NEÓPOLIS | Criadores recebem equipamento para melhoramento genético do rebanho bovino leiteiro

No povoado Pindoba, produtores da Associação de Produtores de Leite do Município de Neópolis (Asproleite) estiveram reunidos com o secretário de Estado da Agricultura, André Bomfim, que ouviu as demandas do grupo e fez a entrega de botijão criogênico de 20 litros, para armazenamento e transporte de sêmen bovino. O propósito é contribuir com o melhoramento genético do rebanho leiteiro da região.

Segundo o presidente da Asproleite, Francisco Ferreira Barbosa, depois da organização dos produtores em associação, eles perceberam o aumento na produção de leite do município. “Há dois anos a produção de leite era entre 500 a 600 litros por dia, hoje, com a organização dos produtores, buscamos capacitação em inseminação com o SENAR [Serviço de Aprendizagem Rural], estamos melhorando a genética e o manejo do gado leiteiro e já percebemos que a produção aumentou para cerca de 1.400, 1.500 litros/dia”, disse.

Ainda segundo Francisco, a doação do Botijão de Nitrogênio vai ajudar muito na continuidade do melhoramento genético do rebanho bovino. “A associação trabalhava com um destes reservatórios, emprestado de um amigo produtor, mas a partir de hoje, temos nosso próprio equipamento, com capacidade de estoque e armazenamento do material genético em 2000 doses. Quero agradecer ao governo do Estado, através da Secretaria da Agricultura, que veio até aqui em nosso povoado fazer essa entrega. Temos a certeza de que vai fazer nossa produção de leite crescer ainda mais”, afirmou o criador.

O secretário da Agricultura, André Bomfim, colocou-se à disposição dos produtores e apontou novas perspectivas de ação do governo na região. “Apresentamos ao Banco do Nordeste um projeto de melhoramento genético, por meio da inseminação artificial (IATF), nos mesmos moldes do projeto que estamos realizando em parceria com o Banese em 12 municípios do Alto Sertão. A meta é inseminar 400 animais na região do Médio Sertão e Baixo São Francisco, contemplando inclusive os produtores aqui de Neópolis”, destacou o secretário.

Ainda segundo o gestor, outras frentes estão sendo abertas, considerando a carência identificada na região em termos de assistência técnica e equipamentos, como Tanques de Refrigeração do leite. “Para atender a estas e outras demandas, elaboramos propostas que foram lançadas no Sistema de Convênios e Contratos de Repasses do Governo Federal (SICONV) e vamos buscar apoio de parlamentares que possam apoiar estes projetos”, completou André Bomfim. O gestor elogiou o nível de organização dos criadores e identificou potencial para o Baixo São Francisco emergir como uma nova bacia leiteira no Estado, parabenizando o SENAR pelo apoio à Associação.

O Projeto de Melhoramento Genético do Gado Leiteiro é desenvolvido pela secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), por meio da Emdagro, em parceria com o Banese. Em 2018, foram investidos R$ 70 mil em quatro municípios (Nossa Senhora da Glória, Monte Alegre, Poço Redondo e Canindé do São Francisco), beneficiando 50 produtores. Foram inseminados 475 animais, dos quais nasceram 162 bezerros, provenientes das vacas leiteiras inseminadas com sêmen de animais de alta linhagem das raças Holandesas, Girolando e Gir Leiteiro. Em 2019, o projeto está em execução. A meta para 2019 é investir R$ 175 mil em 11 municípios, com a inseminação de 975 animais.

Rizicultores do Baixo São Francisco preparam terra para plantio neste mês de agosto

Qualidade das sementes de arroz distribuídas pelo Governo deve contribuir para uma produção 54% maior

Agosto é tempo de preparo da terra para o plantio do arroz. O produtor rural e secretário da Associação dos Pequenos Agricultores do Distrito Betume, Carlos Alberto de Freitas foi um dos 950 rizicultores do Baixo São Francisco que receberam sementes distribuídas pelo governo de Sergipe. “Neste momento, estamos preparando a terra para no final de agosto lançar as sementes e, com sessenta dias, colher a safra deste ano. Com essa qualidade de semente que o governo distribui, aproximadamente 9 toneladas por hectare devem ser colhidas no Betume, acima da média nacional”, conta.

O cultivo de arroz coloca o estado de Sergipe entre os maiores produtores do Nordeste. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, Sergipe ocupa a terceira posição no ranking elaborado a partir do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, ficando atrás apenas do Maranhão e Piauí.  Os dados apontam, ainda, que em 2018 foram produzidas 22.612 toneladas de arroz em Sergipe. A estimativa é que, em 2019, a produção seja de 34.834 toneladas, significando um crescimento de 54%, em relação ao ano passado.

Para manter o crescimento, o governo de Sergipe entregou, no primeiro dia de agosto, 250 toneladas de sementes de arroz no Baixo São Francisco. Foram distribuídos, em média, 260 kg de sementes por família. “Mesmo com dificuldades no orçamento, garantimos a compra e distribuição das sementes, a partir de um investimento de mais de R$ 600 mil reais. Essa iniciativa fortalece a agricultura familiar, trazendo benefícios para a região, portanto, continuaremos a dar esse suporte”, afirmou o governador Belivaldo Chagas, durante a entrega das sementes, em Propriá.

O programa é uma política pública de apoio à produção de grãos com foco nos pequenos agricultores familiares sergipanos, principalmente, aqueles que se encontram em situação de maior vulnerabilidade. Os recursos aplicados são 100% provenientes do tesouro Estadual, especificamente do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza – FUNCEP, gerenciado pela secretaria de Estado da Inclusão Social – SEIT. 

As 250 toneladas de sementes estão sendo distribuídas nos perímetros irrigados da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) de Propriá (60t), Betume (160t) e Continguiba/Pindoba (30t), atendendo aos municípios de Propriá, Cedro de São João, Japoatã, Neópolis, Telha, Ilha das Flores e Pacatuba. A distribuição é feita pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), por meio da Emdagro.

“Tivemos a oportunidade de visitar os perímetros da Codevasf no Baixo São Francisco e constatamos a carência de assistência técnica e comercialização. Neste sentido, estamos fazendo um estudo com a Emdagro para tentar atuar ainda mais nessa cadeia produtiva de maneira geral, não só no momento do plantio, mas também na comercialização. Esperamos, em breve, melhorar as condições para que o agricultor consiga negociar de maneira mais justa o valor de venda da sua produção”, explicou o secretário de estado da Agricultura, André Bomfim.

Economia e Produtividade
De acordo com o presidente da Emdagro, Jefferson Feitoza, a escolha das sementes é feita pelos próprios produtores. “O tipo ou a variedade das sementes é escolhida pelos próprios produtores, que se reúnem na Emdagro para opinar sobre o processo. Não temos dúvidas de que a alta produtividade está, entre outros fatores, relacionada à excelente qualidade da semente que é distribuída”, explicou.

É o que afirma o agricultor José Vilson dos Santos, que produz, há 34 anos, no perímetro Cotinguiba/Pindoba, em Propriá. Ele já consegue fazer uma estimativa para a sua produção, considerando a economia possibilitada pela entrega gratuita de sementes pelo governo, e a sua qualidade. “Com essa semente, faço uma economia de R$ 900. Esse é o valor que pagaria, se tivesse de comprar os 225 kg que estou recebendo do governo. Nos meus três hectares, com a qualidade que tem essa semente, devo colher cerca de 600 sacos de arroz este ano”, prevê o produtor.

Pensando no desenvolvimento da região, os produtores do Baixo São Francisco já planejam, inclusive, a transição para o cultivo agroecológico. “Duas coisas que acho que é preciso: dar continuidade a esse projeto do governo e valorizar a produção orgânica. Hoje temos um diferencial aqui na região de Propriá, que é a transição do arroz tradicional para o arroz agroecológico. Atualmente, produzo em torno de 17 mil quilos e, dentro de dois anos, produziremos o orgânico em quantidade ainda maior”, revela o agricultor Juvenal Soares da Silva. 

Além das sementes de arroz, o Governo de Sergipe já realizou a entrega de 180 toneladas de sementes de milho, sendo 150 toneladas de sementes certificadas e 30 toneladas de sementes crioulas; e está em vias de concluir a entrega de três milhões de raquetes de palma forrageira para alimentação animal a 872 produtores de 12 municípios da bacia leiteira (3.400 raquetes e três sacos de adubo por produtor) – a partir de um aporte de mais R$ 1 milhão. Ao todo, os investimentos em sementes de milho, arroz e palma chegam a quase R$ 2,6 milhões.

Sementes de palma forrageira para alimentação animal começam a chegar para criadores do Alto Sertão

Com investimento de mais R$ 1 milhão na bacia leiteira, Governo distribui raquetes de palma a 872 produtores de 12 municípios

Produtores rurais de diversos municípios sergipanos já começaram a receber sementes de palma forrageira, ao longo desta semana. A entrega começou por Poço Redondo e Canindé de São Francisco, na última quarta-feira, 25, seguindo para Porto da Folha e Monte Alegre. Os outros oito municípios que serão contemplados serão atendidos na sequência. Três milhões de raquetes de palma da variedade ‘Orelha de Elefante Mexicano’ foram adquiridas pelo Governo de Sergipe, para distribuição a 872 pequenos criadores do Alto Sertão. Cada um receberá 3.400 raquetes, exclusivas para o replantio, e três sacos de adubo. Para participar do programa, cada produtor deverá repassar metade da produção a outros criadores, após as plantas atingirem o tamanho de colheita, multiplicando o alcance, ao possibilitar que cinco vezes mais pessoas sejam beneficiadas.

“Uma raquete dessas pode ser multiplicada por dez, daqui a um ano e meio. Se um produtor tem 3.400 raquetes para plantar, ele vai colher 34.000, das quais 50% serão distribuídos para os demais agropecuaristas, para que a gente dissemine a variedade o mais rápido possível com os outros criadores”, explicou o engenheiro agrônomo Ary Bonfim, chefe do escritório regional da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe em Nossa Senhora da Glória. A Emdagro é quem executa o projeto, fruto de termo de cooperação técnica firmado entre as secretarias de Estado da Agricultura – Seagri e da Inclusão Social – Seit, que é quem destina o recurso na ordem de R$ 1 milhão, oriundo do Fundo Estadual de Combate à Pobreza. Considerando também as sementes de milho e de arroz adquiridas, a edição 2019 do Programa de Distribuição de Sementes envolveu o investimento de R$ 2.590.000,00 pelo governo de Sergipe.

No Assentamento Lagoa das Areias, em Poço Redondo, seu José Correia cria oito vacas de leite, carneiros, cabras e porcos. Seus animais, que na época de chuvas de inverno se alimentam de capim e forragem de milho, têm na palma forrageira a alternativa viável no verão, quando todas as outras espécies vegetais secam, exceto as cactáceas. No escritório da Emdagro do município, ele buscou as raquetes da nova variedade, muito maiores que as que já plantava em seu lote. “Me surpreendi com o que vi. Quero sempre tirar a semente delas, para não acabar mais. Aqui no Sertão a cultura da gente é essa, é a palma. A gente utiliza na forrageira, faz o farelo, corta na cocheira e o gado come. Então, para nós foi uma satisfação chegar esse projeto aqui, para depois abranger todos os nossos companheiros. Nós só podemos agradecer”, disse.

No povoado União, assentamento Barra da Onça, em Poço Redondo, Dona Maria da Graça Santos também considerou a nova palma melhor que a variedade que ela e o marido já plantavam no lote, para atender ao rebanho de vacas de leite e ovelhas. “A importância da palma é muito grande. É com ela que a gente cria os bichinhos. Quando chegar aquele verão, em que não tiver aquela trovoada de tempos atrás, se não tiver a palma para dar ao gado, nós não temos futuro. Temos que ir plantando, para não deixar faltar, para sempre ter para os bichinhos. E essas sementes chegaram em boa hora, foi uma benção essa palma chegar. A gente vai plantar e depois tirar semente”, contou.

A palma Orelha de Elefante Mexicana é resistente a estresse hídrico e à Cochonilha-do-carmim, praga capaz de devastar os palmais. Por essa razão, conforme explica Ary Bomfim, a Emdagro decidiu inserir essa variedade, como forma de divulgação, em todos os 12 municípios [Aquidabã, Canindé, Gararu, Itabi, Monte Alegre, Poço Redondo, Poço Verde, Porto Da Folha, Simão Dias, Tobias Barreto, nossa senhora da Glória e de Lourdes]. “O produtor vai receber 3.400 raquetes para plantio, no espaçamento de 80 por 50, e também receberão três sacos de adubo superfosfato simples, para facilitar e agilizar o processo de crescimento”, completou Ary. Ainda segundo ele, as sementes de palma vieram do município de Monteiro, na Paraíba, com qualidade sanitária, vegetativa e física avaliadas como “muito boas”.

|Fotos: Fernando Augusto 

Produtores rurais de Carira são recebidos na Seagri para debater projeto Dom Távora

Representantes de associações de trabalhadores rurais de Carira estiveram na secretaria de Estado da Agricultura na manhã desta segunda-feira, 29, para obter informações sobre a utilização de investimentos do Projeto Dom Távora

Acompanhados pelo deputado federal Fábio Mitidieri, pelo ex-prefeito Diogo Machado, por representantes do deputado João Daniel e pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do município, Daniel Tavares, eles foram recebidos pelo secretário de Estado da Agricultura, André Bomfim.

Carira é um dos 15 municípios da área de atuação do Projeto de Negócios Rurais para Pequenos Produtores – Dom Távora. No município, estão sendo implementados 28 projetos comunitários pelo Governo de Sergipe, por meio da Seagri, em parceria com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola – FIDA, para atender a 977 famílias. Segundo o coordenador geral do Dom Távora, Gismário Nobre, o valor aplicado em Carira é bastante significativo, totalizando R$ 7.827.441,91. “Os projetos de Carira estão bem adiantados. Cerca de 50% das associações já receberam a terceira parcela e caminham para prestação de contas final”, detalhou Gismário.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Cariria, Daniel Tavares, afirmou que o Dom Távora está fortalecendo as principais cadeias produtivas no município. “O projeto está ajudando atividades como ovinocultura, avicultura e bovinocultura leiteira e, o mais importante: está atendendo aquele que mais precisa, que é o pequeno produtor”, destacou.

Ainda segundo Daniel, a equipe técnica da Seagri tem auxiliado, inclusive na orientação relativas a atividades administrativas necessárias ao desenvolvimento do projeto. “Licitação e prestação de contas, por exemplo, eram duas coisas que as associações não sabiam como lidar. O nosso encontro hoje é para pegar informações sobre a possibilidade de liberação do recurso que sobrou nos projetos já concluídos, já que as associações economizaram na aplicação dos recursos. Achamos importante aplicar o que sobrou na comunidade”, explicou Daniel.

O Secretário André Bomfim colocou a equipe técnica do Dom Távora à disposição das associações para analisar cada caso. “Se não comprometer as normas de prestação de contas e o prazo de conclusão que acertamos com o FIDA, não tenha dúvidas de que iremos atender”, sinalizou o secretário.

Dom Távora leva fonte de renda e água para comunidades rurais de Simão Dias

Planos de negócios e poços perfurados somam um investimento de R$ 1,35 mil

Três propostas de associações agricultores familiares de Simão Dias ao Projeto de Negócios Rurais para Pequenos Produtores – Projeto Dom Távora esbarravam em dificuldades de acesso à água. A solução foi inserir, nos planos de trabalho, a estruturação de sistemas de abastecimento de água a partir de poços perfurados pelo governo de Sergipe. Com a água instalada e atendendo direta e indiretamente a mais de 300 famílias nos povoados Deserto, Cova da Negra, Rua do Fogo, Muriango, Apertado de Pedra e Cumbe, as comunidades passaram a adquirir de insumos, sementes e as matrizes dos animais, para implantar 190 negócios familiares.

O Dom Távora é um projeto do governo de Sergipe, executado através da Seagri/Emdagro, com recursos do Estado e do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA). Nele, além de técnicos do governo, atuam também consultores do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Em Simão Dias, um dos quatro consultores do Projeto é o engenheiro agrônomo Lucas de Oliveira, que destaca que o abastecimento pleno de água, além de complementar os negócios rurais que estão sendo implantados, contempla uma das Metas do Milênio da ONU. 

“As atividades financiadas pelo projeto são a ovinocultura, criação de aves, produção de hortaliças e confecção de roupas, mas como as comunidades não tinham acesso à água nas suas residências, isso veio servir tanto para dessedentação animal e irrigação, quanto para o uso doméstico. Vai atingir a meta do projeto agora, que é melhorar a renda da família através do financiamento das atividades produtivas, mas também vai disponibilizar acesso de água encanada nas residências de cada família associada e outros moradores. Significa fixação do homem no campo, melhoria de renda e segurança alimentar”, assinalou Lucas.

Os três poços foram perfurados pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe – Cohidro, subsidiária da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), a partir de recursos próprios na ordem de R$ 45.403,40. A instalação da rede de água contou com as máquinas da prefeitura de Simão Dias.

Atendido pelo projeto do Apertado de Pedra, Davi Matos (53) vai contar com a água fornecida em sua casa para implantar uma horta com sementes e sistema de irrigação subsidiados pelo Dom Távora. “Antigamente não tinha poço artesiano. A gente tinha que buscar água de jegue a 2 km e agora, com esse poço, vai ser a da cisterna que a gente usa para cozinhar, e essa para casa e a irrigação. No momento, trabalho com feijão, macaxeira e as frutas básicas da casa, mas com a irrigação, vai aumentar a renda e vai dar para fazer alguma coisa para vender na comunidade. Se der, vender na cidade também”, planeja. Nesse plano de negócio, o governo de Sergipe e o Fida investiram R$ 511.795,30 na compra de máquinas de costura, ovinos, aves, sementes, insumos e instalações, beneficiando 94 famílias.

Nascido e criado no povoado Rua do Fogo, o aposentado Antônio dos Santos (62) vive com a esposa, filha e neto. Já com água em casa, ele vai começar uma criação de aves, conforme o plano de negócios que inclui, ainda, ovinocultura e corte e costura, no valor total de R$ 405.614,76. “Na casa sem água era mais difícil, a gente ia buscar lá na serra ou no chafariz que tem ali em seu Vardo, pagando carroça ou trator, mas graças a Deus agora tem água na porta. O galinheiro já está feito, agora faltam as galinhas. Se tudo correr bem, eu vou comprar mais, para ver se vai continuando, dando lucro para gente é bom demais”. Ele assinala que agora aguarda chegar os comedouros, bebedouros, a ração e os pintos para começar a granja.

Rosilene Nascimento mora, há 29 anos, no povoado Cova da Negra e também vai participar do projeto com criação de galinhas. Na comunidade, com a água do Dom Távora foram beneficiadas, ao todo, 12 famílias. “Primeiro era uma dificuldade triste. Tinha que pegar num tanque, numa barragem na pista. Era na cabeça, na galinhota, onde desse para trazer a gente ia pegar, com muita dificuldade. Agora, graças a Deus, tendo essa água em casa, para nós mudou muito”. A agricultora acredita que o financiamento dos negócios rurais vá complementar a renda das famílias. “Hoje nós trabalhamos com a roça, mas vamos trabalhar também com as máquinas de costura e vender galinha, e futuramente trabalhar com ovelha também”. Em todos os planos de negócios, a mão de obra da instalação da rede de abastecimento de água foi dos próprios associados beneficiados.

Nascem 162 bezerros de alta linhagem resultantes de programa de inseminação artificial

Seagri e Banese têm meta de investir R$ 175 mil na inseminação de cerca de mil vacas na edição 2019

Do Programa de Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), realizado pelo governo de Sergipe em 2018, nasceram 162 bezerros, provenientes das vacas leiteiras inseminadas com sêmen de animais de alta linhagem das raças Holandesas, Girolando e Gir Leiteiro. Desenvolvido pela secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), em parceria com o Banese, o projeto tem o objetivo de beneficiar pequenos criadores de municípios da bacia leiteira sergipana, com a melhoria genética dos rebanhos, elevando a sua produtividade e, consequentemente, a sua capacidade de geração de renda para o homem do campo.

A inseminação artificial em tempo fixo é uma técnica que promove a sincronização da ovulação das fêmeas bovinas após a administração de medicamentos em dias pré-determinados. Desta forma, é possível sincronizar um lote de vacas paridas ou novilhas e inseminá-las todas no mesmo dia, sem a necessidade de observação de cio. A Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) acompanhou a inseminação de 475 animais, na última edição do programa.

Na ocasião, o Estado investiu R$ 75 mil no fomento à produção leiteira de 50 pequenos criadores de Nossa Senhora da Glória, Monte Alegre, Poço Redondo e Canindé de São Francisco. Com o sucesso dos resultados das inseminações feitas em 2018, este ano, o programa ampliou o seu alcance, conforme explica no veterinário Marcos Franco, técnico da Emdrago. “No final deste mês de julho, começaremos o processo de inseminação de 975 vacas, nos municípios de Canindé de São Francisco, Poço Redondo, Monte Alegre, Porto da Folha, Gararu, Frei Paulo, Tobias Barreto, Simão Dias, Carira, Poço Redondo e Aquidabã”, disse Marcos.

Segundo o secretário de Estado da Agricultura, André Bomfim, a ampliação foi possível devido à disponibilidade do Banese em aumentar o volume de recursos direcionados ao programa. “Encontramos disposição e boa vontade do Banese em ampliar os investimentos no IATF. O primeiro convênio abrangeu quatro municípios, agora são 11, com a inclusão também do Médio Sertão e demais municípios do Alto Sertão, ampliando o número e o critério de identificação dos beneficiários, para que pudessem participar criadores que tenham a partir de 05 vacas em lactação – não mais 10, como era antes”, explicou o secretário.

Bruno Santiago é gerente de Crédito de Desenvolvimento do Banese e conta que a decisão de ampliar o investimento no programa se deu após a constatação do sucesso da edição de 2018. “Agora o banco amplia o investimento para R$175.000,000, o que vai proporcionar o aumento do número de criadores atendidos e animais inseminados”, conta. Ainda de acordo com ele, para o banco, o investimento se justifica porque fomenta o desenvolvimento no campo, gerando renda nessas comunidades e ampliando a sua capacidade de fazer novos investimentos e se tornarem potenciais clientes dos produtos que o Banese oferece ao produtor rural. “É um investimento em longo prazo no produtor. A gente está apostando muito nesse convênio, porque fortalece a cadeia leiteira do estado”, completa Bruno Santiago.

Dentre os principais benefícios do IATF, além do aumento da produtividade dos animais, também é possível observar a redução da idade do abate, a melhora no controle, direcionamento e padronização do rebanho. Pecuarista no povoado Garrote do Emeliano, Poço Redondo, Luciano Alves recebeu vacinas para Leptospirose, o medicamento indutor de ovulação, as doses de sêmen e assistência do veterinário da Emdagro no procedimento de inseminação. “Achei importante, porque provavelmente os bois que doaram o sêmen são melhores que os que gente tem por aqui. A gente não tinha o conhecimento nem condição, porque o sêmen de um boi bom é mais de R$ 100, e também tinha que ter o curso para inseminar”.

Ainda segundo o criador, as bezerras nasceram diferenciadas em relação aos outros animais. “Nasceram quatro, das nove inseminadas. Eu não trabalhava com isso, mas já mudei os planos. Já penso em começar a trabalhar por conta própria”, disse Luciano, que já fez o curso de inseminação ministrado pela Emdagro. Do mesmo povoado, o criador Fábio Júnior conta que entre os seus animais, foram inseminadas dez vacas, das quais sete ficaram prenhas. “Hoje eu sou capacitado pela Emdagro, e também forneceram um botijão de semen, com o qual já tenho inseminado muitas vacas. Hoje eu já trabalho por conta própria. Se um dos meus animais entrar em cio, ou um animal dos meus vizinhos, eu já consigo inseminar sem a ajuda da Emdagro, que está sempre presente, nos incentivando”.

10ª Festa Amigos do Leite começa nesta quarta, em Santa Rosa do Ermírio

Programação terá leilão de vacas de alta lactação e exposição de resultados de Inseminação Artificial

Tem início nesta quarta-feira, 17, a décima edição da Grande Festa Amigos do Leite de Santa Rosa do Ermírio, povoado do município de Poço Redondo, no Alto Sertão sergipano. O evento será realizado até o dia 20 de julho, no Parque dos Cajueiros, e promete movimentar a economia da bacia leiteira com uma vasta programação, que inclui exposição e venda de animais. A secretaria de Estado da Agricultura do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) apresentará, no evento, os primeiros resultados do Programa de Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF).

De acordo com o representante da organização do evento, Odair José de Oliveira, o povoado está entre os maiores produtores de leite de Sergipe, com produção de mais de 100 mil litros de leite por dia. “Santa Rosa do Ermírio é a ‘terra do leite’, com maior produção por metro quadrado em Sergipe. A festa proporciona o aumento no número de negócios firmados no setor e a interação entre agricultores e produtores do Alto Sertão, com troca de conhecimentos na área de bovinocultura e caprinocultura, tecnologias para o campo e negociação de animais”, conta o organizador.

O secretário da Agricultura, André Bomfim, ressalta que o evento é de grande importância para o fomento da cadeia produtiva leiteira. “Por essa razão, através da Seagri e da Emdagro, o governo de Sergipe tem apoiado o evento todos os anos, disponibilizando assistência técnica e logística, mas este ano estamos com novidades. Vamos apresentar, na exposição, os primeiros resultados do Programa de Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), desenvolvido para fortalecer a produção de leite na região por meio do melhoramento genético”, informou.

Programação

A programação inclui o torneio leiteiro de caprinos e bovinos, concurso da rainha do leite, passeata dos tratores, clube da bezerra, exibição de filmes através do ‘Cine Senar’ e feira de agricultura familiar. Além disso, o evento também contará com a venda de 30 lotes de vacas de alta lactação no “Leilão Genética Amigos do Leite” e exposição ranqueada da raça com reconhecimento da maior associação de gado leiteiro do Brasil – a Associação Brasileira dos Criadores de Girolando. Expositores dos estados da Bahia, Alagoas, Pernambuco e Rio Grande do Norte também estarão presentes.

POÇO REDONDO | Festa Amigos do Leite chega à 10ª edição em Santa Rosa do Ermírio

Ponto alto da programação será o “Leilão Genética Amigos do Leite”, com a venda de vacas de alta lactação

O povoado Santa Rosa do Ermírio, no município de Poço Redondo, receberá a décima edição da “Festa Amigos do Leite”. O evento será realizado entre os dias 17 e 20 de julho, no Parque dos Cajueiros, com uma vasta programação, que inclui exposição e venda de animais. Os detalhes da festividade, que tem apoio da secretaria de Estado da Agricultura do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), foram discutidos esta semana.

O povoado está entre os maiores produtores de leite de Sergipe e, de acordo com o representante da organização do evento, professor Odair José de Oliveira, a região é responsável pela produção de mais de 100 mil litros de leite por dia. “Santa Rosa do Ermírio é a ‘terra do leite’, com maior produção por metro quadrado em Sergipe. A festividade também tem o objetivo impulsionar a economia local com a exposição de animais para venda”, explicou.

O secretário da Agricultura, André Bomfim, ressalta que o evento é de grande importância para o fomento da cadeia produtiva leiteira. “Através da Seagri e da Emdagro, o governo de Sergipe tem apoiado todos os anos o evento, disponibilizando assistência técnica e logística, mas este ano estamos com novidades. Vamos apresentar, na exposição, os primeiros resultados do Programa de Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), desenvolvido para fortalecer a produção de leite na região por meio do melhoramento genético”, informou.

Dentro do planejamento, Bomfim também reforçou a necessidade da promoção de melhorias estruturais do local da Exposição, o que acredita que pode ser viabilizado com parceiros. “Entre outros apoios, estamos discutindo um projeto de melhoria da infraestrutura do Parque dos Cajueiros, onde é realizada a Festa do Leite, e articulando com outros parceiros que venham a contribuir para o fortalecimento dessa importante realização”, concluiu o secretário.

Programação

A programação inclui o torneio leiteiro de caprinos e bovinos, concurso da rainha do leite, passeata dos tratores, clube da bezerra, exibição de filmes através do ‘Cine Senar’ e feira de agricultura familiar. O evento também contará com a venda de 30 lotes de vacas de alta lactação — “Leilão Genética Amigos do Leite”–, exposição ranqueada da raça com reconhecimento da maior associação de gado leiteiro do Brasil – a Associação Brasileira dos Criadores de Girolando. Expositores dos estados da Bahia, Alagoas, Pernambuco e Rio Grande do Norte também estarão presentes.

“A festa proporciona o crescimento de microempresas e agroindústrias voltadas para o setor, além de promover a interação entre agricultores e produtores do Alto Sertão, através da troca de conhecimentos na área de bovinocultura e caprinocultura, produção de queijo derivada de tecnologias para o campo e negociação de animais. Percebemos aumento no número de negócios firmados na exposição a cada ano”, completou Odair, representante da organização do evento.

Governo busca soluções para o controle natural da Mosca Negra na citricultura

A Mosca Negra dos Citros é um inseto de pequena dimensão, com alta taxa populacional e de fácil disseminação

Em busca de estratégias para combater a praga da ‘Mosca Negra’ nos campos da citricultura sergipana, a Secretaria de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural (Seagri) realizou uma reunião com o Sergipe Parque Tecnológico (SergipeTec) e com a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) para discutir a ativação da Unidade de Produção de Inimigos Naturais (Upin). A biofábrica foi adquirida pelo governo do Estado e deverá produzir insetos estéreis para fazer o controle biológico da praga, em escala comercial.

Segundo o secretário de Estado da Agricultura, André Bomfim, a utilização de inimigos naturais contribuirá com a defesa agroecológica e a diminuição do uso de agrotóxicos. “Nosso intuito é justamente fortalecer cada vez mais a citricultura no nosso Estado. Entendemos que, através da produção de inimigos naturais e do controle biológico, estaremos colocando Sergipe em uma produção mais sustentável e combateremos diretamente o problema da ‘Mosca Negra’ – uma praga que vem prejudicando muito os pomares de laranja sergipanos”, explicou André.

Na reunião, foram discutidas alternativas para colocar a Upin em funcionamento, a exemplo de possíveis parcerias com empresas privadas, como explica o diretor-presidente do SergipeTec, Brenno Barreto. “Faremos a atualização do Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica (EVTE) da Upin e iremos elaborar um Plano de Negócios para estudar a melhor forma de viabilizar o funcionamento da unidade. Após esses passos, discutiremos se o mais viável seria uma Parceria Público Privada (PPP) ou um Processo de Manifestação de Interesse (PMI) para empresas privadas interessadas no negócio”, disse o diretor-presidente.

Mercado em expansão

O presidente da Emdagro, Jefferson Feitoza, destacou que, de acordo com estatísticas de 2018 do Ministério da Economia, Indústria, Comércio Exterior e Serviços, o suco de laranja corresponde ao maior índice de exportações em Sergipe. “A exportação do suco da laranja equivale a 54% do total de produtos exportados no Estado. Essa Upin tem fundamental importância para a citricultura, principal atividade agrícola de Sergipe. Além de substituir o uso indiscriminado de agrotóxicos, a Upin trará benefícios, principalmente para a agricultura familiar – setor que mais emprega no estado”, reforçou o presidente.

Responsável pela coordenação do laboratório da Upin, o pesquisador da Emdagro, Marcelo Mendonça, ressaltou que a biofábrica já está completamente equipada com infraestrutura moderna, ocupando uma área de aproximadamente 600m², na qual foi investido cerca de R$ 1,5 milhão. “A Upin é um projeto feito tecnicamente pela Emdagro, com a visão de transferir a expertise para um negócio no meio tecnológico. É um mercado em forte expansão. A instalação de biofábricas para produção de insetos predadores ou microrganismos entomopatogênicos (fungos, vírus ou bactérias) é uma realidade no Brasil e expande-se sob a ótica da preservação do meio ambiente e da redução do uso de inseticidas químicos na agricultura”, destacou o pesquisador.

Mosca Negra

A Mosca Negra dos Citros é um inseto de pequena dimensão, com alta taxa populacional e de fácil disseminação. No seu processo de alimentação, essa praga inibe a frutificação, danifica as folhas novas em crescimento e inibe a brotação da planta, provocando perdas que variam de 20 a 80%. O controle biológico, através do uso de inimigos naturais, é realizado a partir da produção de machos estéreis da Mosca Negra, de forma que a cópula com as fêmeas não gerem ovos e, assim, não danifiquem os frutos atingidos pelo inseto.

Chuvas de junho trazem novas perspectivas para a safra de milho de 2019

A Cohidro registrou a produção de 2.480.000 espigas de milho verde só para o são João, nos perímetros irrigados administrados pela empresa

Estimativa de safra de milho para 2019, que era de 520.639 toneladas em Sergipe, cresceu para 724.500, segundo relatório do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, publicado pelo IBGE no início deste mês de junho. Significa uma evolução de 39,2% em relação às previsões de abril e supera em 350% a safra de 2018. A chegada das chuvas do período junino é a principal causa das novas perspectivas de safra, segundo testemunho dos agricultores do Alto Sertão sergipano e das instituições que lidam diretamente com os produtores. Eles relatam que, com a terra molhada, as sementes de milho doadas pelo governo de Sergipe no final de abril, estão sendo plantadas e servirão, em grande parte, para alimentação do rebanho leiteiro da região.

Informações da Sala de Situação de tempo e clima da Superintendência Especial de Recursos Hídricos e do Meio Ambiente (SERHMA) confirmam que as chuvas chegaram com atraso, e que há boas previsões para os próximos meses. “Essa ocorrência de chuvas deveria ter acontecido em maio. Mas o importante é que, neste mês de junho, teremos um bom índice de chuvas, prolongando-se até setembro, o que considero nova tendência no período”, relatou o meteorologista da SERHMA, Overland Amaral.

Em Nossa Senhora da Glória, a safra, que estava praticamente perdida, está conseguindo se recuperar. “Nosso agricultor é homem de muita fé, muitos plantaram antes de as chuvas chegarem. Hoje, graças a Deus, podemos dizer que, se continuar chovendo até fim de junho e início de julho, 90% da lavoura que foi plantada está garantida”, disse o secretário da Agricultura do município, Djalci Aragão. Ainda segundo o gestor, em Glória, como em todo sertão sergipano, 80% do milho plantado vira forragem e volumoso (silagem) para alimentação do gado, estando muito relacionado com a bacia leiteira do Alto Sertão, que é a maior do estado. “Os agricultores guardam só 20% dos grãos para criação de galinha e para o próprio consumo da família. Essa é a realidade do Alto Sertão. Já para o lado de Carira, Frei Paulo e Pinhão, o milho plantado é para a venda do grão”, acrescentou Djalci. 

No município de Monte Alegre, o secretário da Agricultura, Haroldo José, confirma que o plantio feito no início do ano foi perdido. “Quem plantou nas primeiras chuvas do ano teve perda de 100%. Outras plantações feitas de uns trinta dias para cá apresentaram algumas perdas, porque o grão não germinou. Mas os que cresceram foram recuperados com as chuvas de junho. Já as sementes doadas pelo governo do Estado, os agricultores estão plantando agora, estão elogiando, pois está germinando bem nesse inverno de São João. Para garantirmos o resultado bom dessa produção nova precisamos ter chuva pelos próximos dois meses, mas estamos confiantes”, pontuou Haroldo.

Segundo o secretário de Estado da Agricultura, André Bomfim, o milho verde vendido nos festejos, normalmente usado para o preparo de comidas típicas, é originado nos perímetros irrigados. E nas regiões de sequeiro, este cultivo tem outras finalidades. “As 180 toneladas de sementes de milho que o Governo entregou, em grande parte para as regiões do sertão e agreste, tem sua produção voltada para a alimentação dos animais, venda do grão e consumo da própria família. Esse milho verde que assistimos chegar fartamente no Ceasa e nas feiras livres vem mais fortemente dos plantios irrigados, visto que as chuvas chegaram só agora no mês de junho”, disse o secretário.

A Cohidro registrou a produção de 2.480.000 espigas de milho verde só para o são João, nos perímetros irrigados administrados pela empresa. 

Distribuição de sementes

Segundo a Emdagro, o programa de distribuição de sementes, este ano, beneficiou 18 mil famílias de agricultores familiares em situação de vulnerabilidade social e econômica com inscrição no NIS (Número de Inscrição Social). Cada família de agricultor recebeu 10 kg de sementes. Foram contemplados, prioritariamente, os 22 municípios que aderiram ao Programa Garantia Safra, do Governo Federal, situados entre o semiárido e o sertão ocidental. A aquisição representa um investimento de cerca de R$ 900.000,00, fruto de convênio firmado entre a Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) e a Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência Social e do Trabalho (Seit), com execução da Emdagro.

A iniciativa beneficiou agricultores dos municípios de Aquidabã, Canindé de São Francisco, Feira Nova, Frei Paulo, Gararu, Gracho Cardoso, Itabi, Monte Alegre de Sergipe, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora de Lourdes, Pedra Mole, Poço Verde, Porto da Folha, Ribeirópolis, São Miguel do Aleixo, Simão Dias, Tobias Barreto, Lagarto, Pinhão e Poço Redondo.

“Aqui no povoado, faz mais de trinta dias que tínhamos recebido a semente do governo e não conseguíamos plantar porque não tinha chuva. Essa semana a chuva chegou e, quem tinha a terra pront,a adiantou o plantio. Estamos rezando para continuar chovendo, porque se não tiver uma boa roça de milho, não dá pra manter a criação”, disse Maria Nilda Menezes, presidente da Associação dos Produtores dos Povoados Riachão e Pedra Branca, no município de Nossa Senhora da Glória. Ela conta que está plantando três tarefas de milho para o consumo de seis gados de leite e galinhas. “Tiro trinta litros de leite por dia, vendo a R$ 1,10 cada litro e tiro o dinheiro da feira da semana e do complemento da ração para os animais”, detalhou a agricultora.  

“Todos os anos a gente recebe a semente do governo que é muito boa, é um milho ligeiro pra nascer e saudável. Tanto serve para alimentação dos animais como também para fazer um cuscuz ou outra comida para o consumo da família. Só aqui na comunidade Riachão são 44 produtores que receberam as sementes e  ninguém reclamou da qualidade”, testemunhou o agricultor José Albino de Menezes, também de Glória.

Agricultor do Assentamento Pioneira, no município de Poço Redondo, Erivaldo Luiz da Silva fala de sua expectativa de produção para safra de milho 2019. “A gente já tinha recebido a sementes do governo desde maio, mas as chuvas só caíram agora em junho, então logo que na terra molhou começamos o plantio do milho. Estou plantando cinco tarefas e tenho a esperança de colher 42 sacos, igual há dois anos atrás, quando a chuva veio boa”, concluiu o assentado, esperançoso.

Governo

Última atualização: 27 de junho de 2019 14:26.

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