Programa de Crédito Fundiário lança nova linha de crédito para jovens

A iniciativa possibilita aos jovens capacitados a oportunidade de permanecerem na área rural

Incentivar o jovem produtor e os filhos de produtores rurais a investirem na agricultura familiar, com qualidade e inovações tecnológicas, que possam garantir a geração de renda e sua permanência no meio agrícola. Foi com essa proposta que o Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF) lançou uma nova linha de crédito: o Plano Nacional de Crédito Fundiário Jovem. A novidade foi divulgada nesta terça-feira, 20, durante reunião realizada no auditório da Superintendência Federal de Agricultura em Sergipe, por representantes do Escritório Estadual de Desenvolvimento Agrário.

O diretor Administrativo e Financeiro da Empresa de Desenvolvimento Sustentável do Estado de Sergipe, da Pronese, Abelardo Neto, e o gerente do Crédito Fundiário da Unidade Técnica Estadual (UTE/SE), José Silveira, estiveram presentes, representando a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri).

A iniciativa é direcionada também para profissionais da área de Ciências Agrárias, assim como para técnicos oriundos de escolas agrotécnicas e de centros familiares de formação por alternância. Todo este público, ao desejar adquirir seu próprio imóvel, poderá contar com o apoio do Programa de Crédito Fundiário. Assim, a medida possibilita aos jovens capacitados a oportunidade de permanecerem na área rural. “Tudo isso com autonomia, contribuindo para o desenvolvimento da produção de alimentos saudáveis e da agropecuária sustentável”, observou Abelardo Neto.

De acordo com José Silveira, para ter acesso ao crédito fundiário, há alguns requisitos a cumprir, como o mínimo de cinco anos de experiência. “Por meio dessa linha de crédito para os jovens, o tempo que eles tiverem em cursos técnicos e profissionalizantes já contará como período de experiência”, disse. Durante a reunião, os representantes da Seagri foram recebidos pelo coordenador geral do Crédito Fundiário do Ministério da Agricultura, Hebert Rodrigues, e pelo coordenador geral do Escritório de Desenvolvimento Agrário em Sergipe, Camilo Feitosa. Na oportunidade, foi ressaltada também a importância de fortalecer os Conselhos Municipais de Desenvolvimento Sustentável em Sergipe.     

O programa

O Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar desenvolve o Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF), que oferece condições para que os trabalhadores rurais, sem terra ou com pouca terra, possam comprar um imóvel rural por meio de um financiamento. O recurso ainda é usado na estruturação da infraestrutura necessária para a produção, assistência técnica e extensão rural. Além da terra, o agricultor pode construir sua casa, preparar o solo, comprar implementos, ter acompanhamento técnico e o que mais for necessário para se desenvolver de forma independente e autônoma. O financiamento pode ser individual ou coletivo.

A autonomia e a descentralização são as principais marcas do programa. As famílias são as responsáveis pela escolha da terra e negociação do preço, além da elaboração da proposta de financiamento. O PNCF possui condições diferenciadas de acordo com o valor do financiamento, e o prazo de pagamento é de até 35 anos, com 36 meses de carência. O programa apoia-se nos princípios da participação, controle social, transparência e descentralização. “Atendidos os critérios do programa, o pretenso beneficiário precisa procurar o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais ou da Agricultura Familiar de seu município, ou entrar em contato com a Unidade Técnica Estadual”, explicou José Silveira Neto, ao destacar que ele e sua equipe estão à disposição na Secretaria de Estado da Agricultura.

Governo de Sergipe prepara área irrigada para produção de novas variedades de laranja

No Centro de Fruticultura Tropical da Emdagro, em Boquim, cerca de 550 mudas de quatros variedades diferentes serão plantadas em uma área de 1,5 hectare irrigado, para multiplicação das mudas que serão distribuídas para produtores sergipanos

Importante segmento para a economia do estado, o setor citrícola sergipano recebe incentivo do Governo de Sergipe para produção de novas variedades de mudas de laranja. O objetivo é a renovação e diversificação dos pomares. A iniciativa é realizada pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca, por meio da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), que também intensificou a fiscalização sobre o transporte e comércio de mudas clandestinas nas fronteiras.

Para o Governo do Estado, o setor citrícola é importante para o desenvolvimento de Sergipe, com a geração de milhares de empregos e produção de uma grande variedade de frutas cítricas, como laranja, limão, abacaxi, maracujá e acerola, que fortalecem a economia local. São 14 municípios produtores nas regiões sul e centro-sul do estado. Uma comprovação da importância deste setor produtivo é o resultado positivo na balança comercial, com 81% da pauta de exportações do estado originada da citricultura. Os dados de exportação foram divulgados pelo Centro Internacional de Negócios (CIN/SE), da Federação das Indústrias do Estado de Sergipe (Fies).

Novas variedades
Segundo a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), para continuar garantindo a quantidade e qualidade dos pomares cítricos, o governo está produzindo mudas de quatro novas variedades de laranja com alta qualidade produtiva a partir de porta-enxertos fornecidos pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em cooperação técnica com a Emdagro. 

De acordo com Gilson do Anjos, presidente da Emdagro, a Embrapa forneceu 600 borbulhas de quatro novas variedades de porta-enxertos – como as Sunki Tropical, Riverside, Índio e San Diego –, que garantirão a produção de mudas de alta qualidade genética. “As mudas serão multiplicadas no Centro de Fruticultura Tropical da Emdagro, em Boquim, onde cerca de 550 mudas serão plantadas em uma área de 1,5 hectare, por meio de sistema de produção irrigada de mudas. Nesta área serão produzidas cerca de um milhão de mudas de citros por ano para distribuição com os produtores sergipanos”, destaca Gilson.

De acordo com o engenheiro agrônomo da Emdagro e, também, coordenador de Agricultura e Desenvolvimento Sustentável, Eduardo Cabral, com essa ação, os pequenos produtores terão a chance de diversificar sua produção, já que atualmente usam o limão cravo como porta-enxertos. Segundo ele, a razão para o uso exclusivo deste enxerto é o alto custo das sementes. “Um litro de sementes da variedade de porta-enxertos Riversaide, por exemplo, chegou a ser comercializada por R$ 1.000,00”, explica Cabral. Porém, usar base única de porta-enxertos traz riscos à produção. Ainda segundo o agrônomo, laranjais com porta-enxertos de limão cravo são altamente susceptíveis à doença ‘morte súbita’, que se alastra pela produção, dizimando-a.

Outra ação do Governo de Sergipe que se intensificou foi a fiscalização sobre o transporte e comércio de mudas clandestinas, que podem estar contaminadas com pragas e doenças. Dessa forma, deve-se coibir a prática ilegal de entrada de plantas sem certificação fitossanitária.

De acordo com o secretário da Agricultura, Zeca da Silva, as duas ações estruturantes feitas pelo Governo de Sergipe continuarão garantindo a quantidade e qualidade dos nossos pomares cítricos. Em agosto de 2023, as mudas estarão prontas para o plantio e essa ação reforça o protagonismo que a citricultura, em especial a laranja, tem em Sergipe. “Somos o menor estado da federação, mas ainda ocupamos uma posição importante como 5º lugar na produção nacional de laranja, e o 2º no Nordeste. Temos ainda o suco de laranja não fermentado como um dos principais produtos exportados e de equilíbrio da balança comercial sergipana”, completa Zeca.

Seagri, Emdagro e ITPS se unem para levar serviço de análise de solo ao ‘Sergipe é aqui’ em Dores

As amostras seguem para o ITPS analisar em seus laboratórios e definir as recomendações técnicas que devem ser adotadas pelos agricultores

Para os agricultores e produtores rurais, a novidade da 6ª edição do ‘Sergipe é aqui’ realizada nesta sexta, 16, em Nossa Senhora das Dores, foi o serviço de análise de solo viabilizado pela parceria entre Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe (ITPS). O objetivo foi coletar amostras para análise e, com o resultado, recomendações serão feitas para os agricultores melhorarem suas plantações. Além desta novidade, a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) se fez presente juntamente com suas vinculadas, para levar outras ações e serviços.

Durante toda a semana, uma equipe técnica da Emdagro visitou 30 propriedades de pequenos agricultores familiares no município, coletando amostras de solo, a fim de encaminhar para análise no ITPS, órgão delegado do Inmetro em Sergipe. “Essas amostras agora seguem para o ITPS analisar em seus laboratórios e definir as recomendações técnicas que devem ser adotadas pelos agricultores, a fim de melhorar o solo e, consequentemente, o plantio em suas lavouras”, explicou o diretor-presidente da Emdagro, Gilson dos Anjos. “A partir dessa análise é possível definir o que falta de nutrientes no solo e qual tipo de adubo e calcário a terra está precisando”, reforçou. 

O agricultor Gildo Meneses, de 40 anos, ficou satisfeito em receber a equipe da Emdagro em seu sítio, no povoado Acensso, onde planta mandioca, milho e feijão. “Foi muito bom ter essa oportunidade, de analisar o solo de minha terra e saber como cuidar melhor dele”, disse. 

Para o agricultor Fábio Santana, que há dez anos planta milho e cria gado no povoado Itaperoá, foi importante participar desse projeto. “Com o resultado dessa análise saberemos usar melhor os recursos que temos para tratar da terra, usando o adubo correto e, assim, garantindo uma melhor colheita no final”, atestou. 

De acordo com o técnico agrícola da Emdagro, Gilberto Santana, a coleta de amostras de solo atende a uma série de critérios previamente estabelecidos. “A maioria dos agricultores visitados não vislumbra a importância dessa atividade, então fazemos também um trabalho educativo, demonstrando a importância de conhecer o solo onde plantam, para fazerem o uso correto de adubos e fertilizantes”, enfatizou. 

Entrega de certificados

Outro serviço oferecido pela Seagri, por meio da Emdagro, no ‘Sergipe é aqui’, foi a emissão e entrega do Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF). A agricultora Maria Aparecida dos Santos, do povoado Acensso, na zona rural de Dores, veio ao Colégio Estadual General Calazans para receber seu CAF. “É um documento que todos nós agricultores familiares precisamos ter e foi de grande importância para minha aposentadoria”, disse a produtora rural, que é viúva e tem três filhos. 

O casal Marleide Alves e José Renilson de Souza Dantas, que possui um sítio no povoado Mundo Novo, em Dores, também esteve no local para receber o documento da Emdagro. “Com o CAF em mãos, a gente consegue acesso a um empréstimo no banco para investir em nossa roça e colocar outros projetos pra frente”, disse o agricultor, que planta mandioca, feijão, entre outras culturas, e agora vai investir também na criação de gado de corte.

Agricultura

Seagri atende demandas de infraestrutura hídrica no ‘Sergipe é aqui’ 

Programa Água Doce é sempre destaque nos eventos e reúne esforços de vários entes da secretaria

Nossa Senhora das Dores, no médio sertão sergipano, foi o ponto de encontro entre a população e toda a estrutura do Governo do Estado nesta sexta-feira, 16, para a realização da 6ª edição do ‘Sergipe é aqui’. O governo itinerante contou com a oferta de mais de 160 serviços, incluindo os ofertados pela Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri); através de duas vinculadas Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) e a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro). 

O atendimento feito pela Coderse teve como foco orientar e receber demandas para o fornecimento de água em comunidades rurais. Usada de patamar, para até que ponto as políticas públicas em recursos hídricos podem influenciar nas comunidades, a maquete do Programa Água Doce (PAD) foi levada para o  ‘Sergipe é aqui’. 

Gildo Menezes, morador do povoado Acensso, em Nossa Senhora das Dores, achou muito interessante o projeto e aproveitou para pegar orientação de como solicitar um poço na sua comunidade. “Eu não conhecia o projeto (Água Doce), achei muito interessante. Gostei do sistema como um todo. Nossa comunidade é bastante carente. A comunidade lá é abastecida por carro-pipa e em quantidade limitada”, explicou Gildo. Ele contou que o povoado tem um poço, mas é contaminado por fossas.

“Como nós somos uma comunidade rural, a gente aproveita (a água do poço), mas o mais interessante mesmo é a água potável. A comunidade tem em torno de 1.200 famílias, é grande, tem um posto de saúde, uma escola. É só a questão de um sistema de abastecimento mesmo”, contou o morador que é presidente da Associação de Produtores Rurais e Agricultores Familiares do Povoado Acensso.

O diretor-presidente da Coderse, Paulo Sobral, elucida que a expertise da perfuração de poços da Coderse leva sempre em consideração a busca por água fora da contaminação da superfície. “Nossos geólogos locam um poço e orientam aos técnicos de sondagem, para não somente encontrar água. Mas sim, água em profundidade que não sofra contaminação. Daí a água pode ser potável, pode ser salina ou apresentar algum mineral com nível acima do recomendado. O que exige o dessalinizador ou filtros”, expõe.  

Água Doce
No estado, são 29 unidades de produção de água dessalinizada do PAD em povoados de nove municípios. A coordenação no estado é feita pela Seagri, a Coderse executa as ações de manutenção e aperfeiçoamento dos sistemas e ainda conta com a Emdagro para a mobilização da população beneficiada, que é de aproximadamente cinco mil pessoas. 2023 é um ano em que o programa está recebendo investimentos para estruturação, capacitação de operadores e atenção à condição socioambiental das comunidades e saúde das famílias.

“Estamos trabalhando agora com a sustentabilidade ambiental, que envolve o levantamento socioambiental para sabermos a realidade da comunidade. Fizemos a análise físico química e bacteriológica da água bruta e da água potável. Também estamos cadastrando todas as famílias de cada comunidade para levantarmos informações e sabermos o impacto que o programa teve no decorrer desses anos. Ainda estamos realizando oficinas, para orientação de uso correto da água e conversando também sobre a gestão dos sistemas”, esclareceu o coordenador estadual do programa, Vandesson Carvalho.

Perímetros irrigados apresentam expressiva produção de amendoim para o período junino

Mais da metade do que se colheu nos primeiros quatro meses do ano já foram produzidas nesse mês de junho

No atual período junino, a produção de amendoim apresentou ligeira evolução no que diz respeito à quantidade produzida nos perímetros irrigados no estado. Importante e tradicional iguaria, o amendoim verde cozido é reconhecido há dez anos como patrimônio imaterial de Sergipe. Ao todo, tanto nas áreas de sequeiro como nas áreas irrigadas, são 38 municípios responsáveis pela produção estadual. 

Os cinco municípios maiores produtores são Itabaiana, com cerca de 25,5% de toda a leguminosa do estado; Malhador; Lagarto; Areia Branca e Moita Bonita. Juntos, eles representam mais de 50% de todo o amendoim produzido no estado. De acordo com o último Perfil Agrícola publicado pelo Observatório de Sergipe, a produção estadual foi de 1,5 mil toneladas por ano, em uma área de 820 hectares.

A maior parte do amendoim sergipano é produzida nos perímetros irrigados administrados pelo Governo de Sergipe. Ações realizadas pela gestão estadual, por meio da Secretaria da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e sua vinculada, a Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), garantem irrigação nas lavouras e, consequentemente, uma produção favorável o ano inteiro. 

Entre janeiro a abril de 2023, a produção de amendoim in natura nos perímetros foi de aproximadamente 195 toneladas, em lavouras que ocuparam uma área de 89 hectares. Isto ocorreu nos perímetros irrigados Poção da Ribeira (Itabaiana e Areia Branca), Piauí (Lagarto) e Jacarecica I (Itabaiana), administrados pelo Governo de Sergipe.

O presidente da Coderse, Paulo Sobral, explica que já se produziu em junho mais da metade do que se colheu nos primeiros quatro meses do ano. “No levantamento feito por uma equipe de técnicos, a produção esperada nos mesmos perímetros irrigados para o atual período junino é de 110 toneladas de amendoim em casca, dentro de uma área de 48,6 hectares a ser colhida”, explica. 

Esse feito deixa os produtores sergipanos muito satisfeitos, como é o caso do agricultor irrigante Luciano Oliveira. Luciano aproveita a irrigação fornecida pela Coderse, no Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto, para plantar duas culturas. “No espaço entre as espaldeiras do maracujá, eu planto o amendoim. Assim, tenho duas colheitas em um só espaço de terra”, comemora o produtor.

O amendoim tem ciclo curto de cultivo, em torno de 70 dias. Ele fica pronto para colher antes que a ramada de maracujá cubra a área, entre uma linha e outra, e se torne impossível o plantio e o manejo de mais uma plantação. Dessa forma, o produtor agrícola promove o cultivo consorciado, uma opção prática para quem tem a garantia da irrigação fornecida durante o ano inteiro.

O resultado positivo da safra também é comemorado pelo secretário de Estado da Agricultura, Zeca Ramos da Silva. Ele destaca que o amendoim verde cozido é uma deliciosa iguaria que tradicionalmente é apreciada nos festejos juninos, e que representa uma importante fonte de renda para os produtores sergipanos. “Essa produção positiva é sinal de que não vai faltar o amendoim cozido em nossos festejos”, pontua Zeca.

O produtor Antônio Braz de Souza, mais conhecido como Toinho, está otimista com a venda do amendoim que produz no povoado Brejo, município de Lagarto. “Além de plantar, também compro o amendoim de outros produtores, cozinho e vendo para feirantes aqui de Lagarto, Simão Dias e Malhador”, disse o agricultor, que espera colher 500 sacos do produto na próxima semana, para os festejos de São João deste ano. “Graças a esse sistema de irrigação, temos amendoim o ano inteiro, de inverno a verão”, celebra. 

“Se não fosse a irrigação promovida pelo governo, não conseguiríamos produzir no verão no perímetro Piauí. É uma ajuda cem por cento bem vinda”, confirma o agricultor Renilson de Jesus Araújo, de 35 anos, que afirma se orgulhar de ser produtor rural desde que se entende por gente. “Além do amendoim, planto batata, milho, maracujá e repolho. Neste ano já colhi todo o meu amendoim, que me rendeu cerca de sete mil quilos. Agora é esperar o mês de setembro chegar, pra plantar novamente”, observa Nicinho, como é mais conhecido na região.

Emdagro coordena censo agropecuário municipal em parceria com prefeitura de Indiaroba

Cerca de 3.000 propriedades rurais devem ser entrevistadas até o fim do ano

Cerca de 3.000 propriedades rurais devem ser entrevistadas até o fim do ano

A Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), em parceria com a Prefeitura de Indiaroba, está realizando um censo agropecuário nas propriedades rurais da região territorial de Indiaroba. Por meio dessa pesquisa pioneira, a equipe técnica passa a colher dados importantes sobre a renda proveniente das atividades, criação e cultura de cada família. Nesta quinta-feira, dia 15, a equipe do órgão estadual realizou reunião com os técnicos do município para avaliar o andamento do censo e avaliação e correção dos processos.

De acordo com o diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural da Emdagro, Jean Carlos Nascimento, além de aplicar os questionários, juntamente com a equipe técnica da prefeitura, o órgão estadual vai ajudar na formatação e validação da pesquisa.

Ainda segundo Jean, é a primeira vez que se faz uma pesquisa com esse caráter comparativo. “O propósito do censo é reunir dados sobre o potencial produtivo do setor agropecuário municipal e comparar com os dados do censo agropecuário 2017 do IBGE, para avaliar uma possível evolução na produção e no valor de produção”, explicou o diretor.

O relatório da Emdagro mostrará o retrato da renda geral do município em relação ao que é produzido nas propriedades rurais. “Indiaroba cresceu muito nas áreas da pecuária, carcinicultura e agricultura. Com esse documento, vamos mostrar a potencialidade de arrecadação do município”, reiterou o coordenador regional da Emdagro, Luiz Fernandes.

Amostra

Em três meses de trabalho, os técnicos já entrevistaram 250 estabelecimentos rurais, sendo que a meta é alcançar cerca de 3.000 propriedades existentes no município até o fim do ano.

Serviço de Inspeção da Emdagro trabalha na regularização de mais um laticínio em Sergipe

Laticínio Milk Vida, em porto da Folha, recebeu a visita da equipe técnica da Emdagro

Um trabalho importante desenvolvido pela Emdagro é a regularização dos estabelecimentos de produção de queijo para a obtenção do Serviço de Inspeção Estadual (SIE) dos produtos de origem animal, na qual tem sua qualidade sanitária avaliada. Essa ação garante que a produção de alimentos esteja apta ao consumo e permite a comercialização destes produtos entre os diversos municípios Sergipanos. Exemplo dessa realidade, o Laticínio Milk Vida, localizado no Povoado Junco, em Porto da Folha, de propriedade de Carlos José Soares, recebeu, na última semana, a visita técnica da equipe da Emdagro para acompanhamento das orientações demandadas pelo Serviço de Inspeção de Produto de Origem Animal, para a emissão do SIE.

A vistoria foi realizada conjuntamente com os técnicos da Emdagro da Inspeção e Engenharia e técnicos da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), que discutiram os aspectos técnicos construtivos, as alterações detalhadas dos projetos arquitetônicos, hidráulicos e sanitários em comparação com os aspectos executivos checados com as normas técnicas. “As discussões se estenderam sobre a operacionalidade do empreendimento, considerando o fluxo de produção, armazenamento, conservação e expedição, além das medidas sanitárias implantadas com a participação da equipe técnica do empreendimento”, comentou a coordenadora da inspeção de produto de origem animal, a médica Veterinária da Emdagro, Tâmara Roxana.

De acordo com a diretora de Defesa Animal e Vegeta da Emdagro, Aparecida Andrade, as visitas técnicas multiprofissionais são importantes para orientar os produtores a conquistarem novos mercados através da certificação do SIE. “Importante enfatizar que é indispensável a regularização dos estabelecimentos, pois aqueles que não possuem o registro são considerados clandestinos, podendo ter seus produtos apreendidos e destruídos pelas autoridades competentes” esclarece.

Com os desafios que vêm encontrando e suas conquistas e sonhos sendo realizados, o produtor José Carlos Soares, proprietário do Laticínio Milk Vida, não esconde o orgulho de está próximo de conseguir o selo do Serviço de Inspeção Estadual (SIE). “Há menos de 10 meses o projeto que fizemos era para uma fábrica de até 2 mil litros/dia, mas depois de conseguir um bom negócio com a aquisição da antiga instalação da Coopeagril, situada em Porto da Folha, solicitei ao engenheiro para alterar o projeto para uma indústria de capacidade de até 20 mil litros/dia. Por isso, nossa gratidão a toda a equipe técnica da Emdagro e Seagri pela visita realizada. Agradeço também o governador Fábio Mitidieri pela preocupação com a geração de emprego e renda no Estado. É a realização de um sonho em poder vender meus produtos legalizados direitinho e para todo Sergipe, e , quem sabe além fronteiras”, destacou o produtor.

Emdagro participa de reunião sobre prevenção e enfrentamento da influenza aviária

Doença já foi detectada nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Rio Grande do Sul

A Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) participou de uma reunião promovida pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) para discutir as ações de prevenção e enfrentamento da influenza aviária e o estabelecimento de competências entre os órgãos ambientais e agropecuários do estado. Além da Emdagro, participaram a Superintendência Federal da Agricultura em Sergipe e a Administração Estadual do Meio Ambiente de Sergipe (Adema), entre outros.

Pelas competências estabelecidas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a Emdagro ficou responsável por realizar a vigilância, gerenciar, garantir a manutenção do banco de dados, investigar os casos suspeitos, coletar amostras e realizar educação sanitária. “Desde o ano passado, quando fomos acionados pelo Mapa por conta do surgimento dos primeiros casos de influenza na América do Sul, que a Emdagro vem se preparando para esse trabalho de prevenção e enfrentamento. Hoje, nossa empresa conta com sua equipe altamente treinada, os kits de emergência prontos e com a empresa de transporte de material biológico (aéreo e terrestre) firmada”, garantiu a diretora de Defesa Animal da Emdagro, Aparecida Andrade.

A diretora detalhou também que, no tocante à vigilância e gerenciamento, a competência da Emdagro está restrita à produção comercial e de subsistência, ou seja, aquelas criações de aves domésticas. “No tocante à manutenção do banco de dados, investigação de casos suspeitos, colheita de amostras e educação sanitária, esse trabalho será realizado em todas as aves, sejam elas silvestres ou domésticas”, disse.

Palestra
Na ocasião, a responsável pela coordenadoria de Trânsito de Animais da Emdagro, a médica veterinária Lucyla Flor, ministrou palestra sobre o Programa Estadual de Sanidade Avícola e destacou os principais pontos referentes à influenza aviária, que é uma doença causada pelo vírus da influenza A, da família Orthomyxoviridae Alphainfluenzvirus, que são os únicos vírus capazes de afetar as aves naturalmente.

Segundo a veterinária, a doença é altamente contagiosa e afeta várias espécies de aves domésticas e silvestres. “Aves aquáticas são os maiores reservatórios do vírus e a maioria dos isolados é considerada de baixa patogenicidade para galinhas e perus. Ocasionalmente afetam mamíferos como ratos, gatos, cães, cavalos, suínos e o próprio homem”, destacou Lucyla.

Agricultores dos perímetros irrigados devem colher quatro milhões de espigas de milho verde no período junino

O resultado da colheita é bom para o produtor, que melhora a renda familiar, e também para a população, que pode saborear os deliciosos pratos à base de milho verde

Não é exagero dizer que o milho verde é o grande protagonista das comidas típicas dos festejos juninos. E este ano não será diferente, com a expectativa de colheita de quatro milhões de espigas pelos agricultores dos perímetros irrigados mantidos pelo Governo do Estado de Sergipe. De acordo com a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), o resultado do plantio supera a produção do ano passado, que foi de 2,8 milhões de espigas.

O secretário da Agricultura, Zeca Ramos da Silva, pontuou que a expectativa de produção é feita pelos técnicos agrícolas da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), empresa vinculada à Seagri que administra os perímetros públicos irrigados, nos perímetros de Canindé de São Francisco, Lagarto e Itabaiana. Neles, foram plantados 127,5 hectares dos lotes irrigados para a colheita de milho verde. “O levantamento da produção leva em conta as médias de produção nos três perímetros irrigados, que variam entre 26 mil a 40 mil espigas por hectare”, explica.

O agricultor já consegue colher os benefícios do resultado da produção em alta. Para José da Silva Andrade, irrigante do Perímetro Irrigado Piauí, em Lagarto, a vantagem de plantar milho verde é poder realizar a colheita fora de época, por um preço satisfatório. “Não são todos que conseguem ter isso. Nós conseguimos e para nós que somos produtores é muito bom”, comemora. 

No perímetro Califórnia, em Canindé do São Francisco, o produtor José Marcos explica que a produção do milho irrigado tem colheita semanal com venda garantidas para além fronteiras estaduais. “O comércio do produto irrigado alavanca a economia do município e da região, e essa produção só é possível com a irrigação porque aqui no alto sertão temos longos períodos sem chuvas”, destacou.

Além de ingrediente essencial dos deliciosos pratos como canjica, pamonha, o milho é também usado para silagem, para alimentação de animais, ou, como resume o produtor do perímetro irrigado Piauí, no Povoado Brejo, Matheus Santos Jesus, “ele serve para tudo”. O produtor revela que, graças à boa irrigação, é possível plantar e colher o ano todo, sem depender da chuva. “A gente pode ter a colheita, render, agregar um valorzinho, porque tem épocas que só tem a gente e isso sempre é bom”, diz o agricultor.

Outros agricultores estão colhendo a roça de milho pela primeira vez este ano. Helenilson Santos, produtor irrigante do perímetro Irrigado Piauí, Lagarto, colheu recentemente sua primeira roça e já faz a contagem para a próxima colheita, em junho, de cerca de duas mil espigas. Santos tem planos de vender sua produção para comerciantes vizinhos das quitandas de beira de rodovia. “Tirei as espigas verdes para o comércio local e agora estou fazendo o silo para vender para ração animal. Eu sempre vendo o milho verde e depois faço silo com a folhagem que fica ou passo o trator por cima das palhas, para correção e proteção do solo”, comenta o produtor. Segundo ele, os dois principais motivos do aumento da safra foram o tempo favorável e os insumos bem mais baratos em relação ao ano passado.

Para o diretor-presidente da Coderse, Paulo Sobral, o crescimento da produção de milho verde está diretamente relacionado ao aumento da demanda. “Nos perímetros irrigados, a água não está faltando para o irrigante plantar e colher até mais de uma vez antes de chegar o período junino. Para atender a demanda que cresceu. Tem uma extensa programação festiva na capital e no interior, do Governo do Estado, dos municípios e assim são muitos dias para comemorar os santos juninos, o que pede mais e mais milho verde”, analisou.

Mais uma vez, a produção de milho verde nos perímetros irrigados irá beneficiar famílias de produtores, e estará presente em abundância nas nossas festas juninas. “O resultado da colheita é bom para o produtor, que melhora a renda familiar, e também para a população, que pode saborear os deliciosos pratos à base de milho verde, como a canjica, pamonha, bolos ou mesmo o milho cozido ou assado”, finaliza Zeca.

Usuários do Programa Água Doce farão oficinas de sustentabilidade ambiental

Seagri, Coderse e Emdagro convidam todos os moradores que consomem água das unidades de dessalinização. Ação complementa capacitação de operadores e manutenção geral de sistemas de abastecimento

Usuários do Programa Água Doce (PAD) participarão de uma sequência de oficinas de sustentabilidade ambiental a partir de domingo, 4. Serão encontros em todas as 29 comunidades da região de semiárido em Sergipe com unidades de produção de água dessalinizada. A intenção do órgão que coordena o PAD no estado, a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) é levar boas práticas no manuseio da água potabilizada nas casas e nos sistemas de abastecimento, minimizando o risco de contaminação e danos à saúde das famílias beneficiadas.

Na próxima semana, serão nove oficinas em povoados de Poço Redondo (dias 4 e 5), Porto da Folha (6 e 8) , Canindé de São Francisco (7) e Monte Alegre de Sergipe (8). As outras 20 comunidades estão sendo consultadas para fazer o melhor agendamento para os encontros. 

Conforme explica o coordenador estadual do PAD em Sergipe, Vandesson Carvalho, a programação segue uma sequência de etapas já iniciadas em maio. “Começou com a análise da qualidade da água produzida em cada sistema de abastecimento e de um questionário socioambiental. O objetivo é a realização do diagnóstico das comunidades e o cadastramento das famílias que utilizam a água tratada”, disse.

A Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), vinculada à Seagri, está executando as oficinas junto às localidades. Como a participação da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), também vinculada à Seagri, a companhia pública está concluindo a manutenção geral da unidade do programa no interior e também acabou de realizar uma capacitação de operadores dos sistemas. Treinando novos e reciclando os atuais responsáveis por cuidar do fornecimento de água dessalinizada. 

“Fizemos cinco capacitações em cidades-polo, onde realizamos aulas práticas e teóricas, a fim de preparar ou aperfeiçoar os operadores quanto ao funcionamento do dessalinizador, bombas e reservatórios. Enquanto isso, os técnicos faziam a manutenção corretiva e preventiva dos sistemas, em que as unidades do PAD foram revisadas e algumas recuperadas. Com essas oficinas, fechamos agora um ciclo, que inclui o controle da qualidade da água. Dando atenção à hora do usuário coletar, transportar e armazenar a água em casa”, explicou o diretor de Infraestrutura Hídrica da Coderse, Ernan Sena. 

Linguagem popular

O coordenador Vandesson Carvalho informou ainda que, nas oficinas, os facilitadores utilizarão recursos audiovisuais e será aberto sempre um espaço para os participantes manifestarem suas dúvidas quanto ao manuseio diário da água coletada nas unidades de dessalinização. O conteúdo formulado usa linguagem popular e de fácil entendimento, independente da faixa etária e grau de escolaridade. 

Calendário

– 4/6 – Poço Redondo

— 14h30 – Comunidade Quilombola Serra da Guia (associação de moradores)

– 5/6 – Poço Redondo

— 09h – Povoado Areias

– 6/6 – Porto da Folha

— 09h – Povoado Pedro Leão (posto de saúde)

— 14h – Povoado Umburaninha (casa de Dona Selma)

– 7/6 – Canindé de São Francisco

— 09h – Acampamento Caiçara (centro da comunidade)

— 13h – Assentamento 12 de Março (escola)

— 15h – Povoado Mandacaru (casa de Diony)

– 8/6

— 09h – Povoado Craibeiro – Porto da Folha (associação da comunidade)

— 14h – Povoado Lagoa do Roçado – Monte Alegre de Sergipe  (associação da comunidade)

Governo

Última atualização: 2 de junho de 2023 09:48.

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