Informação foi divulgada nessa quarta-feira, 15, pelo governador Fábio Mitidieri, por meio das redes sociais
A convocação dos candidatos aprovados no concurso da Empresa de Desenvolvimento Agrário de Sergipe (Emdagro) será realizada no mês de dezembro. A informação foi divulgada nessa quarta-feira, 15, pelo governador Fábio Mitidieri, por meio das redes sociais. O certame envolve 55 vagas para os cargos de técnico agrícola, engenheiro agrônomo e médico veterinário.
A chegada dos novos servidores visa reforçar as atividades de fortalecimento da agricultura familiar e apoio ao agronegócio, além da promoção do desenvolvimento rural sustentável.
Os candidato aprovados atuarão na assistência técnica, extensão rural, defesa vegetal e animal, regularização fundiária, entre outras atividades.
A data exata da convocação e o quantitativo de candidatos a serem convocados deverão ser divulgados em breve por meio das redes sociais e site do Governo de Sergipe.
Sobre o concurso
O concurso da Emdagro foi homologado no último mês de setembro. A relação de candidatos aprovados foi divulgada no Diário Oficial do Estado.
As provas foram realizadas em abril e o certame registrou 3.330 inscritos. As 55 vagas foram divididas entre 35 para técnico agrícola, 10 para engenheiro agrônomo e 10 para médico veterinário, com carga horária de 40 horas semanais.
Durante o ano, empresa realizou serviços coletivos e individuais para favorecer a produção dos lotes irrigados
Com máquina e investimento próprios, a Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) acaba de concluir a ampliação da estrada de acesso a 12 lotes produtivos do Assentamento Marcelo Déda, em Malhador. A área é atendida com a irrigação do Perímetro Irrigado Jacarecica II, do Governo de Sergipe, e agora ficou mais fácil dos agricultores se deslocarem da agrovila até as áreas de produção agrícola, transportar insumos, máquinas e escolar a produção.
Vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), a Coderse administra o Jacarecica II, no fornecimento de água de irrigação e assistência técnica agrícola. Atende 344 lotes produtivos situados nos municípios de Riachuelo, Malhador e Areia Branca. Nele, são beneficiadas diretamente 2.965 pessoas que tiram o sustento familiar da atividade agrícola. De Janeiro a setembro, esses lotes produziram 6,2 mil toneladas de alimentos.
O diretor de Irrigação da Coderse, Júlio Leite; o coordenador Operacional da Dirir, Roberto Marques; e o gerente do Jacarecica II, Jairson Cardoso, visitaram a etapa de execução da obra. “São só cerca de um quilômetro de estrada, mas pela topografia acidentada e vegetação que cresceu às margens da via, era difícil para o produtor, com veículo ou trator, ir até o lote para realizar o preparo da terra ou plantio, o manejo e a colheita. Tivemos a preocupação de melhorar esse acesso para que os lotes sejam melhor aproveitados a partir nossa irrigação”, destacou o diretor Júlio.
Produtor irrigante do Marcelo Déda, José Roberto disse que a estrada recuperada vai favorecer a produção. Cessando uma dificuldade que o produtor tinha para, principalmente, escoar as safras da irrigação. “Nós agradecemos primeiramente a Deus e na verdade, não tem nem como pagar a Coderse, só tenho a agradecer. Era um sofrimento aqui. Há 4 ou 5 anos nessa vida aqui, carregando caixa na cabeça com maracujá, banana, tudo”, recordou.
“Do mês de julho a outubro, além da estrada do Marcelo Déda, teve a abertura de drenos e a limpeza de lotes e abertura de tanques. Atendendo também aos assentamentos Mário Lago, Santa Maria e Colônia Penha, em Riachuelo”, acrescentou o coordenador operacional Roberto Marques.
Seu Luiz também é irrigante do Marcelo Déda e, da mesma forma, não gosta de lembrar de quando não tinha o acesso ao lote facilitado pela nova estrada. “É rapaz, eu mesmo tenho 4 anos que sofri aqui carregando, já estou com o pescoço torto. Aqui a gente não tinha acesso para trabalhar e é de hoje que a gente luta, corria para um lado, corria para o outro e não conseguia. Hoje, nós temos esse objetivo aqui, Com fé em Deus, vamos andar mais para a frente”.
O objetivo é recolher informações que servirão para a elaboração de políticas públicas, para os setores aquícola e pesqueiro do Estado
São Cristóvão será o segundo município de Sergipe a realizar o Censo Estadual da Aquicultura e Pesca. A atividade, realizada pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), tem como objetivo recolher informações, que servirão para a elaboração de políticas públicas, para os setores aquícola e pesqueiro do estado. O lançamento oficial aconteceu na manhã desta segunda-feira, 13, na Secretaria Municipal do Desenvolvimento Econômico e do Trabalho, de São Cristóvão, e contou com a presença da superintendente da Seagri, Ana Patrícia Guimarães.
A ação estadual foi iniciada em Nossa Senhora do Socorro e conta com a parceria das prefeituras municipais, Associação dos Criadores de Camarão do Estado de Sergipe (Aces), Instituto Federal de Sergipe (IFS) e Universidade Federal de Sergipe (UFS). “A secretaria está buscando fazer o levantamento dos dados da aquicultura em Sergipe, para que a gente busque políticas públicas e consiga tornar o estado ainda mais atrativo para esse setor. No caso de São Cristóvão, que é o terceiro maior produtor de camarão, precisamos desse levantamento detalhado dos dados, que será muito importante tanto pro produtor quanto para o estado, que pode conseguir atrair indústrias de beneficiamento, atrair grandes fábricas de ração e trazer melhorias para o próprio setor”, destacou a superintendente da Seagri. “Feito esse levantamento, vamos aplicar políticas públicas diretas, sociais, do ponto de vista de saúde pública e de comercialização do produto”, pontuou Ana Patrícia.
Para o prefeito de São Cristóvão, Marcos Santana, a realização do censo será de grande importância para o município. “Nossa atividade aqui tem uma característica diferente de outros locais, que é a predominância de pequenos produtores, não temos produção em grande escala e sim essa característica de agricultura familiar. Então vem essa atividade que será muito importante para planejarmos todo o setor, em parceria com o Governo do Estado e com a UFS”, disse ao agradecer à administração estadual e à universidade. “Isso tem sido fundamental para nós, pois temos nossas limitações, não só financeiras, mas também de conhecimento, de como conduzir essas ações e com o resultado do censo, vamos poder planejar melhor e verificar nossas lacunas, a partir de dados concretos que vão servir para planejarmos ações para incentivar ainda mais a atividade de carcinicultura no município”, afirmou antes de fazer a entrega dos kits com formulário, camisa e GPS à equipe que vai trabalhar na coleta de dados.
Mapeamento de informações
De acordo com o secretário municipal do Desenvolvimento Econômico e do Trabalho de São Cristóvão, Josenito Oliveira, a realização do censo vai mapear de forma real, a quantidade de carcinicultores que existe no município, que atualmente ocupa o posto de terceiro maior produtor de camarão do estado de Sergipe. “Produzimos em torno de 600 mil quilos, ou seja, 600 toneladas de camarão ao ano, segundo dados do IBGE, e isso envolve em torno de mais de R$10 milhões, então vamos conhecer os dados reais dessa produção, para onde ela está indo, quantas pessoas são empregadas. Então é uma cadeia muito importante para o nosso município e como resultado desse censo vai propiciar que a gente desenvolva políticas públicas para fortalecer esse setor “, destacou ao observar que foi dado o start hoje e em quatro meses espera ter o resultado dessa coleta de dados.
Presente na solenidade, a professora do Departamento de Engenharia de Pesca e Aquicultura da Universidade Federal de Sergipe, Ana Rosa da Rocha Araújo, destacou a parceria com o Governo do Estado e a prefeitura de São Cristóvão, que abriu as portas para que os alunos da instituição federal pudessem realizar seus estágios obrigatórios. “Temos feito bastante projetos com relação ao monitoramento da produção pesqueira do município de São Cristóvão, estamos desenvolvendo isso junto com as pescadoras, avaliando se essa produção que as mulheres pescam aqui, principalmente ostra e sururu, estão livres de contaminação por metais pesados, não podemos ser irresponsáveis de colocar no mercado sem ter essa avaliação. A gente está consciente de que é um produto bom, mas precisamos sempre estar atentos para que a gente possa trabalhar com mais segurança na alimentação”, enfatizou a professora.
Para o produtor rural Sandro Monteiro, que há 20 anos está na atividade e foi um dos fundadores da carcinicultura em Sergipe, o Governo do Estado está de parabéns. “Fui presidente, por 12 anos, da Associação Estadual, ainda faço parte do conselho, então eu vejo o censo hoje com mais um grande marco do estado de Sergipe, que mais uma vez sai na frente na questão da atividade de carcinicultura. Sergipe foi um dos primeiros estados da federação a licenciar, somos um dos primeiros a introduzir o camarão na merenda escolar e, agora, estar aqui levantando esse censo que, com certeza, vai mostrar o potencial que o estado vem tendo dentro dessa atividade, não só em cada município, mas no cenário nacional”, comemorou.
Início do censo em São Criststóvão – Foto: Vieira NetoPesquisadores da prefeitura de São Cristóvão – Foto: Vieira NetoFoto: Vieira NetoFoto: Vieira NetoFoto: Vieira NetoPrefeito de São Cristóvão, Marcos Santana – Foto: Vieira NetoSandro Monteiro, produtor rural – Foto: Vieira NetoAna Rosa, professora UFS – Foto: Vieira NetoJosenito Oliveira, Secretário municipal São Cristóvão – Foto: Vieira NetoAna Patrícia Guimarães, superintendente SEAGRI – Foto: Vieira Neto
Participaram da ação 65 pessoas, entre produtores de leite e técnicos extensionistas dos municípios de Glória, Boquim, Lagarto, Itabaiana, Carira, Porto da Folha, Canindé do São Francisco, Propriá, Japaratuba, Riachão do Dantas, Nossa Senhora de Lourdes e Neópolis
Produtores rurais sergipanos vivenciaram um dia produtivo na quarta-feira, 8, em visita à Fazenda Encanto, no município de Nossa Senhora da Glória, no alto sertão de Sergipe. O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), realizou um dia de campo para demonstração das boas práticas de produção de leite no estado.
A iniciativa teve como finalidade oportunizar uma vivência in loco em uma fazenda modelo, com instalações que priorizam o conforto animal, as boas práticas de produção, a produção e conservação de forragem e a nutrição adequada para as diferentes fases do processo produtivo. Participaram da ação 65 pessoas, entre produtores de leite e técnicos extensionistas dos municípios de Glória, Boquim, Lagarto, Itabaiana, Carira, Porto da Folha, Canindé do São Francisco, Propriá, Japaratuba, Riachão do Dantas, Nossa Senhora de Lourdes e Neópolis.
Divididos em grupos de 15 pessoas, os participantes visitaram estações temáticas, nas quais foram abordados assuntos relacionados ao tema. O Compost Barn é um conceito novo de instalação que propicia mais confort, bem-estar e melhores condições de saúde aos animais.
Cuidados e práticas no manejo de animais recém-nascidos, a exploração de tecnologias relacionadas ao cuidado com os bezerros, a produção de silagem e a nutrição adequada para otimizar a produção de leite foram algumas das informações apresentadas por técnicos da Emdagro e funcionários da fazenda. “Por último, vimos a demonstração de boas práticas na ordenha e manipulação do leite, por meio da qual tratamos sobre a sanidade animal e os cuidados necessários, com uma higienização correta e refrigeração adequada, para garantir que o leite e seus derivados cheguem à mesa do consumidor com qualidade”, observou a médica veterinária Izildinha Dantas, coordenadora de Pecuária da Emdagro.
De acordo com o diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural da Emdagro, Jean Carlos Nascimento, a missão foi dada pela Secretaria da Agricultura para que a Emdagro proporcionasse esse dia de campo em diferentes tipos de propriedades em relação à pecuária de leite. “Hoje estamos dando esse pontapé inicial, aqui em Glória, onde os pequenos produtores tiveram contato com uma realidade na maioria das vezes diferente da que vivenciam diariamente, mas que podem agregar conhecimento em suas propriedades. O objetivo da Emdagro é este: levar conhecimento e proporcionar esse intercâmbio para os pequenos pecuaristas, para que possam aprender cada vez mais e aumentem sua produção”, afirmou.
Para o secretário de Agricultura, Pecuária, Pesca e Meio Ambiente do município de Japaratuba, Ricardo Sobral, que esteve prestigiando o evento, o dia de campo proporcionado pelo Governo do Estado foi muito importante para os produtores da região. “Nós somos do Vale do Cotinguiba e fomos convidados para ver essa tecnologia que já existe no alto sertão. Daqui a gente vai levar algumas experiências para aplicar com os pequenos agricultores do nosso município, da nossa bacia leiteira, que produz em menor escala, mas a cada dia que passa a gente vai desenvolvendo com o que aprendemos, com essas novas tecnologias”, disse.
Aprendizado in loco
O produtor rural e engenheiro agrônomo José Rafael Silva Santos, de Riachão do Dantas, ficou bastante satisfeito com a oportunidade de participar da atividade. “Tivemos um dia bastante produtivo. Aprendemos um pouco sobre cada etapa do processo de produção do leite e pudemos observar o que estamos fazendo diferente em nossas localidades, para melhorarmos, na medida do possível”, considerou.
O produtor rural Daniel Rocha atua na área há cerca de 30 anos e contou que foi gratificante ver uma realidade diferente da sua, a qual ele considera como sonho a ser alcançado no futuro. “Foi importante ver toda essa estrutura, com alimentação adequada, uma boa sombra para os animais e um resfriamento correto, tudo que é necessário para uma boa produção leiteira”, afirmou o produtor de Nossa Senhora de Lourdes.
O título de terra é um documento que garante ao agricultor segurança jurídica e uma série de benefícios sociais para o titular do lote e seus herdeiros
Nos últimos dez meses, o Governo de Sergipe alcançou expressivo resultado com o Programa de Regularização Fundiária para agricultores familiares. De janeiro a outubro, foram emitidos 1.004 títulos definitivos de terras para famílias de assentados que aguardavam há décadas pelo documento ou mesmo para famílias que compraram terreno mas não tinham condições financeiras de ter acesso à escritura. O resultado de mais de mil títulos entregues foi alcançado durante a solenidade de realização da 14ª edição do Governo Itinerante ‘Sergipe é aqui’, no município de Campo do Brito, na sexta-feira, 27. A ação de regularização fundiária é realizada pelo Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), por intermédio da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro).
Gilvan dos Santos recebeu o título definitivo da terra dele e do pai, Percílio Custódio dos Santos, de 80 anos, que devido a problemas de saúde não pôde estar presente e foi representado pelo filho. Muito feliz por ter conseguido o documento sem precisar gastar nada com isso, o agricultor agradeceu ao governador Fábio Mitidieri pela conquista. “Muito obrigado ao governador e ao pessoal da Emdagro, porque agora tenho esse documento em minhas mãos e vai facilitar muito a vida da gente. Agradeço de coração e digo a vocês que a minha porta está aberta para atender cada um de vocês que chegar lá em minha propriedade”, disse Gilvan dos Santos, que mora com a família no povoado Pedra da Serra, em Campo do Brito.
De posse do título definitivo da terra, o produtor rural consegue solicitar sua aposentadoria, tem acesso mais fácil a empréstimo bancário, entre outros benefícios. José Carlos Frutuoso, 61, também recebeu seu título de terra, que vinha sendo aguardado há muito tempo. “Moro com minha esposa e um filho especial, no povoado Garangau, e agora estou satisfeito por ter recebido o documento de minha propriedade, onde planto mandioca, banana, coco e manga, entre outras coisas que garantem meu sustento e de minha família”, comemorou.
O secretário de Estado da Agricultura, Zeca Ramos da Silva, disse que esse resultado é uma demonstração do compromisso do governo com o Programa de Regularização Fundiária, e parabenizou as equipes da Seagri e suas empresas vinculadas Emdagro, Coderse e Pronese. “O governador Fábio Mitidieri entregou 28 títulos definitivos de posse a agricultores da região agreste, completando mais de mil títulos entregues. Não se trata apenas uma escritura, é um documento de propriedade que garante ao agricultor segurança jurídica e uma série de benefícios sociais para o titular do lote e seus herdeiros”, pontuou.
Zeca da Silva fez questão de parabenizar toda a sua equipe pelo trabalho conjunto e os resultados apresentados durante os primeiros dez meses da administração do governador Fábio Mitidieri. “Tudo isso foi possível graças ao empenho dos funcionários da Seagri e suas coligadas, Emdagro e Coderse. Estamos dando celeridade e nosso intuito é bater o recorde de entrega de títulos de posse aos donos de terra até o final desta gestão do governador Fábio Mitidieri. Nossa meta é beneficiar oito mil famílias de trabalhadores rurais em Sergipe com esse documento”, afirmou.
Ainda de acordo com a secretário, a política de desenvolvimento agrário foi uma das que mais avançaram e está presente como prioridade no Programa Desenvolve Sergipe, previsto para os próximos quatro anos e que representa mais de R$ 8 milhões em investimento.
Para o presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos, a empresa tem cumprido seu serviço muito bem. “Nós temos os técnicos que são capacitados e temos avançado significativamente para que Sergipe continue no rumo certo”. Ele confirmou a importância do título de terra para o produtor. O documento de propriedade comprova, junto ao INSS, que ele é trabalhador rural, portanto, fazendo jus a aposentadoria, licença maternidade e a outros benefícios previdenciários, além de facilitar o acesso às políticas públicas dos governos federal e estadual.
O diretor de Ação Fundiária da Emdagro, Marcelo Silva dos Santos, disse que a gestão do governo Fábio Mitidieri não para. Ele destacou outras ações que a equipe de ação fundiária realiza. “Até o momento, já realizamos oito mutirões de levantamento da documentação dos agricultores, com 328 atualizações cadastrais e regularização fundiária. Também foram elaborados 189 projetos, o que representa mais de R$ 4 milhões em projetos produtivos a serem acessados pelos produtores da agricultura familiar. Além de R$ 280 mil a serem acessados pelos produtores rurais do programa Garantia Safra. A entrega de títulos como meta de governo não para e vai trazer mais resultados”, garante o diretor.
Durante a 14ª edição do ‘Sergipe é aqui’, a Seagri entregou 28 títulos de terra para agricultores
Durante a realização da 14ª edição do ‘Sergipe é aqui’, nesta sexta-feira, 27, no município de Campo do Brito, dois destaques se diferenciaram em relação às últimas edições do governo Itinerante: a entrega do projeto para construção de uma casa de beneficiamento de mel, que vai atender a comunidade do povoado Garangau, por meio da Associação Britense de Apicultores; e a entrega de 28 títulos de terra para agricultores familiares. Além disso, a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e suas empresas vinculadas, Emdagro e Coderse, ofereceram outros serviços prestados.
Para o diretor-presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos, é muito gratificante poder ir até Campo do Brito e levar benefícios para os agricultores familiares da região. “São 28 pequenos produtores que passarão, a partir de agora, a ter segurança jurídica e a valorização de sua terra, a ter mais dignidade. Além disso, fizemos a entrega de CAFS (Cadastro Nacional da Agricultura Familiar), do certificado de vacinação contra a brucelose e entregamos hoje também o projeto de uma casa para beneficiamento de mel, com todas as informações técnicas, atendendo a um pedido de produtores da região”, destacou.
Delso dos Orgânicos, como é mais conhecido o presidente da Associação de Apicultores de Campo do Brito, ficou muito agradecido ao receber a planta da Casa de Mel, que será erguida no povoado Garangau, para o beneficiamento do produto. “Sou produtor orgânico há muito tempo e nos últimos quatro anos também passei a produzir mel, de forma artesanal. Hoje represento a associação de apicultores, com 16 famílias cadastradas e comemoramos esse pontapé inicial, para que tenhamos um produto certificado e em condições adequadas para ser comercializado”, comemorou. O projeto da Casa de Mel foi elaborado pela Emdagro, seguindo os padrões exigidos pelo Ministério da Agricultura.
Mudas frutíferas e certificados de vacinação
Como em todos os municípios onde já foi realizado o programa ‘Sergipe é aqui’, a Emdagro distribuiu também em Campo do Brito algumas mudas de árvores frutíferas. Para esta edição, o órgão distribuiu 54 unidades a agricultores e comunidade local. A agricultora Cristina Santos Almeida foi uma delas e não escondeu sua satisfação em ter recebido uma muda de jaca. “É muito gratificante poder plantar, ver crescer e colher, então passei aqui no estande da Agricultura e peguei uma mudinha de fruta, que vou plantar na minha propriedade. Já soube que a muda é de qualidade”, destacou a agricultora.
Já o criador Leôncio Araújo Santana, da comunidade Tapera da Serra, em Campo do Brito, se dirigiu ao estande para receber o atestado de vacinação dos seus animais, contra a brucelose. “Esta semana a equipe da Emdagro esteve em minha propriedade para vacinar quatro novilhas minhas e hoje vim buscar o atestado de vacinação. Estou muito feliz e mais despreocupado, porque agora sei que os animais estão protegidos contra essa doença que mata”, falou.
Ações da Coderse
A Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) também ofereceu seus serviços à população de Campo do Brito, onde tem uma gama de serviços prestados em perfuração, instalação e recuperação de poços. Já o abastecimento humano da área urbana depende da barragem da Ribeira, que também é ponto turístico do município.
Administrado pela companhia estadual, o reservatório recebeu obras de limpeza e desassoreamento para ampliar sua capacidade de armazenamento de água. A barragem foi construída para atender o Perímetro Irrigado Poção da Ribeira, em Itabaiana, e desde 1987 a Coderse atende 466 lotes agrícolas, com água de irrigação e assistência técnica para a produção de hortaliças, beneficiando diretamente mais de 4.660 pessoas.
Coderse atende 373 lotes em Canindé. Produção irrigada beneficia diretamente quase duas mil pessoas
Cultivado no semiárido de Canindé de São Francisco, no alto sertão sergipano, a produção de tomate no Perímetro Irrigado Califórnia totalizou 294,5 toneladas nos nove primeiros meses de 2023, o que representa um aumento de 84% em relação ao mesmo período do ano passado. Os agricultores que cultivam no local têm irrigação e assistência técnica fornecidas pelo Governo do Estado e, a cada ano, investem mais na produção.
Em 2023, esses irrigantes estão adotando novas tecnologias de irrigação e variedades mais adaptadas ao clima para aumentar a produtividade e valor de mercado. No comparativo, o valor desta colheita é 53,7% maior (R$ 744.128,96), acompanhando a área colhida de 6,65 hectares, que dobrou. Contudo, pela soma das áreas plantadas com o fruto em outubro (15 hectares), a estimativa é que a produção total deste ano se distancie ainda mais do resultado anterior, que chegou a 344,4 toneladas em 2022.
Segundo o técnico agrícola do Califórnia, Flamarion Déda, a equipe do perímetro orienta o cultivo de tomates híbridos pela sua adaptabilidade ao solo, ao clima, tolerância e resistência a pragas e doenças. “São altamente produtivos, com frutos que têm uniformidade, variando entre 180 e 220 gramas, podendo chegar até a 400 gramas por unidade. Os produtores já chegaram a colher 47 toneladas por hectar desse tomate, com uma irrigação por gotejamento, que minimiza o uso da água e diminui a incidência de pragas”, explicou.
Emprego e renda
De Ribeirópolis, Fábio Menezes produz tomate no Califórnia com irrigação fornecida pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri). “A gente decidiu vir aqui para Canindé devido aos custos de produção. Aqui tem água com abundância. Estamos na produção de tomate e também gerando emprego e renda”, contou o produtor.
Produção
Os técnicos agrícolas da Coderse que atendem o perímetro irrigado registraram, de janeiro a setembro de 2022, a colheita de 160,1 toneladas de tomate em uma área de 3,33 hectares e produção que teve o valor estimado em R$ 484.147,20. Já os mesmos resultados registrados neste ano foram 294,5 toneladas (+84%), 6,65 hectares (+100%) e R$ 744.128,96 (+53,7%), respectivamente.
“Investimos na regularidade do serviço de abastecimento de água no perímetro Califórnia, fazendo manutenção, recuperação de bombas, motores e tubulações com a meta de diminuir as interrupções no fornecimento, no menor tempo possível. Também distribuímos mangueiras de irrigação que fazem o produtor consumir menos água, uniformizando a distribuição em todo sistema”, explicou o diretor de Irrigação da Coderse, Júlio Leite.
Mais investimento
Ao investir em novas variedades de tomate, o produtor tem resultados na qualidade e no valor de mercado. Flamarion Déda conta que no lote irrigado do produtor irrigante Genilson Cunha, está sendo experimentada uma variedade que já demonstra suportar as altas temperaturas de Canindé, mantendo uma produtividade de 12 toneladas a cada mil pés plantados.
“Aqui está um híbrido que tem um tempo de prateleira muito bom, o que faz com que os produtores optem por esse tipo de tomate, para ser comercializado sem que haja dano e mantendo a qualidade do fruto com os padrões iniciais”, complementou Flamarion Déda.
Segundo o irrigante Genilson Cunha, a produção tem sido bem-sucedida, pois a irrigação e a assistência técnica da Coderse diminuem custos. “O custo aqui é menor. Tem muita água. Na mão de obra, é mais fácil de cuidar aqui. Não tem pragas”, avalia o produtor, que está colhendo um hectare de tomate.
Programa inovador visa não apenas promover a agricultura sustentável, mas também oferecer terapia e melhorias na qualidade de vida dos assistidos
Na manhã desta quinta-feira, 26, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Aracaju (Apae Aracaju) uniram esforços para lançar o Programa Cultivando Hortas. No entendimento das instituições parceiras, o programa visa não apenas promover a agricultura sustentável, mas também oferecer terapia e melhorias na qualidade de vida dos assistidos pela instituição.
O evento de lançamento contou com a presença do diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural da Emdagro, Jean Carlos Nascimento, acompanhado pela equipe de agroecologia, composta por Abeaci dos Santos, Tabita Evangelista e a engenheira agrônoma Laila Gabriela. O local escolhido para o evento foi a Apae Aracaju, onde alunos assistidos pela instituição tiveram a oportunidade de se envolver diretamente na iniciativa.
A Emdagro apresentou, de forma sucinta, os objetivos do Programa Cultivando Hortas e destacou as ações já desenvolvidas em todo o estado. Em seguida, alunos e membros da equipe da Emdagro juntaram-se para o plantio das primeiras mudas e sementes de hortaliças e plantas medicinais. O uso de bombonas e potes reciclados, sustentados por pellets (biocombustíveis sólidos), é um exemplo notável de práticas sustentáveis incorporadas ao programa.
Para a Emdagro, o Programa Cultivando Hortas é muito mais do que apenas plantar hortaliças. Ele tem como propósito promover benefícios ambientais, incentivar a coletividade, melhorar a qualidade alimentar e nutricional, desenvolver atividades socioeducativas e aprimorar a qualidade ambiental e paisagística de espaços públicos.
“É muito gratificante virmos aqui promover uma ação tão importante como essa. E isso não poderia ser possível sem a iniciativa da Apae de Aracaju em nos procurar interessada em desenvolver o programa em sua unidade. Nosso compromisso não é apenas chegar aqui e falar do programa Cultivando Hortas e deixar aqui algumas mudas e irmos embora. Nosso compromisso é trazer conhecimentos técnicos, ofertar os insumos para a realização do programa, como sementes e mudas de hortaliças e, sobretudo, manter o acompanhamento do trabalho realizado”, comentou o Diretor Técnico da Emdagro, Jean Carlos Nascimento.
A assessora do Programa Cultivando Hortas da Emagro, Abeaci dos Santos, enfatizou a abordagem agroecológica do programa, ressaltando a importância de requalificar ambientes, incluir a educação ambiental nas instituições e oferecer capacitação para a gestão agroecológica das hortas. Além disso, o programa visa resgatar e valorizar os saberes populares, fortalecendo a conexão com a agricultura tradicional.
O programa atua em estreita colaboração com equipes locais para elaborar planos de gestão adaptados às características específicas de cada localidade, seguindo metodologias participativas. Suas modalidades incluem hortas institucionais, hortas escolares e hortas comunitárias, demonstrando uma abordagem versátil e inclusiva.
O presidente da Apae Aracaju, Carlos Mariz, realçou a importância do programa na produção de alimentos de qualidade para os assistidos, especialmente aqueles que almoçam na instituição. Além disso, o programa será uma oficina terapêutica valiosa, complementando as terapias já oferecidas pela Apae. “Mas não é só isso, além de produzir alimentos de qualidade para nossos assistidos, que almoçam aqui, esse programa servirá também de oficina terapêutica para complementar as terapias ofertadas pela Apae no tratamento dos nossos assistidos”, disse.
A professora Rita Jerlane, responsável pela oficina pedagógica de meio ambiente e sustentabilidade na Apae Aracaju, expressou sua gratidão e emoção por finalmente ver seu sonho de implantar uma horta orgânica na instituição se tornar realidade. Ela elogiou a gestão da Apae e a Emdagro por tornarem isso possível.
O Programa Cultivando Hortas representa uma iniciativa exemplar que combina agricultura sustentável, terapia e educação ambiental. Espera-se que essa colaboração frutífera entre a Emdagro e a Apae Aracaju seja um modelo para iniciativas semelhantes em todo o estado, promovendo um ambiente mais saudável e uma comunidade mais unida.
Serão aplicados R$ 150 milhões nos municípios da região do semiárido sergipano
O Governo de Sergipe comemora a assinatura de contrato de financiamento entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida), na terça-feira, 24, em Brasília, que viabiliza a realização do ‘Projeto Sertão Vivo: Semeando Resiliência Climática em Comunidades Rurais no Nordeste’. O projeto vai destinar R$ 1,8 bilhão aos nove estados da região Nordeste, para apoiar agricultores familiares em práticas agrícolas sustentáveis e que aumentem a resiliência dos sistemas de produção, frente às mudanças climáticas. Sergipe está contemplado com R$ 150 milhões para atender 38 mil famílias de agricultores.
De acordo com o secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca, Zeca Ramos da Silva, o projeto técnico foi apresentado pelo Estado de Sergipe, por meio da Empresa de Desenvolvimento Sustentável do Estado de Sergipe (Pronese), que tem experiência na execução de projetos com instituições internacionais. “Em Sergipe, o projeto vai abranger 29 municípios da região do semiárido sergipano, com foco nos agricultores familiares, assentados da reforma agrária e comunidades tradicionais. Do total de R$ 150 milhões para nosso estado, R$ 24 milhões são recursos não reembolsáveis”, explica o secretário.
O gestor da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) destaca ainda que as ações do projeto contribuirão especificamente para o combate à fome e aos efeitos das mudanças climáticas e contarão, além da Pronese, com a ação articulada da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse). “Nossas empresas públicas têm uma experiência acumulada nas ações de convivência com a seca, com a produção de alimentos que levam em consideração a realidade de escassez hídrica do nosso semiárido, portanto, confio que será uma experiência exitosa, para que a gestão do governador Fábio Mitidieri continue confirmando o protagonismo de nosso estado”, concluiu o secretário.
Sertão Vivo
O Projeto Sertão Vivo é acompanhado pelo Consórcio Nordeste, grupo formado pelos nove governadores da região. Inicialmente, apenas quatro estados seriam contemplados, mas o BNDES anunciou a ampliação do projeto com recursos próprios. A iniciativa do Banco e do Fida vai destinar R$ 1,8 bilhão a 439 mil famílias no semiárido nordestino. Do total de verbas, os governos estaduais terão financiamento de R$ 1,5 bilhão e R$ 300 milhões são recursos não reembolsáveis (sem a necessidade de devolução).
Agência especializada da Organização das Nações Unidas (ONU), o Fida opera com recursos do Green Climate Fund (GCF), braço da ONU que financia com juros baixos a adoção das metas do Acordo de Paris.
Relação dos 29 municípios que serão contemplados em Sergipe: Amparo do São Francisco, Aquidabã, Canhoba, Canindé de São Francisco, Carira, Cedro de São João, Cumbe, Feira Nova, Frei Paulo, Gararu, Graccho Cardoso, Itabi, Macambira, Monte Alegre de Sergipe, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora de Lourdes, Pedra Mole, Pinhão, Poço Redondo, Poço Verde, Porto da Folha, Propriá, Ribeirópolis, São Miguel do Aleixo, Simão Dias, Telha e Tobias Barreto.
Estado almeja imunizar 450 mil bovinos e bubalinos na faixa etária de zero a 24 meses
Na próxima quarta-feira, 1º de novembro, terá início a segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa em Sergipe, que se estenderá até o dia 30 do mesmo mês. Com a participação ativa dos pecuaristas, autoridades e profissionais da saúde animal, o estado busca reforçar o compromisso com a sanidade de seu rebanho e almeja a conquista do status de área livre da doença sem vacinação, em breve.
Esta segunda etapa será voltada para animais de zero a 24 meses, incluindo bovinos e bubalinos. O plantel a ser imunizado nessa faixa etária é de pouco mais de 450 mil animais, demonstrando o compromisso do Estado com a proteção do rebanho jovem. O restante do rebanho deverá ser declarado na Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro). O prazo para declarar se estenderá até o dia 10 de dezembro, portanto é importante realizar a declaração logo após a vacinação do animal.
Área livre da febre aftosa sem vacinação
Segundo informações do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), dentre os requisitos para a retirada da obrigatoriedade da vacinação estão a realização de concurso público para a Emdagro, que já foi concretizada; a criação de um fundo de reserva estadual, que também já está em funcionamento; e outro fundo de reserva privado pelos produtores, o que já está sendo concluído, além do índice de vacinação, que precisa superar os 90%.
A busca pelo status de área livre da febre aftosa sem vacinação traz inúmeros benefícios para o Brasil, uma vez que reforça a qualidade da carne produzida no país, no cenário global. O Brasil almeja, por meio dessas iniciativas, demonstrar ao mundo que sua carne é a melhor do planeta.
A diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade, enfatiza a importância da campanha e da declaração dos rebanhos. “Nossa meta é consolidar Sergipe como área livre da febre aftosa sem vacinação brevemente, e isso só será possível com a participação ativa dos pecuaristas, a declaração dos rebanhos e o cumprimento dos requisitos estabelecidos. Isso representa um grande avanço para o nosso estado e para todo o Brasil”, pontuou.
Com a campanha de vacinação em andamento e o comprometimento de todos os envolvidos, Sergipe reforça sua posição como protagonista na garantia da sanidade do rebanho nacional e na produção de carne de qualidade para consumo interno e exportação.
Resultado da 1ª etapa
Na primeira etapa da campanha, realizada em maio deste ano, o Estado imunizou 1.159.392 bovinos e bubalinos de todas as faixas etárias, representando 94.36% do rebanho, ultrapassando, assim, o índice previsto pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Esse índice demonstra o compromisso e a eficácia das ações em prol da sanidade animal. Sergipe está há 28 anos sem registro de casos de febre aftosa.