeto Rota do Mel tem tudo a ver com isso”, acrescentou o professor.

Governo

Última atualização: 7 de março de 2024 10:58.

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