Seagri e Seduc promovem curso de Microempreendedor Individual para população camponesa

Curso profissionalizante online conta com a participação de inscritos de diversos municípios

Na última quinta-feira (05), foi realizada a aula inaugural do primeiro curso Microempreendedor Individual (MEI) para comunidades rurais, a partir de cooperação técnica firmada entre a Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc) e a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). A ação do Governo de Sergipe busca oferecer oportunidades de capacitação para a população do interior sergipano, por meio de cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC) para jovens e adultos. O primeiro encontro virtual ocorreu na plataforma Google Meet, a partir da unidade escolar profissional Centro de Excelência Joana de Freitas Barbosa, em Propriá.

Além de alunos de diversos municípios, participaram do lançamento do curso, o secretário de Estado da Agricultura, André Bonfim; o professor Gilliard Santos, especialista em Gestão de Pessoas e Psicologia Organizacional; a professora Ana Lúcia Lima, diretora do Departamento de Educação da Seduc, representando o secretário Josué Modesto dos Passos Subrinho; e, o coordenador de Desenvolvimento de Capacidades do Projeto Dom Távora, Manoel Messias.

Para o secretário André Bomfim, foi criada uma sinergia importante entre as secretarias estaduais no sentido de viabilizar cursos profissionalizantes para a população do interior do estado, complementares às demais políticas públicas. “Esse é o primeiro de muitos cursos, fruto dessa parceria Seagri e Seduc. Nossa intenção inicial foi de potencializar as ações produtivas do público apoiado pelo Projeto Dom Távora, mas estamos percebendo que podemos oferecer formação técnica para outas demandas voltadas à agropecuária, agricultura orgânica e agroecologia, por exemplo. Com isso, queremos promover a autonomia produtiva de homens e mulheres do campo, em especial, da agricultura familiar – que responde por 90% dos estabelecimentos rurais no estado, de modo que seja protagonista do desenvolvimento de seus territórios, desafogando em parte os serviços de assistência técnica oficial e podendo promover o aumento da produção agrícola estadual”, destacou o secretário.

Há uma compreensão de que, no contexto rural, é necessário criar condições de acesso de homens e mulheres do campo às tecnologias, conceitos e práticas do universo produtivo agroecológico, orgânico, acesso a mercados, gestão, cooperação, entre outros. “O público-alvo dos cursos de Educação Profissional são os jovens e adultos do campo, tendo como base as habilidades camponesas que lhes favorecerão, em especial aos mais jovens, um nicho de mercado no entorno do território onde residem, contribuindo para a diminuição do êxodo rural”, enfatiza Rivania Andrade, chefe do Serviço de Educação Profissional.

Entre os 28 inscritos para o primeiro curso que acontece totalmente online, a jovem Jaqueline Araújo, do município de Carira, fala da expectativa. “Espero aprender a empreender uma atividade que possa ajudar meus pais na renda familiar”. Por sua vez, a agricultora Ana Maria Oliveira, que já trabalha com a produção familiar, conta que tem a expectativa de oficializar seu negócio. “Quero aprender como regularizar juridicamente nossa empresa familiar para ampliar a comercialização, pois já trabalhamos com a produção de leite de cabra e derivados, como queijo e iogurte”, diz a produtora.

Sobre o curso

Ao explicar a dinâmica do curso de Microemprendedor, o professor Gilliard Santos destaca o caminho para que o empreendedor autônomo trabalhe dentro da legalidade, e com direitos trabalhistas. “O curso oferece conteúdos, como conceitos de empreendedorismo; informática aplicada; noções de administração e contabilidade; análise de mercado; planos de negócio e estratégias de marketing” explica. Segundo a Seduc, nos próximos meses, a modalidade presencial também será ofertada nas unidades de ensino de Educação Profissional, que disponibilizarão vagas para outros cursos, distribuídos nas áreas de Segurança, Recursos Naturais, Produção Industrial, Ambiente e Saúde, Produção Alimentícia, e Gestão e Negócios, dentre os quais estão os cursos de Agente de Microcrédito, Agente de Assistência Técnica e Extensão Rural, Produtor Agropecuário, Produtor de Plantas Aromáticas e Medicinais, Horticultor Orgânico, Agricultor Orgânico, Forragicultor, Auxiliar de Agroecologia, dentre outros.

DOM TÁVORA | Cadernetas Agroecológicas revelam importância da contribuição da mulher do campo na renda familiar

Balanço do primeiro semestre revela que agricultoras registraram produção média de R$ 178.806,00 nas Cadernetas

Dados apresentados pela Coordenação de Desenvolvimento de Capacidades do Projeto Dom Távora demostra o valor do trabalho feito pelas mulheres do campo. O levantamento trata da implementação das Cadernetas Agroecológicas em 12 comunidades rurais sergipanas, demonstrando a importância da participação econômica das mulheres na renda mensal familiar e na segurança alimentar e nutricional das famílias. A metodologia utilizada pela assistência técnica do projeto mostrou-se capaz de revelar o impacto econômico monetário e não monetário produzido pelas agricultoras, já que elas usam a Caderneta para anotar diariamente tudo que trocam, doam, consomem e vendem.

A iniciativa de implementação das Cadernetas Agroecológicas tem o incentivo e apoio do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e do Programa Semear Internacional, instituições que têm levado com sucesso a metodologia a outros projetos no Nordeste como Pró-Semiárido (Bahia), Paulo Freire (Ceará), Viva o Semiárido (Piauí). No estado de Sergipe, foi estabelecida pelo Projeto Dom Távora, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (SEAGRI), onde está localizada a Unidade Estadual de Gestão do Projeto, em parceria com a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (EMDAGRO).

Resultados
O trabalho com as mulheres sergipanas se iniciou em setembro de 2019, com dois grupos de mulheres. Em 2020, já são 12 comunidades em oito municípios, com 112 agricultoras utilizando as cadernetas. O balanço do primeiro semestre deste ano revela que o valor da produção das agricultoras registrado nas cadernetas foi de R$ 178.806,00. O valor médio da produção de cada agricultora chegou a R$ 493,00/mês – representando quanto, em média, cada agricultora contribui economicamente com sua família, ao longo de um mês. O levantamento destaca a comunidade de Cacimba Nova, município de Poço Verde, onde um grupo de nove mulheres, nos primeiros seis meses do ano – mesmo com a pandemia da Covid-19, produziu o equivalente a R$ 33.199,00. Outro destaque foi para o povoado Lagoa Grande, em Simão Dias, onde um grupo de 15 mulheres produziu R$ 31.801,00, no mesmo período.

A agricultora do povoado Cacimba Nova, Ana Maria Oliveira, avalia que os resultados são surpreendentes. “O resultado da aplicação das Cadernetas surpreende até a gente, que não tinha noção de quanto era nossa contribuição para a renda da família. Serviu também para nos alertar para aproveitar os quintais produtivos para outros negócios”, disse Maria. Outra agricultora, Agna dos Santos Menezes, do povoado Lagoa Grande, Simão Dias, se diz animada com as anotações. “No início, achávamos que íamos perder tempo anotando nosso consumo e venda; hoje, me sinto valorizada com o resultado. Então, se compro uma galinha anoto, se vendo uma ovelha anoto e, no final do mês, tenho ideia do quanto vendi ou deixei de comprar”, comenta Agna.

A equipe técnica do projeto destaca que, embora boa parte das relações computadas seja não monetária – relações socioeconômicas sem uso do dinheiro como consumo, doação e troca, – as análises que complementam as Cadernetas, a partir dos dados coletados, permitem que toda produção agrícola esteja representada em termos monetários. O valor mensal médio da produção por agricultora agrega o dinheiro advindo da comercialização dos bens e a quantia que a família deixa de gastar, como resultado do trabalho da agricultora. “Esses valores produzidos pelas mulheres do campo normalmente são invisibilizados, desconsiderados nas análises econômicas tradicionais. Daí a importância das cadernetas, justamente porque fortalece o trabalho das mulheres, evidenciando esse potencial econômico produzido por elas. Observem que o valor médio produzido (entre R$ 350,00 e R$ 493,00/mês) é maior do que o auxílio emergencial do governo federal na sua segunda fase. A gente destaca que esse resultado financeiro, de quase R$ 180 mil, representa o trabalho com 112 mulheres. Se projetarmos esse resultado para a população rural de mulheres com as mesmas condições, veremos que a capacidade produtiva é muito representativa”, avalia a consultora do PNUD para o Dom Távora, Daniela Bento, que assessora as mulheres atendidas pelo projeto.

Com o resultado positivo das Cadernetas Agroecológicas, a Seagri sinaliza para ampliação de outras comunidades para além do Projeto Dom Távora. “O valor deste trabalho não está apenas no valor econômico, mas também na valorização do papel da mulher nas relações sociais e familiares, na produção agroecológica, visto que elas produzem uma variedade de produtos orgânicos responsáveis por uma alimentação saudável. Nossa ideia é expandir o projeto para outras comunidades com o apoio de parcerias institucionais como a EMDAGRO e o INCRA, nas áreas de reforma agrária. Tentar levar para outras comunidades tradicionais quilombolas”, afirma o secretário de estado da Agricultura, André Bomfim.

Atualmente, as cadernetas estão implementadas nas comunidades: Cacimba Nova, São José e Saco do Camiso (Poço Verde); Ladeirinhas (Japoatã); quilombo Caraíbas (Canhoba); assentamento Padre Nestor (Pacatuba); comunidades José Félix e quilombo Mocambo (Aquidabã); quilombo Sítio Alto e Lagoa Grande (Simão Dias); Nova Brasília (Tobias Barreto) e quilombo Catuabo (Aparecida).

OPORTUNIDADE DE TRABALHO – Projeto Dom Távora abre seleção para contratar consultor especialista em monitoria e avaliação

Consultor deverá atuar na formulação de estratégias, acompanhamento e avaliação de resultados

O Projeto Dom Távora, por meio de Projeto de Cooperação Técnica (PCT BRA 14/008) firmado entre a Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) e o Projeto das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), abre processo para seleção de um consultor Especialista em Monitoria e Avaliação. O objetivo é apoiar na formulação de estratégias, acompanhamento e avaliação dos resultados, bem como de impacto do Projeto.

O Especialista em Monitoria e Avaliação terá com atividade apoiar diretamente a obtenção de informações em campo ou na Unidade Estadual de Gestão para atender à coordenação de Monitoramento e Avaliação nas atividades de análise, acompanhamento, implementação, supervisão e aferição de resultados econômicos e sociais das ações relativas ao Projeto Dom Távora.

Este especialista trabalhará junto à Unidade Estadual de Gestão do Projeto, localizada na Seagri, em Aracaju/SE, mas deve estar disponível para deslocamentos regulares aos municípios da área de atuação do Projeto Dom Távora.

É requisito obrigatório (não pontuável) a Formação superior de mais de 10 anos em Economia, Economia Rural, Ciências Agrárias, Administração, Serviço Social, Sociologia, Psicologia, Pedagogia, Estatística ou Tecnologia da Informação. Mais informações estão disponíveis no Termo de Referência à disposição na aba Programas e Projetos/Projeto Dom Távora na página da Seagri. Encontra-se disponível também na página http://www.pnud.org.br/Oportunidades

As inscrições serão aceitas até as 23h59 (horário de Brasília) do dia 03 de novembro de 2020.


Clique aqui para acessar Termo de Referência: TDR

Sergipe deverá ter maior safra de milho dos últimos 10 anos, segundo IBGE

Seagri comemora resultado, que mantém Sergipe como 4º maior produtor do Nordeste

Dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), publicado pelo IBGE no último dia 8 de outubro, mantém a estimativa de 847.797 toneladas de milho para a safra 2020 em Sergipe. De acordo com a Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), se a previsão se confirmar, será a maior safra dos últimos de 10 anos, representando um aumento de 29,3% da produção em relação ao ano passado. O recorde também será contabilizado no rendimento médio de 5.509 kg/ha, que significa maior produtividade. A área colhida (154.893 ha) também será 11,8% maior que o ano passado.

De acordo com o secretário de Estado da Agricultura, André Luiz Bomfim, o resultado engrandece a agropecuária sergipana, colocando o estado como o 4º maior em produção (depois de Bahia, Piauí e Maranhão); e o 1º em rendimento médio (produtividade) na região Nordeste. “Mesmo em período de pandemia da Covid-19, o setor mostra sua força. Além das excelentes condições climáticas que favoreceram o plantio de milho, a força do trabalhador sergipano, as políticas públicas e incentivos concedidos pelo governo de Sergipe contribuíram para o resultado”, avalia.

André Bomfim destaca que os incentivos têm alcançado grandes, médios e pequenos produtores. “Para os grandes e médios produtores que comercializam grãos para atacadistas, o governo reduziu ICMS de 12% para 2% nas operações comerciais internas e interestaduais. Destaco o serviço importante de assistência técnica e extensão rural feito pela Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro). Outro incentivo é a distribuição de 34,8 toneladas de sementes de milho, para agricultores familiares residentes nos municípios maiores produtores do Sertão e Agreste sergipanos, este ano, adquiridas através de parcerias com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e com a empresa Di Solo, distribuidora de sementes certificadas. Importante dizerque parte do milho produzido pelo pequeno e médio agricultor vai para alimentação animal, fortalecendo ainda mais a bacia leiteira no estado e criando uma sinergia importante entre os setores agrícola e pecuário”, explica o secretário.

A redução da alíquota do ICMS do milho em grãos está trazendo resultados positivos tanto para a arrecadação do Estado quanto para agricultores, como Ana Celma, do assentamento São Jorge, em Porto da Folha. “O governo deu esse incentivo e enviou as sementes de milho crioula. Nós complementamos com uma semente que já tínhamos e plantamos 15 tarefas. Se fosse colher todo, daria de 20 a 25 sacas por tarefa, mas como vamos tirar apenas uma parte para a semente do próximo ano, a maior parte vai para ração dos animais, porque aqui trabalhamos com gado de leite. Está aqui a prova do nosso trabalho e da ajuda do governo, o resultado da colheita trazendo dois benefícios, a semente que selecionamos das melhores espigas e guardamos para a safra do próximo ano e, a ração para os animais, uma ração natural, de baixo custo e boa qualidade”, conta.

O agricultor Pedro Ferreira mora no Jacinto Ferreira, no município de Carira, e também celebra a estimativa da safra. Ele não abriu mão de utilizar a produção de milho para garantir uma reserva alimentar para seu rebanho. “Recebi as sementes doadas pelo governo e completei as minhas 20 tarefas com o plantio de milho. Aqui a gente tritura o milho com a palha e faz a silagem para alimentar nossos bichinhos”, conta. Carira está entre os municípios maiores produtores do grão, segundo o acompanhamento conjuntural da cultura do milho realizado pela Emdagro. Também se destacam os municípios de Simão Dias e Frei Paulo. Em 2019, Simão Dias produziu 186 mil toneladas, Carira 138 mil e Frei Paulo 72 mil. A soma dos três municípios representa 60% do total de grãos de milho produzidos em Sergipe na safra anual.

Seagri lança segundo edital para aquisição de produtos da agricultura familiar

Prazo para submissão de propostas vai até as 09h horas do dia 14 de outubro

Vai até 14 de outubro o prazo para que agricultores ou entidades jurídicas possam habilitar-se ao processo de licitação para fornecimento de gêneros alimentícios da Agricultura Familiar, por meio da modalidade de Compra Institucional do Programa Aquisição de Alimentos (PAA). A Chamada Pública nº 002/2020 foi aberta pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), visando minimizar os impactos econômicos negativos da pandemia ocasionada pela Covid-19 em Sergipe, contribuindo para o escoamento da produção, geração de renda no campo e a segurança alimentar e nutricional da população.

São elegíveis para fornecimento de alimentos no âmbito do PAA agricultores familiares, assentados da reforma agrária, silvicultores, aquicultores, extrativistas, pescadores artesanais, indígenas e integrantes de comunidades remanescentes de quilombos rurais e de demais povos e comunidades tradicionais, e, ainda, cooperativas e outras organizações formalmente constituídas como pessoa jurídica de direito privado que detenham a Declaração de Aptidão (DAP) ao Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf).

De acordo com o secretário de Estado da Agricultura, André Luiz Bomfim Ferreira, nesta segunda compra de alimentos feita pela Seagri, mais de R$ 600 mil, originados do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (FUNCEP) [em cooperação com a Secretaria de Estado da Inclusão Social (Seias)], serão investidos na compra de uma diversidade de produtos, como legumes, verduras, frutas, ovos de galinha, leite e cereais. “Estamos comprando alimentos da agricultura familiar em mais uma ação de enfrentamento à pandemia, como forma de mitigação dos seus efeitos junto aos produtores e de estímulo à comercialização”, ratificou André Bomfim.

Ainda de acordo com o secretário, os alimentos serão destinados a populações em insegurança alimentar e nutricional nos municípios, entre os povos e comunidades tradicionais quilombolas e indígenas, atendendo preferencialmente a orientação elaborada pelo Ministério Público Federal (MPF). “Podem ser beneficiárias, também, as pessoas atendidas pela rede socioassistencial, pelos equipamentos de alimentação e nutrição, e demais ações de financiadas pelo Poder Público como rede pública e filantrópica de ensino e saúde”, detalha.

Condições de habilitação
Os interessados em fornecer os produtos deverão encaminhar os documentos de habilitação e a Proposta de Venda até as 09h horas do dia 14/10/2020, exclusivamente de forma digital, conforme o decreto 40.588, por meio do e-mail cpl@seagri.se.gov.br . Os documentos deverão ser encaminhados em 02 arquivos PDF, com um ofício de encaminhamento indicando a referência de participação na Chamada Pública nº 002/2020. A íntegra do Edital e outras informações sobre a Chamada Pública poderão ser obtidas no site www.seagri.se.gov.br ou na sede da Seagri, localizada à Rua Vila Cristina, 1.051 – 1º andar, Bairro São Jose, Aracaju/SE, CEP 49.015- 460, de segunda a sexta-feira das 07h às 13h.

Acesse o edital aqui: EDITAL DE CHAMADA PÚBLICA Nº 002/2020

Secretário André Bomfim apresenta panorama da Agricultura de Sergipe a parlamentares na Alese

Em sessão extraordinária remota realizada na Alese, o secretário de Estado da Agricultura, André Luiz Bomfim, apresentou um panorama do setor agropecuário de Sergipe, impactos da pandemia e políticas públicas desenvolvidas pelo governo estadual em apoio e fomento ao setor.

Em sessão extraordinária remota realizada na Assembleia Legislativa de Sergipe – Alese, na última quinta-feira, 1º de outubro, o secretário de Estado da Agricultura, André Luiz Bomfim, apresentou um panorama do setor agropecuário de Sergipe, impactos da pandemia e políticas públicas desenvolvidas pelo governo estadual em apoio e fomento ao setor. Estiveram presentes, também, os presidentes da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e da Companhia de Desenvolvimento de Irrigação e Recursos Hídricos de Sergipe (Cohidro), Jefferson Feitoza de Carvalho e Paulo Sobral. A sessão foi realizada por requerimento do deputado Zezinho Guimarães, e presidida pelo deputado Zezinho Sobral, com a participação do deputado Georgeo Passos.

Em sua apresentação, o secretário fez uma contextualização do posicionamento da agricultura na economia do estado, trazendo dados que indicam que a participação da agropecuária no PIB nacional é de 5,2% (IBGE, 1º trimestre de 2019); e no PIB estadual, de 5,4%, (Observatório de Sergipe, 2017). “Segundo o IBGE (2017), Sergipe possui 93.275 estabelecimentos rurais, dos quais, segundo a Emdagro, 89% são estabelecimentos da Agricultura Familiar. A principal dificuldade em 2020 foi, sem dúvida, a comercialização, impactada pela pandemia, sobretudo no início, com o necessário fechamento das feiras livres, bares e restaurantes. O governo de Sergipe adotou algumas ações para atenuar a dificuldade de escoamento da produção agrícola no estado, e o setor reage bem”, pontuou André Bomfim.

O secretário também falou sobre as estimativas de safra para este ano, considerando-as positivas, mesmo com a pandemia. “Temos previsão positiva para as principais culturas na safra 2019/2020, segundo dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola – LSPA/IBGE. Temos previsão de aumento de 29% em relação a 2019 para a safra do milho, estimada em 847.797 toneladas. Sergipe é o 4º estado do Nordeste no cultivo de milho. Já para o arroz, temos uma safra estimada em 31.084t, mantendo o estado na 3º colocação da região. Na cana-de-açúcar, devemos ter aumento de 13% em relação a 2019, com uma safra estimada em mais de 2 milhões de toneladas. Para a laranja, 359.961t, mantendo Sergipe como o 5º produtor nacional e 2º do Nordeste. Para o leite temos registrado bons preços, e uma produção de até 1 milhão de litros/dia”, destacou André. 

Incentivos
Em sua análise, o gestor atribuiu os bons resultados, em boa medida, ao longo período com boas chuvas, mas também às políticas públicas de fomento ao setor. O secretário pontuou três ações principais de cada uma das empresas vinculadas à Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), destacando como incentivos realizados através da Emdagro, a Assistência Técnica e Extensão Rural – ATER, as ações de Defesa Animal e Vegetal, e o programa de Regularização Fundiária. Através Cohidro, destacou o Programa Água para Todos; a revitalização das Estações de Bombeamento com a reversão da tarifa de água paga pelos irrigantes dos perímetros; e a instalação e recuperação de sistemas de abastecimento comunitários em povoados rurais. E através da Pronese, o Programa de Crédito Fundiário, ação complementar às ações de reforma agrária, realizado em parceria com o governo Federal, que resulta na criação de assentamentos, unidades produtivas.

Outros incentivos do governo de Sergipe para agropecuária foram citados por André Bomfim, como a redução da alíquota do ICMS do milho, de 12% para 2%; a isenção de ICMS nos derivados do leite. “No fomento à bacia leiteira, também tivemos a ampliação do programa de melhoramento genético por inseminação artificial em tempo fixo (IATF), em parceria do Banese, com mais de 1000 animais inseminados; a distribuição de sementes de milho e palma forrageira; a legislação ambiental para queijarias /Selo Arte; o Programa de Aquisição de Alimentos – PAA Leite; PAA Compras Institucionais com recursos do Funcep; e o PAA  com recursos do Projeto Dom Távora; a entrega da CEASA Itabaiana e a efetivação da primeira parceria público-privada (PPP) do governo estadual para gestão do empreendimento; e o Terminal Pesqueiro de Aracaju”.

Sobre o Projeto Dom Távora, André Bomfim afirmou que o programa, realizado em parceria com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola – FIDA, investiu cerca de R$ 46 milhões em 15 municípios, nas cadeias produtivas de ovinocultura, avicultura, artesanato, piscicultura, etc; e que Sergipe incluiu o Baixo São Francisco na zona de atuação do Programa, que, tradicionalmente, atende somente a região semiárida em outros estados. “Por ser a nossa região com menor IDH, conseguimos inclui-lo na área de investimentos do Dom Távora, que mudou a realidade de muitas associações e cooperativas. Encerraremos ele em março, mas temos bom diálogo com o FIDA e tentaremos novos financiamentos para Sergipe. No meu entendimento, devemos pensar além, e buscar contemplar outras regiões do estado, potencializando o processo de agroindustrialização. A agricultura familiar também precisa de investimento em agroindústrias menores, para beneficiar produtos e agregar valor ao que é produzido no campo”, revelou o secretário. 

Emendas e diálogo
André também afirmou a evolução das emendas parlamentares destinadas à agropecuária em Sergipe nos últimos anos. “Em 2015/2016 tivemos em torno de R$ 3 milhões de emendas para a Seagri, com contrapartida do Governo do Estado. Em 2017/2018, foram cerca de R$ 800 mil. Este ano (2019/2020), conseguimos R$ 16 milhões de emendas de bancada. Uma sinalização bastante positiva do entendimento dos nossos deputados federais e senadores da importância que a agricultura tem para Sergipe. Não diferente, também tivemos cerca de R$ 540 mil em emendas estaduais destinadas ao setor da agricultura. Agradecemos aos parlamentares desta casa.”, pontuou. Após os questionamentos de parlamentares, André fez uma avaliação dos principais gargalos do setor, como a citricultura e a carcinicultura, afirmando que conta com a colaboração de todos neste enfrentamento, inclusive da casa legislativa estadual e da bancada Federal. “Entendemos a necessidade de promover o diálogo constante com todos os setores produtivos, instituições de ensino, pesquisa e de fomento. Foi por isso, inclusive, que criamos o Fórum Permanente da Agricultura. A Seagri está à disposição para esclarecimentos e colaboração”, concluiu.

Oportunidade de estágio no Projeto Dom Távora

As inscrições serão realizadas de modo online, impreterivelmente até às 23:59 do dia 09 outubro

A Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) em parceria com o Projeto Adaptando Conhecimento para a Agricultura Sustentável e o Acesso a Mercados (AKSAAM) e com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola FIDA) torna público o Edital AKSAAM-PDT-01/2020 para seleção de dois estagiários, sendo um em Gestão de Conhecimento e outro estagiário em Monitoramento e Avaliação, para atuação no projeto Dom Távora.

O estágio terá duração de 12 meses, com jornada de trabalho de 4 horas diárias e 20 horas semanais. Será remunerado no valor mensal de R$ 550,00 (quinhentos e cinquenta reais), mais auxílio-transporte. O estagiário ficará lotado em Aracaju/SE, na Unidade de Gestão do Projeto Dom Távora, sob supervisão imediata da professora da Universidade Federal de Viçosa (UFV/MG) Nathalia Cosmo, no âmbito do AKSAAM. Vale destacar que pode haver trabalho remoto durante a pandemia da COVID19.

Poderão se candidatar à vaga em Monitoria e Avaliação qualquer estudante do curso de Ciências Agrárias, Econômicas ou Estatísticas. Já para concorrer à vaga em Gestão do Conhecimento, poderão se candidatar estudantes de curso de nível superior em Comunicação Social ou Ciências Agrárias, todos devidamente matriculados, no período letivo atual.

Inscrições

As inscrições serão realizadas de modo online, impreterivelmente até às 23:59 do dia 09/10/2020, por meio de envio da documentação abaixo para o e-mail gabinete@seagri.se.gov.br , com assunto “Edital – AKSAAM-PDT-01”: declaração de matrícula; histórico escolar; cópia do RG e CPF; currículo vitae, destacando as atividades acadêmicas e atividades profissionais se houver, compatíveis com as atribuições.

A íntegra do Edital poderá ser obtida no link abaixo. Mais informações poderão ser obtidas na sede da Secretaria onde está localizada a Unidade de Coordenação do Projeto Dom Távora, localizada na Rua Vila Cristina, 1.051 – 1º andar, Bairro São José, Aracaju/SE, CEP 49.020- 150, de segunda a sexta-feira das 07 horas às 13 horas.

1 – Edital AKSAAM-PDT-01/2020 para seleção de estagiário em Gestão do Conhecimento

2 – Edital AKSAAM-PDT-01/2020 para seleção de estagiário em Monitoramento e Avaliação

Agricultores familiares já podem se inscrever no Garantia-Safra 2020-2021

A novidade para este ano é que os agricultores cadastrados nas safras anteriores (2018/2019 e 2019/2020) já estão automaticamente inscritos.

O Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento abriu inscrições do programa Garantia-Safra para o período 2020/2021. Sergipe está entre os dez estados brasileiros aptos a participar do programa, com cota para inscrição de 25 mil agricultores familiares. A novidade para este ano é que os agricultores cadastrados nas safras anteriores (2018/2019 e 2019/2020) já estão automaticamente inscritos. A medida visa evitar aglomeração de pessoas, em função da pandemia do Covid-19.

Os agricultores que ainda não aderiram ao programa nas duas últimas safras devem inscrever-se de forma tradicional até o dia 20 de março de 2021, dirigir-se a qualquer escritório da Emdagro, de posse da sua Declaração de Aptidão (DAP) e de um documento de identificação pessoal com foto. Os agricultores de reforma agrária precisam dirigir-se ao Incra ou à secretaria de Agricultura do seu município. Já os assentados do Programa Nacional de Crédito Fundiário devem procurar a Pronese, que está localizada no mesmo complexo onde fica a sede da Secretaria de Estado da Agricultura – SEAGRI [Rua Vila Cistina, 1051, bairro Treze de Julho, em Aracaju].

O Garantia-Safra é uma ação do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) em parceria com o Estado, Prefeituras e agricultores, que prevê o repasse de R$ 850. O objetivo é garantir a segurança alimentar de agricultores familiares que residam em regiões sistematicamente sujeitas à perda de safra, por razão de estiagem ou enchente.

A Seagri reforça a importância dos agricultores aderirem ao Programa. Segundo o órgão estadual, na safra 2019/2020 cadastraram-se 13 mil agricultores de 22 municípios do semiárido sergipano. “A cota do Estado de Sergipe para o programa é de 25 mil agricultores. Então, nós ressaltamos que é muito importante que quem ainda não fez a adesão, busque fazer, para que seja possível recompor os prejuízos, em caso de perda da safra”, disse o secretário de Estado da Agricultura, André Bomfim.

O programa funciona como uma espécie de seguro para quem comprovar a perda de mais de 50% da safra em razão de estiagem ou excesso hídrico. Podem se inscrever agricultores que possuem renda familiar mensal de, no máximo, um salário mínimo e meio e que plantem entre 0,6 e 5 hectares de feijão, milho, arroz, mandioca ou algodão.

Seagri e BNB alinham parceria para facilitar acesso a crédito e assistência técnica para agricultores familiares

Representantes da Emdagro e Cohidro também participaram da reunião, que deu os primeiros passos para o acordo de cooperação

Um acordo de cooperação entre o Banco do Nordeste e a Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) será firmado com o objetivo de viabilizar mais financiamentos e assistência técnica para o setor agropecuário em Sergipe, especialmente para a agricultura familiar. A decisão foi resultado de reunião realizada na última terça-feira (9), com representantes da instituições. As atividades contarão com a execução direta das empresas vinculadas à Seagri, Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) e Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro).

De acordo com o gerente executivo de Desenvolvimento Territorial do Banco do Nordeste, Lenin Falcão, de janeiro a agosto deste ano, foram aplicados aproximadamente R$ 106 milhões no estado de Sergipe, nas linhas do Pronaf – incluindo o Pronaf B operacionalizado pelo Agroamigo. “O Banco do Nordeste decidiu visitar a Seagri para alinhar alguns trabalhos com relação ao desenvolvimento do setor agropecuário, especialmente para a agricultura familiar. Esta é uma ação que está acontecendo em todos os estados, para atender uma demanda do Fórum de Gestoras e Gestores da Agricultura Familiar do Nordeste, do qual vários secretários de Agricultura participam”, disse Lenin Falcão, que participou do encontro acompanhado do gerente executivo Pronaf, Erison Aurélio Viana; e do gerente regional do Agroamigo, Luiz Alberto Morato.

O secretário da Agricultura, André Bomfim, considerou importante a participação também dos representantes da Cohidro e Emdagro, que vivenciam diariamente, na ponta, as demandas e gargalos enfrentados pelos pequenos produtores da agricultura familiar. “Com essa aproximação, poderemos destravar recursos para o público que mais precisa nesse momento, o da agricultura familiar. Nós precisamos, por exemplo, destravar recursos do Pronaf Agroindústria e Pronaf Agroecologia”, pontuou André. O secretário disse ainda que, a partir desse, encontro formou-se um grupo de trabalho que trabalhará pela concretização do acordo de cooperação entre as quatro instituições: BNB, Seagri, Cohidro e Emdagro.

Presentes na reunião, o diretor-presidente da Cohidro, Paulo Sobral, e o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola, João Fonseca, avaliam que os beneficiários da irrigação pública são um público promissor, merecendo atenção na elaboração de novas políticas de crédito voltadas à Agricultura Familiar. “Nos perímetros irrigados do Governo do Estado, administrados pela Cohidro, temos mais de 2 mil pequenas unidades produtivas familiares contando com a irrigação durante todo ano. O Estado tem contribuído para que este serviço oferecido ao irrigante seja mais eficiente: modernizou a irrigação e fez adequações de segurança nas barragens dos perímetros de Itabaiana; e sistematicamente tem feito a recuperação física de estações de bombeamento em todo estado. Através de parcerias, estamos também implantando unidades piloto de uva, pera, palma forrageira e gliricídia em lotes irrigados. E com o plano de financiamento adequado, outros irrigantes podem multiplicar esses modelos de produção para mais lotes”, destacou Paulo Sobral.

Representando a Emdagro, o diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural da Emdagro, Antônio Reis, avaliou positivamente a iniciativa. “Essa reunião veio no momento certo, porque precisamos suprir uma necessidade premente de facilitar ainda mais o acesso aos créditos do Pronaf, especificamente, Pronaf Agroindústria, Agroecologia, Mulher e Jovem, cuja aplicação ainda se encontra tímida”, ressaltou Antônio Reis. Ele participou da reunião, juntamente com os assessores Deodato Lima Filho (do Crédito Fundiário) e Godofredo Vieira Albuquerque (da Presidência).

Governo de Sergipe, MMA e PNUD entregam mudas de gliricídia a agricultores de Porto da Folha

Entrega marca retomada de ações do Projeto de Combate à Desertificação para fortalecimento da bacia leiteira no semiárido

Agricultores familiares do Assentamento Paulo Freire, no município de Porto da Folha, receberam mudas de gliricídia para implementar campos de produção consorciada com palma forrageira. O ato realizado na quinta-feira, 3 de setembro, marca o início de mais uma etapa do Projeto Sergipe de Combate à Desertificação, cujo objetivo é introduzir políticas públicas de manejo sustentável da terra aplicando tecnologias socioambientais, para elevar a produção rural nas áreas susceptíveis à seca. Ao todo, serão entregues mais de 140 mil mudas de gliricídia, entre outras ações. O projeto é fruto da parceria entre o Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura da Agricultura, Desenvolvimento Agrária e da Pesca (Seagri), o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Programa das Nações Unidas (PNUD), com recursos do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF). A execução é realizada pela Seagri por meio de suas vinculadas, Empresa de Desenvolvimento Agropecuário (Emdagro) e Companhia de Desenvolvimento de Recurso Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro).

O Superintendente do Ibama em Sergipe, Romeu Boto, participou do evento representando o Ministério do Meio Ambiente. Ele destaca a relevância e o impacto social da retomada das ações voltadas para o combate à desertificação. “Ao todo, nessas ações, serão beneficiadas cerca de 3.300 famílias, com investimentos de mais de um milhão de reais. Neste momento, está sendo feita a entrega de mudas de gliricídia, mas o projeto terá mais ações, como regularização de áreas, projetos voltados aos recursos hídricos, que vão trazer benefícios ao homem do campo, trazendo na prática a presença do Ministério”, pontuou.

No Assentamento Paulo Freire, 3.500 mudas foram entregues a sete famílias de agricultores familiares. Segundo o secretário de Estado da Agricultura, André Bomfim, só com as mudas de gliricídia, serão beneficiadas mais de 600 famílias no semiárido sergipano. “Contamos com a sinergia entre os programas de governo. As famílias que no ano passado foram contempladas pelo programa Mais Palmas do Governo do Estado, recebem agora a gliricídia para o plantio consorciado, com o intuito de fortalecer a nossa bacia leiteira e combater a desertificação em toda a região. Essa é a primeira ação que estamos fazendo este ano, mas virão outras ações na sequência, como a bioágua, kits irrigação, enriquecimento de caatinga, etc. dentro desta parceria com o Governo Federal”, disse André.

A agricultora do assentamento São Jorge, Ana Celma, também recebeu mudas da planta. Ela sabe que a gliricídia somada à palma e ao milho complementam a ração dos animais. “Desde já queremos agradecer, em nome do grupo dos assentados, porque essa muda é de grande importância na alimentação do gado e pode substituir a proteína da soja. Não vai tomar muito espaço porque vai ser plantada junto com a palma, então quando a gente vai buscar a palma, já pode trazer o fecho de galho de gliricíria com as vagens, triturar, e pôr a palma para dar ao rebanho”, destacou a agricultora.

Capacitação

A entrega das mudas foi seguida de curso prático sobre a produção, o manejo e a utilização de gliricídia para alimentação animal. As orientações técnicas foram ministradas pelo médico Veterinário e doutor em zootecnia da Embrapa, Rafael Dantas. “Essa é uma parceria de sucesso, entre a Embrapa e a Seagri. A Embrapa traz o conhecimento e a tecnologia e soma às políticas públicas. Sergipe está muito empenhado em relação a isso, para que o agricultor produza de forma ambientalmente correta e economicamente viável”, explicou Rafael.

Os agricultores que participaram consideraram positivos os ensinamentos trazidos juntamente com as mudas de gliricídia. “Achei muito boa a capacitação e aprendi muitas coisas, a plantar a gliricídia, que nunca plantei. É a primeira vez. Eu aprendi no curso que ela é boa para o gado, para as ovelhas, para fazer a ração. Isso é muito importante, porque no verão as famílias sofrem muito para dar ração ao animal, então esse projeto vem para melhorar mais a produção do assentamento”, disse o agricultor do Paulo Freire, Juraci Faria.

Governo

Última atualização: 4 de setembro de 2020 17:00.

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